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INSTITUTO CENECISTA DE ENSINO SUPERIOR DE SANTO ÂNGELO


DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL I
CURSO: CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS – DIREITO – 2º PERÍODO
PROFESSOR: ADRIANO NEDEL DOS SANTOS.
DIREITO CONSTITUCIONAL I
Bibliografia básica sugerida:
- MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 17. ed. São Paulo : Editora Atlas, 2005.
- SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 24. ed. São Paulo : Malheiros, 2005.
- LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 12. ed. São Paulo : Saraiva, 2008
- BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. 21. ed. São Paulo : Saraiva, 2000
- FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 31. ed. São Paulo : Saraiva, 2005
- DAVID ARAÚJO, Luiz Alberto; NUNES JÚNIOR, Vidal Serrano. Curso de Direito Constitucional. 9. ed. São Paulo : Saraiva,
2005
- BESTER, Gisela Maria. Direito Constitucional. Volume I – Fundamentos Teóricos. São Paulo : Manole, 2005.
Bibliografia complementar sugerida:
- CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 7. ed. Coimbra : Almedina, 2003.
- MIRANDA, JORGE. Manual de Direito Constitucional. 6. ed. Coimbra : Coimbra Editora, 1997
- HESSE, Konrad. A Força Normativa da Constituição. Tradução de Gilmar Ferreira Mendes. Porto Alegre : Sérgio Antônio Fabris
Editor, 1991
______________ Elementos de Direito Constitucional da República Federal da Alemanha. Tradução de Luiz Afonso Heck. Porto
Alegre : Sérgio Antônio Fabris, 1998.
- HÄBERLE, Peter. Hermenêutica Constitucional – A sociedade aberta dos intérpretes da Constituição: contribuição para a
interpretação pluralista e “procedimental” da Constituição. Tradução de Gilmar Ferreira Mendes. Porto Alegre : Sérgio Antônio
Fabris Editor, 2002.
- LASSALE. Ferdinand. A essência da Constituição. 3. ed. Rio de Janeiro : Liber Júris, 1995.
- SCHMITT, Carl. Teoría de la Constitución. Madrid : Alianza Universidad Textos, 2003.
- KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 6. ed. Coimbra : Armênio Amado Editora, 1984.
- HELLER, Hermann. Teoría Del Estado. México : Fondo de Cultura Econômica, 2002.
- SILVA, José Afonso da. Aplicabilidade das Normas Constitucionais. 3. ed. São Paulo : Malheiros, 1999.
- STRECK, Lênio Luiz. Jurisdição Constitucional e Hermenêutica – uma nova crítica do Direito. 2. ed. Rio de Janeiro, 2005
- MAXIMILIANO, Carlos. Comentários à Constituição Brasileira. 3. ed. Porto Alegre : Globo, 1929.
- BONAVIDES, Paulo; ANDRADE, Paes de. História Constitucional do Brasil. 5. ed. Brasília : OAB Editora, 2004.
- CAVALCANTI, Themístocles Brandão. A Constituição Federal Comentada. 2. ed. Rio de Janeiro : José Konfino Editor, 1951.
- PONTES DE MIRANDA, Francisco Cavalcanti. Comentários à Constituição de 1946. Rio de Janeiro : Henrique Cahen Editor,
1947.
- MORAES, Alexandre de. Jurisdição Constitucional e Tribunais Constitucionais – Garantia Suprema da Constituição. São
Paulo : Atlas, 2000.
- DINIZ, Márcio Augusto de Vasconcelos. Controle de Constitucionalidade e Teoria da Recepção. São Paulo : Malheiros, 1995.
- XIMENES ROCHA, Fernando Luiz. Controle de Constitucionalidade das Leis Municipais. São Paulo : Atlas, 2001
- NERY FERRARI, Regina Maria Macedo. Efeitos da Declaração de Inconstitucionalidade. 4. ed. São Paulo : Revista dos Tribunais,
1999.
- RIBEIRO LOPES, Maurício Antônio. Poder Constituinte Reformador – limites e possibilidades da revisão constitucional
brasileira. São Paulo : Revista dos Tribunais, 1993.
- ESPÍNDOLA, Ruy Samuel. Conceito de Princípios Constitucionais: elementos teóricos para uma formulação dogmática
constitucionalmente adequada. 2. ed. São Paulo : Revista dos Tribunais, 2002
- MELO FRANCO, Afonso Arinos. Curso de Direito Constitucional Brasileiro. Vol I. 2. ed. Rio de Janeiro : Revista Forense, 1968.
- BASTOS, Celso Ribeiro. Hermenêutica e Interpretação Constitucional. 2. ed. São Paulo : Celso Bastos Editor : IBDC, 1999
- ROMANO, Santi. Princípios de Direito Constitucional Geral. Tradução de Maria Helena Diniz. São Paulo : Revista dos
Tribunais, 1977.
- SIEYÈS, Joseph Emmanuel. A Constituinte Burguesa (Qu’est-ce que le Tiers Etát?). 2. tir. Rio de Janeiro : Líber Júris, 1988.
- MONTESQUIEU, Charles de Secondat, Baron de. O espírito das leis. São Paulo : Martins Fontes, 1996.
- HOBBES, Thomas. Leviatã. 2. ed. São Paulo : Ícone, 2003.
- ROUSSEAU, Jean Jacques. O Contrato Social. São Paulo : Martins Fontes, 1999.
- BARROSO, Luís Roberto. O Direito Constitucional e a Efetividade de suas Normas. 2. ed. Rio de Janeiro : Renovar : 1993.
_______________________ Interpretação e Aplicação da Constituição. São Paulo : Saraiva, 1996.
- BULOS, Uadi Lammêgo. Manual de Interpretação Constitucional. São Paulo : Saraiva, 1997.
____________________ Mutação Constitucional. São Paulo : Saraiva, 1997.
- VASCONCELOS DINIZ, Márcio Augusto. Constituição e Hermenêutica Constitucional. Belo Horizonte : Mandamentus, 1998.
- CARRÉ DE MALBERG, R. Teoria general Del Estado. Traducción de José Lion Depetre. México. UNAM, 2001
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PONTO 1 – DIREITO CONSTITUCIONAL E EVOLUÇÃO DO ESTADO
1) NOÇÕES BÁSICAS (Posição do Direito Constitucional no quadro geral do Direito).
“A sujeição do Estado ao Direito, inclusive ao seu próprio Direito positivo – eis a base do Direito Público e, antes de
mais nada, do Direito Constitucional. O Direito Constitucional é a parcela da ordem jurídica que rege o próprio Estado
enquanto comunidade e enquanto poder. A Constituição é tanto Constituição política como Constituição social, não se
limitando à ordenação da vida estatal”. (MIRANDA, Jorge. Manual de Direito Constitucional. Tomo I. 6. ed. Coimbra :
Coimbra Editora, 1997) (grifos nossos).
DIREITO PRIVADO DIREITO PÚBLICO
Direito Civil Direito Constitucional
Direito Comercial Direito Administrativo
Direito Tributário
Direito Penal
Direito Processual
Direito Ambiental
Direito Urbanístico, etc.

A história nos apresenta a uma espécie de elevador, onde a concepção de Direito Privado primeiramente assumia uma
função de proeminência. Hoje, contudo, em especial com a Revolução Francesa e com a obra de Kelsen ( Teoria Pura do
Direito) a situação se inverte, assumindo o Direito Público, em especial o Direito Constitucional, supremacia em relação
ao Direito Privado.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Esta distinção entre Direito Privado e Direito Público é meramente
acadêmica, para fins de estudo do Direito, pois devemos entender o Direito
como um sistema harmônico dinâmico, não estanque. Por exemplo, não
devemos abrir os livros de Direito Constitucional e fechar os demais, como
se estivessem separados. A vida não está separada. A nossa razão efetua as
separações necessárias para podermos entender melhor os fenômenos que se
apresentam perante nossos sentidos.
2) EVOLUÇÃO DO ESTADO:
a) ESTADO-ALDEIA: Verdadeiro Direito Público não-escrito, costumeiro
e popular. Neste estágio conduz-se a comunidade por preceitos, ritos e
normas de ordem religiosa. Para Jorge MIRANDA, este período refere-se ao
Estado Oriental.
b) ESTADO-CIDADE: Evidencia maior complexidade na sua organização e funcionamento. Ex: Polis (Grécia); Civitas
(Roma). Ainda o fundamento era a religião dos lares, mas já coletivizada. A “polis” grega era fundada nos cidadãos. A
“Civitas” romana foi um caso sui gêneris, em virtude da localização geográfica e das condições históricas. Nela aparece
uma rica evolução política, social e jurídica. Durante o domínio romano na Palestina surgiu o Cristianismo e abalou-se o
alicerce romano e da Cidade Antiga, pois a pessoa torna-se um valor em si, por criada à imagem e semelhança de Deus;
todos os homens são pessoas com igual dignidade.
c) ESTADO-IMPÉRIO: Centralização do Poder, no Imperador.
d) ESTADO-FEUDAL: Ocorre a atomização do Poder.
e) ESTADO-NAÇÃO: Ressurge a centralização do poder. O Imperador falava em nome de Deus.
f) ESTADO LIBERAL: Revolução Francesa, soberania popular. Surge o capitalismo.
g) ESTADO-SOCIAL:. Surge o Estado intervencionista. Surgimento do tear.
h) ESTADO-CONTEMPORÂNEO: Globalização. Estado mínimo.
3) DIREITO CONSTITUCIONAL: ADOÇÃO DO NOME
- Em 10/10/1791 a Constituição Francesa passou a ser ensinada nas escolas francesas.
- O nome “DIREITO CONSTITUCIONAL” surgiu na Itália, em 1797.
- A Faculdade de Direito de Paris foi a primeira a incluir a disciplina de DIREITO CONSTITUCIONAL em sua grade
curricular em 1834.
- No Brasil, o ensino do Direito Constitucional apareceu precocemente, seguindo de perto à outorga da Constituição de
1824. Quando foram criados os cursos jurídicos em São Paulo e Olinda, pela lei 11 de agosto de 1827, incluiu-se no
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programa do primeiro ano, o ensino do Direito Constitucional com o título de “Direito Público e Análise da Constituição
do Império”.

4) OBJETO: É o estudo do ordenamento Constitucional (regras e princípios) de maneira sistematizada. Divide-se em:
a) Ciência Política: Estudo do Político.
b) Ciência Jurídica: Estudo do Estatuto Jurídico do Político (Constituições).
Estuda:
- FORMA DE GOVERNO
- MODO DE AQUISIÇÃO
- ESTABELECIMENTO DE SEUS ÓRGÃOS
- LIMITES
- DIREITOS FUNDAMENTAIS DO HOMEM
5) CONTEÚDO CIENTÍFICO OU DIVISÃO:

a) Direito Constitucional Geral: É o estabelecimento de pontos comuns de vários Estados. Aqui tratam-se as teorias
gerais constitucionais, apresentando-se os fundamentos teóricos e o desenvolvimento histórico dos institutos e instituições
de status constitucional.
b) Direito Constitucional Positivo (Particular ou Especial): É o estudo da Constituição de um Estado em particular,
interpretação e crítica.
c) Direito Constitucional Comparado: É o estudo de duas ou mais Constituições. É levado em consideração:
 TEMPO
 ESPAÇO (ESTADO X ESTADO)
d) Direito Processual Constitucional ou Processo Constitucional: Refere-se ao estudo das ações constitucionais típicas
e à jurisdição constitucional como defesa e guarda da Constituição.
e) Direito Constitucional Comunitário: Refere-se aos blocos de países como a União Européia e como as Constituições
de cada país integrante deve se adaptar à realidade comunitária e como e se deve surgir uma Constituição para um bloco
de países.
f) Direito Constitucional Multicultural: Aborda a discussão acerca das minorias culturais em relação com a cultura
hegemônica e sua inclusão em âmbito constitucional, respeitando-se as diferenças entre as diversas culturas dentro de um
mesmo país, no âmbito do reconhecimento de direitos ou redistribuição de direitos e recursos por parte do Estado.
6) RELAÇÕES COM OUTRAS CIÊNCIAS:
- ADMINISTRATIVO: Princípios e regras basilares. Ex: Funcionamento da Administração Pública, regras sobre os bens
da União, Estados e Municípios, Licitação, Servidores Públicos, entre outros.
- PENAL : Princípios básicos como da reserva legal, da anterioridade, previsão de crimes como os crimes hediondos,
entre outros.
- PROCESSUAL (PENAL, CIVIL, TRABALHISTA e ADMINISTRATIVO): Princípios básicos como do devido
processo legal, a distribuição de competências do Poder Judiciário em determinadas matérias, entre outros.
- TRABALHO: Direitos do trabalhador como férias, décimo terceiro salário, Proteção contra despedida arbitrária, greve,
entre outros.
- FINANCEIRO – FINANÇAS – ARTS 70, 163 A 169.
- TRIBUTAÇÃO – ARTS. 145 A 162.
- INTERNACIONAL: ART. 4º, INC. I AO X, ART. 5° §§ 3° e 4°.
- CIVIL e COMERCIAL: Garantia, início de desenvolvimento e direcionamento de certos institutos como: Herança,
Família, Propriedade, Nome Comercial, Livre Comércio, Proibição de Monopólio, etc.
7) CONCEITOS:
a) Manoel Gonçalves Ferreira Filho: “É o conhecimento sistemático da organização fundamental do Estado”.
b) José Afonso da Silva: “É o ramo do Direito Público que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e normas da
organização do Estado”.
Conceito sugerido: “Direito Constitucional é o ramo do Direito Público e base interpretativa de um determinado
ordenamento jurídico, consubstanciando-se em um conjunto de normas (regras e princípios) organizadas sistematicamente
que têm como finalidade a organização do Estado, a limitação do poder, a garantia do pleno exercício e desenvolvimento
dos direito fundamentais e o reconhecimento e inclusão de todos os indivíduos pertencentes a um determinado país ou sob
influência de seu ordenamento jurídico”.
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8) FONTES: “Fonte” é palavra originária do latim e indica a procedência, a origem, aquilo que origina ou produz
determinada coisa ou fenômeno. No mais, em sede de conhecimento jurídico, trata-se do lugar onde vai-se buscar a
sabedoria, onde vai-se buscar os fundamentos para o exame/aplicação da norma (no nosso caso a norma constitucional).
As fontes do Direito Constitucional podem ser:
a) Escritas:
- LEIS CONSTITUCIONAIS: Constituições já revogadas e de outros países.
- LEIS COMPLEMENTARES E ORDINÁRIAS
- PRESCRIÇÕES ADMINISTRATIVAS
- REGIMENTOS DO LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO: O que precisamos para advogar, operar o Direito? C.F, Códigos.
Só isto? Não! Precisamos de normas dos poderes também. São as chamadas leis “interna corporis”. Os regimentos devem
estar de acordo com a C.F. Existem vários artigos dos regimentos internos que já viraram norma constitucional.
- TRATADOS INTERNACIONAIS: Cada vez mais adquirem força no ordenamento jurídico pátrio e mundial. Hoje, há a
chamada internacionalização do Direito Constitucional e a Constitucionalização do Direito Internacional.
- JURISPRUDÊNCIA (ACÓRDÃOS/ SÚMULAS/ SÚMULAS IMPEDITIVAS DE RECURSOS/ SÚMULAS
VINCULANTES)
- DOUTRINA: Ensinamentos teóricos dos Doutores, dos estudiosos.
b) Não-escritas: USOS E COSTUMES: O uso ou confirma ou altera uma visão jurídica. É o efeito da simbiose entre a
tradição e a novidade sobre o pensamento jurídico.

9) MÉTODOS DE ENSINO/ESTUDO: Reputamos interessante o estudo deste tópico, porque, na verdade, não se trata
de método de ensino tão-somente, ou seja, de como a matéria vem sido tratada e passada adiante pelas cátedras de Direito,
e sim ,de método de estudo. Estudar os métodos de ensino significa estudar a evolução da própria ciência e da capacidade
filosófico-interpretativo da humanidade, já abrindo um parêntese importante com o Ponto 7 deste curso (Interpretação
Constitucional / Hermenêutica Constitucional). Fazendo-se uma analogia com o dito popular: “Diga-me com qual método
de ensino/estudo andas que te direi quem és (para com o Direito Constitucional)”.
- O método de ensino tem evoluído com a própria ciência, com as variantes em cada Estado.
TIPOS:
a) MÉTODO POSITIVO OU EXEGÉTICO: É o estudo e interpretação da Constituição capítulo por capítulo, artigo por
artigo etc. POSITIVO = CONGELADO.
b) MÉTODO DOGMÁTICO: Premissas: ideologia política, regime de governo, direitos e garantias fundamentais.
c) MÉTODO HISTÓRICO: É o estudo da evolução do texto vigente, levando em consideração as épocas anteriores. É um
método muito usado pelos juristas brasileiros.
d) MÉTODO HERMENÊUTICO: Estudo da Constituição Federal baseado na norma e na visão de mundo do intérprete
levando em consideração o contexto em que se aplica.

10) SISTEMAS CONSTITUCIONAIS: Ao redor do mundo, em virtude da diversidade histórica dos países na
elaboração de seus costumes e na formação de sua vontade política, há diversos sistemas constitucionais ao redor do
mundo. Faremos alusão a alguns deles, os mais relevantes nesta etapa da formação jurídica:
a) Sistema Inglês (Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte): Há a predominância do Costume, sendo que a
Constituição Inglesa é não-escrita e flexível, apesar de existirem algumas normas escritas ainda em vigor, como a Magna
Carta de 1215 e a Lei de Habeas Corpus de 1679. Ainda integram a Constituição Inglesa as decisões judiciais da
Common Law (referentes aos costumes) e da Case Law (referentes às normas produzidas pelo Parlamento).
b) Sistema dos Estados Unidos da América do Norte: Baseia-se na Constituição escrita de 1787, que tem caráter rígido,
na Common Law (direito dos costumes) e no Judicial Review (controle de constitucionalidade).
c) Sistema Francês: Historicamente ligado a revoluções baseia-se em Constituição escrita e o controle de
constitucionalidade das leis é feito por órgão político (Conselho de Estado) e não pelos Tribunais e /ou juízes.
d) Sistema austríaco: Constituição escrita e controle de constitucionalidade por um Tribunal Constitucional.
e) Sistema muçulmano (Irã, Afeganistão, Iraque, Líbano, Egito, etc): Há uma vinculação íntima do direito com a
religião, sendo o Estado servidor da religião revelada. Hoje há uma forte influência e conflito entre tratados internacionais
que garantem direitos humanos e os textos Sagrados como o Corão, o Sharia e os Hadiths. Uma observação se faz ao
Iraque, que hoje é controlado pelos ideais norte-americanos.
f) Sistema soviético (China, Coréia do Norte, Vietnã, Laos e Cuba): Há a desvalorização das normas constitucionais
em face de leis que estiverem de acordo com a sociedade socialista. Não há controle de constitucionalidade das leis, com
intervenção do Partido Comunista na interpretação e aplicação do Direito.

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