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empresárias
Apresentação
Conhecer as possibilidades de formatação jurídica para quem quer empreender é de fundamental
importância para calcular os riscos do negócio. Assim, torna-se fundamental aprender quais são as
distinções entre as diversas roupagens jurídicas para o negócio.
Bons estudos.
Quais são os riscos ao patrimônio pessoal de João se, após empreender, o negócio não der certo?
Você saberia lhe indicar quais são as melhores formas para proteger seu patrimônio?
Infográfico
No infográfico a seguir, estão ilustradas as distinções entre as diversas roupagens jurídicas para o
negócio
Conteúdo do livro
O exercício da atividade empresarial é regulamentada pelo Código Civil de 2002, demonstrando a
união do direito econômico privado, com a possibilidade de abrangência de diferentes atividades
que não encontravam regulamentação, como os profissionais liberais que constituem elemento de
organização societária na forma de empresa.
Boa leitura.
DIREITO COMERCIAL
Empresário
individual e
sociedades
empresárias
Eduardo Kucker Zaffari
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Introdução
O desenvolvimento de um país forte está ligado a uma economia forte, pau-
tada na livre concorrência e na paridade entre os agentes econômicos, o que
tem como pressuposto a regulamentação das atividades econômicas e a sua
fiscalização pelos órgãos governamentais. Nesse sentido, ganha relevância a
correta abrangência das atividades que impulsionam a economia, especialmente
as empresariais.
Neste capítulo, vamos definir o que é empresa, empresário e sociedade
empresária, abordando a evolução do Direito Comercial até sua nova concep-
ção como Direito Empresarial. Também vamos refletir sobre a nova Teoria da
Empresa adotada pelo Código Civil brasileiro de 2002, em que as atividades
2 Empresário individual e sociedades empresárias
Será empresário, conforme prescreve o art. 966 do Código Civil, aquele que
exercer profissionalmente atividade econômica organizada para a produção
ou a circulação de bens ou de serviços, excluindo-se as atividades intelectual,
de natureza científica, literária ou artística. Os profissionais liberais estarão
submetidos a essa regulamentação caso insiram a sua atividade em uma or-
ganização empresarial, o que se afere pela expressão “elemento de empresa”
constante no parágrafo único desse artigo (BRASIL, 2002).
Empresário individual e sociedades empresárias 9
Referências
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cional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis
no 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho
- CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, da Lei no 10.189, de
14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar no 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga
as Leis no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999. Brasília:
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da República, 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/
l10406compilada.htm. Acesso em: 16 set. 2022.
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da República, 2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2005/lei/l11101.htm. Acesso em: 16 set. 2022.
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ULHOA COELHO, F. Curso de direito comercial: direito de empresa. São Paulo: Revista
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Empresário individual e sociedades empresárias 11
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Exercícios
1) As atividades humanas encontraram na pessoa jurídica uma forte mola propulsora. Dentre as
vantagens de se criar uma pessoa jurídica, NÃO podemos considerar:
A) A pessoa jurídica é uma criação do Direito para permitir um novo sujeito de direitos a partir
da união de outras pessoas.
C) Uma vez que as pessoas naturais são finitas, com vida esgotável, as atividades que são
exercidas por elas poderiam se extinguir com a sua morte.
D) Quando se cria uma pessoa jurídica, esta tende a existir indeterminadamente e pode ser
gerida por diversas pessoas geração após geração.
E) Com a criação da pessoa jurídica, ocorre uma fusão entre os direitos e obrigações de cada
sócio, como pessoa natural, e os direitos e obrigações da sociedade da qual eles são sócios.
A) Em razão dessa distinção obrigacional entre sócios e sociedade, tem-se uma fácil identificação
da pessoa com quem se está relacionando, a pessoa jurídica, ou a pessoa física dos sócios.
C) Em razão de se permitir uma limitação da responsabilidade dos sócios em face das obrigações
da pessoa jurídica, é difícil ocorrer o abuso dessa personalidade por parte dos sócios.
D) Em razão das eventuais fraudes que podem e são cometidas, o legislador, em várias
oportunidades, fez previsões da desconsideração da personalidade jurídica para
responsabilizar pessoalmente os sócios por aquilo que, inicialmente, seria de responsabilidade
da sociedade.
3) Veja-se que o abuso da personalidade jurídica se caracteriza, como regra geral, pelo desvio
de finalidade ou pela confusão patrimonial. São hipóteses bastante amplas, que permitem
uma análise caso a caso pra a chamada “disregard doctrine”. Acerca dessa teoria, NÃO se
pode afirmar:
E) Em regra, o sócio só investe parte do seu patrimônio para formar o capital social se ele tiver
uma garantia de que o seu patrimônio pessoal não será afetado em caso de insuficiência de
recursos por parte da sociedade.
4) Sobre a “disregard doctrine”, existem diversos posicionamentos. Mas, há uma certeza, trata-
se de um importante instituto para coibir fraudes. Nesse sentido, NÃO se pode afirmar:
C) O setor produtivo é tão importante quanto o financeiro, mas é certo que a geração de
empregos, tributos e tecnologia, dentre outros, ocorre com maior intensidade no setor
produtivo. Por isso, deve haver uma correta aplicação da desconsideração da personalidade
jurídica.
D) Ainda que se tenha uma desconsideração da personalidade jurídica da sociedade, com a
consequente afetação do patrimônio pessoal dos sócios, a constrição dos bens dos sócios só
ocorre depois de terem sido utilizados e esgotados os bens da sociedade.
E) O benefício de ordem é bem acertado, pois não faz sentido buscar a satisfação de um crédito
no patrimônio pessoal dos sócios se a sociedade possui bens bastantes para honrar suas
obrigações.
5) O empresário individual sempre foi estudado fora do âmbito das sociedades, especialmente
pelo fato de o exercício da empresa por esta figura jurídica ocorrer de forma solitária. Isso o
retirava da classificação de sociedade, pois, para se caracterizar como tal, necessariamente
devem estar presentes no mínimo duas pessoas, que reciprocamente se obrigam a
contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre
si, dos resultados. Sobre essa roupagem jurídica, NÃO é correto afirmar:
D) O nome empresarial deve ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a
denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada. Uma exigência legal
se refere ao fato de que a pessoa natural, para se valer dessa modalidade de exercício da
empresa, somente pode figurar em um registro dessa natureza.
Confira, Na Prática a seguir, o caso um Arquiteto que estava em dúvida sobre o melhor formato
empresaria a ser adotado.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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