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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE ADMINISTRAÇÃO E HUMANAS

ECONOMIA
A RELAÇÃO QUE EXISTE ENTRE A ECONOMIA E O DIREITO,
PARA O FORTALECIMENTO DAS QUESTÕES
SOCIOECONÓMICAS DE UM PAÍS

LUANDA 2023
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE ADMINISTRAÇÃO E HUMANAS

ECONOMIA
A RELAÇÃO QUE EXISTE ENTRE A ECONOMIA E O DIREITO,
PARA O FORTALECIMENTO DAS QUESTÕES
SOCIOECONÓMICAS DE UM PAÍS

Nome: Adilson de Sousa Gaspar


Sala: 1.1
Período: Noturno
Processo: 170168
Curso: Direito
Frequência: 1º Ano

O Docente
____________________
Dr. Sapalo Cuangana

LUANDA 2023
Índice
Introdução ........................................................................................................................ 1
Relação entre economia e direito ................................................................................... 2
As agências reguladoras no sistema econômico.......................................................... 2
Direito aplicado no mercado ........................................................................................... 3
Direito do trabalho ........................................................................................................... 3
Direito administrativo ...................................................................................................... 3
Direito comercial.............................................................................................................. 4
Direito civil ....................................................................................................................... 6
CONCLUSÃO: ................................................................................................................ 10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................ 11
Introdução

Enquanto o direito busca analisar estatutos como justiça e equidade, a economia é


o conjunto de atividades desenvolvidas pelos homens visando a produção,
distribuição e o consumo de bens e serviços necessários à sobrevivência e à
qualidade de vida.

Relacionado ao desenvolvimento econômico, temos o crescimento da procura por


auxílio jurídico e o interesse do mercado em geral pela área.

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Relação entre economia e direito

A relação das duas áreas existe desde os primórdios da sociedade. Porém foi a
partir de Adam Smith, um filósofo e economista britânico, do século XVIII que a
relação começou a ser estudada de forma sistemática.

Adam criou a teoria da Mão Invisível do Mercado, ideia de que o próprio mercado
iria gerar seu equilíbrio entre oferta e procura de bens e serviços, pois pessoas
buscando um objetivo que beneficiam a si próprias poderiam promover a
maximização do bem estar geral, mesmo que sem ter essa intenção, devido ao
fato de ofertarem seu produto, o qual julgam ser de maior valor, criando
concorrência que beneficia a sociedade em geral.

Porém para que o indivíduo possa realizar a troca mercantil é necessário a


condição de sujeito de direito para que possa ingressar no cenário mercadológico.
Nesse momento podemos enxergar claramente a relação de direito e economia,
pois pessoas físicas e jurídicas, contam com direitos que são assegurados pela
lei, assim como também têm obrigações às quais não podem fugir independente
do sistema econômico do qual estão inseridos.

As agências reguladoras no sistema econômico

Na década de 80 porém, através do pensamento neoliberalista foi constatado a


necessidade de regulamentar os serviços prestados pelas empresas ao
consumidor, visto que mesmo existindo a livre concorrência, há fatores que não
são resolvidos de forma natural.

Visto também o oligopólio de certas áreas, e monopólio de grandes empresas foi


necessário o governo intervir através da criação de agências reguladoras, que
visam a manutenção de bons serviços e resolução de problemas entre empresa e
consumidor, das quais não são resolvidos na relação direta.

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Porém tal intervenção do estado deveria ser mínima, apenas para atuar
garantindo a saúde do sistema e salvar o mercado de eventuais crises
econômicas.

Cada agência tem poderes delimitados por lei e sua atuação passa por diversas
áreas, como fiscalização, regulamentação, regulação, arbitragem e também
mediação. Porém para possuam estes poderes, quando criadas, as agências são
providas de personalidade jurídica de direito público.

Direito aplicado no mercado

Dentre as áreas ligadas diretamente ao direito podemos citar:

Direito do trabalho

O principal fator de produção econômico, se relaciona com o direito através da


implantação de normas jurídicas que protegem o indivíduo no meio de produção,
entre diversos pontos podemos observar a remuneração e salário, que na
economia, são formas de pagamento pelo serviço prestado. E também a garantia
constitucional de boas condições de trabalho.

Direito administrativo

“Direito Administrativo é o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos,
agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública,
a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a
consecução de seus fins, de natureza pública”.(Di Pietro, 2000, p. 52)

Esta ramificação do direito se relaciona com a economia no que diz respeito ao


conteúdo econômico da norma de Direito Administrativo como: regulamentação da
licitação para buscar o menor preço, determinações do Banco Central em relação

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à política de ingresso de dólar no País, criação de empresas públicas e
sociedades de economia mista.

Fontes do Direito administrativo

São fontes do Direito Administrativo:

• os preceitos normativos do ordenamento jurídico, sejam eles decorrentes


de regras ou princípios, contidos na Constituição, nas leis e em atos
normativos editados pelo Poder Executivo para a fiel execução da lei;
• a jurisprudência, isto é, reunião de diversos julgados num mesmo sentido.
Se houver Súmula Vinculante, a jurisprudência será fonte primária e
vinculante da Administração Pública;
• a doutrina: produção científica da área expressa em artigos, pareceres e
livros, que são utilizados como fontes para elaboração de enunciados
normativos, atos administrativos ou sentenças judiciais;
• os costumes ou a praxe administrativa da repartição pública.

Ressalte-se que só os princípios e regras constantes dos preceitos normativos do


Direito são considerados fontes primárias. Os demais expedientes: doutrina,
costumes e jurisprudência são geralmente fontes meramente secundárias, isto é,
não vinculantes; exceto no caso da súmula vinculante, conforme sistemática
criada pela Emenda Constitucional nᵒ 45/04, que é fonte de observância
obrigatória tanto ao Poder Judiciário, como à Administração Pública direta e
indireta, em todos os níveis federativos.

Direito comercial

Ramo do direito que abrange o estudo do “conjunto de normas que regulam as


atividades das pessoas naturais ou jurídicas dedicadas ao comércio”. Nessa área
temos o estudo das Sociedades Mercantis e dos Títulos de Crédito, que
representam as áreas mais importantes do Direito Comercial.

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Pode-se fazer a distinção entre dois critérios dentro do direito comercial. O critério

objectivo é aquele que diz respeito aos actos de comércio em si mesmos. Em

contrapartida, o critério subjectivo relaciona-se com a pessoa que desempenha a

função de comerciante.

O direito comercial não é estático, uma vez que se adapta às necessidades

mutáveis das empresas, do mercado e da sociedade em geral. Porém, são

sempre respeitados cinco princípios básicos: trata-se de um direito profissional (na

medida em que resolve conflitos próprios dos empresários), individualista (faz

parte do direito privado e regula relações entre particulares), consuetudinário (tem

por base os costumes dos comerciantes), progressivo (evolui ao longo do tempo)

e internacionalizado (adapta-se ao fenómeno da globalização).

Diferença entre o direito comercial e o direito empresarial

Durante muitos anos, o Brasil teve um “Código Comercial”, que foi


majoritariamente revogado em 1850. O termo “direito comercial” surgiu daí.

Desde a anulação daquele conjunto de normas, as relações comerciais brasileiras


passaram a ser regulamentadas, em grande parte, pelo Código Civil — que versa
sobre a maioria das relações privadas, que são aquelas que o Poder Público não
faz parte.

Sendo assim, com a extinção do Código Comercial e a sua substituição pelo


Código Civil no que diz respeito às transações econômicas, o termo Direito
Comercial ficou obsoleto. Hoje, utiliza-se largamente o nome Direito Empresarial.

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Principais características do Direito Comercial

Por tratar da área econômica e também devido à sua história, o Direito Comercial
tem algumas particularidades. Veja a seguir quais são suas características mais
marcantes e importantes:

1. simplicidade: essa área jurídica é menos formal do que outras a fim de


atrapalhar o livre desenvolvimento econômico;
2. sosmopolitismo: especificamente no Direito Comercial, há a possibilidade
da aplicação de normas, leis e convenções internacionais, uma vez que os
negócios podem expandir a barreira nacional devido à globalização;
3. onerosidade: o lucro é sempre o objetivo final de uma atividade comercial,
de forma que nenhum ato de comércio é gratuito;
4. elasticidade: essas normas devem acompanhar o mercado, por esse motivo
estão em constante evolução e atualização;
5. Presunção de Solidariedade:
6. fragmentarismo: o Direito Empresarial é autônomo, o que significa que as
normas que versam sobre essa atividade são esparsas e dependem da
harmonia de diversos outros códigos, como o Civil e o de Defesa do
Consumidor.

Direito civil

Ramificação do direito privado que tem por objetivo fundamental a


regulamentação jurídica da pessoa e dos direitos que lhe são próprios e na
condição de sujeito de um patrimônio. A Economia trata de uma parte dos bens de
que também o Direito Civil: os chamados valores materiais (Direitos Reais e
Direitos Obrigacionais), são os mesmos bens, de que trata a ciência econômica.

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Tanto o Direito quanto a economia originam-se do mesmo conjunto de questões,
pois é através deles que temos a possibilidade de compreender, entender como
os indivíduos, ou seja, a sociedade em geral se organiza socialmente e
produtivamente.

Direito e Economia possuem um ponto em comum que é fundamental; ambos só


existem na sociedade.

Um velho provérbio latino diz que "onde há sociedade, há direito". Isso é verdade,
pois, em qualquer lugar em que várias pessoas convivam, será necessário o
estabelecimento de leis para reger as relações sociais, para dizer a todos como
proceder em determinada situação.

Da mesma forma, pode-se dizer, também, que onde há sociedade, há economia,


pois como é de conhecimento da maioria os bens são limitados, porém, os
desejos humanos são ilimitados. Por isso, cabe à economia dizer, como utilizar de
modo correto e racional os bens existentes.

O Direito constitui para a Economia a infra-estrutura básica que permite a


conceituação de forma quase unificada de institutos como a propriedade e o
contrato. O acordo de vontades (contrato) possibilita, numa economia de mercado,
a realização de trocas e o estabelecimento de um mecanismo institucional de
redução dos custos das relações sociais.

Um motivo muito importante para que haja essa relação é pelo fato de nenhum
conseguir prosperar sem o outro; para que haja uma evolução econômica é
preciso disponibilizar a boa ordem e o bem-estar da sociedade, e quem tem a
possibilidade de fazer isso é o Direito com todas as suas regras, com seu modo de
organizar a vida das pessoas; o Direito também precisa dos acontecimentos
econômicos para poder trabalhar, pois a economia produz o tão famoso "crime",
no qual o Direito tanto trabalha.

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O judiciário é uma das instituições mais fundamentais para o sucesso do novo
modelo de desenvolvimento que vem sendo adotado no Brasil e na maior parte da
América Latina, pelo seu papel em garantir direitos de propriedade e fazer cumprir
contratos.

Mas a diferença entre a economia e o direito, e o sistema de justiça em particular,


vai além da questão do tempo ou da questão que às vezes se menciona, de que a
justiça olha mais para trás na tentativa de reconstituir um estado anterior das
artes, enquanto a economia olha essencialmente para frente, tentando prever o
futuro.

No Brasil, dois mecanismos freqüentemente utilizados pelas firmas para se


protegerem do mau funcionamento da justiça são a resolução de disputas por
negociação direta e a cuidadosa seleção de parceiros de negócios. Assim, 88%
dos empresários entrevistados em pesquisas realizadas concordaram que é
sempre melhor fazer um mau acordo do que recorrer à Justiça. Além disso, nove
em cada dez empresas responderam que checar a reputação da outra parte no
mercado e seu comportamento passado como pagador, e favorecer clientes e
fornecedores conhecidos nas transações comerciais são procedimentos
indispensáveis ou pelo menos importantes em qualquer negócio.

Também com essa medida há, porém, um problema: o pouco uso do judiciário
pode refletir não o seu mau desempenho, mas a qualidade superior de outros
mecanismos de resolver conflitos e fazer com que os contratos sejam respeitados.

Correlações existentes entre o direito econômico e a economia política

Ante o exposto, percebe-se a união existente entre ambos os institutos


analisados, em especial no que tange às questões que conotam
interdisciplinaridade dos elementos positivados em texto constitucional e legal, por
parte do ramo do Direito Econômico, bem como dos subsídios propedêuticos
clássicos averiguados no segmento da Economia Política, integrando o estudo da
área econômica como uma estrutura única e concisa, em favor do Estado e do

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cidadão que dela se submete e retira as fontes primordiais para o
desenvolvimento íntegro de sua região, nos assuntos de interesse à Economia
local.

Em consideração às bases constitucionais que se fazem presentes, na vigente


Constituição da República Federativa do Brasil, colacionam-se os princípios
norteadores do Direito Econômico – já ilustrados no item atinente ao tema – e que
fortemente expressa inspiração de segmentos subjetivos das ciências para a sua
elaboração e alocação junto a ela, o que, mais uma vez, figura como
embasamento efetivo para que se compreenda a inter-ligação consistente nos
ramos em apreço. Nesse sentido, percebe-se que o texto normativo supralegal
(Constituição Federal) arrola uma série de princípios e regras-matrizes que se
fizeram inspiradas por estudos e análises propedêuticas e doutrinárias, consoante
se faz convincente, no presente trabalho, por sobre as áreas do Direito Econômico
e da Economia Política, respectivamente.

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CONCLUSÃO:

Podemos observar que direito e economia convergem no que tange aos


interesses econômicos individuais, corporativos e governamentais, sendo de
primordial importância a relação das duas áreas.

Enquanto a economia busca oferece o meio do indivíduo empreender, oferecer


prestação de serviços e se relacionar com o mercado através do consumo, o
direito por sua vez busca garantir os direitos e deveres do sujeito de direito.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• http://agilejuridico.com.br/direito-e-economia/
• https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-107/a-relacao-entre-o-direito-e-a-
economia/

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