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Administração Financeira
1. CONCEITOS BÁSICOS
1.1 O QUE SÃO FINANÇAS?
No nível macro, as finanças são o campo de estudo de instituições financeiras e mercados
financeiros e como funcionam dentro do sistema financeiro. No nível micro, as finanças são o
estudo do planejamento financeiro, da gestão de ativos e da captação de fundos por empresas e
instituições financeiras.
As receitas obtidas com as operações devem ser suficientes para cobrir todos os custos e
despesas incorridas e ainda gerar lucros. Paralelamente a esse fluxo econômico de resultados
ocorre uma movimentação de numerário que deve permitir a liquidação dos compromissos
assumidos, o pagamento de dividendos e a reinversão da parcela remanescente dos lucros.
Neste contexto, a função financeira compreende um conjunto de atividades relacionadas
com a gestão dos recursos (tanto o numerário movimentado pelas empresas, quanto os direitos e
obrigações decorrentes das transações realizadas a crédito) movimentados por todas as áreas da
empresa. Tal função, que possui um papel muito importante no desenvolvimento de todas as
atividades operacionais, é responsável pela obtenção dos recursos necessários e pela formulação
de uma estratégia voltada para a otimização da aplicação desses recursos, contribuindo
significativamente para o sucesso do empreendimento.
O administrador financeiro gere ativamente a área financeira de qualquer tipo de
organização, seja ela pública ou privada, grande ou pequena, com ou sem fins lucrativos.
Em termos gerais, o que chamamos de administrador financeiro, qualquer que seja o título
específico de seu cargo - diretor financeiro, tesoureiro, controlador, vice-presidente de finanças,
gerente financeiro, etc. - é o indivíduo ou grupo de indivíduos preocupados com: (1) a obtenção
de recursos monetários para que a empresa desenvolva as suas atividades correntes e expanda a
sua escala de operações, se assim for desejável, e (2) a análise da maneira (eficiência) com a qual
os recursos obtidos são utilizados pelos diversos setores e nas várias áreas de atuação da empresa.
Via de regra, a função financeira caracteriza-se pela sua centralização e por estar situada
bem perto do nível mais alto da estrutura organizacional. Na verdade, administrador financeiro é
um membro do grupo assessor da alta direção de qualquer empresa.
Resumidamente, é possível afirmar que dentro da empresa podem ser avaliadas em relação
às demonstrações financeiras básicas da empresa. Suas três funções primordiais são:
a. Análise e planejamento financeiro – esta função envolve a (1) transformação dos dados
financeiros em uma forma que possa ser utilizada para orientar a posição financeira da empresa
e promover a sua continuidade; (2) avaliar a necessidade de aumento ou redução da capacidade
produtiva; e (3) determinar que tipo de financiamento adicional deve ser realizado. Estas três
atividades são sustentadas pelas decisões de natureza estratégica, tática e operacional. Os
demonstrativos contábeis, principalmente o Balanço Patrimonial e a Demonstração do
resultado do Exercício são importantes fontes de informações para elaboração de análise e
planejamento financeiro. Cabe ressaltar que o enfoque do caixa é essencial para o gestor
financeiro. Assim, a utilização dos Fluxos de caixa também é imprescindível, destacando a
principal diferença entre a ótica do contador e a do administrador. Enquanto o primeiro gera
informações com base no regime de competência, o segundo, precisa aplicá-las com base no
regime de caixa, denotando a importância dos Fluxos de caixa nesta atividade.
Considere os dados do quadro acima e indique com qual banco exportador e importador
devem realizar o fechamento do câmbio:
( ) O exportador com o Itaú, pois é o banco que possui a maior cotação de venda e o importador
com o Banco Santander, pois é o banco que possui a menor cotação de compra.
( ) O importador com o Itaú, pois é o banco que possui a maior cotação de venda e o exportador
com o Banco Santander, pois é o banco que possui a menor cotação de compra.
( ) O exportador com o Banco do Brasil, pois é o banco que possui a maior cotação de compra e
o importador com o Banco Itaú, pois é o banco que possui a maior cotação de venda.
( ) O importador o câmbio com o Banco do Brasil, pois é o banco que possui a maior cotação de
compra e o exportador com o Banco Santander, pois é o banco que possui a menor cotação de
venda.
( ) O exportador com o com o Banco do Brasil, pois é o banco que possui a maior cotação de
compra e o importador com o Banco Santander, pois é o banco que possui a menor cotação de
venda.
Prof. MSc. Alex Fagner Martiny
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Os grupos de interesse incluem todos os indivíduos com algum vínculo econômico direto
com a empresa, como:
• Funcionários;
• Clientes;
• Fornecedores;
• Credores;
• Proprietários.
Esse ponto de vista, que leva em conta os outros grupos de interesse, indica que a empresa
deve fazer um esforço deliberado para evitar ações prejudiciais à riqueza desses grupos.
Diz-se que essa é uma visão ‘socialmente responsável’.
Analise a figura abaixo e responda: De que formas ações prejudiciais praticadas pela
empresa, podem afetar negativamente cada um dos grupos de interesse citados
anteriormente?
Não
Rejeitar
Fonte: Gitman, 2009
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O resultado esperado de tais programas é um impacto positivo sobre o preço da ação da empresa.
Anotações:
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Para compreender melhor o papel da ética e o reflexo no preço das ações da empresa vamos
ler e debater o texto a seguir:
Loren Seguara e Dale Johnson trabalham para a Sports Products Inc., um importante
fabricante de barcos de passeio e acessórios. Loren trabalha como auxiliar de escritório no
departamento de contabilidade, e Dale trabalha na área de embalagem do departamento de
entregas. Durante o horário de almoço, certo dia, os dois começaram a conversar a respeito da
empresa. Dale queixou-se de que sempre trabalhou duro, procurando não desperdiçar material de
embalagem e, em geral, realizar seu trabalho de maneira eficiente. Apesar dos esforços dele e dos
colegas de departamento, o preço da ação havia caído quase US$ 2,00 nos últimos nove meses.
Loren disse que compartilhava da frustração de Dale, particularmente porque os lucros da empresa
tinham subido. Nenhum dos dois conseguia entender por que o preço da ação estava caindo, uma
vez que o lucro da empresa subia.
Loren disse que havia visto documentos em que era descrito o plano de participação nos
lucros da empresa, segundo o qual, todos os administradores eram remunerados, em parte, com
base nos lucros. Ela afirmou que talvez fosse o lucro a coisa mais importante para os
administradores, pois afetava diretamente sua remuneração. Dale retrucou: “Isso não faz sentido,
por que os acionistas são donos da empresa. Os administradores não deveriam fazer o que é melhor
para os acionistas? Algo está errado!” Loren respondeu: “Bem isso talvez explique por que a
empresa não tem se preocupado com o preço da ação. Veja: os únicos lucros que os acionistas
recebem são os dividendos em dinheiro, e a empresa nunca pagou dividendos em toda sua história,
ou seja, em 20 anos. Portanto, como acionistas não nos beneficiamos diretamente dos lucros. A
única maneira de nos beneficiarmos é por meio da elevação do preço da ação”. Dale acrescentou:
“Isso provavelmente explica por que a empresa está sendo processada pelas autoridades ambientais
estaduais e federais, por despejar agentes poluidores no rio aqui perto. Por que gastar dinheiro com
controle da poluição? Isso aumentaria os custos, diminuiria os lucros, e, como consequência,
diminuiria a remuneração dos administradores! ”
Loren e Dale perceberam que o horário de almoço havia terminado e precisavam voltar
logo ao trabalho. Antes de sair, decidiram encontrar-se no dia seguinte para continuar a discussão.
Pergunta: Caso você fosse contratado por essa empresa para resolver esses problemas, quais
medidas você tomaria? Justifique.
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Stephen Kanitz
A fusão da Perdigão com a Sadia (na realidade, o salvamento da Sadia pela Perdigão) foi fruto de uma
mudança de mentalidade que vem ocorrendo no Brasil e que merece ser bem analisada.
A Perdigão foi fruto de uma gestão profissional de administradores competentes – não de sócios nem de
donos da empresa.
No Estatuto da época, estava escrito que os administradores teriam de ser pessoas com escolaridade
acadêmica comprovada. Algo que a maioria dos “empreendedores” não tinham.
De 1994 para cá, a Perdigão não parou de crescer e ultrapassou a Sadia, líder de mercado, mas ainda nas
mãos de duas famílias, Fontana e Furlan. Na realidade, nas mãos de filhos dessas famílias, sem o tino
comercial e o empreendedorismo dos pais.
Filhos de famílias outrora empreendedoras tendem a se preocupar com maximização de controle familiar.
Têm medo de perder, são conservadores. Você faria o mesmo.
Preferem crescer a um ritmo menor, reinvestindo lucros, a crescer aceleradamente, mas perdendo controle
familiar e abrindo o capital, permitindo, inclusive, que fornecedores e trabalhadores possam participar no
sucesso da empresa.
Na Sadia, as duas famílias tinham poder sobre o diretor financeiro, que respondia diretamente ao Conselho,
e não ao Presidente da empresa, como seria em qualquer empresa profissional.
O diretor financeiro não era formado em administração financeira, e temia ser despedido pelo Conselho se
seguisse os preceitos da boa administração.
Um diretor financeiro profissional teria dito ao Conselho Familiar que especular com derivativos não fazia
parte do Objeto Social da empresa. “Nosso 'core business', senhores, é frango e suínos, e não especular
com câmbio”.
“Parágrafo 3º - É expressamente vedado e será nulo de pleno direito o ato praticado por qualquer
administrador da Companhia que a envolva em obrigações relativas a negócios e operações estranhas ao
objeto social, sem prejuízo da responsabilidade civil ou criminal, se for o caso, a que estará sujeito o infrator
deste dispositivo. ”
Esta fusão fará da Sadia uma empresa profissional. O administrador financeiro será um administrador
financeiro, e não alguém “especializado em arbitragens e distorções nos preços de mercado” sem formação
em administração.
Alguém que saberá a diferença entre hedge e especulação. Que dirá aos Conselhos da Família: “Quem
quiser especular que o faça na pessoa física, não nesta empresa, colocando em risco nossa sustentabilidade
e a segurança da nossa força de trabalho”.
O triste desta história é que, apesar de 40 anos de má gestão, as duas famílias saíram com uma parcela
muito acima do que mereceriam da nova empresa.
Tinham 23% da Sadia, ficaram com 12% da Brasil Foods. Quase quebraram a Sadia, cujo patrimônio
beirava zero, dependendo de que hipóteses do futuro fossem usadas. E, mesmo assim, saíram ricos...
Por quê? Porque uma empresa com patrimônio dilapidado, quase zero, ainda vale muita coisa.
Vale a marca Sadia, construída pelos empreendedores originais. Vale a sinergia de ser comprada por uma
empresa maior e mais eficiente.
O que significa isso? Se a Perdigão comprar a Sadia, ela deixa de precisar da equipe de vendedores da
Sadia; é só aumentar a lista de produtos para vender. Antes eram dois vendedores visitando o mesmo
supermercado; agora só precisam de um. Era obvio que haveria demissões, e era óbvio que a diretoria não
poderia anunciar isto na imprensa antes de conversar com os próprios funcionários as serem eventualmente
demitidos.
Digamos que esta sinergia seja de 2 bilhões de reais, e de zero se as duas empresas não se juntarem.
Se você fosse Luiz Furlan, você diria: “eu quero parte deste lucro da sinergia, apesar de não merecê-la,
porque a empresa agora é sua”?
Se você fosse Nildemar Secches, você aceitaria oferecer uns R$ 600.000.000, ou até um bilhão, a mais na
compra porque a alternativa seria zero?
Para um administrador profissional, essas brigas de controle ou “participação acionária” são menos
importantes, por isto Nildemar aceitou.
O importante para o administrador profissional é criar uma empresa mais eficiente e competitiva
internacionalmente, e não manter o controle acionário na família.
Se Nildemar Secches fosse um “empreendedor” ou patriarca de uma família, provavelmente teria recusado
fazer a fusão, como fez o Rolim Amaro, da TAM
Os mesmos Fontana abortaram uma fusão entre a TAM e a Transbrasil, que teria criado uma empresa
internacional poderosa, a Tambrasil. Mas Rolim, outro empreendedor, jamais aceitou uma exigência injusta
como dividir a sinergia da nova empresa.
A fusão é um marco de uma nova era neste país. Enquanto nossos comentaristas estavam preocupados com
o fato de que muitos funcionários da Sadia iriam perder o emprego, deixaram de perceber que é justamente
disto que o Brasil precisa: empresas que possam competir com as enormes empresas chinesas que
teremos competindo com nossas empresas, daqui uns 10 anos, mais ou menos.
Fonte:http://blog.kanitz.com.br/2009/05/a-ascens%C3%A3o-do-administrador-e-a-decad%C3%AAncia-doempres%
C3%A1rio-o-caso-sadiaperdig%C3%A3o-.html Acessado em: 12.06.2009
Pergunta: A empresa agiu com ética preservando os interesses dos indivíduos elencados
anteriormente? Justifique.
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Prof. MSc. Alex Fagner Martiny
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Dados coletados das demonstrações de resultados da Empresa Sadia S.A. para análise e
compreensão do texto anterior:
O que é um HEDGE?
Embora tenha adotado a política de proteger sua dívida em dólar há vários anos, a JBS
aumentou em 50% sua posição de hedge em 2015, com US$ 12,2 bilhões em contratos futuros e a
termo de moedas em 31 de dezembro, segundo seus relatórios financeiros.
Há quase um ano, em uma entrevista à agência de notícias Bloomberg, Batista afirmou que
esperava uma forte desvalorização do real.
Como comparação, a rival da JBS, a Marfrig Global Foods, que também possui uma grande
dívida em dólar, afirma que utiliza as receitas das exportações como um hedge natural em vez de
utilizar derivativos cambiais.
Outras grandes exportadoras, incluindo a Vale, que exporta minério de ferro, e a Fibria, de
celulose, também adotam a estratégia do hedge natural. A posição agressiva da JBS tem sido bem-
sucedida, pelo menos até agora. Em 2015, a JBS registrou um ganho financeiro de R$ 10,6 bilhões
com sua mesa de câmbio depois que o real caiu 33%.
A JBS --como a maioria dos analistas de câmbio-- foi pega de surpresa pela alta repentina
do real no primeiro trimestre. Os investidores começaram o ano prevendo uma queda de 10%,
segundo os contratos a termo. Em vez disso, o real subiu 10%.
A valorização do real ajudou a pressionar as ações da JBS. Os papéis registraram uma perda de
20% desde o início do ano, contra um ganho de 11% do Ibovespa, principal índice da Bolsa
brasileira.
2) A Estelar Aérea S.A., uma das mais importantes empresas na vida empresarial recente do Brasil,
viveu, durante o ano de 2006, um processo de insolvência, como se pode observar pelos seguintes
grupos de contas em seu Balanço de 31 de dezembro de 2005:
em R$ milhões
Ativo circulante ................................ 1.310
Ativo não circulante ................. 1.026
Passivo circulante ........................... 2.111
Passivo não circulante ..................... 8.146
Agora que você já compreendeu melhor a estrutura do Balanço Patrimonial, poderá após
instruções do professor elaborar o que se pede no exercício a seguir:
Admita que dois sócios abram uma empresa no setor de indústria com um capital de R$
40.000,00 (Quarenta mil reais), sendo 40% de capital próprio e 60% financiado por um banco, a
juros compostos de 2% ao mês pelo prazo de 12 meses pela Tabela Price.
A empresa pretende investir R$ 22.000,00 (Vinte e dois mil reais) em imobilizado
necessário à produção, que será depreciado em 20 anos e R$ 18.000,00 (Dezoito mil reais) para
capital de giro.
O plano de produção da empresa é de 1.400 unidades por mês, portanto, serão compradas
1.400 unidades/mês de matéria prima, necessárias para produção total em cada um dos dois
primeiros meses a um custo de R$ 30,00 (Trinta reais) a unidade. A política de compras da empresa
é 40% com pagamento a vista e 60% com pagamento em 30 dias.
Considere as vendas 1.300 unidades em janeiro e 1.360 em fevereiro sendo 60% à vista e
40% a prazo com recebimento em 30 dias, compra da matéria prima e a venda do produto é feita
dentro do mesmo Estado ao preço de R$ 62,00 (Sessenta e dois reais).
A empresa paga ainda despesas fixas mensais de R$ 8.500,00 (Oito mil e quinhentos reais) e
despesas administrativas de R$ 2.800,00 (Dois mil e oitocentos reais).
Quanto aos impostos: a alíquota de imposto de renda é de 15%, da contribuição social de
9%, ICMS de 12%, IPI de 15%, PIS/COFINS de 9,25%.
Planilha de Amortização
n Saldo Devedor Amortização Juros Prestação
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Balanço Patrimonial DRE DFC
Orçamento de Compras
Janeiro Fevereiro Março
Compras
Pgto a vista
Pgto a prazo
Orçamento de Vendas
Janeiro Fevereiro Março
Vendas
Rec. a vista
Rec. 30 dias
Cálculo do CPV:
CPV = (R$ Compras – R$ Impostos s/ compras) * un. Vendidas =
Un. Compradas
Demonstração de Resultados
Histórico Janeiro Fevereiro
Receita Bruta
(-) Impostos
= Receita Líquida
(-) CPV
= Lucro Bruto
(-) Despesas Fixas
(-) Despesas Adm.
(-) Perdas
= EBITDA
(-) Depreciação
= LAJIR
(-) Desp. Financeiras
= LAIR
(-) IR + CS (24%)
= Lucro Líquido
Anotações:
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BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO Mês 0 Janeiro Fevereiro
Caixa
Contas a receber
Estoque
Total do Ativo Circulante
Ativo Não Circulante
Imobilizado
(-) Depreciação Acumulada
Ativo Permanente Líquido
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO
Contas a Pagar
Impostos a pagar
Financiamentos
Total do Passivo Circulante
Patrimônio Líquido
Capital Social
Lucros Acumulados
Total do Patrimônio Líquido
TOTAL DO PASSIVO + PL
Anotações:
Estoque= CPV * ( un. Compradas – un. Vendidas)
Un. vendidas
Anotações:
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Admita que dois sócios abram uma empresa no setor de indústria com um capital de R$
70.000,00 (Sessenta mil reais), sendo 40% de capital próprio e 60% financiado por um banco, a
juros compostos de 1,5% ao mês pelo prazo de 18 meses pela Tabela Price.
A empresa pretende investir R$ 50.000,00 (Cinquenta mil reais) em imobilizado necessário
à produção, que será depreciado em 10 anos, e R$ 20.000,00 (Vinte mil reais) para capital de giro.
O plano de produção da empresa é de 1.400 unidades por mês, portanto, serão compradas
1.400 unidades de matéria prima em cada mês, necessária para produção total a um custo de R$
35,00 (Trinta e cinco reais) a unidade. A política de compras da empresa é 60% com pagamento a
vista e 40% com pagamento em 30 dias.
Considere as vendas: De janeiro a março 1.350 unidades mensais de abril a junho 1.410
unidades mensais, sendo 60% a vista e 40% com prazo de 30 dias, com o preço de R$ 64,00
(Sessenta e quatro reais).
A empresa paga ainda despesas fixas mensais de R$ 15.000,00 (Quinze mil reais) e
despesas administrativas de R$ 5.100,00 (Cinco mil e cem reais).
Quanto aos impostos: a alíquota de imposto de renda é de 15%, da contribuição social de
9%, ICMS de 12%, IPI de 15%, PIS/COFINS de 9,25%. A compra da matéria prima e a venda do
produto é feita dentro do mesmo Estado.
Planilha de Amortização
n Saldo Devedor Amortização Juros Prestação
0
1
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Orçamento de Compras
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho
Compras
Pgto a Vista
Pgto Prazo
Orçamento de vendas
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho
Vendas
Rec. a Vista
Rec. 30 dias
Impostos sobre vendas e compras e saldo a pagar janeiro, fevereiro e março (R$)
Impostos Vendas Compras Saldo de impostos
Base de cálculo IPI
IPI
Base de cálculo ICMS, Pis e Cofins
ICMS
PIS e Cofins
Total
Onde será utilizado: DRE CPV Balanço e DFC
Impostos sobre vendas e compras e saldo a pagar abril, maio e junho (R$)
Impostos Vendas Compras Saldo de impostos
Base de cálculo IPI
IPI
Base de cálculo ICMS, Pis e Cofins
ICMS
PIS e Cofins
Total
Onde será utilizado: DRE CPV Balanço e DFC
Cálculo do CPV:
Demonstração de Resultados
DRE Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Receita
(-) Impostos
Receita Líquida
(-) CPV
Lucro Bruto
(-) Despesas Fixas
(-) Despesas Adm.
(-) Perdas
EBITDA
(-) Depreciação
LAJIR
(-) Desp. Financeiras
LAIR
(-) IR/CS
Lucro Líquido
Demonstração do Fluxo de Caixa
DFC Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Saldo Inicial
(+) Recebimentos
(+) Ctas. Receber
(-) Pgto a vista
(-) Ctas a pagar
(-) Impostos
(-) Financiamentos
(-) Despesas Fixas
(-) Despesas Adm.
Saldo Final
Anotações:
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Balanço Patrimonial
ATIVO Mês 0 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Caixa
Contas a Receber
Estoque
Total Ativo Circulante
Ativo Não Circulante
Imobilizado
(-) Depreciação Acumul.
Ativo Permanente Líq.
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO
Contas a Pagar
Impostos a pagar
Financiamentos
Total Passivo Circulante
Patrimônio Líquido
Capital Social
Lucros Acumulados
Total do Patrimônio Líq.
TOTAL DO PASSIVO +PL
O plano de produção da empresa aumentou para 1.800 unidades por mês, portanto, a
empresa compra 1.800 unidades de matéria prima necessária para produção total a um custo de R$
39,00 (Trinta e nove reais) a unidade. A política de compras da empresa é 50% com pagamento a
vista e 50% com pagamento em 30 dias.
O preço de venda é agora é de R$ 60,00 (Sessenta reais), a alíquota de imposto de renda é
de 15%, da contribuição social de 9%, ICMS de 18%, IPI de 15%, PIS/COFINS de 9,25%.
Considere as vendas nos meses julho à setembro da empresa de 1.550 unidades por mês,
porém devido a uma crise econômica suas vendas despencaram para 950 unidades nos últimos 03
meses do ano. Sua política de vendas no 2º semestre mudou para 40% a vista, 60% a prazo com
recebimento em 30 dias.
O novo imobilizado será depreciado em 10 anos. A compra da matéria prima e a venda do
produto são feitas dentro do mesmo Estado. A empresa agora paga despesas fixas mensais de R$
19.000,00 (Dezenove mil reais) e despesas administrativas de R$ 6.800,00 (Seis mil e oitocentos
reais).
OBS.: A empresa contraiu novo empréstimo no valor de R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais)
em 12 meses a taxa de 1,80% a.m. pela tabela price. Investiu todo o valor em imobilizado para
aumento de sua capacidade produtiva.
Planilha de amortização
n Saldo Devedor Amortização Juros Prestação
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
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Orçamento de compras
Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro
Compras
Pgto a Vista
Pgto Prazo
Orçamento de vendas
Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro
Vendas
Rec. a Vista
Rec. 30 dias
Impostos sobre vendas e compras e saldo a pagar julho, agosto e setembro (R$)
Impostos Vendas Compras Saldo de impostos
Base de cálculo IPI
IPI
Base de cálculo ICMS, Pis e Cofins
ICMS
PIS e Cofins
Total
Onde será utilizado: DRE CPV Balanço e DFC
Impostos sobre vendas e compras e saldo a pagar outubro, novembro e dezembro (R$)
Impostos Vendas Compras Saldo de impostos
Base de cálculo IPI
IPI
Base de cálculo ICMS, Pis e Cofins
ICMS
PIS e Cofins
Total
Onde será utilizado: DRE CPV Balanço e DFC
Cálculo do CPV:
Demonstração de Resultados
DRE Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Receita
(-) Impostos
Receita Líquida
(-) CPV
Lucro Bruto
(-) Despesas Fixas
(-) Despesas Adm.
(-) Perdas
EBITDA
(-) Depreciação
LAJIR
(-)Desp. Financeiras
LAIR
(-) IR/CS
Lucro Líquido
Anotações:
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Prof. MSc. Alex Fagner Martiny
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Balanço Patrimonial
ATIVO Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Caixa
Contas a Receber
Estoque
Impostos a recuperar
Total Ativo Circulante
Ativo Não Circulante
Imobilizado
(-) Depreciação Acumul.
Ativo Permanente Líq.
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO
Contas a Pagar
Impostos à pagar
Financiamentos
Total Passivo Circulante
Patrimônio Líquido
Capital
Lucros/prej. Acumulados
Total do Patrimônio Líq.
TOTAL DO PASSIVO +PL
Anotações:
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A Cia. de Produtos Vegetais – CPV possui duas fábricas que abastecem três depósitos. As fábricas
têm um nível máximo de produção baseado nas suas dimensões e nas safras previstas. Os custos
em R$/t estão anotados em cada rota (ligação entre as fábricas e depósitos). José de Almeida,
estudante de Administração, foi contratado pelo Departamento de Logística com a finalidade de
atender a demanda dos depósitos sem exceder a capacidade das fábricas, minimizando o custo total
do transporte.
I - 1.000 unidades devem ser transportadas da Fábrica 2 para o Depósito 1. A demanda restante
deve ser suprida a partir da Fábrica 1;
II - 2.500 unidades devem ser transportadas da Fábrica 1 para os Depósitos 1 e 2. A demanda
restante deve ser suprida a partir da Fábrica 2;
III - 1.000 unidades devem ser transportadas da Fábrica 2 para o Depósito 2. A demanda restante
deve ser suprida a partir da Fábrica 1.
4) Análise de custo, volume e lucro. As decisões sobre a localização de empresas são estratégicas
e integram o planejamento global do negócio. Considerando que o preço de venda da grande
maioria dos bens produzidos é estabelecido pelo mercado, faz-se necessário que as empresas
conheçam em detalhes os custos nos quais incorrerão em determinada localidade. O modelo padrão
“custo-volume-lucro” é útil na decisão de localização. A figura a seguir apresenta, em um único
gráfico, as curvas de custo total versus quantidade produzida mensalmente para as cidades de
Brasília, São Paulo e Goiânia, as quais foram previamente selecionadas para receber uma nova
fábrica de brinquedos. Sabe-se que a receita total é a mesma para as três localidades e que a decisão
com base no lucro esperado em cada localidade varia com a quantidade produzida.
( ) São Paulo é a localidade que proporcionará maior lucro para a nova fábrica, se a
quantidade mensal a ser produzida variar entre 5.000 e 10.000 unidades, considerando-se a
estrutura de custos apresentada.
( ) São Paulo é a cidade na qual deve ser instalada a nova unidade produtiva, se a quantidade
a ser produzida mensalmente for maior que 7.500 unidades, pois, a partir desse volume de
produção, é a localidade que proporcionará maior lucro.
( ) Brasília é a localidade mais indicada para receber a nova fábrica para volumes de
produção mensal inferiores a 5.000 unidades, pois é a cidade que viabilizará maior lucro.
( ) Goiânia deve receber a instalação da nova fábrica, se a quantidade produzida
mensalmente for superior a 10.000 unidades, tendo em vista que, nas condições apresentadas, é a
cidade que poderá dar maior lucro.
( ) tanto Goiânia quanto Brasília podem receber a nova fábrica, se o objetivo é produzir uma
quantidade mensal exatamente igual a 5.000 unidades, considerando que o lucro será o mesmo nas
duas localidades.
Sobre esse assunto, considere as afirmativas sobre a avaliação do valor do estoque, ao final
do mês de outubro, a seguir:
II. Considerando-se o método “PEPS” (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair), o valor do estoque é
de R$ 600,00.
III. Considerando-se o método “UEPS” (Último a Entrar, Primeiro a Sair), o valor do estoque é
de R$ 500,00.
Pede-se elaborar análise Horizontal e Vertical das demonstrações financeiras da Sadia S.A.
conforme demonstrações que constam nesse material.
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS (R$ MIL)
SADIA S.A. 2007 AV 2008 AV AH
Receita Operacional Bruta 9.909.973 12.191.896
Mercado Interno 5.319.918 6.606.836
Mercado Externo 4.590.055 5.585.060
(-) Tributos. Devoluções a abatimentos -1.201.832 -1.463.254
Receita Operacional Líquida 8.708.141 10.728.642
Custo dos Produtos Vendidos -6.312.130 -8.109.377
Lucro Bruto 2.396.011 2.619.265
Despesas com vendas -1.464.262 -1.727.067
Honorários de Administração -16.433 -20.165
Despesas administrativas -97.088 -139.197
Participação no resultado -83.128 -17.833
Outros Resultados operacionais 8.352 -5.901
Resultados não recorrentes -13.156 -11.689
Lucro Antes dos juros e impostos 730.296 697.413
Resultado Financeiro líquido 132.042 -3.892.336
Resultado da equivalência patrimonial 4.966 -2.927
Resultado Antes dos juros impostos e participações 867.304 -3.197.850
Provisão para IR e Contribuição Social -99.972 702.758
Resultado antes dos minoritários 767.332 -2.495.092
Participação dos acionistas minoritários -1.016 -10.258
Resultado Líquido 768.348 -2.484.834
EBITIDA 1.172.439 1.164.222
Fonte: Adaptado de Demonstrações de Resultado Sadia S.A. (2009)
Anotações:
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Prof. MSc. Alex Fagner Martiny
31
• Os índices devem ser considerados em conjunto; um índice isolado significa muito pouco.
• As demonstrações financeiras comparadas devem se referir à mesma data ou ao mesmo
período.
• Devem ser utilizadas demonstrações financeiras auditadas sempre que possível.
• Os dados financeiros comparados devem ter sido produzidos do mesmo modo.
• Deve-se ter cuidado com distorções causadas pela inflação.
A seguir podemos verificar um quadro resumo dos principais índices de Estrutura de capital,
Liquidez e Rentabilidade.
Pede-se: Utilizar fórmulas do quadro resumo e os demais índices para análise das
Demonstrações Financeiras da Sadia S.A e demais demonstrações financeiras serem
disponibilizadas pelo professor.
1. CT/PL * Participação de Passivo total x 100 Quanto a empresa tomou de capitais de terceiros para cada $ 100 Quanto menor, melhor.
Capitais de Patrimônio Líquido de capital próprio.
Terceiros
(Endividamento)
2. PC/CT Passivo Circulante x 100 Qual o percentual de obrigações a curto prazo em relação às Quanto menor, melhor.
* Composição do Passivo total obrigações totais.
Endividamento
3. AP/PL Ativo Permanente x 100 Quantos $ a empresa aplicou no Ativo Permanente para cada $ 100 Quanto menor, melhor.
* Imobilização do Patrimônio Líquido de Patrimônio Líquido.
Patrimônio
Líquido
Liquidez
4. LG * Liquidez Geral Ativo total Quanto a empresa possui de Ativo Circulante + Ativo não Quanto maior, melhor.
Passivo total Circulante para cada R$ 1 de dívida total.
5. LC * Liquidez Corrente Ativo Circulante Quanto a empresa possui de Ativo Circulante para cada $ 1 de Quanto maior, melhor.
Passivo Circulante Passivo Circulante.
6. LS * Liquidez Seca Ativo Circulante - estoques Quanto a empresa possui de Ativo Líquido (- estoques) para cada Quanto maior, melhor.
Passivo Circulante $ 1 de Passivo Circulante.
Rentabilidade (ou
Resultados)
7. V/AT * Giro do Ativo Vendas Líquidas Quanto a empresa vendeu para cada $ 1 de investimento total. Quanto maior, melhor.
Ativo
8. LL/V * Margem Líquida Lucro Líquido x 100 Quanto a empresa obtém de Lucro para cada $ 100 vendidos. Quanto maior, melhor.
Vendas Líquidas
9. LL/AT * Rentabilidade do Lucro Líquido x 100 Quanto a empresa obtém de Lucro para cada $ 100 de investimento Quanto maior, melhor.
Ativo Ativo total.
Exercícios propostos:
I. Para calcular a margem bruta é necessário dividir o lucro bruto pela receita líquida.
II. Se ocorrer um aumento do ativo imobilizado haverá o aumento da despesa de depreciação.
III. O tempo decorrido entre a compra das matérias-primas e o recebimento das vendas é o que
define o ciclo operacional.
IV. As despesas financeiras dependem principalmente da dívida bancária contratada pela empresa.
Ponto de equilíbrio operacional: consiste no nível de vendas necessário para cobrir todos os
custos operacionais. Nesse ponto o lucro antes de juros e impostos é igual a 0.
Ponto de equilíbrio econômico: consiste no nível de vendas necessário para cobrir todos os
custos operacionais e ainda um retorno desejado.
Ponto de equilíbrio financeiro: consiste no nível de vendas necessário para cobrir todos os
custos operacionais menos a despesa com depreciação.
PEo = ________CDF`s________
Margem de contribuição
PEo = ______CDF`s_________
Preço de venda - CDV`s
7) A Comercial de água Mineral Gasosa Ltda. compra seus produtos a R$ 3,00, revendendo por
R$ 5,00, ou seja, ela possui uma margem de contribuição da 40%. Sabendo que a empresa
apresenta gastos fixos da ordem de R$ 1.200,00 por mês e os sócios desejam uma retirada de
R$ 2.000,00 por mês referente ao pró-labore, pede-se calcular o ponto de equilíbrio econômico
da empresa.
8) Uma loja de brinquedos comercializa variados jogos de madeira. Os jogos apresentam custo
igual a R$ 17,00 e são vendidos por R$ 30,00. Sabendo que os gastos com aluguéis, salários e
demais itens classificados como fixos são iguais a R$ 8.000,00 por mês, calcule o ponto de
equilíbrio financeiro em quantidade e em unidades monetárias da empresa. De forma adicional,
considere que a empresa paga 3% das vendas a título de comissão e outros 7% a títulos de
impostos e possui um imobilizado depreciável em 5 anos no valor de R$ 40.000,00.
9) Uma pequena pousada costuma cobrar uma diária igual a R$ 160,00. Sabe-se que os gastos
fixos anuais associados à operação da pousada são iguais a R$ 50.000,00. Gastos variáveis
associados ao consumo de energia elétrica do ar condicionado e chuveiro dos quartos, café da
manhã e lavagem de toalhas e lençóis são iguais a R$ 18,00 por diária. Para poder vender seus
pacotes de diárias e hospedagens, a pousada paga comissões sobre o preço de venda igual a
10%. Pede-se obter: a) O ponto de equilíbrio operacional em diárias por ano.
PE = 50.000,00 50.000,00
---------------------------------------- = ------------------- = 397 diárias
160,00 – 18,00 – (160,00 * 10%) 160,00 – 34,00
10) Uma empresa comercial compra determinada mercadoria por R$ 40,00 e revende por R$
80,00. Sobre o preço de venda, a empresa considera a existência de impostos iguais a 17% e
comissões iguais a 8%. Gastos fixos com aluguel, salários, condomínio e diversos são iguais a
R$ 1.800,00 por mês e os sócios desejam um retorno de R$ 2.000,00 por mês. Calcule o ponto
de equilíbrio econômico anual da empresa: a) em quantidade. b) em unidades monetárias.
11) Uma pequena loja de cartões postais compra uma centena de cartões por R$ 40,00,
vendendo-os a R$ 1,00 por unidade. Os gastos fixos da loja são iguais a R$ 1.000,00 por mês e
os vendedores, além dos salários já incluídos nos gastos fixos, recebem 10% de comissão sobre
vendas. A) qual a margem de contribuição unitária da empresa? B) qual o ponto de equilíbrio
mensal da empresa em unidades vendidas?
,00-0,40-(1,00*10%) = 50%
12) A Cia dos Doces Gulosos Ltda. verificou que seu volume de produção e vendas tem sido
igual a 20.000 unidades por mês. Seu custo fixo mensal é igual a R$ 60.000,00 e seu custo
variável unitário é igual a R$ 6,00. Pede-se: a) determine o preço mínimo a ser cobrado pela
empresa para obter um resultado nulo (lucro = zero) b) sabendo que a área financeira de empresa
deseja um lucro igual a R$ 40.000,00, calcule o preço a ser praticado pela empresa.
13) Uma determinada empresa vende seu único produto a R$ 129,00 por unidade. Os custos
operacionais fixos anuais da empresa são de R$ 473.000,00 e seus custos operacionais variáveis
são de R$ 86,00 por unidade. Encontre o ponto de equilíbrio operacional da empresa, em
unidades.
PE = 473.000,00
----------------- = 11.000 um
idades
129,00 – 86,00
45
14) A análise do ponto de equilíbrio da empresa revela o nível de vendas necessário para
cobrir as despesas operacionais. Nesse sentido, é possível avaliar a rentabilidade associada
aos níveis de vendas da empresa. O ponto de equilíbrio é calculado pela fórmula a seguir.
Utilizando essa fórmula, o gerente financeiro de uma empresa quer verificar qual será o efeito,
sobre o ponto de equilíbrio do aumento ou diminuição, separadamente, do custo operacional,
do preço do produto, e do custo variável unitário, bem como de todas as variáveis ao mesmo
tempo.
I. Se apenas o custo operacional fixo aumentar, o ponto de equilíbrio da firma será reduzido,
uma vez que o custo operacional fixo não afeta os meios de produção da empresa.
II. Se apenas o preço do produto da empresa aumentar, o ponto de equilíbrio da firma será
reduzido, porque será possível vender quantidade menor de produtos para cobrir despesas
operacionais.
III. Se apenas o custo variável unitário da empresa aumentar, o ponto de equilíbrio da firma
aumentará, dado que o gasto com insumos será maior na linha de produção.
IV. Se o custo operacional fixo, o preço do produto e o custo variável unitário da empresa
aumentarem, simultaneamente, o ponto de equilíbrio da firma não será alterado.
( ) I.
( ) II.
( ) I e IV.
( ) II e III.
( ) III e IV.
46
Cenário 1:
15) Ponto de equilíbrio. A figura abaixo representa os custos de diferentes formas de processos
de produção (celular, automatizada e intermitente), e a receita de vendas de um determinado
produto.
PORQUE
O Custo de Oportunidade nada mais é que a diferença dos ganhos líquidos de uma dada
alternativa em relação aos ganhos líquidos de outra alternativa. Ou seja, é a diferença entre os
ganhos que deixaram de ser obtidos e os que realmente são obtidos. Se a seleção recair sobre a
alternativa de menor ganho líquido em relação a uma alternativa mais vantajosa, então se
incorre em Custo de Oportunidade, pois neste caso, o custo de oportunidade é positivo.
É a taxa de desvalorização imposta a qualquer ganho futuro, por não estar disponível
imediatamente. Apesar de constituir um parâmetro de avaliação e comparação de alternativas
de investimentos, não deverá ser exagerada, pois, uma mesma oportunidade de investimento,
avaliada sob dado horizonte de planejamento, pode mostrar-se viável ou inviável dependendo
da taxa mínima de retorno à qual são descontados os ganhos futuros.
A taxa mínima de retorno deve representar o custo de oportunidade para a empresa.
Pode concluir-se que esta taxa corresponde a uma taxa de juros que deixa de ser obtida na
melhor alternativa quando há emprego de capital próprio, ou é a menor taxa de juros que tem
de ser paga quando recursos de terceiros são aplicados.
A Taxa de mínima atratividade ou taxa mínima esperada, como também é
conhecida, é, portanto, a taxa mínima de retorno que se espera conseguir como rendimento ao
realizar um determinado investimento. A mesma deve representar o custo de oportunidade para
a empresa. Pode concluir-se que esta taxa corresponde a uma taxa de juros que deixa de ser
obtida na melhor alternativa quando há emprego de capital próprio, ou é a menor taxa de juros
que tem de ser paga quando recursos de terceiros são aplicados.
Todo investimento, para uma empresa, é um desembolso feito com o fim de gerar um
fluxo de benefícios futuros, usualmente superior a um ano. Daí, os projetos de investimentos
sempre serão representados por um fluxo de caixa, como segue:
CF0
Valor de revenda dos ativos: É o valor que pode ser obtido pela empresa pela venda
dos ativos após sua vida útil. Exemplo: Uma dada empresa adquire uma frota de veículos e
define que a vida útil da mesma é de dez anos. Após este período a empresa vende esta frota.
Os recursos dessa venda devem ser considerados como ingressos do projeto em seu fluxo de
caixa.
Investimento em capital de giro: Muitas vezes os projetos de investimento
necessitam que a empresa também disponibilize recursos para aquisição de estoques iniciais
e financiamento de clientes. Estes recursos são denominados de investimento em capital de
giro do projeto, que deverá ser considerado no início do mesmo e retornar ao final.
Descrição N0 N1 N2 N3 N4 N5
SALDO INICIAL
RECEBIMENTOS
Vendas à Vista
PAGAMENTOS
Compras a vista Compras a Prazo
Salários e Encargos, alugueis,
impostos sobre vendas
SALDO PERIÓDICO
SALDO ACUMULADO
Descrição N0 N1 N2 N3 N4 N5
(+) Receitas
(-) Custos e despesas variáveis
(-) Custos e despesas fixas (exceto
(=) Lucro operacional
depreciação) tributável
(-) Depreciação
(-) Imposto de renda
(=) Lucro Líquido Operacional
(+) Depreciação
(=) Fluxo de caixa operacional (FCO)
(+/-) Investimentos ou
desinvestimentos líquidos em
equipamentos
(=) Fluxo de caixa livre (FCL)
(+/-) Investimentos ou
desinvestimentos
4.4 MÉTODOS DEem capital de
ANÁLISE giro
FINANCEIRA DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
O valor atual pode ser determinado a partir dos saldos ou resultados líquidos periódicos
do fluxo de caixa ou fluxo financeiro, razão pela qual é conhecido como método do Valor
Presente Líquido (VPL).
Onde:
CFn = Cada um dos diversos valores envolvidos no fluxo de caixa e que ocorrem em n;
VPLj = - CF0 + (CF1 / (1+i)1) + (CF2 / (1+i)2) + (CF3 / (1+i)3) + (CFn / (1+i)n)
Critério de decisão:
VPL > 0: o projeto é viável, pois o retorno é maior do que o custo de capital;
VPL = 0: é indiferente aceitar ou não o projeto;
VPL < 0: o projeto é inviável.
55
O VPLa tem origem numa série uniforme anual pelo uso da fórmula financeira do fator
de recuperação de um capital, onde o montante é o resultado do Valor Presente Líquido (VPL)
no período. O VPLa pode ser considerado a disponibilidade ou excedente entre a receita e os
custos operacionais, ou mesmo a margem bruta anual, descontada a taxa de atratividade do
capital. Sua fórmula é:
56
A taxa interna de retorno (TIR) representa o valor do custo do capital que torna o VPL
nulo. É a taxa que remunera o valor investido no projeto. Para uma análise de investimentos, a
escolha recai sobre a alternativa que apresentar a maior TIR. Mas, uma alternativa será viável
somente se a TIR for superior à taxa mínima de atratividade, ou no mínimo igual a ela.
O cálculo da taxa interna de retorno é feito com o método das tentativas, e com
interpolação aritmética. Sua equação é expressa como segue:
Critério de decisão:
TIR > TMA ou taxa de desconto: o projeto pode ser aceito, pois o projeto proporciona retorno
superior ao retorno da aplicação pela TMA ou da taxa de desconto;
TIR < TMA ou taxa de desconto: o projeto é inviável (o retorno com a aplicação do capital
pela TMA é superior).
Por outro lado, apresenta como desvantagem, a necessidade de cuidados específicos, tais como:
57
• A TIR é obtida por iteratividade, o que torna muito difícil ser obtida manualmente.
• Supõe que todas as entradas de caixa são reinvestidas à taxa de retorno do projeto,
o que na prática nem sempre ocorre;
• Pode apresentar respostas múltiplas se os fluxos de caixa forem não
convencionais;
• Um projeto pode apresentar não apenas uma TIR, mas várias TIRs,
principalmente em projetos de investimento mutuamente excludentes, podendo
induzir a decisões incorretas.
• O método da TIR supõe que todas as entradas de caixa devem ser reinvestidas à
taxa de retorno do projeto, no caso, a própria TIR.
• Um mesmo projeto pode apresentar múltiplas TIR’s, caso haja mais de uma
inversão de sinal no fluxo de caixa do projeto.
• Calcular o valor futuro líquido dos fluxos com uma taxa de reinvestimento adequada com as
praticadas no mercado, que pode ser a TMA (VF dos Ingressos);
• Calcular o valor presente líquido dos fluxos de caixa negativos, com a taxa de desconto, que
pode ser a TMA ou uma taxa de financiamento compatível com as do mercado, que pode
ser a TMA (VP dos Desembolsos);
• Com os valores concentrados no instante zero e no período final, o cálculo da TIRM é feito
pela fórmula de cálculo da taxa de juros compostos: como segue:
58
Para projetos com fluxos periódicos uniformes divide-se o valor do investimento pelo
fluxo de caixa periódico, como segue:
Payback = Investimentos / FCp
59
Exemplo:
Ano 0 1 2 3 4 5
Fluxo de caixa -100 25 25 25 25 25
Resulta: Payback = 100/25 = 4 anos
Para projetos com fluxos periódicos não uniformes divide-se o valor do investimento
pelo fluxo de caixa periódico. Neste caso, é necessário pode se construir a partir do fluxo de
caixa descontado uma tabela de “amortização” do projeto para estabelecer o exato momento
de recuperação do investimento.
Exemplo:
Ano 0 1 2 3 4 5
Fluxo de caixa -100 20 30 30 40 30
Ano 0 1 2 3 4 5
Fluxo de caixa -100 20 30 30 40 30
Saldo -100 -80 -50 -20 20 50
Acumulado
Note-se que ao final do quarto ano o projeto já recuperou todo o investimento e já
“sobraram” $20. Para identificar em que momento do quarto ano o projeto recuperou o
investimento, aplica-se uma regra de três. Se em doze meses ganha-se $40, em quantos meses
se ganharia $20? De onde resulta seis meses. Então o período de Payback deste projeto é de
três anos e seis meses.
• não pode ser utilizado em análises de projetos onde os sinais do fluxo de caixa se
alternam mais de uma vez;
• não estabelece o valor máximo de período de retorno do investimento exigido para a
aceitação dos projetos;
• não é uma medida da lucratividade do investimento.
16) Indique o valor presente de uma série de fluxos com os seguintes valores, considerando
uma taxa de desconto de 8% ao ano: Ano 1: R$ 3.230, Ano 2: R$ 3.860, Ano 3: R$ 4.180.
( ) R$ 8.830.
( ) R$ 9.260.
( ) R$ 9.618.
( ) R$ 8.320.
17) Encontrando o custo do capital. Num projeto para a construção de um parque temático,
serão financiados 30% com recursos do BNDES, 20% com debêntures e 50% com capital dos
sócios. O custo do financiamento junto ao BNDES é 10% a.a., a debênture tem um custo de
15% a.a., e o custo de capital dos acionistas é 20% a.a. Desprezando-se o efeito de imposto de
renda, o retorno mínimo que o parque temático deverá ter, para ser interessante aos investidores,
é de:
( ) 20%
( ) 16%
( ) 15%
( ) 13%
( ) 10%
Com base nesse gráfico, qual é a decisão que o gerente financeiro deve tomar em relação
ao projeto da nova ração?
62
( ) 10,00% e 12,00%.
( ) 11,00% e 12,75%.
( ) 11,33% e 12,75%.
( ) 11,33% e 13,00%.
( ) 12,00% e 13,50%.
20) Suponha que você investiu R$ 1.500.000,00 para comprar um galpão industrial com 10.000
metros quadrados. Você pretende alugar esse galpão por R$ 45.000,00 anuais.
Suponha que você queira permanecer com o imóvel por 4 anos e vendê-lo ao final do quarto
ano por R$ 2.000.000,00.
Represente financeiramente os investimentos apresentados, preenchendo os campos em
branco.
t=
fluxo
21) Você investiu R$ 80.000,00 para comprar ações com cotação de R$ 4,00 por ação na data
de hoje. Os dividendos esperados são de R$ 0,20 por ação a cada ano. Sua expectativa é vender
cada ação por R$ 6,00 daqui a quatro anos.
Represente financeiramente os investimentos apresentados, preenchendo os campos em
branco.
t=
fluxo
63
t=
fluxo
23) O projeto Gênesis promete dar como retorno uma sequência de fluxos de caixa da seguinte
forma: R$ 1.800,00 em t = 1 ano, R$ 4.200,00 em t = 2 anos e, finalmente, R$ 5.600,00 em t =
3 anos. O custo necessário para implementar este projeto hoje é de R$ 9.000,00.
Represente financeiramente o projeto apresentado, preenchendo os campos em branco.
t=
fluxo
64
Atividades propostas
4ª Atividade: Considere a taxa de atratividade 25% a.a., calcular o payback simples, payback
descontado e a TIR das três alternativas.
( ) I e III.
( ) I e IV.
( ) I e V.
( ) II e III.
( ) II e IV.
69
25) Avaliação pelo método do VPL. O diretor de operações da Biomais Bebidas Ltda. deseja
substituir um equipamento de controle químico mecânico por outro eletrônico. Existem três
equipamentos candidatos: X, Y e Z. Apesar de o investimento inicial ser o mesmo para todos
os equipamentos, a magnitude e a época de ocorrência dos fluxos de caixa intermediários
diferem em razão dos custos operacionais definidos pelas especificações técnicas de cada
equipamento.
O custo médio ponderado de capital, tido como a taxa mínima de atratividade para a empresa,
é de 23% a.a. Os perfis de valor presente líquido (VPL) que sintetizam os resultados estão
representados na figura a seguir:
I. A análise da dinâmica dos fluxos de caixa líquidos do equipamento Y indica que a taxa interna
de retorno desse equipamento é de 34% a.a.
II. A melhor alternativa de investimento para a empresa é a escolha pelo equipamento X,
considerando a análise pelo VPL.
III. Se a taxa mínima de atratividade fosse para 27% a.a., a escolha pelo equipamento mais
viável não deveria ser alterada.
( ) II, apenas.
( ) III, apenas.
( ) I e II, apenas.
( ) I e III, apenas.
( ) I, II e III.
70
( ) I e III.
( ) I e IV.
( ) I e V.
( ) II e III.
( ) II e IV.
71
( ) I, apenas.
( ) II, apenas.
( ) I e III, apenas.
( ) II e III, apenas.
( ) I, II e III.
72
Alternativa 1
Transferência da fábrica para um país em que a legislação é omissa quanto ao assunto, visto
que as instalações atuais ainda têm uma vida econômica considerável. O diretor observou que
produtos à base de amianto foram banidos de todos os países com maiores [índices de
desenvolvimento humano. Embora o investimento necessário para a transferência seja
considerável, os países elegíveis para receber a fábrica caracterizam-se por apresentarem custos
de mão de obra baixos e elevado potencial de vendas. O Investimento é estimado em $ 250
milhões, com valor presente líquido (VPL) de $ 100 milhões e taxa interna de retorno (TIR) de
18,8%.
Alternativa 2
Adaptação das instalações atuais, visando a utilização de matérias-primas que causem menores
danos ao meio ambiente e à saúde humana. O investimento estimado é de R$ 200 milhões, com
VPL de R$ 75 milhões e TIR de 20%.
O retorno exigido, ajustado ao risco, de ambas as alternativas é de 15%, não havendo problemas
para captar os recursos necessários. Considerando as alternativas à disposição da empresa,
avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. Do ponto de vista financeiro, a empresa deverá optar pela alternativa com maior TIR.
PORQUE
II. A alternativa com maior TIR maximizará a riqueza do acionista e não causará danos ao meio
ambiente e à saúde.
5. PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Este custo é obtido mediante a aplicação de uma taxa de retorno mínima exigida pela
empresa (para seus investimentos ativos) sobre o investimento marginal (adicional) efetuado
em valores a receber.
O critério geral de análise de uma política de crédito, conforme será desenvolvido mais
adiante, prevê basicamente um confronto entre o retorno mínimo exigido pela empresa (ou o
custo do dinheiro utilizado no financiamento desse investimento adicional) e a variação em seus
resultados operacionais provocada pela introdução de determinada política de crédito (ou por
alterações em alguns de seus elementos). Evidentemente, se o custo for inferior ao resultado
operacional, sendo ambos medidos em termos marginais, tem-se uma atratividade econômica
pela aceitação da proposta, ocorrendo uma propensão de rejeição na situação inversa.
Mais claramente, uma maior liberalidade na prática de concessão descrédito de uma
empresa provoca normalmente um aumento das vendas (motivado por um maior volume de
vendas a prazo) e, consequentemente, de seus resultados. Outra consequência desse critério
mais frouxo de crédito, que conduz a um incremento das vendas a prazo, concentra-se na
necessidade de maiores investimentos em valores a receber.
Exemplificando: Uma empresa fabricante de peças para tomos mecânicos, está atualmente
vendendo um produto por R$ 10,00 a unidade. As vendas (todas a crédito) do ano mais recente
foram de 60.000 unidades. O custo variável unitário é de R$ 6,00 e o custo fixo total é de R$
120.000,00.
A empresa está pretendendo flexibilizar os padrões de crédito e espera-se que essa
medida acarrete um acréscimo de 5% nas vendas, para 63.000 unidades, um aumento no período
médio de cobrança (PMC) do seu nível atual de 30 para 45 dias, e um aumento no nível atual
de devedores duvidosos de 1% para 2% sobre as vendas. O retorno exigido pela empresa sobre
investimentos de igual risco, o qual corresponde ao custo de oportunidade do comprometimento
de fundos com as duplicatas a receber, é de 15% ao ano.
Para determinar se a Empresa deve adotar padrões de crédito mais flexíveis, é necessário
calcular o efeito sobre a contribuição adicional aos lucros, decorrentes das vendas, o custo do
investimento marginal em duplicatas a receber e o custo Marginal com devedores duvidosos.
Contribuição Adicional aos Lucros: Decorrentes das vendas pode-se calcular facilmente a
contribuição adicional aos lucros que se espera das vendas como resultado da flexibilidade dos
padrões de crédito. Como os custos fixos não mudam devido a alterações no nível de vendas,
apenas o custo variável unitário seria relevante na análise. Espera-se que as vendas aumentem
em 5%, ou 3.000 unidades. A margem de contribuição por unidade será igual à diferença entre
o preço unitário de venda (R$ 10,00) e o custo variável unitário (R$ 6,00), ou seja R$ 4,00.
Portanto, a contribuição adicional total aos lucros será de R$ 12.000,00 (3.000 unidades x R$
4,00 por unidade).
Custo do Investimento Marginal em Duplicatas a Receber: Pode-se calcular o custo do
investimento marginal em duplicatas a receber, obtendo-se a diferença entre o custo de manter
74
duplicatas antes e após a introdução dos padrões de crédito mais flexíveis. Como nossa única
preocupação refere-se às saídas efetivas de caixa, os custos variáveis constituem-se na variável
relevante da análise (os custos fixos não são afetados por essa decisão). O investimento médio
em duplicatas a receber pode ser calculado usando-se a seguinte fórmula:
Investimento médio em duplicatas a receber = Custo variável total das vendas anuais
Giro das duplicatas a receber
O custo variável total das vendas anuais sob os planos propostos e atual pode ser obtido
conforme descrito abaixo:
O cálculo do custo variável total para ambos os planos envolve o uso direto do custo
variável unitário de R$ 6,00. Assim, esse custo será de R$ 378.000,00 para o plano proposto e
R$ 360.000,00 para o plano atual. Portanto, a implementação do plano proposto causará uma
elevação dos custos variáveis em R$ 18.000,00.
O giro das duplicatas a receber refere-se ao número de vezes por ano que as duplicatas
da empresa são de fato, convertidas em caixa. Para encontrar o giro divide-se 360 pelo período
médio de cobrança (PMC).
Pode-se ver que, com a implantação do plano proposto, o giro de duplicatas a receber
cairá de 12 para 8 vezes por ano.
Substituindo-se na equação os dados de custo e giro calculados acima para cada caso,
resultam os seguintes investimentos médios em duplicatas a receber:
Calcula-se o investimento marginal em duplicatas a receber, bem como seu custo, da seguinte
forma:
Deve estar claro que se calculou o custo de investir mais R$ 17.250,00 em D/R, multiplicando
por -15% (o retomo exigido sobre o investimento). O valor restante de R$ 2.587,50 é
considerado um custo, porque apresenta o valor máximo que poderia ter sido ganho sobre os
R$ 17.250,00, caso fosse aplicados na melhor alternativa de investimento de idêntico risco
disponível.
Acha-se o custo marginal com devedores duvidosos, tomando a diferença entre o nível
de incobráveis antes e após a flexibilidade dos padrões de crédito conforme descrito a seguir:
duvidosos, a empresa deve flexibilizar seus padrões de crédito, conforme proposto. A adição
líquida aos lucros totais, resultante de tal ação, seria de R$ 2.812,50 por ano.
Efeitos de uma flexibilização dos padrões de crédito da empresa:
A técnica aqui descrita para se tomar uma decisão sobre de crédito também é usada
frequentemente para avaliar outros tipos de mudanças na administração de duplicatas a receber.
Se a empresa do exemplo estivesse pensando em adotar padrões mais restritivos de crédito, o
custo teria sido uma redução na margem de contribuição, e o retomo teria sido uma redução no
custo marginal do investimento em duplicatas a receber e em devedores duvidosos.
Desconto financeiro:
Pode-se verificar que os cálculos são bastante semelhantes aos apresentados para
decisão dos padrões de crédito, exceto para o elemento final, "Custo do desconto financeiro".
Esse custo de R$ 7.560,00 reflete o fato de que os lucros serão reduzidos em consequência de
se aproveitar o desconto de 2% sobre 60% do novo nível de vendas. A empresa pode aumentar
o lucro em R$ 9.427,50 introduzindo o desconto proposto; portanto, tal ação parece
aconselhável. Esse tipo de análise também pode ser aplicado a decisões quanto à eliminação
ou redução de descontos financeiros.
Anotações:
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Exercícios:
29) A Empresa ADM Ltda está pensando em estender seu período de crédito de 36 dias para
48 dias. A empresa fatura R$ 4.450.000,00 anualmente pela venda que é equivalente a 445.000
unidades, enquanto seus custos variáveis são de R$ 7,70 para cada unidade. A mudança nas
condições de crédito deve elevar as vendas para R$ 4.700.000,00 ou 470.000 unidades e as
perdas com incobráveis devem subir de 1,2% para 1,5% das vendas. E empresa exige uma taxa
de retorno de 6,5% sobre investimentos de idêntico risco. Considere que a empresa possui um
custo fixo anual de R$ 1.000.000,00. Para sua conclusão de decisão você deve realizar os
seguintes cálculos:
a) Que contribuição adicional ao lucro proveniente das vendas será conseguida com a
mudança?
b) Qual a diferença entre o investimento médio em duplicatas a receber para o plano proposto
e atual?
30) Você é responsável pela definição da estratégia da Empresa ADM Ltda e recebe uma
proposta do Gerente de Vendas para promover uma promoção que propõe um aumento nos
prazos de pagamentos de nossas vendas dos atuais 30 dias para 45 dias. Você como diretor
financeiro deve avaliar a proposta considerando que a empresa passaria a vender de R$
7.800.000,00 por ano para 7.905.000,00. Conforme informação do próprio gerente de vendas,
e sua equipe financeira tem conseguido buscar recursos a 10,5% a.a. Sua área de controladoria
informou que atualmente nossos produtos estão atingindo 85% de custo variável. Observação
feita pelo responsável do departamento de contas a receber de que esta promoção proposta
elevaria o percentual de devedores duvidosos dos atuais 1,1% para 1,3%. Considere que a
empresa possui um custo fixo anual de R$ 900.000,00. Para sua conclusão de decisão você deve
realizar os seguintes cálculos:
a) Que contribuição adicional ao lucro proveniente das vendas será conseguida com a
mudança?
b) Qual a diferença entre o investimento médio em duplicatas a receber para o plano proposto
e atual?
31) Você é responsável pela definição da estratégia da Empresa ADM Ltda e recebe uma
proposta do Gerente de Vendas para promover uma promoção que propõe um aumento nos
prazos de pagamentos de nossas vendas dos atuais 25 dias para 40 dias. Você como diretor
financeiro deve avaliar a proposta considerando que a empresa passaria a vender de 785.000
unidades por ano para 810.000 unidades que são vendidos a R$ 12,40, conforme informação
do próprio gerente de vendas, e sua equipe financeira tem conseguido buscar recursos a 16%
a.a. Sua área de controladoria informou que atualmente nossos produtos estão atingindo R$
9,80 de custo variável por unidade e estamos com um custo fixo anual de R$ 1.500.000,00.
Observação feita pelo responsável do departamento de contas a receber de que esta promoção
proposta elevaria o percentual de devedores duvidosos dos atuais 1% para 1,4%. Para sua
conclusão de decisão você deve realizar os seguintes cálculos:
a) Que contribuição adicional ao lucro proveniente das vendas será conseguida com a
mudança?
b) Qual a diferença entre o investimento médio em duplicatas a receber para o plano proposto
e atual?
32) Suponha que a empresa ADM Ltda esteja pretendendo introduzir um desconto financeiro
de 3% para o pagamento à vista. O atual período médio de cobrança é trinta dias [giro =
(360/30) = 12, as vendas a crédito somam 60.000 unidades e o custo variável por unidade é R$
6,00. A empresa espera que, com a introdução do desconto financeiro, 50% de suas vendas
passarão a ser feitas com desconto e as vendas aumentarão em 6%, para 63.600 unidades. O
período médio de cobrança deve cair para vinte dias [giro = (360/20) = 18. Espera-se que a
perda com devedores duvidosos caia do nível atual de 1% para 0,5% das vendas. O retorno
exigido pela empresa sobre investimentos de igual risco permanece em 15%. Considere que o
preço de venda unitário é de R$ 10,00 e a empresa possui um custo fixo anual de R$ 500.000,00.
Calcule o que se pede:
a) Que contribuição adicional ao lucro proveniente das vendas será conseguida com a
mudança?
b) Qual a diferença entre o investimento médio em duplicatas a receber para o plano proposto
e atual?
33) Planejamento financeiro. A Cia. Alonso de Auto Peças Ltda. distribui peças para oficinas
de reparo de automóveis localizadas em grande área metropolitana. Embora se trate de um
mercado competitivo, a Cia. Alonso gostaria de oferecer níveis de estoque adequados às
oficinas atendidas, ao mesmo tempo em que deseja maximizar seus lucros. Ela é sabedora de
que, à medida que aumenta a percentagem média de atendimentos aos clientes (nível de
serviço), maior é seu custo de estoques. A fim de determinar a influência dos níveis de estoque
no percentual de atendimento aos clientes, a Alonso fez um levantamento dos principais itens
de seu estoque nos últimos seis meses. A seguinte tabela foi preparada:
A partir dos dados apresentados nessa tabela, pode-se concluir que o maior lucro ocorrerá
quando o nível de serviço for equivalente a:
( ) 80%
( ) 85%
( ) 90%
( ) 95%
( ) 98%
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O gráfico abaixo representa a distribuição normal padrão (média igual a 0 e desvio-padrão igual
a 1), em que as percentagens representam as probabilidades entre os valores de desvio-padrão.
( ) 84,13%.
( ) 68,26%.
( ) 34,13%.
( ) 15,87%.
( ) 13,60%.
35) Planejamento financeiro. As vendas de uma concessionária de carros nos últimos cinco
meses foram de 450, 750, 450, 400 e 350.
A previsão para o próximo mês, utilizando o método de média móvel trimestral, é 400 unidades.
PORQUE
A média móvel trimestral é a média de todos os elementos de uma série temporal durante um
ano.
I. permite que uma empresa entre em mercados estrangeiros, com vantagem em relação às
empresas já estabelecidas naqueles mercados;
II. é considerada uma prática leal de comércio;
III. pode provocar o desmantelamento da indústria nacional de um país, se for implementada
por uma empresa estrangeira.
A segunda opção é alugar um local pronto, com 9.000 m², de área construída e alugar
terreno ao lado, que pertence à outro proprietário, também de R$ 9.000 m², o qual o atual
proprietário pensa em vender por R$ 3.500.000,00, ou alugar com um contrato de 5 anos, pelo
valor de R$ 10.000,00 mensais. A localização é em bairro predominantemente residencial
próximo ao centro da cidade, sem estacionamento rotativo.
Sabendo-se que os sócios possuem patrimônio comprovado, que podem deixar como
garantias das operações de financiamentos, avalie a melhor alternativa:
• Financia terreno e construção em até 60% com custo de 8,5% a.a., pela tabela SAC em
até 180 meses.
• Não financia máquinas e equipamentos, pois não possui linha de crédito específica.
• Financia terreno e construção em até 80% com custo de 9,5% a.a., pela tabela SAC em
até 240 meses.
• Financia 100% das máquinas, equipamentos e móveis para escritório a uma taxa de 6%
a.a., pelo prazo de 96 meses, pela tabela price, desde que o terreno e a construção sejam
financiados na instituição.
87
Não satisfeitos com as condições que encontraram nos bancos onde são clientes, os 02
sócios procuraram uma terceira alternativa. Considere agora que a empresa encontrou uma 3a
instituição financeira chamada Banco Oeste S.A. que se propôs a financiar:
a) O terreno e construção em até 80% com custo de 10,5% a.a., pela tabela SAC em até 240
meses.
b) Financiar 80% das máquinas, equipamentos e móveis para escritório a uma taxa de 8%
a.a., pelo prazo de 120 meses, pela tabela SAC, desde que o terreno e a construção sejam
financiados na instituição.
Embora as fusões e aquisições devam ser usadas para aumentar o valor da ação da
empresa, elas também são empregadas por vários outros motivos:
• expansão externa, com a aquisição do controle de outra empresa;
• diversificação de linhas de produtos, ou geograficamente etc.;
• redução de impostos;
• aumento da liquidez do investimento do proprietário.
• As empresas também fazem fusões ou aquisições para obter sinergia em suas operações.
A sinergia é representada pelas economias de escala que resultam dos custos gerais das
empresas combinadas.
• As empresas também podem se combinar para aumentar sua capacidade de captação
de fundos quando uma empresa ‘cheia de caixa’ une-se a uma empresa desprovida de
fundos.
• As empresas às vezes se unem para adquirir capacidade gerencial ou tecnologia quando
se sentem incapazes de desenvolver-se integralmente por força de deficiências nessas
áreas.
• Em outros casos, uma empresa pode fundir-se com outra para adquirir prejuízos
transferíveis para o futuro, já que o prejuízo pode ser deduzido apenas parcialmente do
lucro futuro da empresa adquirida.
• A fusão de duas empresas pequenas ou de uma empresa pequena com uma empresa
grande pode dar aos proprietários das primeiras maior liquidez em virtude da maior
negociabilidade associada às ações de uma empresa maior.
• Ocasionalmente, uma empresa que é alvo de uma tentativa indesejada de aquisição de
controle poderá comprar outra empresa como mecanismo de defesa, assumindo dívidas
adicionais, eliminando sua atratividade como objeto de aquisição.