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INTRODUÇÃO

A administração financeira é a disciplina que trata dos assuntos


relacionados à administração das finanças de empresas e organizações. Trata-
se de um ramo privativo à Administração.

Deve-se compreender e entender o sentido e o significado de finanças,


que corresponde ao conjunto de recursos disponíveis circulantes em espécie
que serão usados em transações e negócios com transferência e circulação de
dinheiro. Sendo que há necessidade de se analisar a fim de se ter exposto a
real situação económica dos fundos da empresa, com relação aos seus bens e
direitos garantidos.

Analisando-se, verifica-se que as finanças fazem parte do cotidiano, no


controle dos recursos para compras e aquisições, tal como no gerenciamento e
própria existência da empresa, nas suas respectivas áreas, seja no marketing,
produção, contabilidade e, principalmente no planejamento de nível estratégico,
gerencial e operacional em que se toma dados e informações financeiras para
a tomada de decisão na condução da empresa.

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DESENVOLVIMENTO

A gestão financeira está presente em todas as etapas de uma


empresa.
Desde o planejamento do negócio e de cada solução oferecida, passado pelas
operações, vendas e a aplicação dos produtos, é preciso ter cuidado com as
finanças.
Essa tarefa pode ser bastante desafiadora, já que estamos falando de um
conjunto de métodos formado por diversas atividades.
Afinal, a gestão financeira exige atenção com muitos dados e métricas, além de
conhecimentos sobre normas fiscais e regulatórias e fontes para captação de
recursos,
Porém, é um esforço necessário para que um negócio possa operar de uma
maneira eficiente ao menor custo possível.
Além disso, uma gestão financeira ajuda a empresa a crescer, expandir sua
área de atuação e ter uma boa lucratividade.

GESTÃO FINANCEIRA

A gestão financeira é uma série de ações e processos implementados


para administrar os recursos de uma organização.
Dentro desse conjunto, estão a análise, o planejamento e o controle das
finanças.
Em outras palavras, é todo o trabalho desempenhado para assegurar o melhor
retorno possível conforme o investimento.
Por isso, os profissionais responsáveis por esse trabalho acompanham todas
as atividades relacionadas a finanças.
Se pensarmos na trajetória de uma empresa, a gestão financeira já começa na
obtenção de capital, seja por investimento do empreendedor ou de terceiros,
financiamentos ou outras fontes.
Além de acompanhar a captação da verba, os profissionais responsáveis pelas
finanças determinam o direcionamento dos recursos.

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Ao longo das atividades, todas as entradas e saídas são acompanhadas, para
que o negócio reduza custos e aumente sua receita, garantindo um
crescimento sustentável com lucratividade.
Portanto, assim como uma pessoa deve ter cuidado com suas finanças, essa
importância é ainda maior para as empresas.
Afinal, além de garantir a sustentabilidade e a eficiência financeira do negócio,
essas práticas ajudam no cumprimento de normas de compliance e na
elaboração de um planejamento de longo prazo.

PARA QUE SERVE A GESTÃO FINANCEIRA

Em resumo, a gestão financeira serve para mostrar em que rumo está a


empresa e o que pode ser feito para melhorar os resultados.
Se uma empresa tem resultados acima do esperado, uma gestão financeira
adequada permite mostrar meios de investir os recursos para escalar o
negócio.
Por outro lado, a organização pode identificar as medidas necessárias para
solucionar essa situação a partir da análise de indicadores financeiros.
Devido a essa importância, a gestão financeira tem um escopo amplo que
inclui diversas funções e responsabilidades essenciais assim como:

 Planejamento: com base nos dados disponíveis, é possível traçar


planos e metas de curto e longo prazo e embasar tomadas de decisão
importantes para o negócio.
 Gestão de contas: é uma das principais funções, pois inclui a análise
constante das entradas, saídas, contas a pagar (passivos) e a
receber (ativos) e do fluxo de caixa, além do controle de custos e
despesas
 Gestão de riscos financeiros: inclui o monitoramento de taxas
cambiais, juros e diversos fatores externos, como situações políticas e
econômicas que possam afetar a área de atuação da companhia
 Controle de gastos: é a busca por meios de economizar e otimizar
custos, desde que não afetem as operações ou contrariem regras fiscais

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 Relatórios financeiros: elaboração de documentos com dados para
uso interno e também para apresentar a acionistas, investidores e
órgãos reguladores
 Financiamento: identificação de possíveis fontes para captar recursos

 Compliance: significa manter as operações da empresa em


conformidade com as obrigações fiscais e regulatórias.

Além disso, há funções relacionadas à gestão financeira que podem ser


limitadas a determinadas áreas de atuação.
Alguns exemplos são o controle de estoque para empresas varejistas, a gestão
de inadimplência para negócios e a análise de crédito para instituições
financeiras.

OS PILARES DA GESTÃO FINANCEIRA

Como mostramos acima, a gestão financeira engloba diversas atividades


dentro de uma organização.
Elas podem ser divididas entre três pilares,

 Definir estratégias financeiras


O objetivo de toda empresa é crescer e expandir sua atuação,
ganhando novos mercados.
Não é uma tarefa fácil, pois depende de uma série de fatores, tanto internos
quanto externos.
Nesse sentido, a gestão financeira de uma empresa é a base necessária para
a realização de um planejamento a longo prazo, que permite a escalabilidade
do negócio.
Portanto, gestores, demais líderes e até mesmo o conselho de administração e
os investidores devem se basear nos dados financeiros.
Assim, é possível direcionar o investimento para os setores e iniciativas mais
promissoras, planejar cenários e prever eventuais obstáculos a serem
observados.

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 Embasar tomadas de decisão
Não é apenas no planejamento de longo prazo que a gestão financeira está
presente.
Em meio às atividades rotineiras de um negócio, é normal que seja
necessária a tomada de alguma decisão.
Pode surgir uma oportunidade de melhorar os resultados, ou um cenário
desfavorável pode demandar eventuais mudanças.
Até mesmo durante a implementação de um planejamento de longo prazo, é
comum que seja preciso desviar do percurso em função de algum fator
imprevisto.
Nesse momento, relatórios, métricas e indicadores devem ser considerados em
cada tomada de decisão.
Por isso, tanto os gestores do negócio quanto os demais líderes e até mesmo
investidores e membros do conselho de administração precisam estar a par de
toda a situação financeira do negócio.

 Controlar
O setor financeiro de um negócio tem como um dos seus principais objetivos
o controle permanente do fluxo de caixa.
Para isso, é preciso garantir que todos os departamentos operem dentro dos
limites financeiros e sigam a estratégia da empresa.
Em uma empresa de médio ou grande porte, essa tarefa pode ser desafiadora.

Afinal, cada departamento tem seus custos e despesas, e alguns também


administram receitas – como os responsáveis por vendas ou parcerias
estratégicas.
Para isso, é importante definir metas claras e orçamentos específicos para
cada setor e acompanhar de forma contínua toda a entrada e saída de
recursos.
Realizar treinamento e suporte para os líderes dos demais braços de uma
companhia também é uma boa prática.

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OS OBJETIVOS DA GESTÃO FINANCEIRA

Por ter um escopo amplo, como mostramos acima, a gestão financeira


também pode ser direcionada para diferentes finalidades.
Confira a partir de agora cinco objetivos principais.

1. Maximizar os lucros
Com uma administração eficaz do caixa, a empresa pode obter melhores
resultados a partir de uma lucratividade maior.
Um exemplo de iniciativa nesse sentido seria a análise da margem de
lucro de cada solução comercializada.
Além disso, adotar novas metodologias ou modernizar os equipamentos podem
garantir mais ganhos a médio prazo.
O acompanhamento de dados sobre eventuais aumentos nos custos com
matérias-primas ou serviços necessários para as operações pode levar
a decisões como:
 Busca por alternativas mais baratas
 Reajustes para repassar esses custos ao consumidor.
As estratégias de precificação também precisam ser constantemente
avaliadas, para buscar a competitividade sem deixar o lucro de lado.

2. Acompanhar liquidez e fluxo de caixa


É preciso fazer um acompanhamento constante para se certificar de que a
empresa mantém a capacidade de cumprir todas as suas obrigações
financeiras.
Um fluxo de caixa saudável é aquele acompanhado diariamente,
com previsões de curto prazo para garantir a disponibilidade de recursos em
caixa.
Para evitar déficits, também é importante realizar um monitoramento constante
das contas a receber e a pagar.

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Para cumprir esse objetivo, é importante analisar também quatro indicadores
de liquidez:

 Liquidez corrente: mostra a capacidade de um negócio de honrar seus


compromissos no curto prazo
 Liquidez seca: semelhante à corrente, mas sem considerar o estoque
 Liquidez imediata: mostra o valor disponível em curto prazo, indicando se é
possível arcar com despesas emergenciais
 Liquidez geral: aponta a capacidade financeira da organização em médio e
longo prazo.
O aumento desses indicadores é um bom sinal para a companhia.

3. Garantir o compliance
A gestão financeira também tem entre seus objetivos garantir
a conformidade com todos os regulamentos estaduais e federais vigentes.
Isso inclui as regras específicas do setor em que a organização atua.
Por exemplo, instituições financeiras precisam estar de acordo com normas
bancárias, e há também regulamentos para setores como geração de energia,
saúde e alimentação.
Sempre que há alguma mudança em leis fiscais e regulatórias, é preciso se
adaptar dentro do prazo previsto e treinar as equipes.
Deixar de seguir as normas de compliance pode render sérias complicações ao
negócio e seus administradores.

4. Desenvolver cenários financeiros


A administração de uma empresa precisa estar sempre pronta para enfrentar
situações diversas, seja para superar obstáculos ou aproveitar bem um quadro
positivo.
Por isso, é importante elaborar possíveis cenários com base na situação da
empresa, dados históricos e projeções futuras.
Essas projeções podem incluir fatores como:
 Surgimento de um concorrente forte ou fusão entre competidores
 Cenários ou fatos políticos internacionais, que impactem na aquisição de
alguma matéria prima

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 Decisões políticas nacionais, como aumentos de impostos, mudanças em leis e
regulamentações e alterações de acordos comerciais
 Cenários de instabilidade, como eleições tumultuadas ou protestos.
A previsão desses cenários possibilita a adoção das medidas adequadas com
rapidez.

5. Gerenciar relacionamentos
Os investidores e membros do conselho de administração têm um interesse
constante em saber se o negócio está sendo bem administrado.
Por isso, a relação entre eles e os gestores e líderes de uma empresa precisa
ser eficiente e transparente.
É importante realizar reuniões regularmente para apresentar relatórios com
indicadores que ilustrem a saúde financeira do negócio e acompanhar índices e
métricas relevantes.
Esses encontros também podem servir para estabelecer e acompanhar metas
e expectativas a serem cumpridas pelos colaboradores.

PRINCIPAIS ERROS NA GESTÃO FINANCEIRA DE NEGÓCIOS

Existem vários erros a serem evitados para se alcançar uma boa gestão
financeira.
Confira agora os principais:
Deixar de registrar todas as entradas e saídas

Por que isso ocorre: embora o registro de todas as entradas e saídas


seja comum, alguns administradores podem deixar de inserir pequenas
transações, por acharem irrelevantes para o fluxo de caixa
Qual é o impacto: o saldo bancário não vai ficar de acordo com os
registros nos livros contábeis da empresa, o que pode provocar problemas no
orçamento e irregularidades na contabilidade
Como evitar: é preciso realizar um controle rígido, que inclua todas as
entradas e saídas, incluindo gastos aparentemente inexpressivos como compra
de materiais de escritório e despesas com alimentação.

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Deixar de lado as análise de desempenho
Por que isso ocorre: alguns gestores podem deixar de lado a análise
de indicadores que ajudem a apontar se os resultados almejados estão sendo
alcançados e se o negócio está crescendo e gerando lucro
Qual é o impacto: a empresa deixa de crescer, pois não há uma
definição clara do que é necessário para melhorar o desempenho, e não
identifica eventuais necessidades de otimizar recursos
Como evitar o problema: definir uma periodicidade para acompanhar
as métricas relevantes para as metas da empresa e adotar um sistema de
gestão financeira.
Não atualizar relatórios e documentos
Por que isso ocorre: empreendedores com uma rotina atribulada
podem deixar de inserir dados nos documentos e relatórios que fazem parte da
gestão financeira da empresa
Qual é o impacto: além de fazer escolhas erradas por não usar dados
como base, o gestor deixa de perceber alguma falha ou oportunidade de
melhoria nos processos
Como evitar o problema: separar um tempo na agenda para atualizar
todos os documentos ou adotar uma solução automatizada que forneça
relatórios com métricas relevantes para a empresa.
Misturar finanças pessoais e profissionais
Por que isso ocorre: alguns pequenos empreendedores que estão
começando podem retirar dinheiro do caixa da empresa para uso pessoal
Qual é o impacto: essa prática causa uma desorganização no fluxo de
caixa do negócio, prejudica o capital de giro e a capacidade de investimento e
de crescimento da empresa
Como evitar o problema: criando uma conta bancária para pessoa
jurídica no nome da empresa e definindo um pró-labore, ou seja, o valor
que a empresa vai repassar ao empreendedor, como se fosse o seu
salário.

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Não levar em conta o capital de giro
Por que isso ocorre: alguns gestores observam metas de médio e
longo prazo, principalmente por terem bastante tempo disponível, mas acabam
esquecendo de garantir o cumprimento das obrigações imediatas
Qual é o impacto: a empresa corre o risco de precisar retirar verba de
outros investimentos para poder continuar operando. Em último caso, o
funcionamento pode ficar inviabilizado por falta de verba
Como evitar o problema: evitando negociações com prazo muito
longos e observando diariamente o valor disponível em caixa.

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CONCLUSÃO

Conclui-se definindo a gestão financeira como sendo uma série de


ações e processos implementados para administrar os recursos de uma
organização.
Dentro desse conjunto, estão a análise, o planejamento e o controle das
finanças.este processso serve tambem para mostrar em que rumo está a
empresa e o que pode ser feito para melhorar os resultados.

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICA

ASSIS, Rui, FIGUEIRA, Mário. MICROSTOCK - Apoio à Decisão em Gestão Económica


de Stocks. Lisboa, IAPMEI, 1991.

BRAGA, Miguel. Gestão do Aprovisionamento. Lisboa, Editora Presença.

GROLAIS, Michel. Gestão Integrada dos Stocks. Lisboa, Editora Rés – Editora.

LYSONS, C.K. O Aprovisionamento na Empresa. Lisboa, Editora Presença.

MACHADO, V. H. (1989) – Gestão de Stocks: Modelos Determinísticos – FCT/UNL,


Lisboa.

RAMBAUX, A. Gestão Económica dos Stocks. Lisboa, Editora Portico Lisboa.

REIS, Lopes dos, PAULINO, António. Gestão dos stocks e compras. E. I. – Editora
Internacional, Lda., Lisboa, 1994.

REIS, Lopes dos. Exercícios de gestão dos stocks e compras. Universidade Moderna,
Lisboa, 1996.

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Índice
AGRADECIMENTO
DEDICATÓRIA
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................1
DESENVOLVIMENTO.....................................................................................................................2
GESTÃO FINANCEIRA................................................................................................................2
PARA QUE SERVE A GESTÃO FINANCEIRA................................................................................3
OS PILARES DA GESTÃO FINANCEIRA.......................................................................................4
 Definir estratégias financeiras..................................................................................4
 Embasar tomadas de decisão.................................................................................5
 Controlar.....................................................................................................................5
OS OBJETIVOS DA GESTÃO FINANCEIRA...................................................................................6
1. Maximizar os lucros......................................................................................................6
2. Acompanhar liquidez e fluxo de caixa........................................................................6
3. Garantir o compliance...................................................................................................7
4. Desenvolver cenários financeiros...............................................................................7
5. Gerenciar relacionamentos..........................................................................................8
PRINCIPAIS ERROS NA GESTÃO FINANCEIRA DE NEGÓCIOS.....................................................8
Deixar de registrar todas as entradas e saídas.............................................................8
Deixar de lado as análise de desempenho....................................................................9
Não atualizar relatórios e documentos...........................................................................9
Misturar finanças pessoais e profissionais.....................................................................9
Não levar em conta o capital de giro............................................................................10
CONCLUSÃO...............................................................................................................................10
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICA....................................................................................................10

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