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E-BOOK

ORÇAMENTO
EMPRESARIAL
As melhores práticas para a sua
empresa lucrar mais
SUMÁRIO

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SUMÁRIO

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COMO
ESTE 1
E-BOOK
VAI
AJUDAR A
SUA EMPRESA
COMO ESTE E-BOOK VAI
AJUDAR A SUA EMPRESA
Ter um planejamento estratégico deixou de ser uma ferramenta
de gestão voltada somente para empresas de grande porte.
Atualmente, todas as organizações, incluindo as
microempresas, devem priorizar o controle financeiro e fiscal
para se manter viva no mercado.

Mas, não basta fazer uma análise geral dos números. É preciso
que o planejamento seja eficaz e responda às perguntas mais
importantes sobre a saúde financeira da empresa, permitindo a
tomada de decisão rápida e assertiva.

Como o lucro será empenhado, previsão de faturamento anual,


possibilidade de expansão, contratação de profissionais,
desenvolvimento de projetos, aquisição de maquinário. Todas as
ações que envolvem a empresa precisam ser decididas a partir
do diagnóstico do relatório.

Ou seja, criar um orçamento empresarial é essencial para o


desenvolvimento da companhia. A partir dele que o futuro da
empresa será decidido a curto, médio e longo prazo. Podemos
dizer que o documento é a bússola que indicará o caminho a ser
seguido.

Este e-book, além de explicar o conceito de orçamento


empresarial e apresentar os benefícios do planejamento para a
saúde financeira, vai ensinar como formatar o relatório e
interpretar os números.

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A intenção é demonstrar como as informações podem trabalhar
em prol da companhia, sobretudo para reduzir riscos e incertezas,
melhorando as projeções para o futuro.

Ao continuar a leitura, você terá acesso a diversos conceitos e


metodologias para aplicar no seu negócio. Entre eles estão:

● Análise consistente dos resultados;


● Categorias de indicadores de desempenho;
● Previsão de perspectivas diversas;
● Controle e revisão orçamentária.

Após a leitura deste material, você poderá colocar seu


conhecimento em prática, para desenvolver planejamentos que
irão impulsionar o crescimento ordenado da empresa. Também
abordaremos os meios de reduzir custos, elevar o faturamento e
se destacar no mercado.

Continue com a gente e impulsione sua empresa!

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ORÇAMENTO
EMPRESARIAL
É MESMO
NECESSÁRIO?
ORÇAMENTO EMPRESARIAL É
MESMO NECESSÁRIO?
Muitos empresários são levados a acreditar que basta ter controle
do fluxo de caixa para garantir a saúde financeira da organização.
Na verdade, esse é um trabalho primário, que consiste em
identificar perdas e ganhos de curto prazo.

Já elaborar o orçamento empresarial beneficia não só o


planejamento, como serve como ferramenta de análise e
controle das atividades da empresa.

Um relatório bem estruturado é capaz de guiar o empresário


em suas ações, promovendo o desenvolvimento das atividades
alinhadas às metas traçadas. É possível dizer que, com o
orçamento empresarial em mãos, o administrador terá as
informações necessárias para a tomada de decisões.

Considerando sua função de esclarecer a real situação da


empresa, podemos concluir que o orçamento empresarial
traduz em números o planejamento estratégico. Isso porque,
ele revela o nível da saúde financeira da empresa, apontando
onde é necessário investir e qual setor deve cortar custos para
alcançar o objetivo.

Com o estudo, o gestor consegue traçar metas tangíveis,


identificar oportunidades internas e externas, e estipular prazo
para alcançar o objetivo. Outra vantagem é que o relatório
considera a situação do mercado, possibilitando a readequação
do planejamento sempre que necessário.

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DIFERENÇA ENTRE ORÇAMENTO
EMPRESARIAL E GESTÃO
ORÇAMENTÁRIA
Ambos os conceitos têm definições distintas, bem como o papel
na administração da empresa. Mas é preciso salientar que os dois
devem ser trabalhados juntos, visto que um é relativo à teoria,
enquanto o outro está relacionado à prática.

A Gestão Orçamentária tem como principal foco o


monitoramento dos resultados financeiros e os métodos de
planejamento. Ela é dividida em quatro fases:

● Planejamento Orçamentário;
● Simulação de cenário;
● Acompanhamento e controle orçamentário;
● Revisões.

O Orçamento Empresarial é o documento que reúne as


informações que serão analisadas na Gestão Orçamentária.
Para ser efetivo, é preciso reunir, pelo menos, seis tipos de
orçamento:

● Custos variáveis;
● Despesa Operacional;
● Deduções sobre vendas;
● Investimentos;
● Gasto com pessoal;
● Vendas.

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Orçamento Empresarial

Definir e organizar a situação econômica de uma empresa é o


que garante seu êxito. Em geral, o planejamento deve incluir
dados de:

● Estimativa de vendas: que prevê o faturamento de vendas de


cada um dos produtos comercializados. Os dados devem ser
separados por canal de distribuição.
● Dedução de vendas: valores relativos a gastos com impostos,
frete, comissão, entre outros custos.
● Custos variáveis: valores relacionados à produção da
mercadoria, como matéria-prima, mão-de-obra e insumos.
● Gastos com pessoal: pagamento de custas trabalhistas,
como impostos, fundo de garantia, salário, benefícios, entre
outros.
● Despesas operacionais: contas mensais de manutenção da
estrutura como energia elétrica, água, telefone, internet e
outros.

O orçamento empresarial ainda inclui previsão de investimentos


e custos financeiros. Mas vamos explicar esses dois tópicos
posteriormente, em um material dedicado.

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Demonstrativos

Os orçamentos citados acima são essenciais para a análise e


devem constar no relatório. Um dos documentos a ser gerado é o
Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE), que apresenta a
prévia dos resultados, caso as metas sejam alcançadas como
propostas no planejamento.

Os demonstrativos devem ser acompanhados de perto, em


frequência mensal para que se possa identificar possíveis falhas
e, assim, tomar as decisões necessárias para normalizar o curso
do plano.

Vida útil do planejamento

Muitos gestores desenvolvem o planejamento com previsão de


até três anos e o orçamento pelo período de 12 meses. Contudo, é
possível estipular metas por décadas, prática já realizada por
empresas de grande porte e as que possuem investimentos
necessários para uma possível recuperação a longo prazo. Esse
é caso, por exemplo, de empresas que detêm direitos sobre
concessões públicas.

Para as demais, a projeção deve ser revisada a cada seis meses,


já que o mercado é volátil e não permite previsões a longo prazo.
Isso ocorre com setores sazonais, como moda e inovação, que
estão sempre em movimento.

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Orçamento empresarial é para quem?

Como dissemos anteriormente, a gestão focada no futuro da


empresa está presente, em sua maioria, em companhias com alto
índice de lucratividade. Mas os benefícios do orçamento
empresarial se estendem às empresas de todos os portes e
ramos de atuação, inclusive microempresas.

Contudo, alguns empresários acreditam que ter balanços


robustos e completos não faz parte da sua realidade. E por não
investirem em orçamento empresarial, se transformam em
vítimas do mercado e seus altos e baixos. É preciso entender que
utilizar ferramenta de planejamento facilita a gestão e
possibilita agilizar a tomada de decisões frente às mudanças.
Para mostrar que toda empresa pode obter vantagem do
orçamento empresarial, vamos listar alguns benefícios abaixo.

● Porte pequeno: para essas empresas, o planejamento serve


como guia para manter a saúde financeira em dia. Com ele,
os empresários podem definir metas viáveis, baseadas na
realidade da companhia. O mesmo vale para novos
empreendimentos e startups. Para estas, o orçamento
orienta os primeiros passos no mercado, auxiliando nas
ações que permitem sua viabilidade. Além disso, ter um
plano permite projetar os cenários e amadurecer a gestão.

● Porte médio: em geral, são empresas que possuem mais


experiência no mercado e um faturamento mais robusto.

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Bem estruturadas, muitas dessas empresas estão em fase de
consolidação. Nessa etapa, o objetivo é o crescimento
responsável, visando o lucro. O orçamento vai auxiliar
exatamente nesse quesito, permitindo que o empreendedor
visualize os pontos que precisam de melhoria antes de iniciar
o projeto de expansão. Com isso, reduz os níveis de incerteza
e evita ações improdutivas.

● Porte grande: é possível considerar esse tipo de empresa


como consolidada, com grande participação no mercado.
Apesar de ter seus processos sistematizados, companhias de
grande porte apresentam um gerenciamento
descentralizado, sendo necessário reunir as informações para
montar um relatório único e consistente. Nesse caso, cada
setor é responsável por gerar um orçamento empresarial. Por
outro lado, cada gestor tem a possibilidade de analisar os
números em tempo real e tomar decisões que afetarão o
ambiente micro. Com esse trabalho colaborativo, a empresa
consegue melhorar os resultados na totalidade.

E as vantagens de investir em um planejamento empresarial não


param por aí. A partir dele, é possível atribuir responsabilidade
para os membros da equipe, garantindo o pleno funcionamento
da metodologia.

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A formalização do projeto é uma ferramenta eficaz para alcançar
as metas. Dessa forma, os colaboradores envolvidos no projeto
produzem de forma coordenada, visando os mesmos objetivos.
Isso reduz gastos e serve de base para a realização de avaliação
de desempenho.

Sem previsão orçamentária de médio e longo prazo, os


gestores terão a visão da situação atual da empresa, focando
somente o faturamento mensal. É comum nesses casos a
equipe desconhecer as metas e, por isso, não atuarem para
serem, de fato, alcançadas. Com o planejamento, cria-se o senso
de unidade, motivo de engajamento e empenho por parte dos
gestores.

É a oportunidade ideal para os responsáveis revisitarem a história


da empresa, sua jornada no mercado e atentar para o cenário
econômico. Ao fazer a previsão de investimentos e gastos,
tem-se uma confiança maior em relação ao futuro,
principalmente pelo fato de os gestores terem conhecimento dos
recursos e alternativas em caso de crise.

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COMO
ELABORAR
UM
PLANEJAMENTO
ORÇAMENTÁRIO
COMO ELABORAR UM
PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO
Chegamos a parte prática desse e-book. A partir de agora, será
mostrado como o planejamento orçamentário deve ser criado.
Para isso, vamos considerar que o orçamento de uma empresa
possui projeção de faturamento, deduções de vendas, custos da
produção e as despesas operacionais.

Estimativa de faturamento

Toda e qualquer empresa, seja ela do setor de comércio, indústria


ou serviço, tem como foco o faturamento. Se manter em
funcionamento, pagar as contas recorrentes e projetar o
desenvolvimento só é possível através das vendas.
Para vislumbrar o futuro da empresa é preciso manter um rígido
controle financeiro. Para tanto, é fundamental conhecer a
previsão dos ganhos para, só então, criar a estimativa de
faturamento para o período selecionado, que pode ser mensal,
trimestral, anual ou mais.
Esses dados são um dos mais importantes para a empresa, já
que, a partir deles, o gestor poderá mensurar custos dos produtos
vendidos (CPV), mercadorias vendidas (CMV) e serviços vendidos
(CSV). São eles que permitirão determinar a margem de
contribuição, identificar se a empresa conseguirá pagar os custos
fixos de operação e, depois disso, ainda vai sobrar verba para
remunerar sócios e realizar novos investimentos.

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Orçamento de despesas operacionais

Para manter a empresa funcionando, é preciso quitar as contas


relacionadas a manutenção da estrutura. Esse orçamento irá
incidir no período que está sendo projetado, com exceção dos
custos de produção.

Ele trata dos gastos necessários para administrar e vender os


produtos ou serviços aos clientes da empresa. Em geral, estão
relacionadas a itens considerados como gastos fixos, que serão
cobrados independente da venda acontecer ou não, como
aluguéis, salários. Algumas das despesas são:

● Comerciais: valores empenhados em todo o processo de


venda, que compreende o antes, durante e depois do evento.
As despesas incluem ações de marketing e propagandas;
● Financeiras: relacionada a operações de crédito de curto e
longo prazo. São os juros e taxas pagas às instituições
financeiras;
● Tributárias: são as taxas e tributos recolhidos no período
orçado.

Centros de Resultado
Cada subdivisão da empresa, ou seja, os setores internos, recebe
o nome de centro
de resultado, também conhecido como centro de custos e de
responsabilidade. Eles são importantes para que se possa medir
os resultados de cada área individualmente.

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Os centros de resultado são classificados em:

● Produtivos: as áreas que impactam diretamente da


produção e venda como a fabricação e o departamento
comercial.
● Não produtivos: setores que não influenciam
diretamente na produção como o departamento
administrativo e de marketing.

Para empresas que optam por trabalhar com projetos de longa


duração, o ideal é listar cada projeto como um centro de
resultados para medir seu desempenho individualmente. Uma
maneira de organizar a estrutura é criar o organograma da
empresa.

Plano de contas
Essa etapa exige dedicação. O Plano de Contas é uma lista que
apresenta as contas necessárias para que a empresa possa
registrar todos as movimentações econômicas e financeiras que
ocorrem durante as atividades e operações. É a forma de dividir e
organizar as despesas em uma hierarquia lógica e estruturada.
É a partir do plano de contas que permitirá ao gestor realizar a
análise de forma eficiente. Os detalhamentos das fases anteriores
são essenciais para a tomada de decisões. Entretanto, não é
aconselhável incluir muitos dados ou resumir demais para não
prejudicar as análises.

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Orçamento de gastos e despesas
A forma mais eficaz de levantar os dados é por meio do
orçamento colaborativo, no qual os gestores de cada centro de
resultado realiza o orçamento da sua área, estimando os recursos
que precisará para o ano e as receitas que irá gerar.
Outra prática que melhora a qualidade dos relatórios é envolver
os colaboradores da empresa na elaboração do orçamento. Além
da agilidade nos processos, gera mais engajamento da equipe
com os resultados.

Análise da projeção das despesas operacionais


A tarefa agora é analisar, de forma criteriosa, se os gastos estão
em concordância com a capacidade da empresa. Também é
preciso avaliar se a empresa terá condições de assumir os
gastos fixos conforme a projeção de faturamento e abatendo as
deduções de vendas e custo de produção.

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DEMONSTRATIVOS
DE RESULTADO
DO EXERCÍCIO
PROJETADO
DEMONSTRATIVOS DE
RESULTADO DO EXERCÍCIO
PROJETADO
O DRE é um documento onde é organizada as informações
referentes às receitas, custos e despesas da empresa. Ele é
estruturado de forma lógica, mostrando se a companhia está
gerando lucro, permitindo remunerar o capital investido pelos
acionistas.

DRE Projetado

O DRE Projetado é a ferramenta que permite a empresa obter a


previsão do lucro a ser definido como meta para o período
planejado. Ele consolida o resultado obtido com os orçamentos.
Sua elaboração é feita a partir dos dados obtidos com o
orçamento empresarial, como de vendas, deduções, de produção
e o orçamento de despesas operacionais e financeiras. É um dos
documentos mais importante para o gestor, uma vez que
influencia na tomada de decisões.
O DRE Projetado permite comparar as receitas, custos e
despesas para saber se existe a viabilidade do ponto de vista
econômico. Ou seja, ele revela se a empresa terá lucro no período
planejado e se o valor será compatível com as projeções.
O demonstrativo também informa qual a disponibilidade de
recursos da empresa para a realização de investimento e
permite aos investidores simular cenários futuros, considerando
diferentes alternativas relacionadas ao tratamento de custos,
despesas e investimentos.

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Como elaborar um DRE Planejado

Para criar o documento é preciso seguir um esquema de


cálculo entre receitas, dedução, lucro, entre outros. O arquivo
deve permitir comparar sistematicamente o que está sendo
realizado com o que planejado.
A ordem do cálculo a ser seguida para obter resultados parciais e
final é a seguinte:.

Receita de Vendas - Deduções e Impostos = Receita Líquida


Receita Líquida - Custo dos Produtos Vendidos = Lucro Bruto
Lucro Bruto - Despesas Fixas = Resultado antes do IRPJ e CSLL
Resultado antes do IRPJ e CSLL - IRPJ e CSLL = Resultado Líquido

DRE Planejando X Histórico


Como foi dito no tópico anterior, é muito importante comparar os
resultados projetados com os realizados por meio dos dados
históricos. Esse passo é essencial para avaliar se a empresa está,
de fato, desenvolvendo.
Se, após a comparação, o gestor perceber que os resultados
projetados estão iguais ou muito próximos aos obtidos no ano
anterior, é preciso rever o planejamento. Isso é sinal de que a
empresa está decrescendo e não se mantendo no mesmo
patamar.

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É preciso lembrar que a meta é sempre a evolução. A empresa
precisa crescer a cada ano, pelo menos, para compensar as
perdas causadas pela inflação, aumento de salário, entre outros.
Sem isso, é impossível obter lucro.

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INDICADORES
DE
DESEMPENHO
INDICADORES DE
DESEMPENHO
Analisar os índices de desempenho é uma das etapas mais
importantes para o gestor. São as informações geradas pela
avaliação que permitem acompanhar a situação financeira da
empresa em qualquer momento.
Tais indicadores é que permitirão ao gestor tomar as decisões
necessárias, ajustar possíveis desvios que estejam prejudicando o
desempenho dos negócios, ou mesmo aproveitar as
oportunidades apresentadas.
Para te ajudar nessa tarefa, vamos falar de cinco indicadores
econômicos que devem ser utilizados em toda empresa. Eles são
fáceis de serem implantados e podem ser obtidos durante a
análise do DRE Projetado.
A partir da avaliação desses indicadores, a empresa estará apta a
tomar decisões gerenciais de forma efetiva, prezando pela saúde
financeira do negócio.

Ticket Médio
Esse indicador está relacionado ao valor médio de cada venda. Ele
ajuda a descobrir se a empresa vende itens de maior ou menor
valor. A partir do resultado, é possível identificar se a empresa
deve criar estratégia focada em quantidade ou qualidade do
produto.
A análise também pode ser feita por cliente e vendedor para
verificar quais clientes são mais e menos lucrativos, e quem são
melhores e piores vendedores.

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Com isso, sua empresa pode dividir os clientes por segmento e
passar a oferecer um atendimento diferenciado, além de ter a
oportunidade de recompensar vendedores desempenho acima
da média.
Para calcular, basta dividir o total do faturamento pelo volume de
vendas efetivadas.
Faturamento / Número de vendas = Ticket Médio

Margem de Contribuição
Índice que representa o quanto do lucro originário de cada
produto irá contribuir para a empresa cobrir os custos e despesas
fixas, e ainda gerar lucro. Esse indicador é um aliado do
planejamento, já que mostra as possibilidades de investimento e
expansão. Caso a margem seja baixa, é sinal de que a empresa
está vendendo muito e, mesmo assim, apresentando prejuízo.
Um dos custos que impactam no resultado são as comissões.
Uma das formas de resolver é negociando o percentual, o que
reduz as deduções e aumenta o lucro.
Para calcular é preciso fazer o seguinte cálculo:
Faturamento - (custos variáveis + despesas variáveis) = Margem
de contribuição

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Ponto de Equilíbrio
Também conhecido como Ponto Crítico de Vendas, esse índice
calcula o valor mínimo de vendas para cobrir os custos e despesas
da empresa e não ter prejuízo. O ponto de equilíbrio é quando a
atividade não gera nem lucro e nem prejuízo, ou seja, as vendas
são iguais aos custos e despesas totais.
Esse cálculo é muito importante para garantir que novos
empreendimentos evoluam no mercado. Com ele, o gestor
saberá quanto precisa vender para se tornar viável. Para empresas
já consolidadas, ele serve de régua para determinar a meta
mínima de venda para gerar lucro.
Para calcular esse índice, basta somar as despesas e dividir pela
margem de contribuição, como apresentado abaixo:

Custos e Despesas Fixas / Índice da margem de Contribuição =


Ponto de Equilíbrio

Lucratividade
É o índice que mostra se as vendas são suficientes para pagar os
custos e despesas e ainda gerar lucro. Ele apresenta o poder de
ganho da empresa ao comparar o lucro líquido em relação ao
faturamento total.
Como o resultado da lucratividade é dada em percentual, esse
índice se torna bastante útil para investidores e bancos, sendo
muito utilizado em análise de financiamentos.

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O cálculo é feito da seguinte forma:
(Lucro Líquido / Faturamento)* 100 = Lucratividade

EBITDA
Earning Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization,
ou Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização,
em bom português. Esse índice possibilita analisar não apenas o
resultado do balanço como o processo de geração de valor como
um todo.
É um indicador muito utilizado no mercado de ações, pois
possibilita a comparação direta de empresas e a avaliação do
lucro referente apenas ao negócio, descontando qualquer ganho
financeiro. Entretanto, ele pode criar uma falsa perspectiva sobre
a liquidez efetiva da empresa pelo fato de não considerar
empréstimos e financiamentos.

O cálculo é feito da seguinte forma:


Lucro Operacional + Depreciação + Amortizações = EBITDA

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SIMULAÇÕES
DE CENÁRIOS
SIMULAÇÃO DE CENÁRIOS

A essa altura, o gestor já conta com todas as ferramentas de


análise, possui importantes informações sobre a empresa e já
está tem dados suficientes para criar alternativas por meio de
simulação de cenários.

Análise de cenários é essencial na hora de desenvolver novas


estratégias para a empresa. Com ela, é possível avaliar os ganhos
e perdas em cada panorama e explorar os diversos rumos que a
empresa pode seguir, de acordo com suas pretensões.

Além disso, as simulações permitem prever situações diversas,


negativas e positivas, para, então, criar um plano de ação. Isso
garante que a empresa consiga passar por turbulência sem
grandes riscos e identificar oportunidades com mais facilidade.

Tipos de simulações
O gestor pode trabalhar com três modos de simular cenários. São
eles:

● Cenário Base Zero: nesse esquema, todas as informações


relacionadas à estrutura do orçamento, como canais de
distribuição, custeio, plano de contas e grupos de produtos,
são duplicadas. Já os valores são zerados para permitir a
simulação. O ideal é analisar cada custo, receita e despesa de
forma crítica.

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● Cenário Cópia: aqui, todos os dados, inclusive os valores, são
copiados. Esse método é ideal para realizar a uma revisão
orçamentária ou criar um cenário comparativo.
● Cenário Ajustado: o método, também conhecido como
Forescast, tem como objetivo rever o planejamento que está
em curso, atualizando os dados para os meses restantes de
acordo com os valores praticados no período anterior.

Como simular os cenários


O intuito de criar cenários é ter a oportunidade de visualizar o
impacto das variáveis no planejamento, analisar possíveis
recursos para driblar crises econômicas, além de possibilitar a
elaboração de planos de expansão.

Existem dois tipos de premissas orçamentárias que podem afetar


o planejamento, interna, que pode ser controlada, e externa, que
a empresa não consegue conter. A partir dessa informação, é
preciso pensar em diversas situações que podem ocorrer
futuramente, como:

● Inauguração de novos canais de distribuição que impactam


diretamente nas vendas;
● Atualização do catálogo de produtos, seja com Inclusão ou
exclusão, que também impactam nas vendas;
● Contratação de pessoal para equipe de vendas, que
influenciam não só nas vendas como nas despesas;
● Corte de custos, aumentando a rentabilidade;

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● Corte ou admissão de pessoal, influenciando na
lucratividade;
● Ampliação das plantas fabris, que estão relacionadas à
situação patrimonial;
● Mudança no prazo de pagamento e recebimento, alterando o
fluxo de caixa;

As projeções também são úteis para tomada de decisões que


não afetam tanto a saúde financeira da empresa. Entre elas,
podemos citar a compra de novos equipamentos e contratação
de um colaborador. O importante é sempre simular cenários para
avaliar quanto da ação irá proporcionar de ganhos e perdas e,
assim, decidir por levar o plano adiante ou não.

As variáveis são infinitas e devem estar no radar os gestores para


que eles possam se antecipar aos acontecimentos e reduzir os
riscos. É importante estudar o mercado, consultar cases de outras
empresas e, também, ser realista quanto às possibilidades de
cada setor de atividade.

Simule diferentes cenários financeiros para o


seu negócio e tome as decisões estratégicas
com mais rapidez e segurança.

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ACOMPANHAMENTO
DO CONTROLE
ORÇAMENTÁRIO
ACOMPANHAMENTO DO
CONTROLE ORÇAMENTÁRIO
Para que o planejamento seja bem-sucedido, é fundamental
colocar as ideias em prática. A participação da equipe é
fundamental para que os resultados possam ser acompanhados
de perto e com regularidade.
A conferência deve considerar os valores previstos e os praticados,
comparando-os em cada análise e fazendo as correções sempre
que necessário.
A intenção é que a equipe trabalhe de forma colaborativa,
sempre em busca da excelência para alcançar os objetivos
propostos no planejamento estratégico. A prática vai além de
seguir os métodos e cumprir as metas; é importante, sobretudo,
para o aprendizado corporativo e crescimento profissional.

Planejado X Realizado

Comparar os resultados é uma tarefa simples, mas requer alguns


cuidados. Como os resultados são inseridos mês a mês no próprio
planejamento, o responsável pela conferência poderá visualizar a
variação nos números.

Porém, é nessa etapa que o gestor irá perceber se a estrutura


orçamentária foi detalhada de forma excessiva ou se faltam
dados para aprofundar a análise. Se optou pela primeira, é preciso
que seus métodos de controle de informações tenham estrutura
necessária para fornecer os dados com mesmo nível de
detalhamento.

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Isso evitará que as bases de análises ofereçam informações
diferentes, impossibilitando a comparação. No caso de dados a
mais, o gestor terá que filtrar para trabalhar a planilha.

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CONCLUSÃO
Orçamento empresarial é uma ferramenta eficaz de gestão, que
usa metodologias comprovadas para auxiliar as companhias no
planejamento de forma lógica e estruturada.

Com ele, é possível acompanhar os resultados periodicamente e


ver, em tempo real, se as metas estão sendo cumpridas. Além
disso, o orçamento empresarial é efetivo nas ações de contenção
de gastos e aumento da lucratividade. Em relação ao
monitoramento de evolução da equipe e do setor, permite que
ações corretivas sejam tomadas com agilidade sempre que
necessárias.

Lembrando que, para atingir o mais alto nível de eficiência, é


preciso que toda a equipe, independentemente da posição
ocupada na hierarquia, participe do processo. Gerentes e
supervisores, que conhecem as necessidades de recursos e
potenciais de ganhos de suas áreas devem contribuir com
informações para auxiliar a empresa a melhorar seus resultados
financeiros.

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