Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1.3 – Objecto
Tem como objecto a ordenação (regulação) jurídica específica da organização e
direcção da actividade económica pelos poderes públicos ou privados e os sujeitos
económicos.
É o único ramo de direito que disciplina a actividade económica no seu conjunto.
(estuda o enquadramento jurídico do circuito económico, os sujeitos do processo
económico e os aspectos de produção e distribuição).
1.4 – Autonomia
A autonomia desta cadeira será analisada em dois prismas: Autonomia Científica e
Autonomia Jurídica ou Formal.
Autonomia científica: tem método próprio, objecto, conteúdo, função e fim
Função própria: Ordenar e regular a actividade económica no seu conjunto
Fim próprio: Garantir a satisfação do interesse económico geral.
Conteúdo próprio: Conjunto de normas específicas às áreas a ser reguladas.
Autonomia jurídica ou formal: tem normas próprias e diferentes de outros ramos de
direito. Mesmo quando o direito económico regula matérias já tratadas por outros ramos
de direito, o faz de uma forma diferente.
Porém, esta autonomia não pode ser vista em termos absoluto, visto que o D. E,
mantém ligação ou relação com outros ramos de direito, nomeadamente o Direito
Constitucional, o Direito Administrativo, Direito do Trabalho, Direito Comercial, Direito
Agrário, Direito Patrimonial, entre outros.
1.5 - Relação entre Direito Económico e a Economia
Algumas questões que, aos olhos do senso comum, são marcadamente económicas
como, por exemplo, as ligadas ao circuito económico (produção, circulação, distribuição,
consumo) são providas de importantes dimensões jurídicas (regulação das relações de
trabalho, do mercado, das trocas e da moeda, regime jurídico de tributação, direitos dos
consumidores, etc.).
Por outro lado, a produção de normas de direito, a sua aplicação, interpretação, bem
como a resolução de litígios por meio de processos e decisões judiciais, (aspectos
predominantemente jurídicos), contêm, eles também, inequívocas dimensões
económicas.
Desta forma, o Direito surge como uma instância reguladora, dotada de uma
racionalidade irredutível à pura racionalidade económica.
Na realidade, o Direito Económico como disciplina jurídica e não económica, assente em
valores não apenas de carácter económico, mas de outros interesses não
especificamente económicos. Neste sentido, a Economia, nas suas diversas
componentes, surge como ciência auxiliar por excelência do Direito Económico.
A evolução económica e tecnológica influenciam profundamente o Direito (em particular
o Direito Económico), obrigando-o a um processo de continua adaptação sendo assim
impensável uma compreensão jurídica dos fenómenos económicos.
1.6 – Características
O Direito Económico é um ramo de direito recente, fluido, dinâmico, não codificado,
não neutro e misto. Vide pag. 4 dos apontamentos dos Drs. Rui Cafoia e Gabriel
Saquenha.
É ainda um ramo de direito disperso e em formação.
Fontes Internas
Fontes Internacionais