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SOBRE A DISCIPLINA

A disciplina de Práticas Contábeis, do curso de Ciências Contábeis,


tem como objetivo fornecer aos alunos os conhecimentos práticos e as
habilidades necessárias para aplicar os princípios contábeis na prática. Essa
disciplina permite aos alunos aprender e vivenciar os aspectos práticos da
contabilidade, preparando-os para lidar com as demandas e desafios da
profissão de autônomo.

Durante o curso, os alunos aprenderão através das atividades, como


confeccionar a elaboração de registros contábeis, escrituração dos livros
contábeis, elaboração de proteção financeira, apuração de custos, conciliação
bancária, análise e interpretação de informações contábeis, além de aprender
sobre procedimentos e controles financeiro.

Um exemplo prático seria a elaboração de um plano de contas, no


qual os alunos são desafiados a desenvolver um plano de contas que atenda
às necessidades de uma empresa fictícia, considerando as particularidades do
setor e as normas contidas.

A disciplina de Práticas Contábeis capacita os futuros contadores a


exerceram suas funções de forma ética, precisa e eficiente, confiantes para a
tomada de decisões financeiras, a elaboração de relatório e o cumprimento das
obrigações fiscais e legais das organizações.

No geral, a disciplina de Práticas Contábeis é essencial para


fornecer aos alunos uma compreensão aprofundada dos processos contábeis e
familiarizá-los com as tarefas e responsabilidades que eles encontrarão em
suas carreiras como contadores.
CONSTITUIÇÃO COMERCIAL

A constituição de uma empresa comercial refere-se ao processo de


estabelecer legalmente uma entidade com o propósito de realizar atividades
comerciais. É um passo importante para empreendedores que desejam iniciar
um negócio e envolver a criação de uma estrutura jurídica adequada para a
empresa.

Existem várias formas jurídicas pelas quais uma empresa comercial


pode ser reconhecida, sendo as mais comuns a Sociedade Limitada (Ltda.) e a
Sociedade Anônima (SA). Vou explicar brevemente cada uma delas:

- Sociedade Limitada (Ltda.): É uma forma de organização


empresarial em que o capital social é dividido em cotas entre os sócios. Cada
sócio é responsável apenas pelo valor de suas cotas e não provavelmente
pelas dívidas da empresa. A Ltda. é uma estrutura mais flexível e com menor
exigência de formalidades, sendo comumente utilizada por pequenas e médias
empresas.
Exemplo: Uma empresa de consultoria é atendida como uma
Sociedade Limitada, onde os sócios dividem o capital social em cotas e são
responsáveis pelas atividades e decisões do negócio.
Características: Responsabilidade limitada dos sócios, flexibilidade
de gestão, simplicidade na constituição e menor burocracia.

- Sociedade Anônima (SA): É uma forma de organização


empresarial mais complexa e voltada para empresas de grande porte. O capital
social é dividido em ações, que podem ser negociadas na bolsa de valores. Os
acionistas possuem responsabilidade limitada ao valor das ações que
possuem, e a gestão é realizada por meio de um conselho de administração e
uma diretoria.
Exemplo: Uma empresa de grande porte, como uma fabricante de
automóveis, pode ser consertada como uma Sociedade Anônima. Nesse caso,
o capital da empresa é dividido em ações negociadas publicamente.
Características: Responsabilidade limitada dos acionistas, maior
exigência de formalidades, possibilidade de negociação das ações no mercado
de capitais.

Em ambos os casos, a constituição de uma empresa comercial


envolve procedimentos legais, como a elaboração do contrato social, registro
nos órgãos competentes e obtenção de alvarás e licenças necessárias para
operar o negócio. É importante consultar um contador ou advogado
especializado para garantir que todos os requisitos legais sejam atendidos
durante o processo de constituição.

Além das Sociedades Limitadas (Ltda.) e Sociedades Anônimas


(SA), existem outras formas de constituição de sociedades comerciais. Aqui
estão mais algumas delas:

- Empresário Individual: Nessa forma de constituição, a empresa é


de propriedade e responsabilidade de uma única pessoa, que é o empresário
individual. Não há separação legal entre o patrimônio pessoal e empresarial, o
que significa que o empresário responde ilimitadamente pelas dívidas e
obrigações da empresa.
Exemplo: Um autônomo que exerce uma atividade comercial por
conta própria, sem constituir uma sociedade ou empresa.
Características: Propriedade e responsabilidade únicas,
simplicidade na constituição e menor burocracia.

- Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI):


Essa forma de empresa foi criada para permitir que um único indivíduo
constituísse uma empresa com responsabilidade limitada, sem a necessidade
de ter sócios. O patrimônio da empresa é separado do patrimônio pessoal do
empresário.
Exemplo: Um profissional autônomo que deseja ter a proteção de
responsabilidade limitada, sem a necessidade de ter sócios.
Características: Responsabilidade limitada do empresário,
separação do patrimônio pessoal e empresarial, necessidade de capital mínimo
para a constituição.

- Cooperativa: É uma forma de organização empresarial na qual um


grupo de pessoas se une para alcançar objetivos comuns, como produção,
consumo ou prestação de serviços. As cooperativas são motivadas nos
princípios de ajuda mútua, igualdade e participação democrática.
Exemplo: Uma cooperativa de agricultores que se unem para
adquirir insumos a preços mais baixos ou comercializar seus produtos em
conjunto.
Características: Gestão democrática, compartilhamento de riscos e
benefícios entre os cooperados.

Essas são apenas algumas das formas de constituição de empresas


comerciais. Existem outras modalidades, como sociedades em comandita
simples, sociedades em comandita por ações, sociedades simples, entre
outras, que podem ser mais adequadas para determinadas situações ou
necessidades específicas. É sempre importante considerar como
características, vantagens e requisitos legais de cada forma jurídica antes de
tomar a decisão de constituir uma empresa.

ELABORAÇÃO DE PLANO DE CONTAS

A elaboração de um plano de contas é um processo fundamental na


área contábil, pois consiste na estruturação e organização das contas utilizadas
para registrar as transações financeiras e contábeis de uma empresa. O plano
de contas é essencial para a correta classificação e análise dos dados
contábeis, permitindo o registro sistemático das operações e a geração de
relatórios financeiros.

- Estrutura do plano de contas: O plano de contas é composto por


uma lista hierárquica de contas contábeis, organizadas em níveis. Os níveis
podem variar de acordo com a complexidade e necessidades da empresa, mas
geralmente são divididos em categorias, como ativo, passivo, patrimônio
líquido, receitas e despesas. Cada categoria pode ser subdividida em
subcategorias mais específicas, permitindo uma classificação adequada das
transações contábeis.

- Contas contábeis: As contas contábeis são os elementos básicos


do plano de contas. Elas representam as diferentes categorias de itens
financeiros que a empresa precisa acompanhar e registrar. Cada conta contábil
possui um número ou código específico que a identifica dentro do plano de
contas.
Exemplo: No nível de ativo, algumas contas contábeis comuns são
"Caixa", "Bancos", "Contas a Receber" e "Estoques". No nível de despesas,
podemos ter contas como "Salários e Encargos", "Aluguel" e "Material de
Escritório".

- Classificação e ênfase: As contas contábeis são classificadas e


codificadas de acordo com a estrutura hierárquica do plano de contas. A
codificação pode ser numérica ou alfanumérica e é útil para facilitar a
identificação e o agrupamento de contas semelhantes.
Exemplo: Um código para a conta "Caixa" pode ser "1.1.01", onde
"1" indica o nível do ativo, "1" representa a categoria de disponibilidades e "01"
identifica uma subcategoria específica de caixa.

- Personalização do plano de contas: Cada empresa tem suas


próprias características e necessidades contábeis, portanto, é importante
personalizar o plano de contas de acordo com a realidade da organização. É
recomendável considerar fatores como o setor de atuação da empresa, o porte,
a legislação aplicável e o relatório financeiro desejado.
Exemplo: Uma empresa do setor de varejo pode precisar de contas
específicas para registro de vendas, como "Vendas à vista" e "Vendas a
prazo", enquanto uma empresa de serviços pode ter contas para registro de
horas trabalhadas ou contratos de prestação de serviços .
Ao elaborar um plano de contas, é essencial considerar uma
estrutura hierárquica, a codificação, a personalização e as necessidades
específicas da empresa. Também é importante revisar e ajustar o plano de
contas periodicamente, de acordo com as mudanças nas atividades e nas
necessidades contábeis da empresa. O contador é o profissional mais
adequado para elaborar e/ou atualizar do plano de contas, garantindo sua
eficiência e eficiência para o registro e controle das operações financeiras.

Modelo de Plano de Contas:

1. Ativo
1.1 Ativo Circulante
1.1.01 Caixa
1.1.02 Bancos
1.1.03 Aplicações Financeiras
1.1.04 Contas a Receber
1.1.05 Estoques
1.2 Ativo Não Circulante
1.2.01 Imobilizado
1.2.01.01 Terrenos
1.2.01.02 Edifícios
1.2.01.03 Máquinas e Equipamentos
1. 2 .01.04 Veículos
1.2.02 Investimentos
1.2.02.01 Participações Societárias
1.2.02.02 Títulos e Valores Mobiliários
1.2.03 Intangível
1.2.03.01 Ágio
1.2.03.02 Marcas e Patentes

2. Passivo
2.1 Passivo Circulante
2.1.01 Fornecedores
2.1.02 Empréstimos e Financiamentos de Curto Prazo
2.1.03 Contas a Pagar
2.1.04 Salários e Encargos Sociais a Pagar
2.2 Passivo Não Circulante
2.2.01 Empréstimos e Financiamentos de Longo Prazo
2.2.02 Provisões Trabalhistas e Tributárias
2.2.03 Debêntures
2.2.04 Impostos e Contribuições a Recolher

3. Patrimônio Líquido
3.1 Capital Social
3.2 Reservas de Lucros
3.3 Prejuízos Acumulados

4. Receitas
4.1 Receitas de Vendas
4.1.01 Vendas à Vista
4.1.02 Vendas a Prazo
4.2 Receitas Financeiras
4.2.01 Juros sobre Aplicações Financeiras
4.2.02 Rendimentos de Investimentos

5. Despesas
5.1 Despesas Operacionais
5.1.01 Salários e Encargos Sociais
5.1.02 Aluguel
5.1.03 Material de Escritório
5.2 Despesas Financeiras
5.2.01 Juros sobre Empréstimos e Financiamentos
5.2.02 Despesas Bancárias
5.3 Despesas Tributárias
5.3.01 Impostos sobre Vendas
5.3.02 Impostos sobre o Lucro
PARAMETRIZAÇÃO DE INTEGRAÇÕES CONTÁBEIS (MÓDULOS: FISCAL,
FOLHA DE PAGAMENTO E FINANCEIRO)

A parametrização de integrações contábeis entre os módulos fiscal,


folha de pagamento e financeiro é um processo que visa estabelecer as
configurações e regras necessárias para que as informações contábeis sejam
corretamente registradas e integradas entre esses diferentes sistemas. Essa
parametrização é fundamental para garantir a consistência e precisão dos
dados contábeis gerados a partir das transações realizadas nos demais
módulos.

Abaixo, vamos explicar cada um desses módulos e como funciona a


parametrização de suas integrações contábeis:

Módulo Fiscal: O módulo fiscal é responsável pelo controle e


registro das operações tributárias da empresa. Ele abrange atividades como
apuração de impostos, emissão de notas fiscais, controle de obrigações
acessórias e cumprimento das legislações fiscais cabíveis. A parametrização
das integrações contábeis no módulo fiscal envolve configurar corretamente as
contas contábeis que serão utilizadas para registrar as receitas, despesas e
obrigações tributárias.

Módulo Folha de Pagamento: O módulo de folha de pagamento


lida com todos os aspectos relacionados ao pagamento dos funcionários, como
pagamentos de salários, encargos sociais, benefícios e retenções. A
parametrização das integrações contábeis nesse módulo envolve mapear
corretamente as contas contábeis que serão utilizadas para registrar as
despesas relacionadas à folha de pagamento, como tributos, encargos
trabalhistas e benefícios.

Módulo Financeiro: O módulo financeiro trata das atividades de


controle e gestão das finanças da empresa, como contas a pagar, contas a
receber, fluxo de caixa, conciliação bancária e demais operações financeiras. A
parametrização das integrações contábeis no módulo financeiro envolve
configurar as contas contábeis registradas para registrar as movimentações
financeiras, tanto de entradas quanto de saídas de recursos.

Na prática, a parametrização das integrações contábeis geralmente


é realizada por meio de configurações nos próprios sistemas de gestão
empresarial (ERPs), que possuem opções específicas para definir as contas
contábeis associadas a cada transação ou evento. Essas configurações podem
incluir a definição de planos de contas, codificação das contas, mapeamento
das contas entre os diferentes módulos e definição de regras de contabilização.

A forma exata de fazer a parametrização pode variar de acordo com


o sistema utilizado pela empresa. É importante consultar os documentos do
sistema, manuais de usuário ou buscar suporte técnico específico para obter
orientações detalhadas sobre como configurar as integrações contábeis entre
os módulos fiscais, folha de pagamento e financeiro.

É relevante ressaltar que a parametrização precisa ser obedecida


com as normas contábeis cumpridas, como a legislação fiscal e as práticas de
consumo adotadas pelo país onde a empresa está localizada, para garantir que
as integrações contábeis estejam configuradas de acordo com as exigências
legais e contábeis vigentes.

Como os sistemas de gestão empresarial variam, não é possível


citar referências específicas de configuração para todos os sistemas existentes.
Recomenda-se consultar os documentos do sistema utilizado ou buscar
informações junto ao fornecedor do software para obter detalhes sobre como
realizar a parametrização das integrações contábeis nos módulos fiscal, folha
de pagamento e financeiro.

Abaixo estão os passos básicos para realização da parametrização


das integrações contábeis:

Identificação das necessidades contábeis: Antes de iniciar a


parametrização, é importante entender quais são as informações contábeis
relevantes para a empresa e como elas devem ser registradas nos módulos
fiscal, folha de pagamento e financeiro. É necessário identificar como contas
contábeis, os centros de custo, as alíquotas de impostos, as regras de cálculo
de folha de pagamento, entre outros elementos necessários.

Configuração dos sistemas: Com base nas necessidades


contábeis identificadas, é necessário realizar a configuração dos sistemas de
gestão, definindo os parâmetros e regras de contabilidade adequados. Isso
pode envolver a criação de contas contábeis, a definição de planos de contas,
a configuração de alíquotas de impostos, a parametrização de centros de
custo, entre outras configurações específicas de cada módulo.

Mapeamento e integração de dados: Uma vez que os sistemas


estão configurados, é necessário realizar o mapeamento e a integração dos
dados contábeis entre os módulos. Isso envolve definir quais informações
devem ser relevantes entre os sistemas, quais registros contábeis devem ser
gerados e como eles devem ser contabilizados nas respectivas contas.

Testes e validações: Após a parametrização e integração dos


sistemas, é importante realizar testes e validações para garantir que os dados
estejam sendo transferidos corretamente e que as informações registradas
sejam consistentes e precisas. Esses testes podem envolver a execução de
simulações, a conferência de relatórios contábeis e a verificação dos registros
nos respectivos módulos.

ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL (LANÇAMENTOS, PROVISÕES,


DEPRECIAÇÃO E DEMAIS ROTINAS).

A escrituração contábil é o processo de registrador, de forma


sistemática e organizada, todas as transações financeiras e contábeis
realizadas por uma empresa. Ela é responsável por manter um registro preciso
e detalhado das operações, permitindo a geração de relatórios financeiros e o
cumprimento das obrigações legais.
Aqui estão os conceitos e passos básicos para realizar a
escrituração contábil:

Lançamentos contábeis: Os lançamentos contábeis são a base da


escrituração contábil. Eles representam o registro das transações financeiras e
contábeis da empresa. Cada lançamento contábil é composto por uma ou mais
contas contábeis, indicando o débito e o crédito relacionado à transação. Os
lançamentos seguem o princípio da partida dobrada, onde cada débito deve ter
uma assinatura em crédito de igual valor.
Exemplo: Um lançamento contábil para registrar uma venda em
dinheiro seria: Débito na conta "Caixa" e Crédito na conta "Receitas de
Vendas".

Provisões: As provisões contábeis são registros contábeis de


obrigações presentes ou futuras da empresa. Elas são feitas quando há a
expectativa de uma obrigação futura, mas o valor exato ainda não pode ser
determinado com precisão. Alguns exemplos comuns de provisões são
provisões para férias, provisões para contingências legais e provisões para
devedores duvidosos.

Depreciação: A depreciação é o reconhecimento da perda de valor


dos ativos fixos da empresa ao longo do tempo. A depreciação é registrada
para alocar o custo dos ativos tangíveis, como prédios, máquinas e
equipamentos, ao longo de sua vida útil estimada. Existem diferentes métodos
de depreciação, como o linear, o degressivo e baseado em unidades de
produção.

Demais rotinas contábeis: Além dos lançamentos, provisões e


depreciação, existem outras rotinas contábeis que podem ser realizadas na
escrituração contábil. Isso pode incluir a conciliação bancária, o fechamento
mensal, o ajuste de saldos, a reclassificação de contas, entre outras atividades
que garantem a precisão e a integridade dos registros contábeis.
Para realizar a escrituração contábil na prática, é necessário seguir
alguns passos essenciais:

Organização dos documentos: É importante organizar e reunir todos


os documentos financeiros relevantes, como notas fiscais, comprovantes de
pagamento, extratos bancários e contratos. Esses documentos servirão como
base para os registros contábeis.

Identificação das contas contábeis: Com base nos documentos e


nas transações, identifique as contas contábeis contábeis para registrar cada
operação. Utilize o plano de contas da empresa como referência para garantir a
consistência e a classificação correta dos lançamentos.

Registro dos lançamentos: Realize os registros contábeis


correspondentes para registrar as transações financeiras e contábeis. Verifique
se os débitos e créditos estão corretamente associados e se seguem o
princípio da partida dobrada.

Conciliação e fechamento: Realize a conciliação bancária para


comparar os lançamentos contábeis com os extratos bancários e garantir a
precisão das informações. Ao final de cada período contábil, faça o fechamento
contábil, verificando e ajustando os saldos das contas para preparar os
relatórios financeiros.

É importante destacar que a escrituração contábil deve seguir as


normas e princípios contábeis adotados no país.

APURAÇÃO DOS CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS

Apuração dos custos das mercadorias vendidas (CMV) é um


processo independente que consiste em determinar o valor dos custos
incorridos na produção ou aquisição das mercadorias vendidas durante um
determinado período de tempo. Essa informação é essencial para calcular o
lucro bruto da empresa e para avaliar a eficiência dos processos de produção e
gestão de estoque.

Existem diferentes métodos de apuração dos custos das


mercadorias vendidas, sendo os mais comuns:

Método do Custo Médio Ponderado: Nesse método, o custo das


mercadorias vendidas é calculado com base no custo médio ponderado de
todas as mercadorias disponíveis para venda. O custo médio ponderado é
conseguir dividir o valor total dos estoques pelo total de unidades em estoque.

Método do Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS): Também


conhecido como FIFO (First-In, First-Out), esse método assume que as
mercadorias mais antigas adquiridas ou produzidas são as primeiras a serem
vendidas. O custo das mercadorias vendidas é calculado com base no custo
das unidades mais antigas em estoque.

Método do Último a Entrar, Primeiro a Sair (UEPS): Também


conhecido como LIFO (Last-In, First-Out), esse método assume que as
mercadorias mais adquiridas ou produzidas são as primeiras a serem vendidas.
O custo das mercadorias vendidas é calculado com base no custo das
unidades mais recentes em estoque.

A escolha do método de apuração dos custos das mercadorias


vendidas depende da política adotada pela empresa e das exigências legais do
país em que ela opera.

Para fazer a apuração dos custos das mercadorias vendidas na


prática, siga estas etapas:

Registre todas as compras de mercadorias ao longo do período e


mantenha um controle detalhado de todas as entradas e saídas de estoque.
Determine o método de apuramento dos custos a ser utilizado (custo
médio ponderado, PEPS ou UEPS) com base na política jurídica da empresa e
nas exigências legais.

Calcule o custo das mercadorias disponíveis para venda somando


os valores de estoque inicial mais conforme as compras realizadas durante o
período.

Calcule o custo das mercadorias vendidas utilizando o método


escolhido. Se estiver usando o método do custo médio ponderado, divida o
valor total dos estoques pelo total de unidades em estoque para obter o custo
médio ponderado. Multiplique esse valor pelo total de mercadorias vendidas.

Se estiver usando o método PEPS, identifique o custo das unidades


mais antigas em estoque e multiplique pelo total de mercadorias vendidas.

Se estiver usando o método UEPS, identifique o custo das unidades


mais recentes em estoque e multiplique pelo total de mercadorias vendidas.

É importante lembrar que a apuração dos custos das mercadorias


vendidas deve ser consistente e realizada de forma sistemática para obter
informações contábeis precisas e úteis.

BALANÇO DE VERIFICAÇÃO

O balancete de verificação é um relatório contábil que lista todas as


contas contábeis e seus saldos em determinado período, geralmente ao final
de um mês. Ele tem como objetivo verificar se o método de partida dobrada
está sendo aplicado corretamente, ou seja, se a soma dos saldos devedores é
igual à soma dos saldos credores. É um instrumento fundamental para garantir
a exatidão dos registros contábeis e identificar possíveis erros ou
inconsistências nas transações.
A estrutura do saldo de controle é dividida em três colunas
principais: a coluna das contas contábeis, a coluna dos saldos devedores e a
coluna dos saldos credores. Cada conta contábil é listada individualmente, e
seus saldos devedores e credores são registrados nas contas
correspondentes.

A seguir, descrevo os passos para a elaboração de um balancete de


verificação:

Listagem das contas contábeis: Inicialmente, todas as contas


contábeis da empresa devem estar relacionadas, seguindo uma estrutura do
plano de contas utilizado pela empresa. Cada conta independente terá um
número ou código identificador único.

Identificação dos saldos: Para cada conta contábil listada, os


saldos devem ser identificados. O saldo de uma conta pode ser devedor
(positivo) ou credor (negativo), dependendo da natureza da conta e do saldo
acumulado.

Classificação dos saldos: Os saldos das contas devem ser


classificados nas colunas devedor e credor do saldo de verificação. Os saldos
devedores são registrados na coluna devedor, e os saldos credores na coluna
credor.

Cálculo das somas: Ao final do balancete, é feita a soma dos


saldos devedores e dos saldos credores. Em um equilíbrio equilibrado, essas
somas devem ser iguais. Caso haja diferença, significa que ocorreu um erro na
escrituração contábil, e é necessário realizar uma revisão e ajuste dos
lançamentos contábeis para corrigir a inconsistência.

A elaboração do balancete de verificação pode ser feita


manualmente ou com o auxílio de sistemas de gestão contábil. A utilização de
um software contábil facilita o processo, pois os saldos das contas podem ser
obtidos automaticamente a partir do registro contábil realizado no sistema.
O balancete de verificação é um instrumento importante para a
conciliação contábil e para a preparação de supervisão financeira, como o
Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. Ele fornece
uma visão geral dos saldos das contas contábeis e auxilia na análise e tomada
de decisões financeiras.
A estrutura do balancete de verificação geralmente segue o formato
de três colunas: uma para o saldo devedor, outra para o saldo credor e uma
terceira para o saldo resultante (diferença entre débitos e créditos). O saldo
resultante deve ser zero, indicando que as contas estão em equilíbrio.

Exemplo simplificado de um balancete de verificação:

Conta Saldo Devedor Saldo Credor Saldo Resultante

caixa R$ 10.000 R$ 10.000

bancos R$ 5.000 R$ -5.000

Fornecedores R$ 8.000 R$ -8.000

Receitas de Vendas R$ 15.000 R$ -15.000

Despesas Operacionais R$ 7.000 R$ 7.000

Total R$ 17.000 R$ 28.000 R$ -11.000

Neste exemplo, o balancete de verificação indica que as contas


"Caixa", "Fornecedores" e "Despesas Operacionais" possuem saldo devedor,
enquanto as contas "Bancos" e "Receitas de Vendas" possuem saldo credor. O
saldo resultante, quando somados todos os saldos devedores e subtraídos os
saldos credores, é de R$ -11.000, o que indica um equilíbrio contábil.

Caso o balancete de verificação apresente um resultado diferente de


zero, é necessário investigar e corrigir os erros ou omissões nos registros
contábeis até que o equilíbrio seja alcançado.
CONCILIAÇÃO CONTÁBIL

A conciliação contabilizada é um procedimento importante realizado


para garantir a consistência e a exatidão dos registros contábeis de uma
empresa. Consiste em comparar e reconciliar os saldos contábeis de uma
conta específica nos registros contábeis internos com os saldos
correspondentes em fontes externas, como extratos bancários, documentos de
suporte e outras informações financeiras.

Aqui estão os passos básicos envolvidos na conciliação contábil:

Seleção das contas a conciliar: Selecione as contas contábeis que


serão objeto de conciliação. Normalmente, as contas mais comumente
conciliadas incluem contas bancárias, contas a receber, contas a pagar, entre
outras contas de grande confraternização financeira.

Obtenção de informações externas: Obtenha informações


externas que podem ser utilizadas para a conciliação das contas selecionadas.
Isso pode incluir extratos bancários, faturas de fornecedores, comprovantes de
pagamentos, notas fiscais, entre outros documentos relevantes.

Comparação dos saldos: compare os saldos contábeis registrados


internamente com os saldos correspondentes nas fontes externas. Verifique se
os valores coincidem e se há diferenças entre eles.

Identificação de divergências: Caso haja divergências entre os


saldos contábeis internos e os saldos externos, investigue as causas das
diferenças. Isso pode envolver uma revisão dos lançamentos contábeis, uma
verificação de transações não registradas ou uma identificação de lançamentos
incorretos ou duplicados.
Realização de ajustes contábeis: Se necessário, ajustes contábeis
de fachada para corrigir as diferenças identificadas. Isso pode incluir a criação
de lançamentos de ajuste, a correção de erros de registro ou a atualização dos
saldos contábeis para refletir corretamente como transação.

Documentação e arquivamento: Registre todos os passos e


resultados da conciliação contábil de forma adequada. Isso pode incluir a
criação de relatório de conciliação, documentos das diferenças comunitárias,
descrição dos ajustes realizados e arquivamento dos documentos
comprobatórios.

A conciliação contábil é uma prática recomendada para garantir a


exatidão e a integridade dos registros contábeis, bem como para identificar e
corrigir erros ou discrepâncias. Ela desempenha um papel crucial na produção
de processos financeiros precisos, além de auxiliar na identificação de
possíveis fraudes ou problemas internos.

É importante realizar uma conciliação regularmente,


preferencialmente mensalmente, para evitar o acúmulo de diferenças e garantir
a correção oportuna de quaisquer problemas identificados. O uso de sistemas
de gestão empresarial adequados e a adoção de boas práticas de controle
interno são fundamentais para facilitar e aprimorar o processo de conciliação
empresarial.

APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

A apuração do resultado do exercício é um processo contábil que


envolve o cálculo do lucro ou prejuízo obtido por uma empresa em determinado
período, geralmente no final do ano fiscal. Essa apuração é importante para a
avaliação do desempenho financeiro da empresa, a chefia dos impostos
devidos e a distribuição de lucros aos acionistas. A seguir, descrevo os passos
básicos para apuração do resultado do exercício:
Receitas: Algumas todas as receitas permanecem pela empresa
durante o período contábil em questão. Isso pode incluir vendas de produtos,
serviços prestados, receitas financeiras, aluguéis, entre outras fontes de
receita. É importante registrar as receitas de acordo com o princípio da
competência, ou seja, no momento em que são realizadas ou quando há um
direito legal para recebê-las.

Custos e despesas: Some todos os custos e despesas incorridos


pela empresa no mesmo período. Os custos referem-se aos gastos
relacionados à produção ou aquisição de bens ou serviços vendidos pela
empresa. As despesas, por sua vez, englobam os gastos necessários para a
operação da empresa, como acidentes, aluguéis, despesas administrativas,
entre outros.

Lucro ou receita bruta: Subtraia os custos e despesas das receitas


para obter o lucro bruto. Se o resultado for positivo, trata-se de um lucro bruto.
Se for negativo, é um lucro bruto.

Outros resultados operacionais: Analise outras receitas e


despesas que não estão diretamente relacionadas às atividades principais da
empresa, como ganhos ou perdas com venda de ativos fixos, receitas ou
despesas não operacionais. Some ou subtraia esses valores do lucro ou
prejuízo bruto, conforme o caso.

Resultado antes dos impostos: Adicione ou subtraia o resultado


dos itens anteriores para chegar ao resultado antes dos impostos. Esse valor
representa o lucro ou prejuízo obtido pela empresa antes do pagamento dos
impostos devidos.

Impostos: Calcule os impostos devidos sobre o resultado antes dos


impostos. Isso pode incluir imposto de renda, contribuição social, entre outros
tributos, de acordo com as leis fiscais completas. Subtraia o valor dos impostos
do resultado antes dos impostos para obter o lucro líquido ou o prejuízo líquido.
Destino dos resultados: Determina o destino dos resultados
obtidos. Isso pode incluir a retenção de lucros para reinvestimento na empresa,
a distribuição de dividendos aos acionistas, a destinação para reservas de
lucros ou outras destinações conforme previsto no estatuto da empresa.

É importante ressaltar que a apuração do resultado do exercício


segue as normas e práticas contábeis cumpridas no país onde a empresa
opera. É fundamental adotar as regras contábeis corretas e manter a
consistência no tratamento dos itens contábeis ao longo do tempo.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (BALANÇO PATRIMONIAL E


DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO)

As demonstrações contábeis, como o Balanço Patrimonial e a


Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), são relatórios financeiros
essenciais que fornecem informações sobre a situação financeira, o
desempenho e os resultados de uma empresa em um determinado período.
Essas demonstrações são preparadas com base nos registros contábeis da
empresa e são utilizadas por investidores, credores, gestores e outras partes
interessadas para avaliar a saúde financeira e o desempenho do negócio.

Sobre o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do


Exercício:

Balanço Patrimonial: O Balanço Patrimonial é uma demonstração


independente que apresenta a posição financeira da empresa em um
determinado momento, geralmente no final do exercício contábil. Ele é dividido
em duas seções principais: Ativo e Passivo. O Ativo representa os recursos
controlados pela empresa, enquanto o Passivo representa as obrigações e
compromissos financeiros da empresa.
Ativo: O Ativo é subdividido em Ativo Circulante (bens e direitos que
são esperados para serem realizados ou consumidos em curto prazo) e Ativo
Não Circulante (bens e direitos que têm um prazo de realização ou consumo a
longo prazo). Exemplos de contas do Ativo incluem caixa, contas a receber,
ações, investimentos, imobilizado e intangível.
Passivo: O Passivo é subdividido em Passivo Circulante
(obrigações que são esperadas para serem liquidadas em curto prazo) e
Passivo Não Circulante (obrigações que têm um prazo de liquidação a longo
prazo). Exemplos de contas do Passivo incluem contas a pagar, empréstimos,
financiamentos, provisões e obrigações fiscais.
O Balanço Patrimonial segue o princípio da igualdade patrimonial,
que estabelece que o total dos Ativos deve ser igual ao total dos Passivos mais
o Patrimônio Líquido. Essa igualdade é expressa na fórmula: Ativo = Passivo +
Patrimônio Líquido.

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): A


Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma demonstração
eletrônica que apresenta o desempenho financeiro da empresa em um
determinado período, geralmente um ano fiscal. Ela fornece informações sobre
as receitas, as despesas e o lucro ou prejuízo líquido da empresa.
A DRE é dividida em várias seções, que podem variar de acordo
com a legislação e as práticas de consumo adotadas. Alguns itens comuns
encontrados na DRE incluem:

1. Receitas de Vendas: Representa as receitas geradas pelas


vendas de produtos ou serviços da empresa.
2. Custos das Mercadorias Vendidas (CMV) ou Custos dos
Serviços Prestados (CSP): Representa os custos
relacionados diretamente à produção ou prestação de
serviços.
3. Despesas Operacionais: Inclui despesas como encargos e
encargos, aluguel, despesas com marketing, entre outros.
4. Resultado Financeiro: Inclui receitas e despesas financeiras,
como juros de empréstimos, rendimentos de aplicações
financeiras, entre outros.
5. Impostos e Contribuições: Representa os impostos e
contribuições devidos pela empresa.
6. Lucro ou Prejuízo Líquido: É o resultado final da
demonstração, obtido pela diferença entre as receitas e os
ganhos e as despesas e perdas.

Tanto o Balanço Patrimonial, quanto a Demonstração do Resultado


do Exercício, são demonstrações que devem ser elaborados em conformidade
com as normas contábeis e fiscais aplicáveis ao país em que a empresa está
sediada. Elas devem ser revisadas e auditadas por profissionais registrados
para garantir a sua confiabilidade e conformidade com as práticas de registro.

Essas reservas são instrumentos importantes para a análise


financeira e para a tomada de decisões por parte da administração da empresa
e de outros interessados, como investidores e instituições financeiras.

PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA

O preenchimento da declaração do Imposto de Renda é um


processo importante para cumprir com as obrigações fiscais e fornecer
informações precisas sobre sua situação financeira ao órgão fiscalizador. Aqui
estão os passos básicos para o preenchimento da declaração do Imposto de
Renda (considerando a declaração no Brasil):

Coleta de documentos e informações: Reúna todos os


documentos e informações necessárias para o preenchimento da declaração,
como comprovantes de rendimentos, informes de bancos, recibos médicos,
comprovantes de despesas escolares, entre outros.

Acesso ao programa de declaração: Baixe o programa da Receita


Federal específico para o ano corrente (por exemplo, o Programa IRPF -
Imposto de Renda Pessoa Física) ou utilize o serviço online disponibilizado
pela Receita Federal.

Identificação e escolha do tipo de declaração: Insira seus dados


pessoais, como nome, CPF, endereço, entre outros. Em seguida, escolha o
tipo de declaração adequada para o seu caso (por exemplo, declaração
simplificada ou completa).

Preenchimento das informações de rendimentos: Informe os


rendimentos recebidos ao longo do ano, tais como benefícios, benefícios,
aluguéis, pensões, entre outros. Utilize os comprovantes de rendimentos
fornecidos pelas fontes pagadoras como base para as informações.

Informação dos bens e direitos: Declare os bens e direitos de sua


propriedade, tais como imóveis, veículos, investimentos financeiros, entre
outros. Informe também dívidas existentes.

Deduções e despesas: Informe as despesas que podem ser


deduzidas do imposto devido, como gastos com saúde, educação, pensão
alimentícia, previdência privada, entre outros. Utilize os comprovantes e recibos
para informar os valores corretamente.

Verificação e transmissão da declaração: Verifique todas as


informações recebidas, certifique-se de que estão corretas e faça a
transmissão da declaração para a Receita Federal. Guarde uma cópia do
recibo de entrega.

Pagamento ou restituição: Caso seja identificado um imposto


devido, efetue ou pague dentro do prazo estabelecido pela Receita Federal. Se
houver direito a restituição, acompanhe os dados de restituição divulgados pelo
órgão.

CONTAS A PAGAR (LANÇAMENTOS E BAIXA DE TÍTULOS, EMISSÃO DE


CHEQUE E DEMAIS ROTINAS)

Vamos explorar o tópico de Contas a Pagar, incluindo lançamentos e


baixa de títulos, emissão de cheque e outras rotinas. A seguir, informações
relevantes, conceitos, exemplos e uma conclusão para o conteúdo idêntico:
Lançamentos e Baixa de Títulos

No contexto contábil, as contas a pagar representam obrigações


financeiras de uma empresa com seus fornecedores, importações de serviços
e outros credores. O processo de lançamento e baixa de títulos a pagar
envolvendo o registro e controle dessas obrigações no sistema contábil da
empresa. Aqui estão os principais conceitos e etapas desse processo:

Lançamentos de Contas a Pagar: Quando uma empresa adquire


produtos ou serviços a prazo, é necessário registrar o lançamento para
reconhecer a obrigação. O lançamento é feito creditando a conta
"Fornecedores" (passivo) e debitando a conta relacionada ao tipo de compra
(exemplo: "Compras de Mercadorias" ou "Despesas com Serviços").
Exemplo de lançamento: Suponha que uma empresa comprou R$
5.000 em mercadorias a prazo. O lançamento seria: Débito em "Compras de
Mercadorias" (ativo) e crédito em "Fornecedores" (passivo).

Baixa de Títulos a Pagar: Quando a empresa efetua o pagamento


de uma conta a pagar, é necessário registrar a baixa do título no sistema
contábil. A baixa é feita creditando a conta "Fornecedores" e debitando a conta
"Caixa" ou "Banco", dependendo do meio de pagamento utilizado.
Exemplo de baixa: Suponha que a empresa pagou R$ 5.000 ao
fornecedor. A baixa seria: Débito em "Fornecedores" (passivo) e crédito em
"Caixa" ou "Banco" (ativo).

Emissão de Cheque: A emissão de cheque é um método comum


para o pagamento de contas a pagar. Ao emitir um cheque, é necessário
registrar o lançamento correspondente. O lançamento é feito debitando a conta
"Fornecedores" e creditando a conta "Banco".
Exemplo de emissão de cheque: Ao emitir um cheque de R$ 5.000
para pagamento de uma conta a pagar, o lançamento seria: Débito em
"Fornecedores" (passivo) e crédito em "Banco" (ativo).
A disciplina de Prática Contábil abrange o entendimento e a
aplicação dos processos relacionados às contas a pagar. A realização correta
dos registros contábeis e a baixa de títulos a pagar são fundamentais para
manter o controle adequado das obrigações financeiras da empresa. Além
disso, a emissão de cheques é uma prática comum no pagamento das contas a
pagar, sendo necessário registrar as transações.

CONTAS A RECEBER (LANÇAMENTOS E RECEBIMENTOS DE TÍTULOS E


DEMAIS ROTINAS)

Compreender as rotinas relacionadas às contas a receber é


fundamental na disciplina de Prática Contábil. Vamos abordar os conceitos, os
lançamentos contábeis, os recebimentos de títulos e outras rotinas
relacionadas. A seguir, segue uma explicação sobre cada tópico:

Contas a receber: As contas a receber representam os valores a


serem recebidos pela empresa por vendas de produtos, prestação de serviços
ou outras transações comerciais nas quais o pagamento foi efetuado em um
momento futuro. Essas contas são ativas para a empresa, pois representam
direitos a receber valores monetários.

Lançamentos contábeis: Ao registrar as contas a receber, são


feitos lançamentos contábeis para reconhecer a obrigação do cliente em pagar
o valor devido. O lançamento típico envolve o débito em uma conta específica
relacionada à natureza da receita, como "Clientes" ou "Contas a Receber", e o
crédito em uma conta de receita correspondente, como "Vendas" ou "Serviços
Prestados".

Exemplo de lançamento contábil: Ao vender produtos no valor de


R$ 5.000 a prazo para um cliente, o lançamento seria: Débito em "Clientes"
(ativo) ou "Contas a Receber" (ativo) e crédito em "Vendas" (receita) .

Recebimentos de títulos: Quando um cliente realiza o pagamento


de uma conta a receber, é necessário registrar o destinatário do título
correspondente. O lançamento contábil para o receptor de um título a receber
envolve o débito em uma conta de ativo (como "Caixa" ou "Banco") e o crédito
na conta de "Clientes" ou "Contas a Receber".
Exemplo de lançamento tributário para receptor de título: Ao receber
R$ 5.000 de um cliente, o lançamento seria: Débito em "Caixa" (ativo) ou
"Banco" (ativo) e crédito em "Clientes" (ativo) ou "Contas a Receber" (ativo).

Outras rotinas relacionadas: Além dos lançamentos e dos


recebimentos de títulos, existem outras rotinas relacionadas às contas a
receber. Isso pode incluir a conciliação das contas a receber com os extratos
bancários, o controle de inadimplência, a análise de crédito dos clientes, a
emissão de boletos e notas fiscais, o envio de receitas de pagamento, a
renegociação de dívidas, entre outros.
A disciplina de Prática Contábil abrange diversos aspectos
relacionados às contas a receber. Compreender os conceitos, realizar
lançamentos contábeis corretos, registrar o recebimento de títulos de forma
adequada e executar as rotinas relacionadas às contas a receber são
essenciais para manter a organização financeira da empresa. O registro
contábil das contas a receber permite o controle eficiente dos valores a serem
recebidos, auxilia na gestão do fluxo de caixa, contribui para a análise de
crédito e melhora do relacionamento com os clientes.

CONCILIAÇÃO BANCÁRIA

A conciliação bancária é um processo fundamental na disciplina de


Prática Contábil, que consiste em comparar os lançamentos contábeis
registrados pela empresa com as informações contidas no extrato bancário
fornecido pelo banco. O principal objetivo da conciliação bancária é garantir a
consistência e a precisão dos registros contábeis, identificando e corrigindo
diferenças entre os saldos contábeis e bancários.

Aqui estão os passos básicos para realizar uma conciliação


bancária:
Reúna os documentos solicitados: Obtenha o extrato bancário do
período a ser conciliado, assim como os registros contábeis da empresa, como
razão de livro, registros de caixa e documentos de transações financeiras.

Compare os lançamentos contábeis com o extrato bancário:


Compare cada lançamento contábil com as transações registradas no extrato
bancário, verificando se os valores, dados e automaticamente
correspondentes. Certifique-se de considerar tanto os lançamentos a débito
quanto os lançamentos a crédito.

Identifique as divergências: Caso haja divergências entre os


registros contábeis e o extrato bancário, identifique e registre essas diferenças
em uma planilha ou sistema específico para conciliação bancária. As
divergências podem ocorrer devido a cheques não compensados, débitos ou
créditos não registrados, taxas bancárias, entre outros fatores.

Realize os ajustes necessários: Com base nas divergências


identificadas, faça os ajustes contábeis para alinhar os registros contábeis com
o extrato bancário. Isso pode incluir lançamentos de cheques emitidos não
compensados, lançamentos de depósitos não registrados, lançamentos de
taxas bancárias, entre outros ajustes necessários.

Registre a conciliação bancária: Documente todas as etapas e


resultados da conciliação bancária, registrando as configurações contábeis
realizadas e as justificativas para as diferenças de identidade. Mantenha um
registro claro e organizado da conciliação bancária para fins de auditoria e
referência futura.

Realize a conciliação periódica: Repita o processo de conciliação


bancária regularmente, preferencialmente mensalmente, para garantir a
consistência contínua dos registros contábeis e a detecção precoce de erros ou
problemas.
CONTROLES FINANCEIROS

Os controles financeiros são práticas e procedimentos usados pelas


empresas para gerenciar e monitorar atividades financeiras. Esses controles
são essenciais para garantir a eficiência, a transparência e a segurança das
operações financeiras, além de auxiliar no cumprimento das obrigações legais
e na tomada de decisões estratégicas. A seguir, vamos abordar alguns dos
principais controles financeiros utilizados pelas empresas:

Controle de caixa: O controle de caixa envolve o registro e


monitoramento das entradas e saídas de dinheiro da empresa. Isso inclui o
registro diário das transações em dinheiro, a conciliação de saldos, o controle
de fundo de caixa, o registro de recebimentos e pagamentos, entre outros.

Controle de contas a pagar e receber: O controle de contas a


pagar envolvendo o registro e o acompanhamento das obrigações financeiras
da empresa com fornecedores, fontes de serviços e outras entidades. Isso
inclui o registro de faturas, a definição de prazos de pagamento, o controle de
vencimentos, a conciliação de pagamentos e a análise de inadimplência. Já o
controle de contas a receber envolvendo o registro e o acompanhamento dos
valores devidos à empresa pelos clientes. Isso inclui o registro de vendas a
prazo, o controle de vencimentos, a conciliação de recebimentos e a gestão de
cobranças.

Controle de estoque: O controle de estoque é fundamental para


garantir a disponibilidade adequada de produtos ou materiais, evitando falta ou
excesso de estoque. Isso envolve o registro e o acompanhamento das
entradas e saídas de estoque, a contagem física periódica, a avaliação dos
custos e o monitoramento dos níveis de estoque.

Controle de despesas: O controle de despesas envolvendo o


registro e o monitoramento das despesas da empresa. Isso inclui o controle e o
registro de despesas operacionais, despesas pessoais, despesas financeiras,
entre outras. Esses controles ajudam a identificar áreas de custos elevados,
permitindo a tomada de medidas para otimizar os gastos e reduzir
desperdícios.

Controle de investimentos: O controle de investimentos abrange o


registro e monitoramento dos investimentos financeiros da empresa, como
ações, títulos, fundos mútuos, entre outros. Isso inclui o registro das operações
de compra e venda, o monitoramento do desempenho dos investimentos e a
avaliação dos riscos e retornos.

Controle orçamentário: O controle orçamentário envolve o


planejamento, a execução e o acompanhamento do orçamento da empresa.
Isso inclui a definição de metas financeiras, a elaboração do orçamento anual,
a análise periódica das variações entre o realizado e o planejado, a
identificação de desvios e a adoção de medidas corretivas.

Esses são apenas alguns exemplos de controles financeiros


comumente usados pelas empresas. É importante adaptar os controles às
necessidades específicas de cada organização, levando em consideração seu
tamanho, setor de atuação e regulamentação aplicável. A utilização de
sistemas de gestão integrada e software contábil pode auxiliar na
automatização e no controle mais eficiente desses processos.

Os controles financeiros são fundamentais para garantir a eficiência,


a transparência e a segurança das operações financeiras das empresas. Ao
estabelecer e implementar controles eficientes, as organizações podem
melhorar sua gestão financeira, minimizar riscos, cumprir obrigações legais e
tomar decisões embasadas em informações.

FLUXO DE CAIXA

O fluxo de caixa é uma ferramenta essencial na gestão financeira de


uma empresa. Ele consiste no registro e acompanhamento de todas as
entradas e saídas de recursos financeiros ao longo de um determinado
período. O objetivo principal do fluxo de caixa é fornecer uma visão clara e
atualizada da posição financeira da empresa, permitindo a tomada de decisões
controladas e o gerenciamento eficaz da caixa.

A seguir, serão observados os conceitos, a importância e os passos


básicos para a elaboração e análise de um fluxo de caixa:

CONCEITOS BÁSICOS

Entradas de caixa: Incluem as receitas e recursos que entram na


empresa, como vendas de produtos ou serviços, recebimento de pagamentos
de clientes, recebimento de juros, entre outros.
Saídas de caixa: Representam as despesas e pagamentos
realizados pela empresa, como pagamentos a fornecedores, pagamentos,
aluguéis, impostos, juros de empréstimos, entre outros.
Saldo de caixa: É o saldo resultante das entradas e saídas de caixa
em um determinado período. Pode ser calculado pela diferença entre as
entradas e as saídas de caixa ou pelo saldo inicial acrescido das entradas e
diminuído das saídas de caixa.

IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA

Gerenciamento da caixa: permite o controle efetivo das


disponibilidades financeiras da empresa, evitando falta ou economia de
recursos e auxiliando no planejamento de pagamentos e investimentos.
Tomada de decisões: Fornece informações valiosas para a tomada
de decisões financeiras, como a realização de investimentos, a negociação de
prazos com fornecedores e clientes, a obtenção de empréstimos ou a avaliação
de necessidades de capital de giro.
Previsão financeira: permite a previsão e planejamento de futuros
fluxos de caixa, facilitando a identificação de períodos de maior ou menor
disponibilidade de recursos e fornecendo ações preventivas para garantir a
saúde financeira da empresa.
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA

Coleta de informações: Reúna informações separadas sobre as


entradas e saídas de caixa da empresa, como registros contábeis, extratos
bancários, comprovantes de pagamento e recebimento, entre outros.
Classificação das transações: Classifique e organize as
transações em categorias relevantes para facilitar a análise e o entendimento
dos fluxos de caixa, como vendas, despesas operacionais, investimentos,
financiamentos, entre outras.
Elaboração do fluxo de caixa: Registre as entradas e saídas de
caixa em uma planilha ou software de controle financeiro, considerando o
período desejado (mensal, trimestral, anual) e acompanhando o saldo de caixa
ao longo do tempo.
Análise do fluxo de caixa: Analisar os resultados do fluxo de caixa,
identificando períodos de maior ou menor disponibilidade de recursos,
avaliando a capacidade de pagamentos e recebimentos, comparando com
períodos anteriores e avaliando o impacto das decisões financeiras tomadas.

O fluxo de caixa é uma ferramenta poderosa para a gestão


financeira, fornecendo uma clara das entradas e saídas de recursos financeiros
de uma empresa. A elaboração e a análise do fluxo de caixa permitem uma
melhor compreensão da posição financeira da empresa, auxiliando na tomada
de decisões e planejando o planejamento financeiro eficaz.

A elaboração e o acompanhamento do fluxo de caixa têm várias


origens, como:

Planejamento financeiro: O fluxo de caixa permite antecipar as


necessidades de recursos financeiros da empresa, identificar momentos de
escassez ou excesso de caixa e planejar as ações necessárias para
administrar a liquidez.
Tomada de decisão: O fluxo de caixa fornece informações
relevantes para a tomada de decisões financeiras, como investimentos,
financiamentos, política de crédito e pagamento de dividendos.

Controle financeiro: O acompanhamento regular do fluxo de caixa


ajuda a controlar as entradas e saídas de dinheiro, identificar desvios em
relação ao planejado e tomar medidas corretivas.

Comunicação com stakeholders: O fluxo de caixa é uma


ferramenta importante para comunicar a situação financeira da empresa a
investidores, credores, acionistas e outras partes interessadas.

Existem diversas formas de elaborar e apresentar o fluxo de caixa,


sendo as mais comuns o direto, que detalha as entradas e saídas de método
de caixa, e o indireto, que utiliza o lucro líquido como ponto de partida e faz os
ajustes necessários para determinar o fluxo de caixa operacional.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 "Contabilidade Básica" - José Carlos Marion

 "Contabilidade Geral Fácil" - Osni Moura Ribeiro

 "Manual de Contabilidade Básica" - Equipe Atlas

 "Contabilidade Introdutória" - Sérgio de Iudícibus

 Lei nº 6.404/1976 - Lei das Sociedades por Ações Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6404consol.htm

 Normas Brasileiras de Contabilidade - NBC TSP, Conselho


Federal de Contabilidade Disponível em:
https://www.cfc.org.br/nbc
 Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC) Disponível em:
http://static.cpc.org.br/510/06b68d69b8b0dab7.pdf

 Portal de Contabilidade
(https://www.portaldecontabilidade.com.br)

 Conselho Federal de Contabilidade (https://www.cfc.org.br)

 CVM - Comissão de Valores Mobiliários (http://www.cvm.gov.br)

 IFRS - Normas Internacionais de Relatórios Financeiros


(https://www.ifrs.org)

 Revista Brasileira de Contabilidade (https://revista.cfc.org.br )

 Revista Contabilidade & Finanças (https://www.revistas.usp.br/rcf)

 Revista de Contabilidade e Organizações


(https://www.scielo.br/j/rc&o)

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