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Além disso, define os direitos judiciais, como o acesso a remédios contra violações, a
presunção da inocência, a garantia de processo justo e imparcial, a irretroatividade das leis
penais, a proteção contra detenção, prisão ou exílio arbitrários. Também conta com as
liberdades civis de pensamento, consciência e religião, de opinião e expressão, de movimento
e residência, de reunião e associação pacífica.
Entre as múltiplas dificuldades observadas na preparação dos Pactos, uma das mais
significativas dizia respeito aos mecanismos de implementação ou controle. A ideia de
constituição de um Comitê dos Direitos Humanos, formado por peritos, como órgão de
monitoramento do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, sofreu ferrenha oposição
dos países socialistas. Sua inclusão no texto somente foi factível em função da ausência dos
delegados da União Soviética e da Ucrânia na sessão de 1950 da Comissão dos Direitos
Humanos.
Dessa forma, o sistema global visa à difusão da proteção a direitos da pessoa humana
por todo o mundo, independentemente da região habitada ou etnia, no sentido de que cada
Estado signatário deve respeitar os tratados e convenções pactuados, compreendendo, além
da Carta das Nações Unidas, da Declaração Universal dos Direitos Humanos, do Pacto
Internacional de Direitos Civis e Políticos e do Pacto Internacional de Direitos Econômicos,
Sociais e culturais, os seguintes tratados e/ou convenções internacionais:
a) Convenção de Genebra.
Porém, no campo regional de proteção dos direitos humanos, será certo grupo de
países regionalmente limítrofes. O primeiro deles é o sistema europeu, sendo o sistema
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regional de proteção de Direitos Humanos mais antigo, servindo de base para os sistemas
regionais subsequentes, como o Interamericano. Este surgiu no contexto da 2ª Guerra
Mundial após a criação do Conselho da Europa, em 1949, que tinha como objetivo a
integração política e econômica da Europa, com três diretrizes indispensáveis: Direitos
Humanos, democracia e Estado de Direito.
Com isso, em 1951 há a elaboração da Convenção Europeia de Direitos Humanos e
Liberdades Fundamentais (Convenção EDH), que entrou em vigor em 1953, focando em
liberdades fundamentais, especialmente nos âmbitos civil e político. A Convenção EDH é um
documento de assinatura obrigatória para a entrada no Conselho da Europa e foi o primeiro
documento vinculante em matéria de Direitos Humanos na Europa.
Por conseguinte, se estabeleceu o sistema americano ou interamericano de proteção
aos direitos humanos, que estruturou-se a partir da Carta da Organização dos Estados
Americanos (OEA) e com a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem de
1948. Contemporaneamente, a Convenção Americana de Direitos Humanos ou Pacto de São
José da Costa Rica, incorporada ao direito positivo brasileiro por meio do Decreto nº 678,
apresenta-se como principal ordenamento normativo protetivo a esses direitos.
O Pacto Internacional é composto de direitos civis, políticos, econômicos, sociais e
culturais. Os últimos direitos, de segunda geração, constam da Carta da Organização dos
Estados Americanos, devendo os Estados parte, de acordo com o artigo 26,
comprometerem-se a:
[...] adotar providências, tanto no âmbito interno como mediante cooperação
internacional, especialmente econômica e técnica, a fim de conseguir
progressivamente a plena efetividade dos direitos que decorrem das normas
econômicas, sociais e sobre educação, ciência e cultura, constantes da Carta da
Organização dos Estados Americanos, reformada pelo Protocolo de Buenos Aires,
na medida dos recursos disponíveis, por via legislativa ou por outros meios
apropriados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS