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Estudante nº 212574
Curso: Contabilidade & Finanças
Turma: T1/1º ano
Contacto: +244947094214
Correio electrónico: rodriguesjay794@gmail.com
“Para todo débito, deverá existir um crédito de igual valor.” – Lucas Pacioli
O autor
Jodel Vasco Rodrigues
Elaborado por: Rodrigues Pacioli 2
1. Empresas
1.1 Conceitos e definições
As empresas são organismos doptados de autonomia financeira que, portanto, tendem
a combinar factores de produção (capital e trabalho), mediante certos custos, obtendo os
proveitos possíveis.
conjunto de bens que cada sócio entrega (dinheiro ou bens móveis e imóveis) chama-se
entrada.
Mesmo que o capital social da empresa seja reduzido, o importante é que ele
permita o desenvolvimento da atividade. Apesar de uma sociedade por quotas poder ser
constituída com apenas dois euros, poucas sociedades conseguem desenvolver uma
atividade com esse montante. Se o capital social se revelar insuficiente, será necessário
um aumento de capital logo após a sua constituição.
A repartição do capital entre os sócios irá refletir a futura divisão de lucros ou de
perdas. Esta repartição tem também implicações no dia-a-dia da empresa, pois os direitos
de voto são atribuídos em função da participação de cada sócio no capital social.
Todos estes aspetos vão estar previstos no contrato de sociedade e nos estatutos
da sociedade. O contrato de sociedade (também conhecido como pacto social) traduz-se
no acordo entre as pessoas que vão ser sócias da sociedade. Os estatutos, que estão
anexados ao contrato, funcionam como uma espécie de regulamento interno da sociedade.
Os estatutos podem ser alterados, ao longo do tempo, quando os sócios assim
decidam; por exemplo, para aumentar o capital social.
Os futuros sócios podem escolher entre um contracto de sociedade previamente
elaborado ou a elaboração de um contrato de sociedade que reflita as opções dos sócios
relativamente à forma como a sociedade vai ser gerida.
A opção entre estas duas alternativas deve ter em atenção que a alteração posterior
do contracto de sociedade, ainda que possível, implica o acordo da maioria qualificada
do capital social. Nalgumas situações pode ser prudente recorrer a aconselhamento
especializado antes da celebração do contracto, para precaver potenciais conflitos futuros.
Nestas empresas apenas existe uma pessoa que é detentora do património da empresa
e que, tendo capacidade para praticar actos de comércio, faz desse profissão.
Em determinados países, a lei permite que o empresário possa optar pela forma
jurídica de Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada (EIRL). O
objectivo da lei foi proteger o património cultural do comerciante indvidual, na medida
em que o património deste tipo de empresas já não responde perante terceiros, o que
acontece apenas com os bens afectos à actividade comercial. A firma deve apresentar o
nome civil ou abreviado do comerciante, seguido ou não da actividade a que se dedica.
2. Sociedades Comerciais
Nas sociedades comerciais existem dois ou mais sócios (pessoas que juntam para
constituir uma sociedade) que colocam em comum bens, tendo em vista explorar uma
determinada actividade. Estas sociedades constituem por escritura pública.
a) Sociedade em comandita
b) Sociedade em nome colectivo
c) Sociedade por quota
d) Sociedade anónima
a) Sociedade em comandita
Neste tipo de sociedade existem dois tipos de sócios- os sócios comanditários que
entram para a sociedade com o capital necessário para poder funcionar; os sócios
comanditados, que não entram com capital para a sociedade, mas põem o seu trabalho ao
serviço da empresa.
Neste tipo de sociedade, a responsabilidade dos sócios é limitada ao valor com que
cada entrou para a sociedade. Assim, chama-se quota ao capital subscrito e realizado por
cada um dos sócios.
O Capital social está divido por quotas e não pode ser inferior ao valor
correspondente, em moeda nacional a USD 1.000.
De considerar que:
d) Sociedade Anónima
Esta sociedade é designada anónima pois, por vezes, têm um elevado número de
sócios que não se conhecem uns aos outros. O capital deste tipo de sociedade está dividido
em acções. O número de sócios não pode ser inferior a cinco. E o capital social não pode
ser inferior a um valor expresso em moeda nacional equivalente a USD 20.000. A
responsabilidade de cada sócio é limitada ao valor das acções que cada sócio é titular.
Empresa comercial
Compra de Venda de
Fornecedores Armazém da Clientes
Mercadoria empresa Mercadoria
Empresa industrial
2. A Contabilidade
Contabilidade é a ciência que tem por objectivo o estudo das variações quantitativas
e qualitativas ocorridas no património (conjunto de bens, direitos e obrigações) das
entidades (qualquer pessoa física ou jurídica que possui um património).
Através dela é fornecido o máximo de informações úteis para as tomadas de decisões,
tanto dentro quanto fora da empresa, estudando, registrando e controlando o patrimônio.
Em resumo, a Contabilidade abrange um conjunto de técnicas para controlar o
património das organizações mediante a aplicação do seu grupo de princípios, técnicas,
normas e procedimentos próprios, medindo, interpretando e informando os factos
contabilísticos aos donos das empresas.
Todas as movimentações existentes no patrimônio de uma entidade são registradas
pela Contabilidade, que resume os factos em forma de relatórios e entrega-os aos
interessados em saber como está indo à situação da empresa.
Através destes relatórios são analisados os resultados alcançados e a partir daí são
tomadas decisões em relação aos acontecimentos futuros. No entanto, a Contabilidade é
a responsável pela escrituração (registro em livros próprios) e apuração destes resultados
e é só através dela que há condições para se apurar o resultado obtido em determinado
exercício (lucro ou prejuízo), ou período, se quisermos.
Partindo do pressuposto de que, para que determinada área do saber seja considerada
ciência, antes porém, é crucial que se tenha um objecto de estudo. Ora, com a
Contabilidade não é diferente, pois ela estuda as variações, quer quantitativas ou
qualitativas que ocorrem no património de determinada entidade (pessoa física ou
jurídica). Ademais, isto implica representar, ou seja, quantificar toda a informação para
que auxilie na tomada de decisões.
4. O Património
Toda a família possui um património que é constituído por bens, direitos e
obrigações num determinado momento. Este é denominado por património individual ou
próprio. O conceito de património individual pode ser analisado sob o ponto de vista:
- Estático, quando o referimos a uma determinada data e a um dado momento.
- Dinâmico, quando se estudam as movimentações permanentes que afectam o valor
patrimonial.
Tal como as famílias, as empresas são detentoras de um património. Assim,
podemos definir Património Empresarial como o conjunto dos bens, direitos e obrigações
de uma empresa referidos a uma determinada data e usados para atingir determinados
objectivos.
A palavra latina (pater) é definida pelo conjunto de bens do Pai. Este conceito
restrito alargou-se ao longo dos séculos, pelo que na actualidade se define por conjunto
dos bens, dos direitos e das obrigações de qualquer organismo, nomeadamente das
empresas.
Sendo o património constituído pelos bens, direitos e obrigações de uma empresa
numa determinada data, há que distinguir entre a parte positiva e a parte negativa do
mesmo. Como é lógico, os bens e os direitos constituem a parte positiva ou activa do
património constituindo assim o Activo da empresa. As obrigações constituem a parte
negativa ou passiva do património, logo o Passivo da empresa.
b) Quanto à finalidade:
Bens numerários: Bens que representam disponibilidades em dinheiro. Esses
bens são registrados na conta Caixa.
Bens de venda: ativos que pertencem à entidade e que há a intenção de sua
venda. Normalmente, os bens de venda são aqueles registados na classe das
existências, como matéria-prima, mercadorias, produtos em elaboração,
produtos acabados.
Bens de uso: Bens que pertencem à entidade, mas que não há intenção de
venda. Esses bens têm como finalidade gerar benefícios para a empresa
mediante o seu uso, mas não mediante sua venda. Exemplos: bens registrados
no ativo imobilizado (máquinas, edificações, veículos, hardwares, imóveis,
terrenos etc.) e no ativo intangível (marcas, patentes, softwares, direitos
autorais etc.);
Bens de renda: Bens que pertencem à entidade e que geram benefícios
mediante sua valorização ou locação. Exemplos: participações societárias em
outras empresas, imóveis para locação etc.
a) Activos não correntes – é tudo aquilo que se espera que permaneçam na posse
da entidade por um período superior a um ano.
b) Activos correntes – são aqueles que se espera que permaneçam na posse da
entidade por um período até um ano.
c) Passivos não correntes – geralmente, são as dívidas que se espera ser liquidada
pela entidade, num período superior a um ano.
d) Passivos correntes – respeitam as dívidas que devem ser liquidas ou pagas pela
entidade, num período inferior ou igual a um ano.
cada operação) tende a modificar o valor para maior (rédito) ou para menor (despesas).
No entanto, as variações patrimoniais modificativas podem ser:
- Aumentativas: quando altera o valor do património para maior.
- Diminutivas: quando altera o valor do património para menor.
4. Processo Contabilístico
4.1 Etapas do processo contabilístico
1 - Colecta de dados (Factos contabilísticos com documentação idônea)
Consiste no processo de recolhimento de dados para pesquisas por meio de
técnicas específicas. Esses dados são utilizados para tarefas de pesquisa, planejamento,
estudo, desenvolvimento e experimentações. Para que os resultados sejam satisfatórios, o
ponto central é o planejamento para a execução da metodologia de apuração de dados.
A colecta de dados é o que define a direcção que o desenvolvimento do projecto
vai seguir. Todos os cuidados com esses dados são em função da qualidade das
informações a serem obtidas pela população em análise.
2 - Contabilidade
Toda empresa necessita de um profissional especializado em contabilidade durante
toda a sua existência. Atualmente, a contabilidade está alcançando uma dimensão bem
mais abrangente, oferecendo subsídios e resultados que vão além do próprio setor e
ajudam o gestor a tomar as melhores decisões (contabilidade gerencial).
De acordo aos temas anteriores, é muito evidente que as empresas cada vez mais têm
a necessidade de recorrer à contabilidade, já que, por si, constitui um instrumento de
gestão de tamanha importância. Não fora esse instrumento, qualquer Gestor, teria grande
dificuldade em saber, por exemplo:
A composição e o valor do patrimônio da sua empresa;
A posição da empresa perante os seus fornecedores – qual o grau depêndecia, para
avaliar a sua capacidade de endividamento;
O montante dos créditos sobre seus clientes;
O montante das vendas;
Os resultados e suas respectivas natureza
Em suma, a situação económico-financeira da empresa.
Logo, verifica-se que a Contabilidade fornece um conjunto de informações, com base
nos registos efectuados quotidianamente, que, além de influenciarem as decisões dos
gestores, vêm contribuir para um melhor conhecimento das empresas, pelas entidades
interessadas e possibilita a prestação de contas à Administração Geral Tributária.
Elaborado por: Rodrigues Pacioli 17
4.1.1 O Inventário
Activo Corrente
2 Existências
26 Mercadorias
3 Terceiros
31 Clientes
37 Outros valores a receber (OVR)
4 Meios Monetários
42 Depósito à prazo
43 Depósito à ordem
45 Caixa
Outros activos correntes
------- Subtotal do activo corrente
Elaborado por: Rodrigues Pacioli 19
TOTAL DO ACTIVO
PASSIVO
Passivo não Corrente
33 Empréstimos M.L/Prazo
------- Subtotal do Passivo não corrente
Passivo Corrente
32 Forncedores
33 Empréstimo obtido (curto prazo)
34 Estado
36 Pessoal
37 Outros valores a pagar (OVP)
------- Subtotal do Passivo Corrente
TOTAL DO PASSIVO
4.1.2 O Balanço
É a demonstração que apresenta todos os bens e direitos da empresa (Activo),
assim como as obrigações (Passivo Exigível) em determinada data. A diferença entre
Activo e Passivo é chamada Património Líquido, ou seja, é o valor que resta depois que
a empresa paga as suas obrigações (Passivo exigível) e representa o capital investido pelos
proprietários (sócios) da empresa, quer através de recursos trazidos de fora da empresa,
quer gerado por esta em suas operações e retidos internamente.
Segundo Helfert (2000, pág. 30), o Balanço Patrimonial, preparado a partir de uma
data específica, registra as categorias e quantias de ativos empregados pelo negócio e as
obrigações devidas aos financiadores e proprietários. Também chamado de demonstração
da condição financeira ou demonstração da posição financeira, o balanço sempre tem que
igualar, por definição, o valor registrado dos recursos totais investidos naquele período
(ativos) com as obrigações exigidas (passivos) e o património líquido ou Capital próprio
que sustentam esses recursos.
Para Matarazzo (1998), o passivo Exigível e o Património Líquido mostram a
origem dos recursos que se acham investidos no Activo. Especificamente, o Património
Líquido não representa nada de concreto. Quando a empresa é constituída, os sócios
entregam-lhe determinado Capital representado por dinheiro ou bens. Nesse momento, a
empresa possui apenas esses bens e o numerário que recebeu dos sócios.
Acrescenta Helfert (2000, pág. 31), que os passivos exigíveis são obrigações
específicas que representam direitos dos financiadores sobre os activos do negócio e têm
prioridade de reembolso em relação aos proprietários. O património líquido registrado,
com efeito, representam uma quantia residual dos proprietários, sobre os activos
remanescentes, após subtraídas todas as obrigações exigíveis. Assim, as categorias
principais de activos, ou de fundos aplicados, são:
a) Activo não corrente (ou Activo fixo) – tais como terrenos, recursos minerais,
edifícios, equipamentos, maquinaria e veículos, marcas, patentes e vários outros
itens intangíveis, que possuem uma vida útil maior que um ano.
b) Activo corrente (ou Activo circulante) – constituem bens e direitos que possuem
um giro que acompanha o curso normal do negócio, dentro de um período de um
ano, tais como, caixa, títulos negociáveis, contas a receber e existências).
As fontes principais dos fundos obtidos são:
a) Passivos não corrente (exigíveis à médio e longo prazo) - que são uma
variedade de instrumentos de dívida pagos além do período de um ano, tais como
títulos de dívida, empréstimos e impostos diferidos.
b) Passivos correntes (exigíveis de curto prazo) - que são obrigações para com
fornecedores, impostos, trabalhadores e financiadores, a serem saldadas dentro de
um ano.
c) Património líquido ou Capital próprio - que representa a quantia líquida
registrada de capitais fornecidos por várias classes de proprietários do negócio,
como também os lucros retidos após a distribuição de dividendos.
Elaborado por: Rodrigues Pacioli 21
EQUAÇÃO FUNDAMENTAL
Logo,
A – P = CP
Ou
CP = A - P
1) Activo
2) Capital próprio e Passivo
CAPITAL
PRÓPRIO
ACTIVO
PASSIVO
4.2 A Conta
As empresas, sobretudo as maiores, possuem milhares de elementos patrimoniais.
Não seria útil fazer um inventário em que se descrevessem todos os elementos
patrimoniais, porque seria impossível apresentar e avaliar o património da empresa. O
único caminho consistiu em agrupar os elementos patrimoniais semelhantes. A este
agrupamento denomina-se por “Conta”.
Então, podemos entender que, conta consiste no conjunto de elementos
patrimoniais com características semelhantes, expressos em unidade de valor, em moeda.
Toda conta possui três características fundamentais:
Titularidade – toda a conta deve ter um título que evidencie claramente
quais os elementos patrimoniais que dela fazem parte.
Homogeneidade – cada conta deve conter os elementos patrimoniais com
características comuns.
Integralidade – todos os elementos que apresentam características
semelhantes devem fazer parte da mesma conta.
Se de tal modo não fosse, no entanto, não seria possível, por exemplo,
compararmos um computador a uma estante e esta, por sua vez, aos próprios livros que
ostenta e ainda os livros entre si, já que eles podem ser, por hipótese, técnicos e não
técnicos. Desta forma, como cada elemento referido é de natureza diferente e com
características próprias, só é possível a sua comparabilidade, pelo facto de se poderem
traduzir numa unidade de valor comum, isto é, a moeda.
Entretanto, não só a comparação entre os vários elementos patrimoniais se torna
possível como também a sua quantificação. A não existir aquela faculdade, seria
impensável a concepção de uma técnica para registrar, quer a própria existência dos vários
elementos patrimoniais (em termos valorativos) quer a correlação que se estabelece entre
eles de uma forma dinâmica, ou seja, os factos patrimoniais.
Nesta ordem de ideia, a Contabilidade surge, literalmente, a desempenhar o seu
papel, cuja importância já foi realçada.
Porém, sendo a Contabilidade um conjunto de processos que tem como finalidade,
não só o registo dos elementos e dos factos patrimoniais como também a sua classificação
e o seu controlo, não seria coerente a adopção desta técnica aplicada à cada elemento em
particular. No entanto, surgiu a necessidade de agrupar em classes os vários valores
patrimoniais, com características comuns, existentes em cada empresa, tendo em conta,
por um lado a sua natureza, e por outro, a função que desempenham no conjunto a que
pertencem – o Património.
Assim, o conjunto de elementos patrimoniais agrupados e classificados, segundo
a sua natureza e função, com as mesmas características e expressas na mesma unidade de
valor (moeda), tem a denominação de conta.
b) Saldo credor (D < C): quando a soma das importâncias registadas na coluna do
crédito for maior do que a soma das importâncias registadas na coluna do débito.
Ademais, para facilitar uma melhor percepção sobre as regras a qual são
movimentadas as contas, acho melhor a visualização a do quadro a seguir:
CÓDIGO CLASSES
0 Contas de ordem
2 Existências
3 Terceiros
4 Meios Monetários
5 Capital e Reservas
8 Resultados
9 Contas de exploração
Elaborado por: Rodrigues Pacioli 28
O Quadro de Contas (PGC) é composto por uma relação das contas. As contas, por
sua vez, distribuem-se por 10 Classes, numeradas de 0 à 9. As contas das classes 1,2,3,4
e 5 são as integrantes do Balanço, enquanto que as classes 6 e 7 permitem a elaboração
da Demonstração de resultados (DR), fazendo as da classe 8 a ligação das contas das
classes 6 e 7.
Ora, as classes 1 e 8 estão destinadas à Contabilidade Financeira, a Classe 9 à
Contabilidade Analítica de exploração interna ou de custos, sendo de uso facultativo, é
recomendada para as empresas industriais com a finalidade de se apurarem os custos de
produção dos bens.
Por fim, a Classe 0 é de utilização livre, no entanto, embora seja designada como de
uso facultativo pelo PGC, destinar-se-ão, na prática, às chamadas "contas de ordem" ou
ainda "contas extrapatrimoniais”, como sejam no registo dos avales prestados pela
empresa a terceiros e a guarda, na empresa, de bens pertencentes a terceiros, ou seja,
sugere-se a sua utilização para registo de situações de direito e responsabilidades da
entidade para com terceiros e vice-versa, e que de momento não afectem o seu património,
ainda que possam vir a afectar no futuro.
3 - Terceiros
4 – Meios Monetários
5 – Capital e Reservas
81 – Resultados Transitados
82 – Resultados Operacionais
83 – Resultados Financeiros
84 – Resultados em filiais e associadas
85 – Resultados não Operacionais
86 – Resultados Extraordinários
87 – Imposto Sobre Lucros
88 – Resultados não operacionais
89 – Dividendos antecipados
Este método reza que em cada lançamento, o valor total lançado nas contas a débito
deve ser sempre igual ao total do valor lançado nas contas a crédito.
Como é mais comum uma transação conter somente duas entradas, sendo uma
entrada de crédito em uma conta e uma entrada de débito em outra conta, daí a origem do
nome "dobrada".
Quanto à obrigatoriedade:
b) Facultativos: São os livros que não têm escrituração imposta por lei, mas
que podem ser elaborados para auxiliar o controle de determinados eventos
ou a preparação das informações contabilísticas. Exemplos: Fornecedores
e Clientes.
Quanto à natureza:
Quanto à utilidade:
5.3.1.1 Diário
No Diário, o registo das operações é feito através do método das Partidas Dobradas,
onde os lançamentos obedecem uma ordem cronológica (dia, mês e ano).
Quando adopta-se o sistema de lançamento pelo software, as folhas de formulário
do Diário são numeradas automaticamente pelo computador. No entanto, todas as
operações são registadas exclusiva e primordialmente no diário. Os elementos que servem
de base na escrituração (registo) no diário são:
a) Data do acontecimento (ou transação);
b) Título da conta - que será movimentada à débito e da conta que será
movimentada à crédito;
c) Valor do débito e do crédito;
d) Histórico: alguns dados fundamentais sobre a operação registada, tais como,
número do documento (cheque, factura, nota de crédito, etc), de modo a detalhar
a operação.
É importante reiterar que, inscreve-se primeiro a conta que será debitada e, de
seguida, a conta que será creditada.
LANÇAMENTO NO DIÁRIO
EXERCÍCIO Nº 03
Nota explicativa: Esta operação (nº 1) refere-se à uma venda de mercadorias. No entanto,
a empresa obteve um proveito. Mas, entretanto, esta venda foi feita a prazo (Factura nº
001), o que significa que, não obstante ao reconhecimento do proveito (regime do
acréscimo), o recebimento será posterior. Recorrendo a regra de movimentação das
Elaborado por: Rodrigues Pacioli 32
contas, podemos enfatizar que tendo um aumento de proveito ( a conta 61 – vendas deverá
ser creditada) e, por contrapartida, pelo reconhecimento (ou aumento) da dívida do cliente
e, por se tratar de uma conta do Activo ( a conta 31 – Clientes deverá ser debitada).
RESOLUÇÃO NO DIÁRIO
5.3.1.2 Razão
O Razão é um livro fundamental ao processo contabilístico e em virtude de sua
eficiência, ele é indispensável em qualquer tipo de empresa.
Por meio do razão é possível controlar separadamente o movimento de todas as
contas. O controle individualizado das contas é importante para se conhecer os seus
saldos, possibilitando a apuração de resultados e elaboração de demonstrações contábeis,
como o balancete de verificação do razão, balanço patrimonial, etc.
Ou seja, é o resumo por contas individuais dos lançamentos realizados no diário,
sendo usado para resumir e totalizar, por conta ou subconta, estes lançamentos.
Este livro agrega as contas Patrimoniais (contas do Balanço e da Demonstração
do Resultado), compostas por activo, passivo e Capital Próprio; e por Proveitos e Custos.
Antigamente, o razão existia apenas em forma de livros, onde se atribuía o título
de uma conta para cada página. Desta forma, havia uma página para Caixa, outra para
Banco, outra para existências, e assim por diante. Com o passar do tempo, as folhas
avulsas foram substituindo as páginas do livro, sendo muito comum o uso das fichas
razão hoje em dia.É dispensada a autenticação ou registro do livro pelos órgãos
competentes, isto porque o Razão é cópia autêntica do que foi escriturado no Livro Diário.
Porém, na escrituração, deverão ser obedecidas as regras da legislação comercial e fiscal
aplicáveis aos lançamentos em geral.
Deve conter no mínimo as seguintes informações:
a) Título da conta
b) Contrapartida: é a conta que completa o lançamento de outra conta que está
sendo escriturada;
c) Histórico do lançamento: descrição do fato administrativo do evento registrável
na escrituração;
d) Débito e Crédito: indicação do valor que será acrescido e/ou diminuído do saldo
da conta;
e) Saldo: diferença entre o somatório do débito e somatório do crédito; e
f) D/C: indicação da natureza do saldo - D (devedor) e C (credor).
g)
Elaborado por: Rodrigues Pacioli 34
LANÇAMENTO NO RAZÃO
EXERCÍCIO Nº 03
A Empresa “ANGOLA & MALI, LDA”, com sede em Luanda, realizou no mês
de Março do corrente ano, dentre muitas, as seguintes operações:
Nota explicativa: Esta operação (nº 1) refere-se à uma venda de mercadorias. No entanto,
a empresa obteve um proveito. Mas, entretanto, esta venda foi feita a prazo (Factura nº
001), o que significa que, não obstante ao reconhecimento do proveito (regime do
acréscimo), o recebimento será posterior. Recorrendo a regra de movimentação das
contas, podemos enfatizar que tendo um aumento de proveito ( a conta 61 – vendas deverá
ser creditada) e, por contrapartida, pelo reconhecimento (ou aumento) da dívida do cliente
e, por se tratar de uma conta do Activo ( a conta 31 – Clientes deverá ser debitada).
Contabilizando:
Contabilizando:
6. Existências
5.1 Sistemas de Inventário
6.1.1 Sistema de Inventário Permanente
6.1.2 Sistema de Inventário Interminente
6.2 Critérios de valorimetria
6.2.1 FIFO (First in, First out)
6.2.2 LIFO (Last in, First out)
6.2.3 CUMP (Custo Médio Ponderado)
6. Amortização
6.1 Cálculo da quota de amortização (Q.I)
6.1.1 Critérios rígidos
6.1.1.1 Método das quotas constantes ou linear
6.1.1.2 Método das quotas degressivas
7. Apuramento de resultado
7.1 Demonstração de resultado
Elaborado por: Rodrigues Pacioli 36
Elaborado por: Rodrigues Pacioli 37