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Exame 07Março2020 Questão 6

Um dos clientes mais importantes da Accounting4All, S.A. é a ERGUIMPA, S.A., que aplica o regime geral do SNC. Esta possui uma máquina industrial,
adquirida no início de abril de 2012, pelo preço de 240 000 EUR, à qual foi atribuída uma vida útil de 10 anos. O equipamento é depreciado segundo o
método da linha reta, por duodécimos. Esta máquina ficou imediatamente disponível para uso na data de aquisição, embora só tenha entrado em
funcionamento em outubro de 2012. Para a aquisição desta máquina, a ERGUIMPA, S.A. recorreu a um financiamento bancário, tendo suportado
gastos com o financiamento de 3 000 EUR, pelo período correspondente à data que medeia entre a aquisição da máquina e a sua entrada em
funcionamento. Em fevereiro de 2020 ocorreu um incêndio com aquela máquina do qual resultou a danificação parcial da mesma. Ponderado o custo
de reparação da máquina e o seu número anos de vida útil remanescente, a Administração da empresa decidiu não efetuar a reparação da máquina,
mas antes proceder à sua alienação, tendo em finais de fevereiro de 2020 reclassificado a máquina para ativo não corrente detido para venda.

O justo valor da máquina era o seguinte: − Em 31 de dezembro de 2019: 63 000 EUR; − Em 29 de fevereiro de 2020 (após o incêndio): 38 000 EUR.

Questão 6: Face ao exposto, qual o tratamento a adotar pela ERGUIMPA, S.A. quando se sabe que, à data do incêndio, as demonstrações financeiras de
2019 ainda não foram autorizadas para emissão:
a) Reconhecer nas demonstrações financeiras de 2019 uma perda por imparidade de 16 000 EUR, já que aquele incêndio consubstancia um
acontecimento após a data do balanço.
b) Reconhecer nas demonstrações financeiras de 2020 uma perda por imparidade de 12 000 EUR, aquando da reclassificação para ativo não corrente
detido para venda.
c) Reconhecer nas demonstrações financeiras de 2019 uma perda por imparidade de 16 675 EUR, já que aquele incêndio consubstancia um
acontecimento após a data do balanço.
d) Reconhecer nas demonstrações financeiras de 2020 uma perda por imparidade de 12 625 EUR, aquando da reclassificação para ativo não corrente
detido para venda.
07Março2020 Questão 6
1) Enquadramento normativo e Resolução

Este assunto é tratado na NCRF 8 Ativos Não Correntes Detidos para venda e Unidades Operacionais Descontinuadas e

dum problema de mensuração § 16 Uma entidade deve mensurar um ativo não corrente (ou grupo para alienação)

classificado como detido para venda pelo menor valor entre a sua quantia escriturada e o justo valor menos os custos

de alienação. e seguintes.

De facto, trata-se de uma máquina industrial (para uso na atividade) que, por força do incêndio, a Administração decidiu
proceder à sua alienação reclassificando-a em Ativo Não Corrente Detido para Venda.

2) Passos a considerar

2.1) Para calcularmos a perda por imparidade nas demonstrações financeiras de 2 020 teremos de calcular a QE (valor
contabilístico) = CA – Dac – Imp Ac; e compará-la com o justo valor;

No CA teremos de decidir se os gastos de financiamento € 3 000,00 devem ou não ser incluídos;


07Março2020 Questão 6
Para calcular as Dac temos de saber qual o valor depreciável, regime de cálculo das quotas de depreciação, a vida útil e o momento a
partir do qual se inicia a depreciação;

Preço € 240 000,00

Data da aquisição: Abril 2012 e imediatamente disponível para uso

Entrada em funcionamento Outubro 2012

Data Vida útil: 1O anos

Linha reta por duodécimos

Início da depreciação Abril ou Outubro de 2012?

É óbvio que a depreciação começa quando o ativo está disponível para uso.

Daqui decorre que os gastos de financiamento de € 3 000,00 não podem ser capitalizados e acrescer ao valor da máquina (NCRF 10 -
Custo dos empréstimos obtidos);

Então QE = CA – Dac – Imp ac = 240 000,00 – 240 000,00 x 95/120 - 0 = 50 000,00

2.2) De acordo com o § 16 da NCRF 8 o ativo não corrente detido para venda deve ser mensurado pelo menor dos dois valores entre a
sua quantia escriturada e o justo valor … 50 000,00 – 38 000,00 = € 12 000,00 perdas por imparidade
07Março2020 Questão 7

No início do ano de 1999, a ERGUIMPA, S.A. adquiriu um armazém pelo valor de 560 000 EUR (terreno incluído), tendo-
se atribuído ao respetivo terreno o valor de 210 000 EUR. As despesas com a escritura de compra e venda e registo
ascenderam naquela data a 26 300 EUR. Além destas despesas, a ERGUIMPA, S.A. suportou ainda impostos não
dedutíveis com aquela compra no valor de 13 700 EUR. A empresa deprecia o armazém segundo o método da linha
reta tendo-lhe sido atribuído, à data da aquisição, um período de vida útil de 30 anos.

Aquando do encerramento das contas do período de 2019, mas antes do cálculo das respetivas depreciações do
período, a ERGUIMPA, S.A. procedeu a uma revisão do período de vida útil daquele armazém, estimando-se que o
mesmo terá uma vida útil de mais 10 anos face ao período inicialmente previsto.

Questão 7: Tendo presente apenas a informação apresentada, em 31 de dezembro de 2019 o valor que deverá ser
apresentado no balanço relativamente ao armazém (terreno excluído) é:

a) 375 000 EUR. b) 185 250 EUR. c) 123 500 EUR. d) 118 750 EUR.
07Março2020 Questão 7

1) Enquadramento normativo e Resolução

Este assunto é tratado na NCRF 4 – Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros e dum
problema de alteração da vida útil dum ativo e da contabilização dos seus efeitos § 25, entre outros, alínea d) e § 31.

2) Passos a considerar

2.1) Pretende-se saber qual será o valor do armazém (excluindo o terreno) a figurar no balanço em 31.12.2019, ou
seja a quantia recuperável (QR) que, uma vez determinada, será a quantia escriturada (QE = CA – Dac –Imp ac).

Custo do armazém € 560 000,00; Valor do terreno € 210 000,00; Despesas de escritura e registo € 26 300,00;
impostos não dedutíveis € 13 700,00;

Vida útil de 30 anos, depreciação pelo método da linha reta.

Alteração da vida útil, em 2019, antes do cálculo das depreciações do período, para mais 10 anos relativamente aos
30 iniciais, ou seja para 40 anos no total.

2.2) Cálculo do valor depreciável do armazém (só construção)


07Março2020 Questão 7

As Despesas de escritura e registo € 26 300,00 e impostos não dedutíveis € 13 700,00 farão parte do custo de aquisição?

Claro que sim, de acordo com o § 17 e seguintes da NCRF 7 – Ativos Fixos Tangíveis.

O CA Total de € 600 000,00 (€ 560 000,00+€ 26 300,00+€ 13 700,00); % valor do terreno = 210 000/560 000 = 0,375

Valor depreciável (sem o terreno): € 375 000,00 (= 350 000,00 + 26 300 x 0,625+13 700x0,625);

Valor do terreno: € 225 000,00 (= 210 000,00 + 26 300 x 0,375 + 13 700 x 0,375;

2.3) Cálculo das Depreciações acumuladas

Dac 2018 = Valor depreciável x número de anos decorridos / vida útil = € 375 000,00 x 20 / 30 = € 250 000,00

20 anos (1 999 a 2018 ambos inclusive); 30 anos (vida útil inicial)

Dep 2 019 = Novo valor depreciável x número de anos / nova vida útil = €125 000,00 x 1 / 20 = € 6 250,00

€ 125 000 (= 375 000 – 250 000 Dac 2018) valor que falta depreciar quando vamos calcular a depreciação de 2 019.

1 ano (2 019); 20 anos (10 que faltavam para os 30 iniciais mais o 10 da vida útil adicional)

Dac 2019 = € 250 000 + € 6 250 = € 256 250

2.4) Valor do armazém (sem o terreno) a figurar no balanço de 31/12/2019

QE = C A – Dac – Imp ac = € 375 000 - € 256 250 – 0 = € 118 750


07Março2020 Questão 8
Uma outra questão ainda respeitante à ERGUIMPA, S.A., tem a ver com o facto de em 31 de dezembro de 2018 esta
empresa ter desreconhecido uma dívida de um cliente no valor de 2 400 EUR por se ter verificado a incobrabilidade da
mesma, tendo-se para o efeito utilizado a totalidade das perdas por imparidade acumuladas (no valor de 2 200 EUR)
que haviam sido reconhecidas especificamente para aquela dívida. Contra todas as expectativas, em novembro de
2019 o cliente pagou a totalidade daquela dívida, suspeitando-se que tal se deva ao facto de este pretender retomar as
negociações comerciais com a ERGUIMPA, S.A..

Questão: 8. Atendendo à situação descrita, a ERGUIMPA, S.A. deverá ter, entre outros registos:

a) Creditado em 2019 a conta “783 - Outros rendimentos – Recuperação de dívidas a receber” pelo valor total da
dívida.

b) Creditado em 2019 as contas “783 - Outros rendimentos – Recuperação de dívidas a receber” por 200 EUR e “7621 –
Reversões – De perdas por imparidade – Em dívidas a receber” por 2 200 EUR.

c) Debitado em 2018 a conta “683 - Outros gastos – Dívidas incobráveis” pelo valor total da dívida.

d) Creditado em 2018 a conta “7621 – Reversões – De perdas por imparidade – Em dívidas a receber” pelo valor de 2
200 EUR.
07Março2020 Questão 24
No âmbito dos investimentos que a Irmãos Silva – Investimentos, S.A. efetua, inclui-se a construção e venda de
prédios para habitação. A empresa adquire os terrenos onde posteriormente constrói os prédios,
subcontratando, entre outros, os serviços de gestão dos projetos e de arquitetos a outras entidades, mediante a
celebração de contratos de prestação de serviços.

Questão 24.: Para o reconhecimento dos gastos e réditos relacionados com aqueles prédios:

a) Quer a Irmãos Silva – Investimentos, S.A., quer as entidades que lhe prestam serviços por subcontratação,
devem aplicar o disposto na NCRF 19 – Contratos de Construção.

b) Apenas as entidades que prestam serviços por subcontratação à Irmãos Silva – Investimentos, S.A. devem
aplicar o disposto na NCRF 19 – Contratos de Construção.

c) Apenas a Irmãos Silva – Investimentos, S.A. deve aplicar o disposto na NCRF 19 – Contratos de Construção.

d) Quer a Irmãos Silva – Investimentos, S.A.., quer as entidades que lhe prestam serviços por subcontratação,
podem optar por aplicar o disposto na NCRF 18 - Inventários ou na NCRF 19 – Contratos de Construção.

O Âmbito § 2 e Definições § 5 (entre outros) da NCRF 19 – Contratos de Construção justificam a resposta b)


07Março2020 Questão 25
A FLUXIRA, Lda. é uma empresa também cliente da Accounting4All, S.A. que realizou, entre outras, as seguintes operações durante o ano 2019:

1. Vendas anuais de mercadorias no valor de 270 000 EUR. Todas as vendas são a pronto pagamento com um desconto financeiro de 5%;

2. O valor das compras mensais de mercadorias em 2019 foi sempre o mesmo e o custo das mercadorias vendidas naquele período ascendeu a 130
000 EUR. Já o custo das mercadorias em armazém em 31/12/2019 é inferior em 10 000 EUR ao seu saldo final em 31/12/2018. Não existiam dívidas
a fornecedores no início de 2019 e o prazo médio de pagamento a fornecedores em 2019 foi de um mês;

3. Recebimento de dividendos no valor de 1 200 EUR;

4. Venda de um computador por 1 500 EUR, tendo-se recebido, por transferência bancária, 70% do valor. Esta venda gerou uma mais-valia de 100
EUR;

5. Aumento de capital no montante de 50 000 EUR, dos quais 10 000 EUR foi efetuado através da incorporação de reservas e o restante por novas
entradas dos sócios em 2019;

6. Pagamento de dividendos aos acionistas no valor de 2 500 EUR.

Questão 25.: Considerando apenas as operações descritas e desprezando o efeito de quaisquer impostos, na Demonstração dos Fluxos de Caixa da
FLUXIRA, Lda.:

a) O fluxo das atividades de financiamento é 37 500 EUR e o fluxo das atividades operacionais é 116 500 EUR.

b) O fluxo das atividades de investimento é 1 200 EUR.

c) O fluxo das atividades de financiamento é 47 500 EUR e o fluxo das atividades de investimento é 2 040 EUR.

d) O fluxo das atividades operacionais é 146 500 EUR e o fluxo das atividades de financiamento é 37 500 EUR.
07Março2020 Questão 25
Enquadramento Normativo e Resolução

Trata-se duma questão da Demonstração de Fluxos de Caixa pelo que, para a resposta, teremos de nos socorrer da NCRF 2
Demonstração de Fluxos de Caixa.

Na resolução destas questões torna-se, por vezes, útil a consulta do modelo oficial da Demonstração de Fluxos de Caixa.

Atividades Operacionais : Vendas, Compras, fornecedores de exploração…

Fluxos das Vendas = 270 000-13500 ( 5% sobre 270 000) = € 256 500

Compras: Não temos as compras: temos que recorrer à formula CMVMC = Ei + Compras +- RI – Ef

-- compras = cmvmc – variação de existências + - RI = 130 000 – 10 000 + - 0 = € 120 000,

Pagamentos a fornecedores de exploração: O saldo inicial de fornecedores era 0, as compras mensais foram sempre iguais
(logo € 10 000/mês) e o prazo de pagamento de um mês (as compras de Dezembro 2019 foram pagas em Janeiro seguinte.
Pode concluir-se que o saldo final de fornecedores era de € 10 000.

Fluxo das Atividades Operacionais: + 256 500 – 120 000 + 10 000 (dos 120 000 não pagámos € 10 000) = € 146 500,00

Fluxo das Atividades de Investimento: Venda do computador € 1 050,00 (70%) + Dividendos € 1 200,00 = € 2 250,00

Fluxo das Atividades de Financiamento: Aumento capital em dinheiro € 40 000 – Dividendos € 2 500 = € 37 500,00
07Março2020 Questão 37
Questão 37.: A empresa CONSIGNERA, Lda. fabrica sapatos de luxo. Em outubro de 2019 entregou, em regime de consignação, e pela primeira vez,
70 pares dos sapatos marca UX na loja do seu cliente Calçadinho, Lda., tendo negociado com o cliente um preço de venda de 490 EUR por cada par
de sapatos. A margem bruta praticada pela COSIGNERA, Lda. é de 40% sobre o preço de custo. Até 31 de dezembro de 2019, o cliente Calçadinho,
Lda. já vendeu 50 pares daqueles sapatos da marca UX ao preço de 700 EUR por cada par.

Relativamente àqueles sapatos à consignação, no inventário da CONSIGNERA, Lda. reportado a 31 de dezembro de 2019, deve ser incluído o valor
de:

a) 0 EUR. b) 7 000 EUR. c) 9 800 EUR. d) 10 000 EUR.

Enquadramento Normativo e Resolução

Trata-se duma questão de mensuração de Inventários pelo que, para a resposta, teremos de nos socorrer da NCRF 18 Inventários, nomeadamente,
§ 9 e seguintes.

Teremos de calcular o custo unitário do par de sapatos e a quantidade que figurará no Inventário.

1. Custo Unitário = Preço de Venda – Lucro (Margem Bruta)

Custo Unitário = 490,00 – 40% sobre Custo unitário ----» Custo + 0,4 custo = 490,00 -----» Custo = 490,00 / 1,4 = € 350,00

2. Quantidade: Tínhamos enviado 70 pares e o cliente já vendeu 50 pelo que temos 20 pares de sapatos à consignação

3. Valor a constar do inventário: Quantidade x Custo = 20 x € 350,00 = € 7 000,00


07Março2020 Questão 38

Questão 38.: A empresa A detém 60% de B, 70% de C e 30% de D. Por sua vez, B detém 15% de D e C detém 20% de D.

Considerando apenas a informação anterior, a percentagem total de controlo de A sobre D é de:

a) 23%. b) 30%. c) 53%. d) 65%.

Resolução

A controla diretamente 30% de D

A controla B (60%) logo A controla indiretamente 15 % de D através de B;

A controla C (70%) logo A controla indiretamente 20 % de D através de C.

Na Assembleia Geral de Acionistas podem votar A (30%); B (15%); C (20%).

Os votos de B e C são controlados por A, pelo que A controlará 30 % + 15% + 20% = 65 %


07Março2020 Questão 39

Questão 39.: A entidade PTCH, Lda. adquiriu o direito de exploração de uma mina de lítio, pelo período de cinquenta anos, tendo ficado a cargo desta
entidade a requalificação da zona envolvente, para reparação de danos ambientais, no final do período de concessão. Estima-se que o dispêndio com a
requalificação ascenda a 300 000 EUR, sendo o respetivo valor presente, na data do reconhecimento inicial do direito de exploração, de 140 000 EUR.

Considerando somente a informação disponibilizada, qual das seguintes afirmações reflete o correto reconhecimento inicial do valor da requalificação:

a) Reconhecer uma provisão por 140 000 EUR. b) Reconhecer uma provisão por 300 000 EUR. c) Reconhecer um diferimento por 160 000 EUR.

d) Reconhecer um acréscimo por 160 000 EUR.

Enquadramento Normativo e Resolução

Trata-se duma questão de reparação de danos ambientais pelo que, para a resposta teremos de nos socorrer da NCRF 26 Matérias Ambientais,
nomeadamente, Reconhecimento de passivos de caracter ambiental § 12 e seguintes, Mensuração dos passivos ambientais § 35 e seguintes, Provisões
para restauro de locais contaminados e desmantelamento § 40 e 41 e Desconto dos passivos ambientais de longo prazo § 42 e seguintes

§ 42 -Quando o efeito do valor temporal do dinheiro for material, os passivos ambientais que não sejam liquidados num futuro próximo são
mensurados pelo seu valor presente.

Do enunciado facilmente se conclui que a PTCH, Lda assume a obrigação (passivo) para no fim da exploração (50 anos longo prazo) requalificar a zona
envolvente estimando que, para isso, incorra, nessa data, num dispêndio de € 300 000,00 e que essa obrigação hoje corresponde a € 140 000,00 (valor
presente).
07Março2020 Questão 40

Questão 40.: No caso de uma entidade efetuar uma transação de venda seguida de uma locação:
a) A entidade tem sempre de reconhecer o ganho ou a perda associados àquela transação nos resultados do período em que esta
ocorre.
b) A entidade nunca pode reconhecer o ganho ou a perda associados àquela transação nos resultados do período em que esta
ocorre.
c) A entidade deve diferir e amortizar, durante o prazo de vida útil do ativo, qualquer ganho obtido com a transação sempre que
esta resultar numa locação financeira.
d) Nenhuma das anteriores.
Enquadramento Normativo e Resolução
Trata-se duma questão de uma transação de venda seguida de uma locação pelo que, para a resposta teremos de nos socorrer da
NCRF 9 Locações, nomeadamente, transações de venda seguida de locação, § 44 seguintes

Respostas a), b) e c) não são verdadeiras conjugando os § 45 - Se uma transação de venda seguida de locação resultar numa
locação financeira, qualquer excesso do provento da venda sobre a quantia escriturada não deve ser imediatamente reconhecido
como rendimento pelo vendedor-locatário, mas sim diferido e amortizado durante o prazo da locação, §46 e § 47 (tipos de
locação (financeira ou operacional) e prazo do diferimento e amortização (prazo da locação e não da vida útil do ativo).

Resta a resposta d) Nenhuma das anteriores


07Março2020 Questão 41
Questão 41.: A Search&Find, Lda. encontra-se a desenvolver estudos conducentes ao lançamento de um novo produto, tendo
iniciado os referidos estudos no ano 2018. Os dispêndios incorridos no decurso desse ano ascenderam a 600 000 EUR, os quais
incluem 100 000 EUR de custos suportados com empréstimos obtidos especificamente associados a esta fase do projeto. No início
de 2019 concluiu-se pela viabilidade técnica e comercial do produto, tendo-se incorrido, neste ano, em dispêndios que
ascenderam a 250 000 EUR, os quais incluem 70 000 EUR relativos a custos de empréstimos obtidos especificamente associados a
esta fase de desenvolvimento do projeto.
Tendo por base exclusivamente os aspetos referidos e sabendo que a entidade optou pela capitalização dos custos de
empréstimos obtidos, no final do ano 2019:
a) O custo dos ativos intangíveis reconhecidos é de 850 000 EUR. b) O custo dos ativos intangíveis reconhecidos é de 350 000
EUR.
c) O custo dos ativos intangíveis reconhecidos é de 250 000 EUR. d) O custo dos ativos intangíveis reconhecidos é de 180 000
EUR.
Enquadramento Normativo e Resolução
Trata-se duma questão de Reconhecimento e Mensuração de Ativos Intangíveis (desenvolvimento de um novo Produto) pelo que,
para a resposta teremos de nos socorrer da NCRF 6 Ativos Intangíveis, nomeadamente, Reconhecimento e Mensuração, § 18 e
seguintes
§18 - O reconhecimento de um item como ativo intangível exige que uma entidade demonstre que o item satisfaz:
a) A definição de ativo intangível (ver parágrafos 8 a 17); e b) Os critérios de reconhecimento de ativos (ver parágrafos 21 a 23).
07Março2020 Questão 41
Enquadramento Normativo e Resolução (continuação)
e Fase de Pesquisa e Fase de Desenvolvimento, § 52 e 55 e seguintes.

§ 52 - Nenhum ativo intangível proveniente de pesquisa (ou da fase de pesquisa de um projeto interno) deve ser reconhecido. O dispêndio
com pesquisa (ou da fase de pesquisa de um projeto interno) deve ser reconhecido como um gasto quando for incorrido.
§ 55 - Um ativo intangível proveniente de desenvolvimento (ou da fase de desenvolvimento de um projeto interno) deve ser reconhecido
se, e apenas se, uma entidade puder demonstrar tudo o que se segue:
a) A viabilidade técnica de concluir o ativo intangível a fim de que o mesmo esteja disponível para uso ou venda; b) A sua intenção de concluir o ativo
intangível e usá-lo ou vendê-lo; c) A sua capacidade de usar ou vender o ativo intangível; d) A forma como o ativo intangível gerará prováveis benefícios
económicos futuros. Entre outras coisas, a entidade pode demonstrar a existência de um mercado para a produção do ativo intangível ou para o próprio ativo
intangível ou, se for para ser usado internamente, a utilidade do ativo intangível; e) A disponibilidade de adequados recursos técnicos, financeiros e outros
para concluir o desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e f) A sua capacidade para mensurar fiavelmente o dispêndio atribuível ao ativo
intangível durante a sua fase de desenvolvimento.

Quanto à mensuração há, ainda, que recorrer à NCRF 10 Custos de Empréstimos Obtidos, nomeadamente, Custos de empréstimos obtidos
elegíveis para capitalização, § 10 e seguintes para avaliarmos se os dispêndios com juros são capitalizáveis e a partir de que momento,
(início da capitalização), § 17 e seguintes.

§ 10 Os custos de empréstimos obtidos que sejam diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo que se qualifica…….
§ 17 - A capitalização dos custos de empréstimos obtidos como parte do custo de um ativo que se qualifica deve começar quando: a) …..

Conjugando a NCRF 6 Ativos Intangíveis, Fase de Desenvolvimento § 55 e seguintes e a NCRF 10 Custos de Empréstimos Obtidos, início da
capitalização), § 17 e seguintes, concluímos que apenas são de capitalizar, em 2 019, como Ativos Intangíveis, os dispêndios que
ascenderam a 250 000 EUR, os quais incluem 70 000 EUR relativos a custos de empréstimos obtidos.
07Março2020 Questão 42
Questão 42.: A X-Lib, S.A. opera no setor do retalho e possui um conjunto de lojas espalhadas por todo o país.
Recentemente foi adquirida uma loja localizada em Coimbra, tendo sido transferidas, para esta loja, diversas mercadorias
no valor de 100 000 EUR, de forma a possibilitar a abertura ao público do referido espaço.
No decurso do primeiro mês de atividade foram efetuadas compras de mercadorias (entregues diretamente na loja de
Coimbra) no montante global de 50 000 EUR. Sabe-se, ainda, que neste período foram efetuadas vendas no valor de 80 000
EUR.
A X-Lib, S.A. utiliza o método de retalho como técnica para a mensuração do custo dos inventários, em virtude de ter uma
grande quantidade de itens que mudam rapidamente e cujas margens são semelhantes. A margem bruta média definida
pela entidade é de 25% das vendas.
Atendendo exclusivamente ao exposto, o custo das mercadorias vendidas a reconhecer pela X-Lib, S.A. deve ser.
a) 70 000 EUR. b) 60 000 EUR. c) 30 000 EUR. d) Nenhum dos anteriores.
Enquadramento Normativo e Resolução
Trata-se de uma questão relacionada com mensuração de inventários, no caso concreto, de determinar o custo das
mercadorias vendidas pelo que teremos de recorrer à NCRF 18 Inventários, nomeadamente, Técnicas para a mensuração
do custo, § 21 e 22.
De acordo com § 22, da NCRF 18, “É usada muitas vezes uma percentagem média da margem bruta…”
Daqui resulta que o CMVMC = 75% das Vendas = 0,75 x 80 000 = € 60 000
Resolução 07Março2020 Questão 43
Questão 43.: No dia 7 de setembro de 2019, uma determinada entidade portuguesa prestou um serviço a um cliente sedeado nos Estados
Unidos, faturado por 90 000 USD, ficando contratualizado que o recebimento ocorreria em 31 de janeiro do ano seguinte. No entanto, a
instabilidade geopolítica originou um conjunto de variações cambiais, conforme seguidamente se demonstra:

• 7 de setembro de 2019 - EUR/USD = 1,2 • 31 de dezembro de 2019 - EUR/USD = 1,24 • 31 de janeiro de 2020 - EUR/USD = 1,25

A quantia a reconhecer na demonstração dos resultados da entidade portuguesa, na data do recebimento, relativa somente às referidas
variações cambiais, deverá configurar:

a) Um rendimento de 3 000 EUR. b) Um gasto de 3 000 EUR. c) Um rendimento de 580,65 EUR. d) Um gasto de 580,65 EUR.

Enquadramento Normativo e Resolução

Trata-se de uma questão relacionada com a mensuração de operações efetuadas em moeda diferente da moeda utilizada nas demonstrações
financeiras da Entidade , ou seja, de alterações na taxa de câmbio. Assim, a norma aplicável é a NCRF 23 Os efeitos de Alterações em Taxas
de Câmbio.

Nas operações em moeda estrangeira utilizamos o câmbio da data da operação, salvo, se o câmbio for fixado entres as partes ou por uma
terceira Entidade.

À data do Balanço as dívidas a pagar ou a receber resultantes de operações originariamente em moeda estrangeira e as disponibilidades em
moeda estrangeira são ajustadas à taxa de câmbio da data do Balanço.

Data da operação = 90 000/1,2 = € 75 000,00 Euros; Data do Balanço = 90 000/1,24 = € 72 580,65; Recebimento = 90 000/ 1,25 = € 72 000

Gasto cambial (diferença de câmbio desfavorável) = € 72 580,65 - € 72 000,00 = € 580,65

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