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Bem, é de nossa unanimidade que África atravessou um longo período de controvérsias, tendo
sofrido de certa forma um ciclo escravagista em quase todo o seu território. Em consequência deste
processo desastroso, houve realmente uma grande perda no continente, desde o ponto económico,
político, social e demográfico. Até então, os seus países começaram a se revoltar contra os opressores
coloniais, isto é, da década de 60 até 90.
a) Descrever
CAPÍTULO I: INTEGRAÇÃO REGIONAL
A palavra “integração”, etimologicamente deriva do Latim “integrare” que significa “tornar
inteiro”. Em outras palavras, significa “junção de várias partes num todo”.
A integração internacional, é simultaneamente, uma técnica, um processo e uma situação com
que se tem em vista substituir unidades independentes, existentes na sociedade internacional
fraccionada, por blocos ou unidades mais ou menos amplas. Este conceito, nos remete ao conceito de
integração regional que definimo-lo como o processo mediante o qual determinados Estados
pertencentes a mesma região, firmam os seus interesses mediante um acordo (constitutivo), criando
uma organização para prosseguir os seus respectivos objectivos.
1. PRESSUPOSTOS DA INTEGRAÇÃO REGIONAL
A integração segundo Giles Cistac pode ser entendida em dois sentidos: no sentido económico
(integração económica) e no sentido jurídico (integração jurídica).
1.1. INTEGRAÇÃO ECONÓMICA
A integração económica consiste na união das economias de dois ou mais países em uma região
económica mais vasta que ultrapassa as fronteiras nacionais. Este processo consiste na eliminação de
barreiras quanto a livre circulação de bens e serviços. Já, para Bela Balassa, a integração económica é
o processo que implica medidas a abolição de discriminações entre medidas económicas de diferentes
Estados. A integração económica pode assumir diversas formas. Que são: zona de comércio livre,
mercado comum, união aduaneira, união económica e integração económica total.
Economia de escala;
Criação ou desenvolvimento de actividades dificilmente compatíveis com a dimensão nacional;
Formulação coerente e rigorosa das políticas económicas;
Transformação das estruturas económicas e sociais;
Reforço da capacidade de negociação;
Aceitação do ritmo de desenvolvimento;
Atenuação dos problemas da balança de pagamentos;
Intensificação da concorrência.
1.2.1. A SUPRANACIONALIDADE
A supranacionalidade é o corolário da integração; como ensinam muito bem alguns autores:
“As funções de integração pressupõem que uma entidade não estatal assegura concorrentemente ou
paralelamente aos Estados membros actividades de que estes últimos têm tradicionalmente o
monopólio (funções quasi-legislativas, executivas e jurisdicionais) ”. Os poderes supranacionais, são
poderes atribuídos à organização internacional pelo seu próprio estatuto que confere aos órgãos
competentes, o poder de tomar decisões que obrigam aos Estados membros da organização e os seus
sujeitos de direito interno directamente, sem o consentimento dos Estados membros. É isto, que
confere verdadeiramente a este tipo de organizações internacionais, um carácter “supranacional” e uma
certa primazia em relação aos Estados membros.
A integração implica uma estratégia global incluindo não só estratégias económicas, políticas e
normas éticas (nomeadamente, as que dizem respeito à luta contra a corrupção), mas também, a
modernização e adaptação do Direito Comercial, bem comoa reabilitação da justiça e a “segurização”
dos justiciáveis. Por outras palavras, trata-se de implementar uma verdadeira “estratégia jurídica e
judiciária”. Nesta perspectiva, a segurança jurídica e a previsibilidade, são apresentadas como valores
essenciais, a fim de favorecer o crescimento das actividades económicas e a promoção de
investimentos.
A HARMONIZAÇÃO JURÍDICA
A harmonização jurídica consiste em eliminar as diferenças entre as respectivas legislações,
aproximando-as. Esta abordagem visa a redução das disparidades existentes, entre as diversas
legislações dos países membros de uma organização. Neste processo, os Estados continuam a ter um
papel activo.
A UNIFORMIZAÇÃO JURÍDICA
A uniformização jurídica é um método mais radical do que a harmonização jurídica, e consiste
em “redigir e aplicar os textos nos mesmos termos e condições de um país para o outro. Ela visa
produzir a “identidade jurídica”; como escrevem os autores do Vocabulaire e Juridique (citados por
Giles Cistac), esta técnica visa à “Modificação da legislação de dois ou mais países para instaurar
numa matéria jurídica dada uma regulamentação idêntica”. Visto desta forma, a integração jurídica
realiza-se pela criação de um corpo de Direito directamente aplicável aos Estados membros da
organização e os seus nacionais.
A INTEGRAÇÃO JURÍDICA PELA VIA DE CONVENÇÕES INTERNACIONAIS
A integração jurídica pela via de convenções internacionais não deve ser negligenciada, mas ela
induz por natureza a alguns limites, nomeadamente, a de se sujeitar ao Direito Internacional Público.
Em todo caso, a implementação de um processo de harmonização e de uniformização, apenas pode se
realizar se os Estados membros consentirem as necessárias transferências de competências, isto é, os
necessários abandonos de soberania a favor dos órgãos da integração económica
CAPITULO II - SADC
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Durante muitos anos, a África esteve subjugada pela colonização europeia, onde estes
enraizaram os seus regimes, explorando e empobrecendo os africanos. Mediante tais actos houve maior
necessidade de a África revidar e fazer frente ao seu destino, por meio das suas ferramentas de
combate (o Pan-africanismo, a Negritude, a Filosofia de Libertação e Étno-filosofia) e como
consequência, muitos Estados africanos começaram a se tornar independente e simultaneamente o
surgimento de vários blocos regionais (CDAO e SADC). Porém, abordaremos propriamente da
Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
A SADC, não surgiu de um dia para outro como ideia sólida de integração regional para os
países da África Subsaariana, ela é consequência dos países da Linha da Frente e da SADCC, que de
forma positiva contribuíram para afirmação da autonomia dos seus estados.
A comunidade de desenvolvimento da África Austral ´´SADC´´ desenvolve os seus projectos e
estratégias dentro dos Estados membros através dos seus comités nacionais.
Os países membros somam uma população de quase 210 milhões de pessoas e um PIB de
aproximadamente 471 bilhões de dólares, valor importante, especialmente levando-se em conta as
economias dos países vizinhos.
3. OS OBJECTIVOS DA OHADA
O preâmbulo do Tratado OHADA, bem como os seus artigos 1 e 2, expõem em termos
genéricos o seu objecto e domínio. Nos termos do artigo 1º «o presente tratado tem por objecto a
harmonização do direito dos negócios:
- Através da elaboração e adopção de regras comuns simples, modernas e adaptadas à realidade
das suas economias;
- Pela aplicação dos procedimentos judiciais apropriados;
-Pelo encorajamento do recurso à arbitragem pela regulamentação de disputas contratuais.»
- No que toca ao artigo 2º, este enumera as matérias que serão integradas no domínio do
Tratado e sobre cuja regulamentação a harmonização deverá incidir.
A OHADA entra no espectro de uma visão mais global de «integração africana» através de
uma «uma união económica e de um grande mercado comum». Este objectivo global não pode ser
alcançado numa situação de crise económica generalizada caracterizada pela retracção dos
investimentos externos ao longo da década de oitenta; desde logo, foi necessário melhorar e
racionalizar o ambiente jurídico das empresas com o propósito de tornar os mercados africanos mais
atractivos através da redução, ou mesmo exclusão, da insegurança jurídica e judiciária. Por outro lado,
«a África, como a maior parte dos países, está preocupada com a internacionalização da economia.
Como consequência, é necessária a integração regional contando, em todo o lado, com os mesmos
direitos das sociedades, o que facilita particularmente os investimentos.» A África não pode escapar ao
fenómeno da internacionalização, o que implica uma adaptação contínua das regras que regem as
actividades económicas.
4. OS ESTADOS MEMBROS
Nos termos do disposto no artigo 53º do Tratado OHADA, a adesão a esta nova organização é
aberta a todos os estados membros da União Africana (UA) e a todos os estados não membros da UA
convidados à adesão por comum acordo de todos os estados membros da OHADA. Esta ampla
abertura sugere que a adesão à OHADA está aberta a estados não africanos. Esta amplitude é boa
porque, por um lado, no quadro da construção dos espaços económicos, os estados poderão aderir à
mesma, mesmo que não sejam membros da União Africana e por outro lado, mesmo que estes não
estejam situados no continente africano; no entanto, não é facilmente concebível que estados não
situados em África adiram à OHADA, pelo que deveremos entender que esta abertura é para estados
africanos que não sejam membros da União Africana.
O número de estados membros da OHADA vai aumentar com os anos, ou mesmo nos meses
que se seguem, uma vez que a República Democrática do Congo iniciou o seu processo de adesão a
curto prazo e São Tomé e Príncipe anunciou a sua adesão próxima. Por último, também Madagáscar e
Gana mostraram interesse na OHADA. A adesão de um novo estado será feita nas condições previstas
pelo Tratado e seguindo o procedimento previsto pela respectiva constituição; de facto, algumas
constituições nacionais prevêem a intervenção do Parlamento nacional que deverá autorizar a adesão.
Há igualmente que notar que a OHADA não está reservada aos estados francófonos; já um estado
espanófilo e um lusófono são membros, juntamente com os Camarões, um estado membro da
OHADA que é um país bilingue. Alguns países anglófonos, nomeadamente o Gana, manifestaram
interesse na OHADA. Para favorecer a adesão de estados não francófonos, a conferência de Chefes de
Estado e do Governo da OHADA, reunida no Quebeque a 17 de Outubro de 2008, levou a cabo a
revisão dos tratado e introduziu uma disposição nos termos da qual: «as línguas de trabalho na
OHADA são: o Francês, o Inglês, o Espanhol e o Português». Apesar disso, os documentos da
OHADA serão traduzidos mas é a versão francesa que faz fé em caso de divergência entre elas.
O cruzamento entre o número e a diversidade de Estados membros da OHADA fará desta
organização o verdadeiro motor da integração jurídica africana.
Do ponto de vista formal, o Tratado é constituído por 63 artigos repartidos entre IX títulos. O
dispositivo jurídico por este inaugurado é de uma simplicidade impressionante.
No preâmbulo os Chefes de Estado e de delegação reiteraram a sua determinação em realizar
progressivamente a integração económica dos seus estados, o que pressupõe a instituição e a aplicação
de um direito dos negócios harmonizado a fim de garantir a segurança jurídica dos investidores. Para
além disso, o artigo 2º do Tratado determina o seu objecto e os domínios que relevam do direito dos
negócios. O Tratado apresenta igualmente instrumentos pelos quais se realizará a integração jurídica
(Actos Uniformes) e os órgãos encarregues de supervisionar a instituição do projecto, de controlar a
aplicação dos actos e de tornar comum o direito harmonizado.
Comparado com os outros Tratados do mesmo género, o «Tratado OHADA» apresenta
numerosas especificidades:
- Tem em vista uma «unificação progressiva e geral das legislações» dos estados membros;
- A unificação pretendida é muito ampla, uma vez que respeita a «todos os sectores da vida dos
negócios à escala continental»;
- A legislação comunitária prevista pelo Tratado tem em vista a aplicação com carácter
supranacional «reforçado» na medida em que esta é obrigatória, revogatória ou directamente aplicável
a todos os estados membros;
- Originalidade também no que toca aos «meios e métodos adoptados» para acorrer aos
objectivos prosseguidos.
Paradoxalmente, alguns países, por compromissos bilaterais assumidos, ainda preferem ou são
forçados a importar produtos vindos de outros continentes, como condições impostas na obtenção de
facilidades de linhas de financiamento para programas nacionais. A declaração da secretária nacional
da SADC, Beatriz Morais, segundo a qual o processo de integração regional está em fase ainda
embrionária, veio provar que a organização não tinha, de facto, avançado, 29 anos depois da sua
criação.
Se calhar a solução passava pela sugestão do ministro angolano das Relações Exteriores,
Georges Chikoti, que defende o aumento das contribuições dos estados membros, para implementar
programas realistas e funcionais. Mas esta proposta era capaz de provocar o abandono da sala por
algumas delegações, numa fase em que quase todos se queixam da escassez de recursos financeiros
antes da crise económica internacional, que forçou já alguns países a rever, por baixo, os seus
orçamentos gerais.
O programa indicativo de desenvolvimento regional revisto 2015/2020 espera-se que seja mais
equilibrado, para que, 29 anos depois da fundação da SADC, se inicie a implementação da zona de
comércio livre, que é a primeira fase, onde se prevê a liberalização dos mercados do comércio e depois
de serviços. Há que caminhar. Às vezes até devagar, mas seguro.
A leitura do Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional (a seguir designada pela sua
sigla inglesa RISDP), que estabelece os objectivos e as prioridades nos domínios de intervenção da
SADC até 2019, permite concluir que a visão que foi consagrada é apenas uma visão “economicista”
da integração e facto relevante, é apenas o termo “Economic Integration, que é definido no Glossário
que acompanha o referido Plano quando se trata de definir o processo de integração como se existisse
apenas uma única dimensão da integração. Por outras palavras, é uma visão unilateralista que foi
consagrada pelos autores do Plano Estratégico negligenciando outros aspectos, não menos importantes
do processo de integração. Nesta visão, as prioridades consagradas pelo Plano, são essencialmente -
senão exclusivamente económicas - (harmonizar as políticas macro-económicas64, prosseguir a
estabilidade e a convergência macroeconómica, das políticas fiscais e monetárias66) e financeiras
(liberdade de circulação dos capitais, liberalização do sector bancário e dos mercados financeiros67);
como afirma o próprio RISDP
RELEVÂNCIA JURÍDICA
A relevância jurídica da SADC consiste no seu poder de Supra-nacionalidade, sendo uma
organização não na estatal, que confere atribuições e competências aos estados membros de cumprir
com o seu programa, por possuir um conjunto de funções como: Legislativa, Executiva e Jurisdicional,
resultante do seu próprio estatuto, que o torna regente∕regulador da região, implicando a limitação da
soberania dos Estados membros. Nesta senda a SADC delibera as suas tarefas na Cimeira dos chefes
de Estados de governo, que é, o órgão supremo na tomada de decisões da mesma, responsável pela
avaliação da direcção e do controlo de políticas da organização.
Para a SADC a integração regional implica uma estratégia global incluindo não só estratégias
económicas, políticas e normas éticas (nomeadamente a luta contra a corrupção), mas também a
modernização e adaptação do Direito Comercial, bem como a reabilitação da justiça, isto é, ´´ de uma
justiça credível, equitativa, capaz de dizer o direito com competência e de segurizar os justiciáveis ``.
Nesta óptica a criação de uma jurisdição supranacional pode contribuir para a promoção da segurança
judiciária, como é o caso, do sistema da Organisation pour l´Harmonisation en Afrque du Droit des
Affaires (OHADA), a fim de favorecer o crescimento das actividades económicas e a promoção de
investimentos na região.
CONCLUSÃO
Tratando da conclusão do tema em apreço de forma humilde, somos por este meio dizer que
não é coisa fácil por causa da complexidade do mesmo. Mas não nos tira o crédito de apresentarmos o
nosso parecer a respeito.
A SADC e a OHADA são duas organizações épicas e diferentes desde a sua natureza e
operacionalidade, dos seus actores e regiões onde vigam e fins a atingir.
A SADC está simplesmente virada para os Estados da África Subsaariana em duas vertentes
estratégicas da sua razão de ser:
a. Promover o desenvolvimento sustentável na região, na perspectiva de combater a fome
e a pobreza, criar programas que permitem um intercâmbio cultural, económico (ZCL),
tecnológico etc.
b. Promover e defender a paz e segurança regional, criando uma força militar e
militarizada de interposição.
A SADC está directamente ligada aos seus estados-membros através dos seus comités
nacionais implantados nos seus territórios sobre os quais manifesta ou executa as suas actividades, na
vertente da harmonização jurídica tida como um dos factores de sucesso para esta organização.
A SADC nos apresenta uma integração regional formal e material de uma forma clara, basta
olharmos para o seu percurso histórico e nos factores geopolíticos, geoestratégicos e geoeconómicos,
que é um ganho significativo na região. A mesma tem sido alvo de muitos boicotes e censuras por não
responder de forma eficaz as metas por si estabelecidas. Ainda a quem ousa apelida-la de um projecto
sem pernas para andar.
O tratado da OHADA está aberto a todos os Estados, sejam eles ou não membros da
Organização da Unidade Africana, criada com o objectivo de fomentar o desenvolvimento económico
em África Ocidental e Central, criando um melhor clima favorável de forma a atrair investimentos.
. O objectivo declarado da iniciativa é facilitar e encorajar o investimento doméstico e
estrangeiro nos Estados membros, baseando - se principalmente em um modelo jurídico francês
modernizado para atingir seus objectivos por meio de um ato uniforme que é a recordação de todas as
normas jurídicas relevantes e necessárias para facilitar os negócios nos Estados-Membros. A OHADA
inclui nove Actos Uniformes validados: Direito Comercial Geral, Sociedades Comerciais e Grupos de
Interesse Económico, Lei de Transacções Garantidas, Lei de Resolução de Dívidas, Lei de Insolvência,
Lei de Arbitragem, Harmonização da Contabilidade Corporativa, Contratos de Transporte de
Mercadorias, Sociedades Cooperativas Lei. Dois actos uniformes (arbitragem e contabilidade) estão
sendo revisados.
A insegurança jurídica deve-se ao facto de que muitos dos textos aplicáveis ao direito dos
negócios são antigos;
A insegurança judiciária é também a consequência da insuficiente formação de magistrados e
de auxiliares de justiça por um lado em matéria económica e financeira e por outro lado da escassez de
recursos humanos e materiais de que as jurisdições são geralmente dotadas.
A SADC & OHADA NOS DIAS DE HOJE
A OHADA é um sistema de legislação corporativa e instituições implementadoras adoptado
por dezassete nações (Estados) da África Ocidental e Central em 1993 em Port Louis, Maurício. A
OHADA é a sigla em francês para; Organization pourl apos ;harmonisatio en Afrique du droit des
affaires, que se traduz em inglês como Organização para a Harmonização do Direito Societário em
África;.
O Tratado OHADA é composto hoje por 17 Estados africanos. Inicialmente, catorze países africanos
assinaram o tratado, com dois países (Comores e Guiné ) aderindo posteriormente ao tratado e um
terceiro (a República Democrática do Congo) aderiu em 12 de Setembro de 2012. O Tratado está
aberto a todos os Estados, sejam eles ou não membros da Organização da Unidade Africana. OHADA
foi criada com o objectivo de fomentar o desenvolvimento económico em África Ocidental e Central,
criando um melhor clima de investimento de forma a atrair investimentos em um mercado consumidor
de 225 milhões
Como uma iniciativa da África Ocidental e Central para harmonizar as leis de negócios e
instituições implementadoras, a OHADA visa encontrar soluções alternativas para a falta de
crescimento económico na África Subsaariana – uma região que desafia e confunde economistas do
desenvolvimento há várias décadas. O objectivo declarado da iniciativa é facilitar e encorajar o
investimento doméstico e estrangeiro nos Estados membros, e como a maioria dos países participantes
são ex – colónias francesas , eles baseiam - se principalmente em um modelo jurídico francês
modernizado para atingir seus objectivos. As leis promulgadas pela OHADA são exclusivamente
comerciais. O tratado OHADA criou um tribunal supranacional (Tribunal Comum de Justiça e
Arbitragem da Organização para a Harmonização em África do Direito Empresarial) para garantir a
uniformidade e interpretações jurídicas consistentes em todos os países membros, e a influência
francesa nos processos judiciais é aparente.
A ferramenta mais crítica para a integração legal é o Acto Uniforme. Um ato uniforme é a
recordação de todas as normas jurídicas relevantes necessárias para facilitar os negócios nos Estados-
Membros. A partir de hoje, OHADA inclui nove Actos Uniformes validados: Direito Comercial Geral,
Sociedades Comerciais e Grupos de Interesse Económico, Lei de Transacções Garantidas, Lei de
Resolução de Dívidas, Lei de Insolvência, Lei de Arbitragem, Harmonização da Contabilidade
Corporativa, Contratos de Transporte de Mercadorias, Sociedades Cooperativas Lei. Dois actos
uniformes (arbitragem e contabilidade) estão sendo revisados.