Você está na página 1de 9

Questões 28.

08

Maria Fernanda
Maria Leticia
Maureen Vitoria
Leonardo Miyazaki
Luighi Martins
Rafaela Naomi
William Mendes

Reflexão: Princípios e Objetivos são dois pilares fundamentais da Teoria da


Contabilidade. Experimente diferenciá-los com outros exemplos.
Princípios contábeis referem-se às diretrizes gerais que orientam a preparação e
apresentação de demonstrações financeiras. Por exemplo, o princípio da entidade
separa as transações pessoais do proprietário das transações da entidade. Já
objetivos contábeis são as metas que a contabilidade busca alcançar, como
fornecer informações úteis aos usuários para tomadas de decisão. Por exemplo,
um objetivo é fornecer informações sobre a situação financeira da empresa por
meio do balanço patrimonial.

Qual é a diferença de atribuições entre o IBRACON e o CFC?


O IBRACON (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil) é uma entidade
voltada para a representação dos profissionais de auditoria e contabilidade
independente no Brasil. Ele se concentra em promover padrões de qualidade e
ética na auditoria e na contabilidade.
Por outro lado, o CFC (Conselho Federal de Contabilidade) é uma autarquia
federal no Brasil que regulamenta e fiscaliza o exercício da profissão contábil em
todo o país. O CFC estabelece normas técnicas contábeis e define os requisitos
para a formação e a atuação dos profissionais contábeis.
O conceito moderno de entidade é confundido pelo conceito italiano de
Azienda. Há diferenças entre esses conceitos?
Sim, há diferenças entre o conceito moderno de entidade e o conceito italiano de
Azienda. O conceito moderno de entidade, na contabilidade, refere-se à ideia de
que uma entidade empresarial ou organização tem uma existência separada e
distinta das pessoas que a possuem ou administram. Isso significa que as
transações e os eventos devem ser registrados e relatados separadamente da
vida financeira dos proprietários ou gestores.

Por outro lado, o conceito italiano de Azienda é mais abrangente e inclui não
apenas a entidade econômica em si, mas também considera a organização como
um todo, incluindo seus recursos, atividades, relações e ambiente circundante.
Azienda incorpora uma visão mais ampla das interações de negócios, englobando
não apenas aspectos financeiros, mas também sociais, organizacionais e de
mercado.
Enquanto o conceito moderno de entidade se concentra principalmente nas
transações financeiras e na separação entre proprietários e entidade, o conceito
de Azienda é mais holístico, levando em consideração uma visão mais ampla do
funcionamento e do contexto de uma organização.

Se o estoque de uma entidade é para venda, por que a Contabilidade não o


avalia a Preço de Saída?
A Contabilidade geralmente avalia os estoques a Preço de Custo, não a Preço de
Saída, devido ao princípio contábil da Prudência ou Conservadorismo. Avaliar
estoques a Preço de Saída implicaria reconhecer ganhos potenciais antes de
serem realizados, o que pode levar a uma superestimação do valor do estoque e
dos lucros.
A avaliação a Preço de Custo é mais conservadora porque garante que os lucros
sejam reconhecidos apenas quando são realizados efetivamente, evitando
superestimar o valor do estoque e subestimar as obrigações. Isso é consistente
com o objetivo da Contabilidade de fornecer informações precisas e confiáveis
para a tomada de decisões.
Entretanto, em algumas situações especiais, como mercados em alta ou quando a
realização dos estoques é garantida a um preço superior ao custo, a avaliação a
Preço de Mercado pode ser usada, desde que as regras e os princípios contábeis
relevantes sejam seguidos.

Porque antes de 1995 era comum se usar no Brasil a expressão Custo


Original Corrigido?
Antes de 1995, era comum usar a expressão "Custo Original Corrigido" no Brasil
devido ao cenário inflacionário que o país enfrentava naquela época. A
hiperinflação era um problema constante, o que levava a uma rápida
desvalorização da moeda e à necessidade de ajustar os valores financeiros para
refletir a perda de poder de compra.
A expressão "Custo Original Corrigido" indicava que os valores registrados nos
registros contábeis foram ajustados para compensar os efeitos da inflação. Isso
era feito para manter a precisão das informações contábeis e refletir o valor
econômico real das transações em um ambiente inflacionário.
A partir de 1995, o Brasil implementou o Plano Real, um programa de
estabilização econômica que conseguiu controlar a hiperinflação. Com a redução
da inflação, a necessidade de constantes ajustes contábeis devido à inflação
diminuiu, levando à transição para um ambiente de contabilidade mais estável,
onde a expressão "Custo Original Corrigido" se tornou menos relevante.

Seria possível afirmar que cada princípio é limitativo a partir da idéia de que
não se contabilizam itens físicos e de produtividade, pois nem sempre têm
valores monetários identificados?
Sim, é possível afirmar que cada princípio contábil pode ser limitativo em relação a
itens físicos e de produtividade que não possuem valores monetários identificados.
Os princípios contábeis, embora forneçam diretrizes valiosas para a preparação
de demonstrações financeiras, são projetados principalmente para lidar com
transações monetárias e mensuráveis.
Itens físicos, como ativos intangíveis ou propriedades de uso interno, muitas vezes
não têm valores monetários objetivamente identificáveis. Da mesma forma,
métricas de produtividade, como a eficiência operacional ou a satisfação do
cliente, geralmente não são expressas diretamente em termos monetários.
Portanto, os princípios contábeis podem ser limitativos quando se trata de
contabilizar ou relatar itens que não se encaixam facilmente nas estruturas e nas
métricas tradicionais da contabilidade. Essa é uma das razões pelas quais a
contabilidade nem sempre captura totalmente o valor de certos ativos intangíveis,
como a reputação da marca ou o capital humano, que desempenham um papel
fundamental nas operações de uma empresa, mas não são facilmente
quantificáveis em termos monetários.

Porque o pequeno empresário, e até mesmo para os leigos, o Regime de


Caixa é mais lógico que o Regime de Competência?
O Regime de Caixa é muitas vezes considerado mais lógico para pequenos
empresários e leigos porque se baseia nos fluxos reais de caixa, ou seja, nas
entradas e saídas de dinheiro efetivamente ocorridas. Isso torna mais fácil de
entender e acompanhar, pois está diretamente ligado às movimentações
financeiras tangíveis que ocorrem no dia a dia.
No Regime de Caixa, as receitas são reconhecidas quando o dinheiro é
efetivamente recebido, e as despesas são reconhecidas quando o dinheiro é
pago. Isso está mais alinhado com a experiência direta das pessoas que lidam
com dinheiro e transações financeiras em seu cotidiano.
Por outro lado, o Regime de Competência, usado na contabilidade, reconhece as
receitas e as despesas no momento em que a transação ocorre,
independentemente de quando o dinheiro é trocado. Isso pode levar a
discrepâncias temporais entre o reconhecimento contábil e os fluxos de caixa
reais, o que pode ser mais complexo para entender, especialmente para quem
não está familiarizado com os conceitos contábeis.
Embora o Regime de Caixa seja mais intuitivo, o Regime de Competência é
importante para fornecer uma visão mais precisa do desempenho financeiro de
uma empresa a longo prazo, já que considera quando as transações ocorrem, não
apenas quando o dinheiro é recebido ou pago.

Porque se faz Provisão para Devedores Duvidosos e não se espera para


contabilizar no momento efetivo do recebimento ou da perda?
A Provisão para Devedores Duvidosos é uma prática contábil que visa refletir uma
estimativa das perdas esperadas devido a clientes que podem não pagar suas
contas. Em vez de esperar até o momento efetivo do recebimento ou da perda,
essa provisão é criada antecipadamente para refletir a incerteza associada a
certas contas a receber.

Existem algumas razões pelas quais a Provisão para Devedores Duvidosos é


usada:
Princípio da Prudência: A contabilidade segue o princípio da prudência, que exige
que possíveis perdas sejam reconhecidas imediatamente, mas os ganhos só
sejam reconhecidos quando realizados. Isso significa que é prudente antecipar
possíveis perdas decorrentes de contas não pagas.
Precisão dos Registros Financeiros: A provisão ajuda a refletir com mais precisão
a situação financeira da empresa, considerando os riscos envolvidos nas contas a
receber.
Informações para Tomada de Decisões: Os usuários das demonstrações
financeiras precisam de informações precisas e relevantes para tomar decisões. A
Provisão para Devedores Duvidosos fornece uma visão mais realista do valor dos
ativos (contas a receber) e da situação financeira da empresa.
Planejamento Financeiro: A provisão permite que a empresa se prepare para
possíveis perdas, ajudando no planejamento financeiro e na mitigação de
impactos adversos.
Conformidade com os Princípios Contábeis: A contabilidade segue princípios e
normas para garantir a consistência e a comparabilidade das demonstrações
financeiras. A criação da provisão é uma prática aceita e regulamentada.

O Leasing não é contabilizado como Ativo por muitos, pois é visto como um
aluguel. Diante desse princípio estudado, é correta essa atitude?
O tratamento contábil do Leasing (arrendamento mercantil) depende do tipo de
contrato de leasing e das regras contábeis aplicáveis. O arrendamento pode ser
classificado como operacional ou financeiro (ou também conhecido como
arrendamento mercantil financeiro). A classificação afetará a maneira como o ativo
é contabilizado.
Arrendamento Operacional: Nesse caso, o contrato é tratado como um aluguel, e
o ativo não é reconhecido no balanço patrimonial. As despesas de aluguel são
contabilizadas como despesas operacionais conforme são incorridas.
Arrendamento Financeiro (Lease Financeiro): Se o contrato de leasing atender a
determinados critérios definidos nos padrões contábeis (como IFRS 16 ou ASC
842), ele é tratado como um arrendamento financeiro. Nesse cenário, o ativo
objeto do leasing é reconhecido no balanço patrimonial como um ativo de direito
de uso, e uma obrigação correspondente é registrada pelo valor presente dos
pagamentos futuros de arrendamento. Isso é feito para refletir a substância
econômica do contrato, considerando que o locatário efetivamente obteve o direito
de usar o ativo durante o período do contrato.
Portanto, a atitude de não contabilizar um contrato de leasing como ativo pode ser
inadequada se o contrato atender aos critérios para ser classificado como
arrendamento financeiro. É importante seguir as normas contábeis relevantes
(como IFRS ou US GAAP) e aplicar a contabilização apropriada, considerando a
natureza do contrato e suas características.

“achologia” é algo indesejado na Contabilidade. O que aconteceria se cada


um pudesse escriturar sua opinião?
"Achologia" na Contabilidade se refere ao ato de registrar transações ou eventos
baseados em opiniões subjetivas ou palpites, em vez de informações concretas e
com embasamento. Isso é indesejado porque a Contabilidade busca fornecer
informações precisas e confiáveis para a tomada de decisões, o que não é
possível se as transações forem registradas de forma arbitrária.
Se cada um pudesse escriturar sua opinião na Contabilidade, isso levaria à falta
de uniformidade, consistência e confiabilidade nos registros contábeis. As
demonstrações financeiras perderiam sua credibilidade, prejudicando a
capacidade dos investidores, credores e outros usuários de tomar decisões
informadas.
O sistema contábil é baseado em princípios, normas e regulamentos para garantir
que as transações sejam registradas de maneira objetiva e padronizada. Isso
ajuda a evitar distorções e a fornecer uma visão precisa da situação financeira e
do desempenho de uma entidade. Permitir opiniões arbitrárias minaria a
integridade das informações contábeis e afetaria negativamente a confiança no
sistema contábil como um todo.

Podemos dizer que os políticos do nosso país têm sido consistentes?


A avaliação da consistência dos políticos de um país é uma questão complexa e
sujeita a opiniões divergentes. A consistência política pode ser medida de várias
maneiras, incluindo a aderência a princípios ideológicos, a estabilidade das
políticas ao longo do tempo e a coerência nas posições adotadas.
Políticos podem ser consistentes em certos aspectos e inconsistentes em outros.
Alguns políticos podem manter uma posição firme em determinadas questões,
enquanto podem mudar de opinião em outras circunstâncias. Além disso, a
percepção de consistência pode variar entre diferentes grupos de pessoas,
dependendo de suas crenças e pontos de vista.
Portanto, é difícil fazer uma afirmação geral sobre a consistência dos políticos de
um país, pois isso pode variar amplamente com base em fatores individuais,
partidários e contextuais. É importante considerar informações e análises
específicas ao avaliar a consistência dos políticos em questão.
Um pequeno erro de averiguação no Balancete que se repete por vários anos
é imaterial? Comente.
Um erro de averiguação no balancete que se repete por vários anos pode ser
considerado imaterial, dependendo da natureza do erro e do impacto que ele tem
sobre a apresentação justa das demonstrações financeiras. A materialidade
refere-se à importância relativa de um erro ou omissão em relação às
demonstrações financeiras como um todo.
Para determinar se um erro é imaterial ou não, é necessário considerar fatores
como o valor monetário do erro em relação ao tamanho da entidade, a influência
do erro nas decisões dos usuários das demonstrações financeiras e se o erro
distorce significativamente a imagem financeira da entidade.

Se o erro for pequeno o suficiente e não tiver impacto significativo sobre as


decisões dos usuários, ele poderá ser considerado imaterial. No entanto, é
importante lembrar que a materialidade é uma avaliação subjetiva e pode variar
dependendo do contexto. Erros que se repetem ao longo de vários anos podem
indicar uma falta de controle interno ou de revisão adequada, o que pode ser uma
preocupação mesmo se o erro for considerado imaterial.
Em qualquer caso, é recomendável que as entidades sigam as diretrizes e
regulamentos contábeis relevantes ao lidar com erros em suas demonstrações
financeiras, mesmo que eles sejam considerados imateriais.

Por que, se o conservadorismo permite antecipar prejuízo ainda não


ocorrido, não deveríamos fazer o inverso, ou seja, considerar o lucro ainda
não realizado?
O princípio contábil do conservadorismo, também conhecido como princípio da
prudência, orienta a contabilidade a reconhecer possíveis perdas imediatamente,
mas adiar o reconhecimento de ganhos até que sejam realizados. Isso ajuda a
evitar a superestimação dos ativos e dos lucros, garantindo que as informações
financeiras sejam mais confiáveis e conservadoras.
A razão para não adotar o inverso, ou seja, reconhecer lucros ainda não
realizados, está relacionada à necessidade de fornecer informações confiáveis e
prudentes aos usuários das demonstrações financeiras. O reconhecimento de
lucros potenciais antes de serem realizados pode levar a uma sobrevalorização
dos ativos e dos resultados financeiros, o que não refletiria com precisão a
realidade financeira da empresa.
Ao seguir o conservadorismo, a contabilidade busca fornecer uma visão mais
realista e prudente das finanças de uma entidade. Embora seja importante
reconhecer oportunidades de ganhos, o princípio da prudência enfatiza a
importância de ser cauteloso ao fazê-lo, para evitar distorções na avaliação da
saúde financeira de uma organização. Isso ajuda a proteger os interesses dos
investidores, credores e outros usuários das demonstrações financeiras.

Você também pode gostar