Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
#CURRÍCULO LATTES#
APRESENTAÇÃO
Primoroso (a) aluno (a), o fato de você ter apreciado os conhecimentos que
apresentamos e fez com que o Curso de Sociologia, fosse sua opção de estudo nos
deixa grato, pois, podemos caminhar juntos para que esta disciplina de metodologia do
Ensino de Sociologia seja didaticamente enriquecedora e ao final da Unidade,
oportunizado ótimas reflexões. Contudo a importância é que ao final possamos ser
melhor do como iniciamos, com mais ideias e certezas de que a escolha foi assertiva.
Na Unidade I a fundamentação teórica é de suma importância em nosso
aprendizado, à sociologia oferece a vasta bibliografia de muitos autores, mas
discutiremos neste momento o contexto histórico da Sociologia e as concepções de três
grandes filósofos: Karl Marx, Durkheim e Max Weber.
Na Unidade II iremos caminhar analisando as diretrizes que norteiam e
implementam a disciplina de Sociologia, aprenderemos sobre as Diretrizes Curriculares
Nacionais, Parâmetros Curriculares Nacionais e as Orientações Curriculares.
Na Unidade III a aprendizagem terá ênfase no campo de pesquisa como
aprimoramento teórico, tipos de pesquisas e conhecimentos, a construção das pesquisas
científicas sobre o ensino de sociologia.
Na Unidade IV, trabalharemos a importância das práticas docentes coesas e
estruturadas, pautadas na ética e no profissionalismo. A criatividade sobre as estratégias
didáticas e os pilares pedagógicos descrita por Jacques Delors. E aprender os conteúdos
básicos e estruturantes do ensino de Sociologia.
Será um imenso prazer compartilhar com você todas essas aprendizagens tão
essenciais, que nos impulsionam a tornar pessoas mais críticas, capazes de contribuir
para uma sociedade mais justa e igualitária por meio de nossas ações. Esperamos
contribuir para ampliação de seu crescimento pessoal e profissional.
Muito obrigado e bom estudo!
UNIDADE I
Plano de Estudo:
Objetivos de Aprendizagem:
INTRODUÇÃO
Estudar Sociologia é tão atual, que a forma de compreensão sobre tudo que
iremos aprender no decorrer das unidades, serão bem atualizadas e intensas ao estudar.
Mas como todo conhecimento que precisamos adquirir a fundamentação teórica, os
estudos dos clássicos são a base para darmos continuidade aos demais temas que
iremos abordar.
Neste contexto, conhecer a história da sociologia é crucial, assim, podemos
entender por que surgiu e como. Também saber quem foi o filósofo que compreendeu
essa necessidade. A Sociologia como disciplina escolar, como é um componente
significativo, abordaremos não apenas nesta unidade, de forma gradativa iremos
aprendendo.
Não há como falar de sociologia se não discutirmos as teorias sobre os
pensadores clássicos, suas ideias e conceitos, foram importantes no momento da
construção de suas filosofias e continuam a ser relevantes para a aplicabilidade em
nosso cotidiano diário.
Karl Marx nos faz compreender sobre o capitalismo e suas implicações para as
massas, que devido a Revolução Industrial e a demanda de mão-de-obra estavam
preocupados em aumentar o números de filhos para obtenção de mais dinheiro,
pensando em uma qualidade de vida melhor. O mesmo introduz um pensamento
significativo sobre a lei da mais valia, este por sua vez tinha como princípio mudar a
realidade por intermédio da luta de classes.
Émile Durkheim o primeiro a criar uma metodologia sociológica, que evidencia a
diferença desta com outras áreas de estudo, tudo baseado em pesquisas em fatos
sociais, que já estudava a forma em que os indivíduos agiam em seus grupos e as
implicações destes comportamentos na humanidade. Um dos elementos de discussão
importantes deste pensador era a consciência coletiva, assunto tão discutido na
atualidade.
Max Weber, em suas premissas, o sociólogo precisava compreender o motivo
que desencadeavam as ações sociais, encontrar as causas, refletir sobre os efeitos e
direcionar possíveis direcionamentos para solucionar ou amenizar tais ações, a base das
reações de um grupo estava consolidado pelos valores, crenças e mudanças e que o
indivíduo tinha liberdade e capacidade para agir em prol de mudanças.
Como vimos até o momento, os estudos filosóficos são contextualizações de uma
época, mas que repercutem nos dias de hoje em nossa sociedade e de forma intrínseca
nas esferas econômica, cultural, religiosa e comportamental. Convido vocês para juntos
aprofundar mais sobre esses assuntos. Será um prazer a sua companhia.
1 A HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA COMO DISCIPLINA ESCOLAR
Nada surge por acaso, com a Sociologia não foi diferente, com as evoluções
constantes sociais e paralelamente o comportamento dos indivíduos era crucial pensar
em como estudar essas transformações, além de traçar metas para mudar e/ou
aprimorar o que fosse necessário. Nesse contexto a ciência deveria conceber por meio
de suas verdades, como a sociedade deveria proceder, introjetando por meio de
pesquisas , o passado, o presente e o futuro de todos, surge a Sociologia.
Para compreensão histórica o que possibilitou a ampliação da relevância das
propostas Sociológicas foram as revoluções políticas, culturais e sociais, foram
movimentos necessários, para cada momento histórico, os comportamentos se
diferenciavam, assim pensamentos, grupos distintos eram formados. A Revolução
Industrial e a Revolução na Ciência, caminham atreladas à constante busca da
modernidade, mas impulsionou de forma inconsequente a desigualdade social visível
nos dias atuais. O Iluminismo contribuiu para que as revoluções se concretizassem, pois,
consistia na fé e crença no progresso da sociedade, origina-se os operários e a fé deixa
espaço para a racionalidade.
Assim, se há operários, a política aponta a burguesia e o sistema capitalista, toda
riqueza vinha dos trabalhos das fábricas, exploração do trabalho, tema atual em nossas
realidades. O termo sociologia foi utilizado pela primeira vez em meados de 1798-1857,
por Auguste Comte que tinha em mente que seria uma ciência para estudar a sociedade
e dar direções, com apoio de outras áreas do conhecimento. Comte contribuiu para o
conhecimento originando o positivismo. Comte afirma que:
Com um raciocínio mais flexível do que parece apresenta em seus escritos Weber
se utiliza da história e, ao detalhar com muita maestria suas pesquisas, ele nos apresenta
uma ampla explanação da cultura ocidental, pela visão da formação e da expansão do
capitalismo no mundo. Os seus conceitos sociológicos que está formulado em sua obra
“Economia e sociedade (1922)” resume o seu zelo sobre o assunto nos livros que a
precederam, especialmente na obra “A ética protestante e o espírito do capitalismo
(1904- 1905)” e na obra “A ética econômica das religiões universais (1915)”.
Duas conferências publicadas em 1919 merecem a atenção dos cientistas sociais
e Weber possui duas importantes obras para o entendimento de seu pensamento
sociológico “O ofício e a vocação do cientista e o ofício e a vocação do político” e “Ensaio
sobre o sentido da neutralidade axiológica nas ciências sociológicas e econômicas”.
Quando se lê Weber nota-se o cuidado metodológico que ele teve para garantir
cientificamente todo o cuidado como investigador. Não se preocupa em alcançar a
objetividade científica pela desobrigação do pesquisador e deixa transparente o papel da
subjetividade na produção do conhecimento.
Para Weber (2004), o sujeito cognoscente é parte do processo de concepção da
realidade, ou seja, compreender é o mesmo que segurar o sentido de uma ação social.
Busca nesse sentido a ênfase dos fenômenos estudados, ainda que não estejam
presentes na ação. Assim, entender o sentido da ação resulta em chegar a acepção que
o sujeito, ou os sujeitos da ação atribuem a ela, orientando-se pelo comportamento de
outros. Observa-se que, Weber amplia um recurso metodológico chamado “construção
de tipos ideais”, ou seja, os conceitos que organiza para explicar a realidade aplicam-se,
para um dado período histórico, à situação investigada. Sociologia (no sentido aqui
entendido desta palavra empregada com tantos significados diversos) significa: uma
ciência que pretende compreender interpretativamente a ação social e assim explicá-la
causalmente em seu curso e em seus efeitos (WEBER, 2000, p.3)
Weber constrói alguns tipos ideias da sociedade como burocracia, dominação, e
capitalismo ocidental, que diz importância à capacidade do cientista capturar o conjugado
de valores de uma época, de uma cultura, e entender o que é expressivo para uma
sociedade no seu tempo. Todos os tipos ideais construídos por Weber – como “ética
protestante” e “espírito do capitalismo”, com os quais avalia a conexão de sentido ou a
afinidade entre a conduta moral rígida do próprio do ethos da cultura religiosa calvinista
do século XVIII, e as técnicas racionais que caracterizam a ação do capitalismo no
ocidente – domam os tipos básicos de ação social que são quatro: ação social racional
com semelhança a fins; ação social racional com semelhança a valores; ação social
afetiva e ação social tradicional.
Para o autor, o sujeito da ação (indivíduo, grupo social, instituição) guia-se em
relação à conduta de outros (indivíduos, grupos, instituições), seja agindo sabidamente
conduzido por fins (objetivos sólidos mesmo não explícitos) ou sendo guiado por valores
(morais, culturais, religiosos); ou aceitando-se conduzir por sentimentos (medo, cólera,
inveja), ou ainda norteando a sua ação pela tradição (traços culturais de condutas
coletivas que conservam a experiência do grupo). Os tipos ideais de ação social não são
de caráter excludentes e se exibem de forma concomitante.
Segundo ele, a realidade é infinita e a finita mente humana é capaz de perceber
dessa realidade apenas uma pequena parcela. Essa concepção Werbeniana de
realidade é acompanhada de muita responsabilidade sobre os ombros do cientista, o
qual estes devem coordenar intelectualmente e uma das formas para execução e fazer
a construção de tipos ideais, no sentido de ideias, não de padrões. A grandeza histórica
do fato social é valorizado como um leque de probabilidades, de escolhas subjetivas,
pertencendo ao pesquisador, na construção conceitual da Sociologia, anunciar o que é
singular nos fenômenos históricos, algo que lhes é parecido. Dessa maneira, chega-se
à racionalidade atualizada no capitalismo ocidental como presença histórica cuja ação é
preponderantemente racional com afinidade a fins e a valores.
Na obra de Weber surge a racionalidade como início organizativo no âmbito da
sociedade moderna que o faz perfilhar no processo de secularização a expressão da
racionalização social. É de Weber a declaração “desencantamento do mundo”, no
sentido de que o progresso técnico obedece a uma lógica que lhe foge o controle, a
ponto da conduta racional vir a se tornar irracional com o processo histórico.
No domínio da realidade política, o tributo de Weber sobre o fenômeno da
dominação – seja racional, tradicional ou carismática, como tipos ideais puros – coloca
lucidez na questão da autoridade e de sua legitimidade, ao abordar o poder nas
condições da ação humana preparada à obediência no confronto com os dominadores
que pretendem apreender o poder legítimo.
A ambição de legitimação da Sociologia dos dominadores, ou seja, o seu
reconhecimento e aceitação sociais são mais apreciados por Weber que o próprio
exercício da dominação. Assim Weber identifica, que no procedimento de racionalização
o fenômeno burocrático e este como um sistema de administração e organização que
alarga-se a uma racionalização total em termos de eficácia, esse poder burocrático e
impessoal seria o peculiar Estado moderno.
SAIBA MAIS
O nome do pensador francês Auguste Comte (1798-1857) está
indissociavelmente ligado ao positivismo, corrente filosófica que ele fundou com o
objetivo de reorganizar o conhecimento humano e que teve grande influência no Brasil.
Comte também é considerado o grande sistematizador da sociologia. Seus argumentos
favoreciam o planejamento social, que para ele reverteria no bem estar do indivíduo (
hoje um assunto muito atual)
Fonte: FERRARI, Márcio. Auguste Comte, o homem que quis dar ordem ao mundo, 2008. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/186/auguste-comte-pensador-frances-pai-positivismo#. Acesso em: 17
ago. 2021.
#SAIBA MAIS#
REFLITA
“A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo
indivíduo de uma série de normas e princípios, sejam morais, religiosos, éticos ou de
comportamento, que balizam a conduta do indivíduo num grupo. O homem, mais do que
formador da sociedade, é um produto dela.”
Émile Durkheim
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
ARTIGO 01
ARTIGO 02
SILVA, Ítalo Ramon Carvalho et al. Emile Durkheim: Vida, Obra e sua Contribuição para
a Sociologia. Anais VIII Fórum Internacional de Pedagogia - FIPED... Campina Grande:
Realize Editora, 2016. Disponível em:
https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/25245 . Acesso em: 13 set. 2021
Resumo: O presente texto tem por objetivo analisar, a partir da obra “As regras do
método sociológico” de Émile Durkheim, a especificidade do objeto de estudo da
Sociologia por meio do fato social. Como estratégia metodológica fez-se uma análise
qualitativa da obra em questão. Nesse sentido, em um primeiro momento, apresenta-se
uma revisão de literatura acerca da vida e obra do autor, com a finalidade de perceber
suas convicções filosóficas, políticas e sociais. Em um segundo momento analisa-se a
contribuição de Durkheim para o entendimento do objeto de estudo da Sociologia a partir
de seu conceito e das características do fato social. Conclui-se que, para Durkheim, a
Sociologia compreende a ciência que analisa as particularidades da sociedade através
da observação sistemática dos fatos sociais. Assim, os fatos sociais têm existência
própria, externa aos indivíduos e que no interior de qualquer grupo ou sociedade existem
formas padronizadas de conduta e pensamento baseadas na soma destas categorias.
ARTIGO 03
JÚNIOR, João Alfredo Costa de Campos Melo. Burocracia e educação: uma análise a
partir de Max Weber. Pensamento Plural. Pelotas, pgs.147-164, janeiro/junho,2010.
http://pensamentoplural.ufpel.edu.br/edicoes/06/07.pdf Acesso em: 13 set. 2021
Resumo: Cabe a este texto elaborar uma reflexão acerca da burocracia e da educação,
tendo como princípio norteador a sociologia compreensiva weberiana. A opção por Max
Weber se revela a mais acertada devido à diversidade e à profundidade de sua produção
intelectual, incluindo a questão da burocracia. A utilização de Weber servirá como
instrumento preciso de análise conceitual sobre a temática aqui proposta. Certamente, o
pensador foi um dos principais estudiosos da burocracia, tendo como palco privilegiado
a Alemanha na época da Primeira Grande Guerra (1914-1918). É dentro desse fecundo
arcabouço teórico que se pretende fazer algumas incursões sobre a educação e a
burocracia, tendo com respaldo epistemológico Weber.
LIVRO
Editora: Vozes.
Sinopse: Retrata concepções dos filósofos tão relevantes no contexto sociológico, Karl
Marx economista e alemão, o sociólogo francês Émile Durkheim e o teórico político Max
Weber, descrevendo a teoria sociológica, teoria política e a teoria da modernidade,
conflitos que fazem parte de nossa realidade social, desencadeando em diferentes
vertentes para se compreender e interpretar a sociedade.
FILME/VÍDEO
Ano: 2017.
REFERÊNCIAS
ANDERY, Maria Amélia Pie Abib; SÉRIO, Tereza Maria de Azevedo Pires. Há uma
ordem imutável na natureza e o conhecimento a reflete: Augusto Comte (1798-
1857). In: ANDERY, Maria Amélia Pie Abib et al. Para Compreender a Ciência: uma
perspectiva histórica. 16ª ed. Rio de Janeiro: Garamond, 2012.
MARX, K. La guerra civil en Francia. In: MARX, K.; ENGELS, F. Obras escojidas Versión
de Editorial Progreso. Cubierta de César Bobis Tomo I. Madrid: Editorial Ayuso, 1975.
MARX, K. O capital Livro III, Tomo II. Tradução de Regis Barbosa e Flavio R. Kothe.
São Paulo: Abril Cultural, 1985. (Coleção Os Economistas).
WEBER, Max Ciência e Política: duas vocações. 18. ed. São Paulo: Cultrix, 2011.
UNIDADE II
Plano de Estudo:
Objetivos de Aprendizagem:
Prezado (a) aluno (a), como tudo que fazemos em nosso cotidiano, estudar não é
diferente, aprendemos em cada momento, nos aprimoramos, uma constante evolução,
claro que cada uma da sua maneira, porque temos ritmos totalmente diferentes, o
importante é que cada um de nós possamos descobrir qual o nosso ritmo e nos
possibilitar crescer intelectualmente.
Isso me faz mediar a você a refletir: “Com a experiência de vida que tem hoje,
você mudaria algumas coisas em seu passado?”. Muitos devem ter dito que sim e até
mesmo vislumbrar mentalmente quais seriam as mudanças. Entretanto chamo atenção
para que compreendam que as nossas ações estão ligadas ao conhecimento que temos
no momento.
Ter uma visão sociológica é compreender a sociedade e as pessoas que nela
estão inseridas. O que denota a extrema importância deste estudo. Atualmente vivemos
conflitos ideológicos, religiosos, culturais, sociais e econômicos, justamente pela falta de
compreensão que estamos em um mundo globalizado e as ideias devem ser respeitadas.
Com o propósito de enriquecermos com as experiências dos outros e aprimorar as
nossas experiências.
Bem, o que isso tem a ver com o cenário educacional? Simples, o processo foi
sendo estruturado com base no momento, assim, não podemos julgar sem ter um
conhecimento do contexto histórico da época. Dessa forma o estudo desta unidade II irá
proporcionar a você, um entendimento da evolução do sistema educacional brasileiro por
meio do que você aprendeu na Unidade I, consolidando nossa aprendizagem nesta
unidade que se baseia principalmente na Lei de Diretrizes e Bases da Educação,
Diretrizes Curriculares Nacionais, Parâmetros Curriculares Nacionais, Base Nacional
Comum Curricular de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Orientações Curriculares
para o Ensino de Sociologia.
1 REPENSAR A EDUCAÇÃO: UMA RECONSTRUÇÃO DA SOCIEDADE
Você precisa compreender que as concepções das diretrizes não são inovadoras,
pois, as discussões para que as mudanças ocorressem são antigas, antes de concluir as
diretrizes, surgiu o Currículo Básico, ou seja, o aprimoramento desses estudos, um
grande fator de relevância é o destaque para as concepções científicas, filosóficas e
artísticas objetivando enaltecer as todas as disciplinas.
As diretrizes transcorrem na perspectiva histórica e crítica para estruturação dos
conteúdos disciplinares, pois, embora sejam diferentes em alguns aspectos se
sistematizam nos quesitos epistemológicos e cognitivos esses princípios, são
significativos por direcionar conhecimento para os alunos para a vida sistematizados pela
prática social. O que resultaria para o aluno a formação necessária para o embate diário
com o intuito de transformações nas esferas sociais, econômicas, políticas e culturais do
momento vivido. A escola precisa mediar momentos de discussão e diálogo sobre os
conhecimentos sistematizados e o popular.
A importância dos conteúdos e da atuação do professor, não apenas em sua
prática educativa, mas na produção de seu plano de ensino. Os conteúdos passaram a
ser estruturados, pois, com os temas transversais existentes na década de 1990 os
mesmos ficaram fragmentados e incoerentes. Assim…
Além disso:
REFLITA
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É notório como nosso conhecimento se amplia a cada dia, isso porque estamos
inseridos em um contexto histórico que agrega valores a nossas ações. Aprendemos que
a disciplina de Sociologia tem sua identidade na compreensão de como a sociedade se
organiza, como ela age, tendo como o centro da observação o indivíduo, pois, ele insere
nas questões sociais, religiosas, econômicas, culturais ofertando uma mobilização.
Nem sempre as mobilizações são positivas, devido às diferenças de opiniões,
crenças e valores. Tudo se adapta conforme as necessidades. A Sociologia é uma
ciência capaz de nortear pontos que precisam ser melhorados e por meio da pesquisa,
do processo investigativo, surgem novas possibilidades essenciais para o homem, seja,
trabalho, tecnologia, vivências em mais diversos grupos sociais ou políticos.
Além disso, todas as informações e conhecimentos pautados nas questões
sociológicas são fontes de pesquisa para outras ciências, tais como a Psicologia,
Economia, Antropologia, Ciências entre outras. Incrível, mas a interdisciplinaridade
acontece nestas trocas de informações o que impulsiona os estudos de forma mais
organizada e concisa.
Como a sociedade vive em constante mudança, para se manter atualizado diante
das questões que as envolve, as leituras, os estudos devem ser sistêmicos e pontuais.
Todos os dias algo se inova. O papel do professor é estar sempre atualizado, sobre as
diretrizes bem como assuntos relevantes que estão em evidência, para que possa
conciliar os conteúdos do currículo com a realidade cotidiana.
Esses atributos contribui para que a aprendizagem fique mais intrigante, no
sentido de despertar no aluno (a) a curiosidade, para a busca da pesquisa e
concomitantemente construa suas próprias hipóteses, discuta com seus pares, pesquisa,
elabore argumentos e refute caso necessário. Entretanto é prudente compreender que
para o ensino de sociologia problematizar é preciso. Agir é necessário.
LEITURA COMPLEMENTAR
Sinopse: O referido livro é uma obra construída por intermédio de estudos acadêmicos
(pesquisas) e políticas, focando na importância do ensino de Sociologia, bem como da
Filosofia. O mesmo é dividido em oito capítulos que expressam reflexões que facilitam a
compreensão acerca do ensino desta disciplina, deste seu contexto histórico à reflexão
sobre a ação docente.
FILME/VÍDEO
Título: Tempos Modernos
Ano: 1936
BRASIL. Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino
de 1° e 2º graus, e dá outras providências. Disponível em
www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5692.htm.
WERNECK, H. Se a boa escola é a que reprova, o bom hospital é o que mata. Rio
de Janeiro: DP&A, 1998.
UNIDADE III
Plano de Estudo:
Objetivos de Aprendizagem:
Olá prezado (a), aluno (a), a cada unidade um crescimento intelectual que nos
impulsiona a buscar mais conhecimento, somos movidos pela curiosidade em querer
entender além do que já sabemos. E aprender a viver em sociedade é fundamental ter
em mente que, esta evolui a cada minuto, em todas as áreas. Claro que se compararmos
com outros países, nos sentiremos imensamente atrasados, mas fundamentalmente o
mais importante é não fazermos comparações, pois cada pessoa ou lugar possui seu
contexto histórico.
O que proporciona evolução é o aprimoramento teórico por meio de pesquisas,
que são dados obtidos, por diversas formas, com o intuito de estudar inúmeras questões,
quais as respostas são cruciais para adaptação da humanidade aos novos tempos. Para
cada tipo de pergunta, há diferentes tipos de respostas, assim como as formas de
pesquisa. Tudo depende do que necessariamente o pesquisador tem como objetivo.
Quanto às inquietações sociológicas, as pesquisas tendem a analisar os
comportamentos humanos, sejam eles positivos e negativos, para entender o
pensamento humano e, sequencialmente, buscar respostas para direcionar o
aprimoramento das falhas ou dos benefícios obtidos. Todas ou quase todas as criações
de produtos, marcas, serviços partem das pesquisas, busca de perfil dos consumidores
e quando essas criações são estruturadas em pesquisas.
A pesquisa preenche uma lacuna que muitas vezes poderia nos remeter a erros.
O conhecimento, alicerçado por teóricos, filósofos, sociólogos, ou seja, estudiosos
preenche o quebra-cabeça, mesmo que seja provisório e com suas contribuições ajudam
a melhorar o mundo. Você e eu com os estudos, com a pesquisa, podemos mudar
nossas ações, mudar nossos contextos familiares ou compreender melhor e
supostamente o meio qual estamos inseridos. Assim convido você a entender o que é
pesquisa e a conhecer algumas formas de pesquisar
Para que toda pesquisa tenha seu devido respeito na sociedade, precisam ser
sempre discutidas e expostas os resultados. Bem como o entrelaçar das áreas de
conhecimento, que é fonte de crescimento para as transformações necessárias. Em falar
em fontes, essa é outra questão que precisamos centralizar nossas condutas. Hoje
temos uma gama enorme de informações. Todo cuidado é pouco, pois, nem sempre as
informações são verídicas, ou seja, de fato científicas, com fundo de veracidade.
Informação é diferente de conhecimento. Primeiro são bombardeadas pelas
mídias sociais, que precisa ser filtrada, analisada e interpretada, sendo uma arma nas
mãos de pessoas sem senso crítico, que além de não compreender o que está sendo
informado, repassa os fragmentos da ignorância. O conhecimento é uma lapidação das
informações, como o diamante que precisa ser lapidado, ou seja, limpo para ficar na
essência de sua preciosidade, assim é o conhecimento.
E quanto mais filtramos, mais enriquecimento intelectual temos. Para dar mais
objetividade ao que estamos falando, pense em você, que assim como eu recebemos
várias informações sobre nossas questões profissionais, nossa rede de amigos e de
familiares, sendo necessário muitas vezes filtrar, lapidar as informações para evitar
conflitos internos e externos. Quando entendemos sobre o assunto que estamos
discutindo, o debate, o diálogo é produtivo e de alguma forma teremos acréscimos
positivos ou para nossa vida ou em prol de outrem. Entretanto, a pesquisa não pode ser
uma reprodução de estudos feitos, mas pode servir de apoio para busca de algo mais.
Em determinadas áreas de pesquisa é fundamental compreender que não existe
apenas uma resposta para tudo e que há diversos tipos de explicações para cada tipo
de derivações problemáticas. Ressalto que para alguns casos o direcionamento das
práticas de pesquisa são de cunho muito peculiar, diferenciando conforme características
regionais, profissionais, culturais, sociais, econômicas, religiosas entre outras, isso
porque inserido em cada item mencionado, cada instituição tem suas individualidades.
Assim:
(...) o homem é, por natureza, um animal curioso. Desde que nasce interage com
a natureza e os objetos à sua volta, interpretando o universo a partir das
referências sociais e culturais do meio em que vive. Apropria-se do
conhecimento através das sensações, que os seres e os fenômenos lhe
transmitem. A partir dessas sensações elabora representações. Contudo essas
representações, não constituem o objeto real. O objeto real existe
independentemente de o homem o conhecer ou não. O conhecimento humano
é na sua essência um esforço para resolver contradições, entre as
representações do objeto e a realidade do mesmo. Assim, o conhecimento,
dependendo da forma pela qual se chega a essa representação, pode ser
classificado de popular (senso comum), teológico, mítico, filosófico e científico
(FONSECA, 2002, p. 10).
Pesquisa Qualitativa
Pesquisa Básica
Pesquisa Exploratória
Pesquisa Explicativa
Pesquisa Experimental
Pesquisa Bibliográfica
Pesquisa de Levantamento
Estudo de Caso
Pesquisa-Ação
O que mostramos foi um pouco do que o universo da pesquisa nos oferece. Existe
muito mais, a cada nova necessidade de busca de conhecimento recorremos a esta
prática pedagógica riquíssima, que se pensado de forma interdisciplinar, engloba a
leitura e interpretação, raciocínio lógico e dedutivo, atenção, concentração, memória,
articula o domínio da comunicação, oferecendo ao aluno a capacidade de transformação
primordial para o Universo das Ciências Sociais.
4 ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO DE SOCIOLOGIA
A BNCC e o currículo tem uma sistematização que interligam suas ações, que a
cada etapa da Educação Básica deve ser construída de maneira sólida. Que se orientam
em contextualização, tendo sempre um ponto de partida para que saiba como
desenvolver-se nesse processo, ser muito flexível no sentido de retomar quantas vezes
for necessário, buscando compreender a diversidade em sala de aula, precisando de
esta forma ter instrumentos pedagógicos constantes.
Manter o diálogo, as discussões em sala de aula que impulsiona a troca de
informações e propicia conhecimento e o professor media esta ação. O trabalho na
escola deve ser conjunto desde a direção ao agente de conservação, todos de alguma
maneira engajado no processo de reflexão e aprendizagem. Na escola só compreende
o que acontece quem se envolve nesta dinâmica, mandar, não te faz participante deste
desenvolvimento é preciso interagir.
Inserir a família como aliada, na integração escola e família, essa união fortalece
o entendimento de que há responsabilidade de desenvolvimento do aluno, da
comunidade de uma sociedade é de todos. Aprender que o aluno precisa ser estimulado
para esse momento de adquirir novos conhecimentos, as redes sociais promovem estas
opções o que faz com que o jovem fique tanto tempo a disposição destes aplicados,
então, inteligente da parte do professor fazer uso desse recurso em prol da educação.
Claro que para isso o professor precisa estar atento e em constante aprendizagem
sobre essas ferramentas digitais, o que antes era tão cobrado, pandemia de maneira tão
impetuosa nos fez reagir diante a tecnologia. O fato de estarmos preparados ou não, se
as escolas em questões estruturais estão prontas, não será ponto de nossa discussão.
Somos avaliados enquanto pessoas, profissionais, pais entre outros o tempo todo
e a cada feedback crescemos, aprendemos, nos realizamos e traçamos novos rumos
quando necessário. Com o currículo ofertando diretrizes tão coerentes, é necessário
repensar na avaliação educacional, as “provas” quais os alunos tanto temem, esta por
sua vez precisa ser vista como um meio, capaz de mudar o processo e fazer com que
professor e aluno evoluam, o que canaliza muito o que retrata no livro de Hamiltom
Werneck (1998) : “Se a boa Escola é a que Reprova: O Bom Hospital é o que Mata”.
Na BNCC a disciplina de Sociologia está inserida na área de Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas, juntamente com as disciplinas de Filosofia, Geografia e História,
“romper com a centralidade das disciplinas nos currículos e substituí-las por aspectos
mais globalizados e que abranjam a complexidade das relações existentes entre os
ramos da ciência no mundo real”, exposto este nas Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de
licenciatura, de graduação plena (DCN, 2001, p. 183). Sua intencionalidade é aprofundar
os conhecimentos adquiridos nas etapas educacionais anteriores. Pois no Ensino Médio
o aluno tende a ter uma capacidade mais significativa para problematizar, levantar
hipóteses e definir conceitos para protagonizar sua conduta juvenil.
SAIBA MAIS
Pesquisadores iniciantes, como é o caso dos estudantes de graduação e de pós-
graduação lato sensu, geralmente realizam pesquisas de caráter exploratório. É preciso
esclarecer que a exploração do fenômeno tem como objetivos desenvolver, esclarecer e
modificar conceitos e ideias. Esse tipo de pesquisa é realizada especialmente quando
há poucas informações disponíveis sobre o tema ao qual se relaciona o objeto de estudo.
Justamente devido ao escasso conhecimento do assunto, o planejamento é flexível, de
forma que os vários aspectos relativos ao fato possam ser considerados. A escassez de
informações torna difícil a formulação de hipóteses, como requerem as pesquisas
descritivas e explicativas. Na verdade, é sobre as pesquisas científicas que descrevem
e explicam os fenômenos que você mais ouve falar.
Fonte: DOXSEY J. R.; DE RIZ, J. Metodologia da pesquisa científica. ESAB – Escola Superior Aberta do
Brasil, 2002-2003. Apostila.
#SAIBA MAIS#
REFLITA
Fonte: QUIVY, R.; CAMPENHOUDT, L. V. Manuel de recherche en sciences sociales. Paris: Dunod, 1995.
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As leituras que são necessárias para o progresso acadêmico, não pode e nem
deve ser centrada em livros didáticos, as bibliografias clássicas e modernas, e as
metodologias direcionadas para leitura e discussões são características de pesquisa e
aprofundamento teórico. Talvez sua intencionalidade não seja ser professor, mas
independente da sua formação contribui para influenciar as pessoas que fazem parte
das instituições que você está inserida (o), trabalho, estudo, família. De qualquer forma,
a importância da Sociologia, composta por conhecimentos Antropológicos e Políticos,
reforça que para mudar o país, a nação, precisa mudar a concepção de cada um de nós
em relação a nossos comportamentos.
A mudança deve sempre começar por nós mesmos quando nos sentimos
incomodados, nossas condutas geram exemplos, e exemplos movem uma multidão.
Pensar no que queremos para o futuro, incluindo nosso querer para o presente, aqui e
agora, é fundamental para entendermos todo o trajeto de nossas vidas. O caminhar, a
visão de futuro se faz presente quando notamos que algo está fugindo do controle
causando um caos social.
Dependendo das situações podemos pensar que os problemas e conflitos estão
longe de nós, mas na verdade estão mais próximos do que imaginamos, tudo o que
ocorre no campo social, cultural, econômico, religioso, nos atinge direta ou indiretamente.
Um exemplo, quando pensamos em conforto e bem estar, sem considerar até que ponto
isso afeta o meio ambiente e pode influenciar nossa vida no futuro negativamente.
O interessante de trabalhar a sociologia no Ensino Médio é justamente aguçar a
curiosidade dos alunos, aumentar suas capacidades de discutir e fomentar o senso
crítico, esses jovens, serão os adultos capazes de mudar o espaço em que vivem e
recriar formas de convivência, qual a cidadania estará presente. Fundamentação teórica,
leituras de clássicos a modernidade, pesquisa, são alicerces para a garantia de
habilidades e competências em nossa sociedade tão fragilizada.
LEITURA COMPLEMENTAR
ARTIGO 01
ARTIGO 02
MORRIS, CH,W. Mente, Self e Sociedade. 1º Ed. São Paulo: Editora: Ideias e Letras.
Disponível em: https://www.amazon.com.br/Mente-Self-Sociedade-Charles-
Morris/dp/857698069X. Acesso em: 25 ago. 2021.
Resumo: Organizada por Charles W. Morris, esta importante obra traduzida para o
português foi escrita a partir do ponto de vista de Geoge Herbert Mead, largamente
reconhecido como um dos pragmatistas americanos mais brilhantes e originais. A obra
aborda o cerne das posições de Mead a respeito da Psicologia Social, além de seu
interesse nuclear pela gênese do self e a natureza da mente.
LIVRO
Título: Introdução À Pesquisa em Ciências Sociais: A Pesquisa Qualitativa Em
Educação.
Editora: Atlas
FILME/VÍDEO
Título: Estrelas Além do Tempo
Ano: 2017
Sinopse: Uma contexto brilhante de mulheres negras que trilharam seu caminho em
busca de um ideal, narra sobre a carreira de três mulheres negras, que em um momento
conflituosa nos E.U.A (guerra fria), contribuíram para que o homem chegasse ao espaço,
por meio da pesquisa e estudos em meio a problemas sociais de racismo, machismo.
REFERÊNCIAS
GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
Plano de Estudo:
Objetivos de Aprendizagem:
Prezado (a) aluno (a) chegamos ao início da última Unidade, aprendemos muito
e consequentemente entendemos que a busca pela aprendizagem é tão constante e
necessária, quanto às mudanças ao nosso redor. Ser um cidadão consciente e ativo é
justamente ter conhecimento para se impor diante das dificuldades, das incompreensões
e reverter os pontos negativos a nosso favor. Você sabe como? Aprendendo e se souber
trabalhar de forma coletiva, além de aprender ensinar aos próximos.
Quando nos deparamos com uma instituição chamada escola, a que se repensa
em tudo e em todos. A educação de hoje é fruto de uma escola tradicional que com o
passar dos anos veio se reinventando, como estudamos na Unidade II. Desta forma o
aluno que encontraremos no Ensino Médio é o real, isso é importante destacar, porque
vivemos em um mundo de expectativas.
Esse novo aluno precisa aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a
conviver e aprender a ser, para isso, eu e você, precisamos vivenciar a escola, além do
espaço de quatro paredes que ela nos oferece “a sala de aula”, pois, esse aluno tem
história, tem uma bagagem qual precisa ser valorizada.
E o professor precisa se preparar aprimorando suas estratégias pedagógicas,
suas dinâmicas, ter o conhecimento do currículo e valorizar de forma interdisciplinar. E
oportunizar ao aluno e a você professor as habilidades e competências quais são
necessárias para uma Educação de fato essencial. Nessa premissa convido a você a
ampliar nossos conceitos, contextualizar novas informações. Espero que você esteja
disposto (a) a trilhar essas propostas
1 PRÁTICAS DOCENTES, ÉTICA E PROFISSIONALISMO
É bem mais fácil tudo que aprendemos, quando sabemos a definição de cada
palavra, para que no decorrer da aprendizagem saibamos exatamente nos posicionar,
diante de diálogos que são transcorridos em nosso cotidiano. Vamos iniciar falando sobre
práticas docentes, no primeiro momento parece algo muito simples, prática é ato ou
efeito de praticar, que em muitos momentos passam a ser repetitivos e mecânicos.
Mas no contexto escolar, a prática docente, precisa sistêmica e inovadora, mas
eu vou explicar melhor. Acredito que como eu, você deve ter encontrado em sua
caminhada de estudo, aquele professor que mantém seus materiais antigos, páginas
amareladas, pois faz uso todos os anos. A prática docente é justamente o inverso.
Em muitos momentos eu, darei um exemplo de minha prática preparava o
conteúdo da semana, mas em sala aula, percebi a necessidade de acrescentar ou retirar
algo, considerando o contexto social do momento. Você já vivenciou esse fato? Isso é
ótimo, pois demonstra sua percepção com relação a sua turma e principalmente
respeitando a individualidade de cada aluno.
A prática docente é flexível, podemos e devemos mudar, adaptar sempre. Cada
conteúdo proposto no currículo nos oferece a oportunidade de direcionar estratégias
diversas, para que possamos abordá-los sempre dinamicamente e surpreender o aluno,
pois, a curiosidade é o que impulsiona o aluno a querer aprender, o mesmo vale ao
professor querer ensinar.
Alguns docentes acreditam que os alunos do Ensino Médio são adultos, que
realmente são, mas precisam de atenção tanto quanto os alunos da Educação Básica,
ao que se refere oportunidade, aceitação, acolhimento, para que sinta pertencente ao
lugar. O que comprovadamente evita, ausências, reprovações, desistências, conflitos e
indisciplina.
A oportunidade está relacionada não apenas estar matriculado, fazer parte de um
número na chamada, mas oportunizar a ele o contato com os conteúdos de forma
contextualizada, sendo muitas vezes prudente ensinar do micro para o macro, como já
falamos anteriormente. A base de ensino não pode estar vinculada apenas ao livro
didático, pois, geralmente ele trás uma visão contrária ao que acreditamos ser mais
coerente, numa vertente de macro para micro.
Desta forma o aluno demonstra desinteresse, mas por não entender sobre o
assunto, e consequentemente dificuldade para expor suas opiniões. Se a proposta das
diretrizes que regulamentam o ensino é que os jovens sejam atuantes para que possam
se posicionar, diante de tantas contradições sociais, culturais, políticas e econômicas, o
fator essencial é que ela aprenda a dialogar, discutir, expor suas ideias, compartilhar
suas opiniões no coletivo para aprender a respeitar as diferenças, seja, elas no falar, no
agir ou no pensar.
Essa oportunidade em sala de aula fará toda a diferença para que o aluno consiga
essa mesma propriedade no mercado de trabalho, em sua comunidade, na sociedade
em sua vida diária. A aceitação é algo significativo, quando pensamos não apenas na
questão intelectual, mas afetiva, que possuem características diferentes, entretanto
estão interligadas.
Você já se deparou em uma situação que habitualmente tem facilidade para
realizar determinada ação e quando por alguma razão seu emocional não está bem, tudo
aparenta ficar mais difícil? Até mesmo agir de forma lógica passa a ser árduo. Pois bem!
Quando estamos bem emocionalmente, tudo se completa.
Assim podemos afirmar que se o aluno sentir-se aceito, pelo grupo (por isso que
se forma as denominadas “panelas”), são as afinidades, e esta aceitação precisa
também ser recíproca entre professor e aluno. Na prática em sala de aula é bem
complicado, conviver, estabelecer, um elo de ligação com alguns, devido a resistência.
Mas é sempre importante lembrar que neste contexto o professor é o adulto desta relação
e precisa mediar meios para que essa aceitação exista. Às vezes o próprio aluno não se
aceita.
Vale ressaltarmos que a Sociologia tem essa premissa, estudar a sociedade e os
indivíduos que estão inseridos, que formam grupos com peculiaridades diferentes. Outro
quesito que mencionamos é o acolhimento, digo que esta é uma ferramenta que faz
entender quem é o aluno, sua história, e mais que isso, suas dificuldades diárias.
Imagine você em sua sala de aula, repleta, e depois de muitos dias de ausência,
entre o aluno. Que é recebido com a seguinte exclamativa: “Olha quem apareceu?”.
Quando o momento era simplesmente para ser sintetizado com a seguinte afirmação:
“Que bom que você veio. Sentimos sua falta!”. Isso é acolher! Com certeza, depois o
aluno estará mais suscetível a conversar sobre as questões que o fizeram faltar.
A prática docente não está contextualizada apenas no plano de ensino, mas em
sua postura em sala de aula. Por falar em Plano de ensino o professor precisa ter
conhecimento dos objetivos da escola, quais sempre estão pautados em suas Propostas
Pedagógicas documento qual, descreve vários itens: o histórico da instituição, as
divisões de suas estruturas físicas, os equipamentos quais fazem parte do Patrimônio da
instituição, quantidades de funcionários, grades curriculares entre outras.
O Regimento Escolar que estabelece as normas e regras para todos envolvidos
na instituição: diretor, vice-diretor, pedagogos, docentes, alunos, pais de alunos, toda e
qualquer ação punitiva ou diretiva, precisa estar incorporada a este documento para que
tenha respaldo legal. Último e não menos importante o Plano de Ação da Gestão, qual
tem suas propostas de trabalho, produzidas por intermédio das necessidades reais da
escola, do aluno e da comunidade.
O professor precisa saber ter entendimento dos referidos documentos para,
entender a identidade da escola, saiba integrar a mesma. Ressalvo aqui, não um
problema, mas algo que dificulta esta aprendizagem, pois, muitas vezes o professor
precisa trabalhar em várias escolas, para sua subsistência e essas ações tão importantes
acabam ficando para último plano.
O profissionalismo pautado na ética é à base de todas as profissões. E quando
falamos de professores tal fato é mais contundente, por sermos exemplos para os nossos
alunos. Não há como ensinar algo que não praticamos. A ética está voltada para
exercermos nossa função sempre pensando em nossos alunos e em suas participações
na sociedade. Muitas vezes os alunos nos olham , nem sempre falam: “Quero ser igual
esse professor(a)”, o que nos remete a grande responsabilidade de nossas ações.
Li em vários lugares que aprender precisa ser gostoso, prazeroso. Você concorda
com esta afirmativa? Eu creio que para quem realmente compreende a realidade de
estar em sala de aula, ou se interessa em pesquisar sobre, compreender, que isso, não
é totalmente verdade. Tanto o ato de aprender e de ensinar, tanto para professor e aluno,
às vezes é desafiador e nos causa insegurança, assunto que veremos ao final desta
unidade. Podemos assegurar que:
Mesmo sem saber exatamente qual a profissão qual o aluno irá exercer, certo é a
convicção que não haverá serviços mecânicos para aqueles que visam empregos
rentáveis, a tecnologia estará presentes em todos os setores do mercado de trabalho,
assim a questão intelectual, a criatividade, autonomia, coletividade, liderança sempre
fará parte de profissionais bem sucedidos.
É fundamental que no trabalho, além do saber fazer em sua função, o
relacionamento, a capacidade de estabelecer relações harmônicas com os iguais e
diferentes, tornam o ambiente saudável o que estabelece um crescimento mútuo e eficaz
entre todos os envolvidos.
Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros, mesmo que estas
pesquisas sobre os pilares da educação originaram em 1996, este pilar é algo
extremamente atual. É só assistirmos um noticiário ou visualizar as redes sociais. O que
você acha que está faltando para que de fato este pilar tenha êxito? Talvez você
compartilhe da minha opinião, mas o respeito é a base de tudo e para tudo. Um grande
desafio!
O intuito de propiciar o progresso trás a humanidade momentos conflituosos, ora
fomentado pela mídia. Cria-se uma ambição para se alcançar lugares melhores não
apenas profissionalmente e para que isto ocorra, o que menos importa é o outro. Para
muitos, se for preciso, utilizar o outro negativamente para sobressair, não seria nenhum
empecilho.
Como trabalhar na escola, de forma que o aluno compreenda a importância do
outro, da convivência? Difícil, mas não impossível. Alguns comportamentos atuais, nos
revelam o que podemos trabalhar no contexto escolar, mas nos falta muito entendimento
de como fazer. Indivíduos que se comportam como “deuses”, os melhores, a
competitividade são quesitos que implicam em conflitos.
Reforçar a orientação da Base Nacional Curricular Comum a aprendizagem
precisa ser mediada da melhor forma possível e cada etapa uma evolução, desde a
Educação Infantil, Educação Básica Anos Iniciais e Finais, Ensino Médio e Superior.
Essa revisão é apenas para lembrar que desde pequena a criança tem esses
comportamentos de super valia, de competição, isso não é ruim, desde que seja
instruído.
O aluno se sentir confiante, seguro é diferente se sentir o melhor. A competição
precisa ser travada, mas consigo mesmo, ou seja, tentar ser melhor a cada dia, pois
entendo que quando minha competição passa ser com o outro, na verdade a intenção é
mostrar aquilo que não sou.
Aprendemos nos últimos anos, mais que nas últimas décadas. A tecnologia nunca
esteve tão presente em nosso dia-a-dia. As Ciências Sociais encaminham por meio de
seus eixos, de representação e comunicação, investigação e compreensão e
contextualização sócio-cultural, molas propulsoras para que a competência e
habilidades, seja, coerente tendo os conteúdos básicos e estruturantes como suporte
teórico.
Na escola, fundamentado nas competências e habilidades, o aluno aprende a se
defender por intermédio de seus conhecimentos, sua capacidade de participação
expressão sua aprendizagem e agindo de acordo com sua personalidade, seus valores
éticos e morais. Só existe validade nas instituições educativas frente a educação quando
seu potencial pedagógico ultrapassa as paredes da sala de aula.
Porque as instituições tomam formas das determinações das relações
sociais, elas são parte da estrutura, verdadeiros laboratórios de ideologia,
responsáveis pela produção simbólica, terreno onde se encontram as
contradições sociais. (BRASIL, 1999, p. 36).
A instituição familiar, moldada pelo padrão Patriarcal, não faz parte da realidade
totalitária, a constituição familiar tem hoje muitas possibilidades, resultado da
modernidade. O papel da mulher também teve uma grande transformação, deixando seu
atributo de dona de casa, rainha do lar, priorizando sua opinião e seus interesses,
aumentando suas tarefas.
A escola é uma instituição que tem como objetivo mediar novas aprendizagens,
mas sempre oportunizando cada vez mais a participação dos indivíduos na sociedade,
fazendo compreender a importância das transformações, mas acima de tudo a
necessidade de estar inserido no processo de mudança.
A religião como instituição na sociologia tem um papel crucial, porque religiões
existem diversas, mas sociologicamente a premissa é manter a coesão e a objetividade
ao que se refere à moralidade. No Ensino Médio a fundamentação se posiciona para que
o aluno tenha envolvimento e/ou conhecimento religioso, assim contribuindo para que
não tenha uma ideologia limitada.
Ao falarmos da cultura e indústria cultural, há muitas histórias pois, a mesma
existe desde o final do século XIX e pode ser definida, embora exista muitas outras, como
peculiaridades do indivíduo , evidenciadas na sociedade. Neste aspecto, a cultura deve
ser vista dos pontos de vista em que o aluno compreenda a diversidade cultural devido
às grandes diferenças existentes e que dentre elas não existe, a melhor ou pior, pois,
para tipo de cultura há uma grupo participante dela. A cultura industrial é a que se resume
em transformar os indivíduos em consumidores. A verdadeira cultura tem o propósito de
ofertar criatividade e criticidade. Portanto para a cultura:
SAIBA MAIS
Duas espécies bem diferentes de possuidores de mercadorias têm de confrontar-
se e entrar em contato: de um lado, o proprietário de dinheiro, de meios de produção e
de meios de subsistência, empenhado em aumentar a soma de valores que possui,
comprando a força de trabalho alheia; e, do outro os trabalhadores livres, vendedores da
própria força de trabalho e, portanto, de trabalho. O sistema capitalista pressupõe a
dissociação entre os trabalhadores e a propriedade dos meios pelos quais realizam o
trabalho (...) O processo que cria o sistema capitalista consiste apenas no processo que
retira ao trabalhador a propriedade de seus meios de trabalho, um processo que
transforma em capital os meios de subsistência e os de produção e converte em
assalariados os produtores diretos. A chamada acumulação primitiva é apenas o
processo que dissocia o trabalhador dos meios de produção.
Fonte: MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. Petrópolis: Vozes, 2001. (11ª
ed.)
#SAIBA MAIS#
REFLITA
No ensino dessa ciência, o papel do professor é árduo. Ele vai lidar com
estudantes muito jovens, com consideráveis dificuldades de abstração no campo das
ciências sociais e pouco tempo disponível para absorver sua complexidade. Ao mesmo
tempo que a temática é sedutora, existe o risco de que o estudante substitua o rigor da
ciência, pouco conhecida, pelo senso comum, de alcance mais imediato.
ARTIGO 01
Resumo:
ARTIGO 02
Ano: 2020
DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. 2ed. São Paulo: Cortez Elabore três
tipos de fichas (citação, resumo e analítica) com base no texto: “Os 4 pilares da
Educação” de Jacques Delors. Brasília, DF: MEC/UNESCO, 2003.
MOREIRA, Antônio Flávio & CANDAU, Vera Maria. Indagações sobre currículo:
currículo, conhecimento e cultura. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Básica, 2008.
RICCI, Rudá. O perfil do educador para o século XXI: de boi de coffice a boi de
cambão. Educação & Sociedade, v. 20, n. 66, p. 143-178, 1999.RIOS, Terezinha
Azeredo. Ética e competência. Cortez Editora, 2014.