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ÍNDICE

Introdução aos Direitos Humanos 1


Desenvolvimento 2
Comitê de Direitos Humanos da ONU 3
Declaração Universál dos Direitos Humanos 4-5
Conlusão 6
Referências Bibliográficas 7
Inrodução ao Direitos Humanos
Direitos humanos são os direitos básicos de todos os seres humanos. São direitos civis e
políticos (exemplos: direitos à vida, à propriedade privada, à língua materna, liberdade de
pensamento, de expressão, de crença, igualdade formal, ou seja, de todos perante a lei,
direitos à nacionalidade, de participar do governo do seu Estado, podendo votar e ser votado,
entre outros, fundamentados no valor liberdade); direitos econômicos, sociais e culturais
(exemplos: direitos ao trabalho, à educação, à saúde, à previdência social, à moradia, à
distribuição de renda, entre outros, fundamentados no valor igualdade de oportunidades);
direitos difusos e coletivos (exemplos: direito à paz, direito ao progresso, autodeterminação
dos povos, direito a um meio ambiente saudável, direitos do consumidor, inclusão digital,
entre outros, fundamentados no valor fraternidade).

A Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas afirma que
"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão
e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade".

A ideia de "direitos humanos" tem origem no conceito filosófico de direitos naturais que
seriam atribuídos por Deus; alguns sustentam que não haveria nenhuma diferença entre os
direitos humanos e os direitos naturais e veem na distinta nomenclatura etiquetas para uma
mesma ideia. Outros argumentam ser necessário manter termos separados para eliminar a
associação com características normalmente relacionadas com os direitos naturais, sendo John
Locke talvez o mais importante filósofo a desenvolver esta teoria.
Desenvolvimento
Após a Revolução Francesa em 1789, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
concedeu liberdades específicas da opressão, como uma “expressão da vontade geral”. O povo
de França levou a cabo a abolição da monarquia absoluta e o estabelecimento da primeira
República Francesa.

Ela define direitos "naturais e imprescritíveis" como a liberdade, a propriedade, a segurança e


a resistência à opressão. A Declaração reconhece também a igualdade, especialmente perante
a lei e a justiça. Por fim, ela reforça o princípio da separação entre os poderes.

A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (DDHC) foi um marco histórico muito
importante para o mundo ocidental, pois representou a base do sistema democrático
ocidental e que até hoje influencia a vida dos cidadãos, principalmente porque significa mais
do que um sistema de governo, uma modalidade de Estado, um regime político ou uma forma
de vida. A democracia, inserida na Declaração dos Direitos Humanos, nesse fim de século,
tende a se tornar, ou já se tornou, o mais importante direito dos povos e dos cidadãos. É um
direito de qualidade distinta, de quarta geração que garante aos cidadãos a liberdade
conquistada através da democracia plena.

Com a Revolução Francesa e a defesa dos ideais “liberté, égalité, fraternité’, houve a
derrubada de um dos mais importantes símbolos do totalitarismo francês, conhecida como A
Queda da Bastilha. Foi neste momento que a Assembleia Nacional Constituinte da França
aprovou, em 26 de agosto de 1789, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

Centrada na ideia de definir os direitos individuais e coletivos dos homens como universais, o
documento se propõe a promover a liberdade, igualdade e fraternidade. O documento, com
17 artigos e um preâmbulo dos ideais libertários e liberais da Revolução Francesa, representa
um marco importantíssimo, pois foi a partir dele que outros surgiram, sempre defendendo os
direitos da pessoa humana.
Comitê de Direitos Humanos da ONU

O Comitê dos Direitos Humanos é o órgão criado em virtude dos art.º 28.º do Pacto
Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos com o objetivo de controlar a aplicação, pelos
Estados Partes, das disposições deste instrumento (bem como do seu segundo Protocolo
Adicional com vista à Abolição da Pena de Morte). Nos termos do art.º 40.º do Pacto (e o at.º
3.º o segundo Protocolo), os Estados Partes apresentam relatórios ao Comitê onde enunciam
as medidas adotadas para tornar efetivas as disposições destes tratados. Os relatórios são
analisados pelo Comitê e discutidos entre este e representantes do Estado Parte em causa,
após o que o Comitê emite as suas observações finais sobre cada relatório: salientando os
aspectos positivos bem como os problemas detectados, para os quais recomenda as soluções
que lhe pareçam adequadas.

O Comitê de Direitos Humanos da Nações Unidas é um corpo das Nações Unidas, de 18


especialistas (membros eleitos), que se reúnem três vezes ao ano, em sessões de quatro
semanas (sessão de primavera, na sede da ONU em Nova York, verão e outono sessões na
sede da ONU, em Genebra), para considerar os relatórios quinquenais apresentados pelos 169
Estados-membros das Nações Unidas sobre a sua conformidade com o Pacto Internacional
sobre Direitos Civis e Políticos, e quaisquer petições individuais relativas aos 116 Estados-
partes do Protocolo Facultativo. O Comitê é um dos dez órgãos das Nações Unidas do tratado
de direitos humanos, responsável por supervisionar a implementação de um tratado
específico.

Os Estados que ratificaram ou aderiram ao Protocolo Facultativo (atualmente em 116 países)


concordaram em permitir que as pessoas dentro de sua jurisdição apresentem queixas ao
Comitê solicitando uma determinação caso as disposições do Pacto tenham sido violadas. Para
esses países, o Comitê de Direitos Humanos funciona como um mecanismo internacional para
a reparação de violações de direitos humanos, semelhante ao de mecanismos regionais
conferida pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ou o Tribunal Europeu de Direitos
Humanos. O Primeiro Protocolo Facultativo entrou em vigor em 23 de março de 1976. O
Segundo Protocolo Facultativo, em vigor desde 11 de julho de 1991, resolveu abolir a pena de
morte. É integrado por 84 Estados-partes. Cada um desses Estados pode indicar somente duas
pessoas de elevada reputação moral e reconhecida competência em matéria de direitos
humanos, que devem ser nacionais do país que as indicou, sendo possível a indicação mais de
uma vez. A eleição se dá mediante votação secreta entre os Estados-partes.
Declaração Universal dos Direitos Humanos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é um documento base não jurídico que
delineia a proteção universal dos direitos humanos básicos, adotada pela Organização das
Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, elaborado principalmente pelo jurista canadense
John Peters Humphrey, contando com a ajuda de várias representantes de origens jurídicas e
culturais de todas as regiões do planeta.

Abalados pela recente barbárie da Segunda Guerra Mundial, e com o intuito de construir um
mundo sob novos alicerces ideológicos, os dirigentes das nações que emergiram como
potências no período pós-guerra, liderados por Estados Unidos e União Soviética,
estabeleceram, na Conferência de Yalta, na Rússia, em 1945, as bases de uma futura paz
mundial, definindo áreas de influência das potências e acertando a criação de uma organização
multilateral que promovesse negociações sobre conflitos internacionais, para evitar guerras e
promover a paz e a democracia, e fortalecer os Direitos Humanos.

Embora não seja um documento com obrigatoriedade legal, serviu como base para os dois
tratados sobre direitos humanos da ONU de força legal: o Pacto Internacional dos Direitos Civis
e Políticos e o Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, além de
inspirar os artigos de constituições de democracias recentes. Continua a ser amplamente
citado por acadêmicos, advogados e cortes constitucionais. Especialistas em direito
internacional discutem, com frequência, quais de seus artigos representam o direito
internacional usual.

A Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o
ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada
indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce,
através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela
adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu
reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios
estados-membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.

Assembleia Nacional reconhece e declara, na presença e sob a égide do Ser Supremo, os


seguintes direitos do homem e do cidadão:

Art.1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem
fundamentar-se na utilidade comum.

Art. 2º. A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e
imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade a segurança e a
resistência à opressão.

Art. 3º. O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhuma operação,
nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente.

Art. 4º. A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo. Assim, o
exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que
asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas
podem ser determinados pela lei.
Art. 5º. A lei não proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado pela lei
não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene.

Art. 6º. A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer,
pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a mesma para
todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são iguais a seus olhos e
igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua
capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos seus talentos.

Art. 7º. Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados pela lei e
de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem, executam ou
mandam executar ordens arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer cidadão convocado ou
detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso contrário torna-se culpado de
resistência.

Art. 8º. A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e ninguém
pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulgada antes do delito e
legalmente aplicada.

Art. 9º. Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se julgar
indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá ser
severamente reprimido pela lei.

Art. 10º. Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo opiniões religiosas, desde
que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei.

Art. 11º. A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do
homem. Todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo,
todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.

Art. 12º. A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública. Esta
força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade particular daqueles a quem
é confiada.

Art. 13º. Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração é


indispensável uma contribuição comum que deve ser dividida entre os cidadãos de acordo com
suas possibilidades.

Art. 14º. Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si ou pelos seus representantes, da
necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente, de observar o seu emprego e
de lhe fixar a repartição, a coleta, a cobrança e a duração.

Art. 15º. A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua
administração.

Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida
a separação dos poderes não tem Constituição.

Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser
privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir e sob
condição de justa e prévia indenização.
A Declaração contribuiu para a positivação de importantes direitos inerentes à toda pessoa
humana, que hoje estão positivados em todos os textos referentes aos direitos humanos, bem
como em todas as legislações constitucionais dos países democráticos.

Conclusão
Um marco para a concretização da dignidade do povo francês, que se via encurralado pela
opressão do Regime Absolutista, e procurava meios para a sua libertação. As principais ideias
da Declaração Universal dos direitos do Homem e do Cidadão são a liberdade, a propriedade, a
segurança e a resistência à opressão. A difusão pelo mundo do lema de liberdade, igualde e
fraternidade humanas, acima de quaisquer dos interesses de qualquer particular.

Um dos principais desafios encontrados pelas Nações Unidas é seu limitado poder, devido à
falta de autoridade sobre os estados membros. A ONU normalmente condena violações aos
direitos humanos e outros atos de terror; porém, a não ser que apoiada por seus membros,
tem pouco poder de ação. Muitos países o relutam em ceder sua própria autoridade e seguir
as ordens da ONU. A finalidade do órgão é manter a paz e a segurança internacional, bem
como desenvolver a cooperação entre os povos. Busca solucionar os problemas sociais,
humanitários, culturais e econômicos, promovendo o respeito às liberdades fundamentais e
aos direitos humanos.

A garantia dos direitos humanos universais é feita por lei, através de tratados internacionais
que nada mais são do que acordos entre os países que se comprometem a cumprir regras
específicas. Eles podem ser elaborados por meio de pactos, cartas, protocolos, convenções ou
acordos. A Declaração dos Direitos Humanos na atualidade é um mediador que visa equilibrar
as relações entre as nações e entre a própria nação e seu povo, visando propagar o respeito, a
dignidade, a liberdade e a igualdade como forma de lançar o homem à frente da ordem
econômica e política.
Referências Bibliográficas
Direitos Humanos. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_humanos Acesso em: 22 jan. 2023

ONU. Brasil. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em:


https://www.ohchr.org/EN/UDHR/Pages/Language.aspx?LangID=por. Acesso em: 22 jan. 2023.

VIVA, MARCUS CLÁUDIO ACQUA; APUD. FERREIRA FILHO, MANOEL G. ET. ALLI. In Textos
Básicos sobre Derechos Humanos. Madrid. Universidad Complutense, 1973. Liberdades
Públicas São Paulo, Ed. Saraiva, 1978.

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