Você está na página 1de 16

A área financeira é uma das mais fundamentais da empresa, se não a mais importante.

Afinal, ela concede algo básico para que qualquer outro setor funcione, para tornar o
negócio verdadeiramente possível: os recursos financeiros. Diante disso, tudo o que ocorre
na gestão financeira de um negócio é determinante para o seu presente e futuro.

Tentar manter uma empresa viva sem uma gestão financeira profissional, atualizada e
qualificada é uma utopia. Com a competitividade crescente, inovações constantes e clientes
mais exigentes, uma boa gestão das finanças é determinante, não apenas por seu objetivo
imediato, mas também porque a saúde financeira de um empreendimento influencia em toda
a sua perspectiva de ação nas demais áreas.

Entretanto, por se tratar de uma atividade complexa, envolvendo uma série de


procedimentos, ferramentas e conhecimentos em articulação, mesmo equipes qualificadas e
profissionais podem cometer equívocos. Isso acontece principalmente diante da pouca
experiência, “correria” e medidas desesperadas.

Aqui nós vamos falar sobre esses erros que geralmente são cometidos na gestão financeira
empresarial e como lidar com eles. Acompanhe e identifique se você percebe algum deles
em seu negócio para erradicar o que está prejudicando as finanças da sua empresa. Neste
artigo você irá encontrar os seguintes tópicos:

12 ERROS COMETIDOS NA GESTÃO


FINANCEIRA EMPRESARIAL E COMO LIDAR
COM ELES
Erros na gestão financeira empresarial são cometidos por diferentes razões. Em muitos
casos eles são resultado da falta de entendimento da gestão sobre o assunto, dificuldade em
aplicar conhecimentos adquiridos em cursos tradicionais de administração, ou mesmo em
acompanhar as mudanças decorrentes das tecnologias e inovações no mercado.

Somado a isso, ou como razão principal, o que temos é uma realidade comum entre os
empreendedores brasileiros: a correria e constante necessidade de improvisação. Muitas
empresas já começam precisando lucrar e fornecer subsídios para a sobrevivência de uma
família ou pessoa. Ainda, existem os casos em que se “pega o negócio andando”.
Nessas situações, falta o tempo para respirar, analisar o negócio e cuidar da sua saúde
financeira. O problema é que isso poderá fazer com que ele não resista, pois cada vez mais
as empresas se profissionalizam e, por conseguirem realizar uma boa gestão financeira,
dentre outras ações de gestão impecáveis, conseguem oferecer melhorias ao cliente.

Portanto, é preciso rever a importância dada a esse setor e otimizá-lo. A seguir vamos
apresentar algo que poderá te ajudar com um dos passos mais importantes para qualificar a
gestão financeira da sua empresa: a identificação de erros e projeção de soluções. Quando
sabemos o que está errado, fica mais fácil melhorar, certo? Então, vamos lá!

1. NÃO CONHECER BEM O PRÓPRIO NEGÓCIO


Em princípio, afirmar que uma pessoa não conhece o próprio negócio pode parecer absurdo.
Contudo, infelizmente, isso é uma realidade em muitas empresas, assim como é a raiz de
muitos dos problemas na gestão financeira que serão listados a seguir. É preciso entender
que mesmo quem cria o próprio negócio pode não saber tudo sobre ele.

Um negócio vem, recorrentemente, de uma ideia, desejo, decisão entusiasmada, herança,


dentre outras possibilidades. Entretanto, ele é sempre mais do que isso quando começa a
funcionar. Uma vez concretizado, o empreendimento é parte de algo maior do que ele, pois
está inserido em um mercado com concorrentes, clientes, contexto econômico, social e mais
uma série de questões que o influenciam.

Isso exige, também, que ele seja reelaborado de acordo com todos esses fatores, com base
em conhecimentos sólidos e atualizados, de acordo com as diferentes áreas que o envolve,
dentre as quais está a gestão financeira. Sendo assim, para conhecer o próprio negócio é
preciso mais do que criá-lo ou idealizá-lo: deve-se estudá-lo!

Esse conhecimento é fundamental para a boa gestão financeira, pois irá sinalizar caminhos
para que ela seja realizada com eficiência. Por exemplo, faz diferença para determinar como
será a gestão financeira, se o negócio tem como público-alvo clientes exigentes e dispostos
a pagar “caro” ou clientes que buscam principalmente por preços baixos.

Muitos outros exemplos nesse sentido poderiam ser dados, contudo, acreditamos que já é
possível compreender que a gestão financeira de um negócio é o que faz ele funcionar, mas
o que determina a gestão financeira é o próprio negócio. Com isso em mente, existe uma
ferramenta que auxilia bastante nesse processo de “autoconhecimento” do empreendimento,
que se chama análise SWOT. A proposta dessa ferramenta é analisar 4 aspectos do negócio:

Strenghts (Forças)
Weaknesses (Fraquezas)
Opportunities (Oportunidades)
Threats (Ameaças)
Esses elementos funcionam como gatilhos para uma análise abrangente e aprofundada do
empreendimento, de modo a identificar aspectos internos e externos que irão influenciar em
todas as decisões e direcionamentos, principalmente no que diz respeito à gestão financeira.
Essa análise também será uma auxiliar interessante para o planejamento estratégico, seja
para elaborá-lo ou para otimizá-lo.
2. NÃO TER UMA BOA GESTÃO DE CUSTOS NA
EMPRESA
Embora sejam tratadas como áreas específicas, a gestão de custos e a gestão financeira são
interdependentes. Isso porque a gestão de custos é o que permite ao empreendedor saber
todo o investimento necessário para o funcionamento da sua empresa, produção de
mercadorias ou prestação de serviços.

Esse é o passo fundamental para ações básicas, como precificação e compreensão dos
recursos viáveis para investir em espaço, materiais, equipamentos, recursos humanos e
afins. Quando um produto ou serviço está custando mais do que a empresa recebe como
retorno de sua venda, o prejuízo é certo.

Mas, como saber disso? É a partir da gestão de custos. Quando não se conhece os custos do
negócio, consequentemente, não se sabe nada realmente dele, caminha-se no escuro.
Mesmo quando as empresas não sentem o prejuízo da ausência dessa ação, elas
provavelmente estão perdendo oportunidades.

O motivo é que uma gestão de custos eficiente também é fundamental para identificar


oportunidades para investir, aumentar a margem de lucro, orientar tomadas de decisão
estratégicas, dentre outras questões que contribuem para o sucesso do empreendimento.
Contudo, mais do que conhecer os custos da empresa, é preciso fazer um bom
gerenciamento deles.
Isso quer dizer não apenas registrar todos os movimentos financeiros do negócio, sem
esquecer nenhum detalhe, mas também conferir sentidos para essas informações. Isto é,
transformar informações em dados. Essa ação consiste em relacionar os custos identificados
com outros fatores quantitativos e qualitativos, como produção, percepção do cliente e
lucro.

Cabe lembrar que o levantamento de custos deve ser feito periodicamente, de modo a
compreender todos os gastos, tanto os que são fixos e recorrentes, quanto aqueles que são
sazonais ou pontuais. Tudo é importante, pois essa informação é determinante para saber se
sua empresa está ganhando ou perdendo dinheiro e, por conseguinte, tomar as medidas
necessárias.

3. NÃO TER UM PLANEJAMENTO FINANCEIRO


Se a falta de uma boa gestão de custos faz com que a empresa caminhe no escuro, a falta de
um planejamento financeiro faz com que ela caminhe sem rumo. Por se tratar de uma área
vital, não basta que a gestão financeira seja um tópico do planejamento estratégico. É
necessário que exista um planejamento específico para ela em articulação com o
planejamento estratégico.

O motivo que torna o planejamento financeiro tão indispensável para a gestão financeira
empresarial é porque ele determina os objetivos e metas desse setor, criados a partir das
condições reais das finanças do empreendimento. Ações de crescimento ou redução de
custos, por exemplo, dependem muito desse instrumento para que funcionem.

A partir dos objetivos e metas estabelecidos, outros elementos essenciais estarão no


planejamento financeiro, como as ações para alcançar esses resultados, estratégias de
acompanhamento e avaliação. Uma vez que essas ações contem com métricas consistentes e
baseada em dados, a empresa sempre saberá se as medidas empreendidas realmente estão
oferecendo o retorno esperado ou se existem transformações necessárias.

4. NEGLIGENCIAR O CONTROLE DO FLUXO DE


CAIXA
Dentre os erros cometidos na gestão financeira relacionados à negligência de ações
fundamentais, a falta de um controle efetivo de fluxo de caixa pode ser considerado o
principal deles. Sem um fluxo de caixa funcional, sequer podemos falar em gestão
financeira.

A premissa do fluxo de caixa é bem simples, envolvendo o acompanhamento diário de


entradas e saídas do negócio. Contudo, apesar da simplicidade, é algo que precisa ser
minucioso e preciso e, também, não pode se limitar a essa etapa do fluxo. Afinal, é preciso
também avaliar essas entradas e saídas, inclusive conforme critérios e períodos
selecionados, para que o fluxo de caixa seja mais do que uma ferramenta para conferir os
saldos.

De modo geral, as etapas do controle de fluxo de caixa devem compreender:

O registro diário de entradas e saídas;

Análise diária e por período do saldo;

Projeção de pagamentos e recebimentos.

A partir dessas informações, outras ações são tomadas. Por exemplo, se há saldo positivo e
elevado no caixa, deve-se deliberar sobre investimentos e aplicações para esse valor. Caso
exista déficit no caixa, deve-se buscar uma solução para assegurar o capital de giro
necessário, assim como realizar um diagnóstico para identificar o problema e solucioná-lo.

Esse é apenas um exemplo de como o controle de fluxo de caixa é fundamental para as


finanças empresariais, mas é importante ressaltar que existe uma série de conhecimentos,
cálculos e correlações sobre essa ferramenta que merece ser estudada e dominada pelos
gestores de empresa.

5. MÁ GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO


O capital de giro é outro elemento básico para a saúde financeira do negócio, pois é ele que
assegura a manutenção da empresa. A má gestão do capital de giro pode ter consequências
muito graves, pois sua negligência pode se desdobrar em problemas com pagamentos, falta
de recursos financeiros para lidar com situações críticas, acúmulo de pendências,
endividamento, dentre outras questões.
Pesquisas já apontam que, dentre os principais motivos para o fechamento de empresas no
primeiro ano, está a falta de conhecimento ou gestão eficiente do capital de giro. Portanto, é
preciso que o gestor de empresas domine os conhecimentos e métodos para gerir esse
recurso.

Para um esclarecimento inicial, podemos dizer que o capital de giro é o ativo circulante que
permite arcar com os custos e despesas fixos e variáveis de uma empresa, tais como valores
em contas bancárias, investimentos líquidos e todos os demais recursos que podem ser
utilizados ou convertidos com facilidade para a manutenção do negócio e cumprimento de
suas obrigações.

6. NÃO FAZER A GESTÃO DO ESTOQUE


O estoque precisa ser encarado por toda empresa como mais do que um espaço com
produtos armazenados. Ele é um elemento estratégico para as finanças empresariais e,
quando negligenciado, gera prejuízos desnecessários, fora as oportunidades perdidas.

Os motivos pelo qual a ausência de um gerenciamento de estoque é prejudicial são diversos,


e vão desde a perda de produtos ou materiais por má conservação, validade, depreciação,
manutenção de espaço, dentre outras questões, até a estagnação de um capital que poderia
estar entrando para a empresa, seja pelos produtos parados ou pela ausência de produtos
demandados.

Por isso, o controle de estoque, por uma via, é fundamental para assegurar que a empresa
tenha aquilo que o cliente deseja, para prestar um serviço mais rápido e qualificado. Por
outra via, permite identificar o que está parado, de modo a criar uma estratégia para
movimentar esses produtos e planejar compras que correspondam à real demanda dos
clientes.

Para isso, é preciso pesquisa e acompanhamento, isto é: gestão! Outro ponto a ser
considerado, que também se relaciona com uma boa gestão do estoque, diz respeito
à negociação das compras. Uma gestão eficiente só é possível quando se tem fornecedores
alinhados com os objetivos e modos de trabalho da empresa, assim como passíveis de boas
negociações em relação a valores e entregas.
7. FALTA DE ORGANIZAÇÃO DOS
DOCUMENTOS FISCAIS E CONTÁBEIS
O profissionalismo de um empreendimento tem como um de seus determinantes a sua
organização em relação às documentações. Elas são importantes para a gestão financeira,
pois estão relacionadas a uma série de procedimentos, como pagamento de contas e
impostos.

Uma empresa que não organiza bem os seus documentos corre o risco de acabar atrasando
contas, sem necessidade e, consequentemente, arcando com juros, dentre outros problemas.
Em casos mais graves, certos pagamentos podem ser realizados mais de uma vez. Esses são
apenas dois exemplos do que esse erro pode gerar, o que em síntese significa prejuízo de
tempo e dinheiro.

Diante disso, a organização dos documentos da empresa deve ser contínua, sistematizada e
ser realizada de maneira a facilitar o acesso às documentações necessárias sempre que
preciso. Para isso, mais do que arquivos físicos, é indicado que se tenha também uma
cultura de organização digital, a fim de facilitar os processos.

A organização dos documentos digitalmente, seja a partir de planilhas ou sistemas de


gestão, permite visualizar dados importantes sobre eles de maneira mais ágil, facilitando a
realização dos procedimentos que os envolvem.

Portanto, conforme cada tipo de negócio e as condições reais da empresa, deve-se criar
medidas para assegurar que a organização das documentações tenha uma lógica, seja
sempre imediata, segura e de fácil manutenção.

8. NÃO SEPARAR AS FINANÇAS EMPRESARIAIS


E PESSOAIS
Esse é um erro clássico na gestão financeira, principalmente no caso de pequenas empresas
e negócios, em geral, que contam com poucos colaboradores ou de administração familiar.
Pode parecer bobagem para algumas pessoas essa separação, afinal, o dinheiro da empresa
não é do dono dela? A resposta é não!

Pessoa física e pessoa jurídica são elementos diferentes e essa diferenciação deve ser
encarada para além da burocracia. Ter uma conta específica para o negócio e uma gestão
das finanças que compreenda a diferenciação entre os recursos do empreendimento e do
empreendedor é fundamental, pois, dentre outras questões, isso irá influenciar nas
modalidades de financiamento, empréstimos, taxas e na relação da empresa com bancos de
modo geral.

Além disso, essa distinção demonstra que a empresa atua com profissionalismo e
transparência. Ademais, as retiradas imprevistas de dinheiro em caixa podem prejudicar
imensamente o negócio e, igualmente, a vida financeira do gestor pode se tornar caótica
caso ele não tenha consciência do quanto realmente tem para investir em sua vida, e acabe,
além de utilizando indevidamente o dinheiro da empresa, também contraindo dívidas
pertinentes a ela.

Portanto, uma boa gestão financeira empresarial exige que o dono da empresa e todos os
envolvidos com essa administração das finanças tenham consciência de que o dinheiro da
empresa é da empresa. Isso não quer dizer que os donos, sócios e afins devam ficar sem
pagamento ou esperar a distribuição dos lucros.

O ideal é que seja estabelecido um pró-labore, a ser previsto no planejamento financeiro da


empresa, que consiste na remuneração dos donos, gestores e sócios que efetivamente
trabalham na empresa. Dessa maneira, o planejamento financeiro torna-se mais assertivo e
transparente, englobando uma remuneração que é pertinente ao negócio, mas sem
comprometer outras ações de gestão das finanças.

Em paralelo, os envolvidos saberão o valor com o qual podem contar para investimentos e
ações pessoais, assegurando a consciência sobre o próprio padrão de vida, o que é muito
interessante para qualquer empreendedor.

9. NÃO TER UMA ESTRATÉGIA DE


MONITORAMENTO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO
DOS RESULTADOS
Como em qualquer outro tipo de gestão, para que a gestão financeira seja efetiva é preciso
mensurar se as ações empreendidas estão oferecendo os resultados esperados. A única
maneira de fazer isso é a partir do monitoramento, análise e avaliação dos resultados. Nesse
ponto, existem dois tipos de erros recorrentes.
Um deles é a completa ausência desse tipo de ação, isto é, não se tem qualquer mecanismo
ou ferramenta visando avaliar os resultados obtidos, de modo que se permanece
completamente no escuro sobre a efetividade da gestão das finanças. O outro tipo de erro é
ter uma previsão de monitoramento, análise e avaliação dos resultados, mas de maneira
ineficiente.

Isso ocorre quando os indicadores escolhidos para monitorar, analisar e avaliar não são
assertivos ou não medem os aspectos mais importantes das finanças do negócio, conforme
os objetivos e metas estabelecidos. Dessa maneira, acaba sendo um trabalho perdido, pois,
no fim das contas, os resultados mensurados não dizem nada relevante para que se tenha
uma visão realista da situação financeira da empresa, nem mesmo conduzem para as
respectivas tomadas de decisão.

Diante disso, deve-se ter em vista o planejamento financeiro da empresa, de modo a


verificar quais foram os objetivos e metas estabelecidos. A partir deles, deve-se analisar
quais são os indicadores mais adequados para mensurar os resultados de cada ação, assim
como os métodos e cálculos para avaliá-los. Somente com essas medidas será possível
compreender se a gestão financeira está funcionando ou precisa de transformações.

10. QUALIFICAÇÃO INSUFICIENTE DO GESTOR


NA ÁREA DE GESTÃO FINANCEIRA
É fundamental que, na empresa, a pessoa responsável pela gestão financeira seja
devidamente qualificada para lidar com essa área. Igualmente, o dono da empresa e gestores
principais precisam ter conhecimentos fundamentais em finanças. Isso é importante porque
eles são tomadores de decisão, responsáveis pelos planos de negócios e planejamento
estratégico.

A falta de conhecimento em gestão financeira poderá ter consequências graves para a


empresa, pois sem esse saber, decisões e ações visando melhorias, crescimento ou soluções
nesse sentido dificilmente terão efetividade. Além disso, pouco ou nada se poderá cobrar ou
avaliar em relação à atuação da equipe e processos em relação aos impactos financeiros.

É possível verificar sintomas da falta de conhecimento em finanças em diversas empresas,


quando os gestores tomam atitudes como: demissões arbitrárias para corte de gastos; ações
para aumentar as vendas visando o aumentado do lucro sem análises minuciosas;
promoções absurdas com grande redução de preços que acabam resultando em prejuízos
para o negócio, dentre outras.

Isso acontece porque esses gestores apenas observam superficialmente ações comuns da
concorrência, sem avaliar como o modo de gestão dela permite que ela tome essas medidas.
Dessa maneira, acreditam imediatamente que o que funcionou para outros negócios,
funcionará para eles.

Mas o fato é que sequer estão fazendo o mesmo que as suas “referências” fizeram, uma vez
que em muitos casos as medidas empreendidas por outras empresas sejam pertinentes ao
seu modo de gestão, planejamento e estratégias. Portanto, simplesmente repetir, não repete
os resultados se as condições de ambos os negócios não forem idênticas.

Em contrapartida, quando os gestores são qualificados para a gestão financeira, conhecerão


as metodologias, ferramentas, estratégias e ações mais adequadas conforme a realidade do
próprio negócio. Saberão também quais são as medidas mais adequadas para avaliar o
resultado das suas ações e, sempre que tomarem uma decisão, terão uma margem de
segurança considerável de que o resultado dessas decisões serão os esperados.

11. PRECIFICAÇÃO INADEQUADA DE


PRODUTOS E SERVIÇOS
O preço dos produtos e serviços são estratégicos para uma empresa. Se ele é maior ou
menor que o viável, os prejuízos serão sentidos de maneira direta ou indireta. Quando o
preço é menor do que deveria ser, o prejuízo é evidente, uma vez que os recebíveis serão
menores do que os custos de despesas.

Já quando o valor é maior do que o viável, o impacto é sentido nas vendas, na perda de
credibilidade no mercado e a partir das reações de um cliente. O gestor precisa entender a
maneira correta de precificar os produtos conforme o modelo de negócios, o
posicionamento da marca, custos, despesas e projeções financeiras relacionadas à produção.

A partir de informações como essas, é necessário equilibrar esses elementos, de maneira


que o preço do produto ou serviço atenda às expectativas dos clientes, seja compatível com
o mercado, reflita o posicionamento da marca e seja capaz de gerar lucro. Portanto, a gestão
financeira, seu planejamento e decisões serão determinantes para a precificação adequada
dos produtos e serviços.

Não adianta colocar qualquer preço com base em informações superficiais. É preciso
estudar como esses valores gerarão resultados para o negócio.

12. MÁ GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS


Principalmente por falta de conhecimento e apego a modos de gestão de pessoas já
ultrapassados, muitas empresas têm prejuízos e desperdícios em uma área de difícil
identificação: os recursos humanos. Mesmo empresas que têm um número reduzido de
funcionários podem sofrer impactos relevantes dessa má gestão.

A gestão financeira se relaciona com os recursos humanos de diferentes maneiras.


Primeiramente é preciso considerar todos os custos de um colaborador, desde o seu
pagamento até tributos e taxas envolvidos. Uma vez que se tenha isso em mente, é possível
perceber que contratar e demitir com recorrência não é interessante para nenhum negócio,
principalmente demitir!

A rotatividade de trabalhadores pode ser um grande prejuízo para as empresas, no entanto,


muitas vezes é ignorada pela gestão financeira, como se não fosse um assunto do interesse
desse setor. Contudo, obviamente, como todos os setores, esse é um importante.

Para que os recursos humanos de uma empresa sejam bem utilizados e se justifiquem, é
necessário que se tenha uma gestão de pessoas estratégica, que vise fazer com que os
retornos dos colaboradores sejam condizentes com os custos que eles geram. Mas, outro
erro comum das empresas nesse sentido é “enlouquecer” os colaboradores por produção,
fazendo com que eles deixem a empresa, dentre outros problemas.

O melhor caminho não é esse. Em relação aos colaboradores, é importante levar em conta,
em primeiro lugar, que a contratação deve ser pensada, planejada e idealizada. Em seguida,
deve ser buscado nos lugares certos e da maneira certa, para que, então, a seleção já tenha
exercido um filtro antes mesmo do primeiro contato com os candidatos.

Daí em diante, deve-se considerar, também, a necessidade de ser transparente em relação ao


trabalho, pagamento e outros tópicos relevantes com o candidato preferido, de modo a
confirmar o seu interesse, pois, como já ressaltamos, não é interessante a rotatividade para
as finanças da empresa e, muito menos, colaboradores desmotivados e improdutivos.

Contudo, o trabalho para assegurar um bom retorno dos recursos humanos não acaba
nunca. É preciso conhecer bem o perfil dos profissionais interessantes para a empresa e
oferecê-los condições favoráveis para a permanência e produtividade no negócio. Isso
engloba desde o clima organizacional a planos de carreira. Esse cuidado
implica investimentos, mas também retornos interessantes para a empresa.

BÔNUS: COMO A TECNOLOGIA PODE AJUDAR


NA GESTÃO FINANCEIRA DA SUA EMPRESA?
Como você pode observar, a gestão financeira compreende uma série de ações, ferramentas
e metodologias que precisam ser aplicadas e cultivadas, de modo a manter a saúde
financeira da empresa. São muitos números, dados, registros, análises e avaliações para
fazer.

Mesmo pessoas com conhecimento em finanças podem se perder nessas ações devido ao
seu volume, complexidade e precisão. Outra situação comum é que equipe e profissionais
acabem despendendo várias horas de trabalho com atividades burocráticas ou mecanizadas,
mas necessárias para a boa gestão financeira.

Atualmente, as empresas podem evitar sobrecarregar os recursos humanos com essas


atividades, uma vez que existem diversos sistemas e aplicativos que auxiliam na realização
dessas funções, reduzindo o tempo de trabalho e aumentando a precisão, organização e
segurança dos dados.

Trouxemos algumas sugestões de aplicativos ou sistemas que podem ajudar a sua empresa a
ter uma gestão financeira mais otimizada e sem erros. Confira a seguir.

1. CONTAAZUL
O ContaAzul é um sistema de gestão empresarial on-line, bastante completo, que apresenta
diversas finalidades, e é fácil de usar. Criado principalmente para atender pequenas
empresas, esse sistema de gestão centraliza variadas informações e ações da empresa em
um único lugar: notas fiscais, boletos de cobrança, fluxo de caixa diário e mensal, contas a
pagar e a receber, integração bancária e contábil, conciliação bancária, dentre outras. O
serviço é pago, mas é possível testá-lo gratuitamente antes de uma decisão.
2. GUIABOLSO
Um dos tópicos abordou a importância de que o empreendedor tenha uma boa gestão
financeira, certo? Pois este é um aplicativo gratuito que pode ajudar com
isso. O GuiaBolso é um auxiliar para o controle das despesas pessoais, que oferece funções
como:
 Visualização dos saldos de todas as contas bancárias em único lugar;
 Categorização das despesas e organização automática dos gastos;
 Planejamento de metas e dicas com inteligência artificial.
3. NIBO
Embora o seu uso não seja tão simples, o Nibo é um aplicativo interessante para promover a
organização da empresa. Ele permite armazenar em um mesmo lugar documentos e
informações importantes, como: pagamentos, recebimentos, compromissos financeiros,
contratos, notas fiscais, fluxo de caixa, relatórios financeiros, controle de estoque,
conciliação bancária, gestão de funcionários e telefones de clientes. Ele também conta com
diferentes planos para adesão e teste gratuito.
4. QUICKBOOKS
De fácil uso, o QuickBooks permite gerar fluxo de caixa completo, relatórios financeiros,
gerenciar agenda de clientes, importar informações bancárias, criar orçamentos e faturas,
dentre outras funcionalidades. É uma boa alternativa de sistema para a gestão financeira de
maneira simplificada, contando com três alternativas de planos para assinatura e teste
gratuito.
5. NFE.IO
A partir desse sistema, você e sua equipe economizarão um tempo precioso na emissão e
envio de notas fiscais para os clientes. O NFe.io proporciona a integração com meios de
pagamento, fazendo com que o cliente receba automaticamente a nota fiscal em formato
xml e pdf.
Além disso ele é integrável a algum outro sistema financeiro utilizado na empresa e oferece
outros benefícios, como: cálculo automático de impostos, cadastro múltiplo de CNPJs,
monitoração de prefeituras e dashboard com gráficos.

OS BENEFÍCIOS DE UMA GESTÃO


FINANCEIRA EFICIENTE PARA O NEGÓCIO
Nos tópicos nos quais tratamos dos erros comuns na gestão financeira empresarial, assim
como do prejuízo desses erros, as vantagens da ação correta também ficaram, no mínimo,
implícitas. Diante disso, é importante reforçar que, mais do que evitar erros, uma gestão
financeira eficiente traz muitos benefícios para o empreendimento. Alguns dos principais
são:

MAIOR PREVISIBILIDADE
Uma gestão financeira bem-feita faz com que um contexto dinâmico e cheio de surpresas se
torne, basicamente, previsível. Isso é uma percepção que se passa a ter na gestão da
empresa por um motivo muito simples: ela já está preparada para diferentes cenários.

Esse benefício está relacionado principalmente ao planejamento financeiro e aos estudos


relacionados ao negócio, que permitem conhecê-lo melhor tanto internamente quanto em
relação ao contexto no qual está inserido.

CREDIBILIDADE NO MERCADO
Uma empresa com as finanças organizadas e bem geridas pode, com segurança, ser mais
transparente, tanto com o mercado, quanto com os clientes. Dessa maneira, ela terá mais
credibilidade diante deles.

Também contribui para a maior credibilidade, na perspectiva da gestão financeira, valores


compatíveis com o negócio e sua entrega, remuneração adequada para os profissionais,
ausência de dívidas, dentre outras questões.

POTENCIAL PARA CRESCIMENTO


Quando uma empresa tem uma gestão financeira eficiente, ela não apenas evita problemas,
como abre caminhos para o próprio crescimento. Afinal, a gestão tem o potencial de
organizar e otimizar o direcionamento das finanças da empresa.

Dessa maneira, conforme o seu desenvolvimento, haverá o momento de deixar de “resolver


problemas” e pensar no futuro. Nessa situação a gestão financeira também será
fundamental para direcionar os melhores investimentos, inovações, transformações,
oportunidades de crescimento e afins.

ORGANIZAÇÃO E PRODUTIVIDADE
Outro benefício da gestão financeira para o negócio é seu reflexo na organização e
produtividade. Devido ao montante de atividades, informações e documentos que ela
envolve, uma má gestão financeira pode acabar gerando muito desperdício de tempo e
dinheiro no negócio. Contudo, uma vez que ela esteja em pleno funcionamento, o efeito
será o oposto.

Todos os setores poderão sentir uma fluidez maior, pois, como já deixamos claro, a gestão
financeira tem impacto em todas as áreas da empresa. Além disso, essa gestão permite
eliminar o desnecessário, colocar cada “coisa” em seu lugar e fazer com que, dessa maneira,
a empresa tenha um funcionamento mais enxuto.

CONCLUSÃO
Como você pôde acompanhar, a gestão financeira de uma empresa envolve muitos  dados,
ferramentas, estratégias e ações que não podem ser negligenciados. É por falta de tempo,
conhecimento, preparo, recursos humanos e outras questões que os erros que listamos e
muitos outros são cometidos.

É verdade que errar faz parte de tudo o que fazemos na vida, mas em um
empreendimento existem certos erros que não são tão simples de corrigir e que jamais
devem ser ignorados. Isso porque as consequências podem ser fatais para o
negócio. Portanto, o ideal é sempre evitá-los e, quando identificá-los, buscar corrigi-los
imediatamente.

Sendo assim, não é nenhum absurdo que você tenha se identificado com um ou mais erros
dentre os listados. O importante é começar a se movimentar agora para saná-los. Dentre as
ações a serem tomadas nesse sentido, podemos afirmar que a mais estável e permanente em
resultados é a qualificação do gestor.

O conhecimento profissional, apurado e com competência para aplicação por parte do


gestor, irá garantir que a gestão financeira seja sempre realizada conforme todos os
procedimentos que asseguram sua eficiência. Nesse caso, mesmo quando houverem
equívocos ou problemas, eles poderão ser solucionados com mais agilidade e assertividade.

Portanto, não se limite a resolver os equívocos na sua gestão financeira de maneira


imediata. Invista em uma boa formação que te permita lidar permanentemente e
cotidianamente com essa área, inclusive, não apenas para resolver problemas, mas para
promover decisões e ações que tragam sucesso para o seu negócio.

Você também pode gostar