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Afinal, ela concede algo básico para que qualquer outro setor funcione, para tornar o
negócio verdadeiramente possível: os recursos financeiros. Diante disso, tudo o que ocorre
na gestão financeira de um negócio é determinante para o seu presente e futuro.
Tentar manter uma empresa viva sem uma gestão financeira profissional, atualizada e
qualificada é uma utopia. Com a competitividade crescente, inovações constantes e clientes
mais exigentes, uma boa gestão das finanças é determinante, não apenas por seu objetivo
imediato, mas também porque a saúde financeira de um empreendimento influencia em toda
a sua perspectiva de ação nas demais áreas.
Aqui nós vamos falar sobre esses erros que geralmente são cometidos na gestão financeira
empresarial e como lidar com eles. Acompanhe e identifique se você percebe algum deles
em seu negócio para erradicar o que está prejudicando as finanças da sua empresa. Neste
artigo você irá encontrar os seguintes tópicos:
Somado a isso, ou como razão principal, o que temos é uma realidade comum entre os
empreendedores brasileiros: a correria e constante necessidade de improvisação. Muitas
empresas já começam precisando lucrar e fornecer subsídios para a sobrevivência de uma
família ou pessoa. Ainda, existem os casos em que se “pega o negócio andando”.
Nessas situações, falta o tempo para respirar, analisar o negócio e cuidar da sua saúde
financeira. O problema é que isso poderá fazer com que ele não resista, pois cada vez mais
as empresas se profissionalizam e, por conseguirem realizar uma boa gestão financeira,
dentre outras ações de gestão impecáveis, conseguem oferecer melhorias ao cliente.
Portanto, é preciso rever a importância dada a esse setor e otimizá-lo. A seguir vamos
apresentar algo que poderá te ajudar com um dos passos mais importantes para qualificar a
gestão financeira da sua empresa: a identificação de erros e projeção de soluções. Quando
sabemos o que está errado, fica mais fácil melhorar, certo? Então, vamos lá!
Isso exige, também, que ele seja reelaborado de acordo com todos esses fatores, com base
em conhecimentos sólidos e atualizados, de acordo com as diferentes áreas que o envolve,
dentre as quais está a gestão financeira. Sendo assim, para conhecer o próprio negócio é
preciso mais do que criá-lo ou idealizá-lo: deve-se estudá-lo!
Esse conhecimento é fundamental para a boa gestão financeira, pois irá sinalizar caminhos
para que ela seja realizada com eficiência. Por exemplo, faz diferença para determinar como
será a gestão financeira, se o negócio tem como público-alvo clientes exigentes e dispostos
a pagar “caro” ou clientes que buscam principalmente por preços baixos.
Muitos outros exemplos nesse sentido poderiam ser dados, contudo, acreditamos que já é
possível compreender que a gestão financeira de um negócio é o que faz ele funcionar, mas
o que determina a gestão financeira é o próprio negócio. Com isso em mente, existe uma
ferramenta que auxilia bastante nesse processo de “autoconhecimento” do empreendimento,
que se chama análise SWOT. A proposta dessa ferramenta é analisar 4 aspectos do negócio:
Strenghts (Forças)
Weaknesses (Fraquezas)
Opportunities (Oportunidades)
Threats (Ameaças)
Esses elementos funcionam como gatilhos para uma análise abrangente e aprofundada do
empreendimento, de modo a identificar aspectos internos e externos que irão influenciar em
todas as decisões e direcionamentos, principalmente no que diz respeito à gestão financeira.
Essa análise também será uma auxiliar interessante para o planejamento estratégico, seja
para elaborá-lo ou para otimizá-lo.
2. NÃO TER UMA BOA GESTÃO DE CUSTOS NA
EMPRESA
Embora sejam tratadas como áreas específicas, a gestão de custos e a gestão financeira são
interdependentes. Isso porque a gestão de custos é o que permite ao empreendedor saber
todo o investimento necessário para o funcionamento da sua empresa, produção de
mercadorias ou prestação de serviços.
Esse é o passo fundamental para ações básicas, como precificação e compreensão dos
recursos viáveis para investir em espaço, materiais, equipamentos, recursos humanos e
afins. Quando um produto ou serviço está custando mais do que a empresa recebe como
retorno de sua venda, o prejuízo é certo.
Mas, como saber disso? É a partir da gestão de custos. Quando não se conhece os custos do
negócio, consequentemente, não se sabe nada realmente dele, caminha-se no escuro.
Mesmo quando as empresas não sentem o prejuízo da ausência dessa ação, elas
provavelmente estão perdendo oportunidades.
Cabe lembrar que o levantamento de custos deve ser feito periodicamente, de modo a
compreender todos os gastos, tanto os que são fixos e recorrentes, quanto aqueles que são
sazonais ou pontuais. Tudo é importante, pois essa informação é determinante para saber se
sua empresa está ganhando ou perdendo dinheiro e, por conseguinte, tomar as medidas
necessárias.
O motivo que torna o planejamento financeiro tão indispensável para a gestão financeira
empresarial é porque ele determina os objetivos e metas desse setor, criados a partir das
condições reais das finanças do empreendimento. Ações de crescimento ou redução de
custos, por exemplo, dependem muito desse instrumento para que funcionem.
A partir dessas informações, outras ações são tomadas. Por exemplo, se há saldo positivo e
elevado no caixa, deve-se deliberar sobre investimentos e aplicações para esse valor. Caso
exista déficit no caixa, deve-se buscar uma solução para assegurar o capital de giro
necessário, assim como realizar um diagnóstico para identificar o problema e solucioná-lo.
Para um esclarecimento inicial, podemos dizer que o capital de giro é o ativo circulante que
permite arcar com os custos e despesas fixos e variáveis de uma empresa, tais como valores
em contas bancárias, investimentos líquidos e todos os demais recursos que podem ser
utilizados ou convertidos com facilidade para a manutenção do negócio e cumprimento de
suas obrigações.
Por isso, o controle de estoque, por uma via, é fundamental para assegurar que a empresa
tenha aquilo que o cliente deseja, para prestar um serviço mais rápido e qualificado. Por
outra via, permite identificar o que está parado, de modo a criar uma estratégia para
movimentar esses produtos e planejar compras que correspondam à real demanda dos
clientes.
Para isso, é preciso pesquisa e acompanhamento, isto é: gestão! Outro ponto a ser
considerado, que também se relaciona com uma boa gestão do estoque, diz respeito
à negociação das compras. Uma gestão eficiente só é possível quando se tem fornecedores
alinhados com os objetivos e modos de trabalho da empresa, assim como passíveis de boas
negociações em relação a valores e entregas.
7. FALTA DE ORGANIZAÇÃO DOS
DOCUMENTOS FISCAIS E CONTÁBEIS
O profissionalismo de um empreendimento tem como um de seus determinantes a sua
organização em relação às documentações. Elas são importantes para a gestão financeira,
pois estão relacionadas a uma série de procedimentos, como pagamento de contas e
impostos.
Uma empresa que não organiza bem os seus documentos corre o risco de acabar atrasando
contas, sem necessidade e, consequentemente, arcando com juros, dentre outros problemas.
Em casos mais graves, certos pagamentos podem ser realizados mais de uma vez. Esses são
apenas dois exemplos do que esse erro pode gerar, o que em síntese significa prejuízo de
tempo e dinheiro.
Diante disso, a organização dos documentos da empresa deve ser contínua, sistematizada e
ser realizada de maneira a facilitar o acesso às documentações necessárias sempre que
preciso. Para isso, mais do que arquivos físicos, é indicado que se tenha também uma
cultura de organização digital, a fim de facilitar os processos.
Portanto, conforme cada tipo de negócio e as condições reais da empresa, deve-se criar
medidas para assegurar que a organização das documentações tenha uma lógica, seja
sempre imediata, segura e de fácil manutenção.
Pessoa física e pessoa jurídica são elementos diferentes e essa diferenciação deve ser
encarada para além da burocracia. Ter uma conta específica para o negócio e uma gestão
das finanças que compreenda a diferenciação entre os recursos do empreendimento e do
empreendedor é fundamental, pois, dentre outras questões, isso irá influenciar nas
modalidades de financiamento, empréstimos, taxas e na relação da empresa com bancos de
modo geral.
Além disso, essa distinção demonstra que a empresa atua com profissionalismo e
transparência. Ademais, as retiradas imprevistas de dinheiro em caixa podem prejudicar
imensamente o negócio e, igualmente, a vida financeira do gestor pode se tornar caótica
caso ele não tenha consciência do quanto realmente tem para investir em sua vida, e acabe,
além de utilizando indevidamente o dinheiro da empresa, também contraindo dívidas
pertinentes a ela.
Portanto, uma boa gestão financeira empresarial exige que o dono da empresa e todos os
envolvidos com essa administração das finanças tenham consciência de que o dinheiro da
empresa é da empresa. Isso não quer dizer que os donos, sócios e afins devam ficar sem
pagamento ou esperar a distribuição dos lucros.
Em paralelo, os envolvidos saberão o valor com o qual podem contar para investimentos e
ações pessoais, assegurando a consciência sobre o próprio padrão de vida, o que é muito
interessante para qualquer empreendedor.
Isso ocorre quando os indicadores escolhidos para monitorar, analisar e avaliar não são
assertivos ou não medem os aspectos mais importantes das finanças do negócio, conforme
os objetivos e metas estabelecidos. Dessa maneira, acaba sendo um trabalho perdido, pois,
no fim das contas, os resultados mensurados não dizem nada relevante para que se tenha
uma visão realista da situação financeira da empresa, nem mesmo conduzem para as
respectivas tomadas de decisão.
Isso acontece porque esses gestores apenas observam superficialmente ações comuns da
concorrência, sem avaliar como o modo de gestão dela permite que ela tome essas medidas.
Dessa maneira, acreditam imediatamente que o que funcionou para outros negócios,
funcionará para eles.
Mas o fato é que sequer estão fazendo o mesmo que as suas “referências” fizeram, uma vez
que em muitos casos as medidas empreendidas por outras empresas sejam pertinentes ao
seu modo de gestão, planejamento e estratégias. Portanto, simplesmente repetir, não repete
os resultados se as condições de ambos os negócios não forem idênticas.
Já quando o valor é maior do que o viável, o impacto é sentido nas vendas, na perda de
credibilidade no mercado e a partir das reações de um cliente. O gestor precisa entender a
maneira correta de precificar os produtos conforme o modelo de negócios, o
posicionamento da marca, custos, despesas e projeções financeiras relacionadas à produção.
Não adianta colocar qualquer preço com base em informações superficiais. É preciso
estudar como esses valores gerarão resultados para o negócio.
Para que os recursos humanos de uma empresa sejam bem utilizados e se justifiquem, é
necessário que se tenha uma gestão de pessoas estratégica, que vise fazer com que os
retornos dos colaboradores sejam condizentes com os custos que eles geram. Mas, outro
erro comum das empresas nesse sentido é “enlouquecer” os colaboradores por produção,
fazendo com que eles deixem a empresa, dentre outros problemas.
O melhor caminho não é esse. Em relação aos colaboradores, é importante levar em conta,
em primeiro lugar, que a contratação deve ser pensada, planejada e idealizada. Em seguida,
deve ser buscado nos lugares certos e da maneira certa, para que, então, a seleção já tenha
exercido um filtro antes mesmo do primeiro contato com os candidatos.
Contudo, o trabalho para assegurar um bom retorno dos recursos humanos não acaba
nunca. É preciso conhecer bem o perfil dos profissionais interessantes para a empresa e
oferecê-los condições favoráveis para a permanência e produtividade no negócio. Isso
engloba desde o clima organizacional a planos de carreira. Esse cuidado
implica investimentos, mas também retornos interessantes para a empresa.
Mesmo pessoas com conhecimento em finanças podem se perder nessas ações devido ao
seu volume, complexidade e precisão. Outra situação comum é que equipe e profissionais
acabem despendendo várias horas de trabalho com atividades burocráticas ou mecanizadas,
mas necessárias para a boa gestão financeira.
Trouxemos algumas sugestões de aplicativos ou sistemas que podem ajudar a sua empresa a
ter uma gestão financeira mais otimizada e sem erros. Confira a seguir.
1. CONTAAZUL
O ContaAzul é um sistema de gestão empresarial on-line, bastante completo, que apresenta
diversas finalidades, e é fácil de usar. Criado principalmente para atender pequenas
empresas, esse sistema de gestão centraliza variadas informações e ações da empresa em
um único lugar: notas fiscais, boletos de cobrança, fluxo de caixa diário e mensal, contas a
pagar e a receber, integração bancária e contábil, conciliação bancária, dentre outras. O
serviço é pago, mas é possível testá-lo gratuitamente antes de uma decisão.
2. GUIABOLSO
Um dos tópicos abordou a importância de que o empreendedor tenha uma boa gestão
financeira, certo? Pois este é um aplicativo gratuito que pode ajudar com
isso. O GuiaBolso é um auxiliar para o controle das despesas pessoais, que oferece funções
como:
Visualização dos saldos de todas as contas bancárias em único lugar;
Categorização das despesas e organização automática dos gastos;
Planejamento de metas e dicas com inteligência artificial.
3. NIBO
Embora o seu uso não seja tão simples, o Nibo é um aplicativo interessante para promover a
organização da empresa. Ele permite armazenar em um mesmo lugar documentos e
informações importantes, como: pagamentos, recebimentos, compromissos financeiros,
contratos, notas fiscais, fluxo de caixa, relatórios financeiros, controle de estoque,
conciliação bancária, gestão de funcionários e telefones de clientes. Ele também conta com
diferentes planos para adesão e teste gratuito.
4. QUICKBOOKS
De fácil uso, o QuickBooks permite gerar fluxo de caixa completo, relatórios financeiros,
gerenciar agenda de clientes, importar informações bancárias, criar orçamentos e faturas,
dentre outras funcionalidades. É uma boa alternativa de sistema para a gestão financeira de
maneira simplificada, contando com três alternativas de planos para assinatura e teste
gratuito.
5. NFE.IO
A partir desse sistema, você e sua equipe economizarão um tempo precioso na emissão e
envio de notas fiscais para os clientes. O NFe.io proporciona a integração com meios de
pagamento, fazendo com que o cliente receba automaticamente a nota fiscal em formato
xml e pdf.
Além disso ele é integrável a algum outro sistema financeiro utilizado na empresa e oferece
outros benefícios, como: cálculo automático de impostos, cadastro múltiplo de CNPJs,
monitoração de prefeituras e dashboard com gráficos.
MAIOR PREVISIBILIDADE
Uma gestão financeira bem-feita faz com que um contexto dinâmico e cheio de surpresas se
torne, basicamente, previsível. Isso é uma percepção que se passa a ter na gestão da
empresa por um motivo muito simples: ela já está preparada para diferentes cenários.
CREDIBILIDADE NO MERCADO
Uma empresa com as finanças organizadas e bem geridas pode, com segurança, ser mais
transparente, tanto com o mercado, quanto com os clientes. Dessa maneira, ela terá mais
credibilidade diante deles.
ORGANIZAÇÃO E PRODUTIVIDADE
Outro benefício da gestão financeira para o negócio é seu reflexo na organização e
produtividade. Devido ao montante de atividades, informações e documentos que ela
envolve, uma má gestão financeira pode acabar gerando muito desperdício de tempo e
dinheiro no negócio. Contudo, uma vez que ela esteja em pleno funcionamento, o efeito
será o oposto.
Todos os setores poderão sentir uma fluidez maior, pois, como já deixamos claro, a gestão
financeira tem impacto em todas as áreas da empresa. Além disso, essa gestão permite
eliminar o desnecessário, colocar cada “coisa” em seu lugar e fazer com que, dessa maneira,
a empresa tenha um funcionamento mais enxuto.
CONCLUSÃO
Como você pôde acompanhar, a gestão financeira de uma empresa envolve muitos dados,
ferramentas, estratégias e ações que não podem ser negligenciados. É por falta de tempo,
conhecimento, preparo, recursos humanos e outras questões que os erros que listamos e
muitos outros são cometidos.
É verdade que errar faz parte de tudo o que fazemos na vida, mas em um
empreendimento existem certos erros que não são tão simples de corrigir e que jamais
devem ser ignorados. Isso porque as consequências podem ser fatais para o
negócio. Portanto, o ideal é sempre evitá-los e, quando identificá-los, buscar corrigi-los
imediatamente.
Sendo assim, não é nenhum absurdo que você tenha se identificado com um ou mais erros
dentre os listados. O importante é começar a se movimentar agora para saná-los. Dentre as
ações a serem tomadas nesse sentido, podemos afirmar que a mais estável e permanente em
resultados é a qualificação do gestor.