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DISCIPLINA: DIREITOS HUMANOS PROFESSORA: MARIZETE

DIREITOS HUMANOS

Direitos Humanos x Direitos Fundamentais

Os “direitos humanos” ou os “direitos fundamentais” formam o centro mais valioso dos direitos e se
relacionam à vida, à liberdade, à propriedade, à segurança e à igualdade, com todos os seus
desdobramentos.
A expressão “direitos humanos” é utilizada pela Filosofia do Direito e ainda pelo Direito Internacional
Público e Privado. Já os “direitos fundamentais” seriam os direitos humanos positivados em um sistema
constitucional, analisados sob o enfoque do direito interno.
“Direito”, em sua acepção clássica, seria a disposição meramente declaratória que imprime existência
legal ao direito reconhecido. É a proteção ao bem, ao interesse tutelado pela norma jurídica configurando
verdadeiro patrimônio jurídico.
As “garantias”, por sua vez, traduzem-se no direito dos cidadãos de exigir dos poderes públicos a proteção
de seus direitos. Dividem-se em garantias gerais e específicas.
Garantias Gerais: Formadas pelos Princípios que lastreiam o processo. Ex: Princípio do Devido Processo
Legal, Ampla Defesa, etc.
Garantias específicas: são compostas pelos remédios constitucionais, dividem-se em administrativos
(direito de petição e obtenção de certidões)e judiciais(ações constitucionais). Ex adm: Art 5º, XXXIV e os
Judiciais Art 5º, LXVIII a LXXIII.
Universalidade: todos os indivíduos, todos os seres humanos são deles titulares, sem distinção de
qualquer espécie;
Inalienabilidade e a irrenunciabilidade: são direitos que não possuem conteúdo patrimonial e por isso são
intransferíveis.
Os direitos humanos podem não ser exercidos, mas não renunciados.
Imprescritibilidade: o não exercício dos direitos humanos não importará sua perda, sua inexigibilidade.
Interdependência ou Indivisibilidade: Os direitos fundamentais não são analisados sob o prisma isolado,
pois estão numa relação de complementariedade, ou seja, os direitos sociais reforçam os direitos
individuais, os direitos difusos ampliam as garantias para a tutela coletiva.
Inviolabilidade: Impossibilidade de desrespeito por determinações infra constitucionais ou por atos das
autoridades públicas.
Complementariedade: os direitos humanos não devem ser interpretados isoladamente, mas sim de forma
conjunta com a finalidade de alcance dos objetivos previstos pelo legislador constituinte.
Efetividade: a atuação do Poder Público de ser no sentido de garantira efetivação dos direitos e garantias
previstos, com mecanismos coercitivos.
Relatividade: Nenhum direito é absoluto. Sempre que houver conflito entre dois ou mais direitos ou
garantias fundamentais, prevalecerá o que melhor proteja a dignidade da pessoa humana–Princípio da
Primazia da Norma mais favorável.

GERAÇÕES

Gerações ou Dimensões Direitos de 1ªGeração-Inauguram o movimento constitucionalista, fruto dos


ideários iluministas do século XVIII. Os direitos defendidos nessa geração cuidam da proteção das
liberdades públicas, civis e direitos políticos. Nesta fase, o Estado teria um dever de prestação negativa,
isto é, um dever de nada fazer, a não ser respeitar as liberdades do homem.
Seriam exemplos desses direitos: a vida, a liberdade de locomoção, a liberdade de opinião, a liberdade de
expressão, à propriedade, ao voto, ao devido processo legal.
Direitos de 2ªGeração–surgimento e afirmação no final do séc XIX e início do XX. São direitos positivos,
prestacionais. Impõe ao Estado um comportamento ativo na realização da justiça social.
Constitui-se de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais como a educação, saúde, o trabalho, a
previdência.
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Direitos de 3ª Geração–surgem a partir da metade do século XX com a internacionalização dos direitos
humanos. Marcada pelo espírito de fraternidade ou solidariedade entre os povos com o fim da Segunda
Guerra Mundial, a terceira geração representa a evolução dos direitos fundamentais para alcançar e
proteger os direitos decorrentes de uma sociedade já modernamente organizada e envolvida em relações
de diversas naturezas, especialmente aquelas relativas à industrialização e densa urbanização. Ex: direito
ao desenvolvimento, à paz, o à comunicação, à autodeterminação dos povos e o ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA

Podemos dividir em duas fases: A 1ªfase da Idade Média até meados do século XVIII e a 2ª fase, iniciada
com a Declaração de Direitos da Virgínea (1776). Magna Carta, Inglaterra –1215 Principais disposições:
Lança as bases do Tribunal do Júri, bem como o do paralelismo necessário entre delitos e penas; Respeito
à propriedade privada contra os confiscos ou requisições decretados abusivamente pelo soberano ou seus
oficiais; Nasce o princípio do devido processo legal, ao estabelecer que os homens livres devem ser
julgados pelos seus pares e de acordo com a lei da terra; Estabelece a liberdade de ingresso e saída do
país, bem como a livre locomoção dentro de suas fronteiras.
Lei de Habeas Corpus (Habeas Corpus Act) Inglaterra –1679 Principais destaques: A lei surgiu para
efetivar regras processuais para a defesa em juízo do direito de ir e vir. Tornou-se a matriz de todas as
outras ações que vieram a ser criadas posteriormente, para a proteção de outras liberdades
fundamentais, como o mandado de segurança, por exemplo. Declaração de Direitos (Bill ofRights) –
Inglaterra –1689
O essencial do documento consistiu na instituição da separação de poderes, com a declaração de que o
Parlamento é um órgão encarregado de defender os súditos perante o Rei e cujo funcionamento não pode,
ficar sujeito ao arbítrio deste. Fortaleceu a instituição do Júri, o direito de petição e a proibição de penas
inusitadas ou cruéis.
A Declaração de Direitos Americana Principais destaques: A Declaração de Direitos de Virgínia (1776) Foi
o primeiro documento político que reconheceu, a par da legitimidade da soberania popular, a existência
de direitos inerentes a todo ser humano independentemente das diferenças de sexo, raça, religião, cultura
ou posição social.
As Declarações de Direitos Francesa Principais destaques: A Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão (1789) Defesa das liberdades individuais. No campo penal, o princípio da legalidade e o da
anterioridade da pena foram consagrados Garantia da propriedade privada contra expropriações
abusivas. Estrita legalidade na criação e cobrança de tributos.
A Declaração dos Direitos na Constituição de 1791 Reforçou o caráter antiaristócrático e antifeudal;
Nacionalizou os bens pertencentes a eclesiásticos ou a congregações religiosas; Reconheceu a existência
de direitos humanos de cunho social com a criação de Assistência Pública; O Poder Legislativo não
poderia fazer nenhuma lei que prejudicasse ou impedisse o exercício dos direitos naturais e civis
garantidos pela Constituição.
A Constituição Francesa –1848 Preocupação com a família; Orientação do ensino público para o mercado
de trabalho Instituição de deveres sociais do Estado para com a classe trabalhadora e os necessitados em
geral; A pena de morte é abolida em matéria política; Proibiu-se a escravidão em “todas as terras
francesas”; Declarou que o território da Argélia e das colônias é território francês.
A Convenção de Genebra –1864 Inaugura o direito humanitário, que veio a ser desenvolvido no século
seguinte após as guerras mundiais. Serviu como base para a criação, em 1880, da Comissão
Internacional da Cruz Vermelha, mundialmente conhecida.
A Constituição Mexicana –1917 Proibição de reeleição do Presidente da República Garantias para as
liberdades individuais e políticas. Quebra do poderio da Igreja Católica; Expansão do Sistema de
educação pública Reforma agrária Proteção do trabalho assalariado; A primeira Constituição a atribuir
aos direitos trabalhistas a qualidade de direitos fundamentais.
A Constituição Alemã (Weimar) –1919 Instituiu a primeira república alemã; Igualdade jurídica entre
marido e mulher ; Equiparou os filhos ilegítimos aos legítimos com relação à política social do Estado;
Proteção à família e à juventude Proteção à educação pública e aos direitos trabalhistas e previdenciários;
A função social da propriedade (“a propriedade obriga”);
A Convenção Relativa ao Tratamento de Prisioneiros de Guerra –Genebra, 1929 Desenvolveu o conjunto
das normas de proteção aos prisioneiros de guerra, assentadas na Convenção de 1864 e na Convenção de
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Haia de 1907 (sobre os prisioneiros de guerra marítima); Regula a captura, o cativeiro, a organização dos
campos de prisioneiros, o trabalho dos prisioneiros de guerra e o fim dos cativeiros.
A Carta das Nações Unidas (ONU) A Carta das Nações Unidas foi assinada em São Francisco, a 26 de
junho de 1945, após o término da Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional,
entrando em vigor a 24 de outubro daquele mesmo ano. O Estatuto da Corte Internacional de Justiça faz
parte integrante da Carta.
A ONU: Organização das Nações Unidas é uma instituição internacional formada por 193 Estados
soberanos, fundada após a 2ªGuerra Mundial para manter a paz e a segurança no mundo, fomentar
relações cordiais entre as nações, promover progresso social, melhores padrões de vida e direitos
humanos. Os membros são unidos em torno da Carta da ONU, um tratado internacional que enuncia os
direitos e deveres dos membros da comunidade internacional.
Os Pactos Internacionais de Direitos Humanos 1966 : Criado em 16 de dezembro de 1966 pela ONU.
pormenorizou o conteúdo da Declaração Universal de 1948: Pacto Internacional sobre Direitos Civis,
Políticos Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
O Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos: Direito à autodeterminação dos povos; Princípio da
igualdade; Não se admite regressões aos direitos fundamentais; Vedação à tortura, penas cruéis, aos
tratamentos desumanos ou degradantes; Vedação à escravidão; Princípio do livre acesso ao Poder
Judiciário; Reconhece o direito de reunião; Criou o Comitê de Direitos Humanos.
Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais: Proteção das classes ou grupos
sociais desfavorecidos; Proteção ao trabalho e à previdência social; Direito à moradia; Direito à saúde;
Desafios para a sua concretização; Não criou nenhum órgão de fiscalização e controle.
A Convenção Americana de Direitos Humanos –1969: Aprovada na Conferência de São José da Costa Rica
em 22 de novembro de 1969, a Convenção reproduz a maior parte das declarações de direitos constantes
do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos.
Proteção do direito à vida desde o momento da concepção; Prisão Civil apenas ao devedor de alimentos*;
Liberdade de atividade empresarial em matéria de imprensa, rádio e televisão; Defesa do direito ao nome;
Vedação a todas as formas de exploração do homem pelo homem.
O Estatuto do Tribunal Penal Internacional (Tratado de Roma) –1998 Incluiu na competência do Tribunal
Penal apenas quatro crimes: “o crime de genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e o
crime de agressão” É a primeira vez na história das relações entre Estados que se consegue levar a
julgamento pessoas que ficariam impunes devido ao Princípio da Soberania.

GLOBALIZAÇÃO

Foram ratificados pelo Brasil (CF/88): a) a Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura,
em 20 de julho de 1989; b) a Convenção sobre os Direitos da Criança, em 24 de setembro de 1990; c) o
Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, em 24 de janeiro de 1992; d) o Pacto Internacional dos
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, em 24 de janeiro de 1992; e) a Convenção Americana de
Direitos Humanos, em 25 de setembro de 1992; f) a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e
Erradicar a Violência contra a Mulher, em 27 de novembro de 1995.

DECLARAÇAO UNIVERSAL
A Declaração Universal -1948
Artigo I
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e
devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.
Artigo II
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem
distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra
natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
Artigo III
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo IV
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em
todas as suas formas.
Artigo V
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Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
Artigo VI
Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei.
Artigo VII
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm
direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer
incitamento a tal discriminação.
Artigo VIII
Toda pessoa tem direito a receber dos tributos nacionais competentes remédio efetivo para os atos que
violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.
Artigo IX
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Artigo X
Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um tribunal
independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação
criminal contra ele.

Artigo XI
1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua
culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido
asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito
perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta pena mais forte do que aquela que,
no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.

Artigo XII
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua
correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei
contra tais interferências ou ataques.

Artigo XIII
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado.
2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar.

Artigo XIV
1.Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países.
2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de
direito comum ou por atos contrários aos propósitos e princípios das Nações Unidas.

Artigo XV
1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de
nacionalidade.

Artigo XVI
1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm
o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento,
sua duração e sua dissolução.
2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes.

Artigo XVII
1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.

Artigo XVIII
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Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade
de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela
prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.

Artigo XXX
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer
Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à
destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.

EVOLUÇÃO NAS CF

Constituição de 1824 –consagrava direitos e garantias individuais.


Constituição de 1891 –previa a declaração de direitos, como a abolição da pena de morte e ampla defesa.
Constituição de 1934 –irretroatividade da lei penal e prisão civil por dívidas, multas ou custas.
Constituição de 1937 –destaque para a impossibilidade de pena perpétua.
Constituição de 1946 –prevê capítulo específico para proteção dos direitos e garantias fundamentais,
inclusive trabalhista.
Constituição de 1967 –inovou com a previsão de respeito à integridade física e moral do detento e
presidiário.

OS DH NA CR/88
O valor da dignidade humana –elevado a princípio constitucional pelo artigo 1º, III, da Constituição de
1988, mostra que a dignidade humana e os direitos fundamentais vêm a constituir valores, servindo
como critério interpretativo de todas as normas do ordenamento jurídico brasileiro.
Título II CF/88 -direitos e garantias fundamentais, subdividindo-os em cinco capítulos: direitos
individuais e coletivos; direitos sociais; nacionalidade; direitos políticos e partidos políticos. Constituição
expressamente assume os direitos provenientes dos tratados e convenções internacionais dos quais o
Brasil se obriga.

Emenda Constitucional nº. 45/2004, acrescentou o parágrafo 3º do art. 5º: “Os tratados e convenções
internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em
dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais.”

Restrições aos Direitos Fundamentais: Estado de Defesa e Estado de Sítio


São medidas extraordinárias para preservação ou restauração.
Suspensão de garantias constitucionais.
Arts. 136 e 137 CF

PRINCÍPIOS

Dignidade da Pessoa Humana: A dignidade é um valor espiritual e moral inerente à pessoa, constituindo-
se em um mínimo invulnerável que todo estatuto jurídico deve assegurar, de modo que, somente
excepcionalmente, possam ser feitas limitações ao exercício dos direitos fundamentais.
Direito à Vida: O direito à vida é o mais fundamental de todos os direitos, já que constitui-se em pré-
requisito a existência e exercício de todos os demais direitos. - Continuar vivo - Subsistência.
Princípio da Legalidade e Reserva Legal: Legalidade–Art5º, II Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Reserva Legal –a regulamentação de determinadas matérias
há de se fazer necessariamente por lei formal.
Intimidade e Vida Privada: Intimidade –relaciona-se às relações subjetivas e de trato íntimo, como as
relações familiares. Vida Privada –envolve todos os relacionamentos, comerciais, de trabalho, etc.
Inviolabilidade à honra e imunidade do advogado: A imunidade do advogado não é absoluta, sujeitando-
se aos limites legais. §2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou
desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora
dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. (Vide ADIN
1.127-8) LEI Nº 8.906, DE 4 DE JULHO DE 1994.
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Livre exercício da profissão: Art5º , XIII –Livre exercício do trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais estabelecidas em lei.
Liberdade de Informação: Deve ser interpretada em conjunto com a inviolabilidade à honra, à vida
privada e a proteção à imagem.
Direito de Propriedade: Garantia de não ser privado arbitrariamente, somente por necessidade ou
utilidade pública ou interesse social.
Desapropriação: Requisitos acima + prévia e justa indenização
Proteção aos Direitos e Liberdades Fundamentais: Garantia de eficácia limitada, depende de integração
legislativa. Ex: direito à vida x aborto
Combate ao racismo: Inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. Leis 7716/89 e 9459/97. CP Art140
§3º.

PENAS INAPLICÁVEIS

Pena de Morte: Proibida. Permitida em caso de guerra ( Art56 CPM)


Pena de caráter perpétuo: Decorre do princípio de natureza temporária, limitada e definida das penas e
compatibiliza se com as garantias constitucionais de liberdade e dignidade da pessoa humana.
Pena de trabalhos forçados: Pretende evitar a imposição de labores afrontadores à dignidade da pessoa
humana.
Pena de banimento: Retirada a força do território nacional pela prática de determinado fato no território
nacional.

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