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HISTÓRIA/ORIGEM
A Escola Histórica do Direito ou Historicismo Casuístico surgiu no séc. XIX na
Alemanha. Para os pensadores da Escola Histórica como Gustav Hugo, o fundador
(1764-1844) e o maior expoente Friedrich Carl von Savigny (1779-1861) discípulo de
Hugo, o direito era mutável ao longo da história, vivo e consuetudinário. Foi uma
escola do direito que criticou o jus naturalismo racional iluminista do séc. XVII, que
determinava o direito como algo universal, imutável, independentemente do tempo e
espaço, e oriunda da razão humana.
CRÍTICAS
Ao negar que o Direito poderia ser produzido por outras forças que não o “espírito do
povo”, a Escola Histórica do Direito idealizou a formação do Direito. O Direito não é
apenas um produto cultural, mas também um produto de disputas de interesses.
2. ESCOLA HISTÓRICA DE EXEGESE
HISTÓRIA
A Escola da Exegese surgiu no início do século XIX em meio ao caos político e social
da França revolucionária. Nessa época, as diversas trocas de governo no Estado Francês,
principalmente durante o período do Terror, provocaram uma grande desordem no
ordenamento jurídico deste país, o que causava grandes prejuízos aos negócios da classe
social mais favorecida pela Revolução: a burguesia.
Contudo, com a ascenção de Napoleão Bonaparte ao poder, a burguesia patrocinou a
criação de um código civil que consolidou as conquistas burguesas da Revolução e que
trouxe ordem e segurança ao ordenamento jurídico francês.
CRÍTICAS
Na França, o processo de codificação gerou a ilusão de um direito fruto da vontade
do legislador, sendo desnecessário o recurso à história para compreendê-lo. Assim, a
Escola não consegue compreender as ligações entre o direito positivado e a sociedade,
ou, ainda, entre o direito e a história.
De outro modo, essa conceção prendia os juristas aos sentidos já estabelecidos e
considerados corretos para o texto, já que esses sentidos não deveriam mudar com o
tempo. Isto acabava por negar a historicidade do direito e impedir a adaptação das velhas
formas aos novos fatos.
Outra crítica à Escola é dirigida ao seu imperativismo, isto é, ao fato de considerar o
direito como uma ordem produto da vontade de certos homens (no caso, o legislador). O
equívoco dessa visão está em não perceber que o Direito é formado social e
historicamente, ou seja, que o direito positivo só é possível porque conformado às
aspirações sociais, às forças que definem o desenrolar da história, em uma dada época.