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Escola Estadual de

Educação Profissional - EEEP


Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Curso Técnico em Finanças

Administração Financeira I
Governador
Cid Ferreira Gomes

Vice Governador
Francisco José Pinheiro

Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia

Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar

Assessora Institucional do Gabinete da Seduc


Cristiane Carvalho Holanda

Coordenadora de Desenvolvimento da Escola


Maria da Conceição Ávila de Misquita Vinãs

Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC


Thereza Maria de Castro Paes Barreto
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 2

CAPÍTULO I – A FUNÇÃO FINANCEIRA DA EMPRESA ................................................ 3

Conceitos
O papel do administrador
Objetivos
Liquidez e rentabilidade financeira
Exercícios

CAPÍTULO II – AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOS .................... 8

Investimentos em ativos
Recursos próprios e de terceiros
Exercícios

CAPÍTULO III – CUSTOS DE CAPITAL ............................................................................. 13

Conceitos básicos
Modelo para decisões de investimentos
Medida de rentabilidade
O risco e o custo de capital
Custo da dívida a longo prazo
Custo da ação preferencial e ordinária
Exercícios

CAPÍTAL IV – ESTRUTURA FINANCEIRA DA EMPRESA ............................................. 22

Conceitos básicos
Estrutura do capital e alavancagem financeira
Exercícios

CAPÍTULO V – PAGAMENTO DE DIVIDENDOS versus RETENÇÃO DE LUCROS .... 24

Política de dividendos
O papel dos dividendos
Distribuição dos dividendos em bonificações
Exercícios

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 29

FINANÇAS – Administração Financeira I 1


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INTRODUÇÃO

A administração financeira é a disciplina que trata dos assuntos relacionados à administração das finanças
de empresas e organizações. Ela está diretamente ligada a Administração, Economia e a Contabilidade.

A administração financeira de uma empresa pode ser realizada por pessoas ou grupos de pessoas que
podem ser denominadas como: vice-presidente de finanças, diretor financeiro, controller e gerente
financeiro, sendo também denominado simplesmente como administrador financeiro.

Em empresas pequenas, o funcionamento, controle e análise das finanças, são feitas somente no
departamento contábil. No caso de uma empresa de grande porte a tesouraria e a controladoria são
responsáveis pela administração financeira da empresa.

É imprescindível para uma empresa, independente do tamanho, uma administração financeira de


qualidade para assegurar sua vida útil.

Boas Aulas!

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CAPÍTULO I – A FUNÇÃO FINANCEIRA DA EMPRESA

CONCEITOS

A administração financeira de uma empresa é feita pelo:

 Vice-presidente de finanças (conhecido como Chief Financial Officer – CFO);

 Diretor financeiro;

 Controller;

 Gerente financeiro ou administrador financeiro.

Independentemente da classificação, tem-se os mesmos objetivos e características, obedecendo aos níveis


hierárquicos, o diretor financeiro coordena a as atividades de tesouraria e controladoria.

Mas, é necessário deixar bem claro que, cada empresa possui e apresenta um especifico organograma e
divisões deste setor, dependendo bastante de seu tamanho.

Em empresas pequenas o funcionamento, controle e análise das finanças, são feitas somente no
departamento contábil - até mesmo, por questão de encurtar custos e evitar exageros de departamentos.
Porém, à medida que a empresa cresce, o funcionamento e gerenciamento das finanças evoluem e se
desenvolvem para um departamento separado, conectado diretamente ao diretor-financeiro, associado à
parte contábil da empresa, já que esta possibilita as informações para a análise e tomada de decisão.

Em empresa de grande porte é imprescindível esta divisão, para não ocorrer confusão e sobrecarga. Deste
modo, a tesouraria ou gerência financeira cuida da parte específica das finanças em espécie, da
administração do caixa, do planejamento financeiro, da captação de recursos, da tomada de decisão de
desembolso e despesas de capital, assim como o gerenciamento de crédito e fundo de pensão. Já a
controladoria ou contabilidade é responsável com a contabilidade de finanças e custos, assim como, do
gerenciamento de impostos - ou seja, cuida do controle contábil do patrimônio total da empresa.

O PAPEL DO ADMINISTRADOR

O administrador financeiro tem duas funções básicas:

a. A alocação eficiente dos recursos da empresa.

Essa função exige que o administrador financeiro faça a verificação constante da utilização dos
recursos no caixa, nas contas a receber, em títulos de curto prazo, estoques, investimentos em
capital e na análise de risco da empresa. Isso significa que o administrador financeiro deve
determinar o total do ativo, a sua composição e o perfil do risco da empresa.

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b. Obtenção de recursos nas condições mais favoráveis

Essa função exige que o administrador financeiro busque a obtenção de recursos diante de uma
grande variedade de fontes, cada uma tem suas características de custo, prazo, disponibilidade,
ônus, entre outras. Além disso, o administrador financeiro deve considerar a política de dividendos
e retenção de lucros para obter recursos.

A função de gestão financeira geralmente é associada a um alto executivo da empresa, denominado


frequentemente diretor financeiro ou vice-presidente de finanças. O vice-presidente de finanças coordena
as atividades do tesoureiro e do controlador. A controladoria preocupa-se com a contabilidade de custos e
a contabilidade financeira, com os pagamentos de impostos e com os sistemas de informação gerencial. A
tesoureira responsabiliza-se pela gestão do caixa e da área de crédito da empresa, por seu planejamento
financeiro, e pelos gastos de investimento. Numa empresa menor, o tesoureiro e o controlador talvez
sejam a mesma pessoa, não se encontrando dois departamentos distintos.

O administrador financeiro deve preocupar-se com três tipos básicos de questões:

1 - Orçamento de Capital: Processo de planejamento e gestão dos investimentos de uma empresa em


longo prazo. Nessa função o administrador financeiro procura identificar as oportunidades de
investimento cujo valor para a empresa é superior a seu custo de aquisição. Em termos amplos, isto
significa que o valor do fluxo de caixa gerado por um ativo supera o custo desse ativo.

2 - Estrutura de Capital: Combinação de capital de terceiros e capital próprio existente na empresa. O


administrador financeiro tem duas preocupações, no que se refere a essa área. Primeiramente, quanto deve
a empresa tomar emprestado? Em segundo lugar, quais são as fontes menos dispendiosas de fundos para a
empresa? Além destas questões, o administrador financeiro precisa decidir exatamente como e onde os
recursos devem ser captados, e, também, cabe ao administrador financeiro a escolha da fonte e do tipo
apropriado de recurso que a empresa, por ventura, tomará emprestado.

3 - Administração do Capital de Giro: Capital de giro é os ativos e passivos circulantes de uma empresa. A
gestão do capital de giro de uma empresa é uma atividade diária que visa assegurar que a empresa tenha
recursos suficientes para continuar suas operações e evitar interrupções muito caras.

OBJETIVOS

A administração financeira é eficiente na existência de algum objetivo ou meta, pois uma decisão
financeira só poderá ser avaliada como eficiente ou ineficiente a partir de um padrão já determinado.

Os objetivos que uma empresa deve atingir são vários, pois cada departamento tem o seu objetivo
específico. Mas o objetivo do departamento financeiro é considerado o principal objetivo de uma
empresa. Pois o objetivo financeiro é o indicador de eficiência da empresa, ou seja, ele determina o
aumento da riqueza dos seus acionistas ou proprietários.

O aumento da riqueza será representado pelo preço de mercado de cada ação representativa do capital da
empresa. Apesar de o preço de mercado não ser uma medida perfeita da riqueza de todos os acionistas,
ainda é utilizado por ser a melhor medida que dispomos.

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Para que esse objetivo seja atingido, é necessário que outros objetivos sejam atingidos. São eles:

 Lucratividade;

 Endividamento;

 Liquidez;

 Vendas;

 Mercado.

Podemos verificar que existem diversos objetivos e metas a serem alcançadas, dependendo da situação e
necessidade, e de que ponto de vista e posição serão escolhidos estes objetivos. Mas, no geral, a
administração financeira serve para manusear da melhor forma possível os recursos financeiros e tem
como objetivo otimizar o máximo que se puder o valor agregado dos produtos e serviços da empresa, a
fim de se ter uma posição competitiva diante de um mercado repleto de concorrência, proporcionando,
deste modo, o retorno positivo a tudo o que foi investido para a realização das atividades da mesma,
estabelecendo crescimento financeiro e satisfação aos investidores.

A maximização de lucro é o objetivo mais geral da administração financeira, é maximizar o valor de


mercado do capital dos proprietários existentes, não importando se a empresa é uma firma individual,
uma sociedade de pessoas (quotas) ou por ações. Em qualquer delas, as boas decisões financeiras
aumentam o valor de mercado do capital dos proprietários.

Pode-se dizer que a administração financeira tem os objetivos básicos:

a - Manter a empresa em permanente situação de liquidez, como condição básica ao desenvolvimento de


suas atividades. Uma empresa apresenta boa liquidez quando seus ativos e passivos são administrados
convenientemente. O importante é manter os fluxos das entradas e saídas de caixa sob controle e conhecer
antecipadamente as épocas em que irá faltar numerário.

b - Obter novos recursos para planos de expansão, com base em estudos de viabilidade econômico-
financeira e aos menores custos. a empresa deve ser perpetuada e, para tanto, tem de realizar
investimentos em tecnologia, novos produtos, etc., que poderão sacrificar a rentabilidade atual em troca
de maiores benefícios no futuro. A grande concorrência existente nas modernas economias de mercado
obriga as empresas a se manterem tecnologicamente atualizadas. Nenhuma pode sentir-se segura em uma
boa posição, porque a qualquer momento algum concorrente poderá surgir com um produto melhor e mais
barato. Deste modo, as empresas são impelidas a desenvolverem continuamente novos projetos e a
tomarem decisões sobre a sua implantação. Normalmente isto significa a necessidade de vultuosas somas
adicionais de recursos e uma elevação no risco do empreendimento. O retorno deve ser compatível com o
risco assumido. Maior risco implica a expectativa de maior retorno.

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LIQUIDEZ E RENTABILIDADE FINANCEIRA

Liquidez é um conceito econômico que considera a facilidade com que um ativo pode ser convertido no
meio de troca da economia, ou seja, é a facilidade com que ele pode ser convertido em dinheiro. O grau
de agilidade de conversão de um investimento sem perda significativa de seu valor mede sua liquidez.
Um ativo é tanto mais liquido quanto mais fácil for transformá-lo em dinheiro vivo, ou seja, a liquidez
pode ser entendida como a medida de interesse que o mercado tem em negociar esse ativo. Ela pode
variar conforme os investimentos feitos nas empresas, suas perspectivas e de acordo com as conjunturas
econômicas nacional e internacional.

A moeda é considerada como o ativo mais líquido, mas é uma reserva de valor imperfeita; quando os
preços sobem, o valor da moeda cai.
Em análise de crédito, liquidez se refere à probabilidade de um cliente honrar o seu compromisso com o
credor (comércio, indústria, banco e etc...) de acordo com o contrato firmado e na data correta. Ou seja, é
a capacidade de pagamento de um cliente. O cliente que depende de um outro credor para quitar seu
débito junto a um primeiro credor, demonstra que não tem boa liquidez.

O grau de liquidez para os investidores é estimado através do respectivo desconto de valor. Os


investimentos que são feitos através da private equity normalmente estão adicionados riscos adicionais à
saída.

Rentabilidade indica o percentual de remuneração do capital investido na empresa. A rentabilidade


esperada para micro e pequenas empresas é de 2% a 4% ao mês sobre investimento.

Numa perspectiva de empresa a rentabilidade dos capitais investidos resulta, necessariamente, da


combinação de vários fatores, dos quais destacamos: fatores de natureza operacional como a rentabilidade
operacional das vendas, através da percentagem de evolução da margem que geram e o efeito da estrutura
de custos fixos e operacionais, bem como a rotação e eficiência desses mesmos capitais; fatores de
natureza financeira, funcionando essa estrutura de capitais como alavanca do negócio, não podendo deixar
de ter em conta os encargos financeiros que necessariamente terão um outro fator importante é, sem
dúvida, os eventuais resultados extraordinários e o seu efeito na empresa e, por último, o efeito fiscal
sobre a rentabilidade. Rentabilidade é o retorno esperado de um investimento descontando custos, tarifas
e inflação.

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EXERCÍCIOS

1. Por quem pode ser feita a administração financeira de uma empresa?

2. Como é feita a administração financeira em uma empresa pequena?

3. Como é feita a administração financeira em uma empresa de grande porte?

4. Quais as funções básicas de um administrador financeiro?

5. Qual a função do vice-presidente em finanças?

6. Qual a função da controladoria?

7. Qual a função da tesouraria?

8. Em uma pequena empresa, quem exerce as funções de controladoria e tesouraria? Explique.

9. Quais as questões que um administrador financeiro deve se preocupar? Descreva cada uma delas.

10. Qual o principal objetivo de uma administração financeira? Explique.

11. O que significa o aumento da riqueza para uma empresa?

12. Cite outros objetivos que uma empresa deve atingir (específicos)?

13. Quais os objetivos básicos de uma empresa? Comente cada um.

14. O que é liquidez?

15. O que pode acarretar em uma variação na liquidez?

16. Qual o ativo mais líquido? Explique.

17. Como os investidores estimam o grau de liquidez?

18. O que é rentabilidade?

19. Que fatores estão relacionados com a rentabilidade de uma empresa? Explique.

20. Liste algumas empresas que você conhece e identifique como é feita a administração financeira de
cada uma delas.

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CAPÍTULO II – AVALIAÇÃO DAS ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTO

INVESTIMENTOS EM ATIVOS

Em economia, investimento significa a aplicação de capital em meios de produção, visando o aumento da


capacidade produtiva (instalações, máquinas, transporte, infraestrutura), ou seja, em bens de capital. O
investimento produtivo se realiza quando a taxa de lucro sobre o capital supera ou é pelo menos igual à
taxa de juros.

O investimento bruto corresponde a todos os gastos realizados com bens de capital (máquinas e
equipamentos) e formação de estoques.

O investimento líquido exclui as despesas com manutenção e reposição de peças, depreciação de


equipamentos e instalações. Como está diretamente ligado à compra de bens de capital e, portanto, à
ampliação da capacidade produtiva, o investimento líquido mede com mais precisão o crescimento da
economia.

"Investimento" também pode referir-se à compra de ativos financeiros (ações, letras de câmbio e outros
papéis).

Os investimentos em ativos fixos são objeto de diversas classificações, sendo os mais frequentes tipos de
investimento:

1- Os investimentos de substituição são os mais comuns e de mais fácil análise, as empresas já


conhecem os custos das imobilizações a substituir.

2- Os investimentos de expansão destinam-se a aumentar a capacidade de produção ou de


escoamento de produtos acabados.

3- Os investimentos de modernização visam a introdução de novas tecnologias, têm como objetivo


específico a melhoria da produtividade do trabalho ou a redução dos custos industriais ou de
distribuição.

4- Os investimentos de inovação destinam-se à introdução de novas tecnologias ou de melhoria de


produtos.

5- Os investimentos sociais visam direta ou indiretamente a melhoria das condições de trabalho na


empresa.

6- Os investimentos ambientais, impostos pela legislação em vigor, têm como objetivo preservar o
ambiente, não raramente, têm que ser, pelo menos parcialmente, suportados pela empresa.

7- Os investimentos estratégicos têm finalidade ofensiva ou defensiva em relação às empresas


concorrentes.

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RECURSOS PRÓPRIOS E DE TERCEIROS

Os recursos próprios da empresa são:

 O capital social,
 As reservas e
 Os lucros acumulados.

Itens que integram o patrimônio líquido no balanço patrimonial da empresa.

O capital social

A obtenção de recursos externos para aumentar o capital social se faz com:

 O lançamento de novas ações ao público ou


 Oferta de direitos de subscrição aos acionistas atuais, no caso das sociedades anônimas.

A ação é o valor mobiliário representativo de uma parcela do capital social da sociedade anônima
emissora que atribui ao seu titular a condição de sócio desta. Ao fracionar o capital social da anônima em
valores mobiliários, a lei facilita a negociação da participação societária desse tipo de sociedade e ressalta
a natureza de investimentos do ato de ingresso no seu quadro de sócios.

Dependendo do contexto em que é necessário atribuir valor à participação societária, isto é, em função
dos objetivos da avaliação, a ação poderá ter, e normalmente tem, valores diferentes.

Valor Nominal – Resultado da divisão do capital social da sociedade anônima pelo numero de ações que
ela tem emitidas. Trata-se de simples operação matemática, em que o montante em reais do capital social
é dividido pelo número de todas as ações de emissão da sociedade (independentemente de espécie ou
classe).

Valor Patrimonial – É a parcela do patrimônio líquido da sociedade anônima correspondente a cada ação.
É obtido pela divisão do valor em reais do patrimônio líquido pelo número de ações. Todos os bens e
direitos titularizados por uma companhia compõem o seu patrimônio bruto, também chamado ativo. Ao se
deduzir deste o montante correspondente às obrigações devidas pela sociedade (quer dizer, o passivo),
chega-se ao patrimônio líquido. Portanto, o patrimônio liquido é resultante do ativo total menos o passivo.
O valor patrimonial da ação poderá ser maior ou menor que o valor nominal, sendo na maioria das vezes
diferentes.

Valor de Negociação – O montante pago pela ação, quando adquirida – ou, o que é o mesmo, o recebido,
quando vendida -, denomina-se valor de negociação. Não é igual ao nominal, nem ao patrimonial. A ação
vale, ao ser negociada, o que o comprador está interessado em pagar, e o vendedor em receber. Os demais
critérios de avaliação (nominal, patrimonial, econômico ou de emissão) podem eventualmente servir de
referência às partes para formularem suas propostas iniciais e para chegarem a um acordo.

Valor Econômico – Este valor da ação resulta de uma complexa avaliação, procedida segundo critérios
técnicos e realizada por profissionais especializados. O objetivo de cálculo é mensurar o preço que
provavelmente um negociador racional pagaria pela ação, caso ela fosse vendida. Pode-se apontar, como

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um modelo de análise bastante utilizado pelos analistas, o denominado “Fluxo de Caixa Descontado”, em
que se estimam, e, valor presente, os fluxos de caixa futuros, correspondentes à participação acionária.
Quer dizer, procura-se traduzir em dinheiro presente os futuros embolsos e desembolsos da sociedade,
considerando-se o risco de inadimplência de devedores ou da existência de passivos ocultos (não
contabilizados).

Os recursos de terceiros são fundos especiais que órgãos governamentais disponibilizam para
investimentos públicos ou para empresas privadas.

Os empréstimos a longo prazo são geralmente concedidos com os recursos destes fundos por várias
instituições financeiras. Estes empréstimos geralmente têm maturidade de cinco a doze anos, podendo
existir maturidades menores, porém são mais comuns aquelas cujo período mínimo é de cinco anos.

Comumente são concedidos para financiar necessidades fixas de capital de giro, compra de máquinas e
equipamentos ou liquidar outros empréstimos. Normalmente os acordos de empréstimos possuem
cláusulas especificando o montante e a maturidade do empréstimo, datas de pagamento, a taxa de juros,
cláusulas padronizadas, clausulas restritivas, o colateral, a finalidade do empréstimo e ação a ser tomada
no caso de falência.

O montante do empréstimo

Afeta de maneira inversa o custo dos juros sobre o empréstimo. Os custos de administração de
empréstimos provavelmente decresçam com o crescimento do montante do empréstimo, porém, aumenta
o risco para o credor, pois quanto maior o empréstimo a longo prazo incorrido pelo tomador, maior o risco
de falência. Portanto, o montante do empréstimo buscado por cada tomador precisa ser avaliado pela
instituição financeira, para se determinar os custos efetivos de acordo com os riscos envolvidos.

A maturidade do empréstimo

Significa que quanto mais extenso for o prazo de um empréstimo, menos exatidão se obterá na previsão
dos padrões de taxas de juros até o vencimento e, portanto, maior será o grau de incerteza associado com
o empréstimo. O credor geralmente cobra maior taxa de juros sobre empréstimos a longo prazo, a fim de
ter compensação pela incerteza das taxas futuras de juros, pois quanto mais extenso o prazo de um
empréstimo, maior a probabilidade do tomador falir. Aconselha-se ao tomador usar formas alternativas de
financiamento (empréstimo a curto prazo, debêntures, ações, etc.), quando as taxas a longo prazo
estiverem elevadas.

Datas de Pagamento

Os acordos de empréstimos a prazo podem exigir pagamentos mensais, trimestrais, semestrais e até
mesmo anuais. Em geral, durante o prazo de carência, os pagamentos periódicos representam apenas os
juros da operação, e encerrando-se a mesma, estes pagamentos começam a amortizar o principal e os
juros até o fim do prazo para liquidação do empréstimo.
Cláusulas Padronizadas – Inúmeras cláusulas padronizadas são incluídas nos contratos de empréstimo a
longo prazo. Estas visam assegurar ao credor que a empresa continua a existir e opera de uma forma
respeitável e comercial. Elas exigem que o tomador mantenha registros contábeis satisfatórios, entregue
demonstrações financeiras, pague impostos e outras obrigações, e traga todas as suas instalações em boas
condições.

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Cláusulas Restritivas

Estas cláusulas existem para proteger o credor contra desenvolvimentos financeiros adversos que afetem
o tomador do empréstimo. Geralmente incluem restrições quanto ao capital de giro, ativos fixos,
empréstimos subsequentes, dentre outras situações. As clausulas restritivas procuram exigir que a empresa
mantenha uma condição financeira e estrutura administrativa sólida.

Colateral

Os acordos de empréstimos a longo prazo podem ser garantidos ou não, da mesma forma que os
empréstimos a curto prazo. O requisito de colateral vai depender da avaliação feita pelo credor quanto a
condição financeira do tomador. Os tipos comuns de colateral incluem maquinaria e equipamento,
edificações, cauções de duplicatas e cauções de títulos.

Os organismos que concedem financiamentos a médio prazo (MP) ou a longo prazo (LP) utilizando
fundos especiais são:

 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;

 Banco do Brasil S.A.;

 Bancos Estaduais e Regionais de Desenvolvimento;

 Caixa Econômica Federal

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EXERCÍCIOS

1. Defina investimento.

2. O que é investimento bruto?

3. O que é investimento líquido?

4. A que se refere o investimento em ativos financeiros?

5. Quais as classificações mais comuns dos investimentos em ativos fixos?

6. Quais são os recursos próprios de uma empresa?

7. Como é possível aumentar o capital social de uma empresa com recursos externos?

8. O que é ação?

9. Quais os valores que uma ação pode ter? Defina cada um desses valores.

10. O que são recursos de terceiros?

11. Qual a finalidade de empréstimos a longo prazo?

12. Qual é a maturidade de um empréstimo de longo prazo?

13. Para qual tipo de necessidades um empréstimo de longo prazo é comumente cedido?

14. Normalmente, que tipo de cláusulas está presente no contrato de empréstimo? Explique cada uma
delas.

15. Cite quais organismos cedem empréstimos com fundos especiais?

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CAPÍTULO III – CUSTOS DE CAPITAL

CONCEITOS BÁSICOS

O custo do capital pode ser representado pela taxa de juros que as empresas usam para calcular,
descontando ou compondo, o valor do dinheiro no tempo.

Considera-se ainda que o custo do capital de uma empresa é fator de fundamental importância para uma
variedade de decisões a serem tomadas, por meio do qual demonstram que as diferenças na composição
de informações entre públicas e privadas afetam o custo do capital, bem como que a taxa de obtenção de
capitais para projetos de investimentos influenciam a estrutura de capital da empresa.

Assim, o custo do capital tem efeito sobre as operações da empresa que, subsequentemente, afeta a sua
lucratividade, e é obtido considerando todas as fontes dos recursos postos à disposição da empresa, de
acordo com a participação percentual do capital próprio e de terceiros.

MODELO PARA DECISÕES DE INVESTIMENTO

A decisão de investimento é, sem dúvida, uma das principais decisões da área financeira. Resume-se em
saber como aplicar o capital em projetos de investimentos, cujos benefícios serão computados no futuro.
Como os lucros futuros não podem ser estimados com certeza a decisão de investir envolve risco.

Normalmente, as aplicações dos recursos na área de investimentos destinam-se a:

 Aquisição de máquinas novas;

 Substituição de equipamentos;

 Campanha publicitária;

 Instalação de sistema de controle de produção e estoques por computadores;

 Compra de patente sobre processo de produção ou direitos de uso de marcas comerciais;

 Construção de uma nova fábrica;

 Abertura de uma nova linha de produtos e serviços;

 Lançamento de um novo produto;

 Decisões entre alugar e comprar.

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O modelo para decisão de investimento deve considerar os seguintes aspectos antes de decidir onde ou
em que investir:

1. Observar as características da decisão de investimentos;


2. Considerar os objetivos da decisão de investimentos;
3. Identificar os problemas da decisão de investimentos;
4. Verificar suas propriedades essenciais e
5. O período de recuperação

Quanto às características, a decisão de investimento tem as seguintes:

 Irreversibilidade;

 Ligada ao futuro;

 Comporta risco;

 Ligada a montantes elevados;

 Utiliza conhecimentos de várias áreas;

 Integra-se no processo de planejamento

Quanto aos objetivos, a decisão de investimentos tem o seguinte:

Maximização da riqueza dos acionistas baseada nos seguintes pressupostos:

 O mercado de capitais é perfeito;

 A taxa de juro do mercado é constante ao longo do tempo;

 Os fluxos de caixa futuros são conhecidos com certeza.

Quanto aos problemas, a decisão de investimento deve observar os seguintes:

 Identificação de novas oportunidades ou novas tecnologias;

 Necessidade de estimar os fluxos de caixa;

 Avaliação de acordo com as regras de decisão.

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Quanto às propriedades essenciais das técnicas de avaliação, a decisão de investimento tem as seguintes:

 Todos os fluxos de caixa devem ser considerados;

 Os fluxos de caixa devem ser atualizados ao custo de oportunidade do capital;

 Dentre os projetos mutuamente exclusivos devem selecionar o que maximiza a riqueza do


acionista;

 Os gestores devem ser capazes de considerar um projeto isoladamente (princípio da


aditividade).

Quanto ao período de recuperação (Payback), a decisão de investimentos de considerar:

 O período de recuperação de um investimento é o número de anos necessários para recuperação do


investimento inicial.

 O período de recuperação é calculado pela soma dos fluxos de caixa anuais até o seu total ser igual
ao investimento inicial.

 Vantagens e desvantagens.

 O cálculo deve ser fácil assim como a sua compreensão.

 Não considerar qualquer fluxo de caixa que ocorra para além do período de recuperação.

 Pode discriminar os projetos a longo prazo.

 Não considerar o valor temporal do dinheiro.

MEDIDA DE RENTABILIDADE

A rentabilidade é um indicador de atratividade da empresa, pois mostra a velocidade de retorno do capital


investido. Esse indicador é obtido sob a forma de valor percentual por unidade de tempo e mostra a taxa
de retorno do capital investido em um determinado período de tempo (mês ou ano).

Podemos ilustrar o cálculo da rentabilidade com o seguinte exemplo:

Se uma empresa tem um lucro líquido de R$ 1.700,00 no ano e ela fez um investimento de R$ 10.000,00,
a empresa terá um rentabilidade de 17% a.a, isso significa que 17% de tudo que o empresário investiu na
sua empresa retorna anualmente em forma de lucro.

A rentabilidade é calculada através da seguinte fórmula:

Rentabilidade = Lucro Líquido x 100


Investimento total

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Aplicando no exemplo dado, temos:

R$ 1.700,00 x 100 = 17 % a.a


R$ 10.000,00

O RISCO E O CUSTO DE CAPITAL

O risco de capital pode ser entendido como:

1. O nível de incerteza quanto ao rendimento esperado de um investimento. No mercado financeiro,


existem ainda dois tipos de risco: o risco de mercado e o risco de crédito.

 O risco de mercado é aquele relacionado com as oscilações de preço do investimento escolhido.

 O risco de crédito é o relacionado com a probabilidade de um título financeiro ser pago (risco de
inadimplência do tomador do crédito).

2. Grau de incerteza da rentabilidade (retorno) de um investimento. Ex.: afirmar que um


investimento é de alto risco significa que temos pouca chance de prever com precisão a
rentabilidade deste investimento. Em contrapartida, esse investimento oferece possibilidade de
retorno superior a um investimento conservador.

No jargão financeiro, a palavra "risco" está sempre associada à probabilidade de ganhos ou perdas
acima ou abaixo da média de mercado. O investidor deve estar atento a essa diferença, porque na
linguagem cotidiana a palavra "risco" muitas vezes é usada para indicar a possibilidade de
perda/diminuição ou manutenção do estado atual, excluindo a possibilidade de ganho/
retorno/crescimento.

3. Possibilidade de um empresário ganhar ou perder em seu empreendimento. Os riscos derivados de


incertezas econômicas são premiados com o lucro. O risco financeiro tem por base as incertezas
do que é natural, humano e econômico. Os riscos naturais e humanos podem ser segurados com
facilidade, mas os riscos oriundos de incertezas econômicas não são suscetíveis de seguro.

Já o custo de capital de uma empresa pode ser definido como a taxa de retorno que a empresa deve obter
em seus investimentos para manter seu valor de mercado inalterado. Mantendo o risco constante, projetos
com retornos acima do custo de capital devem aumentar o valor da empresa e vice-versa. Caso a empresa
obtenha uma taxa de retorno acima do seu custo de capital, então é bastante provável que a empresa
consiga captar novos recursos (através de financiamento ou emissão de novos títulos de dívida ou ações) a
termos vantajosos.

A fórmula de cálculo do custo de capital é a seguinte:

Custo Capital = Rl+Beta*(Rm-Rf)

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Onde:

Rl = Taxa de retorno exigida de ativo de risco livre, geralmente medida como retorno de um título de
governo de longo prazo;

Beta = Coeficiente beta da empresa;

Rm = taxa de retorno exigida do mercado;

(Rm-Rf) = Pode ser visto como prêmio pelo risco de mercado.

CUSTO DA DÍVIDA NO LONGO PRAZO

Custo da Dívida de Longo Prazo nada mais é do que seu custo hoje, após IR, de levantar recursos através
de emissão e venda de títulos de dívida

CUSTO DA AÇÃO PREFERENCIAL E ORDINÁRIA

Ação preferencial

Oferece a seu detentor prioridade no recebimento de dividendos e, no caso de dissolução da empresa,


prioridade no reembolso de capital. Em geral não concede direito a voto em assembléia. A ação
preferencial não dá direito ao acionista de participar da administração da empresa. Para compensar, o
acionista tem preferência de receber os dividendos (lucros) da empresas antes dos outros acionistas que
detêm ordinárias. Além disso, o valor do dividendo da preferencial deve ser no mínimo 10% superior ao
da ordinária. As ações preferenciais apenas proporcionam direito a voto em situações especiais: quando a
empresa deixa de pagar dividendos por três anos consecutivos, até que a empresa volte a pagar
dividendos, e quando estiver em votação alteração dos direitos dos preferencialistas.

As ações preferenciais compartilham algumas das características de uma dívida – o dividendo preferencial
é pré-especificado no momento da emissão e é pago antes do dividendo sobre as ações ordinárias – e
algumas das características do patrimônio líquido – os pagamentos dos dividendos preferenciais não são
dedutíveis do imposto de renda. Se ações preferenciais forem vistas como perpétuas, o custo das ações
preferenciais pode ser expresso como se segue:

Custo da Ação Preferencial

O custo de uma ação preferencial é expresso por kp

kp = Dp
Np

FINANÇAS – Administração Financeira I 17


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Exemplo:

valor nominal, R$ 87
custo da emissão, R$ 5
ações preferenciais de 10%, significando dividendo preferencial (Dp): R$ 8,70
recebimento líquido da venda da ação (Np): R$ 82,00

8,70
kp 
82

= 10,6%

Esta abordagem supõe que o dividendo é constante e que as ações preferenciais não possuem qualquer
característica especial. As ações preferenciais são mais seguras do que as ordinárias, porém mais
arriscadas do que a dívida, isso em termos de risco. Consequentemente deverão, em bases antes do
pagamento de impostos, demandarem um custo mais elevado do que a dívida e um custo menor que o
patrimônio líquido

Ação ordinária

Tipo de ação que confere ao titular os direitos essenciais do acionista, especialmente participação nos
resultados da companhia e direito a voto nas assembleias da empresa. Cada ação ordinária corresponde a
um voto na Assembleia Geral. A nova Lei das Sociedades Anônimas dá direito ao acionista minoritário
detentor de ações ON receber, no mínimo, 80% do valor pago pelo controlador em caso de venda do
controle (tag along). Ação que proporciona participação nos resultados econômicos de uma empresa;
confere a seu titular o direito de voto em assembleia e dá o direito de eleger a diretoria (conselho) da
empresa que o emitiu. No entanto, quando ocorre uma distribuição de dividendos da empresa, os
proprietários de ações ordinárias só receberão os mesmos depois que os proprietários de ações
preferenciais tenham recebido o seu percentual fixo.
Custo da Ação Ordinária

É a taxa pela qual os investidores descontam os dividendos esperados para determinar o valor de suas
ações. Expressa por ks.

Técnicas para medir o custo da ação ordinária:

Modelo de Avaliação com Crescimento Constante: valor presente de todos os dividendos futuros previstos
num horizonte infinito de tempo.

k =D
s
1
g
P 0

Onde:

Po = preço corrente da ação ordinária;


D1 = dividendo por ação esperado no ano 1;

FINANÇAS – Administração Financeira I 18


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g = taxa anual de crescimento constante dos dividendos

Exemplo:

Po = R$ 50,00
D1 = R$ 4,00
Dividendos: 2004 R$ 3,80
2003 R$ 3,62
2002 R$ 3,47
2001 R$ 3,33
2000 R$ 3,12
1999 R$ 2,97

Calculando g: 3,80/2,97 = 1,279 → FJVF mais próximo a 1,279 em 5 anos é o de 5% (1,276)

4,00
k s= 0,05=13,0
50 , 00

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EXERCÍCIOS

1. Como o custo de capital pode ser entendido?

2. Por que o custo de capital é um fator importante para tomada de decisões de uma empresa?

3. Cite exemplos de aplicações dos recursos na área de investimentos.

4. O que um modelo de investimentos deve considerar?

5. Quais as características de um modelo de investimento?

6. Quais os objetivos de modelo de investimento?

7. Quais os problemas de um modelo de investimento?

8. Quais as prioridades de um modelo de investimento?

9. O que é Payback?

10. O que um modelo de investimento deve considerar quanto ao Payback?

11. O que é rentabilidade?

12. Como a rentabilidade é calculada?

13. Crie uma situação onde a rentabilidade possa ser calculada e interprete o resultado.

14. De que formas o risco de capital pode ser entendido?

15. Defina custo de capital.

16. Como o custo de capital é calculado.

17. Defina custo da dívida ao longo prazo.

18. O que são ações preferenciais?

19. Quais as vantagens de uma ação preferencial?

20. Como é expresso o custo de uma ação preferencial?

21. As ações preferenciais têm características comuns com uma dívida? Quais?

22. Ações preferenciais e o patrimônio líquido possuem características comuns? Quais?

23. Defina ação ordinária.

24. Qual o tipo de ação mais segura a preferencial ou a ordinária?

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25. Crie uma situação e calcule o custo de uma ação ordinária e de uma ação preferencial.

26. O que é o custo da dívida no longo prazo?

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CAPÍTULO IV – ESTRUTURA FINANCEIRA DA EMPRESA

CONCEITOS BÁSICOS

Para sabermos se uma empresa está obtendo lucro e onde está este lucro, é necessário conhecer o tripé da
estruturação financeira:

 CAIXA – controles financeiros básicos: registro de caixa das entradas e saídas, contas a pagar e a
receber, controle bancário e de estoques e fluxo de caixa;

 LUCRO – apuração do resultado: receitas x custos e despesas, margem de contribuição, despesas e


custos fixos e variáveis, lucro ou prejuízo, estratégias para aumentar o lucro e tomada de decisões;

 PATRIMÔNIO – estrutura patrimonial: enriquecimento x empobrecimento, capital de giro,


tendências de crescimento, endividamento e rentabilidade.

Conhecendo esses aspectos, é possível analisar se uma empresa está com uma boa situação financeira.

ESTRUTURA DO CAPITAL E ALAVANCAGEM FINANCEIRA

Entende-se por estrutura de capital o termo que denomina a forma de composição do capital de uma
empresa e sua divisão entre capital de terceiros e capital próprio. Quanto maior a parcela de capital de
terceiros na estrutura de capital de uma empresa, maior é o grau de alavancagem desta empresa, e vice-
versa.

A alavancagem financeira de uma empresa é determinada de acordo com os fatores enumerados a seguir:

1) Nível de utilização de recursos de terceiros para aumentar as possibilidades de lucro de uma empresa,
aumentando consequente, o grau de risco da operação;

2) Possibilidade de controle de um lote de ações com emprego de uma fração de seu valor (nos mercados
de opções, termo e futuro), enquanto o aplicador se beneficia da valorização desses papéis.

3) Termo comumente usado em finanças para descrever a capacidade que uma empresa possui de usar
ativos, ou recursos com um custo fixo, com o objetivo de aumentar o retorno aos seus acionistas. A
alavancagem pode ser de dois tipos (financeira e operacional), sendo que a soma destes dois tipos de
alavancagem resulta no que chamamos em finanças de alavancagem total ou combinada.

4) Termo utilizado no mercado financeiro para designar a obtenção de recursos para realização de
determinadas operações. Trata-se de uma estratégia na qual o investidor pretende aumentar as
possibilidades de rendimento através de empréstimos ou operações do mercado de derivativos. No caso
de operações de crédito, a alavancagem acorre através de empréstimo de terceiros para aumentar as
possibilidades de lucro. Consequentemente, esta operação também aumenta o grau de risco da operação.
Quanto maior é o grau de endividamento de uma empresa, maior é sua alavancagem. No caso dos
derivativos, a partir do controle de um lote de ações, por exemplo, é possível fazer operações nos
mercados de opção, a termo e futuro, a fim de aumentar as possibilidades de ganhos, embora também com
maior risco. Dessa forma, o investidor se beneficiada da valorização (na compra) ou desvalorização (na
venda) desses papéis, que pode resultar em significativa elevação de sua taxa de retorno, por ter
trabalhado com alavancagem, e não apenas com o ativo no mercado à vista. Ver também derivativos.

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EXERCÍCIOS

1. Qual o tripé da estrutura financeira de uma empresa?

2. Defina cada item componente do tripé estrutural de uma empresa.

3. O grau de alavancagem de uma empresa é medido através de qual parâmetro? Explique.

4. Cite todos os fatores decisivos para alavancagem financeira de uma empresa e explique cada um
deles.

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CAPÍTULO V – PAGAMENTO DE DIVIDENDOS versus RETENÇÃO DE LUCRO

POLÍTICA DE DIVIDENDOS

A política de dividendos está relacionada com a rendibilidade dos investimentos realizados e com as
necessidades de financiamento exigidas pelo crescimento. Também, as necessidades de recursos
financeiros estão relacionadas com empresas com elevadas taxas de crescimento, condicionando assim o
montante dos dividendos distribuídos.

Os fatores determinantes do elevado valor da empresa são: os resultados líquidos e a carteira de


investimentos que a empresa apura, possibilitando assim o reinvestimento dos lucros na empresa, para
assim se obter um rendimento futuro.

Assim, para se conseguir a concretização de certas metas de crescimento, a empresa tem que optar por
outras formas de financiamento, fazendo assim com que haja uma alteração da estrutura de capitais e da
remuneração exigida pelos proprietários.

Mesmo não existindo uma solução definitiva para o problema da política de dividendos, podemos sempre
nos guiar pelas seguintes ideias:

 As falhas do mercado de capitais levam à necessidade de estudar a política de dividendos


mediante os objetivos estratégicos da empresa;

 Perante mercados de capitais dinâmicos, a política de dividendos deve ser utilizada como meio de
informação de forma a produzir um efeito de clientela nos investidores.

 A obtenção de ações próprias é um meio adequado para as empresas obterem alterações na sua
estrutura de capitais e reduzirem os excessos de liquidez.

 E por fim, o valor da empresa é dado pelas perspectivas de crescimento, pela política de
dividendos e pela estrutura de capitais adotada.

Fatores que afetam política de dividendos

 Liquidez/Rentabilidade da Empresa - Existência de um resultado líquido positivo e existência de


meios líquidos disponíveis na tesouraria

 Previsibilidade dos lucros - As Empresas com lucros estáveis tendem a pagar uma maior
percentagem dos seus lucros em dividendos.

 Restrições legais/Estatuárias/Contratuais – Podem acarretar falência técnica. Reservas


obrigatórias. Gerar imposições de credores/acionistas preferenciais

 Carteira de investimentos e acesso a fontes alternativas de financiamento - Estratégia de


crescimento. Possibilidade de recorrer a recursos externos .

 Contexto econômico/fiscal - Inflação: amortizações podem ser insuficientes para compensar o


aumento do custo de reposição. Política fiscal face a política de dividendos.

FINANÇAS – Administração Financeira I 24


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 Preferência dos investidores/forma de interpretação da política de dividendos – Analise da política


de dividendos. Interpretação do resultado ( boa Gestão?) .Falta de oportunidades de investimento.

 O efeito Clientela - Investidores que preferem dividendos procurarão empresas que têm uma
política de dividendos consistente com esta preferência. As empresas devem definir a sua política
de dividendos, de acordo com as preferências dos seus acionistas.

 O efeito "Informação" - A assimetria de informação entre gestores e investidores, leva a política


de dividendos a assumir um importante instrumento de comunicação. Dividendos a longo prazo
constituem uma pista para os investidores quanto à efetiva saúde financeira das empresas.

 As Expectativas - Quando se aproxima o anúncio do próximo dividendo, os investidores formam


expectativas quanto ao respectivo valor, depois comparam o dividendo anunciado com o
dividendo esperado. Se a quantia do dividendo é a esperada, o preço da ação deve permanecer
inalterado, todavia, se o dividendo é maior ou menor do que o esperado, os investidores reavaliam
as suas percepções sobre a empresa e o valor da ação reflete essa alteração.

 Custos de Agência - A política de dividendos de uma empresa, pode ser entendida pelos
proprietários como um instrumento para minimizar os custos de agência. O maior pagamento de
dividendos, diminui os custos de agência, devido à redução do fluxo de caixa disponível para os
gestores da empresa. Indiretamente funciona como monitoramento das atividades de investimento
da gestão.

PAPEL DOS DIVIDENDOS

Os dividendos são entendidos como a parcela do lucro apurado pela empresa, que é distribuída aos
acionistas por ocasião do encerramento do exercício social (balanço).

Pode-se então optar pelo reinvestimento automático do dividendo para comprar mais ações. O dividendo
só será distribuído após ter sido efetuado os devidos descontos a favor do estado.

Os dividendos podem ter periodicidade diversa: mensal, trimestral, semestral, anual, etc., desde que
conste no estatuto da empresa o período determinado. A Assembléia Geral Ordinária (AGO) é quem
determina a parcela a ser distribuído como dividendo, de acordo com os interesses da empresa, através da
manifestação de seus acionistas.

O montante a ser distribuído deverá ser dividido pelo número de ações emitidas pela empresa, de forma a
garantir a proporcionalidade da distribuição.

Resumindo, a política de dividendos trata-se de uma decisão sobre a dimensão ou a proporção de


resultados líquidos apurados em um determinado período, que devem ser distribuídos pelos acionistas em
vez de haver lugar a reinvestimento na atividade da empresa.

Todos os acionistas tem direito a receber dividendos, normalmente na mesma proporção em que
participam no capital, salvo algumas exceções, como por exemplo: uma pessoa que detenha ações

FINANÇAS – Administração Financeira I 25


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representativas de 10% do capital social, receberá 10% dos lucros totais da empresa. A mesma sociedade
pode pertencer a categorias diferentes e conferir direitos diversos quanto aos dividendos.

As ações preferenciais sem voto conferem o direito de um dividendo prioritário, cujo valor não pode ser
inferior a 5% do respectivo valor nominal. No caso do dividendo prioritário não ser integralmente pago
durante dois exercícios, as ações preferenciais passam a conferir o direito de voto e só o perdem no
exercício seguinte aquele em que tiverem sido pago os dividendos prioritários em atraso.

As sociedades cujas ações estão admitidas à negociação devem informar o publico sobre a distribuição de
dividendos referentes a ações admitidas à negociação, o que deve ser feita mediante a publicação, com 15
dias de antecedência, indicando o prazo para o exercício do direito aos dividendos.

O principal indicador para o investidor que quer apostar nessa categoria de renda variável é o chamado
dividend yield, que mostra o retorno em dividendos frente ao preço da ação. Quanto mais alto esse índice,
maior o valor do dividendo pago.

A vantagem de investir em papéis de empresas com o objetivo de obter bons dividendos é que além
desses proventos, os papéis tendem a se valorizar ao longo dos anos, como um efeito normal do setor
produtivo. Mesmo no caso de haver uma iminente queda nas bolsas, a rentabilidade destas aplicações não
tende a ser muito penalizada, apesar de ocorrer uma possível desvalorização no preço das ações. Neste
caso, o dividend yield aumenta, mas por conta da queda do preço da ação e não pelo aumento na
distribuição dos lucros.

Além disso, para o investidor, a diferença básica é que ao receber dividendos ele não é tributado, pois a
empresa já o foi quando da apuração de seu lucro líquido. Outra forma de distribuir o lucro entre os
acionistas é através de juros sobre capital próprio. Esse pagamento é tratado como despesa no resultado
da empresa, enquanto o dividendo não. Neste caso, o investidor terá que pagar o Imposto de Renda sobre
o capital recebido. Essa questão fiscal é justamente o benefício da companhia, como esse pagamento é
contabilizado como despesa da empresa, antes do lucro, ela não arca com os tributos repassando este ônus
ao investidor. A opção entre dividendos e juros sobre capital próprio compete à assembléia geral, ao
conselho de administração ou à diretoria da empresa.

DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS EM BONIFICAÇÕES

Dividendos

Como já foi explicado, dividendos representa o pagamento efetuado pela empresa aos seus acionistas
através da distribuição de parte do lucro líquido da empresa. É subdividido de acordo com as diferentes
classes de ação. O montante, a ser pago em dinheiro e de forma proporcional à quantidade de ações
possuídas, deve ser decidido pelo Conselho Administrativo da empresa e, em geral, é pago anualmente,
semestralmente ou trimestralmente.

Pela Lei das S.A., deverá ser distribuído um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido apurado em cada
exercício.

Bonificação

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A bonificação trata-se de uma distribuição gratuita de novas ações aos acionistas, na proporção da
quantidade de ações já possuída por cada um destes acionistas. Esta distribuição, em geral, ocorre em
virtude da incorporação ao capital da empresa de reservas ou lucros acumulados, ou da reavaliação dos
ativos da empresa.

Bonificação em ações

É uma distribuição de resultados da companhia mediante emissão de ações, quando de incorporação de


reservas ao capital social. As ações bonificadas são entregues gratuitamente aos acionistas, na proporção
da quantidade de ações possuídas. A bonificação aumenta a quantidade de ações da empresa, sem alterar o
valor do patrimônio.

Exemplo: Companhia com capital de 100 e reservas de capital de 40 resolve incorporar tais reservas ao
capital registrado. Para tanto, resolve aumentar o capital mediante bonificação em ações novas, gratuitas,
aos acionistas. O Patrimônio Líquido, de 100 (capital) mais 40 (reservas) passa a ser de 140 (capital), ou
seja, não se altera.

Bonificação em dinheiro

Distribuição aos acionistas de valor em dinheiro referente a reservas até então não incorporadas ao
capital. Não confundir com dividendo.

Neste caso o acionista recebe da empresa um valor monetário relacionado às reservas não incorporadas,
sendo que este pagamento é feito além do pagamento de dividendos.

A bonificação não é, na grande maioria das vezes, um provento em dinheiro, mas sim em ações. Assim,
representa uma distribuição gratuita de novas ações, geralmente em função de aumento de capital ou
incorporação de reservas.

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EXERCÍCIOS

1. A que política de dividendos está relacionada?

2. Quais são os fatores determinantes do elevado valor da empresa?

3. Que fatores que afetam política de dividendos?

4. Explique cada um deles.

5. O que são bonificações e como podem ser distribuídas?

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Administração Financeira - Corporate Finance - 2ª Edição 2009 - Reimpressão


Ross, Stephen A.; Westerfield, Randolph W.; Jaffe, Jeffrey F. Editora ATLAS

Administração Financeira - Uma Abordagem Introdutória


Chiavenato, Idalberto. Editora CAMPUS.

Princípios de Administração Financeira - 2ª Edição 2000


Ross, Stephen A.; Jordan, Bradford D.; Westerfield, Randolph W. Editora ATLAS

FINANÇAS – Administração Financeira I 29


Hino Nacional Hino do Estado do Ceará

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas Poesia de Thomaz Lopes


De um povo heróico o brado retumbante, Música de Alberto Nepomuceno
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Terra do sol, do amor, terra da luz!
Brilhou no céu da pátria nesse instante. Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Se o penhor dessa igualdade Em clarão que seduz!
Conseguimos conquistar com braço forte, Nome que brilha esplêndido luzeiro
Em teu seio, ó liberdade, Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Desafia o nosso peito a própria morte!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Ó Pátria amada, Chuvas de prata rolem das estrelas...
Idolatrada, E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Salve! Salve! Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido Rubros o sangue ardente dos escravos.
De amor e de esperança à terra desce, Seja teu verbo a voz do coração,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
A imagem do Cruzeiro resplandece. Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Gigante pela própria natureza, Peito que deu alívio a quem sofria
És belo, és forte, impávido colosso, E foi o sol iluminando o dia!
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Tua jangada afoita enfune o pano!
Terra adorada, Vento feliz conduza a vela ousada!
Entre outras mil, Que importa que no seu barco seja um nada
És tu, Brasil, Na vastidão do oceano,
Ó Pátria amada! Se à proa vão heróis e marinheiros
Dos filhos deste solo és mãe gentil, E vão no peito corações guerreiros?
Pátria amada,Brasil!
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Deitado eternamente em berço esplêndido, Há de florar em meses, nos estios
Ao som do mar e à luz do céu profundo, E bosques, pelas águas!
Fulguras, ó Brasil, florão da América, Selvas e rios, serras e florestas
Iluminado ao sol do Novo Mundo! Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Do que a terra, mais garrida, Sobre as revoltas águas dos teus mares!
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; E desfraldado diga aos céus e aos mares
"Nossos bosques têm mais vida", A vitória imortal!
"Nossa vida" no teu seio "mais amores." Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo


O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,


Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

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