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LABORATÓRIO CONTÁBIL III

Prof. MS.c. Erivelto Fioresi


EMENTA

Ativos Não Circulantes – Investimentos. Ativos


Não Circulantes - Imobilizado e Intangível.
Provisão Versus Reservas. Patrimônio Líquido.
Combinações de Negócios. Consolidação de
Balanços. Estruturação das Demonstrações
Contábeis.

Laboratório Contábil III


OBJETIVOS

Compreender e interpretar com maior


profundidade e clareza os diversos tipos de
informações socioeconômicas, financeiras e
contábeis das organizações públicas e privadas;

Apresentar uma síntese dos principais temas


relacionados à contabilidade avançada, os
principais procedimentos relacionados à
elaboração de demonstrações contábeis
consolidadas e operações de incorporação, fusão
e cisão de empresas a fim de desenvolver nos
alunos conhecimentos necessários para essas
competências.
Laboratório Contábil III
PROGRAMA
ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INVESTIMENTOS:
Avaliação de Investimentos, Tipos de Investimentos,
Investimentos em Coligadas e Controladas, Métodos
de Avaliação de Investimentos Não Circulantes:
Método de Custo e Método de Equivalência
Patrimonial.

ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO E


INTANGÍVEL: Imobilizado, Subtrações do Imobilizado,
Intangível, Amortização, Exaustão.

PROVISÃO VERSUS RESERVAS: Provisão como


conta redutora do Ativo, Provisão como Exigível,
Reservas versus Provisão para Contingências;
Laboratório Contábil III
PROGRAMA
PATRIMÔNIO LÍQUIDO: Capital, Reservas, Ações em
Tesouraria e Dividendos.

COMBINAÇÕES DE NEGÓCIOS: Fusão, Incorporação


e Cisão.

MATRIZ E FILIAL: Conceitos Básicos, Contabilidade de


filiais, Avaliações de Mercadorias transacionadas entre
matriz e filial.

CONSOLIDAÇÃO DE BALANÇOS: Aspectos Legais da


Consolidação, Técnicas de Consolidação.

Laboratório Contábil III


PROGRAMA
ESTRUTURAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS:

•Balanço patrimonial,
•Demonstração do resultado do exercício,
•Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados,
•Demonstração das mutações do PL,
•Demonstração de Fluxo de Caixa;
•Demonstração de Valor Adicionado.

Laboratório Contábil III


REFERÊNCIAS
Básica
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS,
Ariovaldo. Manual de Contabilidade Societária. Aplicável a todas as sociedades de
acordo com as normas internacionais e do CPC. São Paulo: Atlas, 2010.

IUDÍCIBUS, Sérgio de, MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 9 ed. São
Paulo: Atlas, 2010

LAURETTI, Lélio. Relatório anual. São Paulo: Saraiva, 1998.

Complementar
KOHAMA, Helio. Balanços públicos: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 1999.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1996.

PALMA, Vera Helena. Departamento pessoal modelo. 2 ed. São Paulo: LTR, 2000.

PISCITELLI, Roberto Bocaccion, TIMBÓ, Maria Zulene Farias. Contabilidade


Pública: uma Abordagem da Administração Financeira Pública. 11 ed. São Paulo:
Atlas, 2010

SANTOS, José Luiz dos, SCHMIDT, Paulo. Fundamentos de Contabilidade


Societária. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2005.

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES

INVESTIMENTOS

Avaliação de Investimentos:
Lei 6.404/76 alterada pela 11.638/07 e 11.941/09

 Método de Custo;
 Método de Valor Justo (Fair Value);
 Método da Equivalência Patrimonial.
• Utilizado para avaliar investimentos
permanentes em coligadas e controladas
(inclusive controladas em conjunto).

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos
Investimentos de caráter permanente
São os investimentos destinados a produzir benefícios pela sua
permanência na empresa.

 Classificados como Investimentos no Balanço Patrimonial.


BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
INVESTIMENTOS PATRIMÔNIO LÍQUIDO
IMOBILIZADO CAPITAL
INTANGÍVEL RESERVAS
LUCROS RETIDOS (PREJUÍZOS
ACUMULADOS) Laboratório Contábil III
ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos
são classificados em investimentos:

As participações permanentes em outras sociedades e os


direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo
circulante, e que não se destinem à manutenção da
atividade da companhia ou da empresa.
LEI 6.404/76 Art. 179 item III.

Também não classificáveis no Realizável a longo prazo.

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos
Os Investimentos de classificam em dois tipos de ativos:

Participações Permanentes em outras sociedades.


(MEP)
Investimentos em outras sociedades na forma de
participação em seu capital social por meio de ações.

Propriedades para investimentos. (Custo ou Fair Value)


Segundo CPC 28, propriedade mantida para ter rendas
ou para valorização de capital ou para ambas.

Outros Investimentos permanentes.


Imóveis mantidos sem produção de renda (para
expansão futura ou transferência), obras de arte.
Laboratório Contábil III
As aplicações em participações em outras sociedades,
devem ser contabilizadas de acordo com a essência do
relacionamento entre investidor e investida:

Cenários

Controle Influência Pouca/Nenhuma


Controle Conjunto Significativa Influência

Consolidação Consolidação Equivalência Valor Justo ou


Integral Proporcional Patrimonial Custo

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos

Método do Custo:

São avaliados pelo método do custo os investimentos em


títulos patrimoniais de outras sociedades, quando
classificados no subgrupo investimento no Ativo Não
Circulante, desde que tais sociedades não sejam
consideradas coligadas ou controladas (inclusive
controladas em conjunto).

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos
Método do Custo:

Os investimentos são registrados pelo custo de aquisição,


deduzidos de provisão para perdas.

Custo de aquisição: é o valor efetivamente despendido na


transação. São incluídos como parte do custo todos os
gastos incrementais necessários à colocação do ativo em
condição de uso:

Transporte – Tributos – Comissões, etc.

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos
Método do Custo:

Perdas estimadas: Deverão ser reconhecidas as perdas


prováveis na realização do valor do investimento quando
comprovadas como permanentes.

Teste de impairment (CPC-01) Redução do valor


recuperável do ativo: É considerar a perda de valor do
ativo em função da comparação do valor contábil (book
value) com dois valores, o Valor Líquido de Venda e o
Valor de Uso, dos dois o maior.

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos
Evidências de Perdas:
(a) durante o período, o valor de mercado do ativo
diminuiu significativamente, mais do que seria de se
esperar como resultado da passagem do tempo ou do uso
normal;

(b) mudanças significativas com efeito adverso sobre a


entidade ocorreram durante o período, ou ocorrerão em
futuro próximo, no ambiente tecnológico, de mercado,
econômico ou legal, no qual a entidade opera ou no
mercado para o qual o ativo é utilizado;

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos
Evidências de Perdas:
(c) as taxas de juros de mercado ou outras taxas de
mercado de retorno sobre investimentos aumentaram
durante o período, e esses aumentos provavelmente
afetarão a taxa de desconto utilizada no cálculo do
valor em uso de um ativo e diminuirão materialmente o
valor recuperável do ativo;

(d) o valor contábil do patrimônio líquido da entidade é


maior do que o valor de suas ações no mercado;

(e) evidência disponível, proveniente de relatório


interno, que indique que o desempenho econômico de
um ativo é ou será pior que o esperado;
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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos
Evidências de Perdas:
Uma empresa tem ações de outra companhia, as quais
não lhe conferem influência significativa ou controle, bem
como não possuem um preço de cotação em um mercado
ativo e seu valor justo não pode ser mensurado com
confiabilidade.

-Valor do investimento R$ 100.000;


- Classificado no Realizável a Longo Prazo;
- Reconhecimento inicial pelo custo e efetuado impairment
test;
- Após análise conclui-se que seu valor líquido realizável é
de 50% do book value.

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos

Reconhecer as perdas estimadas de 50.000.

1 – Aquisição do Investimento
Débito Crédito
Participações em outras empresas 100.000
(Investimento temporário a Longo Prazo)
Disponibilidades 100.000
2 – Reconhecimento de Perdas estimadas
Débito Crédito
Despesas com perdas prováveis na 50.000
realização de investimentos (Resultado)
Perdas Estimadas (Investimento temporário 50.000
a Longo Prazo)

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos

No futuro o investimento é vendido por R$ 70.000 em


espécie.

Débito Crédito
Disponibilidades 70.000
Perdas Estimadas (Investimento temporário 50.000
a Longo Prazo)
Participações em outras empresas 100.000
(Investimento temporário a Longo Prazo)
Ganhos e perdas na alienação de 20.000
investimento (Resultado)

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos

No Método do Custo, as receitas dos investimentos são


reconhecidas pelos dividendos.

Débito Crédito
Dividendos Propostos (outros créditos no xx.xxx
ativo circulante)
Dividendos e rendimentos de outros xx.xxx
investimentos (Resultado – Outras receitas
e despesas operacionais)

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos
Método da Equivalência Patrimonial:

Os investimentos são reconhecidos na investidora no


momento de sua geração do resultado, ou quaisquer
outras variações patrimoniais, na investida, independente
de serem distribuídos ou não por esta.

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos
Método da Equivalência Patrimonial:

Pelo método de equivalência patrimonial, um


investimento em coligada e em controlada (neste caso,
no balanço individual) é inicialmente reconhecido pelo
custo e o seu valor contábil será aumentado ou diminuído
pelo reconhecimento da participação do investidor nos
lucros ou prejuízos do período, gerados pela investida
após a aquisição. A parte do investidor no lucro ou
prejuízo do período da investida é reconhecida no lucro
ou prejuízo do período do investidor.

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos
Aplicação do Método de Equivalência

Lei 4.604/76 Art. 248: Estabelece para as Sociedades por


Ações a obrigatoriamente a adoção do método da
Equivalência Patrimonial na avaliação de investimentos em
coligadas, controladas e em outras sociedades que façam
parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle
comum.

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos
Aplicação do Método de Equivalência

EMPRESA
A

60% 100% 80% 70%

EMPRESA EMPRESA EMPRESA


B C D

5% 8%
12%
EMPRESA
E

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos
Essência do Método de Equivalência

Se origina de algo como “que equivale a parte do


patrimônio líquido da investida”.

CPC 18 define como:

“Método de contabilização por meio do qual o investimento


é inicialmente reconhecido pelo custo e posteriormente
ajustado pelo reconhecimento da parte do investidor nas
alterações dos ativos líquidos da investida.

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos
Essência do Método de Equivalência

O valor do investimento é determinado mediante a


aplicação, sobre o valor de cada mutação do Patrimônio
Líquido da investida, da percentagem de participação em
seu capital.

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos
Essência do Método de Equivalência

% de Lucro Equivalência Valor Valor


Participa Líquido Patrimonial Contábil Contábil
ção no Apurado Inicial Final
capital
Empresa B 15% 958.773 143.816 250.000 393.816
Empresa C 25% 1.402.928 350.732 820.000 1.170.732
Empresa D 40% (172.150) (68.860) 640.000 571.140
Empresa E 90% 138.698 124.828 380.000 504.828
Total 550.516 2.090.000 2.640.516

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos
Essência do Método de Equivalência

O saldo do investimento avaliado pelo MEP, será pelo


valor patrimonial dessa participação, como se observa na
Lei 4.604/76 Art. 248 Incisos:

I - o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada


será determinado com base em balanço patrimonial ou
balancete de verificação levantado, com observância das normas
desta Lei, na mesma data, ou até 60 (sessenta) dias, no máximo,
antes da data do balanço da companhia; no valor de patrimônio
líquido não serão computados os resultados não realizados
decorrentes de negócios com a companhia, ou com outras
sociedades coligadas à companhia, ou por ela controladas;
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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos
II - o valor do investimento será determinado mediante a
aplicação, sobre o valor de patrimônio líquido referido no
número anterior, da porcentagem de participação no capital da
coligada ou controlada;

III - a diferença entre o valor do investimento, de acordo


com o número II, e o custo de aquisição corrigido
monetariamente; somente será registrada como resultado do
exercício:
a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou
controlada;
b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas
efetivos;
c) no caso de companhia aberta, com observância das
normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Laboratório Contábil III
ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos
Segregação do investimento inicial

Decreto Lei 1.598/77 e Instrução CVM nº 01/78 e agora o


CPC a partir de 2010.

Determinam a necessidade de contabilizar o valor pago a


mais do que o valor contábil adquirido segregando a parte
decorrente da diferença de valor mercado, da parte
decorrente de expectativa de rentabilidade futura
(goodwill).

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos
Supondo-se que se tenha comprado, por R$ 5.000.000,
30% do patrimônio líquido de uma investida que tenha
patrimônio liquido de R$ 12.000.000; pagou-se então R$
1.400.000 a mais do que a parte proporcional contábil
adquirida (R$ 12.000.000 x 30% = R$ 3.600.000). Pagou-
se por dois motivos:

- Olhando-se os valores justos dos ativos e passivos da


investida, nota-se que o imobilizado vale R$ 1.000.000
mais do que seu valor líquido contabilizado, bem como há
uma patente criada pela própria empresa e por isso não
contabilizada, que pode ser negociada normalmente no
mercado por R$ 500.000.

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos

Assim, o patrimônio líquido da investida, a valores justos, é


de R$ 13.500.000; 30% dessa importância correspondem
a R$ 4.050.000; vê-se então que se pagou R$ 450.000 por
mais-valia dos ativos líquidos (R$ 4.050.000 – R$
3.600.000 de valor contábil)

- O excedente a esses R$ 4.050.000 (ou seja R$ 950.000)


é pagamento por conta de expectativa de rentabilidade
futura (goodwill)

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos

Débito Crédito
Participações em outras empresas 3.600.000
(Investimento Permanentes)
Mais-valia sobre os ativos liquidos das 450.000
investidas (Investimento Permanentes)
Ágio por rentabilidade Futura (goodwill) 950.000
(Investimento Permanentes)
Disponibilidades 5.000.000

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos

Lucro ou Prejuízo do Exercício:


Débito Crédito
Participações em outras empresas xx.Xxx
(Investimento Permanentes)
Receita de Equivalência Patrimonial xx.xxx
(Resultado – Outras receitas e despesas
operacionais)

Débito Crédito
Despesa de Equivalência Patrimonial xx.xxx
(Resultado – Outras receitas e despesas
operacionais)
Participações em outras empresas xx.xxx
(Investimento Permanentes)

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos

Dividendos Distribuídos:

Débito Crédito
Disponibilidades xx.xxx
Participações em outras empresas xx.xxx
(Investimento Permanentes)

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos

Resultados não realizados:

Débito Crédito
Lucros não Realizados (Resultado) xx.xxx
Lucros a Apropriar/Diferido (Passivo não xx.xxx
Circulante)

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - Investimentos

Exercícios:

- Disponíveis no portal.

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO
Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado
Correlação com a norma internacional IAS 16

CONCEITO

“Os direitos que tenham por objetos bens corpóreos


destinados à manutenção das atividades da companhia
ou da empresa ou exercidos com esse finalidade,
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à
companhia os benefícios, riscos e controle desses
bens.” (LEI 6.404/76 ART 179 ITEM IV)

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO

CONCEITO

Ativo imobilizado é o item tangível que:

I – é mantido para uso na produção ou fornecimento de


mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou
para fins administrativos; e

II – se espera utilizar por mais de um período.

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO
Aspectos Importantes a observar:

I - Os Ativos intangíveis antes reconhecidos no


Imobilizados, agora figuram no grupo Intangível.
Pronunciamento Técnico CPC 04 – Ativo Intangível

II – O ativo para ser reconhecido no imobilizado não


precisa necessariamente pertencer à entidade do
ponto de vista jurídico. A entidade que controla o ativo
precisa:

Usufruir dos benefícios e assumir os riscos


proporcionados pelo ativo em suas operações.

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO
Aspectos Importantes a observar:

III – Bens de caráter permanente que não são


destinados ao uso nas operações, mas que poderão vir
a ser utilizadas em futuras instalações (Imóveis,
terrenos) deverão ser classificadas no grupo
investimento (Outros Investimentos Permanentes).

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO

CRITÉRIOS DE RECONHECIMENTO

Um ativo deve ser reconhecido como imobilizado se, e


apenas se:

I – for provável que futuros benefícios econômicos


associados ao item fluirão para a entidade; e

II – o custo do item puder ser mensurado


confiavelmente.

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO / MENSURAÇÃO

O ativo deverá ser reconhecido pelo CUSTO de


aquisição.

Preço de compra,
incluindo todos os O custo do
Custo de desmontar,
custos necessários para Imobilizado
remover e reinstalar.
colocá-lo em compreende:
funcionamento
•Frete
•Seguro
•Impostos não recuperáveis
•Gastos com instalação
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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO
MENSURAÇÃO APÓS O RECONHECIMENTO

CUSTO REAVALIAÇÃO

Imobilizado permanece Imobilizado é reavaliado


avaliado pelo custo, pelo fair value e a vida
deduzido das útil do ativo é alterada.
depreciações
Apesar de o CPC prever a
acumuladas e perdas por
possibilidade, não permitido
Impairment. pela Legislação Brasileira.

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO

GASTOS DE CAPITAL vs GASTOS DO PERÍODO

Os gastos relacionados com os bens do Ativo


Imobilizado podem ser de duas naturezas:

Gastos de capital: São os que irão beneficiar mais de


um exercício social e devem ser adicionados ao valor
do Ativo Imobilizado, desde que atendam às condições
de reconhecimento de um ativo.

Ex.: Custos de aquisição, instalação e montagem, etc.

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO

GASTOS DE CAPITAL vs GASTOS DO PERÍODO

Gastos do Período: São os que devem ser agregados


às contas de despesas do período, pois só beneficiam
um exercício e são necessários para manter o
imobilizado em condições de operar não aumentando o
valor. Não é provável que esses gastos tenham
potencial de gerar benefícios econômicos futuros para
entidade. Logo, não podem ser reconhecidos como
ativo, mas sim como despesa.

Ex.: manutenção e reparos, etc.

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO

DEPRECIAÇÃO

Reconhecimento do consumo do benefício econômico


do ativo.

Os elementos do ativo imobilizado têm um período


limitado de vida útil econômica. Exceto terrenos.

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO

DEPRECIAÇÃO

A vida útil de um item do imobilizado é definida em


termos da utilidade esperada do ativo para a entidade:

I – Período de tempo durante o qual a entidade espera


utilizar o ativo; ou

II – Número de unidades de produção ou de unidades


semelhantes que a entidade espera obter pela
utilização do ativo.

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO

DEPRECIAÇÃO

Fatores que devem ser considerados na determinação


da vida útil. Proveniente da
mudança ou
melhoria da Tais como
produção ou datas de
Uso esperado do
demanda de término de
ativo
Desgaste físico mercado arrendamento
normal esperado mercantil
Baseado na Obsolescência
capacidade ou Depende de técnica
produção física Limites legais sobre
fatores
esperada do o uso do ativo
operacionais
ativo (nº de turnos)
programa de
manutenção.
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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO

DEPRECIAÇÃO
Exemplo:

AERONAVES

Cada parte do Ativo - Motor


Imobilizado com custo - Pneus
- Mobiliário interno
significativo em
relação ao custo total
do ativo, deve ser
Se a vida útil e o método de
depreciado depreciação forem iguais, elas
SEPARADAMENTE. poderão ser agrupadas para o
cálculo da depreciação.

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO

DEPRECIAÇÃO - CONTABILIZAÇÃO

D – DESPESA DE DEPRECIAÇÃO (resultado)

C – (-) DEPRECIAÇÃO ACUMULADA (redutora


do ativo)

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO

MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO

O método empregado deve refletir o padrão de


consumo dos benefícios econômicos futuros
proporcionados pelo ativo imobilizado.

Valor Depreciável:
É a diferença entre o valor do custo
pelo qual o ativo está reconhecido e Valor Residual:
o Valor Residual é o valor estimado que a entidade
obteria com a venda do ativo, após
deduzir as despesas estimadas de
venda, caso o ativo já tivesse a idade
e a condição esperadas para o fim de
sua vida útil.
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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO

MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO

MÉTODO DE QUOTAS CONSTANTE

A depreciação é calculada dividindo-se o valor


depreciável pelo tempo de vida útil do bem.

Custo: R$ 10.000
Valor Residual: R$ 2.500
Vida útil estimada: 5 anos

Depreciação: R$ 1.500 /ano  R$ 125 /mês


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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO
MÉTODO DA SOMA DOS DÍGITOS DO ANO

1º - Somatório dos algarismos que compõem o número


de anos de vida útil do bem:

1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15

2º - A depreciação de cada ano é calculada pela


multiplicação do quociente entre o tempo restante de
vida útil (n), (n-1), (n-2) etc, e a somatória do primeiro
passo.

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO
MÉTODO DA SOMA DOS DÍGITOS DO ANO

Custo: R$ 10.000
Valor Residual: R$ 2.500
Vida útil estimada: 5 anos

Depreciação: R$ 1.500 /ano  R$ 125 /mês


ANO VALOR DEPRECIÁVEL FRAÇÃO DEPRECIAÇÃO
1 R$ 7.500 5/15 R$ 2.500
2 R$ 7.500 4/15 R$ 2.000
3 R$ 7.500 3/15 R$ 1.500
4 R$ 7.500 2/15 R$ 1.000
5 R$ 7.500 1/15 R$ .500

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO
MÉTODO DA SOMA DOS DÍGITOS DO ANO

Título do Gráfico
25

20

15

10

0
1 2 3 4 5
Manutenção Depreciação

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO
MÉTODO DE UNIDADES PRODUZIDAS

Estimativa do número total de unidades que devem ser


produzidas pelo bem a ser depreciado.

Quota de Depreciação=

Nº de unidades produzidas no ano X


Nº de unidades a serem produzidas durante a vida útil

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO
MÉTODO DE HORAS DE TRABALHO

Estimativa do total de horas de trabalho da vida útil do


bem.

Quota de Depreciação=

Nº de horas de trabalho no ano Y


Nº de horas de trabalho durante a vida útil

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO
REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL -
IMPAIRMENT

Valor recuperável é o maior valor


entre o preço líquido de venda e o
valor de uso

Se o valor do
Verificar se o ativo for maior
Ativo representa Teste de que o valor de
o valor impairment recuperação –
recuperável registra perda
por impairment

Esta revisão deve ser feita a cada


balanço. A norma sugere no mínimo
uma vez ao ano.

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO

Valor Líquido de Venda:

É o valor obtido pela venda do ativo em uma transação


em condições normais envolvendo partes
conhecedoras e independentes, deduzindo das
despesas necessárias para que essa venda ocorra.

Formas de estimação – CPC 01

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO

Valor em uso do ativo:

É o valor presente dos fluxos de caixa futuro estimados


(benefícios econômicos futuros esperados do ativo)
decorrentes do seu emprego ou uso nas operações da
entidade.

Formas de estimação – CPC 01

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - IMOBILIZADO
ASPECTOS IMPORTANTES

A taxa de desconto deve refletir as avaliações atuais de mercado sobre o


valor da moeda ao longo do tempo e os riscos específicos do ativo.

Os ativos podem ser agrupados em unidade geradora de caixa

Menor grupo identificável de ativos que gera as entradas de caixa que


são em grande parte independentes das entradas de caixa provenientes
de outros ativos ou grupo de ativos.

A contra partida da redução vai para despesa (a menos que haja


reavaliação)

A reversão do impairment não excederá o valor contábil anterior do


ativo e será lançada como receita

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

EXEMPLOS DE
INTANGÍVEIS

• Carteira de clientes
• Softwares
• Patentes
• Filmes
• Copyrights
• Franquias
• Relacionamento com consumidores e
fornecedores
• Market Share

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ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

Todos os intangíveis que permeiam a empresa, fazem


parte do ativo desta empresa:

Entretanto, nem todos os itens atendem os


critérios de definição de ATIVO INTANGÍVEL e
nem aos de reconhecimento

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

São Classificados neste grupo os direitos que tenham


por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção
da companhia ou exercidos com essa finalidade,
inclusive fundo de comércio adquirido.

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

Condições exigidas para que um item seja


identificado como um ativo como intangível.

IDENTIFICABILIDADE

CONTROLE

BENEFÍCIOS ECONOMICOS
FUTUROS

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

IDENTIFICABILIDADE

For separável, ou seja, puder ser separado da entidade


e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado,
individualmente ou junto com um contrato, ativo ou
passivo relacionado, independente da intenção de uso
pela entidade;

Resultar de direitos contratuais ou outros direitos


locais, independentemente de tais direitos serem
transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros
direitos e obrigações.
Laboratório Contábil III
ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

CONTROLE

O controle é caracterizado pelo poder de obter


benefícios econômicos futuros gerados pelo recurso
subjacente e de restringir o acesso de terceiros a
esses benefícios.

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS
FUTUROS

Inerente do conceito do ativo. O ativo deve


proporcionar benefícios econômicos futuro por seu
emprego nas atividades da atividade que o controla.

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS
CRITÉRIOS DE RECONHECIMENTO:
O ativo intangível será reconhecido somente se:

For provável que os benefícios econômicos futuros


esperados sejam atribuídos ao ativo e irão fluir
para a entidade.

O custo do ativo puder ser mensurado


confiavelmente.

A mensuração inicial do ativo intangível será feita


pelo seu custo.
Laboratório Contábil III
ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

Formas possíveis para obtenção de um ativo


intangível por uma empresa;

Aquisição em Separado

Aquisição por meio de uma


Business Combination

Ativos Intangíveis gerados


internamente

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

Aquisição em Separado

O preço pago por um ativo intangível adquirido


em separado representa a expectativa dos
benefícios econômicos futuros.
O custo do ativo intangível compreende:
- Preço de aquisição, incluindo impostos não
recuperáveis;
- Qualquer outro valor atribuído ao custo de
preparação do ativo para seu uso.
Laboratório Contábil III
ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

Aquisição por meio de uma


Business Combination

O custo do ativo intangível consiste em seu Fair


Value na data da aquisição, o qual reflete as
expectativas sobre a probabilidade de que os
benefícios econômicos futuros incorporados no
ativo serão gerados em favor da entidade.

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

IDENTIFICABILIDADE

No caso de aquisição de intangíveis em uma


business combination:

O ativo poder ser separável ou não

Caso não seja separável, a entidade deve avaliar se ele está


relacionado a outro ativo tangível ou intangível.
O adquirente reconhece o grupo de ativos como um único ativo,
separadamente do Goodwill

Ex.: título de revista e base de assinantes.


Laboratório Contábil III
ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS
No caso de aquisição de intangíveis em uma
business combination:
Ocasiões em que o Fair Value não pode ser mensurado
confiavelmente

É separável, mas não


existe histórico ou
evidências de
transações para itens
O ativo intangível não similares, levando à
é separável conclusão de que a
estimativa de fair
value dependeria de
variáveis não
mensuráveis.

Logo farão parte do goodwill.


Laboratório Contábil III
ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

Ativos Intangíveis gerados


internamente

FASE DE PESQUISA

FASE DE
DESENVOLVIMENTO

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

FASE DE PESQUISA

- Incertezas total sobre a capacidade de


geração de benefícios.
- Nenhum intangível resultante da fase de
pesquisa poder ser reconhecido.
- Os gastos deverão ser reconhecidos como
despesas quando incorridos.

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

FASE DE
DESENVOLVIMENTO

- Ativo já descoberto, mas não desenvolvido.

Um ativo poderá ser reconhecido, mas se, e


somente se, a entidade puder atender a todos
os seguintes requisitos:

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

1 - Viabilidade técnica para completar o ativo intangível, de forma a


disponibilizá-lo para uso ou venda;

2 – Intenção de completar o ativo para usá-lo ou vendê-lo;

3 – Provar sua capacidade para usar ou vender o ativo;

4 – forma como o intangível irá gerar benefícios econômicos


futuros;

5 – Disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros


adequados para concluir o seu desenvolvimento;

6 – Capacidade de mensurar com segurança os gastos atribuíveis


ao ativo intangível durante o desenvolvimento.

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

VIDA ÚTIL

A entidade deverá avaliar se a vida útil do


ativo intangível é definida ou não.

VIDA ÚTIL INDEFINIDA:

SE O PERÍODO DE EXPECTATIVA DE GERAÇÃO DE FLUXOS


DE CAIXA FUTURO NÃO PUDER SER ESTIMADA.

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

VIDA ÚTIL INDEFINIDA VIDA ÚTIL INFINITA

No início da utilização do ativo, nem sempre é possível mensurar


quanto ele vai durar

Compra de uma marca: até quando ela pode


ser usada?

Se não existe, o uso pode


Se existe um contrato,
ser indefinido. Entretanto
por exemplo de 10 anos, a
não indica que a marca é
vida útil é definida.
infinita.

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

VIDA ÚTIL DEFINIDA

A entidade deve definir a sistemática de


amortização do ativo intangível.

O valor residual deverá ser assumido como


zero, a não ser que:

1 – Exista um compromisso de terceiros em


comprar o ativo ao final de sua vida útil;
2 – Exista um mercado ativo para o intangível.
Laboratório Contábil III
ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

VIDA ÚTIL DEFINIDA

O método de depreciação deverá refletir o


padrão de consumo dos benefícios
econômicos futuros pela entidade.

Se não for possível determinar esse padrão


com segurança, deve ser utilizado o método
linear.

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

O ágil por expectativa de rentabilidade futura


não deve ser amortizado, mas sim ter seu
valor contábil submetido ao impairment test.

Entretanto, para fins de apuração do lucro


tributável (LALUR), as empresas poderão
amortizá-lo aproveitando o benefício fiscal.

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

VIDA ÚTIL INDEFINIDA

A entidade não amortizará o intangível. Uma


vez que não é possível definir o tempo de
utilização do ativo.
A entidade aplicará o teste de Impairment para
verificar se houve perda do valor recuperável.

Para os ativos de vida útil indefinida é


obrigatório que se faça este teste anualmente
ou se houver indicador de que o ativo tem
sofrido perda.
Laboratório Contábil III
ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

Reversão das perdas por Impairment


Se alguma condição que levou a perda por
impairment não mais existir, a empresa
poderá recalcular o valor recuperável do ativo.
Caso o valor recuperável seja maior que o
valor contabilizado a empresa poderá reverter
a perda anteriormente reconhecida. Limitada
ao valor contábil do ativo.

Exceção das perdas por impairment no


goodwill.
Laboratório Contábil III
ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS

Exemplo:

- Comprou uma marca a um certo valor;


- Ocorrência de algum fato de denigra a
imagem da marca;
- Realização do impairment;
- Após 2 anos recupera a credibilidade da
marca;
- poderá fazer a reversão da perda.

Laboratório Contábil III


ATIVOS NÃO CIRCULANTES - INTANGÍVEIS
Divulgação:

- Se os ativos possuem vida útil definida ou


não;
- A vida útil e taxa de amortização;
- Método de Amortização;
- O Custo histórico menos amortização
acumulada e perdas por impairment do
período;
- A linha da demonstração de resultados onde
as despesas de amortização de intangíveis
foram incluídas;
Laboratório Contábil III
PROVISÕES, PASSIVOS E ATIVOS
CONTINGENTES

- CPC 25

- OBJETIVO
- Definir o tratamento contábil para
provisões e contingências.

- EXCETO:
- as abrangidas por outras normas como IR
diferido (CPC 32).

Laboratório Contábil III


PROVISÕES, PASSIVOS E ATIVOS
CONTINGENTES

- Todas as provisões são contingentes, uma


vez que contingências estão ligadas ao prazo
e ao montante;

Chamava-se de Segundo à norma contábil,


contingências as provisões o termo contingência só se
para contingências aplica a valores não
contabilizadas no balanço. contabilizados.

Laboratório Contábil III


PROVISÕES, PASSIVOS E ATIVOS
CONTINGENTES
ANTES DA NORMA DEPOIS DA NORMA
INTERNACIONAL INTERNACIONAL

- Incerteza - Contingência
- Risco quantificável e provável - Risco quantificável e provável
- Provisão para Contingência - Provisão (Não mais para
contingência)

- Risco não quantificável e - CONTINGÊNCIAS


provável; - Risco não quantificável e
- Risco possível provável;
- Notas Explicativas - Risco possível
- Notas Explicativas
- Risco Remoto (Fazia-se
Nada) - Risco Remoto (Fazia-se
Nada) Laboratório Contábil III
PROVISÕES, PASSIVOS E ATIVOS
CONTINGENTES

- NENHUMA CONTINGÊNCIA É
CONTABILIZADA; NÃO EXISTE MAIS A
PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIA.

Laboratório Contábil III


- PASSIVO
- é uma obrigação presente da entidade,
derivada de eventos já ocorridos, cuja
liquidação se espera que resulte em saída
de recursos da entidade capazes de gerar
benefícios econômicos.

- PASSIVO CONTINGENTE
- É uma obrigação possível, derivada de
eventos passados, que só será confirmada
pela ocorrência ou não de evento futuro
incerto, que não esteja sob o controle da
entidade.
Laboratório Contábil III
- ATIVO CONTINGENTE
- É uma ativo possível, derivado de eventos
passados, que só será confirmada pela
ocorrência ou não de evento futuro incerto,
que não esteja sob o controle da entidade.

Caso se torne virtualmente certo que haverá a


entrada do ativo, deixa de ser contingente e
passa a ser registrado.

Diferente do passivo, o ativo, enquanto é


apenas provável, irá apenas para notas
explicativas.
Laboratório Contábil III
-PASSIVOS
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA TRATAMENTO
DE DESEMBOLSO CONTÁBIL

Uma provisão é
Mensurável por
reconhecida e é
meio de estimativa
divulgado em
confiável
Obrigação notas explicativas
Presente Provável Não mensurável
por inexistência de Divulgação em
estimativa notas explicativas
confiável
Possível (mais provável que não tenhas Divulgação em
saída de recursos do que sim) notas explicativas
Não divulga em
Remota
notas explicativas
Laboratório Contábil III
-ATIVOS
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA TRATAMENTO
DE ENTRADA DE RECURSOS CONTÁBIL

O ativo não é
Praticamente Certa contingente, um ativo é
reconhecido
Nenhum ativo é
reconhecido, mas existe
Provável, mas não praticamente certa
divulgação em notas
explicativas
Nenhum ativo é
reconhecido, NÃO
Não é provável
divulga em notas
explicativas

Laboratório Contábil III


- PROVISÃO
- É um passivo de prazo ou valor incerto.

- Na forma da norma contábil atual, o termo


provisão para contas retificadoras do ativo não
tem utilização adequada.

Laboratório Contábil III


- PROVISÃO
- Deve ser reconhecida somente quando:

A entidade tem uma obrigação presente (legal ou não


formalizada) como resultado de evento passado.

Seja provável que será necessária uma saída de


recursos que incorporam benefícios econômicos para
liquidar a obrigação.

Possa ser feita uma estimativa confiável do valor da


obrigação.

Laboratório Contábil III


A entidade tem uma obrigação presente (legal ou não
formalizada) como resultado de evento passado.

Caracteriza-se por evidência disponível de


que é mais provável que vai existir a
obrigação do que não.

Não são reconhecidos fatos geradores


contábeis futuros, nem aquelas que
dependam de eventos futuros para se
materializarem, mesmo derivadas de
compromissos firmados anteriormente.
Ex.: assinatura de contrato de compra de
mercadoria.
Laboratório Contábil III
Seja provável que será necessária uma saída de
recursos que incorporam benefícios econômicos para
liquidar a obrigação.

É condicionante a probabilidade de saída de


recursos que incorporam benefícios
econômicos futuros para sua liquidação,
sendo que a probabilidade é maior de ocorrer
do que não ocorrer.

Laboratório Contábil III


Possa ser feita uma estimativa confiável do valor da
obrigação.

Estimativas são essenciais nas provisões,


dada a incerteza.

A estimativa confiável é resultante da


capacidade da entidade determinar um
conjunto de desfechos possíveis.

As estimativas levam em consideração os


riscos e incertezas.

A incerteza não deve servir de argumento


para criação de provisões.
Laboratório Contábil III
PROVISÕES E ACCRUALS

PROVISÕES ACCRUALS

Incerteza quanto ao Passivos derivados de


vencimento e valor de bens e serviços recebidos
futuros gastos necessários e não pagos.
para o acordo.
A incerteza existente é
muito menor que nas
provisões.

Exemplo: passivo
decorrente da apropriação
decorrente de férias e 13º.

Laboratório Contábil III


TIPOS DE PROVISÕES:

PROVISÕES LEGAIS:
Derivadas de lei, contratos ou alguma forma
sustentada legalmente.

PROVISÕES CONSTRUTIVA (não formalizada):


Quando, mediante práticas do passado,
políticas divulgadas ou declarações feitas, a
entidade indica a terceiros que aceitará certas
responsabilidades e cria uma expectativa
válida neste sentido.
EX.: garantia de produto para cliente.
Laboratório Contábil III
Mensuração das provisões

As provisões devem ser reconhecidas com


base nas melhores estimativas possíveis.

Determinadas
Uso de relatórios
pelo julgamento
de experts.
da administração.

Utilização de
Utilização de
ajustes a valor
conceitos
presente, caso
matemáticos.
seja relevante.

Laboratório Contábil III


EXEMPLOS DE PROVISÕES:

Garantia de produto:
Expectativas da empresa: 80% dos produtos
não apresentam defeitos; 15% apresentam
pequenos defeitos; 5 % defeitos maiores.
Estimando que a totalidade dos produtos
vendidos apresentassem defeito. Pequenos
reparos custaria R$ 2 mi e grandes reparos
R$ 6 mi.
Provisão: (80% x 0)+(15% x 2 mi)+(5% x 6 mi)
= R$ 600 mil

Laboratório Contábil III


EXEMPLOS DE PROVISÕES:

Riscos trabalhistas:
DESEMBOLSO (R$ PROBABILIDADE DE
CENÁRIOS
MIL) OCORRÊNCIA
A 100 10%
B 90 60%
C 80 30%

DESEMBOLSO (R$ PROBABILIDADE DE


CENÁRIOS
MIL) OCORRÊNCIA
A 150 35%
B 90 40%
C 70 25%

Laboratório Contábil III


EXEMPLOS DE PROVISÕES:

Riscos trabalhistas:
DESEMBOLSO (R$ PROBABILIDADE DE
PROCESSOS
MIL) OCORRÊNCIA
1 100 75%
2 70 50%
3 30 80%
4 120 75%
5 80 45%

Laboratório Contábil III


MUDANÇAS E UTILIZAÇÃO DAS PROVISÕES

As provisões devem ser revista a cada


balanço e ajustadas para refletir a atual
melhor estimativa.
Se já não é provável que uma saída de
recursos será necessária para estabelecer
uma obrigação, a provisão deverá ser
revertida.
Uma provisão deve ser usada somente para
gastos relacionados com a provisão
originalmente reconhecida.
Laboratório Contábil III
Uma provisão deve ser usada somente para
gastos relacionados com a provisão
originalmente reconhecida.

Ex:
Você tem uma provisão para processo
trabalhista:

Está tento que pagar uma garantia.

Não pode utilizar essa provisão para esse


pagamento.

Laboratório Contábil III


APLICAÇÕES ESPECÍFICAS

Futuras perdas operacionais.


(Não são reconhecidas provisões, uma vez
que não são obrigações presentes originadas
de eventos passados).

Contratos Onerosos.
Contratos que para serem honrados,
provocará um prejuízo para à entidade.
(Deverá reconhecer a provisão)

Laboratório Contábil III


APLICAÇÕES ESPECÍFICAS

Reestruturação.
É um programa que é planejado e controlado
pelos gestores e, materialmente, altera:

O escopo do negócio da
entidade

A maneira pelo qual o


negócio é conduzido

Laboratório Contábil III


APLICAÇÕES ESPECÍFICAS

Reestruturação.
Exemplos:

Venda ou encerramento
das atividades de uma Fechamento de filiais,
linha de negócio. transferência de filias para
outra região ou país.
Mudança na estrutura da
administração, com Reorganização material
eliminação de um nível de que tem efeito sobre o
hierarquia. foco das operações da
entidade.

Laboratório Contábil III


APLICAÇÕES ESPECÍFICAS

Reestruturação.
Condições para provisionamento dos gastos,
uma vez configurada a reestruturação.
Uma obrigação construtiva e provisionada quando:
Há um plano formal identificando, no mínimo:
• O negócio ou a parte afetada;
• Principais locais afetados;
• A localização, função e u número de empregados a serem
desligados;
• As despesas estimadas;
• Quando o plano será implementado;

Laboratório Contábil III


APLICAÇÕES ESPECÍFICAS

O que deverá estar incluso na provisão?

Só serão incluídas as Não poderão estar incluídas:


despesas diretamente
vinculadas que: I – retreinamento ou
relocação do Staff;
1 – Sejam necessárias a
reestruturação; II – Marketing

II – Não sejam associadas às III – Investimentos em novos


atividades NORMAIS da sistemas ou redes de
empersa. distribuição.

Laboratório Contábil III


Exercícios

1 - O que é uma provisão?

2 – Por que o termo provisão não tem mais utilização adequada para as contas
retificadora do ativo?

3 – O que diferencia as provisões propriamente ditas das “provisões derivadas de


apropriações por competência (Accruals)”?

4 – Quais são as três condições que devem ser satisfeitas para o reconhecimento
das provisões?

5 – Qual o tratamento contábil dos ativos contingentes nas seguintes situações:


• a probabilidade de ocorrências da entrada de recursos é
praticamente certa;
• a probabilidade de ocorrência da entrada de recursos é provável
• esta probabilidade não é provável

Laboratório Contábil III


Exercícios

1 – nos casos abaixo, faça a melhor estimativa de valor para a provisão e


justifique porque chegou a este valor.

CASO 1:
Uma empresa que vende equipamentos eletrônicos, tem uma provisão
construtiva de garantia do produto. Suas expectativas são de que: 87%
dos produtos não apresentam defeitos; 10% apresentam pequenos
defeitos; 3 % defeitos maiores.
Estimando que a totalidade dos produtos vendidos apresentassem
defeito. Pequenos reparos custaria R$ 2 mi e grandes reparos R$ 6 mi.

Laboratório Contábil III


Exercícios

CASO 2:
Uma empresa possui um processo trabalhista e é provável que ocorra o
pagamento da indenização. A probabilidade de ocorrência dos
desembolsos futuros são: No primeiro cenário de 9% de ocorrência e
provável desembolso de R$ 110 mil; no segundo cenário de 61% e com
desembolso de R$ 95mil e no terceiro cenário de 30% com desembolso
de R$ 85 mil.

CASO 3:
Considere a empresa do caso 2 e que as probabilidades e desembolsos
fossem: No primeiro cenário de 36% de ocorrência e provável
desembolso de R$ 110 mil; no segundo cenário de 41% e com
desembolso de R$ 95 mil e no terceiro cenário de 23% com desembolso
de R$ 85 mil.

Laboratório Contábil III


Patrimônio Líquido

O Patrimônio Líquido é representado pela diferença entre


o valor dos ativos e o dos passivos.

Ele é dividido em:

Capital Social
Reservas de Capital
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucro
Ações em Tesouraria
Prejuízos Acumulados

Laboratório Contábil III


Capital Social

Representa os valores recebidos pela


empresa dos sócios, ou por ela gerados e que
foram formalmente incorporados ao Capital.

Subscrição de Capital => é o ato através do


qual o interessado formaliza sua vontade de
adquirir um valor imobiliário.

Laboratório Contábil III


Capital Social

Integralização => é a transmissão do valor do


capital social subscrito pelos sócios, que será
incorporado ao patrimônio da empresa. A Lei
6.404/76, na seção “Formação do Capital
Social”, estipula as regras sobre a
integralização do capital social da pessoa
jurídica. Segundo aquele comando legal, o
capital social poderá ser formado com
contribuições em dinheiro ou em qualquer
espécie de bens suscetíveis de avaliação em
dinheiro (art. 7º).

Laboratório Contábil III


Subscrição de Capital
Lançamento:

D – Capital a Integralizar
C – Capital Subscrito

No caso do aumento de Capital, o ato de


subscrever é irrevogável, estando o subscritor,
porventura inadimplente com a obrigação, o
sujeito ás sansões prevista em Lei. Nos
termos do art. 106 da Lei 6.404/76.

Laboratório Contábil III


Aquele que não honrar a prestação que lhe
compete ficara de pleno direito constituído em
mora e obrigação a quitá-la com juros,
correção monetária e multa fixada em Estatuto
Social, não superior a 10% do valor da
prestação.

É prevista, ainda, a equiparação do boletim de


subscrição a um título executivo extrajudicial,
nos termos do Código de Processo Civil, a
companhia pode ingressar em juízo com um
processo de execução em face daquele que
não integralizar as ações subscritas.
Laboratório Contábil III
Integralização de Capital
Lançamento:

D – Banco / Imobilizado
C – Capital a Integralizar

Laboratório Contábil III


Reservas de Capital

São constituídas de valores recebidos pela


companhia e que não transitam pelo
Resultado como Receitas, por se referirem a
valores destinados a reforço de seu capital,
sem terem como contrapartidas qualquer
esforço da empresa em termos de entrega de
bens e serviços.

Laboratório Contábil III


Destinação das Reservas de Capital

1 – Absorver prejuízos, quando estes


ultrapassam as reservas de lucro;

2 – Resgate, reembolso ou compra de ações;

3 – Resgate de partes beneficiárias;

4 – incorporação ao capital;

5 – pagamento de dividendo cumulativo a


ações preferenciais.
Laboratório Contábil III
Ajustes de Avaliação Patrimonial

Representam as contrapartidas de aumentos


ou diminuições de valor atribuído a elementos
do ativo e do passivo, em decorrência de sua
avaliação a valor justo, enquanto não
computadas no resultado do exercício em
obediência ao regime de competência.

Laboratório Contábil III


São registradas nessa conta, as variações de
preço de mercado dos instrumentos
financeiros, quando destinados à venda
futura, e as diferenças no valor de ativos e
passivos avaliados a preço de mercados nas
reorganizações societárias, podendo o seu
saldo ser credor ou devedor.

Exemplo:
Uma companhia adquiriu um instrumento
financeiro para venda futura por R$ 1.000, que
após determinado período rendeu juros de R$
300 e passe a ter valor de mercado de R$
1.500.
Laboratório Contábil III
Contabilização
Aquisição do Instrumento Financeiro Débito Crédito
Instrumento Financeiro 1.000
Caixa ou Banco 1.000

Registro do Juro e atualização a valor Débito Crédito


de mercado
Instrumento Financeiro 500
Receita de Juros 300
Ajuste a Valor Patrimonial 200

Venda do Instrumento Financeiro Débito Crédito


Caixa ou Banco 1.500
Instrumento Financeiro 1.500
Ajustes de Avaliação Patrimonial 200
Ganho na venda de Instr. Financeiros 200

Laboratório Contábil III


Reservas de Lucros

Representam lucros obtidos pela empresa,


retidos com finalidade específica.

São constituídas pela apropriação de lucros


da companhia, conforme previsão legal
(parágrafo 4º do artigo 182 da Lei 6.404/76).

Caso existam lucros remanescentes, após a


segregação para pagamentos dos dividendos
obrigatórios e após a destinação para as
diversas reservas, estes devem ser
distribuídos como dividendos.
Laboratório Contábil III
Reservas de Lucros

- Reserva Legal
- Reservas Estatutárias
- Reservas para contingências
- Reservas de Lucro a realizar
- Reservas de Lucros para expansão
- Reserva especial para dividendo obrigatório
não distribuído.

Laboratório Contábil III


Reservas Legal

Instituída para dar proteção ao credor. Deverá


ser constituída com a destinação de 5% do
Lucro Líquido do exercício.

Constituída obrigatoriamente até que seu


valor atinja 20% do capital social realizado,
quando poderá deixar de ser acrescida.

A companhia pode optar por não mais creditar


esta conta, quando o saldo desta reservas,
somado ao montante das Reservas de
Capital, atingir 30% do capital social.
Laboratório Contábil III
Reservas Legal

Sua utilização é restrita à compensação de


prejuízos e ao aumento do capital social.

• a compensação de prejuízo ocorrerá


obrigatoriamente quando o ainda houver
saldo de prejuízo após terem sido
absorvidos os saldos de lucro acumulados
e das demais reservas de lucros.

• a incorporação ao capital pode ser


realizada a qualquer momento a critério da
companhia.
Laboratório Contábil III
Reservas Estatutárias

São constituídas por determinação do


Estatuto da Companhia.

São criadas subcontas conforme a natureza a


que se referem e com titulação que indique
sua finalidade.

Não podem restringir o pagamento de


dividendos obrigatórios.

Laboratório Contábil III


Reservas Estatutárias

Para cada reserva estatutária, a empresa terá


que:

• definir sua finalidade de modo preciso e


completo;

• fixar os critérios para determinar a parcela


anual do lucro líquido a ser utilizada;

• estabelecer seu limite máximo.

Laboratório Contábil III


Reserva para Contingências

Seu objetivo é assegurar uma parcela de


lucro, inclusive com a finalidade de não
distribuí-la como dividendo, correspondente a
prováveis perdas futuras, que acarretarão
diminuição dos lucros, ou até mesmo prejuízo,
em exercícios futuros.

No exercício que ocorrer tal perda, efetua-se a


reversão da reserva para contingência para
conta lucros acumulados.

Laboratório Contábil III


Casos de perdas futuras e contingências

•Geadas ou secas;

•Cheias, inundações e outros fenômenos


naturais que podem ocorrer ciclicamente;

•Empresas, cujo, produto seja de consumo


cíclico ou de duração limitada.

•Iminência de desapropriação de imóveis da


empresa com expectativas de perdas
significativas.

Laboratório Contábil III


Reservas de lucros a realizar

A contabilidade, ao apurar o lucro, considera,


não somente os fatos financeiros, mas
também os econômicos. Logo, o lucro líquido
apurado não representa imediatamente
aumento do ativo circulante.

O objetivo desta reserva é não distribuir


dividendos obrigatórios sobre a parcela de
lucros ainda não realizada financeiramente.

Laboratório Contábil III


Exemplo:

Quando a empresa tem investimento em


coligadas ou controladas e os avalia pelo
método da equivalência patrimonial, e o valor
do patrimônio líquido da investida, equivalente
à participação societária da investidora, é
superior ao valor do investimento, essa
diferença é registrada como aumento no valor
do investimento e com contra partida de
crédito no resultado, aumentando o lucro.
Entretanto esse acréscimo não representa
lucro realizado financeiramente. Esta
diferença poderá ir para formação da reservas
de lucros a realizar.
Laboratório Contábil III
Reservas de lucros para expansão

Tem o objetivo de atender projetos de


investimento.

Deverá estar justificada com o orçamento de


capital, ser proposta pela administração e
aprovada pela assembléia geral.

O orçamento deverá indicar todas as fontes


de recursos e aplicações de capital, fixo ou
circulante e poderá ter a duração de até cinco
exercícios, salvo no caso de execução, por
prazo maior, de projeto de investimento.
Laboratório Contábil III
Reserva especial para dividendo
obrigatório não distribuído

A companhia deverá constituir essa reservas


de lucros quando tiver dividendo obrigatório a
distribuir, mas sem condições financeiras para
seu pagamento.

Assim, o dividendo deixa de ser pago naquele


exercício e, para tanto, dever-se-á apurar o
dividendo obrigatório e apropriá-lo para
reserva especial de lucros a débito de lucros
acumulados, no balanço daquele exercício em
que ocorrer.
Laboratório Contábil III
Ações em Tesouraria

São as ações da companhia que foram


adquiridas pela própria sociedade.

A aquisição de ações de emissão própria e


sua alienação são transações de capital da
companhia com seus sócios, não devendo
afetar o resultado.

Laboratório Contábil III


Lucros Acumulados

Com a Lei 11.638/07, foi extinta a


possibilidade de manutenção e apresentação
de saldos a título de lucros acumulados no
Balanço Patrimonial, mas apenas para o caso
das sociedades por ações.

No balanço só poderá aparecer quando tiver


saldo negativo, e será denominada de
Prejuízos Acumulados.

Laboratório Contábil III

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