Você está na página 1de 4

Declaração de direitos e normas dos direitos humanos

Direitos humanos são os direitos derivados da natureza humana,


independente de idade, sexo, religião, idéias políticas ou filosóficas, país, etnia ou
condição social. Decorre da dignidade da pessoa humana e tem abrangência
universal e supranacional, de modo que todas as pessoas e Estados devem
respeitá-lo. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, que delineia os direitos
humanos básicos, foi adotada pela Organização das Nações Unidas em 10 de
dezembro de 1948 em Paris, com 48 votos a favor, nenhum contra e oito
abstenções. Esboçada principalmente por John Peters Humphrey, do Canadá, mas
também com a ajuda de várias pessoas de todo o mundo. A declaração surgiu a
partir da experiência da Segunda Guerra Mundial e representa a primeira expressão
global de direitos a que se entende como inerentes a todos os seres humanos .
Ela declara que os direitos humanos são universais - para ser apreciado por todas
as pessoas, não importa quem são ou onde vivem. A Declaração Universal não é
um tratado, por isso não cria diretamente obrigações legais para os países, no
entanto é uma expressão dos valores fundamentais que são compartilhados por
todos os membros da comunidade internacional.
As ideias e valores dos direitos humanos são traçadas através da história
antiga e das crenças religiosas e culturais ao redor do mundo. O primeiro registro de
uma declaração dos direitos humanos foi o cilindro de Ciro, escrito por Ciro, o
grande, rei da Pérsia, por volta de 539 a.C.
Os direitos humanos devem ser compreendidos em cada momento histórico,
assim, podemos compreender que os diplomas que serão citados a seguir possuem
um veio de direitos humanos dada à época de cada um:

Decálogo ou Dez Mandamentos (1490 a.C.): Promulgados pelo líder hebreu Moisés,
são aceitos tanto pelos cristãos como pelos judeus por fazerem parte dos livros da
Bíblia. Condenam o homicídio, enaltecendo a família e a propriedade.

Magna Carta (1215 a.C.): Foi o primeiro diploma que defende os direitos de homem
perante o poder político do Estado. A Magna Carta visava reduzir os poderes dos
Reis da Inglaterra que, antes desse diploma, eram limitados.

Petição de Direitos (1628): Ordenava em onze artigos que o monarca inglês Charles
I Stuart respeitasse a liberdade de decisão do Parlamento da Inglaterra e garantisse
a liberdade e a segurança de cada cidadão.

A Lei de habeas cospus (1679): o habeas corpus já existia na Inglaterra com a


Magna Carta mas tal dispositivo não possuía tanta eficácia. Assim, em 1679, o rei
James II Stuart garante aos seus acusados, por qualquer delito, não preso em
flagrante, que aguardasse seu julgamento em liberdade.

Declaração de Direitos – Bill ofRights (1689): protege a liberdade de expressão, a


liberdade de religião, o direito de guardar e usar armas, a liberdade de assembleia e
a liberdade de petição. Esta também proíbe a buscae a apreensão sem razão
alguma, o castigo cruel e insólito e a auto–inculpação forçada.
Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776): é considerada como um
marco para os direitos humanos. Os americanos, influenciados pelo Iluminismo
europeu, reconhecem a igualdade básica de todo ser humano, a liberdade de
pensamento e de crença, a liberdade de voto, a liberdade de imprensa, a divisão das
funções do Estado em Executivo, Legislativo e Judiciário, a subordinação do poder
militar à autoridade civil, entre outros direitos que são base de um governo
democrático.

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789): Tal diploma garante as


liberdades fundamentais e proclama a soberania da nação.

A Primeira Convenção de Genebra (1864): tinha objetivo de adotar uma convenção


para o tratamento de soldados feridos em combate.

As Nações Unidas (1945): Em abril de 1945, delegados de cinquenta países


reuniram–se em San Francisco cheios de otimismo e esperança. O objetivo da
Conferência das Nações Unidas na Organização Internacional era formar um corpo
internacional para promover a paz e prevenir futuras guerras.

Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948): Em seus 30 artigos podemos


citar:

Artigo 1: liberdade e igualdade inata

Artigo 2: Proibição de discriminação

Artigo 3.º: Direito à vida

Artigo 4º: Proibição da escravidão

Artigo 5º: Proibição da tortura

Artigo 6: Direito ao reconhecimento como pessoa perante a lei

Artigo 7: Igualdade perante a lei

Artigo 8º: Direito à judiciário eficaz

Artigo 9: Proibição de detenção arbitrária

Artigo 10: Direito de audiência pública

Artigo 11: Direito à presunção de inocência

Artigo 12: Direito à privacidade

Artigo 13: Direito à liberdade de circulação

Artigo 14: Direito de asilo


Artigo 15: Direito a uma nacionalidade

Artigo 16: Direito ao casamento e à família

Artigo 17: Direito à propriedade

Artigo 18: Direito à liberdade de pensamento e de religião

Artigo 19: Direito à liberdade de opinião e de expressão

Artigo 20: Direito à liberdade de reunião e de associação

Artigo 21: Direito de participar no governo

Artigo 22: Direito à segurança social

Artigo 23: Direito ao trabalho

Artigo 24: Direito ao repouso

Artigo 25: Direito a um padrão de vida adequado

Artigo 26: Direito à educação

Artigo 27: Direito a participar da vida cultural

Artigo 28: Direito à a uma ordem social e internacional

Artigo 29: Deveres e limitações

Artigo 30: Nenhum Estado, grupo ou indivíduo tem o direito de fazer uma legislação
que venha a afrontar a Declaração Universal dos Direito Humanos. Ninguém pode
destruir qualquer direito nesta carta concedida.
BIBLIOGRAFIA

Uma Breve História dos Direitos Humanos. Disponível em


<http://br.humanrights.com/what-are-human-rights/brief-history/cyrus-cylinder.html>.
Acesso em: 02 de maio de 2015.

Documento Oficial DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM


Disponível em <http://br.humanrights.com/what-are-human-rights/universal-
declaration-of-human-rights/preamble.html>. Acesso em: 02 de maio de 2015.

De Cicco, Cláudio; Gonzaga, Alvaro de Azevedo. 4. ed. rev., atual. eampl. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2012.

Você também pode gostar