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Volume 2
Editora CRV
Curitiba – Brasil
2022
Copyright © dos autores
Editor-chefe: Railson Moura
Diagramação e Capa: Designers da Editora CRV
Imagem da capa: golib.tolibov | DepositPhotos
Revisão: Os Autores
E79
Bibliografia.
ISBN Digital 978-65-251-3997-5
ISBN Físico 978-65-251-3996-8
DOI 10.24824/978652513996.8
2022
Foi feito o depósito legal conf. Lei 10.994 de 14/12/2004
Proibida a reprodução parcial ou total desta obra sem autorização da Editora CRV
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Andréia da Silva Quintanilha Sousa (UNIR/UFRN) Ana Chrystina Venancio Mignot (UERJ)
Anselmo Alencar Colares (UFOPA) Andréia N. Militão (UEMS)
Antônio Pereira Gaio Júnior (UFRRJ) Anna Augusta Sampaio de Oliveira (UNESP)
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Três de Febrero – Argentina) Elizeu Clementino de Souza (UNEB)
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Este livro passou por avaliação e aprovação às cegas de dois ou mais pareceristas ad hoc.
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................ 9
Amilton Benedito Peletti
Luiz Fernando Reis
Roberto Antonio Deitos
Celso Hotz
Introdução
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1 Artigo publicado originalmente na Revista Arquivos Analíticos de Políticas Educativas, v. 30, n. 36, 15 mar.
2022. AAPE/EPAA, Arizona State University.
14
3 Para Chesnais (1996), o termo globalização surge nos anos 1980 nas grandes escolas americanas de
administração de empresas como Harvard e Stanford sendo usado como forma de camuflar o verdadeiro
sentido da ampliação da dominação do capital em sua nova forma de organização, a financeira. Segundo o
autor, o termo globalização foi amplamente popularizado pelo discurso neoliberal, a uma grande velocidade.
O autor manifesta-se contrário a esta ideia pouco explicativa de uma suposta sociedade global, cujas opor-
tunidades estariam garantidas na medida em que a economia capitalista fosse internacionalizada. Trata-se,
portanto, de um fenômeno crescente e linear associado ao desenvolvimento do mercado capitalista mundial,
negando as contradições inerentes ao movimento de mundialização da economia capitalista.
18
Ocorre que esse novo processo tem importantes implicações para a mate-
rialidade da economia, justamente por sua imaterialidade do ponto de vista
produtivo. Cabe mencionar que a mais importante forma de acumulação de
capital econômico, na atualidade, adota caráter predominantemente rentista,
implicando mudanças nas relações entre o Estado e o capital.
Baseada em fundamentos mais técnicos e complexos que o regime de
acumulação fordista, a financeirização é um regime acumulativo de capital que
se valoriza conservando a forma dinheiro, por meio dos mercados financei-
4 No início da pandemia, em maio de 2020, o país já registrava 823 estudos em andamento, segundo dados
de uma pesquisa realizada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino
Superior (Andifes) e publicada em sua página web.
ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS – Volume 2 19
portanto, suas portas para a lógica rentista. Na lógica rentista de capital como
portador de juros, o mundo financeiro atinge as grandes corporações educa-
cionais, lançadas ao mercado para quem quiser investir em suas ações.
As World Class University são mais que super-universidades, são empre-
sas responsáveis por implementar novas práticas, reestruturar a forma de
trabalho destas instituições que, sob a lógica mercantil, instituem uma pro-
funda divisão do trabalho universitário, estabelecendo hierarquização entre
Áreas de Conhecimento (sendo aquelas com maior possibilidade de reverter
seus estudos para o desenvolvimento imediato do capitalismo preteridas em
relação àquelas que, também contribuem para o desenvolvimento econômico,
mas o fazem de forma mais paulatina, menos imediata). O modelo instituído
por estas novas universidades cria distinções entre as universidades de um
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[...] a capacitação dos docentes das instituições brasileiras deve ser pro-
gramada em função das capacidades de atendimento dos cursos aqui
localizados; nos casos específicos de impossibilidade de atendimento em
âmbito nacional, devem ser programados convênios e intercâmbios com
instituições estrangeiras (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 1975, p. 120).
Entretanto, a referida redução não tem sido suficiente para atenuar adequa-
damente o problema, algo destacado pela distribuição regional de notas,
porque além de certas regiões terem menos cursos e programas, suas
notas são inferiores à média, evidenciado pelo fato de que todas as notas
6 e 7 estão nas regiões Sul e Sudeste (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO,
2019, s. p.).
que os Programas podem obter desempenhos desiguais e que essa é uma condi-
ção natural, atribuída às diferentes características e esforços de cada Programa.
Outra mudança muito significativa foi a implementação da autoavaliação
como ferramenta fundamental de análise da qualidade dos Programas:
Considerações finais
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, M. Educação e benchmarking: meta-regulação e coordena-
ção de políticas baseadas em indicadores e nas chamadas boas práticas.
In: SEMINÁRIO NACIONAL UNIVERSITAS/BR, 24., 2016, Maringá.
Anais. Maringá: UEM, 2016. Disponível em: https://www.researchgate.net/
publication/310467500_Educacao_e_benchmarking_meta-regulacao_e_
coordenacao_de_politicas_baseadas_em_indicadores_e_nas_chamadas_’boas-
-praticas’.
SILVA JUNIOR, J. dos R. The new Brazilian university: a busca por resultados
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Introdução
1 Artigo publicado originalmente na Revista Exitus, Santarém, PA, v. 11, p. 1-25, e020176, 2021.
44
capital; e iii) os resultados das Avaliações, conforme se pode notar pelos dados
constantes no Quadro 1 extraído deste Relatório, transcrito a seguir.
continuação
Estrato Região Nº de programas acadêmicos Nº de programas profissionais Total
Norte - - -
Nordeste - - -
7 Sudeste 2 - 2
Sul 2 - 2
Centro-Oeste - - -
continuação
Organização
Nº Instituição UF Localização Nível Conceito
administrativa
12 UFMS-CG MS Federal capital Mest/Dou 5
inconstância, temática, uma vez que acabam pautados pelas ações dos pró-
prios governos.
Diante da multiplicidade de temas possíveis destaca-se alguns que per-
passam por várias políticas educacionais e foram nos últimos anos objeto de
disputa no âmbito das políticas educacional, como por exemplo a gestão edu-
cacional e o financiamento da educação, temas muito presentes nas discussões
do Plano Nacional de Educação e seus desdobramentos. Nesta seção, almeja-se
destacar alguns pontos que características a política e a gestão educacional no
cenário da última década, condicionada por esse cenário pós-redemocratização
das últimas três décadas.
A política e a gestão educacional são em grande medida condicionadas
por embates que marcam o final do século XX e início do século XXI. Esses
se caracterizam por uma percepção de que o “[...] universo dos educadores,
educandos, administradores de aparelhos educacionais, políticos e gestores
públicos está dividido e polarizado em duas visões opostas a respeito dos
fins da educação e de como atingi-los” (SINGER, 1996, p. 5). A primeira,
visão denominada de civil democrática, não vê contradição entre a formação
do cidadão e a preparação para o mercado de trabalho, pois o preparo para a
vida adulta envolve as dimensões profissional, familiar, esportiva, artística
dentre outras.
A segunda visão, denominada por Singer de produtivista, concebe a
educação como “preparação dos indivíduos para o ingresso, da melhor forma
possível, na divisão social do trabalho”, enfatizando a importância que os
economistas chamam de ‘acumulação de capital humano’. Neste sentido,
educar seria instruir e desenvolver no indivíduo faculdades que habilitem o
educando a integrar o mercado de trabalho (SINGER, 1996, p. 5-6).
Perboni e Oliveira (2021, p. 16) destacam que diferentes concepções
teóricas concebem diversos papéis para o Estado, com destaque para uma dis-
puta entre “correntes de pensamento que defendiam um Estado provedor, com
52
continuação
Ano de entrada
Títulos das Dissertações de Mestrado (M) e Teses de Doutorado (D) M/D
e defesa
A reorganização do ensino fundamental de nove anos a partir do Projeto Político
M
Pedagógico das escolas
Monitoramento e gestão do ensino fundamental: práticas escolares em face de políticas
M
indutoras
A Conae 2010 e os apontamentos para a política de valorização docente M
Desafios à gestão escolar em contextos adversos M
O delineamento da política de alfabetização no município de Dourados/MS: considerações
M
sobre o bloco inicial de alfabetização
Avaliação e gestão da alfabetização: usos da provinha brasil no município de
M
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2011-2013 Dourados-MS
Políticas para a alfabetização: a implementação em escolas com baixos índices
M
educacionais (campo grande, 2009-2011)
Concepção de currículo e de participação nas políticas curriculares para o município de
M
Dourados (1997-2004): avanços e fragilidades
Políticas de formação continuada de professores alfabetizadores no município de
M
Dourados – MS
A garantia do direito à educação de crianças e adolescentes pela via judicial: análise das
M
2012-2014 decisões judiciais do supremo tribunal federal (2003-2012)
Acesso à educação superior pelo ENEM/SISU: uma análise da implementação nas
M
universidades sul-mato-grossenses
As ressignificações de cidadania nas escolas do município de Dourados (MS) M
O Plano de Ações Articuladas na gestão educacional: desafios à implementação das
M
políticas educacionais em municípios de Mato Grosso do Sul
A formação continuada de professores no Plano de Ações Articuladas de municípios
M
2013-2015 sul-mato-grossenses
Valorização docente em municípios de Mato Grosso do Sul: análise a partir do Plano de
M
Ações Articuladas (PAR)
Escola de tempo integral: análise do processo de implementação em Campo Grande M
A implementação das cotas raciais e sociais na UFGD e sua contribuição para a política
M
de ações afirmativas (2012-2014)
A implementação do programa mais educação no município de Dourados-MS:
M
concepções e práticas
2014-2016
Política e gestão do processo alfabetizador na relação PAR/PNAIC em Dourados, MS:
M
qual qualidade?
O Plano de Ações Articuladas (PAR) na rede municipal de ensino de Dourados, MS: a
M
qualidade materializada nas práticas pedagógicas do ensino público fundamental
O papel do Fórum Estadual de Educação no planejamento educacional
2014-2018 T
sul-mato-grossense
continua...
56
continuação
Ano de entrada
Títulos das Dissertações de Mestrado (M) e Teses de Doutorado (D) M/D
e defesa
A participação dos conselhos municipais de educação na elaboração dos Panos
M
Municipais de Educação no estado do MS
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) na UFGD/MS:
M
recorrências e solicitações da realidade
Implementação da avaliação nacional da alfabetização na gestão do processo
2015-2017 M
alfabetizador em Dourados-MS
Do Plano Nacional aos Planos Municipais de Educação: estudo do município de Naviraí
M
– MS
Condicionantes da política: a formulação do sistema de avaliação da educação da rede
M
pública de Mato Grosso do Sul – SAEMS
continuação
Ano de entrada
Títulos das Dissertações de Mestrado (M) e Teses de Doutorado (D) M/D
e defesa
A gestão democrática em cena: uma análise da Rede Municipal de Nova Andradina (MS) M
O Projeto Escola da Autoria como política de educação em tempo integral: o caso da
M
Escola Estadual de Taquarussu – MS
Feitos e desfeitos: percepções das docentes sobre o estágio curricular supervisionado
M
2018-2020 obrigatório na pedagogia da UFMS/CPNV
Processo de formação continuada do coordenador pedagógico na Rede Municipal de
M
Ensino de Dourados-MS (1988-2018): caminhos, descaminhos e desafios
Do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) ao Programa Mais
M
Alfabetização (PMALFA): o novo ou tudo de novo?
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Fonte: Organizado pelos autores com base no repositório portal da UFGD (disponível em: https://
portal.ufgd.edu.br/pos-graduacao/mestrado-doutorado-educacao/dissertacoes-defendidas).
[...] é preciso saber, nesta hora, que o objeto ‘bruto’ [...] pode ser objeto
de muitos, que vivem numa determinada época, episteme, formação dis-
cursiva, sociedade etc. [...] logo, logo, virá o ‘segundo objeto’. [...] Há,
então, dois objetos de pesquisa: 1) o “bruto”, que é o de todos. Que todos,
ou muitos, podem escolher para investigar, estudar, discutir, analisar; e
2) o ‘nosso objeto de pesquisa’, que, afinal, é aquele que questionamos e
desfiguramos [...] (CORRAZA, 2016, p. 95).
Fonte: Os autores.
social privado)”, com 9,2%, que pode se articular também com o objeto “As
faces da privatização e o direito na educação pré-escolar (1,5%), demostrando
que o direito da criança da educação infantil pública não está sendo respeitado,
não a Instituições para todas, entretanto há muito o que ser indagado sobre a
essência presente na aparência de convênios feitos com escolas particulares
para dar conta da demanda.
Não diferente, os objetos “Ensino fundamental de nove anos” e “Políticas
de tempo integral, ambos com destaque de 3,1% , bem como produções no
ensino médio representado no objeto “Políticas para o ensino médio (Escola
de Autoria, Novo ensino médio)”, com 6,2% mostram que o processo de
reformas que assola a Educação Básica nos dias atuais, nada mais são que
procedimentos escolhidos pelos governos que buscam alternativas para driblar
Considerações finais
REFERÊNCIAS
ARANDA, Maria Alice de M.; PERBONI, Fabio. Diálogos universidade-
-escola: contribuições do Grupo de Estudos e Pesquisas “Estado, Política e
Gestão da Educação – GEPGE”. In: REAL, Giselle C. M.; SANTOS JÚNIOR,
José (orgs.). Diálogos universidade-escola: contribuições para a prática da
gestão escolar. Jundiaí, SP: Paco Editorial, 2020. (Coletânea Colóquios sobre
avaliação e ensino).
CORRAZA, Sandra Mara. Manual infame... Mas útil, para escrever uma boa
proposta de tese ou dissertação. Em tese, Belo Horizonte, v. 22, n. 1, 2016,
p. 95-105. Disponível em: http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/
emtese/article/view/11157/9736. Acesso em: 16 jul. 2021.
ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS – Volume 2 63
Introdução
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Este texto1 tem, como objetivo, apresentar alguns elementos para aná-
lise da relação entre o modelo de Estado liberal e as políticas educacionais
implementadas no Brasil a partir dos anos 1990. Nosso ponto de partida é
a apresentação da consideração do Estado numa perspectiva que leve em
consideração seu papel na sociedade de classes.
Partindo dessa compreensão, apresentamos algumas reflexões sobre o
papel do Estado liberal com a finalidade de recuperar elementos que jul-
gamos relevantes para a análise da política educacional implementada no
período em tela.
Em relação às políticas educacionais, dados os limites do texto, abor-
damos, além de alguns autores que tratam do assunto, dois documentos que
consideramos entre os principais norteadores da política educacional da década
de 1990, quais sejam: Declaração mundial sobre educação para todos e Plano
de ação para satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem (1990) e
Educação: um tesouro a descobrir organizado por Jacques Delors para a
UNESCO (1996).
O ‘direito igual’, diz Marx, [...] é ainda o ‘direito burguês’, o qual, como
todo direito, pressupõe uma desigualdade. Todo direito consiste na apli-
cação de uma regra única a diferentes pessoas, a pessoas que, de fato, não
são nem idênticas nem iguais. Por consequência, o ‘direito igual’ equivale
a uma violação da igualdade e da justiça (LÊNIN, 1978, p. 114-115).
[...] ideologicamente pelos liberais por uma suposta crise nas instituições
estatais e educacionais. Essa crise consistia, segundo o argumento neoli-
beral, na inadequação dessas instituições às demandas das novas formas
de produção capitalista” (HOTZ, 2010, p. 50).
[...] reconhece-se cada vez mais que um Estado efetivo – e não um estado
mínimo – é essencial para o desenvolvimento econômico e social, porém,
como um parceiro e facilitador do que como diretor (BANCO MUNDIAL,
1997, p. 18, grifos nossos).
que, de acordo com a perspectiva expressa pela UNICEF (1990, p. 8), “Só
um ambiente estável e pacífico pode criar condições para que todos os seres
humanos, crianças e adultos, venham a beneficiar-se das propostas desta decla-
ração”, ou ainda:
É esse mesmo documento que vai indicar a necessidade de que este com-
promisso assumido em relação à educação básica seja confirmado e validado
por meio de reformas educacionais: “A educação básica para todos depende de
um compromisso político e de uma vontade política, respaldados por medidas
fiscais adequadas e ratificadas por reformas na política educacional e pelo
fortalecimento institucional” (UNICEF, 1990, p. 7, grifos nossos). De acordo
com Shiroma, Moraes e Evangelista (2007, p. 49),
Se, mais uma vez, a educação básica for considerada como responsabili-
dade de toda sociedade, muitos parceiros deverão unir-se às autoridades
educacionais, aos educadores e a outros trabalhadores da área educacional,
para o seu desenvolvimento (UNICEF, 1990, p. 4).
Considerações finais
REFERÊNCIAS
BANCO MUNDIAL. O Estado num mundo em transformação. Relatório
sobre o desenvolvimento mundial 1997. Washington, D. C., EUA: BM, 1997.
Introdução
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da Constituição Federal de 1988 como, por exemplo, o capítulo II, Artigo 6º,
que trata dos direitos sociais, tais como “[...] a educação, a saúde, o trabalho, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância,
a assistência aos desamparados” (BRASIL, 1988, s. p.).
Isso significa considerar, na tarefa de investigação de documentos de
Política Educacional a identificação de quais “[...] conceitos e argumentos são
privilegiados e quais os intencionalmente ‘desprezados’” para nos aproximar
“[...] da lógica ou racionalidade que sustenta os documentos” e “para ler o que
dizem, mas também para captar o que ‘não dizem’” (SHIROMA; CAMPOS;
GARCIA, 2005, p. 439).
Concebemos, nessa perspectiva, que os conceitos/argumentos presentes
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2 Em relação aos estudos sobre Bakhtin e seu Círculo indicamos, dentre outros teóricos: FARACO, Carlos
Alberto. Linguagem & Diálogo: as ideias linguísticas do Círculo de Bakhtin. Curitiba, PR: Criar Edições, 2006;
SOUZA, Geraldo Tadeu. Introdução à teoria do enunciado concreto do círculo Bakhtin/Volochinov/Medvedev.
São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 1999; TEZZA, Cristovão. Entre a poesia e a prosa: Bakhtin e o formalismo.
Rio de Janeiro: Rocco, 2003; VASILEV, N. L. A história da questão sobre a autoria dos ‘textos disputados’
em estudos russos sobre Bakhtin (M. M. Bakhtin e os seus coautores). In: FARACO, Carlos Alberto; TEZZA,
Cristovão; CASTRO, Gilberto de (orgs.). Vinte ensaios sobre Mikhail Bakhtin. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.
p. 290-304; BRAIT, Beth. As vozes bakhtinianas e o diálogo inconcluso. In: BARROS, Diana Pessoa de;
FIORIN, José Luiz (orgs.). Dialogismo, polifonia, intertextualidade: em torno de Bakhtin. São Paulo: Ed. da
USP, 1994. p. 2-27. (Ensaios de Cultura, 7); FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristovão; CASTRO, Gilberto
de (orgs.). Diálogos com Bakhtin. Curitiba: Ed. UFPR, 2007 [1996]. p. 231-256; DIONÍSIO, Mariléia Tenório.
A questão do valor na linguagem para (o círculo de) Bakhtin. Dissertação (Mestrado em) – Universidade
Federal do Espírito Santo, Vitória, ES, 2010; BAKHTIN, Mikhail (VOLOCHINOV). Problemas da poética de
Dostoiévsky. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1981; BAKHTIN, Mikhail. Questões de literatura e de
estética: a teoria do romance. São Paulo: Hucitec, 1988; BAKHTIN, Mikhail. A estética da criação verbal.
4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003; VASCONCELOS, Gregório Pereira de. Signo ideológico, subjetivi-
dade e discurso de outrem: um estudo sobre a teoria enunciativa de Bakhtin e o círculo. Macabéa – Revista
Eletrônica do Netlli, v. 2, n. 1, p. 50-66, jun. 2013; MUNIZ, Cellina Rodrigues. O signo lingüístico em Bakhtin.
Educação em debate, v. 1, n. 39, p. 70-76, 2000.
86
Um signo, dessa forma, “[...] não existe apenas como parte de uma reali-
dade; ele também reflete e refrata uma outra. Ele pode distorcer essa realidade,
ser-lhe fiel, ou apreendê-la de um ponto de vista específico, etc.” (BAKHTIN/
VOLOCHÍNOV, 2004, p. 32). A esse respeito Freitas (1999) argumenta:
Fomentar 0 22
O que se pode apreender das categorias contidas nas metas, artigos e/ou
diretrizes em relação a Educação Infantil e ao Ensino Fundamental é que
muito mais do que a sistematização do aumento, da redução e do surgimento
de novas, considerando o PNE 2014-2024 em relação ao PNE 2001- 2010, é
que expressam uma transformação nos discursos dos documentos de Política
Educacional, confirmando a “guinada do viés explicitamente economicista
para uma face mais humanitária” (SHIROMA; CAMPOS; GARCIA, 2005,
p. 428) em relação ao início e final da década de 1990, respectivamente,
conforme já mencionado.
Nesse sentido, a análise do documento de Política Educacional carrega
em si a possibilidade de materialização das metas, artigos e/ou diretrizes anun-
ciados e que compõem um arcabouço teórico-metodológico que respondem
ao movimento internacional e nacional de que a educação é uma das variáveis
para inserção do País na “nova” ordem econômica internacional.
Nesse processo, a centralidade dos estudos tem subjacente diferentes
sentidos e significados que se materializam em determinada realidade eco-
nômico-social. Os Planos Nacionais de Educação 2001-2010 e 2014-2024
configuram uma determinada compreensão de mundo. Nessa direção, as cate-
gorias ainda que didaticamente organizadas nos quadros 1, 2, 3 e 4, não se
explicam por si mesmas, como destacado, ao contrário, estão relacionadas ao
movimento internacional e nacional em que a Educação é concebida como
uma das variáveis fundamentais para administrar a pobreza.
A educação, nesse sentido, perpassada pelos limites e possibilidades da
dinâmica econômica, social, cultural, política, ideológica e pedagógica, de
ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS – Volume 2 93
4 É preciso considerar, no concerne ao Congresso Nacional “[…] o movimento da política educacional. Com
efeito, as estratégias de sustentação política dominantes no país envolvem o Congresso Nacional e não
deixam de influenciar (ou mesmo determinar) os rumos da questão educacional quando esta é objeto de
regulamentação jurídico-política” (SAVIANI, 2006, p. 3).
94
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, Mikhail Mikhailovich. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São
Paulo: Hucitec, 2004.
Introdução
Editora CRV - Proibida a impressão e/ou comercialização
1 Artigo publicado originalmente na Rev. Teoria e Prática da Educação, v. 15, n. 3, p. 65-74, 2012.
98
Tais informações são importantes, mas foi no século XIX que se desen-
volveram os principais processos que culminaram nos testes contemporâneos.
As primeiras discussões e pesquisas organizadas sistematicamente sobre ava-
liação via testes foram realizadas no campo da Psicologia da Educação em sua
vertente psicométrica. Os testes e as pesquisas eram realizados nos laboratórios
de Psicologia Experimental, período em que a psicologia começava a atingir
status de ciência e as técnicas psicométricas e projetivas davam o tom a tais
pesquisas. Baquero (1979) identifica W. Wundt (1832-1920), alemão, consi-
derado o pai da Psicologia Experimental, como o primeiro a trabalhar sobre
as diferenças individuais. Cita também o inglês Francis Galton (1822-1911)
que, em 1883, no laboratório antropométrico de Londres, foi considerado um
dos marcos desse ramo da psicometria por ter realizado “tanto testes revela-
dores das diferenças dos indivíduos como métodos estatísticos para analisar
dados que os testes lhe proporcionavam” (BAQUERO, 1979, p. 10). Galton
2 O enigma é descrito pelo autor da seguinte forma: “Qual é o animal que caminha sobre quatro patas de
manhã, sobre duas patas ao meio-dia, sobre três patas à noite?” (SELLIER, 1977, p. 29). A resposta desse
enigma é o homem.
ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS – Volume 2 101
Foi ele quem introduziu nos testes já usados, elementos que avaliassem
as funções psicológicas complexas e superiores. Por sua vez, relacionou
os resultados dos testes com a idade, surgindo assim a primeira escala
de inteligência. [...]. A escala de Binet foi revisada pelo norte-americano
Terman na Universidade Stanford, em 1916. Generalizou-se assim o uso
do Quociente Intelectual, que não é outra coisa senão o quociente entre
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3 Maria Inês Pestana foi entrevistada por Vera Peroni (2003) em abril de 1997, em Brasília, quando era diretora
responsável pela avaliação básica do INEP e também pelo SAEB.
110
Considerações finais
capital. Desse modo, a educação que se propaga como a ideal, se mostra como
uma imprescindível forma de ajuste das desigualdades sociais. Trata-se da
educação eficiente, capaz não só de reverter os baixos escores dos estudantes
nos testes avaliativos, dotando-os de habilidades e competências requeridas
pela sociabilidade assentada no lucro, bem como acenar como possibilidade
de saída de uma condição econômica desfavorável, a pobreza, por meio do
empoderamento dos mais pobres, tornando-os assim, pobres eficientes. Enfim,
podemos constatar que a eficiência dita o tom das ações do Estado capitalista,
que se mostra eficiente na avaliação e no controle social impondo como norma
que para a educação transpor o escrutínio da eficiência, que essa deva ser
constantemente avaliada e rotulada pelos seus resultados. Para tanto, muitos
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aspectos que interferem no aprendizado por parte dos estudantes, são des-
considerados, recebendo atenção maior o rendimento dos alunos em testes
ou provas que intentam mensurar seus conhecimentos.
112
REFERÊNCIAS
ANASTASI, Anne. Testes psicológicos. São Paulo: EPU – Editora Pedagógica
e Universitária Ltda., 1977.
Introdução
1 Artigo publicado originalmente na Rev. Teoria e Prática da Educação, v. 21, n. 2, p. 101-113, 2018.
116
[...] O texto foi produzido pelo Grupo de Trabalho composto por gestores
e educadores municipais, estaduais, e federais, representantes da União
Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação – UNDIME, do Con-
selho Nacional dos Secretários de Educação – CONSED, da Confedera-
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[...] a Mandala de Saberes atua como obra que não encerra em si suas
possibilidades, mas se abre para que diferentes sujeitos possam escolher
suas condições, sequências, formas... transformando a prática educacio-
Nossa análise nos conduziu a pensar que esse programa do governo federal
[...] traz em sua formulação um tipo de “interesse” em relação as funções
desempenhadas pela escola pública na atualidade. Nos últimos anos, tem-
-se imputado a essa instituição um sentimento salvacionista frente aos
problemas gerados pela desigualdade social e isso não é uma opinião
despropositada, pelo contrário, está de acordo com um entendimento que,
pelo menos no Brasil, é hegemônico, e vem sendo difundido, principal-
mente, pela iniciativa privada através de seus “braços” (aparelhos privados
de hegemonia) no âmbito daquilo que costumeiramente chamamos de
[...] realizadas por pessoas e/ou instituições que atuam de forma voluntária,
escolhidas de acordo com a demanda da comunidade, preferencialmente, por
aquelas que valorizem os saberes e fazeres da localidade e organizadas por
uma equipe local formada por integrantes da escola e da comunidade, com a
orientação da secretaria de educação. Baseia-se na solidariedade e no diálogo,
no respeito às diferenças e no voluntariado (BRASIL, 2014b, p. 28-29).
5 As quantidades apresentadas referem-se ao número inicial e final de alunos atendidos pelo Programa Mais
Educação no ano de 2014, nas respectivas escolas.
130
a obtenção dos recursos financeiros necessários para sua realização. Por isso,
são adotadas pela maioria das escolas, em detrimento da adesão ao Programa
Mais Educação.
O Gráfico 1, apresentado abaixo, nos permite comparar o número de
alunos atendidos por escola no Programa Mais Educação, nos anos de 2014
até 2016. Destacamos a queda ocorrida no ano de 2016.
80
60
40
20
0
s
to
de
ho
ra
o
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go
Lim
br
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C.
C.
E.
C.
Ja
E.
C.
E.
C.
C.
Podemos perceber que esse número de alunos caiu para menos que a
metade, de 2015 para 2016. Além disso, é importante destacar que o número
de alunos atendidos pela Educação em Tempo Integral é muito pequeno diante
do total de alunos matriculados. De acordo com os dados do Censo Escolar
20156, havia mais de 25 mil alunos matriculados nos segmentos do Ensino
Fundamental – Séries Finais e no Ensino Médio, no Ensino Regular, depen-
dência administrativa estadual urbana. Assim, seriam mais de 25 mil alunos
“candidatos” a estar contemplados pelo Programa Mais Educação. Porém,
em 2015, o Programa contemplou menos de 600 alunos.
Destacamos duas observações importantes para nossa análise. A primeira
é o número pequeno de escolas que aderiram ao Programa, em relação ao
número total de escolas estaduais da zona urbana do Município, que é de
Considerações finais
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de
Educação – PNE e dá outras providências. 2014a. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato20112014/2014/Lei/L13005.htm. Acesso
em: jul. 2015.
Introdução
3 A pesquisa intitulada “A relação entre avaliação em Larga Escala e Gestão Escolar”, avaliada pelo Comitê
de Ética da Unioeste, sob o registro CAAE: 69065517.5.0000.0107.
ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS – Volume 2 139
de Contraturno Escolar.
O estudo de bibliografias, fontes secundárias, se fundamentou nos seguin-
tes autores: Afonso (2000), Cotta (2010), Frigotto (2011), Hypolito (2010),
Luckesi (2008), Peixoto (2014), Ribeiro (2016), Sandri (2016), Souza (2006),
Zanardini (2008) e Zanardini e Xavier (2015).
Alguns resultados da nossa pesquisa estão sistematizados nesse artigo
que está organizado em três seções: Na primeira seção, apresentaremos a
relação entre a reforma do Estado brasileiro, anos de 1990 e a relação com o
atual Sistema de Avaliação, assim como indicaremos diferentes concepções
de avaliação. Na segunda seção do artigo, faremos uma contextualização das
escolas da Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel e apresentaremos
a relação entre política de avaliação e gestão escolar a partir dos dados iden-
tificados nos campos da pesquisa. Por fim, indicaremos alguns resultados
do nosso estudo, como tendências da relação política de avaliação e gestão
escolar, pois a apropriação mais complexa dessa relação demandaria uma
investigação mais profunda e que abrangesse um universo maior do contexto
da Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel.
4 Anderson (1995, p. 10) destaca que o desencadeamento da crise econômica pós-guerra, em 1973, ocorreu
“quando todo o mundo capitalista avançado caiu numa longa e profunda recessão, combinando, pela primeira
vez, baixas taxas de crescimento com altas taxas de inflação [...] As raízes da crise, afirmavam Hayek e
seus companheiros, estavam localizadas no poder excessivo e nefasto dos sindicatos e, de maneira mais
geral, do movimento operário, que havia corroído as bases de acumulação capitalista com suas pressões
reivindicativas sobre os salários e com sua pressão parasitária para que o Estado aumentasse cada vez
mais os gastos sociais.
ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS – Volume 2 141
[...] avaliar é, por definição, comparar a situação real com a situação ideal,
o que só pode ser feito se houver um padrão mínimo de desempenho con-
siderado desejável. Segundo a literatura especializada, uma boa avaliação
deve ter critérios relevantes, apresentar evidências adequadas e produzir
conclusões confiáveis e claras (COTTA, 2010, p. 103).
7 Em 2017, com a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Fundamental, o
ciclo de alfabetização de três anos, previsto pelo documento do Pacto, passou para dois anos a partir da
implementação dessa orientação curricular.
8 Esse Pacto foi instituído pela Portaria nº 867, de 4 de julho de 2012. O Pacto constitui um compromisso
formal assumido pelos governos Federal, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios de assegurar
que todas as crianças estejam alfabetizadas até a conclusão do Ciclo de Alfabetização.
144
Vamos dizer que a nossa escola tem cem alunos do quinto ano, e outra
escola ela tem cinquenta, e aí na outra escola não tem nenhum aluno com
deficiência mental, paralisia cerebral, autismo, qualquer outro tipo de
deficiência [...].
[...] embora eles liguem para a escola, eles perguntam se tem alunos espe-
ciais, se tem algum aluno deficiente, eles mandam um aplicador diferen-
ciado para essa criança, porém eles não percebem a condição da criança.
[...] uma prova só, como se todo conhecimento fosse pareô, igual, e aplica
para todo mundo, então não respeita a individualidade de cada aluno, isso
eu acho que é um ponto gravíssimo. Nesse ano foi um ano [2015] que a
gente teve bastante dificuldade, porque a gente tinha muitos alunos inclu-
sos na sala, e não foi respeitada a condição dessas crianças. Elas estavam
ali por conta de algumas leis, que dizem que eles têm que estar ali, mas
A — —
- Falta de subsídios; - Afeta o psicológico das crianças;
- Não valoriza o conhecimento da criança; - Os alunos ficam cansados devido a prova ser
B
- Os índices afetam negativamente a autoestima extensa;
da comunidade escolar. -Falta de subsídios.
- Demora na divulgação dos resultados; - As avaliações não se encaixam dentro da
C
- Prova muito objetiva. proposta da escola.
- Preocupa-se apenas com índices, médias, sem
D - Os índices obtidos denigrem a imagem da escola. uma real preocupação com a aprendizagem do
aluno.
Fonte: Quadro elaborado pelas autoras, com base nas respostas das entrevistas (realizadas
em 2017) com diretores e coordenadores pedagógicos das escolas campo de pesquisa.
Sempre que os dados do Ideb são divulgados pela grande mídia nacional,
polêmicas e discussões ácidas a respeito de sua credibilidade para medir a
educação brasileira começam a pulular não só no âmbito acadêmico, mas
da sociedade de modo geral. Governos se apropriam dos índices como lhes
convém, discussões aligeiradas começam a dar o tom nas redes sociais e
nas mídias de maior circulação, em muitos casos, sem a devida atenção e
especialização (RIBEIRO, 2016, p. 100).
[...] tem uma parceria com a justiça federal, eles incentivam para a nota,
dão premiação para os melhores alunos, a gente aplica simulados sema-
nalmente para eles, eu (diretora) trabalho com os alunos com dificuldade,
mando atividades, dou um reforço para esses alunos com dificuldade,
todos os dias eu mando atividades para eles, e depois pego um por um e
trabalho em cima daquela dificuldade, para ajudar a professora (DIRE-
TORA ESCOLA C).
Aqui na escola, a gente já tem uma nota boa, então a gente acaba cobrando
mais, muitas vezes até ensinando de certa forma um pouco mais, no sen-
tido de ensinar macetes que eles vão usar depois no vestibular, ou em
outra prova.
Notamos, por meio dos dados levantados, o exercício das escolas em rea-
lizar ações, como as descritas pelo autor acima, tanto no sentido de percorrer
princípios da gestão democrática e de uma concepção de avaliação diagnós-
tica, conforme apresentam nos seus PPPs, como de atender as demandas das
avaliações em larga escala, demandas estas que exercem tensão na gestão
escolar no sentido de alinhá-la à lógica gerencial. Por exemplo, nas escolas
em que a diretora e a coordenadora discordam das avaliações em larga escala,
independentemente do posicionamento pessoal/profissional delas, a escola
sofre a cobrança por melhores resultados e/ou índices. Tais cobranças tendem
a modificar as ações dos profissionais envolvidos no processo administra-
tivo e pedagógico. Com isso, percebemos que a opção entre gestão escolar
democrática e/ou gerencial, não se limita a uma questão meramente pessoal/
profissional dos sujeitos envolvidos no processo pedagógico-escolar, mas está
relacionada com o potencial/força de efetivação da política de avaliação no
trabalho e organização da escola.
Assim, a diretora da Escola B considera importante esclarecer que a
escola realiza simulados para que os alunos realizem a prova ANA, mas que
ela orienta os professores da seguinte forma:
[...] olha vocês não vão preparar aluno para fazer a prova ANA, muito
menos para a Prova Brasil, a gente não vai preparar eles para um concurso,
a gente vai preparar eles para viver na vida, porque ele vai ser um cidadão
no mundo, ele precisa saber ler em todas as situações, e não somente para
fazer uma prova. Ele tem que saber viver, esse é o cidadão que a gente
quer formar, e é para isso que a gente vai trabalhar com eles, preparando
eles para todas as situações.
156
A repercussão que isso tem, se fala como a coisa mais importante, e não
é, o mais importante é o aprendizado da criança, mas se coloca...Nossa
a prova Brasil! Daí as crianças ficam nervosas e ansiosas, as professoras
ficam nervosas, como se fosse resultado de um ano só de trabalho, o
professor do 5º ano, como se fosse resultado de um ano só de trabalho. O
professor do quinto ano acaba tendo uma ansiedade muito grande, porque
é o ano da provinha Brasil. Como se não tivesse que trabalhar todos os
outros anos. Que trabalha igual, só que parece que aquele ano, se a turma
dele, não for bem, se a escola não for bem, ele assume como se fosse
culpa dele, e não é, é o resultado de um trabalho que começa lá desde a
pré-escola. Lá começou o trabalho, que vai dar resultado lá na frente, mas
ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS – Volume 2 157
a ansiedade toma conta, e por mais que a gente tente passar isso para os
professores e para os alunos, eles escutam, compreendem, mas a ansiedade
permanece (DIRETORA DA ESCOLA B).
Assim como todos os planos analisados estipulam como meta a elevação dos
índices de qualidade.
O Plano de Gestão da Escola B, acrescenta que a meta é garantir uma
educação emancipatória, pois a educação é fator primordial e que “dada a sua
importância para a formação do cidadão a educação e inspirada nos princí-
pios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, [a educação] tem por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercí-
cio da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (PLANO DE GESTÃO
ESCOLA B, 2017/2018).
Um dado que se apresenta no plano da escola A, é que a diretora tem
como objetivo “promover atuação conjunta dos profissionais da escola a fim
de evitar a repetência e a evasão escolar”, assim como “desenvolver ações
Considerações finais
REFERÊNCIAS
AFONSO, A. J. Avaliação Educacional: regulação e emancipação. Para uma
Sociologia das Políticas avaliativas contemporâneas. São Paulo: Cortez, 2000.
Introdução
1 Artigo publicado originalmente na Revista Acta Sci. Educ., v. 41, e37765, 2019.
ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS – Volume 2 165
formação de uma rede que compreende, além dos Institutos Federais, outras
instituições que oferecem educação profissional em todos os níveis. Isso sub-
sidiou a criação do Programa Brasil Profissionalizado; da Rede e-Tec Brasil,
de ensino a distância; do Acordo de Gratuidade com o Sistema S; e a criação
do Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnoló-
gica – Sistec.
Na análise de Feres (2015), enquanto o Brasil Profissionalizado almejou
a estruturação e ampliação da estrutura física das redes estaduais de educa-
ção profissional e tecnológica, a Rede e-Tec buscou fortalecer a oferta da
educação profissional a distância. No tocante ao Acordo de Gratuidade, o
Sistema S assumiu o compromisso de aplicar, a partir de 2014, dois terços
dos recursos provenientes do compulsório para oferta de cursos técnico de
Editora CRV - Proibida a impressão e/ou comercialização
2 Regulamentada pela Portaria MEC 185, de 2012 e, posteriormente, substituída pela portaria MEC nº 168,
de 2013 (Portaria nº 168, 2013).
166
continuação
Cursos técnicos 2011 2012 2013 2014* Total
Cursos FIC 2011 2012 2013 2014 Total
Previsto 226.421 590.397 743.717 1.013.027 2.574.102
Bolsa Formação
Executado 22.876 531.101 1.243.047 356.746 2.153.770
Fonte: Base SIMO Internet (SEJU, 2015). Tabela elaborada pela autora.
Fonte: Base SIMO Internet, SEJU (2015). Tabela elaborada pela autora.
3 A ideia do Capital Humano é uma quantidade ou um grau de educação e de qualificação, tomado como
indicativo a um determinado volume de conhecimentos, habilidades e atitudes adquiridas, que funcionam
como potencializadoras da capacidade de trabalho e produção.
ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS – Volume 2 173
4 Aqui entendida conforme conceito de Alberto (2005), como o dequalificar, requalificar, atualizar e reprofis-
sionalizar, de modo a estar sempre ‘pronto’ às novas demandas de produção.
174
Considerações finais
REFERÊNCIAS
ARAUJO, M. A. D.; BORGES, D. F. Globalização e mercado de trabalho:
educação e empregabilidade. Organizações e Sociedade, v. 7, n. 17, p. 9-16,
2000. http://dx.doi.org/10.1590/S1984-92302000000100001.
Introdução
Editora CRV - Proibida a impressão e/ou comercialização
3 Programa de desenvolvimento Educacional. Sua implementação ocorreu pelo Decreto nº 4.482 de 2005.
O programa foi instituído pela Lei Complementar nº 103 de 15 de março de 2004 e regulamentado pela Lei
Complementar 130 de 14 de julho de 2010, com alterações subordinadas ao projeto financiado pelo Banco
Mundial. Considerando que muitos profissionais atuantes no Ensino Médio não tinham a possibilidade de
ascensão na carreira, o programa tornou-se efetivo a partir de 2007 (PARANÁ, 2014c).
ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS – Volume 2 181
Ter melhores professores requer, entre outras coisas: (i) prepará-los ade-
quadamente para o ensino através da pré-formação contínua de professores
de boa qualidade; (ii) proporcionar aos professores acesso ao desenvolvi-
mento profissional através de programas de treinamento em serviço; (iii)
fornecer apoio regular através de parcerias e consultorias pedagógicas;
e (iv) ter um sistema de avaliação do desempenho dos professores que
de pequenas empresas locais, contribuindo, assim, não somente para elas, mas
também para o município dessas escolas (PARANÁ, 2014a).
No componente 1, para atendimento por parte do programa, são esta-
belecidos alguns critérios que determinam a prioridade para determinadas
escolas. São esses: situação física do prédio escolar; dados e indicadores
populacionais e socioeconômicos.
No componente 2 considera-se que:
Considerações finais
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, José Luis Viera de. A escola burguesa e a questão do conheci-
mento: mudar para não transformar. Revista Espaço Acadêmico, v. 9, n. 104,
p. 53-63, 2009.
Introdução
Editora CRV - Proibida a impressão e/ou comercialização
1 Este texto é uma versão ampliada do trabalho “Disputa pelo Fundo Público: dívida pública e o financiamento
das universidades federais e da ciência e tecnologia no Brasil (2013-2021)” que será apresentado no X Encon-
tro da Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação – FINEDUCA, que se realizará na
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), nos dias 30 de novembro e 1 e 2 de dezembro de 2022.
198
fundo público para os detentores dos títulos da dívida pública persiste como
um dos esteios do padrão de acumulação de capital no Brasil
No período de 2013 a 2021, foram destinados, cumulativamente, R$
10,288 trilhões para o total das despesas com a dívida pública (incluído o
refinanciamento). Tal montante de recursos representou, em média, 41,62% do
total dos recursos orçamentários da União. Nesse período, as despesas com a
dívida pública apresentaram um crescimento de 74,12%: de R$ 1,189 trilhão
em 2013 para R$ 2,070 trilhões em 2021, conforme apresentado nas Tabela 1.
64,000
61,023
62,000
58,410
60,000
58,000
Bilhões
56,000 58,251
54,000
52,000
50,000
48,000
46,000
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Fonte: Tabela 3.
ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS – Volume 2 203
12,000
9,711
9,154
10,000
8,000
Bilhões R$
6,000
6,654
4,000
1,225 0,997
2,000
0,266
0,000
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Custeio Inves�mento
16,000 14,253
14,000
12,000 9,359
Bilhões R$
10,000
8,000 5,320
6,000
4,000
2,000
0,000
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Fonte: Tabela 4.
ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS – Volume 2 205
3,000
2,500
Bilhões R$
2,290
2,000
1,111
1,500
1,000
0,500
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
2 A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) é uma empresa pública federal, vinculada ao Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação. A Finep exerce a função de secretaria-executiva do FNDCT, e responsabiliza-
-se por todas as atividades de natureza administrativa, orçamentária, financeira e contábil relacionadas ao
Fundo que financia projetos desenvolvidos por empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras
instituições públicas e privadas.
ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS – Volume 2 207
2,500
Bilhões R$
2,000
1,791
1,500
0,821
1,000
0,500
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Fonte: Tabela 6.
7,088
Bilhões R$
8,000
6,000
4,000 3,317
2,000
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Fonte: Tabela 7.
ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS – Volume 2 209
Considerações finais
REFERÊNCIAS
BRASIL. Banco Central do Brasil. Séries Temporais. Pib em R$ correntes:
2013-2021. Disponível em: https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarse-
ries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries. Acesso em:
10 ago. 2022.
em: http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rppublica/article/
view/2697. Acesso em: 10 mar. 2020.
C
Capes 11, 19, 20, 21, 24, 25, 28, 29, 30, 31, 32, 35, 39, 40, 41, 46, 47, 48,
49, 62, 177, 197, 207, 208, 209, 220
Capital rentista 198, 199
Cascavel (PR) 10, 11, 80, 81, 115, 127, 128, 129, 130, 131, 132, 133, 136,
137, 138, 139, 147, 148, 149, 157, 161, 163, 164, 168, 169, 170, 173, 174,
176, 217, 218, 219, 220
Ciência e tecnologia 11, 20, 21, 118, 197, 199, 200, 204, 205, 209, 211
Concepções de avaliação 32, 139, 154, 155
Concepções de Estado 139, 141
Condicionalidades financeiras 177, 178
Condicionalidades políticas 10, 177, 183, 192
Contextos assimétricos 9, 43, 45, 50
D
Desenvolvimento científico e tecnológico 11, 20, 197, 205, 206, 210
Desenvolvimento do Paraná 10, 177, 178, 179, 180, 183, 185, 190, 191,
192, 194, 195
Dívida pública 11, 197, 198, 199, 200, 201, 209, 211, 219
Documentos de política educacional 38, 83, 85, 88, 89, 92, 94, 95
E
Educação básica 9, 32, 35, 43, 44, 45, 46, 48, 49, 50, 53, 54, 57, 58, 59, 60,
61, 62, 63, 68, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 78, 80, 108, 110, 113, 116, 123, 125,
214
135, 136, 137, 139, 141, 142, 143, 153, 154, 157, 161, 163, 177, 180, 189,
190, 195, 220
Educação infantil 10, 50, 53, 56, 57, 60, 83, 85, 88, 89, 90, 92, 93, 96, 147
Educação integral 115, 118, 119, 120, 121, 122, 123, 125, 126, 133, 134,
135, 136
Ensino fundamental 10, 50, 53, 54, 55, 57, 58, 60, 64, 83, 85, 88, 89, 90, 92,
93, 110, 124, 132, 137, 142, 143, 147, 161, 180, 183
Estado liberal 9, 65, 73
G
Gestão 9, 10, 25, 43, 45, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 64,
82, 91, 106, 109, 113, 117, 118, 119, 135, 137, 138, 139, 140, 143, 144, 145,
147, 150, 152, 153, 154, 155, 156, 157, 158, 159, 160, 161, 162, 167, 168,
170, 171, 175, 176, 184, 187, 192, 193, 217, 219, 220
Gestão escolar 10, 52, 55, 57, 62, 64, 109, 137, 138, 139, 140, 143, 144, 145,
147, 152, 153, 154, 155, 157, 159, 160, 161, 162, 193, 219
I
Influência norte-americana 104, 107
Internacionalização 9, 13, 14, 15, 16, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 26, 27, 28,
29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 41, 217
IPCA 199, 200, 201, 202, 204, 206, 207, 208
M
Mão de obra qualificada 10, 164, 167, 171
Mercado de trabalho 51, 67, 94, 167, 168, 170, 171, 172, 174, 175, 177, 188
Mercadorização 13, 14, 16, 21, 24, 28, 36
Mercadorização da pós-graduação 13, 16, 24
Metas da educação infantil 10, 83, 85, 88, 89, 93
Mundialização 16, 17, 18, 19, 22, 24, 25, 28, 36, 37, 38
ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS – Volume 2 215
O
Objetos de pesquisa 9, 43, 45, 49, 58
P
Papel do Estado 65, 98, 113
Plano Nacional de Educação 10, 24, 43, 51, 52, 53, 59, 62, 63, 83, 90, 91,
92, 94, 95, 134, 135, 164
Política 9, 10, 16, 18, 19, 28, 31, 32, 37, 38, 41, 43, 45, 50, 51, 52, 53, 54,
55, 56, 57, 60, 61, 62, 64, 65, 69, 72, 73, 74, 75, 78, 80, 81, 82, 83, 85, 88,
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89, 92, 93, 94, 95, 96, 98, 106, 109, 110, 113, 115, 120, 124, 125, 133, 135,
136, 138, 139, 143, 153, 155, 160, 162, 163, 164, 168, 173, 174, 175, 177,
183, 185, 188, 193, 194, 199, 210, 211, 217, 218, 219, 220
Política de Estado 45, 52
Política educacional 9, 10, 38, 51, 53, 54, 64, 65, 73, 74, 80, 81, 83, 85, 88, 89,
92, 93, 94, 95, 96, 113, 124, 135, 175, 177, 185, 188, 194, 217, 218, 219, 220
Pós-graduação em educação 9, 28, 38, 43, 44, 45, 46, 48, 61, 64, 218, 219, 220
Pós-graduação stricto sensu 22, 38, 41, 44, 47, 63
Postos formais de trabalho 10, 163, 164
PPGEdu/UFGD 44, 45, 53, 54
Produção científica 22, 27, 28, 29, 30, 35, 36, 43, 53, 61, 186, 201, 211
Programa Mais Educação 10, 55, 115, 116, 117, 118, 119, 120, 121, 123, 124,
125, 126, 127, 128, 129, 130, 131, 132, 133, 134, 135, 136, 137
Pronatec 10, 163, 164, 165, 166, 167, 168, 171, 172, 173, 174, 175, 176,
177, 219
R
Recursos da União 199, 203, 205, 206, 207, 209
Recursos destinados 11, 125, 183, 197, 199, 200, 201, 202, 203, 204, 205,
206, 207, 208, 209
Rede pública 10, 56, 127, 137, 138, 139, 147, 149, 157, 161, 165, 178, 183,
186, 217, 220
Rede pública municipal 10, 137, 138, 139, 147, 149, 161, 217
Reforma do Estado 24, 68, 70, 78, 80, 82, 139, 160
Resultados das avaliações 31, 47, 48, 137, 152, 159, 183, 190, 192
216
Retrocessos 16, 28
S
Sistema nacional de avaliação educacional 108
Sociedade de classes 9, 65, 188
T
Testes psicométricos 10, 97, 103, 108, 112
Z
Zona urbana 10, 115, 127, 128, 129, 132, 133
SOBRE OS AUTORES
Celso Hotz
Professor do Magistério Superior da Universidade Tecnológica Federal do
Paraná (UTFPR), câmpus Francisco Beltrão. Licenciado em Pedagogia pela
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Pós-graduado em
História da Educação Brasileira. Mestre em Educação pela Unioeste. Dou-
torando em Educação pela UNIOESTE. Atualmente desenvolve atividades
relacionadas a: Internacionalização da Educação Superior; Políticas Educa-
cionais; Formação de professores; História da educação brasileira. E-mail:
hotzcel@gmail.com
218
Fabio Perboni
Doutor em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho (UNESP), e Pós-Doutor pela Universidade Católica Dom Bosco –
UCDB. Professor da UFGD, atuando junto ao Programa de Pós-Graduação
em Educação. Líder do GEPGE. E-mail: fabioperboni@ufgd.edu.br.
Simone Sandri
Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual do Oeste do
Paraná (UNIOESTE); Mestrado e Doutorado em Educação pela Universidade
Federal do Paraná (UFPR). Docente do curso de Pedagogia e do Programa de
Pós-Graduação em Educação (PPGE), da UNIOESTE, campus de Cascavel.
Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Educacional e Social
(GEPPES), da UNIOESTE. Pesquisadora da Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul (UFMS). Atua no campo de pesquisa de Políticas Educacionais
com ênfase em Políticas Curriculares para a Educação Básica: Política Curri-
cular e Gestão Educacional/Escolar; Política Curricular e Avaliação em Larga
Escala; Público-Privado na Educação. E-mail: simone.sandri@unioeste.br
Editora CRV - Proibida a impressão e/ou comercialização
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SOBRE O LIVRO
Tiragem não comercializada
Formato: 16 x 23 cm
Mancha: 12,3 x 19,3 cm
Tipologia: Times New Roman 10,5/11,5/13/16/18
Arial 8/8,5
Papel: Pólen 80 g (miolo)
Royal Supremo 250 g (capa)