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1-Qual é o Âmbito da Teoria Geral do Direito Civil ?

R: O âmbito ou campo de acção da  T.G.D.C é o estudo generalizado das relações


juridico-privadas.

2-Qual é a diferença entre o direito objectivo e o direito subjectivo?


R: Direito objectivo é o conjunto de normas que compõem o ordenamento jurídico de um
país, e estabelecem as regras pelas quais se regem as condutas e as relações humanas no
contexto social.
Direito subjectivo é o direito atribuído a uma pessoa, que dele é titular e pode, por isso,
exigir seu cumprimento.

3- Qual a relação entre o Direito civil e o Direito privado?


R: O Direito Civil constitui o núcleo fundamental de todo o Direito Privado. Em suma, o
Direito engloba todas as normas de Direito Privado, com excepção das do Direito do
Trabalho e Comercial.

4- Segundo uma clássica distinção o Direito divide-se em dois grandes ramos


(Direito público e Direito privado), tendo em conta esta divisão a doutrina
lança a mão três critérios para distinguir o Direito público do privado.
Explique cada um deles ?
R: Os critérios para distinção do Direito público do privado são :

       Critério de Interesse – segundo este estariamos perante uma norma de direito público
quando o fim da norma fosse a tutela do interesse da colectividade, e estariamos
perante uma norma de interesse  privado quando o fim da norma fosse a tutela do
interesse dos paticulares.
OBS :Não devemos concordar com este critério pelo seguinte :
  As normas de Direito público e de Direito privado visam satisfazer simultaneamente
interesses dos particulares e interesses da colectividade;
  As normas e direito privado não se destinam apenas a realização do interesse dos
particulares tendo em vista também frequentemente o interesse público;
  As normas de Direito público para além do Direito público visado, visa tutelar interesse
dos particulares.

       Critério da posição dos sujeitos – Segundo este o Direito público regula relações entre
entidades que estão numa posição de supremacia e subordinação. E o Direito privado
regula relações entre entidades que estão numa  posição de igualdade.
OBS: Não devemos concordar com este critério pelas seguintes razões :
  O Direito público regula por vezes relações entre entidades que estão numa posição de
igualdade…Ex: A relação entre municípios;
  O Direito privado regula também por vezes relações entre entidades que estão numa
posição de supremacia e subordinação.
       Critério da qualidade do  sujeito – Segundo este o direito privado regula as relações
jurídicas estabelecidas entre os particulares e o estado ou outros entes públicos, mas
intervindo o estado ou este outro ente público em vestes particulares, isto é, despido do
seu ius imperium. Ex :
  Quando o estado vai a uma consecionária; quando aluga um imóvel, estamos perante a
uma norma de Direito privado.
  Quando um dos sujeitos da relação disciplinada  for um ente titular de poderes de
autoridade, Estamos perante uma norma de Direito público.

5- Como estão classificadas as fontes do Direito Civil angolano segundo o artigo


1º do Código Civil, e a tradição?

R: Com base no artigo 1ª do código civil as fontes de direito classificam-se em:

1. Fontes imediatas que são as leis e as normas corporativas, entendendo lei no seu


sentido amplo ou seja normas gerais provenientes de órgãos estatais competentes, e
normas corporativas como «regras ditadas pelos organismos representativos das
diferentes categorias morais, culturais, económicas ou profissionais, no domínio das
suas atribuições bem como os respectivos estatutos e regulamentos».
2. Fontes mediatas que são os usos e a equidade cuja força vinculativa provem da lei.

A classificação tradicional as divide em fontes materiais e fontes formais.

1. Fontes materiais: denomina-se por fontes materiais todos os motivos de natureza


éticos ou os factos económicos que estão na origem do surgimento ou  transformação
de normas jurídicas e que são objecto de estudo da filosofia e da sociologia. Eles são
como nos diz Reale o fundamento ético e social da norma jurídica. Como se sabe as leis
estão condicionadas por múltiplos factores que variam e as fazem variar, factores como
a densidade populacional, a geografia dos pais, as questões de índole religiosa… enfim
uma multiplicidade que vão influenciar o aparecimento de uma lei.
2. Fontes formais: nesta classe de fontes enquadram-se as formas de expressão ou
exteriorização do direito, o modo pelo qual elas se tornam conhecidas. É neste
categoria em que colocamos a lei, o costume, a jurisprudência e a doutrina ou ciência
jurídica como fontes do direito.

6- Quais são os diplomas fundamentais do Direito Civil angolano?

R: Os diplomas fundamentais do Direito civil angolano são:


o A Constituição de 5 de fevereiro de 2010 – É o pilar de todo o ordenamento
jurídico, é constituido pelo Direito constitucional…Constam na Constituição princípios
determinantes do conteúdo do Direito civil táis como :
  Art.30º - Direito a vida;
  Art.31º - Direito a integridade pessoal;;
  Art.32º - Direito a identidade, privacidade e intimidade;
  Art.35º - Familia, casamento e filiação;
  Art.37º - Direito de propriedade, requisição e expropriação;
  Art.38º - Direito a livre iniciativa económica;
  Art.47º - Liberdade de reunião e manifestação;
  Art.48º - liberdade de associação.
o Código Civil de  1966 – De acordo com este plano o código civil estgá dividido
em duas partes, uma parte geral e quatro partes especiais e consequentemente composto
por cinco livros…
NB: Parte Geral está composta por :
o Livro – I

  Leis, sua interpretação, aplicação até relações jurídicas.


A parte especial divide-se em quatro livros :
o Livro – II

  Direito das Obrigações ou Direito de crédito.


o Livro – III

  Direito reais ou das coisas.


o Livro – IV

  Direito da familia.
o Livro – V 

  Direito das sucessões.

7- Diga quais são os princípios fundamentais do Direito civil angolano e


explique  cada um deles?

R: Os princípios fundamentais do Direito civil angolano são :


1º Princípio do reconhecimento da pesonalidade jurídica e dos direitos de
personalidade…(Art.66º C.C.) este subdivide-se em :
  Princípio do reconhecimento da personalidade jurídica à todos os seres humanos;
  Princípio do reconhecimento de um ciclo de Direito de personalidade.
2º Princípio da autonomia privada “Art.405º C.C”

    Os efeitos só se produzem na medida em que o Direito os admite ou prevê. Isto porque são
fenómenos criados pelo Direito.

    Este princípio está directamente ligado ao princípio da liberdade contratual, segundo o


qual, é lícito tudo o que não é proibido. A este princípio contrapõe-se o princípio da
competência. Segundo este, só é lícito aquilo que é permitido.

3º Princípio da Responsabilidade civil…(Art.483º C.C)

É quando a lei impõe ao autor de certo facto ou ao beneficiário de certa actividade a


obrigação de reparar os danos causados a outrem por esse facto…A responsabildade civil
actua através do surgimento da obrigação de indeminização.

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