Você está na página 1de 20

I.

Introducao
II. Desenvolvimento
II.1. Comportamento da Empresa
a) Conceito de Empresa

Unidade de decisão económica que pode assumir diferentes formas; utiliza e remunera
trabalho e capital para produzir e vender no mercado bens e serviços, com o objectivo de
obter lucro e rendibilidade. Constitui a instituição central do capitalismo.

Empresa é um vocabulário de origem latina, de “imprehensa” que significa empreendida.


Neste contexto empresa pode significar algo que se começou com ousadia, como seja um
empreendimento.

Uma empresa e uma unidade económica – social, constituída por elemento humano, materiais
e técnicas, cujo objectivo e obter utilidades através da sua participação no mercado de bens e
serviços. Nesse sentido, faz uso dos factores produtivos (trabalho, terra e capital).

Empresa é uma organização que realiza actividades económicas com finalidades


comerciais, por meio da produção e venda de bens ou serviços.

Também conhecida como actividade empresarial, uma empresa atua na venda, produção e
compra de bens ou serviços.

Um dos objectivos principais de uma empresa é o ganho económico, a geração de lucro que
resulta do serviço prestado ou do produto comercializado.

As empresas também objectivam atingir determinados resultados, que são projectados como
metas a serem alcançadas, de acordo com a missão principal da empresa. Para atingir os
resultados e ter lucro, a empresa deve seguir um planejamento estratégico previamente
definido.

A pessoa responsável por gerir o funcionamento da empresa é a empresária. Ele administra a


gestão e a operação da empresa no mercado, com a ajuda dos funcionários. Para cumprir essa
tarefa, o empresário precisa conhecer os processos gerenciais e administrativos, como análise
de resultados e gestão de recursos.

Nessas tarefas, é comum que o empresário tenha ajuda de um administrador, um profissional


especializado em planejamento, organização e avaliação de resultados empresariais.
Os 3 elementos fundamentais de uma empresa

As empresas são formadas por três elementos ou recursos:

 Materiais: engloba matéria-prima, maquinário, tecnologia e toda a logística


necessária para que a empresa funcione;
 Humanos: empresários, administradores e funcionários que ocupam cargos e
executam funções na empresa. Clientes, consumidores e fornecedores também fazem
parte dessa categoria;
 Financeiros: dinheiro para investimentos, compra de matéria-prima, pagamento de
funcionários e pagamento de impostos.

Formas de empresa

As formas que as empresas podem assumir são muito variadas, sendo possível distingui-las
segundo a dimensão, o sector de actividade, a forma jurídica (comerciante em nome
individual, estabelecimento individual de responsabilidade limitada – EIRL, sociedade
anónima, cooperativa, empresa publica, etc.). A forma de propriedade influencia a modo de
funcionamento da empresa; nas economias capitalistas desenvolvidas predominam as
sociedades privadas anónimas.

De facto, a noção económica de empresa pode reter para três níveis de análise: o
estabelecimento, unidade e lugar físico de organização da produção (fabrica, escritório…), a
sociedade, realidade jurídica, fiscal e contabilística e o grupo, realidade financeira. No caso
de uma empresa financeiramente independente e que possui apenas um estabelecimento, estes
três níveis confundem – se. Noutros casos, porém, certas decisões soa tomadas ao nível do
estabelecimento (organização de produção), outros ao nível da sociedade, enquanto as
decisões estratégicas são definidas ao nível do grupo.

O objectivo principal da empresa é a obtenção do lucro, que poderá ser distribuído aos
accionistas ou reinvestido na empresa (autofinanciamento). O autofinanciamento permite o
crescimento e a independência da empresa. No entanto, a empresa pode procurar maximizar,
que o volume total de lucro, quer um indicador de rendibilidade (por exemplo, o rácio
lucro /capital).
Existem cinco formas de empresa: microempreendedor individual, empresário individual,
empresa individual de responsabilidade limitada, sociedade simples e sociedade empresária.

b) Empresas Individuas, seu conceito, seu tipo e carecteristicas de cada tipo na


economia

Microempreendedor individual (MEI)


O microempreendedor individual é o único sócio da empresa e pode contratar um único
funcionário. Além disso, ele não pode ter filiais do negócio.

Esse tipo de empresa foi criado para enquadrar os profissionais autónomos que trabalham
com prestação de serviços. Nessa classificação, esses autónomos são transformados em
pequenos empresários.
O limite de facturamento anual de um microempreendedor individual não deve passar de R$
81 mil.

Empresário individual (EI)


empresário individual trabalha sozinho, sem fazer de parte de uma sociedade. Ele
desempenha a actividade da empresa em seu nome, apenas com seus investimentos.
Empresas sem sócios que vendam produtos ou serviços são exemplos de empresários
individuais.
Uma característica importante do empresário individual é a responsabilidade da empresa, que
é ilimitada. Isso significa que o empresário poderá usar bens da empresa ou bens pessoais
para cumprir obrigações (como dívidas trabalhistas e pagamentos em aberto).
Para ser empresário individual, o facturamento anual não pode ultrapassar o valor de 360 mil
reais.
Empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI)
A EIRELI também é uma empresa formada por um único sócio. Nesse tipo empresarial o
sócio não responde por dívidas da empresa com seus bens pessoais. Quaisquer dívidas ou
pagamentos devem ser feitos com o capital da empresa.
Para registar essa empresa, o empresário deve ter um capital mínimo equivalente a cem
salários-mínimos e o facturamento anual não possui limites estabelecidos.
Pode ser usada para comercializar e produzir bens e serviços e também para representar
profissionais que trabalhem como autónomos.
Leia mais sobre o significado de EIRELI.
Sociedade simples
A sociedade simples deve ser formada por no mínimo dois sócios, que terão responsabilidade
patrimonial ilimitada. Por isso, os sócios poderão ter que cumprir obrigações financeiras com
bens pessoais, além do capital empresarial.
Esse tipo de empresa é usado para prestação de serviços em várias especialidades (chamadas
de intelectuais), como: médicos, advogados, engenheiros e artistas em geral.
O facturamento anual de uma sociedade simples não pode ultrapassar R$ 4,8 milhões.
Sociedade empresária
As sociedades empresárias são formadas por pelo menos dois sócios, que respondem pelas
responsabilidades financeiras apenas com o capital da empresa, na proporção do valor de suas
cotas.

Os sócios só serão obrigados a pagar dívidas com património pessoal em casos especiais,
como nas dívidas trabalhistas ou dívidas fiscais.

As sociedades empresárias podem ser usadas em muitos ramos de actividade, como prestação
de serviços e venda de bens, mas não podem comercializar actividades intelectuais e
autónomas.

Devem funcionar na forma de sociedade limitada (Ltda.) ou sociedade anónima (S/A). A


sociedade limitada tem um funcionamento mais simples e o capital da empresa é dividido
entre os sócios, na forma de cotas.

Já a sociedade anónima é um pouco mais complexa e tem o capital da empresa dividido em


acções, que podem ser compradas até mesmo por pessoas que não fazem parte da sociedade
(accionistas).

Conceito de Empresa Individuais

Empresa gerida por uma pessoa física, por sua própria conta e não por conta de associados
reunidos por um contrato de sociedade.

Empresa individual é a natureza jurídica na qual o empreendedor atua sozinho, ou seja, sem a
necessidade de um sócio. Entre As vantagem, não há é possível se enquadrar no Simples
Nacional e é permitido contratar vários funcionários.
Empresa individual é aquela que não possui sócios, ou seja, possui somente um proprietário.
Exerce em nome próprio uma actividade empresarial. Atua individualmente, sem sociedade.
Sua responsabilidade é ilimitada (responde com seus bens pessoais pelas obrigações
assumidas com a actividade empresarial). O empresário pode exercer actividade industrial,
comercial ou prestação de serviços, exceto serviços de profissão intelectual. Não pode ser
empresário o prestador de serviços que exerce profissão intelectual, de natureza científica,
literária ou artística como médicos, engenheiros, arquitectos, psicólogos e entre outros. Esses
actuarão individualmente como autónomos (pessoa física com registro na Prefeitura
Municipal) ou com sócios através da constituição de uma Sociedade Simples. Esses
profissionais poderão ser empresários, caso o exercício da profissão intelectual tenha
elemento de empresa. Elemento de empresa: exercício profissional de uma actividade
económica organizada (organização dos factores de produção = capital, trabalho, natureza e
tecnologia). Trata-se de empresa entregando produtos e serviços, diferentemente do serviço
pessoal intelectual. Exemplos: Médico = Hospital, Engenheiro = Construtora, etc.

Características do Empresário Individual

 Regime para quem quer exercer sozinho uma actividade empresarial, sem sócios;

 Não existe capital social mínimo para começar; ou seja, não é preciso investir uma
quantia mínima inicial no negócio;

 Pode ser uma microempresa (e facturar até R$ 360 mil por ano) ou empresa de
pequeno porte (e facturar até R$ 4,8 milhões por ano);

 O regime tributário pode ser Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido;

 A razão social da empresa é o nome civil (completo ou abreviado) da pessoa física;

 A empresa só pode ser transferida para outra pessoa em caso de falecimento do dono
ou por autorização judicial. Em todos os outros casos, como mudança de estado ou
país do proprietário, é necessário fechar a empresa.

Como já foi citado anteriormente, existem tipos de empresas individuais, com características
e diferenças específicas, sendo elas as Empresas Individuais (EI), os Microempreendedores
Individuais (MEI), as Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada (EIRELI) e as
Sociedades Limitadas Unipessoais.
As Empresas Individuais (EI), são empresas constituídas por uma única pessoa, na qual o
empresário exerce em nome próprio uma actividade empresarial. Ao se formalizar como
Empresa Individual, o empresário individual terá que cumprir com suas obrigações tributárias
e trabalhistas, e trabalhará por conta própria para administrar sua empresa. Com isso, terá
benefícios da previdência privada e seguridade social. Tem como característica e grande
diferença, seu facturamento anual, por exemplo, o facturamento anual de uma EI é superior
ao do MEI, pois o empresário individual ganha mais de R$81 mil reais e menos de R$360 mil
por ano, enquanto um microempreendedor só pode ganhar até R$ 81 mil reais. Dadas as
circunstâncias, vale ressaltar que um MEI quando ultrapassa o facturamento previsto, ou por
motivações pessoais, poderá se transformar em uma EI.

Os Microempreendedores Individuais (MEI), já citados, são profissionais autónomos que


trabalham formalizados, tendo o CNPJ, ou seja, são profissionais que trabalham por conta
própria, de forma autónoma e com seu negócio regularizado, tendo como exigências o
facturamento anual até R$ 81 mil reais, não ter participação em outra empresa como sócio ou
titular e ter no máximo um empregado contratado, que receba o salário mínimo ou piso da
categoria.

O MEI fornece diversos benefícios por meio do CNPJ, como a facilidade em abertura de
contas bancárias, no pedido de empréstimos e na emissão de notas fiscais, além dos direitos e
obrigações de uma pessoa jurídica, sendo eles alvará, auxilio maternidade, contribuição
previdenciária e aposentadoria, auxilio doença e aposentadoria por invalidez, pensão morte e
auxilio reclusão, tributação reduzida e simplificada e o apoio do SEBRAE. O MEI que
declara ciência quanto suas normas e obrigações, e não as cumprir estará sujeito a multa ou o
fechamento da empresa

Característica de Microempreendedores Individual

 Não participar como sócio, administrador ou titular de outra empresa; ◾ Pode


contratar no máximo um empregado;
 Exercer uma das actividades económicas previstas no Anexo XI, da Resolução
CGSN nº 140, de 22 de Maio de 2018, o qual relaciona todas as actividades
permitidas ao MEI.
 Não é obrigado a ter contador porém em certas situações pode ser necessário, por
exemplo, contratação de funcionário.
Temos também as Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada (EIRELI), que
tem como principal objectivo acabar com o sócio fictício, uma prática muito comum nas
empresas de sociedade limitada, nas EIRELI a empresa é aberta com um único dono,
seguindo exigências especificas de lei como ter um capital social de, no mínimo 100 salários
mínimos relacionados ao ano vigente, tal exigência tem como objectivo, ser uma forma de
garantia para empregados e fornecedores em caso de falência, pois os credores sabem que
poderão contar com esse valor. Dessa forma, ninguém sai totalmente no prejuízo, ou seja, a
modalidade EIRELI permite a separação do património privado e empresarial, com exceção
dos casos de fraude, devidamente comprovados.

A EIRELI tem como vantagens, o exercício da actividade empresarial por uma pessoa com
responsabilidade limitada, sem comprometer o património pessoal, a redução da
informalidade, a liberdade de escolha do modelo de tributação que melhor se adapte a sua
empresa e não ter nenhum tipo de limite de facturamento, dependendo apenas da
classificação de porte da empresa, tendo um facturamento anual previsto até R$ 360 mil reais
como microempresa ou até R$ 4,8 milhões com empresa de pequeno porte (EPP).

Por último, mas não menos importante, temos as Sociedades Limitadas Unipessoais, criada
através de uma medida provisória, já sancionada por lei, é um novo formato jurídico de
sociedade, que visa trazer mais oportunidades de crescimento económico, tendo como ideia a
diminuição em relação a burocracias e flexibilizar situações corriqueiras que acabam
desmotivando muitos que desejam abrir seu próprio negócio.

c) Empresas Colectivas, seu conceito, seus tipos e caracteristicas de cada tipo na


economia
II.2. Indústria e sua organização na economia

a) Conceito da indústria e classificaçao da actividade industrial por sectores

No dia a dia da economia industrial, a palavra indústria está caracterizada por diversos significados,
desde uma empresa de pequeno porte, até uma fábrica de qualquer tamanho de um parque industrial,
que trabalhe com atividade de transformação, que usem maquinarias que tenham como objetivo criar
um terceiro produto. Inegavelmente, a indústria não está somente na cidade como era algum tempo no
passado, cuja migração campo/cidade aconteceu de forma descontrolada e sem a devida capacidade
de trabalho para dinamizar esta nova fase da economia, cujo trabalhador deve estar especializado para
tal tarefa. Ultimamente a indústria está no campo, com as agro-indústrias, in loco, transformando e/ou
beneficiando as popas de frutas para um melhor aproveitar o mercado consumidor e as perdas dos
produtos gerados no campo. Para começar entender o conceito de indústria, parte-se do tipo de
mercado em que ele está envolvido, como por exemplo: a competição perfeita, o monopólio puro, a
competição monopolista e o oligopólio, que indica o número de participantes no processo de produção
e venda do bem gerado. A formação de um tipo de mercado desse está na dependência direta da
distribuição da classe industrial na economia, pois ao deixar que se crie poder de mercado para
alguns, propicie a que a renda industrial fique concentrada nas mãos de poucos em detrimento da
concorrência e de um ajustamento melhor do mercado global. Assim, o mercado moderno está
dividido para a participação de poucos, numa influência na política, propiciando as convulsões sociais
e as revoltas entre sindicatos e industriais, numa contenda frenética pelo poder, em oposição ao bem-
estar de todos os envolvidos.

O conceito real de indústria passa pelo tipo de mercado, como por exemplo, a competição perfeita que
contempla um grande número de vendedores/produtores, com produto homogêneo, livre entrada e
saída, e conhecimento pleno de tudo sobre a mercadoria, isto significa dizer, preço, qualidade,
distância, moda, etc. Neste caso, a indústria é todo esse conglomerado de empresas pequenas, ou
quase pequenas, cujos participantes não têm uma corrida frenética em busca do lucro extra-normal, ou
econômico, para a formação de um poder de mercado que sobressaia, frente a todos que comungam
das mesmas oportunidades de atuação no mercado livre entre consumidores e produtores. Por outro
lado, o monopólio puro é caracterizado como um único vendedor/produtor, numa indicação clara de
que a indústria é a própria empresa que tem plena liberdade de sozinha explorar o mercado, impondo
obstáculo aos que por ventura possam querer participar do mercado.

De forma intermediária, encontram-se a competição monopolista e o oligopólio que têm uma atuação
restrita pela sua interdependência e capacidade de diferenciação que possuem os empresários em
mostrar que seus produtos são melhores do que os dos competidores, com preços distintos para um
mesmo produto. O conceito de indústria nestes dois tipos de mercado fica prejudicado, devido a
capacidade de cada indústriapoder estar numa situação, algumas vezes de monopólio, e, em outras,
em competição, cujos produtos diferenciados, não estão em indústria tradicional, mas em grupo de
produtores industriais. Tanto na competição monopolista, como no oligopólio a reunião de fábricas
que trabalham com produtos similares, é chamado de grupo de produtores/vendedores, caracterizando
uma indústria, num conceito não muito preciso, como na competição perfeita e monopólio puro da
economia clássica.

Em suma, a economia industrial moderna necessita deste conceito para mostrar a multiplicidade de
produtos gerados e a ferrênea competição que os produtores/vendedores enfrentam a cada instante,
num aprimoramento do poder de monopólio, quese aproxima de uma forma muito forte dos
monopólios puros.

Os estudos da economia industrial passam pelas investigações sobre os CLUSTERS, nos diversos
recantos do mundo, numa exploração constantes das economias de aglomeração e de localização,
numa ampliação das indústrias nos parques industriais, cujos custos decrescentes eliminam a
competição. Portanto, a compreensão deste conceito mostra as intimidades de tal situação, ao ficar
mais fácil detectar onde está a enfermidade que cria o diferencial entre as indústrias, para o caso de
ser micro, pequeno e médio, sem condições de se tornarem grandes indústrias.

Classificação da actividade industrial por sectores

O sector Secundario

Um país, um estado, ou um município, compartilha comos três setores da economia, isto é, o setor
primário que envolve a agricultura e a pecuária; o setor secundário que agrega as indústrias de todos
os tipos e o setor terciário que diz respeito ao comércio e aos serviços. Neste trabalho, objetiva-se
estudar o setor secundário, quer dizer, a indústria nos seus mais diversos aspectos, tanto no que
concerne a extração mineral ou vegetal, a transformação e o beneficiamento que os produtos passam.
Dada a complexidade da indústria, pretende-se conhecê-la tal qual acontece no dia a dia da economia,
assim como sua interrelação com os demais setores, visando entender a participação tecnológica e o
crescimento no bem-estar da sociedade.

Para melhor justificar esta questão, ainda CASTRO & LESSA 2 de forma objetiva colocam que,

Em termos de composição fatorial, o setor secundário está, em qualquer sistema,


inequivocamente associado ao fator capital. A absorção de mão-de-obra por unidade de
capital instalado nas indústrias tem variado, intensamente, ao longo do tempo, como reflexo
da revolução tecnológica. As relações entre o estoque de capital progressivamente acumulado
em várias frentes, mas fundamentalmente nas atividades industriais e a mão-de-obra acrescida
pela expansão demográfica, ou egressa da agricultura, a ser absorvida em novos empregos,
constitui uma das mais graves questões com que se defrontam os sistemas no tempo.
Justamente, sem a composição dos fatores de produção tendo como base a tecnologia, não há como
produzir e desenvolver uma economia, que precisa satisfazer as necessidades de seu povo. Numa
posição superposta, verifica-se que a indústria, de maneira geral, pode ser dividida em três blocos, de
fundamental importância para a economia e melhor compreensão da estrutura industrial, tal como ela
está colocada em qualquer base econômica do mundo. Em primeiro lugar, tem-se a indústria de
extração mineral e vegetal, são aquelas preocupadas com a produção natural, tal como existe, isto é,
minérios, madeiras e alguns outros vegetais. Em segundo lugar, tem-se a indústria de beneficiamento
que acompanha o produto in natura, beneficia e leva ao comércio e em terceiro lugar, tem-se a
indústria de transformação que objetiva trabalhar com os produtos extrativos ou beneficiados, fazendo
gerar um outro que o mercado exige a cada instante.

Com isto se tem uma visão da indústria que é o setor de maior criatividade produtiva no momento,
visto que a sociedade de consumo da modernidade está muito exigente, quanto aos produtos a
consumir, em termos de qualidade e de criatividade na busca de conseguir uma fatia do mercado
consumidor. A mídia tem exigido mais participação da demanda por produtos finais, quanto ao que o
produtor gera, pois sendo assim, os empresários, tal como colocou SCHUMPETER, devem ser antes
de tudo inventores e inovadores, para sobreviverem a um mercado inquieto. Desta forma, esses três
blocos industriais têm se diversificado o necessário, para conseguir uma indústria sólida, sem se
comprometerem os demais setores da economia, que deve caminhar dentro do princípio de
estabilidade e harmonia técnica.

Os gêneros do sector

Ao trabalhar a estrutura industrial, é importante que se conheçam os gêneros que existem, pois cada
divisão desta que foi levantada acima, têm características próprias e conseqüentemente agrupamentos
diferenciados, denominados de gêneros industriais. A estrutura industrial é decomposta de 22 gêneros
de empresas, como sendo; minerais não metálicos, metalúrgica, mecânica, material de transportes e
comunicação, borracha, madeira, química, papel e papelão e alguns outros mais, porém o último é o
gênero outros. Todos esses gêneros são agrupados obedecendo as semelhanças ou similaridades
existentes entre os participantes, que formam a composição de cada grupo desse e em cada grupo
existem os ramos que são as partes componentes, isto é necessário para se entender o próprio conceito
de indústria.

Como se sabe, o agrupamento de ramos de atividades de uma indústria é muito complicado; difícil de
ser homogeneizado, dada a multiplicidade de diversificação que existe numa economia industrial e os
tipos de produtos que são gerados no sistema econômico, para uma caracterização menos impura.
Verifique que uma indústria que esteja em competição perfeita, há uma certa facilidade dessa
agregação, tendo em vista que os produtos são homogêneos e não existem elementos mínimos que
mostrem diferenciação entre eles, portanto é fácil essa junção. Num mercado totalmente imperfeito,
onde impera a competição desleal e o poder dos oligopólios é quem comanda a dinâmica da
economia, é muito complicado ter um conceito de indústria e nem tampouco de gênero industrial na
economia.

O que se pode ter nesse contexto, de tentar proporcionar uma solução para os problemas surgidos na
economia industrial, é justamente o que foi feito quanto á junção de produtos semelhantes, ou mais ou
menos similares, que resultou na formação de grupos de produtos. Na impossibilidade de trabalhar
com um conceito de indústria, como foi denominado pela competição perfeita, utiliza-se o termo
grupo para simbolizar uma indústria, já que, para quem não conhece o seu real significado, indústria
pode até ser chamada de uma fábrica, ou uma empresa, coisa que não condiz com a verdade. O
importante é que se tenha que indústria seja um conglomerado de empresas particulares, produzindo
um produto homogêneo, ou produtos com certas semelhanças que possam ser agregadas num grupo
só.

A diversidade de produtos é fundamental porque acelera a competição no processo de venda e


dinamiza a criatividade de todos aqueles que buscam uma oportunidade de participar do mercado com
um produto diferenciado, ou com um novo produto, mesmo vindo da mesma raiz. Neste sentido, os
gêneros são agrupados justamente para facilitar o emprego do termo indústria numa economia
imperfeita, com a presença constante de conglomerados, que têm como objetivo principal sobreviver
no mercado, cuja força ainda prepondera em todos os momentos. Com isto, têm-se os grupos
industriais reunidos em seu gênero de afinidade, tal como explicou MARSHALL (1890), para
caracterizar o seu conceito de indústria numaeconomia oligopolista, que tem capacidade ociosa e o
seu preço muito acima dos custos marginais.

Classificação dos gêneros

Já que se conhecem a divisão do setor industrial e os gêneros componentes dessa divisão, é necessário
que se saibam os tipos de indústrias que participam da economia nacional, ao considerar a questão
tecnológica e a quantidade de máquinas envolvidas em todo processo de produção, que está sendo
trabalhado. Existem indústrias que exigem mão-de-obra, não como fuga do alto custo das máquinas,
mas como necessidade mesma da própria atividade em que o setor está envolvido intensivamente. Por
outro lado, existem indústrias que as suas atividades têm maior produtividade total com a utilização
do capital físico, mais intensivamente. Por conseguinte, deve obedecer a uma diferenciação, quanto a
estes dois tipos de indústrias quais sejam mais manuseáveis, ou mais mecanizadas, com uso intensivo
das máquinas.

Para melhor caracterização dos tipos de indústria pelos órgãos do Estado, verifica-se, de maior
importância a divisão feita por BACHA, em seu trabalho Os mitos de uma década, ao explicitar que
As indústrias tradicionais - madeira, mobiliário, couros epeles, têxtil, vestuário, produtos
alimentares, bebidas, fumo, editorial e gráfica. Já as indústrias dinâmicas foram divididas em
dois tipos (classes): tipo A – minerais não metálicos, metalúrgica, papel e papelão, borracha e
química, tipo B - mecânica, material elétrico e de comunicação e material de transporte.

Na verdade, numa visão mais geral, talvez não fosse preciso esta segunda divisão, já que todas
envolvem capital intensivo, uns mais, outros menos. Contudo deve-se deixar claro que todosesses
gêneros são mecanizados e muito sensíveis á transformação.

A mecanização que é desempenhada num país, numa região, ou num Estado, bem como num
município, é de fundamental importância, para que a produtividade total seja cada vez mais
aumentada, todavia, sem trazer ao contexto econômico industrial, algum desajuste com prejuízos ao
bem-estar da população. Deve haver sempre um crescimento equilibrado entre a mecanização e a
mão-de-obra existente, em especial, observando a qualidade dessa oferta de trabalhadores, que
participa da economia em andamento. É interessante observar a questão do tradicionalismo, ou o
progresso tecnológico, para sentir a real alocação dos avanços que a economia mundial está recebendo
e como alocar dentro de um sistema econômico que vive em grande conflito entre o novo e o velho, o
manual e o mecanizado.

A economia industrial como um todo, está decomposta naqueles gêneros que têm intensidade de
maquinaria pesada, com alta tecnologia mecânica e aqueles que o uso da máquina é bom, mas não é
tão forte, quanto ao uso de instrumento de engenharia com tanta intensidade como alguns gêneros
comportam. Como se sabe, alguns outros gêneros industriais, têm máquinas na sua atividade
cotidiana, porém, o uso de tais instrumentos é pequeno e o que é intensivo é a utilização da mão-de-
obra que também avança tecnologicamente dentro do princípio da manufatura. É neste sentido que se
emprega o tradicionalismo e o dinamismo dentro da economia industrial, que tem progresso
tecnológico bem mais rápido do que na agricultura, cujos incentivos são mínimos, que o diferencial
entre ambos seja mínimo.

b) Tipos de Indústria, seu conceito e suas características na economia.

Tipos de indústria

As actividades industriais consistem no processo de transformação de matéria-prima, proveniente da


natureza, em qualquer bem de consumo durável ou não durável. Os tipos de indústrias são
classificações que levam em conta o tipo de produção industrial, ou seja, o que aquela indústria
produz, há três tipos gerais de indústrias tais como:

Indústria de base ou de bens de producao


Indústrias Extractivas

São aquelas que operam a partir da extracção de recursos naturais tendo contacto direito com a
natureza por meio de uma actividade chamada extrativismo onde os recursos obtidos na extracção
serão processados dando origem a um novo produto que será utilizado em outras industrias. Este
processo possibilita o bom funcionamento de uma indústria contribuindo para o desenvolvimento da
economia.

Indústria de bens de captais ou intermediaria

São aquelas que produzem maquinarias e equipamentos utilizados por outras indústrias ou mesmo em
sistemas agrícolas mecanizados, também chamados de agro-indústrias. A partir da matéria-prima
fabrica-se um produto semiacabados ou seja, transformar matéria bruta em matéria processada, as
quais são utilizados em outras indústrias para produção de outros produtos, ou seja, a indústria fabrica
e vende máquinas e equipamentos para as outras indústrias, equipamentos estes que serão utilizados
para a produção de bens acabados, que serão vendidos para os consumidores.

Ela funciona como matriarca das indústrias, pois tem a finalidade e função de garantir que não faltem
elementos básicos para produção de bens para as outras indústrias.

Industria de consumo

Estas também são chamadas de indústrias leves que são aquelas que produzem produtos destinados ao
mercado consumidor. Diferentes das indústrias de base estas se localizam mais próximo dos centros
urbanos ou cidades, isto facilitando o acesso do produto ao consumidor. Estas indústrias encontra-se
divididas em:

Indústrias de bens duráveis

São aquelas que fornecem ao seu consumidor produtos com uma duração elevadas que as de bens
semi e não duráveis, variando o seu tempo de uso de 20-50 anos de uso ou não perecíeis como
electrodomésticos, móveis, veículos dentre outros, onde geralmente estes apresentem um monetário
elevado, devido a eficiência e qualidade do mesmo. Para tal duração as industrias responsáveis pela
sua produção, fazem o uso de materiais de ponta ou seja, de alta tecnologia, e uma mão-de-obra
qualificada para a sua produção. exemplo:

 Indústria de geração de energia: São estas responsáveis pelos fornecimento e abastecimento


de energia para as cidades.
 Indústrias automobilística: São estas responsáveis pelo fornecimento de automóveis ao
mercado consumidor, que devido ao uso da alta tecnologia nos carros, são projectados para
uma maior duração.
 Industria electrodomésticas: Responsáveis pelo fornecimento de electrodomésticos ao
mercado consumidor, electrodomésticos estes de duração a longo prazo, devido a uso de alta
tecnologia.

Indústria de bens semiduráveis

São aquelas que fornecem produtos ao mercado consumidor, produtos estes de duração media que
geralmente variam de 2-5 anos. Estas indústrias encontram-se entre as de bens duráveis e a de bens
não duráveis. E temos os seguintes exemplos:

 Industrias Telefónicas: São estas industrias de bens semiduraveis devido a obsolescência


programada nos celulares ou seja, por natureza os celulares são produzido para durarem um
determinado período de tempo, para que o consumidor tenda a comprar constantemente o
produto ou pelas inovações dos celulares criar a necessidade de comprar outro para aderir as
tendências.
 Industrias Têxteis: Responsáveis pela transformação de fibras em fios, de fios em tecidos e
de tecidos em peças de vestuários, artigos têxteis para o lar e uso doméstico ou artigos para
aplicações técnicas.
 Indústrias de calçados: Responsável pelo fornecimento de sapatos, ténis, sandálias, chinelos,
Sabrina, entre outras, que devido a participação nessa categoria de indústrias possui um tempo
limitado de uso.

Indústrias de bens não duráveis

São indústrias que produzem bens perecíveis ou seja produtos que o consumidor tende a comprar
constantemente e fazer o seu uso imediato, pois possui pouca implementação de tecnologia, tendo
baixa durabilidade. Exemplo:

 Indústria alimentícia ou alimentar: Esta e voltada para a produção de alimentos e bebidas


para o mercado consumidor, produtos estes de consumo imediato devido ao seu tempo
limitado, tais como: Bebidas, carne, peixes, mariscos, frutas, entre outras.
 Indústrias medicamentosas: Estas são voltadas ou responsáveis pelo fornecimento de
medicamentos ao consumidor por meio de farmácias ou hospitais com um tempo limitado de
uso.
c) Processo evolutivo do sector industrial no mundo até a actualidade

Revolução Industrial foi iniciada na segunda metade do século XVIII e causou profundas
transformações para a humanidade, por meio do surgimento da indústria e do capitalismo.

Por Revolução Industrial, as ciências humanas compreendem como o período de grande


desenvolvimento tecnológico que foi iniciado na Inglaterra a partir da segunda metade do século
XVIII. Com o tempo, esse desenvolvimento espalhou-se para outras partes do mundo, como a Europa
ocidental e os Estados Unidos. Assim, surgiu a indústria, e as transformações causadas por essa
possibilitaram a consolidação do capitalismo.

A economia, a nível mundial, sofreu grandes transformações. O processo de produção de mercadorias


acelerou-se bastante, já que a produção manual foi substituída pela utilização da máquina. O resultado
foi o estímulo à exploração dos recursos da natureza de maneira excessiva, uma vez que a capacidade
produtiva aumentou. A Revolução Industrial também impactou as relações de trabalho, gerando uma
reação dos trabalhadores, cada vez mais explorados no contexto industrial.

O início da Revolução Industrial ocorreu pelo desenvolvimento da máquina a vapor, que aproveita o
vapor da água aquecida pelo carvão para produzir energia e revertê-la em força para mover as
máquinas. Na Inglaterra, ainda no final do século XVII, foi criada a primeira máquina desse tipo, por
Thomas Newcomen, e, na década de 1760, esse equipamento foi aprimorado por James Watt.

Muitos historiadores sugerem, então, que a década de 1760 tenha sido o ponto de partida da
Revolução Industrial, mas existe muita controvérsia a respeito da datação do início dessa revolução.
De toda forma, é importante atermo-nos ao fato de que a Revolução Industrial ficou marcada pelo
desenvolvimento tecnológico e de máquinas que transformou o estilo de vida da humanidade.

As primeiras máquinas que surgiram voltavam-se, principalmente, para atender as necessidades do


mercado têxtil da Inglaterra. Sendo assim, grande parte das primeiras máquinas criadas veio com o
objetivo de facilitar o processo de produção de roupas. Essas máquinas teciam fios em uma
velocidade muito maior que a do processo manual, e podemos destacar algumas delas, como a
spinning frame e a water frame.

A primeira fase da Revolução Industrial corresponde à sua eclosão no século XVIII (1760 a 1850),
limitada à Europa ocidental e tendo a Inglaterra como precursora. Essa primeira fase representa o
conjunto de mudanças no setor econômico e no setor social possibilitado pela evolução tecnológica.

Esses avanços contribuíram para a consolidação de uma nova forma de produção, bem como deram
início a uma nova realidade industrial, estabelecendo um novo padrão de consumo na sociedade e
novas relações de trabalho.
A Primeira Revolução Industrial possui como marco a substituição da manufatura pela maquinofatura,
ou seja, a substituição do trabalho humano e a introdução de máquinas capazes de realizar esse
trabalho com maior precisão e em menor tempo.

Nesse período, houve a expansão do comércio, e a mecanização possibilitou maior produtividade e,


consequentemente, o aumento dos lucros. As indústrias expandiam-se cada vez mais, criando, então,
um cenário de progresso jamais visto. As principais invenções do período contribuíram para o melhor
escoamento das matérias-primas utilizadas nas indústrias e também favoreceu o deslocamento de
consumidores e a distribuição dos bens produzidos.

Os principais avanços tecnológicos conhecidos nessa fase foram:

 Uso do carvão como fonte de energia para a máquina a vapor;


 Desenvolvimento da máquina a vapor e criação da locomotiva;
 Invenção do telégrafo;
 Aparecimento de indústrias têxteis, como a do algodão;
 Ampliação da indústria siderúrgica.

A segunda fase da revolução corresponde ao processo evolutivo das tecnologias que modificaram
ainda mais o cenário econômico, industrial e social. Essa fase iniciou-se da metade do século XIX até
o início do século XX, findando-se durante a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945).

Esse período representou avanços não só tecnológicos mas também geográficos, representando o
momento em que a revolução deixou de limitar-se à Inglaterra espalhando-se para outros países, como
Estados Unidos, Japão, Alemanha e França.

A Segunda Revolução Industrial eclodiu como consequência, principalmente, das grandes revoluções
burguesas ocorridas no século XIX, representadas pela classe dominante na época, a burguesia. Essas
revoluções foram as responsáveis pelo fim do Antigo Regime e também influenciaram o
fortalecimento do capitalismo, impulsionado pela industrialização.

Foi nesse período que surgiu o capitalismo financeiro, que acabou por moldar essa fase, que ficou
conhecida como o período das grandes inovações. Esse avanço e aperfeiçoamento tecnológico
possibilitou aumentar a produtividade nas indústrias, bem como os lucros obtidos. O mundo
vivenciou novas criações e o incentivo à pesquisa, principalmente no campo da medicina.

As principais inovações dessa fase da revolução estão associadas à introdução de novas fontes de
energia e de novas técnicas de produção, com destaque para a indústria química. O uso da eletricidade
do petróleo possibilitou a substituição do vapor. A eletricidade, antes usada apenas no
desenvolvimento de pesquisas laboratoriais, passou a ser usada também no setor industrial. O petróleo
passou a ser utilizado como combustível, e seu uso difundiu-se com a invenção do motor a explosão.

Na Segunda Revolução Industrial, destacaram-se:

 A substituição do ferro pelo aço;


 O surgimento de antibióticos;
 A construção de ferrovias e navios a vapor;
 A invenção do telefone, da televisão e da lâmpada incandescente;
 O uso de máquinas e fertilizantes químicos na agricultura.

A terceira fase da Revolução Industrial iniciou-se na metade do século XX, após o fim da Segunda
Guerra Mundial, e ficou conhecida também como Revolução Técnico-Científica. A principal
mudança representada por essa fase está associada ao desenvolvimento tecnológico atribuído não só
ao processo produtivo, mas também ao campo científico. A industrialização, nesse momento,
espalhou-se pelo mundo.

A Terceira Revolução Industrial significou um novo patamar alcançado pelos avanços


tecnocientíficos que são até hoje vivenciados pela sociedade. Os principais marcos desse período
podem ser vistos por meio dos aperfeiçoamentos e das inovações nas áreas de robótica, genética,
telecomunicações, eletrônica, transporte e infraeutura. Tudo isso transformou ainda mais as relações
sociais e modificou o espaço geográfico

A terceira fase da Revolução Industrial — que integrou a ciência, a tecnologia e a produção —


transformou ainda mais a relação do homem com o meio. A apropriação dos recursos naturais era
cada vez mais intensa, visto que, a cada dia, tornou-se mais necessário viabilizar as produções em
massa.

As principais consequências da Terceira Revolução Industrial foram:

 Muitos avanços no campo da medicina;


 Criação de robôs capazes de fazer trabalhos minuciosos e mais precisos;
 Técnicas na área da genética que melhoraram a qualidade de vida da população;
 Consolidou-se o capitalismo financeiro;
 Aumento do número de empresas multinacionais;
 Maior difusão de informações e notícias, integrando o mundo todo instantaneamente;
 Aumento dos impactos ambientais negativos e esgotamento de recursos naturais;
 Preocupação com o desenvolvimento econômico que explora os recursos naturais sem se
preocupar com as gerações futuras, gerando a necessidade de buscar um modelo de
desenvolvimento sustentável.

d) As grandes regiões industriais do mundo e suas características

Conclusão

Ao finalizar este trabalho é importante que se façam algumas considerações que são fundamentais
quanto aos objetivos a que se chegou depois das investigações que foram implementadas durante a
coleta das informações teóricas.

A dinâmica da indústria lança a cada instante questionamentos e problemas que as Autoridades e os


economistas voltados para o estudo da industrialização, vêem-se atordoados com a rapidez com que
os desajustes econômicos e sociais ocorrem, e que necessitam de ser minorados, de tal forma que não
deparem com as depressões que conduzem às falências generalizadas. Alguns pontos são essenciais
que se coloquem como considerações finais desta pesquisa, que pretende alertar os estudiosos da
economia industrial para as questões basilares na dinâmica da evolução econômica que diz respeito às
relações entre todas as participantes do processo concorrencial atual.

Um primeiro ponto que merece algum complemento é quanto à estruturação sistêmica, pois,
verificou-se a importância de entender melhor o que é um sistema econômico, ou formação de rede,
especificamente, quanto ao conceito de indústria, ao referir-se aos diversos tipos de mercado, nos
vários pontos nacionais e internacionais, a questão da divisão do setor de transformação industrial em
gênero, ramos, o tamanho da empresa, tecnologia envolvida para os diversos tamanhos da firma, e
uma série de outros fatores capitais na compreensão de uma indústria em suas diversas acepções.
Além do mais, foi interessante investigar o complexo locacional, o mercado, as potencialidades
regionais, a necessidade de investimento, e a possibilidade de expansão de demanda em cada
localidade das regiões do país.
Uma segunda questão investigada é quanto ao comportamento e objetivos dos industriais, ou de
maneira geral, da indústria como um todo. A busca incessante pelo lucro constitui o objetivo
necessário, mas não suficiente para uma dinamização da instituição industrial; portanto, outros
objetivos, ou estratégias não acionadas neste processo, tais como: a busca pelo máximo possível das
receitas totais; melhorar a pauta industrial por uma melhora nos ganhos de escala; coordenar os
objetivos enfrentados entre os acionistas e os gerentes, ou diretores da empresa; dar atenção a atuação
do gerente como um ponto importante nas decisões empresariais; a atuação empresarial tem seu
significado na dinamização da indústria; não desconsiderar os riscos e incertezas nos processos
estratégicos dos que tomam decisão para o crescimento; e, finalmente, os conflitos entre empresários
com vistas a conseguirem sua posição no mercado onde atuam, e isto se viu de grande importância
para uma investigação industrial.

Referencias Bibliográfica

CASTRO, A & LESSA, C. Introdução á Economia: Uma Abordagem estruturalista. Rio de


Janeiro, FORENSE UNIVERSITÁRIA, 1974, pp.25/26.

Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FIBGE). Censo Industrial. Rio de


Janeiro, 1980, p. 10

Edmar Lisboa BACHA. Os Mitos de uma Década: Ensaios de Economia Brasileira. Rio de
Janeiro, Paz e Terra, 1975, pp. 75/76.

Você também pode gostar