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INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA – ISTA

________________________________________________________________
Criado pelo Decreto nº 24/07 do Conselho de Ministros, em 07 Maio de 2017
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE PSICOLOGIA DE EDUCACIONAL

CARACTERÍSTICAS DE TESTES PSICOLÓGICOS, SUA


IMPORTÂNCIA E ENQUADRAMENTO NA VIDA HUMANA
Estudo de caso realizado na escola nº 317 Mifuma, Município do Dande,
Província do Bengo.

CAXITO-ISTA
2023
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA – ISTA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE PSICOLOGIA EDUCACIONAL

CARACTERÍSTICAS DE TESTES PSICOLÓGICOS, SUA


IMPORTÂNCIA E ENQUADRAMENTO NA VIDA HUMANA

Estudo de caso realizado na escola nº 317 Mifuma, Município do Dande,


Província do Bengo

Os Autores:

Domingas da Silva
Lemba Simão Filipe

CAXITO

2023
FOLHA DE APROVAÇÃO

CARACTERÍSTICAS DE TESTES PSICOLÓGICOS, SUA IMPORTÂNCIA E


ENQUADRAMENTO NA VIDA HUMANA. Estudo de caso realizado na escola nº 317
Mifuma, Município do Dande, Província do Bengo

Os Autores:

Domingas da Silva
Lemba Simão Filipe

Trabalho apresentado ao professor da Cadeira de


Psicologia Escolar e Teoria das Aprendizagem, como
requisito parcial para avaliação, no Instituto Superior
Técnico de Angola (ISTA) no curso de Psicologia
Educacional.
O Professor da cadeira: António Dias

Caxito,___/___/2023.

_____________________________________________

Prof. McS. António Dias


I

1- RESUMO

Testes psicológicos são uma das mais típicas técnicas de avaliação, que se
caracterizam como medida objectiva e padronizada de uma amostra de comportamento.
Vários autores enfatizam a importância de um melhor preparo dos profissionais que utilizam
testes psicológicos; outros afirmam que é necessário que os instrumentos apresentem
qualidades psicométricas, pois só assim seus resultados serão confiáveis. Essa melhor
qualidade diz respeito aos testes serem embasados teoricamente e passarem por estudos de
padronização e aferição de sua validade e precisão. O objectivo do presente estudo foi avaliar
a as características de testes psicológicos, sua importância e enquadramento na vida humana.
Os manuais foram avaliados por meio de um questionário de psicólogos espanhóis, que
verifica a qualidade do material, a validade, a precisão, as normas, entre outros aspectos. Os
resultados não são animadores: revelaram que a maioria dos instrumentos consultados não
apresenta estudos sobre os seus parâmetros psicométricos (validade e precisão).

Palavras-chave: Características. Testes psicológicos; Vida humana.


SUMÁRIO
RESUMO.....................................................................................................................................I

1- INTRODUÇÃO......................................................................................................................1

1.1- Problema..........................................................................................................................2

1.2- Formulação do problema.................................................................................................2

1.3- Objecto de estudo............................................................................................................2

1.3.2- Específicos....................................................................................................................2

1.4- Formulação de Hipóteses.................................................................................................3

1.5- Justificativa......................................................................................................................3

2.1- Conceituação de termos e definições...............................................................................4

2.2- CARACTERÍSTICAS DOS TESTES PSICOLÓGICOS...................................................5

2.2.1-Validade.........................................................................................................................5

2.2.2- Precisão (fidedignidade)...............................................................................................6

2.2.3- Padronização dos testes psicológicos...........................................................................6

2.2.4- Normatização dos testes psicológicos..........................................................................7

2.2.5- Inventários de interesses e a orientação profissional....................................................8

3- SÍNTESE COM PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS TESTES DE AVALIAÇÃO


PSICOLÓGICA..........................................................................................................................9

3.1- Escala de Auto- conceito de Piers-Harris “O que eu acho de mim”................................9

3.2- Bateria de Socialización (BAS-3)....................................................................................9

3.3- Teste Aperceptivo de Roberts para Crianças (R.A.T.C.).................................................9

3.4- Escala de Inteligência de Wechsler para crianças...........................................................9

3.5- Escala de Avaliação dos Métodos de Estudo (AME)....................................................10

3.6- Interesses e Preferências Vocacionais...........................................................................10

3.7- Bateria de Provas de Raciocínio Diferencial.................................................................11

4- IMPORTÂNCIA DOS TESTES PSICOLÓGICOS.............................................................11

4.1- Seu enquadramento na vida humana.............................................................................12


5- MÉTODO DE PESQUISA...................................................................................................13

5.1- Instrumento....................................................................................................................13

5.2- Material..........................................................................................................................13

5.3 - Procedimentos...............................................................................................................13

6- RESULTADOS E DISCUSSÃO..........................................................................................14

7- CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................15

7- BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................16
1

2 - INTRODUÇÃO

Com o presente estudo que aborda sobre características de testes psicológicos, sua
importância e enquadramento na vida humana. Há mais de uma década têm-se observado o
interesse de gestores e pesquisadores na questão da formação de profissionais qualificados na
área da avaliação psicológica.

Sendo assim, testes psicológicos são instrumentos importantes para a prática


profissional do psicólogo, auxiliando-o na realização de avaliação, no ensino e na pesquisa.
São considerados instrumentos de medida e, por isso, devem conter determinadas
características que atestem a sua confiabilidade, tais como validade e precisão.

Neste contesto, a Psicologia contemporânea parece confundir-se com a aplicação dos


testes e, em alguns casos, julga-se que, sem esse tipo de instrumento, o psicólogo não seria
capaz de fazer qualquer afirmação científica do comportamento humano. Talvez seja pelo fato
das ciências serem conhecidas por suas técnicas que lhes permitem aplicações e resultados
visíveis. No entanto, assim como o médico é obrigado a conhecer a potencialidade dos
remédios e a levar em conta suas contra-indicações, da mesma forma o psicólogo deve saber,
não apenas as vantagens dos testes, mas, também os limites de sua utilidade e validade. Do
contrário, correrá o risco de apresentar diagnósticos falsos ou deformados, pois estariam
baseados em resultados falhos e incompletos.

Os testes psicológicos não consistem numa exemplar neutralidade e eficácia em 100%


nos seus resultados, mas isto não implica que os mesmos devam ser dispensados. Desde que
atendidas as pré-condições de sua aplicação, e que o psicólogo examinador tenha
conhecimento, domínio da aplicação e da avaliação, os testes se instalam como referencial
que elimina boa parte da “contaminação” subjetiva das suas percepção e julgamento. É
importante ressaltar a condição dos testes como mais um recurso que auxilia o profissional na
compreensão e fechamento das considerações a respeito de um examinando, seja em processo
seletivo (exame psicológico ou psicotécnico), avaliação psicológica e psicodiagnóstico.

Neste trabalho tivemos os seguintes objectivos: Gerais como, avaliar as características


de testes psicológicos, sua importância e enquadramento na vida humana e específicos como
apresentar as características de testes psicológicos e a sua importância; identificar, definir
critérios de qualidade para o uso dos testes psicológicos; caracterizar o campo de
2

desenvolvimento dos testes psicológicos, sua importância e o devido enquadramento na vida


humana e expor os principais contextos e críticas do uso actual de testes psicológicos na vida
humana.

1.1- Problema

Fruto de orientação buscamos entender as características de teste psicológico, sua


importância e seu enquadramento na vida humana. Uma vez considerado pelos pesquisadores
como um instrumento de medida, um procedimento por meio do qual se busca medir um
fenômeno psicológico que se deseja observar e investigar. Portanto, o teste psicológico é visto
como uma medida padronizada e objetiva de uma amostra comportamental. O presente
trabalho temático busca refletir sobre a importância destas características entre resultados
atingidos na análise do comportamento humano. Nota-se com o estudo que a utilização de
testes é um importante e marcante factor de caracterização na história da Psicologia. O
conhecimento adquirido com base em testes, uma vez que estes sejam válidos e precisos, é
confiável, pois baseia-se em evidências empíricas e não apenas em meras especulações, o que
justifica salientar a necessidade de ampliar e aprimorar ainda mais o debate a respeito do uso
desses instrumentos.

1.2- Formulação do problema

1. Quais são as características de testes psicológicos, sua importância e enquadramento


na vida humana?

1.3- Objecto de estudo

O objecto de estudo do presente trabalho é: As características de Testes Psicológicos,


sua importância e enquadramento na vida humana.

1.4- Formulação de Hipóteses

H1- Os testes psicológicos são instrumentos utilizados na prática do psicólogo e


podem fornecer importantes contribuições para a elaboração de um diagnóstico, em
um processo de avaliação psicológica. Para que os testes sejam úteis e eficientes, eles
devem passar por estudos que comprovem suas qualidades psicométricas, assim como
devem atender determinadas especificações que garantam reconhecimento e
credibilidade por parte da comunidade científica e de leigos.
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1.5- Justificativa

Quanto a relevância social esta pesquisa tem como objectivo elucidar a sociedade em
geral a que o uso dos Testes Psicológicos pauta-se na importância dos instrumentos
psicológicos para a prática profissional, uma vez que seu uso constitui-se como única prática
privativa dos psicólogos se tornando altamente importante este componente levará o bom
aproveitamento aos alunos independentemente da comunidade escolar na mudança de
comportamento.

Profissionalmente, a pesquisa pretende em conhecer as características de testes


psicológicos, sua importância e enquadramento na vida humana.

Já academicamente, a pesquisa visa esclarecer vários pontos que se tem apresentado


em relação aos factores que identificam as características de testes psicológicos, sua
importância e enquadramento na vida humana na organização pedagógica e na qualidade de
ensino na escola nº 317 - Caxito/Mifuma - Dande, sendo o tema de grande importância para
professores e não só, bem como, para a sociedade académica servirá para as futuras
investigações.

1.6- Delimitação e limitação do estudo

A presente pesquisa delimitou-se no estudo sobre Características de Testes


Psicológicos, sua Importância e Enquadramento na Vida Humana na Escola nº 317 –
Caxito/Mifuma - Dande, durante um período de um mês (2022).

A mesma pesquisa, limitou-se ao director, subdirector-pedagógico, subdirector-


administrativo, professores, alunos da Escola nº 317 – Caxito/Mifuma – Dande.
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3- CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA

Na psicologia, a avaliação do estado mental do sujeito que vem à consulta ou que


requer estes serviços é um elemento necessário e essencial.

2.1- Conceituação de termos e definições

É considerado teste psicológico para todo esse teste, método ou instrumento usado
para avaliar ou medir uma ou mais de uma das diferentes características que fazem parte da
psique do indivíduo. Os testes psicológicos são baseados no comportamento observável e na
expressão da subjetividade dos analisados, a fim de inferir as características e o estado mental
do sujeito, sendo necessária uma análise subsequente para poder extrair informações com
significado clínico. (ANASTASI A. , 1977, p. 7).

Para (COHEN, 2002) os testes psicológicos tentam, na medida do possível, que as


informações obtidas através de sua realização sejam válidas e confiáveis, tentando refletir o
que se pretende mensurar (não devemos esquecer que as características psicológicas são
construções não diretamente observáveis) e que elas podem ser replicado por outros
profissionais (ou seja, que as informações que uma pessoa obtém sobre um assunto podem ser
obtidas por outro profissional se ele realizar a mesma medição). (COHEN, 2002, p. 34).

Da mesma forma, os escores obtidos precisam ser transformados para que tenham
significado, sendo geralmente comparados ou com a média obtida por amostras
representativas da população, com o desempenho anterior em si ou com um critério
previamente estabelecido.

Para Cronbach citado por (PASQUALI, 2001), os testes psicológicos, da forma que se
conhece hoje, são relativamente recentes, datam do início do século XX. Um teste psicológico
no sentido epistemológico consiste numa tarefa controvertida, porque dependerá de posições e
suposições de caráter filosófico. Para ele, um teste é um procedimento sistemático para
observar o comportamento e descrevê-lo com a ajuda de escalas numéricas ou categorias
fixas. (PASQUALI, 2001, p. 18).
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Em outras palavras, um teste psicológico é fundamentalmente uma mensuração


objectiva e padronizada de uma amostra de comportamento. Uma verificação ou projeção
futura dos potenciais do sujeito. O parâmetro fundamental da medida psicométrica são as
escalas, os testes, é a demonstração da adequação da representação, isto é, do isomorfismo
entre a ordenação dos procedimentos empíricos e teóricos. Enfim, explicita que a
operacionalização dos comportamentos (itens), corresponda ao traço latente. (PASQUALI,
2001, p. 19).

Com base em Pasquali (2001), a história dos testes psicológicos, se destacam em


sucessivas décadas, de tal maneira que é possível associar muitos autores a alguns períodos
bem específicos. A Década de Galton: 1880. Para Francis Galton (biólogo inglês) citado por
(ANASTASI A. , 1977, p. 8) à avaliação das aptidões humanas se dava por meio da medida
sensorial, através da capacidade de discriminação do tato e dos sons. (PASQUALI, 2001, p.
19).

Segundo Galton (apud ANASTASI, 1977) entendia que,

A única informação que nos atinge, vinda dos acontecimentos externos,


passa, aparentemente pelo caminho de nossos sentidos. Quanto maior o
discernimento que os sentidos tenham de diferentes, maior o campo em que
podem agir no nosso julgamento de inteligência (ANASTASI A. , 1977, p.
8).

A contribuição de Galton para psicometria ocorreu em três áreas: Criação de testes


antropométricos para medida de discriminação sensorial (barras para medir a percepção de
comprimento). Apito para percepção de altura do tom. Criação de escalas de atitudes (escala
de pontos, questionários e associação livre). Desenvolvimento e simplificação de métodos
estatísticos (método da análise quantitativa dos dados coletados). (ANASTASI A. , 1977, p.
8).

2.2- CARACTERÍSTICAS DOS TESTES PSICOLÓGICOS

2.2.1-Validade

A validade é considerada um dos mais relevantes aspectos a ser levado em conta para
a construção dos testes psicológicos e, segundo Anastasi e Urbina (2000), “refere-se àquilo
que um teste mede e a quão bem ele faz isso”. (FACHEL & CAMEY, 2000) Complementam
dizendo que um teste é válido quando mede o que o pesquisador deseja e pensa que está
medindo. Assim, pode-se entender que a validade está relacionada ao que o teste mede e
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através de que conceito faz isso. Anastasi e Urbina (2000, p. 107 e FACHEL & CAMEY,
2000, p.163).

A verificação das evidências de validade pode ser realizada por meio de conteúdo,
critério e constructo. A validade de conteúdo envolve um exame do conteúdo do teste para
verificar se ele abrange uma amostra representativa do domínio de comportamento a ser
medido (ANASTASI & URBINA, 2000). Fachel e Camey (2000, p. 163) consideram que a
validade de conteúdo também serve “para determinar se a escolha dos itens é apropriada e
relevante”.

Pasquali (2001) concebe que a validade de critério de um teste refere-se ao grau de


eficácia que ele tem em predizer um determinado desempenho de um sujeito. Fachel &
Camey (2000) consideram que o teste pode ser um preditor presente ou futuro. Isso quer dizer
que se podem distinguir dois tipos de validade de critério: preditiva e concorrente. De acordo
com Pasquali (2001), a diferença entre os dois é o tempo que há entre a coleta de informações
pelo teste e a coleta de informações sobre o critério. Se for ao mesmo tempo, é validade
concorrente. Se os dados de critério forem coletados depois das informações sobre o teste, é
validade preditiva. (PASQUALI, 2001, p. 21).

Por fim, a validade de constructo é considerada por Pasquali (2001) como a forma
mais fundamental de validade. Van Kolck (1981) afirma que esse tipo de validade visa
pesquisar as qualidades psicológicas que o teste mede. Ela tem sido entendida como o “grau
pelo qual o teste mede um constructo teórico ou traço para o qual ele foi designado”
(FACHEL; CAMEY, 2000, p. 164).

2.2.2- Precisão (fidedignidade)

Anastasi e Urbina (2000, p. 84) conceituam a precisão como “consistência dos escores
obtidos pelas mesmas pessoas quando elas são examinadas com o mesmo teste em diferentes
ocasiões, ou com diferentes conjuntos de itens equivalentes, ou sob outras condições variáveis
do exame”. Como afirmam Fachel e Camey (2000), a precisão está relacionada ao problema
de estabilidade no tempo e ao problema de consistência interna do instrumento. Elas também
consideram que “uma escala ou teste é fidedigno se repetidas mensurações são obtidas em
condições constantes e dão o mesmo resultado, supondo nenhuma mudança nas características
básicas, isto é, na atitude sendo medida”. (FACHEL & CAMEY, 2000, p. 160).

Van Kolck (1981, p. 98) acrescenta que um teste é X preciso quando seus resultados
forem mais constantes e estáveis. Existem algumas formas de se verificar a precisão, tais
como teste-reteste, formas paralelas e consistência interna. O teste-reteste é o cálculo do
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coeficiente de precisão da correlação entre os escores de um mesmo sujeito, num mesmo


teste, só que em duas ocasiões diferentes. Anastasi e Urbina (2000) afirmam que o intervalo
de tempo em que a precisão foi mensurada deve ser relatado no manual do teste, pois pode
interferir no aumento ou na diminuição do coeficiente de precisão. (ANASTASI & URBINA,
2000, p. 93).

2.2.3- Padronização dos testes psicológicos

Pasquali (2001) afirma que a padronização se refere à necessária existência de


uniformidade em todos os procedimentos relativos ao uso de um teste válido e preciso, que
variam desde as preocupações a serem tomadas na aplicação do teste (uniformidade das
condições de testagem) até o desenvolvimento de parâmetros ou critérios para a interpretação
dos resultados obtidos. A padronização da testagem visa garantir o uso adequado dos
instrumentos. (PASQUALI, 2001, p. 34).

Vários têm sido os trabalhos que afirmam a importância de cuidados na padronização


de instrumentos. (WESCHSLER, 1999 , pp. 133-141) e (VAN KOLCK, 1981)enfatizam que
o aplicador deve seguir rigorosamente as instruções e todo tipo de orientação que se encontra
no manual do instrumento, evitando improvisações que possam comprometer a validade dos
instrumentos. E Anastasi e Urbina (2000) consideram que cabe aos construtores de testes
oferecer instruções detalhadas para aplicação de cada teste desenvolvido, que incluem limite
de tempo, instruções orais, demonstrações preliminares, maneira de manejar as perguntas às
pessoas testadas e todos os outros detalhes da situação de aplicação. (ANASTASI &
URBINA, 2000).

2.2.4- Normatização dos testes psicológicos

A normatização de um teste “diz respeito a padrões de como se deve interpretar um


escore que o sujeito recebeu num teste”. Os escores brutos de um teste devem ser convertidos
em medidas relativas, com dois objetivos: indicar a posição relativa do indivíduo na amostra
normativa, avaliando seu desempenho em relação a outras pessoas, e oferecer medidas
comparáveis que permitam comparação direta do desempenho do indivíduo em testes
diferentes. Para as autoras, a normatização é uma das etapas da padronização. (PASQUALI,
2001, p. 143).

Anastasi e Urbina (2000) afirmam que as normas dos testes psicológicos não são
absolutas, universais ou permanentes. Elas representam apenas o desempenho no teste das
pessoas que constituem a amostra de padronização. De acordo com as autoras, ao escolher
esta amostra, normalmente tenta-se obter um perfil representativo da população para a qual o
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teste foi planejado. Figueiredo e Pinheiros (1998) também enfatizam a importância de se


padronizar o teste para o grupo específico no qual será utilizado, pois sabe-se que há várias
diferenças na cultura, no tecido social, na linguagem, entre outras. (FIGUEIREDO &
PINHEIROS, 1998, pp. 255-261)

Diante disso, percebe-se a necessidade de que instrumentos produzidos em países


diferentes sofram estudos de normatização para cada lugar onde serão importados. Essa
preocupação deve existir, já que, ao se interpretar os resultados do teste, não se pode usar as
mesmas normas que foram utilizadas com populações diferentes, com culturas diferentes.
Cabe aos profissionais, aos pesquisadores, às universidades e às editoras essas cuidadas com o
desenvolvimento científico. (FIGUEIREDO & PINHEIROS, 1998, p. 261).

2.2.5- Inventários de interesses e a orientação profissional

A orientação profissional é um campo de atuação de psicólogos que vem crescendo a


cada dia e, como (PASQUALI, 2001, p. 101) afirma, tem-se tornado um ramo de formação
em cursos universitários.

Lucchiari (1993) entende que o objectivo da orientação é facilitar o momento de


escolha do jovem, auxiliando-o a compreender sua situação específica de vida, na qual estão
incluídos aspectos pessoais, familiares e sociais. Esse facilitar a escolha diz respeito a auxiliar
o indivíduo a pensar, levando-o a descobrir quais caminhos quer seguir e, para isso, pode-se
trabalhar três aspectos: conhecimento de si mesmo, conhecimento das profissões e escolha
propriamente dita. Tanto os inventários de interesse como os próprios programas de
orientação profissional podem ser utilizados para que os indivíduos se familiarizem com
ocupações adequadas, as quais eles não teriam considerado por outros meios. (LUCCHIARI,
1993, p. 100).

Neste sentido, Anastasi e Urbina (2000) afirmam que as atitudes e os interesses


representam um importante aspecto da personalidade de uma pessoa. Assim, pode ser de
fundamental importância avaliar esses dois aspectos dos indivíduos envolvidos na orientação
profissional. Essa seria uma das formas de alcançar alguns dos objectivos propostos da
orientação. (ANASTASI & URBINA, 2000, p. 575).

Os instrumentos de avaliação de interesses oferecem oportunidades de o indivíduo


estudar e relacionar os resultados do teste com informações ocupacionais e também oferecem
uma expansão nas opções de carreiras, já que muitos inventários já trazem não só ocupações
que necessitam formação universitária, mas também opções de carreiras de nível técnico
(ANASTASI & URBINA, 2000, p. 575).
9

Além dessas características, Anastasi e Urbina (2000) enfatizam que eles possuem
ainda uma outra, muito peculiar, que diz respeito à facilidade que as pessoas têm em
responder às questões. Sbardelini (2000) considera que o uso dos testes na orientação
profissional deve ser realizado como um: meio que oferece possibilidades de apreender a
subjectividade do sujeito diante das condições objectivas que lhe são apresentadas. Nesse
sentido, o teste visa enriquecer as informações já levantadas por outros meios, atribuindo um
significado mais compreensivo e dinâmico da personalidade do sujeito e dos mecanismos que
interferem no processo de escolha. (SBARDELINI, 2000, p. 90).

3- SÍNTESE COM PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS TESTES DE


AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

3.1- Escala de Auto- conceito de Piers-Harris “O que eu acho de mim”

Esta é uma escala que avalia o conceito que a criança tem de si. É composta por
diferentes subescalas: Comportamento que avalia a forma como a criança vê o seu
comportamento na escola e em casa. Nível Intelectual e status escolar - que avalia a
concepção que a criança tem das suas habilidades no que respeita aos estudos, incluindo a
satisfação com a escola e as expectativas em relação ao futuro. Aparência Física e Atributos,
que avalia as atitudes da criança em relação às suas características físicas. Ansiedade, que
avalia de forma geral problemas emocionais, incluindo níveis de tristeza, ansiedade, medo,
entre outros; Popularidade que avalia a noção que a criança tem da sua popularidade entre os
colegas e a habilidade para fazer amigos. Felicidade e Satisfação, que avalia o nível de
felicidade e satisfação com a vida sentidas pelas crianças.

3.2- Bateria de Socialización (BAS-3)

Prova Espanhola com autoria de F. Silva Moreno e Mª Carmen Martorell Pallás,


apesar de não existir adaptação para a população portuguesa foram utilizadas como base as
perguntas desta bateria. Esta prova tem como objectivo avaliar diferentes dimensões do
comportamento social da criança ou jovem: Consideração pelos outros, Autocontrolo nas
relações sociais, Retracção social, Ansiedade social/timidez, Liderança e Sinceridade.

3.3- Teste Aperceptivo de Roberts para Crianças (R.A.T.C.)

Esta prova de autoria de McArthur & Roberts (1995) avalia a percepção que a criança
tem do seu mundo interpessoal, consiste em pedir à criança que elabore histórias em resposta
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a 16 cartões que evocam diferentes temáticas interpessoais, estas histórias são posteriormente
codificadas de acordo com categorias pré-definidas pelos autores. Estas categorias estão
organizadas em três grupos: 8 escalas adaptativas, 5 escalas clínicas e 3 indicadores clínicos
(cuja presença em número significativo é um indicador clínico), cada história é ainda
codificada em relação à ausência ou presença de cada categoria. (McArthur & Roberts, 1995).

3.4- Escala de Inteligência de Wechsler para crianças

Esta é um instrumento clínico que avalia a inteligência de crianças com idades


compreendidas entre os 6 e os 16 anos e 11 meses, sendo composta por vários sub-testes, cada
um avaliando um aspecto diferente da inteligência. No final são obtidos diferentes valores:
Quociente de Inteligência Global, ou seja, o nível de desenvolvimento cognitivo geral da
criança; o Quociente Intelectual de Realização que diz respeito ao nível de desenvolvimento
cognitivo não-verbal, tais como capacidades visuo-motoras e preceptivas e ainda o Quociente
Intelectual Verbal, que se refere ao nível de desenvolvimento cognitivo verbal, tal como a
compreensão de palavras, generalização e aplicação prática.

3.5- Escala de Avaliação dos Métodos de Estudo (AME)

A construção desta Escala por Vasconcelos e Almeida (1998) teve como base a
premissa de que os métodos de estudo utilizados pelos alunos constituem um factor
determinante para o seu êxito escolar. Escala esta que está vocacionada para aluno do 3º ciclo
e tem como fundamento a perspectiva congnitivo-construtivista da aprendizagem.

Esta Escala engloba três dimensões essenciais, cada uma com três subescalas: A
dimensão Percepções Pessoais e Envolvimento no Estudo é composta pelas subescalas
Atribuições Causais, Expectativas de Auto-Eficácia e Motivação; A dimensão Atitudes e
Comportamentos no Estudo é composta pelas subescalas Tempos de Estudo, Material de
Estudo e Espaço de Estudo; A dimensão Competências e Processos Cognitivos no Estudo é
constituída pelas subescalas Aquisição de Informação, Memorização e Compreensão e ainda
uma subescala isolada (Comportamento na Realização de Testes), esta constitui uma quarta
dimensão da escala Atitudes e Comportamentos em Situação de Avaliação (Vasconcelos e
Almeida, 1998).

3.6- Interesses e Preferências Vocacionais

Teste da autoria de Maria Victoria de la cruz que tem como objectivo avaliar os
Interesses dos sujeitos em 17 campos profissionais, tendo em conta diferentes profissões e as
tarefas que integram cada uma delas. Desta forma, os elementos que integram este
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questionário são de dois tipos: os que requerem que o aluno exprima a sua preferência por
diferentes profissões e os que requerem que exprima a sua preferência por diversas tarefas e
actividades, o confronto das escolhas dos dois tipos de itens proporciona informação acerca
do conhecimento que o jovem tem quanto ao conteúdo das profissões e a coerência destes
conhecimentos. (Urbina, 2014).

Através deste inventário avaliam-se os interesses do jovem em relação a dezassete


campos profissionais: Científico-Exprimental, Científico-Técnico, Científico-Sanitário,
Teórico-Humanista, Literário, Psicopedagógico, Político-Social, Económico Empresarial,
Persuasivo-Comercial, Administrativo, Desportivo, Agropecuário.

3.7- Bateria de Provas de Raciocínio Diferencial

Esta bateria, da autoria de Leandro de Almeida, é formada por cinco provas que
avaliam a capacidade de raciocínio (sendo considerado como a operação cognitiva comum)
num determinado conteúdo específico dos seus itens: Numérico, Abstracto, Verbal, Espacial,
e Mecânico.

A prova NR é comporta por sequências de números a completar, avaliando o


raciocínio Numérico; A prova AR é constituída por analogias figurativas, avaliando o
raciocínio Abstracto do sujeito; A prova VR é constituída por analogias verbais, avaliando o
raciocínio verbal. A prova SR é composta por séries de cubos em movimento onde os sujeitos
tem de descobrir qual a última posição do cubo, avaliando o raciocínio Espacial; por fim a
prova MR reúne itens relacionados com conhecimentos mecânicos, da física e outros
relacionados com a resolução de problemas práticos, avaliando o raciocínio Mecânico. A
aplicação destas provas pode ser feita de forma individual ou colectiva, obedecendo cada uma
a instruções e tempos dados nos próprios cadernos de aplicação. (ALCHIERI & CRUZ, 2003,
p. 128).

4- IMPORTÂNCIA DOS TESTES PSICOLÓGICOS


Define-se teste psicológico como método de avaliação privativo do psicólogo e
regulamenta sua elaboração, comercialização e uso. Para ser considerado um teste
psicológico, o instrumento deve ser construído de acordo com os princípios reconhecidos pela
comunidade científica, especialmente os desenvolvidos pela psicometria. E essa é uma
evolução importante para a nossa categoria profissional de psicólogo. Podemos, através
dessas determinações legais, nos assegurar sobre a confiabilidade dos instrumentos.
(CRONBACH, 1996, p. 324).
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Portanto, os testes psicológicos têm sido utilizados, juntamente com demais


informações obtidas e organizadas pelo psicólogo, como instrumentos na compreensão do
problema estudado e como facilitadores da tomada de decisão. Em muitos países como Brasil,
por muito tempo tais instrumentos foram rejeitados na prática profissional, uma vez que não
atingiam as expectativas dos profissionais, além de não oferecerem uma confiabilidade
adequada (NORONHA & VENDRAMINI, 2003, pp. 177-182).

De acordo com Alchieri e Cruz (2003), os testes psicológicos podem “representar pela
medida, uma determinada acção que equivale a um comportamento, e assim, indiretamente,
mensurar este aspecto comportamental”. Sendo assim, na avaliação psicológica os testes são
instrumentos objectivos e padronizados de investigação do comportamento e informam sobre
a “organização dos comportamentos desencadeados pelos testes ou de suas perturbações em
condições patológicas” (ALCHIERI & CRUZ, 2003, p. 29).

Considerando a importância da Avaliação Psicológica na atuação profissional do


psicólogo, identificam-se problemas graves e frequentes no uso dos testes psicológicos,
segundo a concepção de psicólogos, fazendo com que a categoria possa refletir sobre a
importância da formação profissional para se assegurar resultados fidedignos. (ALCHIERI &
CRUZ, 2003, p. 29).

4.1- Seu enquadramento na vida humana

Para entender melhor o enquadramento das características na vida humana é preciso


primeiramente saber que, o teste psicológico é um método de avaliação utilizado
exclusivamente por psicólogos e tem como objectivo analisar os traços de personalidade e
características psicológicas dos indivíduos. Eles podem ajudar a entender como as pessoas se
comportam diante de diferentes situações. (COHEN, 2002).

O teste psicológico é aplicado por um psicólogo com a finalidade de identificar traços


no perfil de cada pessoa durante os processos seletivos para contribuir no mapeamento entre
comportamentos condizentes da pessoa avaliada com a cultura organizacional.

Na vida humana, o teste psicológico é importante para entender melhor se o candidato


vai conseguir se adaptar bem. Com a ajuda deles, será possível verificar se a pessoa tem o
perfil necessário para absorver a cultura da empresa, ter um bom relacionamento com os
colegas e realizar seu trabalho com bons resultados. (ANASTASI A. , 1977, p. 600).
13

CAPÍTULO III – METODOLOGIA DE PESQUISA


Apresentamos neste capítulo os materiais e as metodologias utilizados na pesquisa de
acordo com a finalidade do trabalho para atingir os objectivos que norteiam a pesquisa. Para
os devidos efeitos, adoptamos alguns métodos, técnicas e instrumentos de investigação para
obtermos informações e conhecimentos detalhados, profundos sobre a importância do gestor
escolar na qualidade do ensino.

Segundo Perfeito et al., (2012, p. 1056), a metodologia é o “cconjunto de regras ou


métodos das diversas ciências; arte de dirigir o espírito na investigação da verdade, princípios
empregados no ensino de uma ciência ou arte; parte da lógica que estuda os métodos”.

3.1 - Tipo de pesquisa

Para a elaboração deste trabalho, optou-se por um tipo de investigação descritiva:


estudo de caso.

Segundo Gil (2002), “as pesquisas descritivas têm objectivo principal a descrição das
caracteristícas de uma determinada população ou fenómeno. Deste modo, estabelece-se
relações entre variaveis”.

Para Bradley (2018), “a pesquisa descritiva visa descrever as características de


determinada população ou fenómeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis, onde
não envolverá o uso da técnica padronizada de colecta de dados questionário e observação,
assume a forma de levantamento”.

Já para Ramos & Naranjo (2014, p. 120), “o método de estudo consiste em estabelecer
um modelo que especifique as características, propriedades, qualidades e variáveis que o
14

objecto de investigação possui, estabelecendo as suas relações, e determinando quai dfelas são
causas e efeitos”.

3.2 - Modelos de abordagem

A presente pesquisa enquadra-se na abordagem mista, ou seja, qualitativa-


quantitativa.

Deveu-se pelo facto que tudo pode ser qualificável, onde o pesquisador usará a lógica
das análises dos fenómenos e da compreensão pela descrição e interpretação dos mesmos.

Como afirma Alvarenga (2012, p. 39), “o paradigma misto, serve para mostrar a
qualidade dos fenómenos sem intervenção do pesquisador, onde se utiliza o estudo de campo
e estudo de caso, com intenção de explorar os dados observados e obtidos através das
entrevistas e inquéritos”.

Segundo Marconi & Lakatos (2007), a pesquisa qualitativa “é um tipo de investigação


feita na base de convicções, atitudes, comportamentos e sentimentos, visto o investigador não
estar preocupado com a dimensão da amostra, nem com a generalização dos resultados das
questões”.

Na perspectiva de Siena (2007), a pesquisa quantitativa é muito utilizada em estudos


descritivos como (estudar o “que é” e descobrir as características de um fenômeno, ela está
preocupada em descobrir e classificar a relação entre variáveis, bem como a busca de relação
de casualidade entre fenômenos. O objectivo principal desta ferramenta é precisão dos
resultados, evitando distorções de análise e interpretações, possibilitando margem de
segurança quanto à inferências.

3.3- Métodos, técnicas e instrumentos de pesquisa

Segundo Jung (2003, p. 213), o método é o “conjunto de etapas ordenadamente


dispostos a serem executadas na investigação de um fenómeno”.

Neste contexto, na presente pesquisa, usaram-se diferentes métodos, quer estes, do nível
teórico, nível empírico e matemático/estatístico.
15

3.3.1- Métodos de pesquisa

3.3.1.1- Métodos de nível teórico

Análise bibliográfica: consultamos obras que abordam assuntos de nosso tema. Todas
as informações recolhidas, serviram para fundamentar o problema e elaborar a fundamentação
teórica, construindo os instrumentos de investigação e fazer a análise e interpretação dos
resultados da investigação.
Analítico: permite fazer o uso racional da bibliografia consultada para conhecer a
importância do gestor escolar na qualidade do ensino.
Indutivo: possibilita estudar o problema na generalidade. No caso concreto a
importância do gestor escolar na qualidade do ensino.
Dedutivo: serviu para estudar o fenómeno em análise de forma específica. Ambos os
métodos (indutivo e dedutivo), ajudaram também a confirmar ou não hipótese formuladas.

3.3.1.1- Métodos de nível empírico

Observação directa e estruturada: através deste método efectuamos observações


directas no período das reuniões onde podemos observar o relacionamento existente entre a
direção, professores, alunos, de modo a poder observar a proximidade ou distância entre eles.

Observação participativa: serviu para a recolha de informações nas salas de aulas


mediante a observação participativa feita no momento da pesquisa, acerca Características de
Testes Psicológicos, Sua Importância e Enquadramento na Vida Humana. E permitiu-nos de
outro modo a utilização de grelha de observação e bloco de anotação no ambiente escolar.

3.3.1.2- Método matemático/estatístico

Estatístico-descritiva: fez-se-a recurso desse método para mostrar os resultados da


pesquisa, a organização dos resultados obtidos, determinar as distribuições de percentagens e
suas representações em tabelas e gráficos. E as formas estatísticas de apresentação de dados
por nós escolhidos foram: o cálculo percentual e a sua representação em tabelas e gráficos.
16

3.4. Técnicas de pesquisa

Segundo González (2014, p. 19), a técnica é um “conjunto de preceitos ou processos de


que se serve uma ciência ou arte; é a habilidade para usar esses preceitos ou normas, a parte
prática. Toda ciência utiliza inúmeras técnicas na obtenção de seus propósitos”. De modo a
concretizar a presente pesquisa, utilizaram-se como técnicas: entrevista, inquérito e a
observação.

a) Entrevista: Elaboramos e aplicamos esta técnica através de um guião estruturado com


perguntas abertas dirigidas aos gestores da referida escola.
b) Inquérito: Aplicamos os inquéritos por meio de um questionário escrito, constituído com
perguntas fechadas dirigidas aos professores, alunos, pais e encarregados de educação da mesma
escola.
c) Observação: A observação feita não foi usada exclusivamente no momento de estágio.
Porém, em todas as actividades, uma vez que trabalhamos com os utentes e não para os utentes. Ela foi
usada na recolha de diferentes vivências e experiências de vida.

3.5- Instrumentos de pesquisa

Segundo Zassala (1999), o “investigador é o instrumento de recolha de dados por


excelência; a qualidade (validade e fiabilidade) dos dados depende muito da sua sensibilidade,
da sua integridade e do seu conhecimento”. Neste contexto, considerando as técnicas acima
apresentadas, foram utilizados os seguintes instrumentos:

a) Guia de entrevista;
b) Ficha de inquérito;
c) Ficha de observação.

3.5.1- População-alvo e amostra de pesquisa

3.5.1.1- População-alvo

De acordo com Ramos & Naranjo (2014, p. 81), “a população é um conjunto finito ou
infinito de indivíduos ou objetos que apresentam em comum determinadas características, o
comportamento interessa analisar”.

A população-alvo da nossa pesquisa está representada por um (1) Director, um (1)


Subdirector Pedagógico, um (1) Subdirector Administrativo, dois (2) professores, nove (9)
alunos. Prescrevendo um total de cento e cinquenta e cinco (14) elementos que está
representado por valor percentual de 100%.
17

3.5.1.2- Amostra

Para Alvarenga (2012, p. 65), a amostra “é um processo de selecionar uma parte


representativa da população para ser estudada. O subconjunto que constitui a amostra deve ser
um reflexo real do conjunto da população. Por razões de tempo e custo trabalha-se com
amostra, que constitui um subgrupo da população. Quando a população é pequena não se
toma a amostra, trabalha-se com a população total”.

A nossa amostra está constituída por um (1) Director, um (1) Subdirector Pedagógico,
um (1) Subdirector Administrativo, dois (2) professores, nove (9) alunos. Perfazendo um total
de catorze (14) inqueridos, que está representado por 67% com forme passamos a apresentar
na tabela e gráfico abaixo, para melhor compreensão, destacando as características e
categorias que os participantes possuem e considerando ser fundamental para que não sejam
distorcidos os resultados.

Procedimentos e dificuldades encontradas

Procedimentos

Para efectivar este trabalho de pesquisa, tivemos os seguintes procedimentos: Escolha


do tema fez-se a discussão para compreender a sua autenticidade e prossegue-se
posteriormente a escolha da bibliografia inerente ao tema; Mantemos contacto com a direção
da escola para a obtenção de autorização para a implementação da pesquisa; Elaboramos ficha
de entrevista para os membros de direção constituída por 3 a 4 perguntas, bem como,
elaborou-se guião de entrevista composta por 4 a 6 perguntas de professores e alunos da
escola; Fez-se a recolha, análise e interpretação dos dados recolhidos.

2.10 – Variáveis

 Varável dependente: Qualidade de ensino.


 Varável independente: Gestão participativa do director, aberta para que todos os autores
possam intervir no melhoramento do ensino na escola.
18

Para Zassala (2017, p. 61), variável dependente “consiste naqueles valores (fenômenos,
factores) a serem explicados ou descobertos, em virtude de serem influenciados, determinados
ou afectados pela variável independente”.

Ainda segundo Zassala (2017, p. 61), variável independente “é aquela que influencia,
determina ou afecta uma outra variável; é factor determinante, condição ou causa para certo
resultado, efeito ou consequência”.

Já na visão de Lakatos e Marconi (2003, p. 138), convergindo com Zassala (op cit),
variável independente “é aquela que influência, determina ou afeta outra variável; é factor
determinante, condição ou causa para certo resultado, efeito ou consequência; é fator
manipulado (geralmente) pelo investigador, na sua tentativa de assegurar a relação do fator
com um fenômeno observado ou a ser descoberto, para ver que influência exerce sobre um
possível resultado”.

Tabela nº. 1 – Representação da população-alvo e amostra de pesquisa


População Amostra Percentagem
Nº Categoria M F %
1 Director 1 0 1 7
2 Subdirector Pedagógico 1 0 1 7
3 Subdirector Administrativo 1 0 1 7
4 Professores 5 1 6 7
5 Alunos 6 3 9 43
Pais e Encarregados de
6 Educação 3 1 4 29

Total 17 5 22 100

Fonte: Própria

Gráfico nº. 1
19

1; 7%

1; 7%
4; 29%

1; 7%
Director
Subdirector pedagogico
Subdirector Administrativo
1; 7%
Professsores
Alunos
Pais e Encarregados de Educação

6; 43%

Fonte: Própria

Para esta pesquisa tivemos, apresentamos aqui uma população que serviu como
amostra um total de 18 inqueridos que aceitaram responder os inquéritos dirigidos e
apresentados por 1 a 4 questões, onde está constituído por (1) director, (1)
subdirector pedagógico, (5) professores

CAPÍTULO III – RESULTADOS E DISCUSSÃO


Esse capítulo é fundamental, na qual, apresentamos, analisamos e interpretamos os
resultados obtidos com o uso dos métodos e técnicas, fruto da aplicação correcta dos
instrumentos.

3.1 – Apresentação, análise e interpretação dos resultados da pesquisa

Tabela nº. 2 – Importância dos testes psicológicos tem ajudado na vida quotidiana do
Professor?
Frequências Percentagem
20

MF %
Nº Respostas
1 Sim 6 60
2 Não 0 0
3 Um pouco 1 10
4 Talvez 2 20
5 As vezes 1 10
Total 10 100
Fonte: Própria

Gráfico nº. 2

1; 10%

2; 20% Sim
Não
Um pouco
Tavez
6; 60% As vezes

1; 10%

Fonte: Própria

Na tabela e gráfico nº 2- os entrevistados questionados sobre Importância dos testes


psicológicos tem ajudado na vida quotidiana do Professor, constatamos uma diferença em
enorme com maior frequência absoluta de 60% responderam sim, 0% deram não, 10% foi
dado para um pouco tem ajudado a vida dos professores, 20% talvez e 10% as vezes.

Aqui constata-se que as respostas foram de acordo a convivência dos professores e sobretudo
aquilo que tem vivido dentro da escola.
21

Tabela nº. 3 – Indicador dirigido ao Director, Subdirector Pedagógico e Administrativo”


A escola tem exigido a prática e o uso de testes psicológicos tem ajudado na vida
quotidiana de todos?
Frequências Percentagem
Nº Respostas MF %
1 Sim 3 80
2 Não 0 0
3 Em alguns momentos 0 0
Total 10 100
Fonte: Própria

Gráfico nº. 2

Sim
Não
Em alguns momentos

3; 100%

Fonte: Própria

De acordo com Tabela e gráfico nº. 3 – Indicador dirigido ao Director, Subdirector


Pedagógico e Administrativo” na qual foram questionados se a escola tem exigido a prática e
o uso de testes psicológicos tem ajudado na vida quotidiana de todos, vimos que dos 3
entrevistados 100% responderam que sim, não com 0% e em alguns momentos também com
0%.

Tabela nº. 3 – Indicador dirigido aos Pais e Encarregados de Educação” Acham


importante o uso dos testes psicológicos como métodos para facilitar a avaliação dos seus
filhos na sala de aula?
Frequências Percentagem
Nº Respostas MF %
22

1 Sim 2 50
2 Não 1 25
3 Um pouco 1 25
Total 4 100
Fonte: Própria

Gráfico nº. 3

1; 25%

Sim
Não
2; 50% Um pouco

1; 25%

Fonte: Própria

Tendo em conta a análise da Tabela e o gráfico nº. 3 - Dirigido aos Pais e Encarregados de
Educação dizem que é importante o uso dos testes psicológicos como métodos para facilitar a
avaliação dos seus filhos na sala de aula, responderam 50% que sim tem ajudado muito a vida
dos seus filhos, e dos quatro pais e encarregados de educação que participaram 25% disseram
não e 25% respondeu um pouco.
Ora, os pais e encarregados de educação, estão satisfeitos com os métodos de avaliação que os
professores têm implementado no momento de avaliação das capacidades de aprendizagem
dos alunos.

Tabela nº. 4 – Indicador dirigido alunos” A forma como os professores têm


implementado os testes psicológicos tem ajudado?
Frequências Percentagem
Nº Respostas MF %
23

1 Sim 7 70
2 Não 1 1
3 Um pouco 2 20
Total 10 100
Fonte: Própria

Gráfico nº. 4

2; 20%

Sim
Não
1; 10% Um pouco

7; 70%

Fonte: Própria

Nesta senda olhando para a tabela e o gráfico acima representado, verificou-se que os alunos
estão satisfeitos com o empenho dos professores na maneira como têm feito o uso dos testes e
que tem sido bem enquadrado na vida, portanto dos 10 alunos entrevistados percebemos que
70% responderam sim, e encontramos 1 que não concorda com os métodos aplicados que
corresponde a 10% e 20% disseram um pouco.
Olhando para a representação do gráfico, constata-se que os alunos gostam como os
professores participam e utilizam os teste psicológicos e tem sido importante.

ANALISE DOS RESULTADOS


24

Na tabela e gráfico nº 2- os entrevistados questionados sobre Importância dos testes


psicológicos tem ajudado na vida quotidiana do Professor, constatamos uma
diferença em enorme com maior frequência absoluta de 60% responderam sim, 0%
deram não, 10% foi dado para um pouco tem ajudado a vida dos professores, 20%
talvez e 10% as vezes.

Aqui constata-se que as respostas foram de acordo a convivência dos professores e


sobretudo aquilo que tem vivido dentro da escola.

De acordo com Tabela e gráfico nº. 3 – Indicador dirigido ao Director, Subdirector


Pedagógico e Administrativo” na qual foram questionados se a escola tem exigido a
prática e o uso de testes psicológicos tem ajudado na vida quotidiana de todos,
vimos que dos 3 entrevistados 100% responderam que sim, não com 0% e em
alguns momentos também com 0%.

Tendo em conta a análise da Tabela e o gráfico nº. 3 - Dirigido aos Pais e


Encarregados de Educação dizem que é importante o uso dos testes psicológicos
como métodos para facilitar a avaliação dos seus filhos na sala de aula,
responderam 50% que sim tem ajudado muito a vida dos seus filhos, e dos quatro
pais e encarregados de educação que participaram 25% disseram não e 25%
respondeu um pouco.

Ora, os pais e encarregados de educação, estão satisfeitos com os métodos de


avaliação que os professores têm implementado no momento de avaliação das
capacidades de aprendizagem dos alunos.

Nesta senda olhando para a tabela e o gráfico acima representado, verificou-se que
os alunos estão satisfeitos com o empenho dos professores na maneira como têm
feito o uso dos testes e que tem sido bem enquadrado na vida, portanto dos 10
alunos entrevistados percebemos que 70% responderam sim, e encontramos 1 que
não concorda com os métodos aplicados que corresponde a 10% e 20% disseram
um pouco.

Olhando para a representação do gráfico, constata-se que os alunos gostam como


os professores participam e utilizam os teste psicológicos e tem sido importante.
25

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este capítulo apresentou os conceitos estatísticos básicos necessários para


compreender escores de testes e seu significado. As características existe para nos auxiliar a
dar sentido aos dados, mas não responde a perguntas. Para isso, precisamos usar nosso
julgamento aliado à características. Vamos nos deparar novamente com estes conceitos no
contexto dos vários aspectos técnicos dos testes - como informações normativas,
fidedignidade e validade que nos permitem avaliar sua qualidade como instrumentos de
mensuração psicológica.

Objectivo foi analisar as características dos testes psicológicos e sua utilização na vida
humana, verificando de que forma os resultados encontrados nos testes psicológicos são
considerados. Faz-se necessária, portanto, uma melhor capacitação e qualificação de ensino
aos profissionais de psicologia para que os mesmos consigam utilizar de seu arcabouço
teórico a fim de trazer novas ferramentas para suprir a necessidade da sociedade em que
vivemos. Estimulando, assim, novas pesquisas sobre a testagem psicométrica e a validade
destes testes em território nacional.

Como limitação do estudo, pode ser apontado o facto de que a pesquisa foi realizada
somente na cidade de Caxito, na escola nº 317 - Mifuma com os alunos e professores. Os
resultados não podem, assim, ser generalizados para outras realidades. Para maiores
constatações e generalizações, seria necessário que a mesma fosse estendida a um maior
número de professores e alunos.

Embora se associe o psicólogo ao uso de teste psicológico, no entanto é apenas a


minoria desses profissionais que aceitam testes psicológicos na sua práxis. Muitos desprezam
esses instrumentos, mais por não saber ou não querer utilizá-los do que a partir do seu
26

conhecimento. Os testes continuam sendo alvos de críticas por muitos colegas e, em certos
meios chegam a ser considerados uma área desprestigiada da psicologia.

Em uma pesquisa com psicólogos sobre o uso de testes psicológicos, concluíram que
os entrevistados consideram importante o uso dos testes em sua prática, ao mesmo tempo em
que acreditam existir um desinteresse pelo uso desse instrumental devido ao preconceito e
ceticismo generalizados. Ademais, acreditam ser necessário rever o ensino das técnicas de
avaliação psicológica.

Finalmente, ou desdobramos a psicologia para entendermos esse novo homem em


construção da “Sociedade depressiva”, na “Era do vazio”, que produz o “Homem sem alma”,
ou continuaremos a atendê-lo e avaliá-lo nos parâmetros enviesados do século passado.
27

BIBLIOGRAFIA

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instrumentos. São Paulo: Casa do Psicólogo.

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Editores.

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Paulo: Casa do Psicólogo.

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