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Curadoria Direitos Fundamentais

Grupo: amarelo símbolo da organização das Nações Unidas

Ana Francieli Morais

César Bruno Oliveira

Eduardo Araújo

Gustavo Toscano

Lucas Uzêda

Maria Júlya Damares

GLOSSÁRIO
1. Evolução Histórica dos Direitos Fundamentais
1.1. Surgimento das leis escritas
1.2. Idade média
1.3. Revoluções liberais
1.4. Idade contemporânea
2. Direitos Humanos X Direitos Fundamentais
3. Características dos Direitos Fundamentais
4. Gerações dos Direitos Fundamentais
4.1. Primeira Geração
4.2. Segunda Geração
4.3. Terceira Geração
5. Comunicação jurídica
5.1. Elementos da linguagem jurídica
5.2. Polissemia e homonímia
5.3. O que evitar?
5.4. Dissertação e argumentação
1. Evolução Histórica dos Direitos Humanos

1.1. Surgimento das leis escritas


-A lei escrita proporcionou ao cidadão um sentimento de vitória,
visto que se deixou de falar da soberania um indivíduo ou classe
social em detrimento das demais. Contudo, as leis não escritas
também possuíam sua relevância para as civilizações, os romanos
acabaram por adotar o conceito de leis comuns a todos os povos.

Parlamento na Roma antiga.

1.2. Idade média: carta magna de 1215


-A magna carta de 1215, escrita por João Sem-Terra, foi um dos
primeiros passos rumo à evolução dos direitos humanos, já que

através dela começaram a surgir as primeiras garantias, como a


liberdade da Igreja da Inglaterra, a previsão do devido processo
legal, o livre acesso a justiça, e tantos outros direitos. Eclesiásticos
também tiveram sua parcela de colaboração, como podemos
observar nos escritos de São Tomás de Aquino.
Momento da assinatura da carta magna de 1215.

1.3. Revoluções liberais


-Essas lutas também foram travadas na revolução francesa e na
Guerra de Independência dos Estados Unidos, já que antes de serem
travadas essas batalhas, as pessoas eram assoladas por tiranos que
comandavam a seu bem querer o poder. A revolução francesa
elaborou um documento que serviu de inspiração para a atual
Declaração Universal dos Direitos Humanos, que foi a Declaração
dos Direitos do Homem e do Cidadão, que definiu que todos os
indivíduos nascem e são livres e iguais em direitos.
Liberdade guiando o povo, de Eugene Delacroix.

1.4. Idade contemporânea: a consagração


-Os direitos humanos consagrados pela Declaração Universal dos
Direitos humanos, foi ratificado ao longo dos capítulos da
Constituição de 1988, que assegura a todos os seres humanos
direitos fundamentais, e além desses direitos sociais e trabalhistas
por exemplo.

2. Direitos Humanos X direitos Fundamentais

-> Direitos Humanos: São Direitos intimamente relacionados com


a existência da humanidade, ou seja, são direitos inerentes à
pessoa que vão além da sua experiência ou consciência coletiva.
Dessa forma, obtendo o objetivo de proteger o ser humano e ir
de adaptando conforme a passagem do tempo e suas
necessidades.

->Direitos Fundamentais: São os direitos subjetivos que


universalmente correspondem a "todos" os seres humanos
sendo cidadãos ou pessoas que têm a capacidade de agir.
O processo para ser chamado de Direitos Fundamentais, também
chamado de Constitucionalização das regras essenciais à
condição do indivíduo, necessita a internalização dos tratados
internacionais e após serem reconhecidos, necessitam ser
positivado pela Constituição Federal.
Ulysses Guimarães, um dos maiores responsáveis pela promulgação da constituição
Federal.

A Constituição Federal, em seu art. 5º, garante, de forma


individual ou coletiva, direitos básicos a qualquer cidadão. Esses
direitos, conhecidos como garantias, são alicerçados em
princípios de direitos humanos, garantindo o direito à liberdade,
à vida, à intimidade, à educação, entre outros.

3. Características dos Direitos Fundamentais

• A historicidade — como qualquer outro direito, os direitos


fundamentais
são históricos, haja vista que surgem, desenvolvem-se e
desaparecem;
• A inalienabilidade — são intransferíveis, não passíveis de
negociação,
uma vez que não são objeto de valor econômico. Não podem ser
comercializados. A Constituição os confere a todas as pessoas,
que deles
não se podem desfazer, pois não são disponíveis;
• A imprescritibilidade — não há requisitos que estipulem a sua
prescrição, então os direitos não deixam de ser exigíveis com o
passar do tempo;
• a irrenunciabilidade — não há como renunciar a um direito

fundamental;
é possível que a pessoa simplesmente deixe de exercê-lo, mas a
sua
renúncia não é admitida.
Alexandre de Moraes (2006, p. 23) acrescenta, ainda, as
seguintes características:
• inviolabilidade — diz respeito a não possibilidade de
desrespeitar as
determinações infraconstitucionais ou, ainda, as que se
manifestem por
atos das autoridades públicas (caso haja desrespeito, o violador
pode
ser responsabilizado civil, administrativa e criminalmente

• universalidade — tais direitos abrangem todos os indivíduos,


indistintamente;
• efetividade — os direitos fundamentais devem ser efetivados,
não basta
que estejam previstos na Constituição;
• interdependência — os direitos possuem relação de
interdependência
com as suas garantias;
• complementaridade — esses direitos não devem ser
interpretados de
modo isolado, mas em conjunto com os demais objetivos
constantes
do texto constitucional. Alexandre de Moraes, ministro do STF.

4. Gerações de Direitos Fundamentais

4.1. Primeira Geração


trata dos direitos da liberdade, direitos liberais ou,
ainda, liberdades públicas, que são os direitos do homem livre e isolado
em
face do Poder Público. Tais direitos são considerados absolutos, pois
somente
se relativizam em face da determinação constitucional de eficácia
reduzida.
Ou seja, são direitos civis e políticos que têm por titular o indivíduo, sendo
oponíveis ao Estado, traduzindo-se em direitos de resistência ou de
oposição
frente ao Estado. Comumente são apresentados por meio de atividades
que
interditam a atuação do Poder e da sociedade em face da pessoa humana,
como, por exemplo, ninguém será́ obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma
coisa senão em virtude de lei.

4.2. Segunda Geração

Os direitos de segunda geração são os direitos


à igualdade, ou direitos sociais, apresentados pelos direitos que exigem do
Estado e de entes sociais determinadas prestações materiais que
dependem de meios e recursos para a sua efetivação. Esses direitos
surgiram no
início do século XX nas Constituições marxistas e no constitucionalismo
dá socialdemocracia, como a Constituição de Weimar, que expressava
um sistema federativo consolidado, no qual o sistema judicial de controle
tinha como objetivo a solução de conflitos entre Estados ou entre eles e
o ente central. Com isso, os direitos sociais visam à garantia da produção
dos bens jurídicos por ele prometidos, sendo a proteção da instituição e
respectivas garantias estatais, como a magistratura e o Ministério Público,
a família, a escola etc. Já os direitos sociais estão relacionados diretamente
ao que diz o art. 6º da Constituição; são múltiplos e agem de acordo com
as necessidades da sociedade, ou seja, tratam do direito à educação, à
saúde,
ao lazer etc. Assim, os direitos liberais visam atingir todos os indivíduos,
enquanto os direitos sociais somente alcançam aqueles que necessitam da
prestação do serviço.

4.3. Terceira Geração

•Os direitos de terceira geração são os que dizem respeito aos


direitos da solidariedade e têm a finalidade de não só proteger o indivíduo
como protegê-lo do próprio ser humano, atuando mediante o direito ao
desenvolvimento, à paz, ao meio ambiente, o direito sobre o patrimônio
comum da humanidade, o direito de comunicação, tanto a Estados,
indivíduos e a
pretensão ao trabalho, à saúde e à alimentação adequada. Os direitos de
terceira
geração, assim, são direitos transindividuais que vão além dos interesses
do indivíduo, pois são concernentes à proteção da espécie humana,
transcendendo o teor de universalismo e universalidade

tabela sobre as 3 gerações dos direitos fundamentais.

5. Comunicação Jurídica
- Para que os direitos fundamentais garantidos na nossa constituição
Federal sejam garantidos, é necessário que estes sejam expressos
de maneira clara, objetiva e juridicamente embasada, é deste ponto
que surge a importância da comunicação jurídica

5.1. Os elementos da linguagem jurídica, por Petri (2017)


1) Vocabulário jurídico: dá sentido a certas expressões do direito
2) Discurso jurídico: leva os enunciados a serem comunicados de
maneira particular

5.2. polissemia e homonímia (trubilhano e Henriques, 2019)


1) Polissemia: uma palavra que possui diversos sentidos
2) Homonímia: palavras com mesma grafia (homógrafas) ou mesmo
fonema (homófonas), mas que não possuem os mesmos
significados

5.3. O que evitar em um texto jurídico?


1- Excesso de citações: É sempre bom colocar fundamentos em textos,
porém o excesso faz com que a leitura se torne cansativa, e, com
isso, é possível que não se chegue ao resultado esperado;

2- “jurisdiquês”: o uso abundante de jargões da área jurídica dificulta o


entendimento de pessoas que não fazem parte desse segmento.

5.4. DISSERTAÇÃO E ARGUMENTAÇÃO


Argumentar: consiste na tentativa do emissor de convencer o receptor de
que os argumentos apresentados por ele são os corretos. (Eltz, Teixeira e
Duarte, 2018)

Elementos importantes da dissertação: estrutura linguística, figuras de


linguagem, vocabulário e gramática
Exemplos: contratos, pareceres, petições etc.
Segue o exemplo de um parecer jurídico:

Durante a leitura, é possível perceber os elementos descritos: linguagem


clara, objetiva, sem excesso de fundamentações e de jargões, facilitando a
leitura de leigos.

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