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organizações
DIREITO EMPRESARIAL
Fontes e Características Direito Empresarial
O que é Direito empresarial?
Como citado acima, o direito empresarial é uma área do direito privado.
Isso quer dizer que, ao contrário do contencioso judicial, ele faz análises
antecipadas do negócio e procura ter ações preventivas para poupar
problemas aos clientes.

A existência do direito empresarial é submetido a um regime de livre


comércio de produtos ou de serviços. Vale ressaltar que a regulamentação
inclui as relações específicas, os atos, e os locais e contratos comerciais.
Tudo isso, é influenciado por uma série de outras regulações, como poderá
ser visto mais adiante.
Dentro do Direito Empresarial, existem três conceitos de suma
importância: sociedade empresária, empresa e empresário.
Confira, abaixo, a definição de cada um deles.

O direito Empresarial tem fontes próprias, divididas em fontes


materiais e formais (primárias ou secundárias).
1 - As fontes materiais do Direito Empresarial são os fatos
econômicos.

Os fatos econômicos, geralmente encadeados, compõem uma malha


complexa de fatores que, combinados, formam as mais variadas
feições mercadológicas.

Nesse caso, o estudo dos fatos econômicos e dos seus efeitos revela-
se fundamental para a compreensão adequada dos sentidos e dos
alcances das normas que compõem o Direito Empresarial.

Este estudo compreende, inclusive, a economia de mercado.


1.2. Fontes formais

1.2.1. Fontes formais primárias ou diretas

As fontes formais primárias ou diretas são a Constituição Federal de 1988 e a leis infraconstitucionais.

Merecem destaque o Código Civil de 2002, nos artigos 966 e seguintes, a segunda parte do Código Comercial
de 1850, revogado parcialmente pelo Código Civil, além de inúmeras leis especiais que regulam a atividade
empresarial (e.g. lei 8934/94, 9279/96, 6404/76 etc.).

O Código Civil de 2002 adotou a teoria da empresa, por influência do Código Italiano de 1942.

A teoria da empresa substitui a teoria dos atos do comércio adotada pelo Código Comercial de 1850.

De acordo com a teoria, empresa é uma atividade economicamente organizada, voltada à produção ou
circulação de produtos ou serviços, com o fim de lucro. Empresário, a seu turno, é o sujeito que realiza a
empresa.

Como dito, que diz respeito às fontes formais primárias, é relevante pontuar que ainda estão em vigor as
disposições do Código Comercial de 1850 que cuidam do Comércio Marítimo.
1.2.2. Fontes formais secundárias ou indiretas

As fontes formais secundárias ou indiretas são os usos e costumes, além nas normas
de direito civil, principalmente as que tratam das obrigações e negócios jurídicos.

Os usos e os costumes representam referências essenciais para a interpretação de


inúmeras questões que envolvem o Direito Empresarial, sobretudo no âmbito do
agronegócio.

Isso decorre do fato de que o Estado nem sempre regula determinadas atividades
ligadas à empresa.

Nesses casos, a despeito da ausência eventual de uma lei expressa, muitos conflitos
empresariais poderão ser superados pela utilização dos usos e costumes.
1.3. Características do Direito Empresarial

As características do Direito Empresarial são as seguintes:

1.3.1. Cosmopolitismo

O Direito empresarial é cosmopolita.

O seu cosmopolitismo decorre da sua transcendência sobre os limites


territoriais dos Estados.
1.3.2. Fragmentaridade

O Direito Empresarial é fragmentado.

A fragmentaridade é uma característica das disciplinas que são subdivididas


em ramos.

São ramos distintos do Direito Empresarial, o Direito Societário, o Direito


Falimentar, o Direito Cambial, entre outros.
1.3.3. Informalismo

A atividade empresarial é essencialmente informal.

A informalidade é uma necessidade para a dinâmica das relações


empresariais. Os entraves burocráticos, sobretudo pelo excesso de
regulamentação normativa representam fatores impeditivos ao
desenvolvimento célere das atividades econômicas.

Assim, embora seja indispensável a existência de normas que orientem o


exercício da empresa é preciso que o Direito Empresarial reconheça a
necessidade da intervenção mínima do Estado nas atividades empresariais.
1.3.4. Elasticidade

A elasticidade, ou flexibilidade, é outra característica marcante do Direito


Empresarial.

Ela decorre do dinamismo do mercado, que não admite parâmetros


rígidos e inflexíveis.

Assim, o Direito Empresarial deve ser flexível para se adaptar as


particularidades dos casos concretos.
1.3.5. Onerosidade

A onerosidade é uma característica que advém da própria


natureza da Empresa.

A empresa, como vimos, é uma atividade economicamente


organizada que objetiva o lucro.
PRINCÍPIOS NO DIREITO EMPRESARIAL

Princípios são ordens fundamentais da matéria, levando à


direcionamentos de condutas. Este princípios podem ser entendidos
como mandamentos nucleares. São livres de hierarquia formal, ou
seja, nenhum é mais importante que outro. Cabe ponderar que,
nenhum princípio é absoluto, pois são questionáveis em casos
concretos.
1.0 - Princípio da Livre Iniciativa

O direito Comercial, ou direito empresarial, se preferir, é


regulador das relações empresariais, conforme falamos no
artigo anterior a respeito das características e conceito do
direito empresarial. Este, por sua vez, visa o lucro como
finalidade inicial. Sendo assim, o comerciante e empresário
necessitam de liberdade de iniciativa.
CF. Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

1.1 - Princípio Livre Movimentação de Capitais


Em decorrência do princípio supracitado, deriva o princípio
empresarial da livre movimentação interna de capitais que, sem
mais delongas, é a possibilidade de que as economias lícitas possam
ser liquidadas ou feitas, transportadas e aplicadas, guardada ou
utilizadas sem nenhum tipo de autorização estatal, desde que no
território nacional.
2.0 - Princípio da Função Social

Em função da concomitante (simultânea) aplicação da livre


iniciativa e dos valores sociais do trabalho, decorre o princípio
da função social, para que o intuito de lucro do empresário
não tenha o potencial de ferir os valores sociais do trabalho
nem tampouco a dignidade da pessoa humana, mas ainda sim
possa proporcionar lucro aos empresários.
A respeito desse entendimento, pondera a constituição:

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa


do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
3.0 - Princípio do Regime Jurídico Privado

As empresas regem-se de acordo com o regime jurídico privado. É possível


que haja certa confusão mental ao se imaginar uma empresa criada pelo
poder público, pois, se a empresa criada pelo privado é regida pelo regime
jurídico privado, a empresa criada pelo poder público deve ser regida pelo
regime jurídico público, certo? Errado! Até mesmo as empresas públicas, de
forma geral, regem-se pelas normas do regime privado, consoante código a
seguir:

Art. 41. Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas


de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-
se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste
Código.
4.0 - Princípio da Preservação da Empresa
Para que empresas possa exercer, ou melhor, se valer
continuamente do princípio da função social, é necessário
que
Conclusão

Em síntese, ficou demonstrado que o Direito Empresarial tem fontes próprias, divididas em fontes materiais e
formais (primárias ou secundárias).

As fontes materiais do Direito Empresarial são os fatos econômicos.

As fontes formais primárias ou diretas são a Constituição Federal de 1988 e a leis infraconstitucionais.

As fontes formais secundárias ou indiretas são os usos e costumes, além nas normas de direito civil, principalmente
as que tratam das obrigações e negócios jurídicos.

Além da apresentação das fontes, foram apresentadas as características do Direito Empresarial.

Em síntese, as caraterísticas indicadas foram as seguintes: a) cosmopolitismo, considerando a sua transcendência


sobre os limites territoriais dos Estados; b) fragmentaridade, pois o direito empresarial possui ramos diversos,
como o direito societário, falimentar, cambial etc.); c) informalismo, tendo em conta que as práticas comerciais
precisam ser céleres, sem entraves burocráticos; d) elasticidade, tendo com conta o dinamismo do mercado, que
não admite parâmetros rígidos e inflexíveis; e e) onerosidade, considerando que as atividades empresariais sempre
objetivam o lucro.

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