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TEORIA GERAL DO ESTADO – SÉRGIO TIBIRIÇA.

TEORIA GERAL DO ESTADO

Os direitos e garantias fundamentais- Constitucionalismo

 A expressão constitucionalismo, ao que se nos afigura, incorpora dois sentidos


essenciais. Primeiro, o de movimento, o de organização de pessoas em torno de um
ideal, de um objetivo. Segundo, o de Constituição.

O que é constitucionalismo?
É o movimento político, jurídico e social, pautado pelo objetivo de criar um pensamento
hegemônico segundo o qual todo Estado deve estar organizado com base em um documento
fundante, chamado Constituição, cujo propósito essencial seria o de organizar o poder político,
buscando garantir os direitos fundamentais e o caráter democrático de suas deliberações.

O século XVIII
Foi marcado por profundas transformações, que sedimentaram o fim das Monarquias
absolutistas e o alvorecer de um novo modelo, o Estado de Direito, em cuja gênese
encontramos o constitucionalismo. Umas dessas transformações vale a pena citar: revolução
Americana, Francesa, Revolução Industrial, etc. Contudo, todas essas instituições e
movimentos eram caracterizados por um objetivo garantístico, mesmo porque, naquele
estágio da história, a lembrança absolutista era muito presente, fazendo com que diversas
formulações teóricas fossem orientadas à superação do despotismo monárquico de então. Só
pra lembrar: as teorias contratualistas (Maquiavel, Locke, Rousseau, dentre outros), a teoria
orgânica do poder (Montesquieu) e as declarações de direitos humanos (da França e de
Virgínia/EUA).

 O constitucionalismo é congênito à separação de poderes e às declarações de direitos


humanos, formando com eles o conjunto de ingredientes necessários ao Estado de
Direito. Por isso, parece-nos acertada a afirmação de que os principais objetivos
incorporados pelo constitucionalismo são:

1. Supremacia da Lei (Constituição), havida esta como a expressão da vontade geral;


2. Limitação do poder;

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3. Proteção e asseguração dos direitos fundamentais do ser humano, em especial os


correlacionados à liberdade.

OS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS- art 5º da CF


Esses direitos e garantias é o Bill of Rights de John Locke ( a quase constituição da Inglaterra)
 CONSTITUCIONALISMO: EUA E FRANÇA.
Nos EUA, também é Bill of Rights?= É chamado de Emenda nos EUA, criaram uma constituição
e por meio de emenda existe os direitos e garantias. Eles esqueceram de colocar o Bill of
Rights. CARTA DO BOM POVO DA VIRGINA> Constituição dos Estados Unidos>
Presidencialismo.

 REAÇÃO CONTRA ABSOLUTISMO.


 CARACTERÍSTICAS DA CONSTITUIÇÃO: ESCRITO, COM SEPARAÇÃO E CARTA DE
DIREITOS.
Que tipos de Direitos?
 EUA: EMENDAS – LIBERDADE DE EXPRESSÃO, RELIGIÃO, VOTO E OUTROS - POLÍTICOS.
Os direitos são declarados e as garantias assegurados.
Liberdade de locomoção (Direito) HÁBEAS CORPUS (Garantia)
Para cada direito exposto no Bill of Rights existe uma garantia, um remédio.
 PASSAM TER DIREITOS OPONÍVEIS E SUPREMO FISCALIZA.

 Direitos individuais- assim entendidos como as cláusulas constitucionais destinada à


limitação do Estado. Sua finalidade é atribuir ao indivíduo direitos de liberdade, fruíreis
e reivindicáveis individualmente.
 Direitos coletivos – entendidos como os transindividuais e indivisíveis de que são
titulares pessoas indeterminadas ligadas por circunstancias de fato (difusos) ou grupo,
categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma
relação jurídica base (coletivo em sentido estrito), ou ainda os provenientes de origem
comum (individuais homogêneos, tidos como formalmente coletivos).
OS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS SE ENCONTRAM: ART 5º §2º DA CF

 DIREITOS SOCIAIS – ART 6º AO 11 DA CF – Educação, saúde, moradia, lazer, etc.

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 DIREITOS DE NACIONALIDADE- ART 12 DA CF - Entendidos como os derivados do


vínculo jurídico-político, que relaciona um indivíduo a um país.
 DIREITOS POLÍTICOS- ART 14 DA CF – Aqueles relacionados a plesbicito, referendo,
iniciativa popular, ação popular, voto) – Substanciam as normas reguladores da
intervenção popular no governo, envolvendo institutos como o direito de sufrágio, as
inelegibilidades, os sistemas eleitorais e as hipóteses de perda e suspensão dos
direitos políticos. ART 17, PARÁGRAFO 3 DA CF.
 Direito de Antena- Relacionado a partidagem política – acesso gratuito à radio e
televisão.
 PARTIDOS POLÍTICOS- ART 17- Direitos de criação, organização e participação. Cuja
regras constitucionais de existência e funcionamento mereceram regulação destacada,
onde são regrados aspectos como a liberdade de criação, fusão, incorporação e
extinção de partidos políticos.

O constitucionalismo, juntamente com os direitos e garantias possuem 3 dimensões.


1. Dimensão= Liberdade.
2. Dimensão= Igualdade.
3. Dimensão= Fraternidade.

Direitos de 1º Dimensão
 SÃO DIREITOS (DECLARATÓRIOS) E GARANTIAS (ASSECURATÓRIAS).
 Enquanto os direitos teriam por nota de destaque o caráter declaratório ou
enunciativo, as garantias estariam marcadas pelo seu caráter instrumental, vale dizer,
seriam os meios voltados para a obtenção ou reparação dos direitos violados.
 Não se devem confundir, no entanto, garantias fundamentais com remédios
constitucionais. Não existe sinonímia entre as expressões. O que existe entre elas é
uma relação de continência, pois as garantias abrangem não só os remédios
constitucionais (habeas corpus, p.ex) como as demais disposições assecuratórias da
nossa lei fundamental.
É possível coexistir num mesmo dispositivo direitos e garantias fundamentais. Exemplo
disso é o inciso X do art 5º da Constituição Federal .

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 A primeira parte do dispositivo veicula os direitos fundamentais da intimidade, da


privacidade, da honra e da imagem. A segunda parte, grifada, tem indiscutível caráter
assecuratório, prescrevendo que, na hipótese de violação daqueles direitos, o
indivíduo tem a garantia da reparação indenizatória.

 NEGATIVOS: NÃO INTERVENÇÃO DO ESTADO E DE PARTICIPAÇÃO NO FUTURO


COMUM.
A primeira dimensão do Direito fica responsável pelos direitos negativos, os direitos de
liberdade, onde o Estado deixa de intervir nas relações privadas
 LIBERDADES PÚBLICAS.
 TITULARES: HOMEM LIVRE E ISOLADO.
 EUA: ESCRAVOS E MULHERES FORA.
É uma ideia de democracia, pois existia ainda nos EUA a escravidão.
 FRANÇA: HOMEM E CIDADÃO.
 Foi o primeiro patamar de alforria do ser humano reconhecido por uma Constituição.
São direitos que surgiram com a ideia de Estado de Direito, submisso a uma
Constituição. Longe da hegemonia de um soberano, cuja vontade era a lei concebeu-se
um Estado em que as funções do poder fossem atribuídas a órgãos distintos,
impedindo a concentração de poderes e o arbítrio de uma ou de um grupo de pessoas.
Congenitamente ao constitucionalismo, ao Estado de Direito, surgem esses direitos
fundamentais de primeira geração, também denominados direitos civis, ou individuais,
e políticos. São os direitos de defesa do indivíduo perante o Estado. O Estado deveria
ser apenas o guardião das liberdades, permanecendo longe de qualquer interferência
no relacionamento social.

MODELO FRANCÊS
 ILUMINISMO: DIREITOS CONTRA OPRESSÃO.
A revolução Francesa foi composta por jacobinos e girondinos, assembleia constituinte, era
uma luta por liberdade e principalmente uma luta para acabar com o poder absolutista que
estava no comando.
 TAMBÉM POR MEIO DE UMA REVOLUÇÃO

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 MARX E ENGELS: REVOLUÇÃO BURGUESA


Para Marx tanto a Revolução Americana, como a Francesa, foram revoluções da burguesia, ou
seja, nada mais do que o povo burguês no poder, explorando os proletariados.
 DIREITOS DE LIBERDADE E DE PARTICIPAR.
 MODELO GANHOU A EUROPA.

Revolução Industrial
Surgiu no final do século XVII e inicio do século XVII, Foi uma fase de transição do sistema de
produção artesanal para o industrial. Foi pioneira na Inglaterra, o pioneirismo inglês pode ser
explicado pela existência no país de minas de carvão mineral (fonte de energia) e minério de
ferro (matéria-prima). Fábricas começaram a surgir. Aconteceu 3 fases da revolução Industrial.
Houve um grande êxodo rural, onde as pessoas começaram a deixar o campo e procurar
emprego nas cidades, a qual estas estavam sendo preenchidas por fábricas e burgueses.
1º Fase= Inglaterra- carvão mineral
2º Fase= Estados Unidos = surgimento de veículos automotores, aviões, etc.
3º Fase= Também realizada pelos Estados Unidos no final da Segunda Guerra Mundial, e é a
fase que vivemos até os dias de hoje= introdução de novas fontes de energia, por exemplo, a
nuclear, e criação de novas tecnologias que se renovam com o passar do tempo.
 BURGUESIA VS. PROLETARIADO.
Começam as cidades a ficar com aglomerados de industrias.
A burguesia= retém o capital
Proletariado= possui a prole (filhos)
 EXPLORAÇÃO E PÉSSIMAS CONDIÇÕES NAS FÁBRICAS.
Onde há fracos e fortes, a liberdade escraviza.
 VAPOR E ELETRICIDADE
 MUITA MÃO DE OBRA E FALTA DE DIREITOS TRABALHISTAS.
 REVOLUÇÃO RUSSA E SOCIALISMO.

SEGUNDA DIMENSÃO
 MÉXICO E WEIMAR. SÉCULO XX.

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A constituição de Weimar era uma constituição flexível, devido a isso Hitler conseguiu tornar
constitucional os atos horrendos que cometeu.
 TITULARES: GRUPOS – TRABALHADORES.....
 DIREITOS PRESTACIONAIS: INTERVENÇÃO DO ESTADO.
 SOCIAIS, TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS.
Além de direitos de liberdade, terá os direitos de igualdade; O estado começa a intervir;
Os direitos sociais, estabelece o salário mínimo e surge a jornada de trabalho.
Os instrumentos jurídicos= garantem os direitos.
As garantias garantem os direitos negativos e sociais.
Nessa dimensão, os trabalhadores começam a ganhar alguns direitos com o intuito de acabar
com a exploração que viviam.
 ESTADO SOCIAL: WELFARE. INTERVENÇÃO NAS RELAÇÕES PREVIDAS DOS
TRABALHADORES.

 Nesse contexto, em vez de se abster, deve fazer-se presente, mediante prestações que
venham a imunizar o ser humano de injunções dessas necessidades mínimas que
pudessem tolher a dignidade de sua vida. Por isso, os direitos fundamentais de
segunda geração são aqueles que exigem uma atividade prestacional do Estado, no
sentido de buscar a superação das carências individuais e sociais. Os direitos
fundamentais da segunda geração costumam ser chamados de direitos positivos. São
os direitos sociais, os econômicos e os culturais, quer em sua perspectiva individual,
quer em sua perspectiva coletiva.
TERCEIRA DIMENSÃO
 DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE 1948, MAS INÍCIO NA CARTA DA ONU DE 1945.
 ESTÃO NOS TRATADOS INTERNACIONAIS.
 DIREITOS DE FRATERNIDADE E SOLIDARIEDADE.
 TITULARES: SERES HUMANOS INDEPENDENTE DE QUALQUER COISA.
Declaração dos direitos do Homem;
Direitos de Fraternidade, direito de paz, a democracia.
Para possui direito nessa dimensão, basta ser humano para ser titular de direitos.
Pode existir cláusula pétrea em tratados internacionais e em direitos e garantias também.
 Enfoca-se o ser humano relacional, em conjunção com o próximo, sem fronteiras
físicas ou econômicas. O direito à paz no mundo, ao desenvolvimento econômico dos

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países, à preservação do ambiente, do patrimônio comum da humanidade e à


comunicação integram o rol desses novos direitos.
 A essência desses direitos se encontra em sentimentos como a solidariedade e a
fraternidade, constituindo mais uma conquista da humanidade no sentido de ampliar
os horizontes de proteção e emancipação dos cidadãos.

1º Geração (direitos individuais e políticos)


DIREITOS FUNDAMENTAIS 2º Geração (direitos sociais, econômicos e culturais)
3º Geração (direitos à paz, ao desenvolvimentos econômico,
à comunicação, etc;

 Alguns autores, como Paulo Bonavides, cogitam de uma quarta geração, traduzida em
direitos como à democracia, à informação e ao pluralismo.
 NEOCONSTITUCIONALISMO
No cenário do neoconstitucionalismo, os princípios assumem um valor extraordinário,
granjeando densificação nas mais diversas situações jurídicas. Dentre elas, ostenta peculiar
importância o princípio da dignidade humana, tomando como pedra angular de todo o
sistema.
O neoconstitucionalismo nasce, assim, marcado por uma primazia da aplicação direta
da Constituição, orientada especialmente por princípios, e fundado em uma forte atividade
judicial, que faz da efetividade dos direitos fundamentais sua principal razão de ser.
Para Inocêncio Mártires Coelho, caracteriza o neoconstitucionalismo a partir dos
seguintes pontos:
 Mais constituição do que leis;
 Mais juízes do que legisladores;
 Mais princípios do que regras;
 Mais ponderação do que subsunção;
 Mais concretização do que interpretação;
O neoconstitucionalismo adota, o caráter de mecanismo ou técnica de efetividade do texto
constitucional, especialmente dos direitos fundamentais, o que naturalmente destaca a
importância do Judiciário no contexto da relação com os demais poderes.

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CARACTERÍSTICAS INTRÍNSECAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


 Constituem uma categoria jurídica, ou seja, a denominação de um direito como
fundamental traz consigo um rol de características que, ao mesmo tempo em que
forjam um traço unificador desses direitos, fazem com que eles sejam reconhecíveis
enquanto tais pela presença desses aspectos.

HISTORICIDADE

a) Não há consenso entre os doutrinadores em relação ao momento em que as


primeiras elucubrações em torno do tema passaram a ocupar as preocupações do
Estado e da sociedade.
É certo, no entanto, que com o Cristianismo, que preconizava o homem criado à imagem e
semelhança de Deus: consolidou a ideia de que, de que como o Homem era semelhante ao
Criador, o ser humano, por si, era digno de direitos mínimos, naturais, que preservassem a
essência humana e a autodeterminação.
 Os Direitos Fundamentais, após um período de dormência, voltou a ser suscitada, por
meio das declarações de direitos.
 A primeira declaração foi a Magna Carta de 1215. Sucederam-se as diversas outras,
entre elas o Bill of Rights, as declarações de direitos norte-americanas, de 1776, dos
Estados da Virginia e da Pennsylvania.
 Porém, a maior pujança histórica foi a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão
de 1789, da França, a qual com maior fidedignidade, versou sobre o humanitarismo
universalista que inspirava esse florescer dos Direitos Humanos.

 Com a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 10 de Dezembro de 1948,


protagonizada pela ONU, na qual praticamente foi sacramentalizada a ideia de
reconhecimento universal dos Direitos Humanos;

 Ao longo desse processo, esses direitos humanos declarados universal e


internacionalmente foram sendo objeto do chamado fenômeno da
constitucionalização, ou seja, declarações universais, passaram a integrar
concretamente os ordenamentos jurídicos dos países, transformaram-se em normas
jurídicas.

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AUTOGENERATIVIDADE

 São elementos fundantes das Constituições dos países. Em outras palavras, de um


lado instituem os Direitos Fundamentais, mas, por outro lado, elas só existem porque
destinadas a incorporar esses direitos fundamentais, juntamente com os chamados
elementos constitutivos, como território, povo e poder, além de governo.
Só participa da fundação quem já existe.
Os direitos fundam o Estado, mas a razão de ser é que a Constituição tem um espaço
reservado para eles.

UNIVERSALIDADE

 Os direitos são universais, ou seja, sua razão de existir faz com que sejam destinados
ao ser humano enquanto gênero. É incompatível com a natureza dos Direitos
Fundamentais sua restrição a um grupo, categoria, classe ou estamento de pessoas.

 Afirmar, os Direitos Fundamentais, é sublimar o valor do ser humano enquanto tal,


independente de qualquer outra configuração, de caráter social, econômico, racial, de
origem, etc.

São para todos, independente de qualquer coisa. É voltado para o gênero Humano, que é
titular de Direitos.

Declaração da ONU – (1948)- que vai trazer os direitos.

LIMITABILIDADE

 Não são absolutos, mas limitáveis. Isso significa que por vezes, o comando de sua
aplicação concreta não pode resultar na aplicação da norma jurídica em toda sua
extensão. Colisão de direitos.

Existem limitações, pois os direitos não são absolutos;

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Existem dois direitos que são absolutos – Direito de não ser torturada; E o Direito de Sigilo de
Fonte;

Todos os outros direitos são limitados;

 Esse empecilho para aplicação do comando oriundo de uma norma jurídica não é
preestabelecido, ditado no plano normativo, mas verificável em concreto diante do
fenômeno denominado colisão de direitos.
 Desse modo, o citado fenômeno da colisão de direitos alude às circunstâncias
concretas, aos conflitos fenomênicos, em que, por exemplo, dois indivíduos, titulares
de direitos distintos, verificam o confronto entre suas posições subjetivas.
 É essa colisão de posições subjetivas, todas igualmente amparadas pela Constituição,
que dita a limitabilidade dos Direitos Fundamentais.
 Essas chamadas “colisões” de direitos são representadas por situações em que o
concreto exercício de um direito fundamental implica a invasão da esfera de proteção
de outro direito fundamental.

Conclusão:

1º. Os direitos fundamentais, porquanto desvestidos desse caráter absoluto, são limitáveis;

2º A limitabilidade não deve ser definida no plano normativo, mas no plano fenomênico,
diante da colisão de dois direitos concretamente exercidos.

IRRENUNCIABILIDADE

Não podem ser renunciados, pois são inerentes ao ser humano. Esta condição, por si, torna o
ser humano dignatário de direitos fundamentais. O patamar mínimo de proteção, nem a
pessoa pode abrir mão, visto que a aderência é congênita.

A pessoa não pode abrir mão dos Direitos, pois são inerentes ao ser humano

 Todos os indivíduos são dotados de um patamar mínimo de proteção, congênito à sua


condição humana;
 Logo, a esse patamar mínimo de proteção nem o próprio indivíduo pode renunciar,
visto que a aderência desses direitos à condição humana faz com que a renúncia a eles
traduza, em última análise, a renúncia da própria condição humana, que, por natureza,
é irrealizável.

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CONCORRÊNCIA

São acumuláveis pelo indivíduo. Privacidade, intimidade, honra e imagem. Notícia e crítica.

Os direitos são acumuláveis > Tenho um e tenho outro.

Posso ter vários direitos dentro da dignidade humana.

 Pelo fato de acumular os direitos, uma única conduta pode encontrar proteção
simultânea em duas ou mais normas constitucionais que abriguem direitos
fundamentais.
 É que se vislumbra na conduta de quem, através de um meio de comunicação de
massa, transmite uma notícia e, a seguir, exprime seu juízo de valor sobre ela.
 O agente dessa conduta exerceu, a uma só vez, três direitos: o de comunicação, pelo
uso do meio de comunicação de massa; o de informação, pela transmissão da notícia;
e o de opinião, pela crítica esgrimida, prefigurando-se, desse modo, a citada
concorrência de direitos fundamentais;

Canotilho e de Vital Moreira:

“Quer dizer: num mesmo titular podem acumular-se ou cruzar-se diversos direitos. Assim, por
exemplo, o direito de expressão e informação (art 37) está “acumulado” com a liberdade de
imprensa (art 38) com o direito de antena (art 40), com o direito de reunião e manifestação
(art 45)”.

REGIME JURÍDICO PECULIAR

 Indicação de aplicabilidade direta e imediata por força do art. 5, parágrafo 1 da CF.


 Rigidez constitucional – as normas por estarem na Lei Maior tem um processo mais
solene e dificultosos em relação às leis ordinárias;

 Os direitos e garantias individuais são cláusulas pétreas, conforme art 60, § 4º, IV, da
Constituição Federal.

 Os direitos fundamentais não são apenas os previstos, como está no art. 5

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O art. 150, III, “b”, ficou declarado pelo Supremo pela ADIn 939, que a Anterioridade
Tributária é vista como claúsula pétrea, em julgamento de ação direta de inconstitucionalidade
da Emenda Constitucional n.3.

 Por força do mesmo art. 5, parágrafo 3– tratados, mas agora com a mudança do
jurisdição do Tribunal Penal Internacional e o 4, que marca um novo tipo de decreto
legislativo, para aprovação de tratados de direitos humanos.

DESTINATÁRIOS
Tratados internacionais de direitos humanos tem força de normas supra-legais;

DESTINATÁRIOS DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

 O caput do artigo 5 garante expressamente aos brasileiros e estrangeiros residentes


no País o exercício de todos os direitos e garantias. Da redação errada, poderia pensar
que não inclui todos, como os heimatlos e apátridas. Mas, ainda bem que há um forte
sentido de proteção ao ser humana: “sem distinção de qualquer natureza.”. Logo a
interpretação sistemática e finalística não deixam dúvidas que todos são destinatários.

No artigo diz “os residentes, e isso está errado, pois deveria abranger a todos, porém, a
mudança da legislação é muito difícil e solene de ser modificado (votação nas casas legislativas
de 3/5 dos votos), devido a isso, o texto continua o mesmo;

 Os direitos fundamentais têm um forte sentido de proteção do ser humano, e mesmo


o próprio caput do art 5º faz advertência de que essa proteção realiza-se “sem
distinção de qualquer natureza”.
 Logo, a interpretação sistemática e finalística do texto constitucional não deixa dúvidas
de que os direitos fundamentais destinam-se a todos os indivíduos,
independentemente de sua nacionalidade ou situação no Brasil; Assim, um turista
(estrangeiro não residente), que seja vítima de uma arbitrariedade policial, por
evidente, poderá utilizar-se do habeas corpus para proteger o seu direito de
locomoção;

No inciso I do artigo 5, diz que “homens e mulheres” são iguais perante a lei, um reforço de
que todos são iguais, visto que já no caput diz “TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI”

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Não deve fazer distinção de qualquer tipo de pessoas, o que se diz do princípio da isonomia,
ou princípio da igualdade;

Princípio da isonomia/Princípio da Igualdade

É um dos pilares estruturais, determinando que o legislador e aplicador da lei deva dispensar
tratamento igualitário a todos os indivíduos, sem distinção de qualquer natureza. Tratar os
iguais igualmente e os desiguais desigualmente.

 O legislador e o aplicador da lei devem dispensar tratamento igualitário a todos os


indivíduos, sem distinção de qualquer natureza. Assim, o princípio da isonomia deve
constituir preocupação tanto do legislador como do aplicador da lei.
 A questão da igualdade é tratada pela máxima aristotélica “tratar igual aos iguais e
desigual aos desiguais, na medida dessa desigualdade”. Porém, o problema no caso
concreto, é identificar quem são os iguais, quem são os desiguais e qual a medida
dessa desigualdade.

O princípio da isonomia ver-se-á implementado, então, quando reconhecidos e harmonizados


os seguintes elementos:

a) Fator adotado como critério discriminatório;

Pele; deficiência; idade; altura. Primeira questão a ser feita, é observar.

Exemplo: Fachada de “Aqui indígenas não entram” ou “Entrada para indígenas”.

 A exigência de altura mínima de 1,5m, para a inscrição em concurso de advogado da


Prefeitura, por exemplo, é claramente inconstitucional, pois o fator discriminatório
adotado em nada se ajusta ao tratamento jurídico atribuído em face da desigualdade
entre os que têm altura maior ou menor.
 O mesmo critério, contudo, é absolutamente afinado com a isonomia se adotado em
concurso para ingresso na carreira policial. Aqui, o porte físico é essencial ao bom
desempenho das funções. Logo, não implica qualquer inconstitucionalidade.

b) Correlação lógica entre o fator discriminatório e o tratamento jurídico atribuído em


face da desigualdade apontada;

Analisar se o fato discriminatório possui uma correlação lógica;

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c) Afinidade entre a correlação apontada no item anterior e os valores protegidos pelo


nosso ordenamento.
 Tamanho para advogado e para policial. Para policial sim, para escrivã não.

Por fim, deve ser feita a observação se o fator discriminatório adotado, possuidor de lógica,
possui um valor protegido no nosso ordenamento jurídico;

 Dessa maneira, nenhum elemento, em si, poderá ser tido como válido ou inválido para
a verificação da isonomia;
 Dessa forma, além de estar garantido na regra genérica do caput do art 5º, o princípio
da igualdade permeia todo o texto constitucional, indicando, quer com relação ao
trabalho e às pessoas de direito público interno, quer ainda quanto à política externa e
à Administração Pública, dentre outras situações, que o princípio deve ser seguido.

AÇÕES AFIRMATIVAS

 Na disciplina do princípio da igualdade, o constituinte tratou de proteger certos


grupos que, a seu entender, mereciam tratamento diverso. Enfocando-os a partir
de uma realidade histórica de marginalização social ou de hipossuficiência
decorrente de outros fatores, cuidou de estabelecer medidas de compensação,
buscando concretizar, ao menos em parte, uma igualdade de oportunidades com
os demais indivíduos, que não sofreram as mesmas espécies de restrições. São as
chamadas ações afirmativas.
 Nesse sentido, a disciplina constitucional da posse indígena (art 231,§2º),
trabalho da mulher (art 7º, XX), a reserva de mercado de cargos públicos para as
pessoas portadoras de deficiência (art 37, VIII) e outras tantas regras.
 O constituinte furtou do interprete a tarefa de verificar a correlação logica entre o
elemento diferencial e a distinção de regime jurídico, mas se deu pressa em definir
que nessas hipóteses deve haver discriminações especificas para proteger
determinado grupo de pessoas. Essa igualdade aplicada deverá ser reproduzida
pelo legislador infraconstitucional.

Existem dois grupos (minorias/hipossuficientes) = que é preciso levar o princípio da igualdade


até as últimas consequências. É necessário nesses casos ações afirmativas. Um dos maiores
exemplos disso, são as cotas para negros, deficientes, índios, etc.

Minorias= por hora, gays, lésbicas, transgêneros, pessoas com deficiência, quilombolas, índios
(povos originários), minorias religiosas, ciganos, etc.

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Hipossuficientes = são pessoas por muitas vezes podem ser maioria, como as mulheres, mas
mesmo sendo maioria vão merecer tratamento diferenciado devido a fragilidade.

São as maiorias= mulheres e negros;

Em questão das cotas para negros, maioria dos negros que adentram a universidade, são
pessoas que se declaram negros, porém, não são negros obstantes, em si.

Devido a isso, as políticas, chamadas ações afirmativas, é necessário um estudo aprofundado,


pois muita das vezes o que acontece não é uma política de inclusão, mas sim, de
discriminação. A cor da pele não deve ser um fator de cotas, mas a cor da pele+ escola
pública+ renda familiar baixa, talvez seria uma análise mais profunda e digna de cotas,
firmando-se no princípio da igualdade;

Deficiência é uma questão passível de atenção também.

O desconto nos tributos de cerveja compradas por índios, realizada no EUA, não é uma ação
afirmativa.

A própria constituição favorece (para os grupos minoritários) ações afirmativas.

Ex: Art 49 do Congresso

 Medidas de caráter social especial ou políticas públicas e privadas para eliminar


desequilíbrios ou desigualdades existentes nas categorias sociais;
 Direito a igualdade e não-discriminação;
 Ações: implementar uma igualdade concreta, chamada também de igualde material.
 Busca-se um tipo de equiparação que o princípio da isonomia por si só, não consegue
proporcionar.
 É uma tentativa de transpor a chamada igualdade formal assegurada no art 5º, Caput,
e §1º da CF.

 A igualdade formal é a igualdade perante a lei, ou seja, significa que todo mundo será
tratado como um indivíduo desconhecido, sem ser beneficiado ou punido por ser uma
pessoa em específico. Já a igualdade material ou substancial, é a igualdade que se
manifesta quando todas as pessoas tem a mesma quantidade dos bens ou que tem o
mesmo nível de felicidade.

NAS DEMOCRACIAS

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 Ações afirmativas: além de consagrarem a igualdade perante a lei, também


reprimem, as práticas mais comuns de discriminação. São, portanto, presentes nas
democracias.
 No aspecto circunstancial, as ações normalmente apresentam-se como um
terceiro estágio, na correção de distorções;

SINONIMO DE QUOTAS

 Na aplicação, ações usualmente associada à fixação de quotas, ou seja, ao


estabelecimento de um número preciso de lugares ou da reserva de algum espaço em
favor de membros do grupo beneficiado.

 Assumiram características de quotas para pessoas negras.

EXEMPLO NA BAHIA

 As políticas são variadas e algumas bastante interessantes.

 Art. 289 da Constituição Estadual da Bahia dispõe: “Sempre que for veiculada
publicidade estadual com mais de duas pessoas, será assegurada a inclusão de uma da
raça negra”.

 Destinatários dos programas normalmente estão entre os grupos sociais que sempre
são alvos de maiores discriminações nas sociedades: minorias e hipossuficientes.

 Os principais critérios na aplicação dessas políticas levem em conta os elementos que


costumam estigmatizar esses grupos, como: a raça, o sexo, a origem étnica, a religião,
a idade e as condições de saúde (deficiências físicas).

 A ação afirmativa não equivale a um direito de minorias, pois as desigualdades sociais


que são combatidas por meio dela não estão obrigatoriamente relacionadas à situação
numericamente desvantajosa do grupo favorecido.

 O pressuposto é que o grupo beneficiado não se encontre em uma posição dominante,


sendo reconhecida à existência, contra ele, de algum tipo de desvantagem ou
discriminação.

EFICÁCIA JURÍDICA
Eficácia Jurídica é diferente de eficácia social (Efetividade)
A Constituição Dirigente, segundo análise de CANOTILHO, JJ Gomes, que é a constituição de 88
:

TEORIA GERAL DO ESTADO – BEATRIZ 1


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TEORIA GERAL DO ESTADO – SÉRGIO TIBIRIÇA.

 A norma possui duas espécies de eficácia. A eficácia social, também denominada


efetividade, que designa o fenômeno da concreta observância da norma no meio
social que pretende regular, e a eficácia jurídica, que, no dizer de José Afonso da Silva,
“designa a qualidade de produzir, em maior ou menor grau, efeitos jurídicos, ao
regular, desde logo, as situações, relações e comportamentos de que cogita; nesse
sentido, a eficácia diz respeito à aplicabilidade, exigibilidade ou executoriedade da
norma, como possibilidade de sua aplicação jurídica. O alcance dos objetivos da norma
constitui a efetividade. Esta é, portanto, a medida da extensão em que o objetivo é
alcançado, relacionando-se ao produto final”.

Existem vários tipos de normas, são as seguintes:

I) Norma de Eficácia Plena – é o que adota o Supremo Tribunal Federal, são as


normas bastante em si, são auto executáveis. (FFF- Forte Fica Forte)/ Nesse
quesito não se menciona lei (Conforme dispuser a lei), pois são aquelas que
possuem eficácia plena, não necessitam de outra, se precisarem de outra norma,
não é a de eficácia plena./ Tem aplicabilidade imediata, direta (não precisa de
norma infraconstitucional) e integral.
 São aquelas que não necessitam de qualquer integração legislativa
infraconstitucional. Produzem todos os seus efeitos de imediato. Podemos
elencar, entre essas normas, as dos arts. 21,22 e 24 da Constituição./ art 19, 20 e
28.
José Afonso da Silva: “Aquelas que, desde a entrada em vigor da Constituição,
produzem, ou têm possibilidade de produzir, todos os efeitos essenciais, relativamente
aos interesses, comportamentos e situações que o legislador constituinte, direta e
normativamente, quis regular.”
 São, portanto, normas fortes, quanto à sua eficácia, não podendo ser
enfraquecidas quer pelo legislador ordinário, quer pela Administração Pública.

II) Norma de Eficácia Contida- (FFf – Forte Fica fraca)- Nesse quesito a norma
necessita de outra norma para complemento/ é uma lei infraconstitucional que
necessita de um Projeto de Lei Ordinária/Complementar/etc. A norma sofre uma
restrição. A norma é enfraquecida pela norma infraconstitucional; / é uma norma

TEORIA GERAL DO ESTADO – BEATRIZ 1


CARVALHO / LUÍS FELIPE REMELI 7
TEORIA GERAL DO ESTADO – SÉRGIO TIBIRIÇA.

de eficácia plena porque ela é forte/ sua aplicabilidade é imediata, direta, mas
pode não ser integral. A integração legislativa é facultativa.
Ex: art 5º, XIII; Art 37, I, da CF> Exemplos de normas de eficácia contida.
 São dotadas de eficácia prospectiva ou, em outras palavras, as que, à mingua de
legislação infraconstitucional integradora, possuem eficácia total e imediata,
porém, o advento legislativo faz com que seu campo de abrangência fique restrito,
contido. Exemplo dessa situação é o inciso XIII, do art 5º da Lei Maior, que diz:
“É livre o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão atendidas as
qualificações que a lei estabelecer.”
 Como se vê, à falta de lei ou leis que regulamentem o dispositivo, vige a regra
geral de liberdade absoluta. O advento legislativo, indicando qualificações
necessárias a essa ou aquela profissão, tem a aptidão de conter, restringir, o
âmbito de eficácia da norma.
 Em resumo, são normas fortes, quanto à sua eficácia, mas que podem ser
reduzidas pelo legislador infraconstitucional. José Afonso da Silva, afirma que a
redução também pode ocorrer diante de um conceito vago, como “ordem
pública”, “bons costumes”, “segurança nacional”. A redução, nesse caso, será
efetivada pela Administração Pública, ficando o eventual conflito a ser solucionado
pelo Poder Judiciário.

III) Norma de Eficácia Limitada- São normas que vão se fortalecendo com o
surgimento de outras.
 São aquelas que não produzem todos os seus efeitos de imediato, necessitando de
um comportamento legislativo infraconstitucional ou da ação dos administradores
para seu integral cumprimento.
 As normas de eficácia limitada, são, portanto, normas de eficácia fraca, podendo,
no entanto, ser fortalecidas pelo legislador infraconstitucional e pelo
administrador público.
 Para o referido autor, as normas de eficácia limitada se dividem em: normas
constitucionais de princípio institutivo e normas constitucionais de princípio
programático.

TEORIA GERAL DO ESTADO – BEATRIZ 1


CARVALHO / LUÍS FELIPE REMELI 8
TEORIA GERAL DO ESTADO – SÉRGIO TIBIRIÇA.

a) Princípio organizativo/Institutivo
Art 224 da CF- Essa norma é (fraca Fica Forte – fFF)
Art 90, §2º da CF-
Existe uma lei que regulará.
 São normas de princípio institutivo, porquanto contêm esquemas gerais, um como que
inicio de estruturação de instituições, órgãos ou entidades, pelo que também
poderiam chamar-se normas de princípio orgânico ou organizativo. Pode-se apontar,
como exemplo, o art 224 da Constituição Federal, que prevê a criação de um
Conselho.
 Art,33, o §2º do art 90, o art 113, o art 161, I, entre outros.

b) Princípio programático
1) Vetor – Saúde- Educação, meio-ambiente.
Art. 205 da CF/É um vetor, tudo pela educação.
Art 196 da CF/É um vetor, tudo pela saúde.
2) “Lei”
 Programáticas são normas constitucionais através das quais o constituinte, em vez de
regular, direta e imediatamente, determinados interesses, limitou-se a traçar-lhes os
princípios para serem cumpridos pelos seus órgãos (legislativos, executivos,
jurisdicionais e administrativos), como programas das respectivas atividades, visando à
realização dos fins sociais do Estado.”
 São exemplos claros: Arts. 205 (educação), 215 (cultura), 217 (desporto) e 227
(proteção da criança).

Normas de eficácia limitada


A aplicabilidade dessas normas depende da lei infraconstitucional; A ideia da normas de
eficácia limitada é de ficar forte, com a lei infraconstitucional. Devido a isso a aplicabilidade
pode não ser integral.

 As normas de eficácia limitada antes de sua complementação pela via integrativa


infraconstitucional produzem os seguintes efeitos:
a) Estabelecem um dever para o legislador ordinário;

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TEORIA GERAL DO ESTADO – SÉRGIO TIBIRIÇA.

b) Condicionam a legislação futura, com a consequência de serem inconstitucionais as


leis ou atos que as ferirem;
c) Informam a concepção do Estado e da sociedade e inspiram sua ordenação jurídica,
mediante a atribuição de fins sociais, proteção de valores da justiça social e revelação
dos componentes do bem comum;
d) Constituem sentido teleológico para interpretação, integração e aplicação das normas
jurídicas;
e) Condicionam a atividade discricionária da Administração e do Judiciário;
f) Criam situações jurídicas subjetivas de vantagem ou desvantagem;

 Dispositivos constitucionais sujeitos a regulamentação. Definições.


Todos (352) – Havia 352 normas que não eram regulamentadas;
Regulamentados (210) -
Não-Regulamentados (142)
- com proposições (64)
- sem proposições (78)

A partir do momento que a constituição diz “conforme dispuser a lei”, existe um imperativo
categórico.

Direitos e garantias fundamentais


 17 dispositivos – Existe 17 dispositivos que não foram regulamentados e deveriam ter
sido, pois se trata dos direitos e garantias fundamentais;
 5º, VI - 5º, XV – 5º, XVIII – 5º, XXVIII – 5º, XXXVIII (O júri nasceu para crimes de
imprensa/ é inconcebível que um ser constitucional fique sem regulamentação) - 5º,
XLVI - 5º, LI - 5º, LXI - 7º, I - 7º, XIX - 7º, XXI - 7º, XXIII - 7º, XXVII - 8º, IV - 8º, VIII - 8º,
Parágrafo único - 12, II, a.

 Existem 26 dispositivos da organização do Estado que estão não estar regulamentados,


do artigo 18 ao 43 da CF.
 18, § 2º - 18, §4º - 19, I - 20, II - 20, § 2º - 23, Parágrafo único - 26, I - 32, § 4º - 33, § 3º
- 37, II - 37, VII - 37, XVIII - 37, XIX - 37, XXII - 37, § 7º - 37, § 8º - 37, § 11 - 39, § 5º - 39,
§ 7º - 40, § 1º, I - 40, § 3º - 40, § 4º - 40, § 17 - 40, § 21 - 41, § 1º, III - 42, § 1º

TEORIA GERAL DO ESTADO – BEATRIZ 2


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TEORIA GERAL DO ESTADO – SÉRGIO TIBIRIÇA.

Da organização dos poderes


São 16 dispositivos- não regulamentados;
 79, Parágrafo único - 81, § 1º - 84, XXV - 85, Parágrafo único - 95, Parágrafo único, IV -
98, II - 103-A - 107, § 1º - 110, Parágrafo único - 111-A, § 1º - 111-A, § 2º, II - 113 - 121,
caput - 125, §4º - 129, I - 129, § 1º.

A Constituição possui uma supremacia;

Antecedentes – 1606.
 Médico Thomas Bonham na Inglaterra.
 Modelo da Constituição é material, mas mista.
 Parlamento como órgão limitador do poder.
 Médico formado : exame.

EFICÁCIA DA NORMA

 Vertical
Estado com o cidadão. Uma relação que envolve o Estado com o cidadão.
 Horizontal
É uma relação privada, que não envolve o Estado, uma relação entre as partes. Os particulares
devem salvaguardar os direitos fundamentais; Devido a isso que mesmo que seja um acordo
privado, deve manter os direitos e não deve discriminar. Nesse quesito é Cidadão x Cidadão;
 Diagonal
Company town.
Há um desequilibro fático entre empregado e empregador.
Há um desequilíbrio fático entre as partes, uma sobressai sobre a outra.
Exemplo: o caso do rato com a Coca- Cola/ Como provar que o rato apareceu ali devido ao
ambiente que se encontra a empresa da Coca, e não que o cliente que colocou o rato ali?
Nesta, há uma relação entre particulares, no entanto, um deles está em desequilíbrio fático
frente ao outro.

Judicialização da Política

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TEORIA GERAL DO ESTADO – SÉRGIO TIBIRIÇA.

 Direito (Supremacia da lei) x Política (Vantagem da maioria)


O direito posto é fruto da vantagem da maioria, logo, direito é feito da política.
O Juiz não foi eleito pelo povo, mas foi aprovado pelo concurso público, então qual a
legitimidade para julgar casos?
O principal papel do juiz é julgar conforme a lei, segundo o Direito.
A política é levado em consideração a vantagem da maioria.
 Autonomia do Judiciário
 Juiz vinculado ao Direito Posto

BRASIL > STF, e suas competências.


 Corte de Constitucional
 Originária
 Recursal

Sistema Interamericano
O sistema interamericano é composto por dois órgãos, sendo eles:

 Corte IDH -Corte Interamericana de Direitos Humanos;


São José da Costa Rica; possui 7 juízes eleitos pela Assembleia geral da OEA;
 Comissão IDH- Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

SISTEMA INTERAMERICANO
 1948-Carta de Bogotá – OEA (Organização dos Estados Americanos) - COMISSÃO- sede
em Washington, Estados Unidos. A comissão é mais velha que a corte. Abrange todos
os órgãos participantes da OEA.
 Para quer serve a comissão? Para esses três elementos, especificamente:
1) Petições 2) Relatórios 3) Eventos – simulado, simpósio.

A comissão é um órgão não jurisdicional. Ela aceita petições para apurar. Ela faz relatórios
sobre vários temas, ligados a direitos Humanos.

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TEORIA GERAL DO ESTADO – SÉRGIO TIBIRIÇA.

As petições são apresentadas por qualquer pessoa, grupos, ONGs, e Estados.

 1968- CAOH – Corte/ Pacto de São Jose da Costa Rica, sede nesse local.
É o principal tratados que rege os país, é a constituição do continente americano;
A corte é um tribunal que nasce no pacto de São José da Costa Rica, também é convencido
como convenção interamericana. Alguns países estão fora dessa corte: Estados Unidos,
Canadá, Venezuela, Haiti (existem 9 ou 10 países que não aceitam a jurisdição da Corte).
Na jurisdição da corte não são todos os países. Da comissão até chegar na corte, é preciso 8
anos.
A corte faz 3 coisas:
Contencioso- é julgamento. Damiao Ximenes Lopes x Brasil.
Isso daqui começou na comissão.

Medidas- são medidas emergenciais, como proteção de uma pessoa, parar uma obra, etc.
Opinião consultivas- interpretação dos tratados.
Amigus Curiae – Amigos da Corte.

ONU: 1945- Liga > Socialismo x Capitalismo – OTAN > Pacto de Varsóvia/ Guerra Fria/ Carta
OEA/ 1945

OEA: é criada voltada para proteger os direitos humanos / Carta da OEA – Washington (DC).
Princípios

1) Relativização da soberania
A jurisdição interna não é a última palavra a ser dada, podendo um tribunal internacional
proferir decisões contra o Estado Brasileiro.
2) Prévio Exaurimento dos Recursos Internos
Para se bater as portas de um tribunal internacional, é necessário esgotar todas as vias
internas. Mas esse princípio não é absoluto, pois pode ser relativizado em três hipóteses:
- Ausência Devido processo legal

-Não Acesso a Recursos Efetivos;


- Violação à duração razoável do processo

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TEORIA GERAL DO ESTADO – SÉRGIO TIBIRIÇA.

3) Princípio Pro Homem


Na dúvida, decide-se para o ser humano. Não há de se falar em critério de especialidade.

4) Princípio da vedação ao retrocesso ou efeito cliquet.


Direitos que já foram dados, não podem ser retirados.
Cliquet é um instrumento que permite que o alpinista apenas suba, mas não desça, ou seja, o
cliquet é o instrumento que não permite o retrocesso do alpinista.
Direitos que já foram concedidos, não podem ser retirados.

5) Princípio da suplementariedade
Os órgãos internacionais de proteção dos direitos humanos são suplementares, agindo quando
houver falha na jurisdição interna.

6) Princípio da inexistência de litispendência


É quando duas ações que tratam do mesmo assunto são levados a recursos diferentes;

7) Princípio do prazo de seis meses a partir da última notificação

Funções da Comissão Interamericana


1) Antes de uma denuncia à corte Interamericana, primeiramente ela é direcionada a
comissão cuja função será a de analisar a administrabilidade da denuncia.
A comissão faz um filtro da denuncia, primeiro analisa.

2) A comissão tem uma função de conciliação.


3) A comissão realiza visitas “in loco”, ou seja, visita no local.

Funções da Corte Interamericana


 Opinião construtiva
 Função contenciosa – tem a função de resolver litígios.

Casos do Brasil

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TEORIA GERAL DO ESTADO – SÉRGIO TIBIRIÇA.

É sempre levado o nome da parte x Estado.

Art 105 da CF, §5º- Homologação de sentença estrangeira: sentença dos tribunais de
outros países.
Existe diferença entre sentença internacional e sentença estrangeira.
Quem pede, é o procurador geral da república, pede para o STJ, para que o processo saia
do recurso da competência estadual e vá para a federal, caso seja um caso que viole os
direitos humanos.

OS 10 DIREITOS RELATIVOS A MANIFESTAÇÃO DE PENSAMENTO

• Democracia: DUAS FUNÇÕES


• 1) Fiscalizar o Poder Público.
• 2) Formar a opinião pública, que ele dois dos três “poderes”
• Estado – abstenção e fomento.
• Direitos e garantias individuais = cláusulas pétreas.
Um dos pilares da democracia é exatamente essas funções.
Esses direitos servem para que se possa fiscalizar os três poderes. Entre os direitos estão:
liberdade de pensamento, de expressão, etc.
Esses direitos são uma forma de sustentar a democracia.
O Estado não pode censurar.
O primeiro dever do Estado é de abstenção, não pode estabelecer censura, algo previamente
de controle. A democracia exige que todos os conteúdos sejam livres. O Estado deve assegurar
a forma democrática, ou seja, assegurar que as pessoas se expressem.
Esses 10 direitos relativos a manifestação de pensamento são dos direitos fundamentais e,
portanto, são cláusulas pétreas.

Quais são esses 10 Direitos?


• Direito de opinião (art. 5.º, IV); Escusa de consciência(art. 5, VIII); Direito de
informação: informar, se informar e ser informado (art. 220)Direito de informação
jornalística (art. 220, par. 1.º);Direito de antena (art. 17, parágrafo 3.º);Liberdade de
religião (5.º, VI e VII);Liberdade de cátedra(art. 206, inciso II); Direito de resposta ou
réplica (art. 5.º V); Direito de comunicação (arts. 220 a 224).

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CARVALHO / LUÍS FELIPE REMELI 5
TEORIA GERAL DO ESTADO – SÉRGIO TIBIRIÇA.

• Instrumentos jurídicos internacionais e pátrios:


Declaração Universal dos Direitos Humanos - artigo XIX:
“Todo homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a
liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transferir
informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”.

A carta da ONU, faz alusão aos direitos relativos a forma de pensamento.

Direito de opinião (art. 5.º, IV)


• – É livre a manifestação do pensamento sendo vedado o anonimato. Juízo de valores
garantido a todas as pessoas, inclusive aos não profissionais de jornalismo. Não se
limite aos profissionais da comunicação social.
Eu posso manifestar a minha opinião, porém é proibido o anonimato; ou seja, a pessoa
pode se expressar, desde que revele quem seja.

• Opinião manifestada: olho uma obra de arte e faço uma reflexão e chego a uma
síntese conclusiva.
 O Estado não pode me molestar pelas minhas opiniões. Ex: uma pessoa não pode reprovar
num concurso público devido a suas opiniões particulares.

• Importante é que precisa ser manifestado, ou seja, exteriorizada, causar um impacto


social. Protege as pessoas diante do Estado, do qual é exigida uma neutralidade, ou
seja, a pessoa não pode ser perseguida pela opinião manifestada.

Escusa de consciência (art. 5.º, VIII)


• Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; (norma de
eficácia limitada)- mas já possui lei regulamentando.

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TEORIA GERAL DO ESTADO – SÉRGIO TIBIRIÇA.

 
• Indivíduo tem de se eximir de uma obrigação legal a todos imposto e que seja
incompatível com as convicções políticas, religiosas ou filosóficas, desde que cumpra
obrigação alternativa fixada em lei.

• Exemplo são os “Testemunhas de Jeovah”, que não podem utilizar ou portar armas.
O Brasil se dispõe a respeitar também no valor exigência.

Qual seria essas medidas alternativas? Um ano de prestação num hospital ou outra coisa
qualquer.

Os direitos de informação: 4 vertentes


• – Direito de informar – Passar informações, sem embaraços do Poder Público. Art.
220, caput – A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação,
sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado
o disposto nesta Constituição;

1º vertente: Direito de Informar negativo. Aqui está previsto a proibição de qualquer censura.
A primeira vertente é a proibição de qualquer tipo de censura.
2º vertente:
 
• Parágrafo 1.º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena
liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social,
observado o disposto no art. 5.º, IV. V. X, XIII e XIV.

 Outro dispositivo- art 5º, XIV: é livre a expressão da atividade intelectual, artística,
cientifica e de comunicação, independente de censura ou licença.

O direito de informação precisa respeitar os direitos de personalidade.

Direito de antena/meio
 

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TEORIA GERAL DO ESTADO – SÉRGIO TIBIRIÇA.

• O direito de informar, contudo, permite uma abordagem positiva, o chamado direito


de antena.
A internet democratizou isso.
Na Europa existe o direito de antena

• Art. 17, par. 3.º onde se encontra “acesso gratuito ao rádio e a televisão, na forma da
lei” para os partidos políticos. Na legislação infra, existem possibilidades na Lei da TV
à Cabo e na legislação das Rádios Comunitárias.

- Os 10 direitos relativos à manifestação do pensamento.


- Direito negativo: proíbe qualquer censura.
- Direito positivo: informar.

- Direito de antena/meio.
- é o direito de informar. Abordagem positiva.
- art. 17º, par. 3º -> acesso gratuito ao rádio e a televisão, na forma de lei. Na legislação
infraconstitucional existem possibilidades na lei da TV à cabo e na legislação das rádios
comunitárias. Muita gente não vai para certos lugares porque não existe espaço. Eis aqui o
momento em que os veículos de comunicação abrem espaços.

- Direito de se informar.
- Faz parte do direito de informar
- Direito de buscar informação, pois vivemos em rés pública, portanto, temos direito de buscar
informação de órgãos públicos, sob pena de responsabilidade.
- Art. 5º, XIV - é assegurado a todos acesso à informação resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional.
- Art. 5º, LXXII - Habeas data assegura o conhecimento e também o direito de corrigir
informações erradas.
- Habeas Data é um instrumento jurídico para que possa acessar essas informações e possa
corrigir as erradas.

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TEORIA GERAL DO ESTADO – SÉRGIO TIBIRIÇA.

- O Habeas Data só vale para bancos de dados = ficha criminal, Cerasa, Spc, questão judicial,
etc. Ou seja, não vale para outras coisas, como puxar informação sobre aposentadoria. No
caso, entra com mandado de segurança.
- Habeas Data no tocante à internet = seria importante uma legislação para isso.

- Direito de ser informado -> direito de receber informações adequadas e corretas, mas há
uma exegese, pois só podemos ter o direito de ser informados se alguém tiver o dever de
informar, como órgãos públicos, exigidos pelo Estado.
- Art. 5º, XXXIII.
- Art. 37º, caput. -> princípio da publicidade = todos os atos praticados pelo Estado devem ser
passados para o público
- No caso de existir um caos por exemplo, em uma cidade, o Estado e órgãos públicos possuem
dever de informar corretamente a população.

- Liberdade de Expressão.
- Art. 5º, IX - garante a liberdade de expressão
- Art. 220º - fala da informação mas também da liberdade de expressão.
- Liberdade de expressão é diferente de informação. -> proibições.
- Expressão é muito mais ampla, pois informação é muito mais ampla.
- Liberdade de expressão engloba teatro, música, etc.
- Não há direito de resposta, há direito de réplica, pois não é necessariamente uma coisa
verdadeira, visto que no outro lado pode haver outra pessoa que ache outra coisa.
- Vedação de anonimato, direitos personalíssimos (intimidade, vida privada, a honra e
imagem), livre exercício profissional, sigilo da fonte.
- É bem diferente do direito de informar, pois o direito de informar é mais restrito e trata de
uma notícia, já a liberdade de expressão engloba muito mais coisas.
- Envolve todas as artes: poemas, poesias, fotografia, livros, pintura, músicas, etc.
- Manifestações humanas de forma variada = expressão política, religiosa, etc.
- Os direitos de liberdade de expressão possuem limites, como por exemplo, a França proibiu
qualquer tipo de manifestação.
- Juízo conceitual, ou seja, cada pessoa possui seu conceito sobre determinada coisa
considerada como liberdade de expressão.

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TEORIA GERAL DO ESTADO – SÉRGIO TIBIRIÇA.

- Liberdade de Religião.
- Art. 5º, VI - inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção dos locais de culto e
suas liturgias.
- Surgiu na C.F. de 1824 - para votar e ser votado precisava ser católico.
- Prestação de assistência religiosa -> nos hospitais e quarteis.
- Essa liberdade só ocorre na democracia
- Na índia, se for pego pregando outros ideais, vai preso.
- A proteção dos locais de cultos ainda não foi regulamentada.

TEORIA GERAL DO ESTADO – BEATRIZ 3


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