1. O documento fornece instruções sobre impostos sobre rendimentos, IVA e inventários para uma disciplina de auditoria tributária no Instituto Superior de Contabilidade e Auditoria de Moçambique. Inclui questões sobre tratamento fiscal de dividendos, aumento de capital, mais-valias de alienação de participações de capital e dedução de IVA.
1. O documento fornece instruções sobre impostos sobre rendimentos, IVA e inventários para uma disciplina de auditoria tributária no Instituto Superior de Contabilidade e Auditoria de Moçambique. Inclui questões sobre tratamento fiscal de dividendos, aumento de capital, mais-valias de alienação de participações de capital e dedução de IVA.
1. O documento fornece instruções sobre impostos sobre rendimentos, IVA e inventários para uma disciplina de auditoria tributária no Instituto Superior de Contabilidade e Auditoria de Moçambique. Inclui questões sobre tratamento fiscal de dividendos, aumento de capital, mais-valias de alienação de participações de capital e dedução de IVA.
INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E AUDITORIA DE MOÇAMBIQUE
(ISCAM) CURSO DE CONTABILIDADE E AUDITORIA DISCIPLINA DE AUDITORIA TRIBUTÁRIA I SEMESTRE (POS-LABORAL)
#DE VOLTA A ACADEMIA# – EXAME PRESENCIAL I CHAMADA – 02/09/2020
“A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria sim, com tudo o
que possuis, adquire o conhecimento. Exalta-a, e ela te exaltara; e, abraçando-a tu, ela te honrará”- Provérbios 4:7-8
Secção I – IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO
1. A Sociedade Leksus Maintenance, Lda recebeu em 2015 da Sociedade
Matlanga Bswixa, Lda, ambas com sede em Mocambique, em cujo capital tem uma participação de 18% (desde 2009), dividendos no montante de 500.000Mt. Por força do regime aplicável em termos de dupla tributação económica dos lucros distribuídos, qual o tratamento fiscal a dar a nível da declaração de rendimentos a esses dividendos, em sede da Leksus Maintenance, Lda? (3,0v)
Para as participações não compreendidas no art. 40, é concedida um
crédito de imposto (dedução à colecta) igual a: (Lucros distribuídos x taxa do IRPC / 1- taxa do IRPC) x 60% . O montante deste crédito de imposto é adicionado ao lucro tributável (art. 53, nº 1 a). • Como calcular o crédito de imposto por DTE? • [(Lucros distribuídos x taxa do IRPC) / (1- taxa do IRPC)] x 60% • [500.000x32%/(1-0,32)] • = (160.000/0,68)x60% • = 235.294,12x60% • = 141.176,47Mt a adicionar ao Lucro tributável nos termos do a) do numero 1 do artigo 53 conjugado com artigo 64, ambos do CIRPC e o mesmo valor correspondera a dedução a colecta (campo 303 do quadro 10) do M/22.
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2. Um aumento de capital de uma sociedade realizado por um sócio através da entrega de um gerador industrial de 500kva: (3,0v) a) Constitui para a sociedade uma variação patrimonial tributada em IRPC; b) Constitui para a sociedade uma variação patrimonial não tributada em IRPC. Vide alínea a) do n.1 do artigo 21 do CIRPC c) É tributada em imposto do selo, por se tratar de uma transmissão gratuita; d) Embora sujeita a tributação em imposto do selo, está isenta de tributação por se tratar da transmissão de um bem entre o sócio e a sociedade de que faz parte; e) O valor daquele aumento do capital devera ser certificado por auditor independente. Vide n.2 do artigo 114 do Código Comercial
3. Matlanga Bswixa, Lda, detém uma participação de capital de 20% numa
pequena empresa, cotada na Bolsa de Valores de Moçambique e adquirida em 2016. Em finais de 2019, alienou a participação de capital, obtendo uma mais- valia no valor de 2.000.000 Mt, pelo que: (3,0v) a) A mais valia é considerada em 65% do seu valor e tributada à taxa especial de 20%, com opção pelo englobamento. b) A mais valia é considerada em 65% do seu valor e tributada à taxa especial de 20%, sem opção pelo englobamento. c) A mais valia é considerada em 65% do seu valor e englobado na declaração de rendimento, como estamos em presença de rendimentos provenientes das mais-valias (resultantes da alienação de instrumentos de capital), deve ser considerado o período de detenção (4 anos) e enquadrado o ganho nos termos da alínea c) do numero 3 do artigo 40 do CIRPS, tributando apenas 65% da mais-valia, devendo proceder ao englobamento com os demais rendimentos de outras categorias, nos termos do n.1 do artigo 26 do CIRPS. Estamos em presença de rendimento de terceira categoria, nos termos da alínea b) do número 1 do artigo 13 do CIRPS. d) A mais valia é considerada em 100% do seu valor e tributada à taxa especial de 10%, sem opção pelo englobamento. e) A mais valia é considerada em 65% do seu valor e o englobamento não é obrigatório na declaração de rendimento.
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Considerar que a participação de capital detida por Matlanga Bswixa, Lda é de uma empresa cotada na Bolsa de Valores de Moçambique, tal facto só seria relevante tratando-se de rendimentos de capitais (rendimentos provenientes da detenção dos instrumentos de capitais – a acção).
Secção I – IVA
4. O que entende por isenção incompleta, simples ou parcial? (3,0v)
a) São as isenções de que beneficiam os sujeitos passivos mistos; b) São isenções que conferem, por vezes, direito à dedução do IVA; c) São isenções que conferem o direito à dedução do IVA suportado; d) São isenções que não conferem o direito à dedução do IVA suportado, destacando as que nos termos da alinea b) do n.1 do artigo 15 do CIVA o legislador não as confere direito a dedução.
Justificação (identifique 2 situações de enquadramento da situação):
5. Melita, Lda, está enquadrada no regime simplificado do IVA, regulamentado
pelos artigos 42º a 50º do CIVA. Após a venda de um produto emite uma factura, liquidando IVA sobre os mesmos, à taxa normal de 17%. Face ao CIVA: (3,0v) a) O IVA liquidado não tem que ser entregue ao Estado uma vez que a empresa Melita, Lda está enquadrada no regime simplificado; b) O IVA liquidado deve ser entregue ao Estado e a Melita, Lda mantém-se enquadrado no regime simplificado; vide alínea e) do n.1 do artigo 2 do CIVA c) O IVA liquidado não tem que ser entregue ao Estado porque a Melita, Lda não é sujeito passivo de IVA. d) A Melita, Lda, por força da liquidação do IVA, sai automaticamente do regime especial de isenção, passando obrigatoriamente a liquidar IVA pelos produtos que vender a partir desse momento;
6. A Kurula Empreendimentos, Lda, é uma empresa que actua no ramo de
transportes de mercadorias. Durante o mês de Agosto de 2020 teve gastos com gasóleo, sendo que para tal suportou IVA do gasóleo de 250 mil meticais com o gerador, 300 mil meticais de gasóleo com os camiões de mercadorias,
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75 mil meticais de gasóleo com viaturas de apoio (cabine simples ligeira). Como auditor fiscal, aconselharia a deduzir, com base legal, o seguinte montante de IVA: (3,0v) a) 625 mil meticais b) 437,5 mil meticais, nos termos numero 1, alínea b) do CIVA, o IVA do gasóleo suportado com os camiões de mercadorias e das viaturas de apoio é dedutível em 50% - (300/2 + 75/2 =187.5) e o IVA de gasóleo suportado com o gerador é dedutível em 100%, nos termos da subalínea iii) da alínea b) do n.1 do artigo 20 do CIVA. Total 437,5 =250+187,5 c) 450 mil meticais d) 312,5 mil meticais e) 275 mil meticais f) Nenhuma das alternativas anteriores
7. Analisada a rubrica de inventários da sociedade Kurula Empreendimentos,
Lda, constatou-se: Compra de inventários 100.000 unidades @ 10Mt (Janeiro); 100.000 unidades @ 15Mt (Março). Vendeu 150.000 unidades (Outubro). Discuta o possível valor do inventário e do custo dos meios circulantes materiais vendidos à luz das NIRF, indicando o parágrafo da Norma e em sede do CIRPC, podendo ser: (2,0v) a) O valor final dos inventários de 500.000Mt e custo de inventários vendidos/consumidos de 2.000.000Mt. b) O valor final dos inventários de 750.000Mt e custo de inventários vendidos/consumidos de 1.750.000Mt. pela aplicação do critério de valorização dos Inventários – FIFO, adoptado no n.2 do artigo 5 do Regulamento do CIRPC, alterado pelo Decreto 68/2009, de 11 de Dezembro, conjugado com o parágrafo 17 da NCRF9. c) O valor final dos inventários de 625.000Mt e custo de inventários vendidos/consumidos de 1.875.000Mt. pela aplicação do critério de valorização dos Inventários – CMP, adoptado no n.2 do artigo 5 do Regulamento do CIRPC, alterado pelo Decreto 68/2009, de 11 de Dezembro, conjugado com o parágrafo 17 da NCRF9.
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d) O valor final dos inventários de 500.000Mt e custo de inventários vendidos/consumidos de 1.750.000Mt. e) Nenhuma das alternativas
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