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ADM.

FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA
PROF. LUIZ MENOLLI
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

1. Introdução a Administração Financeira

O principal objetivo da Administração Financeira para as empresas é o aumento de


seu lucro/rentabilidade para com seus proprietários. Todas as atividades empresariais
envolvem recursos financeiros e orientam-se para a obtenção de lucros.

Uma geração adequada de lucro e caixa faz com que a empresa contribua de forma
ativa e moderna em funções sociais, ou seja, pagamentos de salários e encargos,
capacitação dos funcionários, investimentos em novas Tecnologias de Informação (TI), etc.
Na visão dos proprietários, uma organização pode ser conhecida como um sistema de gera
lucros e maximiza os recursos nela investidos.

Atividades Empresariais relacionadas à área financeira

Operacional = As atividades operacionais existem de acordo com o ramo de atividades da


empresa, e visa proporcionar através de operações viáveis um retorno desejado pelos
acionistas. As atividades operacionais refletem o que acontece na Demonstração de
Resultado do Exercício, por exemplo: compras de matéria-prima, produção, vendas,
salários, etc.
Investimentos = Atividades executadas em decorrência das aplicações de recursos. Os
investimentos podem ser na compra de máquinas e equipamentos, aplicações
financeiras de curto, entre outros.
Financiamentos = As atividades de financiamento refletem as decisões tomadas diante das
atividades operacionais e de investimentos.
Exemplos: captação de empréstimos bancários, integralização de capital da empresa, etc.

Relação entre a demonstração de resultado e as atividades empresariais


Como podemos constatar as atividades empresariais que não sejam de investimentos e ou
de financiamentos, são chamadas de atividades operacionais. As atividades operacionais
são executadas dependendo do ramo de atividade da entidade e geram receitas, custos e
despesas.

RECEITA é a renda que a empresa obtém pelas vendas de mercadorias e produtos, pela
prestação de serviços etc. (quer receba os valores a vista ou não);
CUSTO é o gasto relativo à aquisição ou produção de um bem de venda ou de uso ou,
ainda, o gasto diretamente relacionado com a prestação de determinado serviço. Por
exemplo:
A) Para que uma empresa comercial venda uma mercadoria, ela primeiramente adquire
essa mercadoria. O gasto com a aquisição da mercadoria comercializada é classificado
como “custo da mercadoria vendida”.
B) Para que uma empresa industrial fabrique determinado produto, ela primeiramente
adquire a respectiva matéria-prima. Essa matéria-prima, quando consumida (utilizada no
processo de produção), representará um custo com a elaboração do produto e, assim,
comporá o valor deste;
DESPESA é o gasto com as demais “utilidades”, ou seja, os gastos com as vendas
(comissões pagas a vendedores), com a administração da empresa (aluguel, água, luz,
telefone), com os juros de empréstimos bancários (despesas financeiras) etc.

Mas no âmbito gerencial, algumas atividades operacionais, são reclassificadas


como não operacionais, tais como: as receitas e despesas financeiras, pois, as mesmas
originam-se de atividades de investimentos temporários e financiamentos.

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Conceito de Administração Financeira

Administração Financeira é a área da Administração responsável por controlar da forma


mais eficaz possível os meios viáveis para a obtenção de recursos para financiar operações
e atividades da empresa, buscando evitar gastos desnecessários, desperdícios, ou seja,
observando os melhores meios para a condução financeira da empresa, com o objetivo de
gerar lucro, a maximização dos investimentos e, acima de tudo, o controle eficaz da entrada
e saída de recursos financeiros.

2. Administração Financeira e Áreas Afins

A Administração Financeira está estritamente ligada à Economia e à Contabilidade,


pode ser vista como uma forma de Economia aplicada, que se baseia amplamente em
conceitos econômicos e em dados contábeis para suas análises. No ambiente macro a
Administração Financeira enfoca o estudo das instituições financeiras e dos mercados
financeiros e ainda, de como eles operam dentro do sistema financeiro nacional e global. A
nível micro aborda o estudo de planejamento financeiro, administração de recursos, e capital
de empresas e instituições financeiras.
É necessário conhecimento de Economia para se entender o ambiente financeiro e
as teorias de decisão que constituem a base da Administração Financeira contemporânea. A
Macroeconomia fornece ao Administrador Financeiro uma visão clara das políticas do
Governo e instituições privadas, através da quais a atividade econômica é controlada.
Operando no “campo econômico” criado por tais instituições, o Administrador Financeiro
vale-se das teorias Microeconômicas de operação da firma e maximização do lucro para
desenvolver um plano que seja bem-sucedido. Precisa enfrentar não só outros concorrentes
em seu setor, mas também as condições econômicas vigentes.
As teorias microeconômicas fornecem a base para a operação eficiente da empresa.
São extraídos daí os conceitos envolvidos nas relações de oferta e demanda e as
estratégias de maximização do lucro. A composição de fatores produtivos, níveis ótimos de
vendas e estratégias e determinação de preço do produto são todas afetadas por teorias do
nível Microeconômico.
Alguns consideram a função financeira e a contábil dentro de uma empresa como
sendo virtualmente a mesma. Embora haja uma relação íntima entre essas funções,
exatamente como há um vínculo estreito entre a Administração Financeira e Economia, a
função contábil é visualizada como um insumo necessário à função financeira – isto é, como
uma subfunção da Administração Financeira.
O Administrador financeiro está mais preocupado em manter a solvência da
empresa, proporcionando os fluxos de caixa necessários para honrar as suas obrigações e
adquirir e financiar os ativos circulantes e fixos, necessários para atingir as metas da
empresa. Ao invés de reconhecer receitas na hora da venda e despesas quando incorridas,
reconhece receitas e despesas somente com respeito às entradas e saídas de caixa. É
justamente essa a diferença principal entre as duas. O profissional da contabilidade utiliza
certos princípios padronizados e geralmente aceitos, prepara as demonstrações financeiras
com base na premissa de que as receitas devem ser reconhecidas por ocasião das vendas
e as despesas quando incorridas.
Esse método contábil é geralmente chamado de Regime de Competência dos
exercícios contábeis, enquanto em finanças, o enfoque está em fluxos monetários,
equivalente ao regime de caixa.
Finanças e contabilidade também diferem com respeito à tomada de decisão,
enquanto a contabilidade está preocupada principalmente com a apresentação correta dos
dados financeiros, o administrador financeiro enfoca a análise e a interpretação dessas
informações, ou seja, um se refere ao tratamento dos dados e o outro à tomada de decisão.
Os dados são utilizados como uma ferramenta essencial para tomar decisões sobre os
aspectos financeiros da organização.

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3. Finanças Empresariais e o Administrador Financeiro

A administração financeira cuida da viabilidade financeira da empresa, portanto da


sua existência. A maioria das decisões tomadas dentro da empresa é medida em termos
financeiros, desta forma o administrador financeiro desempenha um papel-chave na
operação da empresa. É esse profissional quem administra os negócios financeiros de
qualquer tipo de empreendimento, seja privado ou público, grande ou pequeno, com ou sem
fins lucrativos. A compreensão básica da função financeira é necessária aos executivos
responsáveis por decisões em todas as áreas, como administração, contabilidade, pesquisa,
marketing, produção, pessoal, etc.
Nas micro e pequenas empresas a função de finanças pode ser executada pelo
proprietário, por um dos sócios ou pelo departamento de contabilidade. Quando o negócio
se expande, normalmente a função ocupa um departamento separado ligado diretamente ao
presidente, já que as freqüentes mudanças econômicas e nas leis interferem diretamente
nas decisões da administração financeira com vistas a preservar o desempenho da
organização.

Funções básicas do Administrador Financeiro

As funções do Administrador Financeiro dentro da empresa podem ser avaliadas em relação


às demonstrações financeiras básicas da empresa. Três são primordiais;
Análise e Planejamento Financeiro = Esta função envolve a transformação dos
dados financeiros em uma forma que possa ser usada para orientar a posição financeira da
empresa, avaliar a necessidade de aumento da capacidade produtiva e determinar que tipo
de financiamento adicional deve ser feito.
Administração da Estrutura de Ativo da Empresa = O Administrador Financeiro
determina a composição e os tipos de ativos encontrados no balanço da empresa. A
composição refere-se ao valor dos ativos circulantes e fixos. Depois que a composição
estiver fixada, o Administrador Financeiro precisa determinar certos níveis “ótimos” de cada
tipo de ativo circulante e tentar mantê-los. Deve também detectar quais são os melhores
ativos fixos a serem adquiridos e saber quando os ativos fixos existentes se tornarão
obsoletos e precisarão ser modificados ou substituídos. A determinação da melhor estrutura
de ativo para a empresa não é um processo simples, requer o conhecimento das operações
passadas e futura da empresa, e a compreensão dos objetivos que deverão ser alcançados
a longo prazo.
Administração da Estrutura Financeira da Empresa = Esta função é relacionada
com o lado direito do balanço da empresa. Em primeiro lugar, a composição mais adequada
de financiamento de curto e longo prazo precisa ser determinada. Esta é uma decisão
importante, pois afeta tanto a lucratividade da empresa como sua liquidez global. Um
segundo problema igualmente importante é saber quais as melhores fontes de
financiamento de curto ou longo prazo para a empresa. Muitas destas decisões são
impostas por necessidade, mas algumas exigem uma análise profunda das alternativas
disponíveis, de seus custos e de suas implicações no longo prazo.
As três funções do Administrador Financeiro descritas acima são claramente
refletidas no balanço, que mostra a posição financeira da empresa num dado instante. A
avaliação dos dados do balanço pelo Administrador Financeiro reflete a posição financeira
global da empresa. Ao fazer tal avaliação, ele precisa inspecionar as operações da
empresa, procurando áreas que mostrem problemas e áreas que podem ser melhoradas.
Algumas das áreas que exigem decisão financeira na empresa são:

Investimentos;
Financiamento de Clientes;
Utilização de Lucro Líquido;
Obtenção de Recursos Financeiros;
Análise de Utilização e Capitação de Recursos Externos e Próprios.

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4. Definições e problemas da Administração Financeira

A Função Financeira compreende os esforços dispensados, objetivando a


formulação de um esquema que seja adequado à maximização dos retornos (lucro) aos
proprietários das empresas e liquidez da aos credores.

Problemas da Administração Financeira

a) Mercado
- Mercado Comprador;
- Preço, prazo, e outras condições de venda;
- Efeitos da concorrência;
- Vendas cíclicas ou de época.
- Mercado Fornecedor;
- Preços, prazos e outras condições de compra;
- Necessidade de importação.
b) Aplicação do Capital
- Renovação e ampliação de máquinas, equipamentos e instalações;
- Manutenção de estoques e produção em andamento;
- Concessão de crédito a clientes - vendas a prazo;
c) Capital Alheio
- Limites para compra a prazo;
- Limites para operações bancárias;
- Custo do capital alheio;
d) Capital Próprio
- Capitalização de lucros;
- Distribuição de lucros;
e) Expansão
- Expansão em pequena escala;
- Expansão em grande escala.

A percepção desses e de outros problemas só será possível às empresas que


mantém adequado sistema de processamento e análise de dados, determinando as
diversas situações de solvência, liquidez e rentabilidade.
A maioria das empresas concentra suas atenções apenas no propósito de obter
recursos, para cobrir a falta de dinheiro, não se preocupando com os meios que
ocasionaram esta deficiência.

Causam mais comuns da falta de dinheiro


a) Expansão descontrolada das vendas, implicando em maior volume de compras e de
gastos;
b) Ampliação dos prazos de vendas, para a conquista de mercados;
c) Diferenças acentuadas na velocidade dos ciclos de pagamentos e de recebimentos, em
função dos prazos de compra e de vendas;
d) Insuficiência do capital próprio e utilização do capital alheio em proporções excessivas;
e) Baixa velocidade na rotação dos estoques e nos processos de produção;
f) Distribuição de lucros, além das possibilidades de caixa;

As empresas financeiramente equilibradas apresentam as seguintes características:


a) Há permanente equilíbrio entre os recursos e os encargos financeiros;
b) O capital próprio tende a aumentar em relação ao capital alheio;
c) Há tendência para estabilizar-se o prazo médio de recebimento das vendas;
d) Não há imobilização excessiva de capital, nem ela é insuficiente para o volume
necessário de produção.
e) Não há falta de mercadoria para atendimento das vendas.

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5. ORGANIZANDO OS CONTROLES FINANCEIROS

Não adianta a empresa ter uma série de dados, se os registros existentes não forem
confiáveis e se os procedimentos adotados não estiverem organizados para fornecer
informações em tempo hábil.
Imagine esta situação: uma empresa tem centenas de clientes que compram a prazo
e pagam seus débitos no caixa da loja. Para dar agilidade aos recebimentos, a empresa
organiza o controle de contas a receber somente em ordem alfabética, pois, dessa maneira,
fica fácil localizar a ficha do cliente. Com esse procedimento, veja as dificuldades para obter
outras informações necessárias à gestão de contas a receber:
Qual é o valor total a receber dos clientes?
Qual é o valor que tenho para receber nos meses seguintes?
Qual é o montante em atraso? Qual é o valor vencido com mais de 30 dias?
Quem são os clientes que não estão pagando em dia?
Para evitar dificuldades dessa natureza, a empresa precisa definir quais
são as informações úteis para as decisões financeiras e, em seguida, organizar os controles
para fornecer as informações desejadas.
Na maioria das empresas de pequeno porte (micro empresas),
independentemente do setor de atividades, os controles de caixa e de bancos, controles de
contas a receber, de contas a pagar, controles de despesas e controles de estoques são
essenciais para a gestão financeira, ou seja, sem esses controles, o empresário terá
dificuldades para gerenciar as finanças da empresa.

CONTROLES FINANCEIROS ESSENCIAIS

Dentre os controles financeiros podemos citar os seguintes:


Controle de Caixa e Bancos;
Controle de Contas a Receber;
Controle de Contas a Pagar;
Controle de Fluxo de Caixa;
Controle de Estoque;

CONTROLE DE CAIXA E BANCOS

Controle de Caixa: Para financiar a continuidade das operações, a empresa necessita de


recursos, sendo que o caixa é o item que está disponível para a empresa no exato
momento, não necessitando de espera para que se torne disponível.

O controle do caixa é importante, pois:


Ajuda a fornecer informações para apuração dos custos/despesas, vendas e
estoque;
Contribui para controlar e analisar despesas;
Controla o movimento de entrada e saída de dinheiro da empresa.

Controle de Banco: Assim como o caixa, quando a empresa possui saldos em contas de
bancos, poderá utilizar os recursos encontrados nessas contas para pagamentos imediatos,
com a utilização de cheques. Para controlar a circulação dos recursos nas contas em banco,
a empresa necessitará do extrato fornecido pelo banco, para conferir com sua
movimentação e verificar se os débitos e os créditos realizados pelo banco são os corretos e
que o saldo final confere.

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Exercícios controle conta corrente

1) Na empresa MMK do Brasil Ltda, faça os lançamentos de entradas e saídas nos controles
de Conta Caixa Individual e Conta Corrente do mês de Fevereiro de 2018:
Dia Conta Histórico Valor
31/01 Caixa Saldo Anterior 255,00
31/01 Banco Nacional Saldo Anterior 1.983,00
31/01 Banco de São Paulo Saldo Anterior 528,00
01/02 Caixa Vendas à vista, conforme controle 294,50
01/02 Caixa Pagamento de ônibus (vale transporte) 26,80
01/02 Caixa Depósito no Banco de São Paulo 120,00
01/02 Banco Nacional Crédito de cobrança (Carlos da Silva) 1.351,07
01/02 Banco Nacional Chq compensado 400.135 – Casa do Posto Tigrão (combustível) 284,56
01/02 Banco Nacional Chq compensado 400.122 – Sr. Silverado (comissões janeiro/2008) 478,95
01/02 Banco de São Paulo Depósito (caixa) 120,00
01/02 Banco de São Paulo Desconto de duplicatas/operação de crédito 822,53
01/02 Banco de São Paulo Débito-juros sobre desconto de duplicatas 53,25
01/02 Banco de São Paulo Compra cartão débito-Material Limpeza 15,23
02/02 Caixa Compras à vista-Material Expediente (diversos) 135,42
02/02 Caixa Depósito no Banco Nacional 150,00
02/02 Banco Nacional Tarifa de cheque 1,50
02/02 Banco Nacional Chq compensado 400.095 – Imobiliária Capital (aluguel) 650,00
02/02 Banco Nacional Depósito (retirada caixa) 150,00
02/02 Banco de São Paulo Tarifa manutenção conta corrente 45,00
02/02 Banco de São Paulo Crédito de cobrança (Flavio Leite) 488,09
02/02 Banco de São Paulo Juros cobrança (Flavio Leite) - crédito 18,32
02/02 Banco de São Paulo Chq comp 288.455 – América Distribuidora Ltda (fornecedor) 1.936,00
03/02 Caixa Pagamento de Correios, conforme recibo 9,80
03/02 Caixa Compra à vista-Material Manutenção 77,56
03/02 Caixa Saque caixa eletrônico - Banco de São Paulo 200,00
03/02 Caixa Pagamento de Refeição, conforme recibo 32,00
03/02 Banco Nacional Chq compensado 400.138 – Contabilidade Real (honorários) 465,00
03/02 Banco Nacional Tarifa extrato caixa eletrônico 5,00
03/02 Banco Nacional Depósito no Banco de São Paulo 1.000,00
03/02 Banco de São Paulo Saque com cartão - Transferência para o Caixa 200,00
03/02 Banco de São Paulo Depósito (Banco Nacional) 1.000,00

CONTROLE - CONTA CAIXA MÊS/ANO: 02/2018 FOLHA: 01


DATA HISTÓRICO ENTRADAS SAÍDAS SALDO
31/01 Saldo Anterior 255,00

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CONTROLE CONTA CORRENTE - BANCO SÃO PAULO MÊS/ANO: 02/2018 FOLHA: 02
DATA HISTÓRICO ENTRADAS SAÍDAS SALDO

CONTROLE CONTA CORRENTE - BANCO: NACIONAL MÊS/ANO: 02/2018 FOLHA: 03


DATA HISTÓRICO ENTRADAS SAÍDAS SALDO

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2) Lançar no Registro de Caixa – Geral, as entradas e saídas ocorridas, referente ao
período de 01 a 03 de fevereiro de 2009, da empresa MMK do Brasil Ltda.:

REGISTRO DE CAIXA – GERAL


EMPRESA: MMK do Brasl MÊS: 02 ANO: 2018
DESCRIÇÃO/DATA 01 02 03 TOTAL
a) Saldo Anterior (31/01) 2.766,00 XXXXXXXXXXXX
b) Entradas do Dia (crédito)
b.1. - Vendas à vista
b.2. - Recebimentos clientes
b.3. - Juros diversos (Crédito)
b.4. - Descontos duplicatas
b.5. – Empréstimos
b.6. - Outras entradas
c) Saídas do Dia (débito)
c.1. - Compras à vista/Material de Limpeza
c.2. - Pagto. de fornecedores
c.3. - Pagto. de empréstimos
c.4. - Retirada de sócios
c.5. - Despesas financeiras (desconto duplic)
c.6. - Tarifas/Desp.Bancárias
c.7. - Água, Luz e Telefone
c.8. - Material/Cons./Exped.
c.9. – Salários
c.10. - Enc.Soc.(FGTS/INSS)
c.11. - Multas/Desp. Rescisórias
c.12. – Comissões
c.13. – Correios
c.14. – Refeição
c.15. - Contribuição Social
c.16. - Despesas com Veículos (combustível)
c.17. - Imposto de Renda
c.18. – Seguros
c.19. - Ônibus/Vale Transporte
c.20. - Despesas de Viagem
c.21. - Honorários Contábeis
c.22. - Aluguel/Condomínio
d) Saldo do Dia XXXXXXXXXXXXX
d.1. – Caixa XXXXXXXXXXXXX
d.2. – Banco Nacional XXXXXXXXXXXXX
d.3. – Banco São Paulo XXXXXXXXXXXXX

CONTROLE DE CONTAS A RECEBER


Geralmente, as empresas trabalham com vendas a prazo. Com isso se tornam
competitivas e realizam mais vendas. Atualmente a forma de pagamento a prazo é a mais
requisitada pelos clientes. Mas para que essas vendas a prazo ocorram com segurança,
devem ser estudadas maneiras de analisar a concessão de crédito aos clientes, para que o
número de inadimplência não seja muito elevado.
Realizada a opção pelas vendas a prazo, a empresa terá que elaborar um controle,
de modo que por meio deste, ela consiga ter informações necessárias para tomadas de
decisões. Esse é o controle das contas a receber.
O controle de contas a receber está pautado em fichas de cadastro e controle
individual. A partir desses instrumentos, o empresário terá atualizado o seu cadastro de
clientes, o saldo pendente de cada cliente, o controle de carteiras e a posição global das
contas a receber. O acompanhamento das contas a receber deve ser feito diariamente, no
sentido de verificar se está sendo devidamente liquidado, como também verificar qual a
situação de cada cliente.
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Utilizando os dados abaixo apresentados, faça os registros de Controle de Contas a Receber - Geral da empresa Cidadela Ltda., referente aos
vencimentos do mês de Julho/2018:

Data Cód. Cliente Duplicata Vcto. Portador Valor


Venda
03/jun 399 Silvia Bandeira DP-3358 01/jul Banco Brasil 2.425,68
03/abr 027 Roberto Carlos DP-1625 04/jul Banco ABC 4.101,24
05/mai 041 Sebastião Rocha DP-2236 – 2/4 07/jul Banco Brasill 1.985,74
14/jun 526 Ana Bilhar DP-3642-1/3 16/jul Banco ABC 812,56
19/jun 427 Arnaldo Antunes DP-3655 19/jul Carteira 122,00
21/jun 633 Florilda Silvério DP-3714 -2/5 21/jul B. Natal – Desc. 841,00
24/jun 131 Rubens Berta DP-3801 24/jul B. Natal – Desc. 985,35

Recebimentos Documento Data Receb. Valor do Título


DP-3358 01/jul 2.425,68
DP-2236-2/4 05/jul 1.985,74
DP-1625 04/jul 4.101,24
DP-3642-1/3 18/jul 812,56

CONTROLE DE CONTAS A RECEBER – GERAL


Empresa: CIDADELA LTDA Mês/Ano: JULHO/2019 Folha nº.001
Data Tipo - Valor Recebimento Saldo
Cód Cliente Portador Vcto do Título
venda Duplicata Nominal Acumulado Data Valor

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CONTROLE DE CONTAS A PAGAR

As contas a pagar são obrigações assumidas pela empresa, que devem ser saldadas dentro do
vencimento. É comum nas empresas, que a mercadoria necessária para as operações serem
adquiridas a prazo, sendo indispensável à devida quitação dos compromissos assumidos
dentro dos prazos estabelecidos para evitar transtornos nas próximas compras.
Para organizar todas as contas assumidas de modo que não fique nenhuma no esquecimento,
causando transtornos, deve-se elaborar controles que informem os totais a pagar, obedecendo
ao seu vencimento, podendo, assim, quando enfrentar dificuldade financeira, estabelecer
prioridades e tentar negociar com os outros credores.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Utilizando os dados abaixo apresentados, faça os registros de Controle de Contas a Pagar -


Geral da empresa Cidadela Ltda., referente aos vencimentos do mês de Julho/2018:

Data Cód. Fornecedor Duplicata Vcto. Portador Valor


Compra
13/jun 1122 Papelaria Central DP-222.128 03/jul Banco Econômico 328,00
19/jun 948 Sanepar Extrato 05/jul Banco Cidade 214,55
10/jun 045 Sercomtel Extrato 07/jul Banco Londres 1.125,87
13/jun 315 Supermercado Alves DP-3568 13/jul Carteira 984,21
14/jun 528 José da Costa DP-3698-1/5 16/jul Banco Cidade 699,00
19/jun 381 Copel Extrato 19/jul Banco Londres 227,84
21/jun 784 Contabilidade Norte DP-3811 21/jul B. Econômico 465,00
30/jun 125 Cofins DARF 30/jul B. Cidade 189,63

Pagamentos Documento Data Pagam. Valor do Título Juro/Desconto


DP-222.128 03/jul 328,00 -
Extrato 07/jul 1.125,87 -
DP-3698-1/5 14/jul 699,00 (3,25)-desc
DP-3811 25/jul 465,00 4,98-juros

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CONTROLE DE CONTAS A PAGAR – GERAL
Empresa: Cidadela Ltda Mês/Ano: julho/2018 Folha nº. 001
Data da Valor Pagamento Saldo Juros
Cód Fornecedor Tipo Portador Vcto do Título / Desc
compra Nominal Acumulado Data Valor
- -

214,55 -

- -

** ** **

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Controle de Fluxo de Caixa

Fluxo de caixa é um instrumento de controle adotado para acompanhar a movimentação


financeira em um determinado período de tempo, no qual entradas e saídas de capital são
registradas para verificação e análise. Para tornar o processo mais eficiente, todas as
receitas e despesas, por menores que sejam, devem ser registradas, o que pode ser feito
por meio de uma planilha ou de um sistema de gestão online.

É um instrumento de controle que tem por objetivo auxiliar o empresário a tomar


decisões sobre a situação financeira da empresa. Consiste em um relatório gerencial que
informa toda a movimentação de dinheiro (entradas e saídas), sempre considerando um
período determinado, que pode ser uma semana, um mês, etc.

O Fluxo de Caixa serve para:


Planejar e controlar as entradas e saídas de caixa num período de tempo
determinado;
Auxiliar o empresário a tomar decisões antecipadas sobre a falta ou sobra de
dinheiro na empresa;
Verificar se a empresa está trabalhando com aperto ou folga financeira no período
avaliado;
Verificar se os recursos financeiros são suficientes para tocar o negócio em
determinado período ou se há necessidade de obtenção de capital de giro;
Planejar melhores políticas de prazos de pagamentos e recebimentos;
Avaliar a capacidade de pagamentos antes de assumir compromissos;
Avaliar se o recebimento das vendas é suficiente para cobrir os gastos assumidos e
previstos no período considerado;
Avaliar o melhor momento para efetuar as reposições de estoque em função dos
prazos de pagamento e da disponibilidade de caixa;
Avaliar o momento mais favorável para realizar promoções de vendas visando
melhorar o caixa do negócio.

Vamos compreender alguns termos utilizados no Fluxo de Caixa:


Saldo Inicial: é o valor constante no caixa no início do período considerado para a
elaboração do Fluxo. É composto pelo dinheiro na “gaveta” mais os saldos bancários
disponíveis para saque;
Entradas de Caixa: correspondem às vendas realizadas à vista, bem como a outros
recebimentos, tais como duplicatas, cheques pré-datados, faturas de cartão de
crédito etc., disponíveis como “dinheiro” na respectiva data;
Saídas de Caixa: correspondem a pagamentos de fornecedores, pró-labore
(retiradas dos sócios), aluguéis, impostos, folha de pagamento, água, luz, telefone e
outros, entre eles alguns descritos em nosso modelo;
Saldo Operacional: representa o valor obtido de entradas menos as saídas de caixa
na respectiva data. Possibilita avaliar como se comportam seus recebimentos e
gastos periodicamente, sem a influência dos saldos de caixa anteriores;
Saldo Final de Caixa: representa o valor obtido da soma do Saldo Inicial com o Saldo
Operacional. Permite constatar a real sobra ou falta de dinheiro em seu negócio no
período considerado e passa a ser o Saldo Inicial do próximo período.

Um dos fatores mais importantes para o sucesso na gestão de uma empresa é o


planejamento adequado. Dessa forma, a gestão financeira deve ser cuidadosamente
planejada, executada, acompanhada e avaliada.
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Chega-se a conclusão que a fórmula para representar o Fluxo de Caixa é a seguinte:
SFC = SIC + I – D, onde:
SFC = Saldo final de caixa;
SIC = Saldo inicial de caixa;
I = Ingressos;
D = Desembolsos.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO FLUXO DE CAIXA

Realizar o Fluxo de Caixa da empresa de Brasiliano Ltda., conforme os dados abaixo


apresentados:

- Saldo de caixa e bancos ...................................................................................................... R$ 8.281,28


- Contas a pagar (fornecedores nos primeiros 30 dias) ......................................................... R$ 5.616,00
- Valor mensal das vendas (não há sazonalidade/Entradas) .............................................. R$ 10.754,00
- Contas a pagar (demais meses) ......................................................................................... R$ 5.680,00
- Percentual de impostos ................................................................................................................... 7,5%
- Percentual de comissão de balconistas ........................................................................................... 10%
- Valor mensal dos custos fixos.............................................................................................. R$ 7.122,00

FLUXO DE CAIXA
Descrição 1º mês 2º mês 3º mês 4º mês 5º mês 6º mês

1. Saldo Inicial

2. Entradas

3. Saídas

- Fornecedores

- Impostos

- Comissões

- Custos fixos

4. Saldo Final

CONTROLE DE ESTOQUES

Este controle visa auxilar na aplicação de instrumentos que facilitem o controle dos
estoques de maneira rápida e eficiente, a fim de que se possam obter informações
importantes e que possibilitarão administrar os seus recursos com maior segurança e
sucesso.

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Normalmente, os estoques representam um dos investimentos mais elevados nas
contas que compõem a estrutura de Capital de Giro de uma empresa. Em função deste alto
investimento, o item estoque tem grande importância no contexto da empresa. Portanto,
quando o empresário for realizar compras para suprir as necessidades de sua empresa,
deve analisá-las para evitar que o entusiasmo do presente venha a se transformar em
problemas no futuro.
A partir deste raciocínio, o empresário deve procurar sempre trabalhar com
estoques que se enquadrem em padrões mínimos e máximos, ditados pela segurança e
bom senso.
Inventário dos Estoques: A prática de realizar a contagem dos estoques
periodicamente deve ser uma regra padrão em toda e qualquer empresa, independente de
sua área de atuação (indústria, comércio ou prestação de serviços), pois, toda e qualquer
empresa mantém um determinado estoque.
O ato de inventariar o estoque, porém, não representa somente “contar” o que está
disponível. É necessário estabelecer critérios rigorosos para esse trabalho, como por
exemplo:
Ao contar uma pilha de caixas, não é somente a quantidade que interessa
quando um inventário é criterioso. É necessário remover esta pilha e verificar em cada
unidade, o seu prazo de validade, o seu estado de conservação, se o item é realmente
aquele que o registro diz;
Verificar com detalhes as especificações dos produtos;
Verificar se os itens encontram-se separados por grupos;
Verificar se os itens existentes no sistema realmente existem fisicamente e
vice-versa.
O intervalo para realização do inventário deve ser no máximo, mensal,
preferencialmente para todo o estoque. Porém, se o volume é muito grande e implicar em
um tempo muito elevado para sua realização, é recomendável que adote critérios, como por
exemplo: inventariar os estoques semanalmente pelo processo de amostragem, priorizando
naturalmente os itens de maior importância (pelos produtos perecíveis, pelos produtos de
maior giro, pelos produtos de maior valor, pelos produtos de maior dificuldade de aquisição
e assim por diante).

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Exercício de Fixação
Realizar o Controle de Estoque da empresa Brasil Distribuidora de Autopeças Ltda:
Código: 1.10.12 Produto: Filtro automotivo 200.109.41 Unidade: Peça
Fornecedor: Cidadela Ltda Periodicidade: Mensal Preço de Venda: 4,55

Movimentação:
DATA DOCUMENTO TIPO DE MOVIMENTAÇÃO
06/Janeiro NF 1234 Compra de 98 unidades ao preço de R$ 2,66
08/Janeiro NF 456 Venda de 44 unidades
15/Janeiro NF 487 Venda de 25 unidades
24/Janeiro NF 526 Venda de 10 unidades
03/Fevereiro NF 1455 Compra de 92 unidades ao preço de R$ 2,92
05/Fevereiro NF 537 Venda de 11 unidades
09/Fevereiro NF 544 Venda de 06 unidades
11/Fevereiro NF 573 Venda de 29 unidades
18/Fevereiro NF 591 Venda de 17 unidades
25/Fevereiro NF 601 Venda de 20 unidades

CONTROLE DE ESTOQUE POR PRODUTO


Empresa: Produto:
Código: Unidade: Periodicidade:
Fornecedor: Venda média mensal: Compra média mensal:
Análise
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Preço
Vendas de Venda
Compras
DOC. QUANTIDADE FINANCEIRO CUSTO
DATA Nº Entradas Saídas Saldo Entradas Saídas Saldo Médio Unit Atual Unit

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DEMONSTRATIVO GERENCIAL DE RESULTADOS

O conhecimento do resultado obtido pela empresa, ou seja, o lucro real e quais sã


os custos e receitas que possibilitam este resultado, é de fundamental importância para a
Administração.
O Demonstrativo Gerencial de Resultados é um dos mais importantes controles de
uma empresa, pois possibilita ao empresário conhecer o resultado obtido, além de identificar
as prováveis causas desde resultado.
Na verdade, este gera inúmeras informações para a Administração. Uma das mais
importantes utilizações é a de planejar as ações, que irão melhorar o desempenho da
empresa.
Assim conhecidos os custos fixos, que são obtidos neste controle e a margem de
contribuição, é possível calcular o ponto de equilíbrio da empresa, (o volume de vendas em
que a empresa começa a gerar lucros). Assim as metas de venda e de resultados, poderão
ser antecipadamente definidas. O conhecimento do valor mensal dos custos fixos permite
também, que possamos analisar em relação aos demais meses os valores que estão
aumentando desproporcionalmente e corrigi-los.

CRITÉRIOS PARA A ELABORAÇÃO DO DEMONSTRATIVO GERENCIAL DE RESULTADOS

Em uma empresa o lucro ou mesmo o prejuízo obtido pode não estar,


necessariamente, refletido no aumento do dinheiro disponível no caixa ou no banco.
O lucro pode estar, por exemplo, no aumento dos estoques da empresa, no aumento
das contas a receber, ou mesmo refletido no aumento dos bens que a empresa possui
(como por exemplo, aquisição de um novo veículo para empresa).
Assim, para que possamos medir com maior exatidão o resultado obtido, é
aconselhável que na elaboração do Demonstrativo Gerencial de Resultados se use o critério
de caixa e não de competência, para lançar as receitas e despesas.

REGIME DE CAIXA E REGIME DE COMPETÊNCIA

Para se conhecer o resultado de um exercício é preciso confrontar o total das


despesas com o total das receitas correspondentes ao respectivo exercício. É o regime
contábil a ser adotado que definirá que despesas e receitas deverão ser consideradas na
apuração do resultado do respectivo exercício.
Assim, são dois os regimes contábeis conhecidos que disciplinam a apuração do
Resultado do Exercício.

Regime de Caixa

Na apuração do resultado do Exercício devem ser consideradas todas as despesas


pagas e todas as receitas recebidas no respectivo exercício, independentemente da data da
ocorrência de seus fatos geradores.
Em outras palavras, por esse regime somente entrarão na apuração do resultado as
despesas e as receitas que passaram pelo Caixa.
O Regime de Caixa somente é admissível em entidades sem fins lucrativos, em que
os conceitos de receita de despesa se identificam, algumas vezes, com os de recebimento e
pagamento.

Regime de Competência

Desse regime decorre o Principio da Competência de Exercícios, e por ele serão


consideradas, na apuração do /resultado do Exercício, as despesas incorridas e as receitas
realizadas no respectivo exercício, tenham ou não sido pagas ou recebidas.

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De acordo com esse regime, não importa se as despesas ou receitas passaram pelo
Caixa (pagas ou recebidas); o que vale é a data da ocorrência dos respectivos fatos
geradores.
Nas entidades com fins lucrativos – empresas - são fundamentais os conceitos de
custo e de receita, que envolvem o regime de competência, pois a elas não importa o que foi
pago ou recebido, mas o que foi consumido e recuperado, para apuração do resultado do
exercício.

EXERCÍCIO REGIME DE CAIXA E REGIME DE COMPETÊNCIA:

1) No mês de setembro de 2008, a Cia. Zeta adquiriu mercadorias no valor de R$10.000,


sendo pago 40% a vista, 35% em outubro de 2008 e 25% em novembro de 2008. No dia 30
de outubro de 2008 a Cia. Zeta vendeu todas estas mercadorias por R$15.000. Do valor da
venda, recebeu 80% a vista e o restante será recebido em dezembro de 2008. Dado que a
Cia. Zeta apura o seu resultado de acordo com o regime de competência, o resultado
apurado em novembro, para o período setembro/outubro pela Cia. Zeta foi de?
A) um lucro de R$7.500
B) um lucro de R$5.000
C) um lucro de R$4.500
D) um lucro de R$4.000
E) um lucro de R$2.000

2) De acordo com os dados da questão anterior, caso a Cia. Zeta adotasse o regime de
caixa, o resultado apurado em outubro pela Cia. Zeta seria de:
A) um lucro de R$8.500
B) um lucro de R$5.000
C) um lucro de R$4.500
D) um lucro de R$4.000
E) um lucro de R$2.000

Planilha de Demonstrativo Gerencial de Resultados


Para elaborar o Demonstrativo Gerencial de Resultados - DGR, iremos utilizar as
informações geradas nos controles financeiros Internos, por isso a implantação e o correto
preenchimento destes controles, serão essenciais para elaborar o DGR.

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EXERCÍCIO DGR

Demonstrativo Gerencial de Resultados


Obs.: Empresa enquadrada no regime simplificado:
Obs: usar critério de arredondamento

Regime de Tributação: Simples Nacional


MÊS/ANO
DISCRIMINAÇÃO MÊS: %
1.Receita Total R$ 100%
1.1 Vendas à vista
1.2 Vendas a prazo
2. Total / Custos Variáveis R$
2.1 Custo Mercadoria Vendida (CMV)
2.2 Simples Nacional (Tributos)
2.3 Comissões e encargos(vendas)
2.4 Outros custos variáveis/gratificação/Horas extras
3. Marg. de Contribuição (RT-CV) R$
4. Total/Custos Fixos R$
4.1 Salários + encargos
4.2 Água/Luz/Telefone
4.3 Honorários contábeis
4.4 Despesas com combustíveis
4.5 Material de Escritório/consumo e expediente
4.6 Taxas e despesas bancárias
4.7 Seguro
4.8 Propaganda
4.9 Vale transporte
4.10 Manutenção predial
4.11 Fretes a pagar
4.12 Aluguel/condomínio
4.13 Despesas com viagem
4.14 Retirada dos sócios
4.15 Outras Despesas
5. Resultado Operacional (Margem Cont. - CF) R$
6. Resultado Extra-operac. (Rec. Financ/Desp. Financ) R$
6.1 Receitas Financeiras (Juros recebidos)
6.2 Despesas Financeiras (Juros pagos)
7. Resultado Líquido (Res. Oper - Res. Extra-oper) R$

Obs.: é preciso calcular a os encargos sociais (55% sobre os salários)

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Calculando os encargos sociais:

Dados para o Exercício

Informações retiradas do controle de registro diário de caixa

Retirada dos sócios R$ 10.000,00


Juros pagos (despesas financeiras) R$ 210,00
Água, luz e telefone R$ 680,00
Material de escritório/consumo e expediente R$ 180,00
Despesas com combustível R$ 450,00
Despesas de viagem R$ 210,00
Honorários contábeis R$ 820,00
Manutenção predial R$ 80,00
Outras despesas R$ 510,00
Juros diversos (receitas financeiras) R$ 86,00
Taxas e despesas bancárias R$ 65,00

Informações retiradas do controle de contas a pagar

Salários R$ 7.200,00
Aluguel/condomínio R$ 1.050,00
Propaganda R$ 380,00
Seguros R$ 800,00
Fretes a pagar R$ 50,00
Obs: considerar regime de competência

Informações retiradas das do controle de vendas mensais

Receita total – a vista R$ 12.881,85 a prazo R$ 20.000,00 R$ 62.881,85


Custo de mercadoria vendida (CMV) R$ 19.978,53
Simples nacional 7,5% sobre as vendas
Comissão e encargos R$ 2.057,65
Outros custos variáveis (custos diversos) R$ 689,00

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Após o preenchimento do DGR, teremos condições de analisar os números e tirar algumas
conclusões.

PONTO DE EQUILÍBRIO
O Ponto de Equilíbrio demonstra o nível de vendas necessário para a obtenção do
resultado desejado. Esta análise permite que o empresário possa planejar como terá de
trabalhar para gerar lucro em sua atividade.

PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL


O cálculo do Ponto de Equilíbrio Operacional permite conhecer o valor da Receita
total em que a empresa apenas cobre os custos fixos. Em outras palavras é o nível de
vendas em que a Margem de contribuição gerada pelos produtos/mercadorias vendidas
iguala-se aos Custos Fixos.
Com os dados do DGR calculamos o PEO através da seguinte fórmula:

CUSTOS FIXOS
PEO =
% MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ÷ 100

PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO

O Ponto de Equilíbrio Econômico permite conhecer o nível de Receita Total


(vendas) em que a empresa além de cobrir os CF gera o lucro desejado. Em outras palavras
é o valor de RT (vendas) em que a MC gerada pelos produtos/mercadorias vendidas iguala-
se aos CF somados ao lucro desejado.
Com os dados do DGR calculamos o PEE através da seguinte fórmula:

CUSTOS FIXOS + LUCRO DESEJADO


PEE =
% MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ÷ 100

PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO


O Ponto de Equilíbrio Econômico permite conhecer o nível de Receita Total
(vendas) em que a empresa além de cobrir os CF e o lucro desejado, também cobrirá as
amortizações de financiamentos de imobilizados, leasing, consórcios, parcelamento de
impostos, ou seja, valores que não são lançados na EGR, mas que mensalmente devem ser
pagos pela empresa.

Com os dados do DGR calculamos o PEF através da seguinte fórmula:

CUSTOS FIXOS + AMORTIZAÇÕES + LUCRO DESEJADO


PEE =
% MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ÷ 100

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Análise de Sensibilidade

A análise de sensibilidade é uma metodologia que permite estimar o Resultado


Operacional (lucro) que a empresa obterá alterando seus Preços, RT e CF.

Quadro da Análise de Sensibilidade do Lucro


+ 10%
Descrição Situação % volume de % -10% % + 10% %
atual vendas custos preço de
fixos venda
Vendas Totais

Custos Variáveis

MC

Custos Fixos

Lucro/Prejuízo

% de variação do XXXXXXXXXX
lucro

REFERÊNCIAS:

AGUSTINI, Carlos Alberto Di. Capital de Giro. São Paulo: Atlas, 1999.

Assaf Neto, Alexandre. Finanças Corporativas e Valor. São Paulo: Atlas, 2003.

BRAGA, R. Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira. São Paulo: Atlas,


1998.

CASAROTTO FILHO, Nelson, KOPITTKE, Bruno Hartmut. Análise de Investimentos. 9.


ed. São Paulo: Atlas, 2000.

Gitman, Lawrence. Princípios de Administração Financeira – Essencial. Porto Alegre:


Bookman, 2001.

HOJI, Masakazu. Administração Financeira: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas,
2000.

SEBRAE-PR. Administração financeira para pequenas empresas. Curitiba: Sebrae,


2000. (Apostila)

SEBRAE-PR. Controles financeiros básicos. Curitiba: Sebrae, 2005. (Apostila)

WELSCHE, G. A. Orçamento Empresarial: planejamento e controle do lucro. São Paulo:


USP, 1996.

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