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Acerca desta etapa ler “A cidade Antiga” de Fustel de Coulanges e “Totem e Tabu” de Sigmund Freud.
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- Idade Contemporânea: Trata-se do Constitucionalismo pós-modernidade, ou seja, pós-Idade
Moderna. Houve alguns ciclos de constitucionalismos neste período com a crescente incorporação de
direitos no rol de seu desenvolvimento. São eles:
1) Constitucionalismo Liberal Clássico: Neste período (imediatamente posterior à Revolução Francesa)
a função fundamental da Constituição era proteger o cidadão do Estado, garantindo algumas liberdades
fundamentais contra abusos dos governantes. Aqui o Estado é chamado de Estado mínimo;
2) Constitucionalismo Social: A principal característica deste constitucionalismo é a entrada de direitos Constitucio-
sociais e trabalhistas nos textos constitucionais. Aqui o Estado não mais somente se abstém, mas ao nalismo
contrário, atua positivamente para a efetivação de direitos. É o período dos direitos de “igualdade”. contempo-
O Estado, neste período, é chamado de intervencionista; râneo.
3) Constitucionalismo Democrático de Direito: Neste período (o atual), o movimento constitucional,
através da Constituição Escrita e de sua hermenêutica (interpretação), chega a uma idéia de mundo
como transformação e da Constituição como instrumento e gênese desta transformação através de um
processo educativo e normativo da sociedade. Aqui, além dos direitos chamados “negativos” (liberal-
individualista) e dos chamados direitos “positivos”, há os direitos educativos e transformadores. A
Constituição não é somente formal. Busca-se incessantemente a identidade entre Constituição Formal e
Material;
4) Constitucionalismo Comunitário: Nesta fase (a partir de 2000) começa-se a questionar os rumos das
Constituições nacionais frente às uniões de países (Ex: União Européia), e o surgimento de Constituições
destas Uniões.
Constitucionalismo como originário do movimento revolucionário do Século XVIII (em sentido estrito): Mesmo
para os autores que estudam o constitucionalismo desta forma, é feita uma espécie de estudo preliminar acerca da
história. Portanto, mesmo aqui o constitucionalismo é um produto da história. Não se trata de matéria estanque, sem
conexão com a história.
- Pactos, Forais e Cartas de Franquia: São convenções entre o monarca e os súditos, referentes ao modo de governo e
a garantia de direitos individuais. Seu fundamento é o acordo de vontades. Outorga do monarca. São oriundos do
Direito inglês. “Maneira de diminuir a fogosidade do Poder”.
OS MAIS CÉLEBRES: MAGNA CARTA (1215)2. JOÃO SEM-TERRA.
PETITION OF RIGHTS (1628).
BILL OF RIGHTS (1689)
- Contratos de colonização: Foram contratos realizados dentro dos navios com regras primárias de convivência através
de mútuo consenso. Referem-se à história dos peregrinos, em sua maioria puritanos, que saíram da Inglaterra para a
América do Norte. Os mais célebres são: 1) Mayflower “Compact”, de 1620 3; 2) Fundamental orders of Connecticut, de
1639.
-Leis Fundamentais do Reino: Na França, onde fervilhava a idéia de liberdade surgiram as leis fundamentais do reino,
que se impunham ao próprio rei. Criação de legistas franceses empenhados em defender a coroa contra as fraquezas do
monarca.
2) Pensamento iluminista:
INDIVÍDUO – Prevalência do indivíduo (pensamento liberal).
RAZÃO
NATUREZA
FELICIDADE
PROGRESSO – Aqui surge a idéia de propriedade.
MONTESQUIEU, PARA EVITAR POSSÍVEIS ABUSOS, TEORIZOU A SEPARAÇÃO DOS PODERES, NA OBRA
“O ESPÍRITO DAS LEIS”.
3) Natureza Jurídica
- THOMAS HOBBES: Leviathan
- JOHN LOCKE: Dois Tratados sobre o Governo Civil
- JEAN JACQUES ROUSSEAU: Contrato Social
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Fragmentos disponíveis no Xerox ou em arquivo anexo
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Texto integral disponibilizado no Xerox ou em arquivo anexo.
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- BARTHÉLEMY ET DUEZ: “Um agregado de grupos sociais politicamente organizado. Atende à verdadeira
natureza da lex máxima e ao papel do povo no estado hodierno. A Constituição é a suprema declaração de vontade
popular”.
4) Acepção (Sentido): Como deve ser vista e interpretada a Constituição? Vejamos as principais correntes doutrinárias:
- FERDINAND LASSALE: SOCIOLÓGICO (conformidade com os fatores reais de poder ou mera folha de papel)
- CARL SCHMITT: POLÍTICO (Constituição é fruto de decisão política fundamental)
- HANS KELSEN: JURÍDICO (Constituição tem sentido lógico-jurídico, sendo a norma fundamental de outras
normas).
- KONRAD HESSE: FORÇA NORMATIVA ou ORDEM MATERIAL E ABERTA DA COMUNIDADE (A
Constituição deve atuar diretamente na realidade histórica, atribuindo máxima eficácia às normas da Constituição).
- PETER HÄBERLE: PROCESSO PÚBLICO (Constituição é o espelho de uma sociedade, de um processo
interpretativo aberto dos intérpretes da Constituição).
- J.J GOMES CANOTILHO: DIRIGENTE (A Constituição deve dirigir a ação do governo em programas para
efetivar direitos)
- RAUL MACHADO HORTA: PLASTICIDADE (Adaptação das normas constitucionais às oscilações da opinião
pública, ao fluir dos fatos sociais)
5) CONCEITO: “É um sistema de normas jurídicas escritas ou costumeiras, que regula a forma do estado, a forma de
seu governo, o modo de aquisição e o exercício do poder, o estabelecimento de seus órgãos, os limites de sua ação, os
direitos fundamentais do homem e as respectivas garantias. Em síntese, a Constituição é o conjunto de normas que
organiza os elementos constitutivos do Estado”. (SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo.
24. ed. São Paulo : Malheiros, 2005)
“Constituição, lato sensu, é o ato de constituir, de estabelecer, de firmar; ou, ainda, o modo pelo qual se constitui uma
coisa, um ser vivo, um grupo de pessoas; organização, formação. Juridicamente, porém, Constituição deve ser entendida
como a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas referentes à estruturação do Estado, à formação
dos poderes públicos, forma de governo e aquisição do poder de governar, distribuição de competências, direitos,
garantias e deveres dos cidadãos”. (MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 17. ed. São Paulo : Atlas, 2005)
“É O CONJUNTO DE NORMAS QUE ORGANIZA OS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ESTADO”.
6) OBJETO: É o estudo do próprio conteúdo da Constituição.
ESTABELECER A ESTRUTURA DO ESTADO
ESTABELECER A ORGANIZAÇÃO DOS ÓRGÃOS ESTATAIS
ESTABELECER O MODO DE AQUISIÇÃO DO PODER
ESTABELECER LIMITES AO EXERCÍCIO DO PODER
ASSEGURAR OS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
FIXAR O REGIME POLÍTICO (DEMOCRÁTICO, AUTORITÁRIO E TOTALITÁRIO)
DISCIPLINAR OS FINS SOCIO-ECONÔMICOS DO ESTADO.
7) ESTRUTURA: As Constituições geralmente são agrupadas em Títulos, os quais são divididos em Capítulos e estes
em Seções e Subseções, que por sua vez se agrupam em Artigos, com seus Incisos e Alíneas.
8) ELEMENTOS: Elementos são partes distintas de um corpo que contribuem para sua formação. A Constituição,
entendida como um corpo, apresenta os seguintes elementos:
a) Elementos Orgânicos: São os que regulam os Poderes do Estado, definindo a respectiva estrutura. Referem-se a
órgãos do Estado, como o próprio nome já infere.
C.F
Constituição e Imperador
g) Quanto ao Conteúdo:
MATERIAL: São normas materialmente constitucionais aquelas que identificam a forma e
a estrutura do estado, o sistema de governo, a divisão e o funcionamento dos poderes, o
modelo econômico e os direitos, deveres e garantias fundamentais.
FORMAL: São as normas que são colocadas no texto constitucional, sem fazer parte da
estrutura mínima e essencial de qualquer Estado.