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REPÚ BLICA DE ANGOLA

MINISTÉ RIO DA EDUCAÇÃ O

TEMA: A RELIGIÃO COMO REFÚGIO

CLASSE: 10º

Nome do Aluno: Márcio das Neves Manuel Paulino

Lobito, aos 16, de Março de 2020


ÍNDICE

TEMA: A RELIGIÃO COMO REFÚGIO...................................................................................................................1


ÍNTRODUÇÃO.................................................................................................................................................. 5
II- DESENVOLVIMENTO................................................................................................................................ 6
1- DEFINIÇÃO.................................................................................................................................................. 6
2- A RELIGIÃO NA ANTIGUIDADE................................................................................................................6
3- MAS AFINAL, QUAL É A IMPORTÂNCIA DA RELIGIÃO?........................................................................7
III- CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................................................ 9
IV- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA..............................................................................................................10

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DEDICATÓRIA

Primeiramente dedico este trabalho ao nosso querido Deus, por Ele ter-me dado da sua
maravilhosa sabedoria afim de que eu pudesse concluir com este traballho.

Em segundo lugar, dedico este trabalho a minha querida professora por me ter concedido esta
oportunidade de realizar este trabalho.

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ÍNTRODUÇÃO

O refúgio é um meio ou lugar físico ou mental, pelo qual as pessoas procuram proteger-se de
situações consideradas desagradáveis para elas mesmas, tais como conflito familiar, conflito de idade
ou de interesses materiais e morais. Onde para tal sobretudo na adolescência ou na juventude as
formas usadas para se defender podem ser atitudes negativas ou agressivas, o uso do preconceito, a
crença em alguma coisa ou a dedicação a religião, o que em muitos casos quando não acompanhado
tornar-se prejudicial.

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II- DESENVOLVIMENTO

1- DEFINIÇÃO

O termo religião advém do latim religio que, vulgarmente, significa prestar culto a uma divindade;
é um conjunto de crenças sobre as causas da natureza, a finalidade da vida e do universo. Quando é
considerada como um agente sobrenatural funciona como uma mensagem educativa no âmbito da
solidariedade, perdão, paz e reconciliação, amor ao próximo, respeito ao alheio, fé, não-violência,
tolerância, irmandade, fidelidade, esperança, perseverança, entre muitos outros valores.

Crença: Define-se como um princípio orientador, uma máxima, em relação a uma fé ou paixão por
alguma coisa; proporciona significados e direcções de vida variadas.

O refúgio é um meio ou lugar físico ou mental, pelo qual as pessoas procuram proteger-se de
situações consideradas desagradáveis para elas mesmas, tais como conflito familiar, conflito de idade
ou de interesses materiais e morais.

Os rigores da ciência e da tecnologia desvendam-nos muitas maravilhas e verdades, mas não


podem, como disse certo escritor: "fazer a ligação ao propósito, à intimidade e à emoção—àquilo que
realmente importa no quotidiano das pessoas." As maiores conquistas humanas passam muitas vezes
pela inspiração religiosa.

Grande parte da arte mais refinada do mundo, ao nível da arquitetura, música e literatura
encontra-se revestida pela beleza das aspirações espirituais. Os escritos sagrados são como molduras
éticas que inspiram atos de sacrifício, integridade e amor. A religião fornece às sociedades uma
aspiração moral partilhada, incita ao compromisso social sem a compulsão legal, incentiva ao
cumprimento voluntário da lei e recorda-nos da nossa dignidade inata. A crença na Deidade motiva as
pessoas a ultrapassarem o desespero da morte e transforma o sofrimento em algo bom. 

Os valores da sociedade estão enraizados nos trilhos da religião. As nossas aspirações modernas
relativamente aos direitos humanos, ao altruísmo e à ajuda humanitária, têm precedentes religiosos.
Por detrás dos esforços de alimentar os pobres, dar teto aos sem-abrigo e cuidar dos enfermos,
encontra-se quase sempre um ministério religioso.

A confiança nos nossos alicerces cívicos depende das disciplinas espirituais da honestidade,
empatia e reciprocidade. Todos beneficiam quando vivemos à altura destes ideais. O jornalista secular
Will Saletan escreveu: "A religião é o veículo por meio do qual a maioria das pessoas aprende e pratica
a moralidade. Em última instância, é nossa aliada.”

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A religião é um refugio na medida em que o homem, depois de caminhar em trilhos dolorosos e
cometer grandes pecados na sua vida, procura o caminho límpido para a sua salvação. Este caminho é
Jesus e constate-se que é o único amigo com quem podemos realmente contar. As pessoas encontram
em Deus e na religião um meio de as levarem à paz.

2- A RELIGIÃO NA ANTIGUIDADE
Se analisarmos a história das antigas civilizações, como o Egipto, China, Grécia e Roma,
percebemos que estas eram politeístas, ou seja, possuíam vários deuses que eram temidos pelos seus
adoradores; estes esforçavam-se para não os ofender ou irritar, devido ao medo que tinham em ser
punidos. Sacerdotes, especialmente treinados para interpretar a vontade divina, ensinavam ao povo
como viver conforme a vontade dos deuses e, também, como homenageá-los. Esta actividade permitia
que os sacerdotes obtivessem um grande poder.

Hoje em dia, as pessoas de todas as partes do mundo encontram refúgio em Deus e na fé das suas
comunidades. Oitenta e quatro porcento da população mundial identifica-se com determinado grupo
religioso. O mundo não está a afundar-se na descrença, pois essa crença está a tornar-se mais rica,
pluralista e complexa. Somos todos mordomos da sociedade e as nossas escolhas determinam aquilo
em que nos tornamos. O trilho da religião deve ser cultivado e nutrido constantemente. Nenhum
jardim consegue cuidar de si próprio. 

3- MAS AFINAL, QUAL É A IMPORTÂNCIA DA RELIGIÃO?

“A fé capacita-nos para ver o invisível, abraçar o impossível, e dá esperança no incrível." – Samuel Rodriguez 

O nosso mundo moderno oferece-nos mais opções e possibilidades do que nunca antes. A ciência e
a tecnologia ampliam continuamente o nosso conhecimento, e a diversidade de visões religiosas no
mundo continua a crescer. Os nossos horizontes parecem estender-se mais longe e mais rápido do que
nós somos capazes de assimilar. Mas, no final, continuamos a ser as mesmas criaturas espirituais. Ao
longo das nossas viagens o anseio interior perdura.

As religiões partilham uma visão comum: há algo de incompleto sobre nós. E assim ansiamos pela
plenitude. Se cada pergunta tivesse uma resposta pronta, não seriam necessárias as orações. Se toda a
dor tivesse uma cura fácil, não haveria sede de salvação. Se cada perda fosse restaurada, não haveria
desejo de alcançar o céu. Enquanto estas necessidades permanecerem, também permanecerá a
religião. É uma parte natural da vida. Ser humano significa experimentar a incerteza, o sofrimento e a
morte. A religião, no entanto, é uma escola para fazer com que o caos faça sentido, é um hospital para
curar as feridas invisíveis, uma tábua de salvação que nos dá uma segunda hipótese.
Acerca deste ponto, o Rabi David Wolpe ensinou que a religião "tem a capacidade de penetrar num
mundo onde existe grande dor, sofrimento e perda, e trazer à tona significado, propósito e paz. "

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Embora a religião atenda a essas necessidades, não foi criada por causa delas. A religião não é apenas
uma resposta ao sofrimento humano. É transcendente ao ser humano, ela provém de uma fonte
superior. A história mostra que homens e mulheres, nos bons e nos maus momentos, buscam a
verdade fora de si mesmos, bem como dentro de si. E seguem as respostas que recebem.
Além disso, a religião é a reunião de pessoas únicas numa comunidade de crentes. Mas se a religião
ganhar o coração de apenas uma só pessoa, não consegue sustentar a comunidade. As experiências
espirituais de cada indivíduo podem ser tão diferentes quanto os próprios indivíduos. Por "vermos
através de um vidro escuro,"  a maioria das coisas na vida desce até à fé. Em última análise, em todos
os momentos de procura do divino, é o indivíduo que filtra os detalhes, pesa a evidência, e decide
sobre os assuntos de maior importância.” Esta disputa é o processo da fé. Ludwig Wittgenstein
escreveu: "Crer em Deus significa ver que os factos do mundo não são o fim da questão." 

A vida humana é sobre significados. A nossa natureza leva-nos a perguntas do foro espiritual e do
propósito da vida. A Religião oferece um espaço onde as respostas e os significados podem ser
procurados, encontrados e finalizados. Essa ligação entre a religião e o propósito continua até hoje.
Quer se trate de estilos de vida saudáveis, de confiança social ou de doações de caridade, as ciências
sociais atestam acerca de uma infinidade de formas em que religião beneficia os indivíduos. De acordo
com um estudo recente, por exemplo, "aqueles que demonstram estar confiantes na existência de
Deus revelam possuir um maior sentido do seu propósito.” 

Isto é particularmente relevante hoje em dia. O nosso encontro com a vida moderna muitas vezes é
um flash de imagens que brilham e desaparecem - tão rico à superfície, tão negligenciado nos
alicerces. Mas a religião e a espiritualidade inspiram a escavações mais profundas e ligam-nos aos
fundamentos morais que sustentam o melhor da nossa humanidade partilhada.

Ao longo da sua vida, Will Durant, um historiador de ideias e de culturas, ficou maravilhado com o
poder da fé religiosa. Ele próprio, no entanto, não tinha nenhuma crença definitiva a respeito de Deus.
No final da sua vida de aprendizagem e de observação, voltou a sua atenção para o significado da
igreja. Nas suas reflexões, demostrou que mesmo uma pessoa agnóstica pode sentir o apelo
permanente da religião quando perante o desconhecido:
“Estes pináculos das igrejas, apontando para o alto em todos os lugares, ignorando o desespero e
promovendo a esperança, estas torres altas da cidade, ou simples capelas nas colinas - sobem a cada
passo da Terra para o céu, em todas as aldeias de todas as nações, desafiando a dúvida e convidando
os corações cansados para serem consolados. Será tudo uma vã desilusão? Não há nada além da vida,
a não ser a morte, e nada além da morte, a não ser a decadência? Não podemos saber. Mas enquanto o
homem sofrer, estes pináculos permanecerão.”

Instituições e ideias florescerão enquanto satisfazerem as necessidades reais e duradouras. Caso


contrário, tenderão a morrer de “causas naturais”. Mas a religião não morreu. Na década de 1830, ao
escrever num momento, em que o seu país natal, a França, estava a desligar-se da religião, Alexis de
Tocqueville escreveu que "a alma tem necessidades que devem ser satisfeitas."Ele provou estar
correto. Ao longo dos séculos, as tentativas de silenciar estas necessidades falharam. A Religião
fornece a estrutura para esse anseio, e as igrejas são a casa da família da fé.

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Apesar de serem construídas de madeira, pedra e aço, as igrejas representam algo profundo da
alma humana, algo que almejamos descobrir. Mais do que qualquer coisa feita pelo homem, a religião
dá sentido e forma à busca individual pelo significado.

III- CONSIDERAÇÕES FINAIS

No entanto, pertencer a uma sociedade e desfrutar dos seus benefícios é um "pau de dois gumes" —
repleto de deveres para com os outros e de direitos para connosco. Por alguma razão esta sabedoria
antiga, que cruza épocas e culturas, é conhecida como a "Regra de Ouro". “Faz aos outros o que
gostarias que te fizessem a ti” é a base da moralidade cívica. Religiosos e seculares concordam que esta
obrigação mútua expõe uma verdade relativa à dignidade inerente a cada indivíduo e à consciência
moral que orienta as nossas escolhas. Enquanto os seres humanos continuarem a organizar-se em
sociedades, a trabalharem as suas diferenças e a dependerem da boa vontade uns dos outros, o sal da
religião desempenhará um papel importante na preservação do que é bom. 

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IV- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

1. Samuel Rodriguez, “Religious Liberty and Complacent Christianity,” (“A Liberdade


Religiosa e o Cristianismo Complacente)," The Christian Post, 10 de setembro, 2013.

2. “Why Faith Matters: Rabbi David J. Wolpe (A Importância da Religião: Rabbi David J.
Wolpe) palestra proferida na Universidade de Emory, 21 de outubro, 2008.

3. 1 Coríntios 13:12.

4. Ludwig Wittgenstein, estrato do diário pessoal (8 de Julho, 1916). P.74e

5. Stephen Cranney, “Do People Who Believe in God Report More Meaning in Their Lives?
The Existential Effects of Belief,”(“As pessoas que acreditam em Deus revelam possuir um
maior sentido do propósito das suas vidas? Os efeitos existenciais da crença”), Jornal para o
Estudo Científico da Religião, 4 de setembro, 2013.

6. Will e Ariel Durant, Dual Autobiography (NovaYork: Simon & Schuster, 1977).

7.  Alexis de Tocqueville, Democracy in America (Chicago, Illinois: University of Chicago


Press, 2000), 510.

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