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Índice

Introdução.......................................................................................................................... 2
Objectivos do Fluxo de Caixa Operacional......................................................................... 3
Métodos de apresentação do Fluxo de Caixa Operacional.................................................... 4
Diferença entre fluxo de caixa operacional com os outros tipos de fluxo de caixa..................5
Os Benefícios do Fluxo de Caixa....................................................................................... 6
Quando usar o fluxo de caixa operacional...........................................................................7
A importância do fluxo de caixa........................................................................................ 8
5 Dicas para ter um fluxo de caixa eficiente........................................................................ 9
A importância de Manter um Fluxo de Caixa Actualizado..................................................10
Como calcular o fluxo de caixa operacional...................................................................... 11
Exemplo prático de Fluxo de Caixa Operacional............................................................... 12
Conclusão.......................................................................................................................13
Bibliografia.................................................................................................................... 14

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Introdução
Em um mundo altamente competitivo, as empresas precisam continuamente
estar de olho nas suas finanças, tanto para garantir o seu crescimento quanto para
sobreviver. Dessa forma um cuidado especial no departamento financeiro torna-se
fundamental para uma companhia, e uma das métricas mais importantes para uma
directoria estar mais atenta é o fluxo de caixa operacional.

Sendo assim, o fluxo de caixa operacional (FCO) é o primeiro grupo de contas


do demonstrativo de fluxo. Ele é utilizado para representar todas as entradas e saídas
monetárias referentes à operação da empresa. Ou seja, o fluxo de caixa operacional é
composto por: receita de vendas, custos de produção, salários e etc.

Este indicador é uma das principais ferramentas utilizadas por gestores para
medir o desempenho financeiro de uma empresa e deve ser sempre analisado e
acompanhado de tempos em tempos, pois ele vai lhe dizer o quanto de dinheiro que a
companhia está conseguindo gerar a partir do negócio principal da empresa.

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Objectivos do Fluxo de Caixa Operacional
É a partir do fluxo de caixa que importantes decisões são tomadas em uma
empresa, pois é através da utilização de seus dados, e de variáveis, que o administrador
realiza projecções futuras. Os dados que compõem um fluxo de caixa são as operações
em que recursos financeiros são movimentados. Os principais são os seguintes:

- Entradas – contas a receber, dinheiro de sócios, empréstimos, vendas, saldo de


aplicações, cheques à vista, cheques pré-datados, entre outras Saídas – contas a pagar,
compras à vista, pagamento de empréstimos, despesas gerais (custos fixos), salários,
entre outras.

O objectivo desta ferramenta é de mostrar os resultados da empresa e a variação do


capital de giro. Em outras palavras, a diferença entre o dinheiro disponível em caixa e a
soma das despesas.

3
Métodos de apresentação do Fluxo de Caixa Operacional
Também conhecido como fluxo de caixa das actividades operacionais, é a
primeira sessão apresentada na demonstração do fluxo de caixa.

Dois métodos de apresentação da sessão de fluxo de caixa operacional são


aceitáveis de acordo com os princípios contáveis geralmente aceitos (GAAP) - o
método indirecto ou o método directo. No entanto, se o método directo for usado, a
empresa ainda deve realizar uma reconciliação separada de maneira semelhante ao
método indirecto.

Usando o método indirecto, o lucro líquido é ajustado para o regime de caixa


usando mudanças em contas não monetárias, como depreciação, contas a receber e
contas a pagar (AP).

Como a maioria das empresas reporta o lucro líquido pelo regime de


competência, ele inclui vários itens não monetários, como depreciação e amortização.

O lucro líquido também deve ser ajustado pelas variações nas contas de capital
de giro do balanço da empresa. Por exemplo, um aumento no AR indica que a receita
foi obtida e relatada no lucro líquido pelo regime de competência, embora o dinheiro
não tenha sido recebido.

Este aumento no AR deve ser subtraído do lucro líquido para encontrar o


verdadeiro impacto das transacções em dinheiro. Por outro lado, um aumento no AP
indica que as despesas foram incorridas e contabilizadas de acordo com o regime de
competência que ainda não foram pagas.

Esse aumento no AP precisaria ser adicionado de volta ao lucro líquido para


encontrar o verdadeiro impacto no caixa. Os fluxos de caixa operacionais concentram-se
nas entradas e saídas de caixa relacionadas às principais actividades de negócios da
empresa, como venda e compra de estoque, prestação de serviços e pagamento de
salários.

Quaisquer transacções de investimento e financiamento são excluídas da secção


de fluxos de caixa operacionais e relatadas separadamente, como empréstimos, compra
de equipamento de capital e pagamentos de dividendos. O fluxo de caixa operacional
pode ser encontrado na demonstração dos fluxos de caixa de uma empresa, que é
dividida em fluxos de caixa de operações, investimentos e financiamentos.

4
Diferença entre fluxo de caixa operacional com os outros tipos de fluxo
de caixa
Além do fluxo de caixa operacional, existem outros tipos de fluxos de caixa.

Entender a que cada um se refere e como auxiliam sua gestão financeira é muito
importante. Confira:

Fluxo de caixa descontado: determina a valorização da empresa, projectando as


riquezas que o negócio terá no futuro. Para isso, cria-se uma projecção do fluxo de caixa
descontando os valores com custos de capital. É mais usado nos processos de compra e
venda de ações ou aquisições de empresas;

Fluxo de caixa directo: é o tipo mais usado, que registar os recebimentos e os


pagamentos das actividades operacionais sem realizar qualquer tipo de desconto;

Fluxo de caixa indirecto: não se baseia na análise do fluxo de caixa, mas nos
lucros e nos prejuízos do exercício apontados nos Demonstrativos de Resultados do
Exercício (DRE);

Fluxo de caixa projectado: permite fazer uma estimativa das entradas e saídas
de acordo com os resultados obtidos. O gestor analisa o presente (pagamentos e
recebimentos), faz uma média e projecta-os para o futuro, ajudando a prever períodos de
alta e baixa, investimentos e a entender o quanto é preciso ter em caixa para cobrir sua
operação;

Fluxo de caixa livre: indica a capacidade que o negócio tem de gerar capital em
curto, médio e longo prazo. Para isso, indica o saldo da comparação com o fluxo de
caixa operacional.

É claro que você não precisará usar todos esses na sua gestão. Por isso, entender
o que são e a que se referem é tão importante. Escolha os mais fundamentais para o dia
a dia do seu negócio.

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Os Benefícios do Fluxo de Caixa
Este instrumento traz diversas benefícios, Com ele, o dono da empresa consegue:

1-Prever, planejar e controlar entradas e saídas em um período determinado;

2-Avaliar se o recebimento por vendas será suficiente para cobrir gastos assumidos e
previstos;

3-Antecipar decisões quanto à falta ou à sobra de dinheiro;

4-Descobrir se a empresa está trabalhando com aperto ou folga financeira;

5-Ter subsídios para ajustar o preço de venda para cima ou para baixo;

6-Verificar a possibilidade de realizar promoções e liquidações;

7-Confirmar se os recursos financeiros próprios serão suficientes para tocar o negócio


ou se há necessidade de buscar dinheiro extra.

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Quando usar o fluxo de caixa operacional
O fluxo de caixa operacional deve ser usado, basicamente, em duas situações:

A primeira delas, é quando o gestor precisa saber o quanto a empresa gasta com
os custos operacionais, bem como o seu lucro e o retorno sobre investimento.

Essas informações são essenciais para, por exemplo, saber se a política de preços
praticada pela empresa está de acordo com a rentabilidade esperada.

Por fim, uma boa análise de fluxo de caixa operacional permite que o gestor da
companhia acompanhe o poder de investimento dela. Afinal, um bom número pode
mostrar que a saúde financeira da empresa permite a compra insumos que façam o
negócio ser mais sustentável ao longo do tempo. Em outras palavras, ele estará gerando
capital.

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A importância do fluxo de caixa
O fluxo de caixa operacional é uma ferramenta de grande importância que indica
se uma empresa gera caixa suficiente para manter e expandir suas operações, ou se deve
exigir capital externo para fazer jus a sua necessidade de crescimento futura.

Ele concentra-se na entrada e saída de dinheiro relacionado às actividades


comerciais de uma empresa, seja a venda de estoque, fornecimento de serviços,
pagamentos de salários, etc.

Então, é importante ter em mente que todas as transacções de investimento e


financiamento devem ser excluídas dos fluxos de caixa operacionais e deverão ser
relatadas separadamente, no fluxo de caixa de financiamento.

O fluxo de caixa operacional é extremamente importante para que o gestor possa


medir, de maneira mais clara, o desempenho financeiro da empresa. Com esse número
em mãos, é possível tomar decisões estratégicas, com a viabilidade de um investimento,
seja na compra de um imóvel ou em melhorias operacionais.

É fundamental, que o FCO (Fluxo de caixa operacional) seja mensurado de


tempos em tempos, para que a empresa não seja pega de surpresa, principalmente em
momentos mais estratégicos.

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5 Dicas para ter um fluxo de caixa eficiente
Independente da ferramenta que a empresa utiliza, é importante ficar atento a
algumas práticas. São elas:

1) Organizar as informações: como são muitos dados, é importante que eles


sejam categorizados. O objectivo do controle é proporcionar uma visão realista do seu
negócio. Os recebimentos, as contas, os salários, os fornecedores, as comissões, os
empréstimos e tudo mais o que for movimentado precisa estar bem descrito.

2) Actualizar os dados sempre: um erro comum das pequenas empresas é só


lançar as informações apenas a cada duas semanas ou mesmo no fim do mês. O correcto
é que os dados sejam inseridos diariamente. Quando o fluxo de caixa é acompanhado
todos os dias, você tem um controle realista da empresa. Nenhuma variação passa
despercebida e nenhum dado importante fica para trás.

3) Fazer um bom planeamento financeiro: por mais que acompanhar as


entradas e saídas da empresa seja importante, só isso não garante uma boa gestão. Com
o apoio de um fluxo de caixa eficiente, você deve ser capaz de fazer projecções para o
negócio.

Após fazer o controlo e analisar os relatórios, é possível entender o que pode ser
melhorado, corrigido ou aproveitado nos próximos meses.

O fluxo de caixa serve para você entender o que sua empresa já fez, quais foram seus
períodos de alta e baixa e o que deve vir pela frente. Com isso, as necessidades da
empresa ficam mais claras e você ganha autonomia para traçar novas ações.

4) Manter uma visão realista: falando em planeamento financeiro, procure


fazê-lo sempre com uma visão realista. É claro que você quer alcançar patamares mais
altos com o seu negócio, mas o excesso de optimismo em relação às contas pode ser
perigoso. Na hora de analisar o seu fluxo de caixa e estimar os resultados futuros, não
projecte lucros muito grandes. A recomendação é criar diferentes cenários, desde os
mais optimistas até os medianos e pessimistas.

5) Ter um bom sistema de gestão: usar planilhas para fazer o fluxo de caixa é
um sinal positivo, pois demonstra que você está preocupado com o controle financeiro
do seu negócio. E esse é um dos principais passos para o sucesso.

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A importância de Manter um Fluxo de Caixa Actualizado
Como dissemos até aqui, o fluxo de caixa cumpre um importante papel na saúde
financeira do negócio. Mas precisamos destacar também que ele só terá sua função
plenamente executada se você tomar alguns cuidados.

Um deles é o controlo rigoroso sobre entradas e saídas: não ignore o que os


relatórios indicam. Confie nos números e use essas informações com inteligência.

Outro cuidado importante é a actualização periódica do fluxo de caixa. Dados de


qualquer tipo, se desactualizados, podem levar a interpretações erradas sobre suas
finanças.

Da mesma forma, você deve se concentrar em bons mecanismos para a colecta


de dados. Também é interessante ressaltar que, sozinho, o fluxo de caixa não fornece
respostas conclusivas. Ele é apenas um dos instrumentos que ajudam empresários como
você a tomar boas decisões.

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Como calcular o fluxo de caixa operacional
Para realizar o cálculo do fluxo de caixa operacional você precisa colectar as
seguintes informações:

Demonstração do Resultado de Exercício Simplificada

A demonstração do resultado do exercício simples relata as receitas e despesas


de forma resumida. Ou seja, apenas soma todas as receitas, depois soma todas as
despesas e subtrai um valor do outro. De forma que ela apenas detecta se houve lucro ou
prejuízo operacional.

Fórmula do DRE: Receitas - Despesas = Lucro ou Prejuízos

A partir destas contas você encontrará o seu Lucro antes de juros e imposto de
renda.

Lucro antes do imposto de renda

Lucro antes do Imposto de Renda ou LAIR é o lucro operacional, obtido nas


demonstrações de resultados das empresas. Para encontrar este valor utilize a seguinte
fórmula: lucro antes do imposto de renda = Lucro antes de juros e imposto de renda -
Juros

Lucro líquido

Para obter o lucro líquido basta subtrair o imposto de renda do valor que você
encontrou na fórmula de Lucro antes do imposto de renda.

Existem várias formas de calcular o FCO, mas as mais utilizadas são:

FCO = (Lucro antes dos impostos + Desvalorização) – Impostos

Ou:

FCO = Lucro Líquido + Juros + Desvalorização

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Exemplo prático de Fluxo de Caixa Operacional
Imagine que uma doceira possui os seguintes indicadores:

Receita de 21.000Akz

Custo da Mercadoria Vendida de 4.000Akz

Despesas administrativas de 5.000Akz

Depreciação de 2.000Akz

IR de 30%=2700

Juros: 1%=1000

Usando a primeira fórmula fica da seguinte forma:

FCO = Lucro antes dos impostos – Impostos+ Depreciação

FCO = 10.000-2.700+2.000

FCO = 9.300Akz

Se você preferir calcular utilizando a segunda fórmula, a conta fica assim:

FCO = Lucro Líquido + Juros + Depreciação

FCO = 6300+1000+2000

FCO= 9.300Akz

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Conclusão
Em síntese, vimos que numa empresa o sector de finanças deve estar atento a
todas as movimentações que são feitas nela, e por isso o Fluxo de Caixa Operacional
aparece para ajudar a organizar e controlar estas mesmas movimentações. Sendo que ele
é um tipo de fluxo de caixa usado para representar todas as entradas e saídas monetárias
referentes a operação da empresa.
Ele tem como objectivo principal mostrar os resultados da empresa e variação do capital
de giro.
O FCO ajuda os gestores a prever, planear e controlar entradas e saídas em
período determinado, a antecipar decisões quanto a falta ou sobra de dinheiro, etc.
Esta ferramenta apresenta dois métodos de apresentação de aos princípios, que
são: o método directo e o método indirecto onde o lucro liquido é ajustado para o
regime de caixa usando mudanças em contas não monetárias como depreciação, contas
a pagar e a receber.
O uso do fluxo de caixa operacional é primordial para uma empresa pois, ele
ajuda num controle rigoroso das movimentações monetárias da empresa e com isso
ajuda até a tomar decisões sobre futuros investimentos, possíveis promoções no produto
ou serviço da empresa, e ainda com ele pode se verificar se houve desvios nos fundos da
empresa.

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Bibliografia
https://www.suno.com.br/artigos/fluxo-de-caixa/
https://www.infoescola.com/administracao_/fluxo-de-caixa/
https://www.contasonline.com.br/blog/149/fluxo-de-caixa-operacional-o-que-e-quando-
usar-e-como-calcular
https://blog.contaazul.com/o-que-e-fluxo-de-caixa/
https://blog.contaazul.com/o-que-e-fluxo-de-caixa/

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