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Administração Financeira I
Governador
Cid Ferreira Gomes
Vice Governador
Francisco José Pinheiro
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 2
Conceitos
O papel do administrador
Objetivos
Liquidez e rentabilidade financeira
Exercícios
Investimentos em ativos
Recursos próprios e de terceiros
Exercícios
Conceitos básicos
Modelo para decisões de investimentos
Medida de rentabilidade
O risco e o custo de capital
Custo da dívida a longo prazo
Custo da ação preferencial e ordinária
Exercícios
Conceitos básicos
Estrutura do capital e alavancagem financeira
Exercícios
Política de dividendos
O papel dos dividendos
Distribuição dos dividendos em bonificações
Exercícios
INTRODUÇÃO
A administração financeira é a disciplina que trata dos assuntos relacionados à administração das finanças
de empresas e organizações. Ela está diretamente ligada a Administração, Economia e a Contabilidade.
A administração financeira de uma empresa pode ser realizada por pessoas ou grupos de pessoas que
podem ser denominadas como: vice-presidente de finanças, diretor financeiro, controller e gerente
financeiro, sendo também denominado simplesmente como administrador financeiro.
Em empresas pequenas, o funcionamento, controle e análise das finanças, são feitas somente no
departamento contábil. No caso de uma empresa de grande porte a tesouraria e a controladoria são
responsáveis pela administração financeira da empresa.
Boas Aulas!
CONCEITOS
Diretor financeiro;
Controller;
Mas, é necessário deixar bem claro que, cada empresa possui e apresenta um especifico organograma e
divisões deste setor, dependendo bastante de seu tamanho.
Em empresas pequenas o funcionamento, controle e análise das finanças, são feitas somente no
departamento contábil - até mesmo, por questão de encurtar custos e evitar exageros de departamentos.
Porém, à medida que a empresa cresce, o funcionamento e gerenciamento das finanças evoluem e se
desenvolvem para um departamento separado, conectado diretamente ao diretor-financeiro, associado à
parte contábil da empresa, já que esta possibilita as informações para a análise e tomada de decisão.
Em empresa de grande porte é imprescindível esta divisão, para não ocorrer confusão e sobrecarga. Deste
modo, a tesouraria ou gerência financeira cuida da parte específica das finanças em espécie, da
administração do caixa, do planejamento financeiro, da captação de recursos, da tomada de decisão de
desembolso e despesas de capital, assim como o gerenciamento de crédito e fundo de pensão. Já a
controladoria ou contabilidade é responsável com a contabilidade de finanças e custos, assim como, do
gerenciamento de impostos - ou seja, cuida do controle contábil do patrimônio total da empresa.
O PAPEL DO ADMINISTRADOR
Essa função exige que o administrador financeiro faça a verificação constante da utilização dos
recursos no caixa, nas contas a receber, em títulos de curto prazo, estoques, investimentos em
capital e na análise de risco da empresa. Isso significa que o administrador financeiro deve
determinar o total do ativo, a sua composição e o perfil do risco da empresa.
Essa função exige que o administrador financeiro busque a obtenção de recursos diante de uma
grande variedade de fontes, cada uma tem suas características de custo, prazo, disponibilidade,
ônus, entre outras. Além disso, o administrador financeiro deve considerar a política de dividendos
e retenção de lucros para obter recursos.
3 - Administração do Capital de Giro: Capital de giro é os ativos e passivos circulantes de uma empresa. A
gestão do capital de giro de uma empresa é uma atividade diária que visa assegurar que a empresa tenha
recursos suficientes para continuar suas operações e evitar interrupções muito caras.
OBJETIVOS
A administração financeira é eficiente na existência de algum objetivo ou meta, pois uma decisão
financeira só poderá ser avaliada como eficiente ou ineficiente a partir de um padrão já determinado.
Os objetivos que uma empresa deve atingir são vários, pois cada departamento tem o seu objetivo
específico. Mas o objetivo do departamento financeiro é considerado o principal objetivo de uma
empresa. Pois o objetivo financeiro é o indicador de eficiência da empresa, ou seja, ele determina o
aumento da riqueza dos seus acionistas ou proprietários.
O aumento da riqueza será representado pelo preço de mercado de cada ação representativa do capital da
empresa. Apesar de o preço de mercado não ser uma medida perfeita da riqueza de todos os acionistas,
ainda é utilizado por ser a melhor medida que dispomos.
Para que esse objetivo seja atingido, é necessário que outros objetivos sejam atingidos. São eles:
Lucratividade;
Endividamento;
Liquidez;
Vendas;
Mercado.
Podemos verificar que existem diversos objetivos e metas a serem alcançadas, dependendo da situação e
necessidade, e de que ponto de vista e posição serão escolhidos estes objetivos. Mas, no geral, a
administração financeira serve para manusear da melhor forma possível os recursos financeiros e tem
como objetivo otimizar o máximo que se puder o valor agregado dos produtos e serviços da empresa, a
fim de se ter uma posição competitiva diante de um mercado repleto de concorrência, proporcionando,
deste modo, o retorno positivo a tudo o que foi investido para a realização das atividades da mesma,
estabelecendo crescimento financeiro e satisfação aos investidores.
b - Obter novos recursos para planos de expansão, com base em estudos de viabilidade econômico-
financeira e aos menores custos. a empresa deve ser perpetuada e, para tanto, tem de realizar
investimentos em tecnologia, novos produtos, etc., que poderão sacrificar a rentabilidade atual em troca
de maiores benefícios no futuro. A grande concorrência existente nas modernas economias de mercado
obriga as empresas a se manterem tecnologicamente atualizadas. Nenhuma pode sentir-se segura em uma
boa posição, porque a qualquer momento algum concorrente poderá surgir com um produto melhor e mais
barato. Deste modo, as empresas são impelidas a desenvolverem continuamente novos projetos e a
tomarem decisões sobre a sua implantação. Normalmente isto significa a necessidade de vultuosas somas
adicionais de recursos e uma elevação no risco do empreendimento. O retorno deve ser compatível com o
risco assumido. Maior risco implica a expectativa de maior retorno.
Liquidez é um conceito econômico que considera a facilidade com que um ativo pode ser convertido no
meio de troca da economia, ou seja, é a facilidade com que ele pode ser convertido em dinheiro. O grau
de agilidade de conversão de um investimento sem perda significativa de seu valor mede sua liquidez.
Um ativo é tanto mais liquido quanto mais fácil for transformá-lo em dinheiro vivo, ou seja, a liquidez
pode ser entendida como a medida de interesse que o mercado tem em negociar esse ativo. Ela pode
variar conforme os investimentos feitos nas empresas, suas perspectivas e de acordo com as conjunturas
econômicas nacional e internacional.
A moeda é considerada como o ativo mais líquido, mas é uma reserva de valor imperfeita; quando os
preços sobem, o valor da moeda cai.
Em análise de crédito, liquidez se refere à probabilidade de um cliente honrar o seu compromisso com o
credor (comércio, indústria, banco e etc...) de acordo com o contrato firmado e na data correta. Ou seja, é
a capacidade de pagamento de um cliente. O cliente que depende de um outro credor para quitar seu
débito junto a um primeiro credor, demonstra que não tem boa liquidez.
EXERCÍCIOS
9. Quais as questões que um administrador financeiro deve se preocupar? Descreva cada uma delas.
12. Cite outros objetivos que uma empresa deve atingir (específicos)?
19. Que fatores estão relacionados com a rentabilidade de uma empresa? Explique.
20. Liste algumas empresas que você conhece e identifique como é feita a administração financeira de
cada uma delas.
INVESTIMENTOS EM ATIVOS
O investimento bruto corresponde a todos os gastos realizados com bens de capital (máquinas e
equipamentos) e formação de estoques.
"Investimento" também pode referir-se à compra de ativos financeiros (ações, letras de câmbio e outros
papéis).
Os investimentos em ativos fixos são objeto de diversas classificações, sendo os mais frequentes tipos de
investimento:
6- Os investimentos ambientais, impostos pela legislação em vigor, têm como objetivo preservar o
ambiente, não raramente, têm que ser, pelo menos parcialmente, suportados pela empresa.
O capital social,
As reservas e
Os lucros acumulados.
O capital social
A ação é o valor mobiliário representativo de uma parcela do capital social da sociedade anônima
emissora que atribui ao seu titular a condição de sócio desta. Ao fracionar o capital social da anônima em
valores mobiliários, a lei facilita a negociação da participação societária desse tipo de sociedade e ressalta
a natureza de investimentos do ato de ingresso no seu quadro de sócios.
Dependendo do contexto em que é necessário atribuir valor à participação societária, isto é, em função
dos objetivos da avaliação, a ação poderá ter, e normalmente tem, valores diferentes.
Valor Nominal – Resultado da divisão do capital social da sociedade anônima pelo numero de ações que
ela tem emitidas. Trata-se de simples operação matemática, em que o montante em reais do capital social
é dividido pelo número de todas as ações de emissão da sociedade (independentemente de espécie ou
classe).
Valor Patrimonial – É a parcela do patrimônio líquido da sociedade anônima correspondente a cada ação.
É obtido pela divisão do valor em reais do patrimônio líquido pelo número de ações. Todos os bens e
direitos titularizados por uma companhia compõem o seu patrimônio bruto, também chamado ativo. Ao se
deduzir deste o montante correspondente às obrigações devidas pela sociedade (quer dizer, o passivo),
chega-se ao patrimônio líquido. Portanto, o patrimônio liquido é resultante do ativo total menos o passivo.
O valor patrimonial da ação poderá ser maior ou menor que o valor nominal, sendo na maioria das vezes
diferentes.
Valor de Negociação – O montante pago pela ação, quando adquirida – ou, o que é o mesmo, o recebido,
quando vendida -, denomina-se valor de negociação. Não é igual ao nominal, nem ao patrimonial. A ação
vale, ao ser negociada, o que o comprador está interessado em pagar, e o vendedor em receber. Os demais
critérios de avaliação (nominal, patrimonial, econômico ou de emissão) podem eventualmente servir de
referência às partes para formularem suas propostas iniciais e para chegarem a um acordo.
Valor Econômico – Este valor da ação resulta de uma complexa avaliação, procedida segundo critérios
técnicos e realizada por profissionais especializados. O objetivo de cálculo é mensurar o preço que
provavelmente um negociador racional pagaria pela ação, caso ela fosse vendida. Pode-se apontar, como
um modelo de análise bastante utilizado pelos analistas, o denominado “Fluxo de Caixa Descontado”, em
que se estimam, e, valor presente, os fluxos de caixa futuros, correspondentes à participação acionária.
Quer dizer, procura-se traduzir em dinheiro presente os futuros embolsos e desembolsos da sociedade,
considerando-se o risco de inadimplência de devedores ou da existência de passivos ocultos (não
contabilizados).
Os recursos de terceiros são fundos especiais que órgãos governamentais disponibilizam para
investimentos públicos ou para empresas privadas.
Os empréstimos a longo prazo são geralmente concedidos com os recursos destes fundos por várias
instituições financeiras. Estes empréstimos geralmente têm maturidade de cinco a doze anos, podendo
existir maturidades menores, porém são mais comuns aquelas cujo período mínimo é de cinco anos.
Comumente são concedidos para financiar necessidades fixas de capital de giro, compra de máquinas e
equipamentos ou liquidar outros empréstimos. Normalmente os acordos de empréstimos possuem
cláusulas especificando o montante e a maturidade do empréstimo, datas de pagamento, a taxa de juros,
cláusulas padronizadas, clausulas restritivas, o colateral, a finalidade do empréstimo e ação a ser tomada
no caso de falência.
O montante do empréstimo
Afeta de maneira inversa o custo dos juros sobre o empréstimo. Os custos de administração de
empréstimos provavelmente decresçam com o crescimento do montante do empréstimo, porém, aumenta
o risco para o credor, pois quanto maior o empréstimo a longo prazo incorrido pelo tomador, maior o risco
de falência. Portanto, o montante do empréstimo buscado por cada tomador precisa ser avaliado pela
instituição financeira, para se determinar os custos efetivos de acordo com os riscos envolvidos.
A maturidade do empréstimo
Significa que quanto mais extenso for o prazo de um empréstimo, menos exatidão se obterá na previsão
dos padrões de taxas de juros até o vencimento e, portanto, maior será o grau de incerteza associado com
o empréstimo. O credor geralmente cobra maior taxa de juros sobre empréstimos a longo prazo, a fim de
ter compensação pela incerteza das taxas futuras de juros, pois quanto mais extenso o prazo de um
empréstimo, maior a probabilidade do tomador falir. Aconselha-se ao tomador usar formas alternativas de
financiamento (empréstimo a curto prazo, debêntures, ações, etc.), quando as taxas a longo prazo
estiverem elevadas.
Datas de Pagamento
Os acordos de empréstimos a prazo podem exigir pagamentos mensais, trimestrais, semestrais e até
mesmo anuais. Em geral, durante o prazo de carência, os pagamentos periódicos representam apenas os
juros da operação, e encerrando-se a mesma, estes pagamentos começam a amortizar o principal e os
juros até o fim do prazo para liquidação do empréstimo.
Cláusulas Padronizadas – Inúmeras cláusulas padronizadas são incluídas nos contratos de empréstimo a
longo prazo. Estas visam assegurar ao credor que a empresa continua a existir e opera de uma forma
respeitável e comercial. Elas exigem que o tomador mantenha registros contábeis satisfatórios, entregue
demonstrações financeiras, pague impostos e outras obrigações, e traga todas as suas instalações em boas
condições.
Cláusulas Restritivas
Estas cláusulas existem para proteger o credor contra desenvolvimentos financeiros adversos que afetem
o tomador do empréstimo. Geralmente incluem restrições quanto ao capital de giro, ativos fixos,
empréstimos subsequentes, dentre outras situações. As clausulas restritivas procuram exigir que a empresa
mantenha uma condição financeira e estrutura administrativa sólida.
Colateral
Os acordos de empréstimos a longo prazo podem ser garantidos ou não, da mesma forma que os
empréstimos a curto prazo. O requisito de colateral vai depender da avaliação feita pelo credor quanto a
condição financeira do tomador. Os tipos comuns de colateral incluem maquinaria e equipamento,
edificações, cauções de duplicatas e cauções de títulos.
Os organismos que concedem financiamentos a médio prazo (MP) ou a longo prazo (LP) utilizando
fundos especiais são:
EXERCÍCIOS
1. Defina investimento.
7. Como é possível aumentar o capital social de uma empresa com recursos externos?
8. O que é ação?
9. Quais os valores que uma ação pode ter? Defina cada um desses valores.
13. Para qual tipo de necessidades um empréstimo de longo prazo é comumente cedido?
14. Normalmente, que tipo de cláusulas está presente no contrato de empréstimo? Explique cada uma
delas.
CONCEITOS BÁSICOS
O custo do capital pode ser representado pela taxa de juros que as empresas usam para calcular,
descontando ou compondo, o valor do dinheiro no tempo.
Considera-se ainda que o custo do capital de uma empresa é fator de fundamental importância para uma
variedade de decisões a serem tomadas, por meio do qual demonstram que as diferenças na composição
de informações entre públicas e privadas afetam o custo do capital, bem como que a taxa de obtenção de
capitais para projetos de investimentos influenciam a estrutura de capital da empresa.
Assim, o custo do capital tem efeito sobre as operações da empresa que, subsequentemente, afeta a sua
lucratividade, e é obtido considerando todas as fontes dos recursos postos à disposição da empresa, de
acordo com a participação percentual do capital próprio e de terceiros.
A decisão de investimento é, sem dúvida, uma das principais decisões da área financeira. Resume-se em
saber como aplicar o capital em projetos de investimentos, cujos benefícios serão computados no futuro.
Como os lucros futuros não podem ser estimados com certeza a decisão de investir envolve risco.
Substituição de equipamentos;
Campanha publicitária;
O modelo para decisão de investimento deve considerar os seguintes aspectos antes de decidir onde ou
em que investir:
Irreversibilidade;
Ligada ao futuro;
Comporta risco;
Quanto às propriedades essenciais das técnicas de avaliação, a decisão de investimento tem as seguintes:
O período de recuperação é calculado pela soma dos fluxos de caixa anuais até o seu total ser igual
ao investimento inicial.
Vantagens e desvantagens.
Não considerar qualquer fluxo de caixa que ocorra para além do período de recuperação.
MEDIDA DE RENTABILIDADE
Se uma empresa tem um lucro líquido de R$ 1.700,00 no ano e ela fez um investimento de R$ 10.000,00,
a empresa terá um rentabilidade de 17% a.a, isso significa que 17% de tudo que o empresário investiu na
sua empresa retorna anualmente em forma de lucro.
O risco de crédito é o relacionado com a probabilidade de um título financeiro ser pago (risco de
inadimplência do tomador do crédito).
No jargão financeiro, a palavra "risco" está sempre associada à probabilidade de ganhos ou perdas
acima ou abaixo da média de mercado. O investidor deve estar atento a essa diferença, porque na
linguagem cotidiana a palavra "risco" muitas vezes é usada para indicar a possibilidade de
perda/diminuição ou manutenção do estado atual, excluindo a possibilidade de ganho/
retorno/crescimento.
Já o custo de capital de uma empresa pode ser definido como a taxa de retorno que a empresa deve obter
em seus investimentos para manter seu valor de mercado inalterado. Mantendo o risco constante, projetos
com retornos acima do custo de capital devem aumentar o valor da empresa e vice-versa. Caso a empresa
obtenha uma taxa de retorno acima do seu custo de capital, então é bastante provável que a empresa
consiga captar novos recursos (através de financiamento ou emissão de novos títulos de dívida ou ações) a
termos vantajosos.
Onde:
Rl = Taxa de retorno exigida de ativo de risco livre, geralmente medida como retorno de um título de
governo de longo prazo;
Custo da Dívida de Longo Prazo nada mais é do que seu custo hoje, após IR, de levantar recursos através
de emissão e venda de títulos de dívida
Ação preferencial
As ações preferenciais compartilham algumas das características de uma dívida – o dividendo preferencial
é pré-especificado no momento da emissão e é pago antes do dividendo sobre as ações ordinárias – e
algumas das características do patrimônio líquido – os pagamentos dos dividendos preferenciais não são
dedutíveis do imposto de renda. Se ações preferenciais forem vistas como perpétuas, o custo das ações
preferenciais pode ser expresso como se segue:
kp = Dp
Np
Exemplo:
valor nominal, R$ 87
custo da emissão, R$ 5
ações preferenciais de 10%, significando dividendo preferencial (Dp): R$ 8,70
recebimento líquido da venda da ação (Np): R$ 82,00
8,70
kp
82
= 10,6%
Esta abordagem supõe que o dividendo é constante e que as ações preferenciais não possuem qualquer
característica especial. As ações preferenciais são mais seguras do que as ordinárias, porém mais
arriscadas do que a dívida, isso em termos de risco. Consequentemente deverão, em bases antes do
pagamento de impostos, demandarem um custo mais elevado do que a dívida e um custo menor que o
patrimônio líquido
Ação ordinária
Tipo de ação que confere ao titular os direitos essenciais do acionista, especialmente participação nos
resultados da companhia e direito a voto nas assembleias da empresa. Cada ação ordinária corresponde a
um voto na Assembleia Geral. A nova Lei das Sociedades Anônimas dá direito ao acionista minoritário
detentor de ações ON receber, no mínimo, 80% do valor pago pelo controlador em caso de venda do
controle (tag along). Ação que proporciona participação nos resultados econômicos de uma empresa;
confere a seu titular o direito de voto em assembleia e dá o direito de eleger a diretoria (conselho) da
empresa que o emitiu. No entanto, quando ocorre uma distribuição de dividendos da empresa, os
proprietários de ações ordinárias só receberão os mesmos depois que os proprietários de ações
preferenciais tenham recebido o seu percentual fixo.
Custo da Ação Ordinária
É a taxa pela qual os investidores descontam os dividendos esperados para determinar o valor de suas
ações. Expressa por ks.
Modelo de Avaliação com Crescimento Constante: valor presente de todos os dividendos futuros previstos
num horizonte infinito de tempo.
k =D
s
1
g
P 0
Onde:
Exemplo:
Po = R$ 50,00
D1 = R$ 4,00
Dividendos: 2004 R$ 3,80
2003 R$ 3,62
2002 R$ 3,47
2001 R$ 3,33
2000 R$ 3,12
1999 R$ 2,97
4,00
k s= 0,05=13,0
50 , 00
EXERCÍCIOS
2. Por que o custo de capital é um fator importante para tomada de decisões de uma empresa?
9. O que é Payback?
13. Crie uma situação onde a rentabilidade possa ser calculada e interprete o resultado.
21. As ações preferenciais têm características comuns com uma dívida? Quais?
25. Crie uma situação e calcule o custo de uma ação ordinária e de uma ação preferencial.
CONCEITOS BÁSICOS
Para sabermos se uma empresa está obtendo lucro e onde está este lucro, é necessário conhecer o tripé da
estruturação financeira:
CAIXA – controles financeiros básicos: registro de caixa das entradas e saídas, contas a pagar e a
receber, controle bancário e de estoques e fluxo de caixa;
Conhecendo esses aspectos, é possível analisar se uma empresa está com uma boa situação financeira.
Entende-se por estrutura de capital o termo que denomina a forma de composição do capital de uma
empresa e sua divisão entre capital de terceiros e capital próprio. Quanto maior a parcela de capital de
terceiros na estrutura de capital de uma empresa, maior é o grau de alavancagem desta empresa, e vice-
versa.
A alavancagem financeira de uma empresa é determinada de acordo com os fatores enumerados a seguir:
1) Nível de utilização de recursos de terceiros para aumentar as possibilidades de lucro de uma empresa,
aumentando consequente, o grau de risco da operação;
2) Possibilidade de controle de um lote de ações com emprego de uma fração de seu valor (nos mercados
de opções, termo e futuro), enquanto o aplicador se beneficia da valorização desses papéis.
3) Termo comumente usado em finanças para descrever a capacidade que uma empresa possui de usar
ativos, ou recursos com um custo fixo, com o objetivo de aumentar o retorno aos seus acionistas. A
alavancagem pode ser de dois tipos (financeira e operacional), sendo que a soma destes dois tipos de
alavancagem resulta no que chamamos em finanças de alavancagem total ou combinada.
4) Termo utilizado no mercado financeiro para designar a obtenção de recursos para realização de
determinadas operações. Trata-se de uma estratégia na qual o investidor pretende aumentar as
possibilidades de rendimento através de empréstimos ou operações do mercado de derivativos. No caso
de operações de crédito, a alavancagem acorre através de empréstimo de terceiros para aumentar as
possibilidades de lucro. Consequentemente, esta operação também aumenta o grau de risco da operação.
Quanto maior é o grau de endividamento de uma empresa, maior é sua alavancagem. No caso dos
derivativos, a partir do controle de um lote de ações, por exemplo, é possível fazer operações nos
mercados de opção, a termo e futuro, a fim de aumentar as possibilidades de ganhos, embora também com
maior risco. Dessa forma, o investidor se beneficiada da valorização (na compra) ou desvalorização (na
venda) desses papéis, que pode resultar em significativa elevação de sua taxa de retorno, por ter
trabalhado com alavancagem, e não apenas com o ativo no mercado à vista. Ver também derivativos.
EXERCÍCIOS
4. Cite todos os fatores decisivos para alavancagem financeira de uma empresa e explique cada um
deles.
POLÍTICA DE DIVIDENDOS
A política de dividendos está relacionada com a rendibilidade dos investimentos realizados e com as
necessidades de financiamento exigidas pelo crescimento. Também, as necessidades de recursos
financeiros estão relacionadas com empresas com elevadas taxas de crescimento, condicionando assim o
montante dos dividendos distribuídos.
Assim, para se conseguir a concretização de certas metas de crescimento, a empresa tem que optar por
outras formas de financiamento, fazendo assim com que haja uma alteração da estrutura de capitais e da
remuneração exigida pelos proprietários.
Mesmo não existindo uma solução definitiva para o problema da política de dividendos, podemos sempre
nos guiar pelas seguintes ideias:
Perante mercados de capitais dinâmicos, a política de dividendos deve ser utilizada como meio de
informação de forma a produzir um efeito de clientela nos investidores.
A obtenção de ações próprias é um meio adequado para as empresas obterem alterações na sua
estrutura de capitais e reduzirem os excessos de liquidez.
E por fim, o valor da empresa é dado pelas perspectivas de crescimento, pela política de
dividendos e pela estrutura de capitais adotada.
Previsibilidade dos lucros - As Empresas com lucros estáveis tendem a pagar uma maior
percentagem dos seus lucros em dividendos.
O efeito Clientela - Investidores que preferem dividendos procurarão empresas que têm uma
política de dividendos consistente com esta preferência. As empresas devem definir a sua política
de dividendos, de acordo com as preferências dos seus acionistas.
Custos de Agência - A política de dividendos de uma empresa, pode ser entendida pelos
proprietários como um instrumento para minimizar os custos de agência. O maior pagamento de
dividendos, diminui os custos de agência, devido à redução do fluxo de caixa disponível para os
gestores da empresa. Indiretamente funciona como monitoramento das atividades de investimento
da gestão.
Os dividendos são entendidos como a parcela do lucro apurado pela empresa, que é distribuída aos
acionistas por ocasião do encerramento do exercício social (balanço).
Pode-se então optar pelo reinvestimento automático do dividendo para comprar mais ações. O dividendo
só será distribuído após ter sido efetuado os devidos descontos a favor do estado.
Os dividendos podem ter periodicidade diversa: mensal, trimestral, semestral, anual, etc., desde que
conste no estatuto da empresa o período determinado. A Assembléia Geral Ordinária (AGO) é quem
determina a parcela a ser distribuído como dividendo, de acordo com os interesses da empresa, através da
manifestação de seus acionistas.
O montante a ser distribuído deverá ser dividido pelo número de ações emitidas pela empresa, de forma a
garantir a proporcionalidade da distribuição.
Todos os acionistas tem direito a receber dividendos, normalmente na mesma proporção em que
participam no capital, salvo algumas exceções, como por exemplo: uma pessoa que detenha ações
representativas de 10% do capital social, receberá 10% dos lucros totais da empresa. A mesma sociedade
pode pertencer a categorias diferentes e conferir direitos diversos quanto aos dividendos.
As ações preferenciais sem voto conferem o direito de um dividendo prioritário, cujo valor não pode ser
inferior a 5% do respectivo valor nominal. No caso do dividendo prioritário não ser integralmente pago
durante dois exercícios, as ações preferenciais passam a conferir o direito de voto e só o perdem no
exercício seguinte aquele em que tiverem sido pago os dividendos prioritários em atraso.
As sociedades cujas ações estão admitidas à negociação devem informar o publico sobre a distribuição de
dividendos referentes a ações admitidas à negociação, o que deve ser feita mediante a publicação, com 15
dias de antecedência, indicando o prazo para o exercício do direito aos dividendos.
O principal indicador para o investidor que quer apostar nessa categoria de renda variável é o chamado
dividend yield, que mostra o retorno em dividendos frente ao preço da ação. Quanto mais alto esse índice,
maior o valor do dividendo pago.
A vantagem de investir em papéis de empresas com o objetivo de obter bons dividendos é que além
desses proventos, os papéis tendem a se valorizar ao longo dos anos, como um efeito normal do setor
produtivo. Mesmo no caso de haver uma iminente queda nas bolsas, a rentabilidade destas aplicações não
tende a ser muito penalizada, apesar de ocorrer uma possível desvalorização no preço das ações. Neste
caso, o dividend yield aumenta, mas por conta da queda do preço da ação e não pelo aumento na
distribuição dos lucros.
Além disso, para o investidor, a diferença básica é que ao receber dividendos ele não é tributado, pois a
empresa já o foi quando da apuração de seu lucro líquido. Outra forma de distribuir o lucro entre os
acionistas é através de juros sobre capital próprio. Esse pagamento é tratado como despesa no resultado
da empresa, enquanto o dividendo não. Neste caso, o investidor terá que pagar o Imposto de Renda sobre
o capital recebido. Essa questão fiscal é justamente o benefício da companhia, como esse pagamento é
contabilizado como despesa da empresa, antes do lucro, ela não arca com os tributos repassando este ônus
ao investidor. A opção entre dividendos e juros sobre capital próprio compete à assembléia geral, ao
conselho de administração ou à diretoria da empresa.
Dividendos
Como já foi explicado, dividendos representa o pagamento efetuado pela empresa aos seus acionistas
através da distribuição de parte do lucro líquido da empresa. É subdividido de acordo com as diferentes
classes de ação. O montante, a ser pago em dinheiro e de forma proporcional à quantidade de ações
possuídas, deve ser decidido pelo Conselho Administrativo da empresa e, em geral, é pago anualmente,
semestralmente ou trimestralmente.
Pela Lei das S.A., deverá ser distribuído um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido apurado em cada
exercício.
Bonificação
A bonificação trata-se de uma distribuição gratuita de novas ações aos acionistas, na proporção da
quantidade de ações já possuída por cada um destes acionistas. Esta distribuição, em geral, ocorre em
virtude da incorporação ao capital da empresa de reservas ou lucros acumulados, ou da reavaliação dos
ativos da empresa.
Bonificação em ações
Exemplo: Companhia com capital de 100 e reservas de capital de 40 resolve incorporar tais reservas ao
capital registrado. Para tanto, resolve aumentar o capital mediante bonificação em ações novas, gratuitas,
aos acionistas. O Patrimônio Líquido, de 100 (capital) mais 40 (reservas) passa a ser de 140 (capital), ou
seja, não se altera.
Bonificação em dinheiro
Distribuição aos acionistas de valor em dinheiro referente a reservas até então não incorporadas ao
capital. Não confundir com dividendo.
Neste caso o acionista recebe da empresa um valor monetário relacionado às reservas não incorporadas,
sendo que este pagamento é feito além do pagamento de dividendos.
A bonificação não é, na grande maioria das vezes, um provento em dinheiro, mas sim em ações. Assim,
representa uma distribuição gratuita de novas ações, geralmente em função de aumento de capital ou
incorporação de reservas.
EXERCÍCIOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!