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Ficha de diagnóstico

Casos Práticos – Para


iniciar Auditoria Fiscal

1. A sociedade A, Lda dedica-se à comercialização de vestuário. Em 31/12/2015,


mantém no seu armazém, a coleção outono/inverno de 2010, valorizada ao
custo, pelo montante de 20.000 euros. Esta entidade não decidiu ainda o que
fazer a estes inventários, mas decidiu registar uma perda por imparidade,
corresponde a 50% (10%/ano) do valor aos inventários que possuía em
armazém. Esta perda por imparidade:
a) É aceite para efeitos fiscais;
b) Não é aceite para efeitos fiscais;
c) Concorre para determinação do lucro tributável;
d) Deve ser diferida e reconhecida no momento do abate do ativo.

Resposta: Partindo do pressuposto que as perdas por imparidade em inventários são dedutíveis
no apuramento do lucro tributável de acordo com o n.º 1 e 2 do artigo 28º do CIRC, estas terão
por consequência um impacto fiscal ao serem forçosamente registradas como um gasto (na
conta 652 em contrapartida do débito da conta 329), baixando o RAI e consequentemente o
resultado do período, beneficiando a eficiência fiscal da empresa, que se traduzirá em menos
imposto a pagar.

Contudo há que ter em atenção se essas depreciações são dentro do período de vida útil do
ativo correspondente, caso contrário as mesmas não serão aceites (só em casos muito
excecionais e mediante autorização prévia da AT) de acordo com o n. 5 do artigo 3.º do Regime
de Depreciações e Amortizações (DR n.º25/2009 de 14 Setembro).

2. A sociedade AB, Lda que se dedica à comercialização de equipamentos


agrícolas, adquiriu no final de 2015 mercadorias no valor de 10.000 euros, que
foram vendidas nesse mesmo ano. Esta sociedade aproveitou as boas relações
comerciais com o fornecedor dos equipamentos e as condições de crédito, sem

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juros, só tendo de pagar estes bens, no final de 2017. Os equipamentos
adquiridos tinham um justo valor de 9.500 euros. Na determinação do lucro
tributável de 2015:

a) Deve acrescer o montante de 500 euros;


b) Deve deduzir o montante de 500 euros;
c) Não efetuar qualquer ajustamento;
d) Deve deduzir 250 euros.

1 – São dedutíveis no apuramento do lucro tributável as perdas por imparidade em


inventários, reconhecidas no mesmo período de tributação ou em períodos de tributação
anteriores, até ao limite da diferença entre o custo de aquisição ou de produção dos
inventários e o respetivo valor realizável líquido referido à data do balanço, quando este
for inferior àquele.

3. A sociedade LL, Lda adquiriu em março de 2013 uma viatura ligeira de


passageiros, pelo preço de 50.000 euros, depreciada à taxa máxima ???
Em julho de 2015 alienou esta viatura pelo preço de 10.000 euros. Considere,
se aplicável, um coeficiente de desvalorização monetária de 1, 05.
Qual o efeito no Lucro tributável do período de 2015?
a) Deduzir 1.250 euros;
b) Deduzir 6.875 euros;
c) Deduzir 3.250 euros;
d) Não efetuar qualquer ajustamento.

Adquirida em 2013 por 50.000,00 tx dep. 25% anual já foram depreciadas 3 quotas

50000,00 x 25% = 12.500 x 3 = 37.500,00

As mais ou menos valias resultantes da alienação do bem obtêm-se mediante a aplicação da


seguinte fórmula: MV/mv = VR – (VA x coef. + EV + DAQ *DAL), sendo
MV/mv = 10.000 – (50.000 * 1,05 + )

7871 – Alien. 2433 – IVA Liq. 12 – Dep. ordem


10000,00 12300,00 12300

   
4.
433 – Eq. básico 438 – Dep acum. 6871 - Alien.
50000,00 37.500,00 12500
     
     
     
     

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10.000 - (50.000 x 1,05) - 37500
Resposta: Tendo este ativo fixo tangível uma vida útil de 4 anos (Código: 1440
e taxa de 25%) e que a mesma foi alienada no seu 3º ano de vida (2015),
conclui-se caso as as depreciações tenham sido segundo o método da linha
reta que não estava totalmente depreciada, mas tinha um valor
Não é de descurar que a empresa possa ser passível de ser tributada em sede
de tributação autónoma mesma pode s

Artigo 47.º
Correção monetária das mais-valias e das menos-valias
1 – O valor de aquisição corrigido nos termos do n.º 2 do artigo anterior é
atualizado mediante aplicação dos coeficientes de desvalorização da moeda
para o efeito publicados em portaria do membro do Governo responsável pela
área das finanças, sempre que, à data da realização, tenham decorrido pelo
menos dois anos desde a data da aquisição, sendo o valor dessa atualização
deduzido para efeitos da determinação do lucro tributável.
2 – A correção monetária a que se refere o número anterior não é aplicável aos
instrumentos financeiros, salvo quanto às partes de capital.
3 – Quando, nos termos do regime especial previsto nos artigos 76.º a 78.º, haja
lugar à valorização das participações sociais recebidas pelo mesmo valor pelo
qual as antigas se encontravam registadas, considera-se, para efeitos do
disposto no n.º 1, data de aquisição das primeiras a que corresponder à das
últimas.

5. A sociedade Alfa, Lda, concluiu em 2015 a construção de armazém comercial,


que afetou de imediato à sua atividade. O Valor global do edifício, cifrou-se em
500.000 euros, tendo avaliação do terreno um VPT de 140.000 euros.
Reconheceu como depreciações do período, relativamente a este imóvel, o
valor de 10.000 euros. Para efeitos fiscais, terá a sociedade que efetuar algum
ajustamento?
a) Não.
b) Sim, acrescer para efeitos fiscais o valor de 2800 euros;
c) Sim, acrescer para efeitos fiscais o valor de 2500 euros;
d) Sim, acrescer para efeitos fiscais 10000 euros;

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6. A sociedade DD, Lda, procedeu à revalorização de um ativo fixo tangível, para o
valor de 55.000 euros, ao abrigo de legislação fiscal. Este bem tinha como custo
de aquisição 50.000 euros. A taxa de depreciação praticada em 2015 foi
5 %. Para efeitos fiscais, que ajustamento deverá ser efetuado para
apuramento do lucro tributável?
a) Acrescer 100 euros;
b) Acrescer 250 euros;
c) Acrescer 2750 euros;
d) Acrescer 2500 euros;

7. A sociedade AA, Lda no período de 2013, apurou uma diferença positiva entre
as mais e menos valias realizadas de 2.000 euros.
Declarou a intenção expressa de reinvestimento dos valores de realização
(10.000 euros). Porém no final do período de 2015 apenas tinha reinvestido o
valor de 6.000 euros. Para efeitos fiscais que ajustamento deve a sociedade AA,
Lda efetuar?

a) Acrescer 1.000 euros;


b) Acrescer 1.115 euros;
c) Acrescer 460 euros;
d) Não efetuar qualquer ajustamento.

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8. A sociedade Alfa, Lda detém uma participação de 30 % no capital social da
sociedade JL, Lda, desde o ano de 2010.
A sociedade participada obteve no período de 2014, lucros de 50.000 euros e
pagou dividendos em 2015, no valor de 40.000 euros.
O resultado líquido da participada no período de 2015 foi negativo no valor de
10.000 euros.
Para efeitos fiscais que ajustamentos terá a Sociedade Alfa, Lda que efetuar no
apuramento do lucro tributável de 2015?

a) Acrescer e deduzir o montante de 15.000 euros;


b) Acrescer e deduzir o valor de 3.000 euros;
c) Acrescer o valor de 12.000 euros;
d) Acrescer o valor 15.000 euros e deduzir o valor de 12.000 euros.

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9. A sociedade LL, SA adquiriu em bolsa de valores, em novembro de 2015, um
lote de 10.000 açoes da empresa Alto Rendimento, SA, detidas para
negociação, representativas de 0,2% do capital social desta, ao preço unitário
de 1 euro. Em 31/12/2015 a cotação das ações ascendia a 2 euros. Para efeitos
fiscais, que ajustamento deve a sociedade LL, SA efetuar?
a) Acrescer 10.000 euros;
b) Não efetuar qualquer ajustamento;
c) Deduzir 10.000 euros;
d) Nenhuma afirmação é correta.

10. A sociedade Alfa, SA adquiriu em 2015, 5.000 ações da sociedade Bem Bom, SA,
cotadas em bolsa de valores, pelo preço de 5.000 euros (1 euro/ação),
correspondente a 7% do capital social.
No final de 2015, a cotação destas ações cifrava-se em 5.500 euros ação (1,1
/ação)
Em 2016, alienou 2.500 ações por 3.000 euros (1,2/ação) passando a deter 3,5
% do capital.
Que ajustamentos fiscais, para efeitos de apuramento do lucro tributável, terá a
sociedade Alfa, SA que efetuar?
a) Deduzir em 2015, 500 euros e em 2016 deduzir 250 euros e acrescer 750
euros;
b) Deduzir em 2015, 500 euros e em 2016 deduzir 250 euros e acrescer 500
euros;
c) Em 2016, deduzir 250 euros e acrescer 500 euros;
d) Deduzir em 2015, 500 euros.

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