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MBA em Gestão de Projetos e Implantação de

Empreendimentos de Engenharia
Professor: Luis Perez Zotes, DSc
Disciplina: Decisões de Investimento e
Disciplina de Capital

UM MAR DE CONHECIMENTO i
Todos os direitos quanto ao conteúdo deste material didático são reservados
ao(s) autor(es).

Luis Perez Zotes, DSc


Decisões de Investimento e Disciplina de Capital
1a Edição;
Rio de Janeiro; FGV in Company
Cursos de educação continuada.
37páginas

1. Viabilidade econômico-financeira, avaliação de projetos

Coordenadores Acadêmicos
Prof. Carlos A. C. Salles Jr.
Prof. Carlos Magno da S. Xavier

Proibida a reprodução dos textos originais, mesmo parciais, e por qualquer processo, para a utilização fora da Petróleo Brasileiro S.A.
– Petrobras, sem prévia autorização.

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Sumário
1. Programa da disciplina.................................................................................................. 4 
1.1 Ementa ................................................................... Erro! Indicador não definido. 
1.2 Carga horária total ................................................. Erro! Indicador não definido. 
1.3 Objetivos ................................................................ Erro! Indicador não definido. 
1.4 Conteúdo programático.......................................... Erro! Indicador não definido. 
1.5 Metodologia ........................................................... Erro! Indicador não definido. 
1.6 Critérios de avaliação............................................. Erro! Indicador não definido. 
1.7 Bibliografia recomendada ...................................... Erro! Indicador não definido. 
1.8 Curriculum resumido do professor ........................ Erro! Indicador não definido. 
2. Material Complementar ............................................... Erro! Indicador não definido. 

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1. Programa da disciplina
1.1 Ementa

Montagem de Fluxo de Caixa de Projetos. Avaliação de fluxos de caixa pelos métodos do Valor
Presente Líquido. Taxa Interna de Retorno , Índice de Lucratividade e Pay-Back. Seleção de
Projetos. Decisão de iniciar um projeto - Go No Go. Projetos com vidas econômicas distintas.
Imposto de Renda. Lucro não operacionais e perdas contábeis. Necessidades de capital de giro.
Avaliação de projetos em condições de incerteza. Arvore de decisão. Valor monetário esperado.
Equivalentes a certeza, coeficiente de variação, Análise de sensibilidade. Analise de cenários.
Taxa de desconto ajustadas. Alavancagem.

1.2 Carga horária total

24 horas/ aula

1.3 Objetivos

 Conduzir um processo de avaliação correta de projetos usando modelos determinísticos.


 Identificar os impactos na rentabilidade dos projetos quando se inclui na analise alternativas
como tributação, lucros e perdas contábeis.
 Apresentar a origem e a necessidade de um eficiente gerenciamento do capital de giro da
empresa.
 Entender o papel e as considerações inerentes ao risco no processo decisório e como tratá-lo.
 Apresentar e operacionalizar os conceitos de alavancagem operacional, financeira e
combinada. Ponto de equilíbrio operacional e financeiro.

1.4 Conteúdo programático

Analisar o valor do Análise de projetos de investimento pelos diversos métodos: VPL,


TIR, TIRM, IR, Payback, Payback Descontado e Valor Contábil
dinheiro no tempo.
Médio. Tópicos Especiais.
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Gerenciamento do Avaliação de projetos em condições de incerteza. Arvore de


risco decisão. Valor monetário esperado. Equivalentes a certeza,
coeficiente de variação, Análise de sensibilidade. Analise de
cenários. Taxa de desconto ajustadas
Alavancagem Custos operacionais fixos, variáveis, semi-variáveis. Custos
Operacional, financeiros, juros e dividendos.
Financeira e
Combinada.

1.5 Metodologia

Aulas expositivas dos aspectos teóricos, calcadas em exemplos de aplicabilidade prática,


exercícios e estudo de caso.

1.6 Critérios de avaliação

Os critérios de avaliação a serem aplicados, a forma e os prazos associados serão comunicados


no início da disciplina, em sintonia com as orientações da coordenação acadêmica, sendo o grau
final necessário para aprovação igual ou superior a SETE.

1.7 Curriculum resumido do professor

LUIS PEREZ ZOTES, D.Sc. - Engenheiro Civil pela PUC/RJ. Extensão em Administração de
Empresas. Mestre em Engenharia Civil pela UFF. Doutor em Engenharia de Produção pela
COPPE/RJ. Prof. da Universidade Federal Fluminense, Escola de Administração, nas disciplinas
Administração Estratégica, Planejamento Organizacional, Administração Financeira II e
Controle de Gestão.Professor de Matemática Financeira no MBA em Administração
Empresarial, Convênio UFF/Varig e de Finanças Corporativas e Matemática Financeira em
diversos MBAs da Fundação Getúlio Vargas – FGV. Professor de Gestão Estratégica de Custos,
no MBA em Gestão da Qualidade Total da UFF. Coordenador do MBA Engenharia Econômica e
Financeira da Escola de Engenharia da UFF. Prof. de Administração Financeira I e II no MBA
Engenharia Econômica e Financeira da UFF e no MBA Controladoria e Finanças da UFF. Prof.
de Economia da Empresa no Mestrado Profissional em Sistemas de Gestão da UFF. Professor
do IBMEC, Pós-Graduação, com as disciplinas Administração da Qualidade e Estratégia
Empresarial nos MBA Gestão de Negócios e Marketing. Coordenador do MBA em Finanças
Corporativas na UNIBACEN – Universidade Corporativa do Banco Central.

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1.8 Material Complementar

Materiais complementares disponíveis nos endereços eletrônicos abaixo discriminados.

www.andima.com.br Associação Nacional das Instituições do Mercado


Aberto
www.bacen.gov.br Site do Banco Central do Brasil
www.bndes.gov.br Site do Banco Nacional de Desenvolvimento e
Social apresenta : a empresa; os produtos , linhas
de financiamento e publicações.
www.bovespa.com.br Página de bolsas de Valores de São Paulo, com
dados sobre o mercado local de ações
www.cvm.gov.br Site da Comissão de Valores Mobiliários:
legislação sobre o mercado de capitais, balanços
das empresas de capital aberto .
www.damodaran.com Página do Prof. Damodaran, com muitos dados e
planilhas de avaliação de negócios.
www.economatica.com.br Apresenta versão de demonstração com muitas
informações sobre empresas brasileiras listadas em
Bolsa.
www.exame.com.br O site da Exame reune notícias do mercado
www.fgv.br/fgvmanagement Site da Fundação Getúlio Vargas, com acesso a
inúmeras informações sobre Economia e
Administração, bem como os cursos oferecidos.
www.projectmanagersmba.com Para os gerentes de projetos compreenderem os
impactos das decisões sobre os sistemas de
negócios

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2. Material de Apoio

Ricardo Bordeaux-Rego,Goret Pereira Paulo, Ilda Maria de P. A. Spritzer e Luis Perez Zotes.
Viabilidade econômico-financeira de projetos. Serie Gerenciamento de projetos. Editora FGV.
Rio de Janeiro, 2006.

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3. BIBLIOGRAFIA

Brealey , R. & Myers, S. Principles of Corporate Finance, 6th Ed., Boston: McGraw-Hill, 2000.
________, S. Principles of Corporate Finance, 7th Ed., Boston: McGraw-Hill, 2003.
Brigham, Eugene F. e L. Capenski, L. e Ehrhardt, M.Administração Financeira, Teoria e Prática,
São Paulo: Atlas, 2001.
Cohen, Dennis – Gestão de Projetos: MBA Executivo- Rio de Janeiro: Campus, 2002.
Copeland, Tom, Tim Koller e Jack Murrin, Avaliação de Empresas –Valuation- Makron
Books, 2000.
Damodaran, Aswath – Avaliação de Investimentos: ferramentas e técnicas para determinação do
valor de qualquer ativo – Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997.
Damodaran, Aswath, Finanças Corporativas Aplicadas- Porto Alegre: Bookman, 2002.
Souza, Alceu, Clemente, A. Decisões financeiras e análise de investimentos: fundamentos,
técnicas e aplicações. São Paulo: Atlas, 1997.
Ricardo Bordeaux-Rego,Goret Pereira Paulo, Ilda Maria de P. A. Spritzer e Luis Perez Zotes.
Viabilidade econômico-financeira de projetos. Serie Gerenciamento de projetos. Editora FGV.
Rio de Janeiro, 2006.

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O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO

1.1 Introdução
O importante é maximização da riqueza da empresa a longo prazo. Os recursos para a realização
de inversões são insuficientes para atender a todas as oportunidades existentes e devemos buscar
a decisão mais interessante.
É fundamental evitar, sempre, juízos de valor, subjetivismos, experiências anteriores ou pura
intuição.

1.2 Análise de projetos de investimento

CONCEITOS PRELIMINARES

TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE


É a rentabilidade mínima aceitável para qualquer aplicação, estabelece uma base para aceitação
ou rejeição de propostas de investimentos.

RISCO
Quando todas as ocorrências possíveis de uma certa variável encontram-se sujeitas a uma
distribuição de probabilidades conhecida através de experiências passadas ou que pode ser
calculada com algum grau de precisão.

INCERTEZA
Quando a distribuição de probabilidades não pode ser avaliada (situações pouco repetitivas,
pouco comuns ).

ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Medir os efeitos produzidos quando variamos os dados de entrada.

DEPRECIAÇÃO
É uma parcela de valor imputada ao custo de produção, correspondente ao desgaste sofrido
durante a utilização do ativo fixo no processo produtivo.

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1.3 Principais métodos de análise

1. MÉTODO DO VALOR ATUAL LÍQUIDO

Transferência para o instante presente de todas as variações de caixa esperadas, descontadas à


taxa mínima de atratividade.

Xn
Xn-1
____________________________
 0 1 2 3 ... N-1 N
X1
Io

VPL = - Io + X1 / (1+i )1 +... + Xn-1 / (1+i ) n-1 + Xn / (1+i ) n

donde :

n
VPL = - Io +  Xj / ( 1+i )j
j=1

ANÁLISE

VPL  0, projeto rejeitado, uma vez que os benefícios não


recuperam o investimento realizado.

VPL = 0, indiferente, o retorno do valor é igual ao custo do


capital.

VPL  0, economicamente interessante e, quanto maior, mais


atraente.

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EX.

A gerência de uma fábrica está considerando a possibilidade de instalar uma nova


máquina. A proposta de investimento envolve um gasto inicial de $ 10000,00 objetivando
uma redução de custo da ordem de $ 2000,00 por ano, durante os próximos 10 anos. Sendo
a taxa mínima de atratividade para a empresa de 10 % ao ano, deseja-se saber se o
investimento é atrativo.

Solução

$ 2000,00
____________________________________________
0___1____2_____________________________________10

$ 10000,00

R: VPL = + $ 2289,00  P ATRATIVO.

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2. MÉTODO DO BENEFÍCIO LÍQUIDO ANUAL UNIFORME.

Transforma todos os fluxos de caixa do projeto considerado numa série uniforme de pagamentos
equivalente, indicando desta forma o valor do benefício líquido, por período, pela alternativa de
investimento.

PMT = VPL . i (1+i ) n / (1+i) n –1

ANÁLISE

Se PMT  0  projeto deve ser rejeitado.


Se PMT = 0  projeto indiferente.
Se PMT  0  projeto é economicamente atraente.

EX.
A gerência de marketing de uma indústria está analisando 3 possibilidades para a
localização de uma central de distribuição para seus produtos. Admitindo-se um período
de utilização de 10 anos, e as estimativas abaixo discriminadas, determinar a localização
mais adequada sendo a taxa mínima de atratividade
i = 15 % a.a .

Localização Investimento Redução anual de Valor residual


necessário custos do Projeto
A 28000,00 4600,00 24000,00
B 34000,00 5600,00 28000,00
C 38000,00 6200,00 31000,00

Resposta

PMTA = + 203,00; PMTB = + 204,00 e PMTC = + 155,00

ANÁLISE:
Como a alternativa B apresenta o maior benefício líquido anual,
+ 204,00, é a alternativa preferida sob o ponto de vista econômico.

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3. MÉTODO DO CUSTO ANUAL UNIFORME.

Este método é uma derivação do método do benefício líquido anual uniforme, particularizado
para o caso de comparação entre alternativas em que ocorram variações nos custos, mantendo-se
iguais os benefícios para todas as alternativas em consideração .

EX.

Sejam as seguintes alternativas de investimento:

Discriminação Alternativa A Alternativa B


Investimento Necessário 50000 30000
Custo Operacional Anual 13000 18800
Custo Anual Manutenção 2000 1200
Valor Residual Projeto 25000 15000
Vida Estimada 10 10

Qual é a alternativa mais conveniente para a empresa que opera com uma taxa mínima de
atratividade de 20%. ?

Sol.
Alt.A
25000
0____1__2__3______________________________10
 _________15000______________________
50000

Resp.
PMTA = - $ 25962,00

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Sol.
Alt.B
15000
0____1__2__3______________________________10
 _________ 20000_____________________
30000

Resp.

PMTB = - $ 26577,00

ANÁLISE

Como a alternativa A representa menor custo anual uniforme, implica em ser a alternativa
mais conveniente para a empresa.

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1.3 Métodos alternativos de investimento

MÉTODO DA TAXA INTERNA DE RETORNO

MÉTODO DO PERÍODO DE PAYBACK

MÉTODO DO PAYBACK DESCONTADO

MÉTODO DA TAXA MÉDIA DE RETORNO CONTÁBIL

MÉTODO DO ÍNDICE DE RENTABILIDADE

1. MÉTODO DA TAXA INTERNA DE RETORNO

A taxa interna de retorno ( TIR ou IRR ) é aquela para a qual o valor presente das receitas torna-
se igual ao das despesas

é a taxa que torna nulo o valor presente líquido do projeto.

ela sintetiza em apenas um número todos os méritos de um projeto, número este intrínseco ao
projeto e só depende dos fluxos de caixa.

Ela caracteriza, desta forma, a taxa de remuneração do capital investido.

n
VPL = - Io +  Xj / ( 1+TIR )j = 0
j=1

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PROJETO INDEPENDENTE
É aquele cuja aceitação ou rejeição não depende da aceitação ou
rejeição de outros projetos.

PROJETOS MUTUAMENTE EXCLUDENTES


Pode-se aceitar o projeto A ou o projeto B, ou pode-se rejeitar
ambos. O que não se pode é aceitar os dois ao mesmo tempo.

PROBLEMAS QUE AFETAM TANTO PROJETOS INDEPENDENTES QUANTO


PROJETOS MUTUAMENTE EXCLUDENTES

INVESTIMENTO
Aceitar o projeto se a IRR for superior à taxa de desconto.
Rejeitar o projeto se a IRR for inferior à taxa de desconto.

FINANCIAMENTO
Aceitar o projeto se a IRR for inferior à taxa de desconto.
Rejeitar o projeto se a IRR for superior à taxa de desconto.

TAXAS MÚLTIPLAS DE RETORNO


Quando os fluxos de caixas mudam de sinal (-100, +200, -100), pode haver mais de uma IRR e o
método não será válido.

PROBLEMAS QUE AFETAM OS PROJETOS MUTUAMENTE EXCLUDENTES

ESCALA
Comparar os VPLS dos dois projetos. O de maior VPL é o melhor.

Calcular o VPL incremental, (PM - Pm). Se for maior que zero, PM é melhor que Pm .

Calcula-se a IRR incremental e se ela for maior que a taxa de desconto escolhemos o projeto
maior, PM.

DISTRIBUIÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA NO TEMPO


Calculam-se os VPLS dos dois projetos. O maior é o melhor.

Comparar a IRR incremental à taxa de desconto. Se for maior, o projeto maior é o melhor.

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EX.
Alternativa R: Reforma da linha de produção
Taxa mínima de atratividade = 8 % a.a

__________________2000________________
0____1__2__3______________________________10

10000

VPLR = 3420, 16
TIR = 15,10 %

Alternativa A: Aquisição de uma nova linha de produção

10705
______________ 4700 __________________ 
0___1___2___3____________________________10

30000

VPLR = 6495, 87
TIR = 12,00 %

FLUXO INCREMENTAL

10705
______________ 2700 __________________ 
0___1___2___3____________________________10
 20000

Resposta

Como TIR A-R = 10,7 % a.a é maior que a taxa de desconto, 8 %, podemos afirmar que a
alternativa de maior investimento, aquisição de nova linha de produção, é a preferida.

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OBS: O analista deve assegurar-se, antes de proceder à análise incremental, se a proposta


de menor investimento apresenta um retorno superior ao mínimo exigido. Caso contrário,
a análise estará invalidada.

EX.

Um filme vai ser produzido com uma verba pequena ou com uma verba grande. Os fluxos de
caixa estimados são:

F0 F1 VPL IRR
Verba Pequena -10 +40 22 300%
Verba Grande -25 65 27 160

Devido ao risco elevado, considerou-se apropriado uma taxa de desconto de 25%. Qual é o
melhor?

Sol.

F0 F1
Fluxos incrementais de caixa - 25 - (-10) = -15 65 - 40 = 25
resultantes da escolha da Verba
Grande em lugar da Verba Pequena

Fórmula de cálculo da IRR incremental:


0 = - 15 + 25 / (1 + IRR), donde IRR = 66,67 %  25 %

VPL dos fluxos incrementais de caixa:


- 15 + 25 / 1,25 = 5  0 , atraente .

Sabemos que o filme com verba pequena seria aceitável como um projeto independente, pois seu
VPL é positivo.

CONCLUSÃO
O melhor projeto é o de Verba Grande!

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2. MÉTODO DO PERÍODO DE PAYBACK

Um determinado limite de tempo é escolhido e todos os projetos que tiverem seu período de
payback igual ou inferior são aceitos e, quando superior, são rejeitados

PROBLEMAS

Não considera a distribuição dos fluxos de caixa dentro do período de recuperação.


Não considera os fluxos de caixa posteriores ao período de recuperação.
Padrão arbitrário na escolha do período de payback.

USO
Usado em investimentos de pequeno valor, pouco importantes.

3. MÉTODO DO PAYBACK DESCONTADO

É igual ao método do período de payback, com a diferença que as parcelas são descontadas e em
seguida pergunta-se quanto tempo seria necessário para que os fluxos de caixa descontados se
igualassem ao investimento inicial.

PROBLEMAS

Não considera os fluxos de caixa posteriores ao período de recuperação.


Padrão arbitrário na escolha do período de payback.

USO
Usado em investimentos de pequeno valor, pouco importantes.

4. MÉTODO DA TAXA MÉDIA DE RETORNO CONTÁBIL

RCM = LUCRO LÍQUIDO MÉDIO / VALOR MÉDIO DO


INVESTIMENTO

onde,

LUCRO LÍQUIDO MÉDIO


Lucro do projeto, depois do I.R. e da depreciação.

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VALOR MÉDIO DO INVESTIMENTO


Valor contábil médio do investimento dividido pela vida útil.

PROBLEMAS
Usa fluxos contábeis (lucro líquido, valor contábil ...) e não fluxos de caixa.
Não leva em consideração a distribuição dos fluxos no tempo.
Não oferece orientação sobre a taxa de retorno desejada.

5. MÉTODO DO ÍNDICE DE RENTABILIDADE

n
IR = {  Xj / ( 1+i )j } / I0 = (VPL +Io ) / Io
j=1

ou,

IR = VP dos fluxos de caixa posteriores ao investimento inicial,


dividido pelo investimento inicial

ANÁLISE

P/ PROJETOS INDEPENDENTES

SE IR  1 , ACEITAR O PROJETO.
SE IR  1 , RECUSAR O PROJETO.

P/ PROJETOS MUTUAMENTE EXCLUDENTES

EM PROBLEMAS DE ESCALA, USAR A IR INCREMENTAL E SE IR  1, ACEITAR


O PROJETO MAIOR.

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1.4 Análise de projetos com vidas econômicas diferentes

Quando os projetos de investimento têm durações diferentes, uma solução é equiparar os


períodos usando o m.m.c., e depois, é só calcular o valor presente de cada um . A outra solução e
mais simples é transformar os VPLs dos projetos originais em PMTs e escolher o projeto que
apresente a PMT maior.

Ex.

Projeto CF0 CF1 CF2 CF3


A -100 +70 +80 +90
B -200 +170 +120

1.5 Investimentos com restrição de capital

Havendo vários projetos em pauta, surge a necessidade de selecionar o pacote orçamentário


economicamente mais interessante, cuja demanda por recursos não ultrapasse o valor disponível.

EX.
A Alta Administração de uma empresa recebeu as seguintes solicitações de investimento de seus
vários departamentos para o orçamento de capital do próximo ano:

Depto. Alter. Investimento Benefícios Valor Vida econômica (a)


estimados residual
1 A 25000 3900 500 10
2 B 15000 2500 - 10
3 C 30000 5200 - 10

Considerando que a empresa só dispõe de $ 60000,00 para financiar os projetos e que sua taxa
mínima de atratividade é de 8 % a.a, qual deve ser o pacote orçamentário ideal?

Sol.
Pacote Conteúdo Investimento Valor Presente
Pacote Necessário Líquido
1 Nenhum Projeto 0 0
2 A 25000 1401
3 B 15000 1775
4 C 30000 4892
5 A+B 40000 3176

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6 A+C 55000 6293


7 B +C 45000 6667
8 A+B+C 70000 8068

ANÁLISE:
A resposta correta recairá sobre o pacote 7 uma vez que ele é o mais atraente, maior valor
presente das alternativas viáveis, e com investimento acumulado menor que $ 60000, a restrição
orçamentária.

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1.6 Análise de projetos após o imposto de renda

Três casos podem ocorrer na prática:


1. a vida econômica do projeto  vida contábil
2. a vida econômica do projeto = vida contábil
3. a vida econômica do projeto  vida contábil

Uma máquina está estimada em R$ 16000,00, com vida econômica útil igual a 6 anos. Após este
tempo, a máquina será retirada de operação com valor residual líquido nulo. Durante a
utilização, acredita-se que venham a ser reduzidas despesas com mão-de-obra em R$5000,00 em
cada ano. Verificar a taxa interna de retorno do projeto para:
a) Uma vida contábil de 4 anos.
b) Uma vida contábil de 6 anos.
c) Uma vida contábil de 7 anos.

Sol. Para uma vida contábil de 4 anos.


Ano Fluxo de caixa Depreciação Lucro Imposto de Fluxo de caixa
antes I.R. anual tributável Renda após I.R.
a b c=a+b d = 0,35 c e=a+d
0 - 16000 - 16000
1 + 5000 - 4000 + 1000 - 350 + 4650
2 + 5000 - 4000 + 1000 - 350 + 4650
3 + 5000 - 4000 + 1000 - 350 + 4650
4 + 5000 - 4000 + 1000 - 350 + 4650
5 + 5000 +5000 - 1750 + 3250
6 + 5000 +5000 - 1750 + 3250

IRR = 15,7 % a.a.

Sol. Para uma vida contábil de 6 anos.


Ano Fluxo de caixa Depreciação Lucro Imposto de Fluxo de caixa
antes I.R. anual tributável Renda após I.R.
a b c=a+b d = 0,35 c e=a+d
0 - 16000 - 16000
1 + 5000 - 2667 + 2333 - 817 + 4183
2 + 5000 - 2667 + 2333 - 817 + 4183
3 + 5000 - 2667 + 2333 - 817 + 4183

UM MAR DE CONHECIMENTO
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4 + 5000 - 2667 + 2333 - 817 + 4183


5 + 5000 - 2667 + 2333 - 817 + 4183
6 + 5000 - 2667 + 2333 - 817 + 4183

R. IRR = 14,6 % a.a.

30 CASO: A VIDA ECONÔMICA DO PROJETO  VIDA


CONTÁBIL

Se VResidual  VContábil , implica em Lucro Não - Operacional , Tributável.


Se VResidual  Vcontábil , implica em Perda Contábil, abatida do Lucro para fins de I.R.

Ano Fluxo de Deprec. Lucro ou Lucro Imposto Fluxo de


caixa anual Perda tributável de Renda caixa
antes I.R. Contábil após I.R.
a b c d = a + b +c e = 0,35 d f=a+e
0 - 16000 - 16000
1 + 5000 - 2286 + 2714 - 950 + 4050
2 + 5000 - 2286 + 2714 - 950 + 4050
3 + 5000 - 2286 + 2714 - 950 + 4050
4 + 5000 - 2286 + 2714 - 950 + 4050
5 + 5000 - 2286 + 2714 - 950 + 4050
6 + 5000 - 2286 - 2286 + 428 - 150 + 4850

R. IRR = 14,3 % a.a.

Resumindo :

Vida Contábil Taxa de Retorno


(anos) ( IRR ) %
4 15,7
6 14,6
7 14,3

Quanto mais rapidamente for realizada a depreciação, maior será a IRR, dado que o pagamento
de maiores valores de imposto é postergado para períodos mais remotos, melhorando a
rentabilidade do projeto.

UM MAR DE CONHECIMENTO
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2. Alavancagem operacional, financeira e combinada

CONCEITOS

ALAVANCAGEM - é a capacidade que a empresa possui para usar ativos ou recursos com um
custo fixo, a fim de aumentar o retorno para o seu proprietário.

Variações na alavancagem acarretam mudanças no nível de retorno e do risco associado.

Alavancagem maior implica em retornos e riscos maiores


Alavancagem menor implica em retornos e riscos menores

RISCO DO NEGÓCIO - é o risco da incapacidade de cobrir custos operacionais.

ALAVANCAGEM OPERACIONAL

É a capacidade de usar custos operacionais fixos para aumentar os efeitos das variações das
VENDAS sobre o LAJIR.

GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL (GAO) =  LAJIR / VENDAS

EX.
VENDAS 1000 1500 +50%
Receita de Vendas 10000 15000
(-) Custos Operacionais Variáveis 5000 7500
(-) Custos Operacionais Fixos 2500 2500
LAJIR 2500 5000 +100%

FÓRMULA PARA CÁLCULO DO GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL


(GAO), A UM NÍVEL DE VENDAS X

GAO = X (p - v) / X (p - v) - F

onde
X= volume de vendas

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p = preço de venda / unidade


F = custo operacional fixo / período
v = custo operacional variável / unidade

( do ex. anterior)

X= 1000
p = 10
v=5 e
F = 2500, implica em :

GAO = 1000 (10-5) /1000 (10-5) - 2500 = 2,0

CUSTOS FIXOS E A ALAVANCAGEM OPERACIONAL

Variações nos custos operacionais fixos afetam significativamente a alavancagem operacional.

A empresa quando substitui uma parte de seus custos operacionais variáveis por fixos  maior
grau de alavancagem operacional  maiores riscos, pelo aumento do ponto de equilíbrio  a
empresa precisa vender mais !!

O grau pelo qual maiores vendas elevam o LAJIR, também cresce.

justifica-se o maior risco assumido com base nos maiores retornos que se espera resultem do
aumento das vendas.

O administrador financeiro é o responsável pela tomada de decisões consistentes com a


manutenção de um nível desejado de alavancagem operacional.

ALAVANCAGEM FINANCEIRA

É a capacidade da empresa usar encargos financeiros fixos para maximizar os efeitos da variação
no LAJIR sobre o lucro por ação, LPA.

UM MAR DE CONHECIMENTO
27

A alavancagem financeira resulta da presença de encargos financeiros fixos no fluxo de lucros da


empresa. Esses encargos não variam com o LAJIR da empresa; eles precisam ser pagos
independentemente do LAJIR disponível para cobri-los. São eles:

JUROS SOBRE EMPRÉSTIMOS


DIVIDENDOS SOBRE AÇÕES PREFERENCIAIS

GRAU DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA (GAF) =  LPA / LAJIR

Ex.

LAJIR - 40 % 6000 10000 14000 + 40 %


(-) Despesas com juros 2000 2000 2000
= lucro antes do IR ( LAIR ) 4000 8000 12000
(-) provisão para IR (t = 0,40) 1600 3200 4800
= lucro líquido ( LL ) 2400 4800 7200
(-) dividendos preferenciais (DP) 2400 2400 2400
= lucro disponível aos acionistas 0 2400 4800
comuns ( LDAC )
n o de ações = 1000
LPA 2400/1000 4800/1000 +100 %
= 2,4 = 4,8

 (GAF) =  LPA /  LAJIR = 100 / 40 = + 2,5


REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UM PLANO DE FINANCIAMENTO

6
5
4
LPA 3 Ponto de Indiferença
2
1
0
6000 10000 14000
LAJIR

UM MAR DE CONHECIMENTO
28

JUROS + DIVIDENDOS + IR = 6000

Quanto mais inclinado, mais alavancado o plano!

PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO - É o montante de LAJIR necessário para a


empresa cobrir seus encargos fixos financeiros, isto é, o ponto onde o LPA = 0.

PONTO DE INDIFERENÇA - É o ponto de interseção de dois planos de financiamento.

FÓRMULA PARA CÁLCULO DO GRAU DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA


(GAF) , AO NÍVEL BASE DE LAJIR

GAF = LAJIR / LAJIR - J - DP. [1 / ( 1 - T ) ]

RISCO FINANCEIRO – é o risco da incapacidade de cobrir custos financeiros.


À medida que os encargos financeiros aumentam, o nível de LAJIR necessário para cobri-los
aumenta; não conseguindo pagar seus compromissos financeiros, a empresa pode ser forçada
pelos credores, que não tiveram seus direitos satisfeitos, a fechar suas portas!

Quanto maiores custos fixos financeiros  maior alavancagem financeira  maior nível de
risco financeiro  maiores retornos!

ALAVANCAGEM COMBINADA

É a capacidade da empresa usar custos fixos, tanto operacionais como financeiros, para aumentar
o efeito das variações nas vendas sobre o lucro por ação. É o impacto total dos custos fixos na
estrutura operacional e financeira da empresa.

GRAU DE ALAVANCAGEM COMBINADA =  LPA /  VENDAS

Se GAC  1, existe alavancagem combinada.

RELAÇÃO ENTRE ALAVANCAGEM OPERACIONAL, FINANCEIRA E


COMBINADA

GAC = GAO X GAF

UM MAR DE CONHECIMENTO
29

ou seja, GAC = (  LAJIR /  VENDAS ) X (  LPA /  LAJIR )

=  LPA /  VENDAS

ou,

GAF = X ( p - v ) / X ( p - v ) - F - J - DP ( 1 / 1 - t )

RISCO TOTAL - É o risco associado com a capacidade de cobrir custos operacionais e


financeiros.

Quanto maiores forem os custos fixos operacionais e financeiros, maior será o nível de vendas
requerido para cobri-los !

UM MAR DE CONHECIMENTO
30

EXERCICIOS SELECIONADOS

1a Questão
Atualmente uma companhia de ônibus mantém a política de substituição aos 12 anos de idade,
quando o valor residual do veículo atinge 10% do valor de compra. O preço de um ônibus novo é
de R$ 110.000,00 e seus custos de operação e manutenção crescem com a idade. Um estudo
estatístico estimou que esses custos são de aproximadamente R$ 18.000,00 no primeiro ano,
aumentando de R$ 400,00 por ano. A empresa deseja analisar se a mudança dessa política de
substituição para a idade de dez anos quando o valor residual do ônibus é ainda 25% do valor
inicial é mais vantajosa para a empresa. Sua taxa mínima de atratividade antes dos impostos é de
10% a.a.

R. o PMT12 é –35384 e o de 10 é de –35666. Logo, não é vantajosa.

2a Questão
Sejam as seguintes alternativas de investimento:

Discriminação Alternativa A Alternativa B


Investimento Necessário R$ 40.000,00 R$ 30.000,00
Custo Operacional Anual R$ 8.000,00 R$ 12.000,00
Custo Manutenção Anual R$ 2.000,00 R$ 1.200,00
Valor Residual do Projeto R$ 5.000,00 R$ 3.000,00
Vida Estimada 5 anos 3 anos

Qual é a alternativa mais conveniente para a empresa que opera com uma taxa mínima de
atratividade de 15 %?

R. Sendo o PMTA = -21191 e o PMTB =-25475, logo, A é a mais conveniente(PMT maior).

3a Questão
Que carteira de projetos você montaria se o seu capital de investimento fosse limitado em
R$ 18.000,00? A taxa mínima de retorno é de 20% e a razão benefício/custo foi calculada
dividindo-se o valor atual dos benefícios líquidos (receita menos custos) pelo investimento
inicial.

Projeto Investimento inicial Vida útil Razão bem./custo


1 4.200,00 6 3,77
2 4.400,00 4 3,37
3 4.700,00 7 3,64
4 8.900,00 8 2,43
5 9.100,00 5 2,24
UM MAR DE CONHECIMENTO
31

R. 1,3 e 4

4a Questão
Uma linha de produção a ser implantada necessita de uma máquina estimada de R$ 21.000,00
com vida econômica útil de 6 anos a ser adquirida com os recursos próprios e de recursos iniciais
para capital de giro de R$ 10.000,00 a serem capitalizados em uma linha de crédito bancária a
um custo de 5% ao ano e pagos ao final de 5 anos. A linha de produção deverá ser desativada em
um prazo de 6 anos e a máquina retirada de operação com VRM = R$ 3.000,00. Durante a
utilização acredita-se que venham a ser reduzidas despesas com mão-de-obra em R$ 6.000,00 em
cada ano. Use o método de depreciação linear e suponha uma taxa de IR = 25%, que não deverá
incidir sobre a parcela dos juros do empréstimo. A empresa opera com TMA = 10% ao ano.
Verifique se o projeto é atraente.

R: O projeto é atraente porque a taxa interna de retorno (TIR) é de 10,05%, maior que a Taxa
mínima de atratividade que é de 10% ao ano.

5a Questão
Determinada empresa está considerando uma proposta para fabricar um novo produto. O
departamento de planejamento foi requisitado para fazer uma análise econômica, supondo um
ciclo de vida do produto igual a dez anos e uma alíquota de imposto de renda de 35%. O custo
original do maquinário é de R$ 90.000,00, devendo apresentar um valor de revenda de R$
10.000,00. Além disso, será necessário um capital de giro de R$ 30.000,00. As receitas
estimadas são de R$ 60.000,00 no primeiro ano, R$ 90.000,00 no segundo ano e R$ 120.000,00
por ano a partir do terceiro. Os custos operacionais (excluída a depreciação) são de R$ 48.000,00
no primeiro ano, R$ 65.000,00 no segundo ano e R$ 80.000,00 por ano a partir do terceiro.
Admitindo-se uma carga anual de depreciação de R$ 7.500,00 e que a vida contábil seja de seis
anos, pede-se determinar a taxa interna de retorno após os impostos.

R. TIR = 16,76

6a Questão
Um determinado projeto vai ser realizado com uma verba pequena ou com uma verba grande. Os
fluxos de caixa estimados e os dados disponíveis são:

Verba F0 F1 F2 F3
Pequena -25 +45 +25 -10
Grande -250 +165 +195 +30

UM MAR DE CONHECIMENTO
32

Qual é o projeto mais atraente, considerando uma taxa mínima de atratividade de 15% ? Resolva
pelo método do valor presente líquido e do índice de rentabilidade .

R. O grande, pois o IR incremental é 1,15 maior que 1.

7a Questão
Certo equipamento custa R$ 100.000,00 e tem uma vida útil de sete anos com valor residual de
R$ 15.000,00. Enquanto ele está sendo instalado é possível dotá-lo de certos mecanismos de
proteção e controle que, sem alterar o seu valor residual, prolongam sua vida por mais três anos,
e ainda reduzem seus custos anuais operacionais de energia de R$ 4.000,00. Qual o valor
máximo que pode ser despendido nesse investimento adicional para que valha a pena realizá-lo?
A taxa mínima de retorno da empresa é de 12% a.a. antes dos impostos.

R. O projeto sem acréscimos já não passa, quanto mais com acréscimos. O investimento não
poderia ser superior a R$ 27430,49!

8a Questão
Uma companhia estuda a instalação de uma turbina para geração de energia elétrica.
Atualmente, a energia é comprada de uma concessionária por R$ 280.000,00 anuais. A turbina
exigiria um investimento inicial de R$ 1.400.000, 00, consumindo R$ 58.000, 00 anualmente de
combustível e R$ 21.000, 00 de manutenção e mão-de-obra. A vida útil da instalação seria de 10
anos e os impostos e seguros ascenderiam a 3% do investimento inicial. Sendo a taxa mínima de
atratividade de 12% ao ano e considerando que o valor residual do equipamento estaria estimado
em 10% do valor de aquisição do equipamento, verificar se a companhia deve realizar tal
dispêndio de capital. Use o método da TIR.

R. TIR= 3,79, logo não deve.

9a Questão
Um fabricante de peças está analisando uma alteração em seu processo de produção. Duas
alternativas estão em consideração, sendo que ambas exigem a realização de inversões,
resultando em contrapartida, em redução dos atuais custos de produção. Cada uma das
alternativas apresenta as seguintes características:

Discriminação Alternativa A Alternativa B


Custo Inicial R$ 10.000,00 R$ 15.000,00
Redução Anual de Custos R$ 2.400,00 R$ 2.700,00
Valor Residual R$ 2.000,00 Nulo
Vida econômica 7 anos 8 anos
UM MAR DE CONHECIMENTO
33

A alternativa A exigirá, contudo, após 5 anos de utilização, uma inversão adicional de R$


5.000,00 destinada a promover uma modificação no projeto original. A empresa opera com uma
taxa mínima de atratividade igual a 7 %. Verifique qual das alternativas é a mais atraente e
admitir que, para fazer face ao desembolso no quinto ano de operação da alternativa A, será
constituído um fundo de reserva a partir da capitalização de depósitos anuais iguais durante os
cinco anos, a uma taxa de 10 % ao ano. A alternativa B, por sua vez, demandará ao término de
sua vida útil um desembolso com a desmobilização da linha de produção de R$ 8.000,00.

R. Sendo projetos com vidas diferentes, a decisão recairá pelo projeto de maior PMT, no caso
PMTA=152,48. PMTb=-591,76

10a Questão
Os departamentos de marketing e de produção de uma empresa estudam a possibilidade de
lançamento de um novo produto. Pesquisas de mercado indicaram a possibilidade de uma
demanda anual de 30.000 unidades, a um preço de R$ 12,00 a unidade.
Alguns equipamentos existentes seriam usados sem interferir na produção atual, com um custo
adicional de R$ 4.000,00 por ano. Novos equipamentos no valor de R$ 300.000,00 seriam
necessários, sendo a sua vida econômica de 5 anos. O valor de revenda, após esse período, seria
de R$ 20.000,00 e o custo de manutenção estimado é de R$10.000,00 por ano. Um adicional de
R$ 50.000,00 a título de capital de giro será ainda requerido pelo projeto. Mão-de-obra direta e
custo de matéria–prima seriam de R$ 4,00 e R$ 3,00 por unidade respectivamente, não havendo
mudanças nas demais despesas administrativas, operacionais e de vendas. Impostos municipais
montarão, anualmente, a 3% do investimento fixo.
Considerando uma taxa mínima de atratividade de 10% ao ano, deve ser lançado tal produto?

R. VPL= 174.894,00, logo deve ser lançado o produto.

11a Questão
Analise a viabilidade de se melhorar o padrão de qualidade de uma fábrica através de compra de
equipamentos adicionais que diminuiriam a percentagem de peças defeituosas produzidas.
Atualmente essa percentagem é de 10%, sendo o custo do reparo por conta do fabricante no valor
de R$ 150,00 por unidade. Os investimentos adicionais são de R$ 90.000,00 e o valor residual de
R$ 15.000,00 após dez anos de utilização, com custos anuais adicionais de R$ 40.000,00 por ano
de mão-de-obra, energia etc, diminuindo a percentagem de defeitos para 6% da produção.
Qual a produção anual necessária da fábrica para que esses investimentos sejam viáveis?
Considere a taxa mínima de atratividade igual a 10% a.a.

R. 8951 unidades anuais

UM MAR DE CONHECIMENTO
34

12a Questão Analisar a viabilidade econômica de se substituir uma operação manual por outra
mecanizada. Atualmente, na operação manual, os gastos em mão-de-obra incluindo todos os
encargos chegam a R$ 84.000,00 por ano. Os investimentos em equipamentos para a
maquinização são de R$ 160.000,00, sendo 15% desse montante despendido com o treinamento
da equipe que vai operar o referido equipamento. Os gastos anuais adicionais de energia e
manutenção na mecanização são de R$ 5.000,00 e R$ 14.000,00, respectivamente. A vida útil do
sistema mecanizado é de dez anos com o valor residual de 10% do investimento no equipamento
e a taxa mínima de retorno da empresa antes dos impostos é de 12% a.a.

R. A operação mecanizada tem um custo menor! (PMT= -46.542)

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

13a Questão
A gerência de certa empresa está considerando a mecanização de seus serviços de embalagem.
Atualmente os produtos são acondicionados manualmente a um custo anual de R$ 30.000,00.
Dois tipos de equipamentos capazes de executar a mesma função encontram-se disponíveis no
mercado, apresentando as seguintes características:

discriminação equipamento A equipamento B


Custo inicial 100.000,00 70.000,00
Custo operacional anual 12.000,00 15.000,00
Valor residual 13.000,00 8.000,00
Vida econômica 10 anos 10 anos

Sendo a taxa mínima de atratividade para a empresa igual a 12% a.a., qual equipamento deve ser
o escolhido? Utilizar o método da taxa interna de retorno.

14a Questão
Duas empilhadeiras estão sendo consideradas para movimentação de materiais numa fábrica.
Ambas possuem vida útil estimada em quatro anos. A empilhadeira A exigirá um investimento
de R$ 10.000,00, enquanto para B o investimento será de R$ 6.000,00. Os custos operacionais
também serão diferentes conforme pode ser observado abaixo:

ano empilhadeira A Empilhadeira B


1 7.500,00 8.000,00
2 7.600,00 8.150,00
3 7.700,00 8.300,00
4 7.800,00 8.450,00

UM MAR DE CONHECIMENTO
35

As empilhadeiras A e B terão valores residuais iguais a R$ 1.500,00 e R$ 1.600,00,


respectivamente. Sendo a taxa mínima de atratividade igual a 10% a.a., pede-se decidir sobre a
alternativa mais econômica com base nos custos anuais uniformes.

15a Questão
Uma empresa estuda a possibilidade de instalar uma turbina para produção de energia elétrica.
No momento, tal energia é comprada e acarreta um custo de R$ 280.000,00 por ano. A aquisição
da turbina exigirá:

Investimento inicial 1.400.000,00


Despesa anual com combustível 58.000,00
Manutenção e mão-de-obra anual 21.000,00
vida útil 10 anos
imposto e seguro anual 3% do investimento inicial
taxa mínima de atratividade 12% a.a.

Pergunta-se: A turbina deve ser instalada?

16a Questão
Um fabricante de parafusos está analisando se convém adquirir um torno automático para a sua
linha de produção. O valor do equipamento já instalado é de R$ 30.000,00. Seu valor residual
após cinco anos de utilização será nulo. Estima-se que anualmente será obtido um excedente de
receitas sobre despesas, da ordem de R$ 9.000,00. Sendo a taxa mínima de atratividade igual a
8% a.a. e a alíquota de imposto de renda igual a 35%, verificar se o projeto é rentável. Utilizar o
critério de taxa interna de retorno e admitir a vida contábil igual à vida econômica.

17a Questão
Certa firma Industrial está considerando a possibilidade de instalar uma linha de transportadores
controlada eletronicamente. O investimento inicial será de R$ 180.000,00, mas causará uma
redução nas despesas de operação anual de R$ 50.000,00. O investimento será inteiramente
depreciado em quinze anos pelo método linear. Entretanto, ao final de doze anos o equipamento
será inútil para a empresa e, nesta época, será retirado de operação sem nenhum valor de
revenda. Determinar a taxa de retorno do empreendimento, considerando que a alíquota de
imposto de renda é de 38% a.a.

UM MAR DE CONHECIMENTO
36

18a Questão
Um grupo empresarial interessado em diversificar suas atividades, ingressando na indústria de
insumos básicos, tem disponível um projeto cimenteiro e outro de produção de celulose para
escolher. Os fluxos de caixa antes dos impostos para ambos os projetos são:

ano P.cimento (R$) P.celulose (R$)


0 -3.200,00 -2.100,00
1 -5.000,00 -2.800,00
2 -2.400,00 -2.100,00
3 2.800,00 900,00
4 3.600,00 2.200,00
5 a 19 3.700,00 2.200,00
20 6.700,00 3.900,00

Sendo a alíquota de imposto de renda para ambos os projetos de 36%, recomendar o mais
interessante para o grupo sem considerar na análise as fontes de recursos necessárias para
financiar as alternativas. O custo do capital após os impostos é de 4% a.a.

19a Questão
O departamento de manutenção de uma fábrica cotou um compressor a ser adquirido para uso
em suas oficinas tendo seu preço sido orçado em R$ 300.000,00. O fornecedor do equipamento
sugeriu que poderia ser mais econômico para a empresa efetuar uma operação de leasing, cujo
custo seria de R$ 80.000,00/ano durante cinco anos. Considerando-se que o compressor
apresenta uma especificação de 12.000 horas de vida útil e que deverá operar 1.200 horas/ano,
estimou-se um valor residual, após cinco anos, igual a R$ 150.000,00. Sendo a alíquota de
imposto de renda da empresa de 35% e seu custo de capital próprio de 12% a.a., determinar a
decisão mais econômica entre a compra e o arrendamento. Grafar as curvas de valor presente
líquido em função do custo do capital para as duas alternativas.

20a Questão
Uma empresa está considerando a possibilidade de lançar um novo produto no mercado. A
instalação da nova linha requererá um dispêndio de capital de R$ 65.000,00 para investimentos
fixos e R$ 5.000,00 para capital de giro, sendo que esta última verba deverá ser paga ao final do
projeto, ao banco XYZ, a um custo de 7% ao ano. Estima-se uma vida econômica para o projeto
de 10 anos. A empresa espera vender uma produção anual de 5.000 toneladas a um preço
unitário de R$ 10,00. Os custos operacionais anuais foram estimados em R$ 35.000,00. Se a
empresa pretende um retorno após os impostos de 10 % ao ano, verificar:
 a atratividade do projeto

UM MAR DE CONHECIMENTO
37

 a sensibilidade do projeto para a hipótese de uma variação negativa de 15 % no preço


unitário de venda
 a sensibilidade do projeto para a hipótese de uma variação positiva de 20 % nas vendas.
Considerar a alíquota do Imposto de Renda igual a 35 %, e usar o método de depreciação linear.

UM MAR DE CONHECIMENTO


ANÁLISE DE VIABILIDADE
DE PROJETOS

ANÁLISE DE VIABILIDADE
DE PROJETOS

Prof. LUIS PEREZ ZOTES, D.Sc

UM MAR DE CONHECIMENTO

REVISÃO DE CÁLCULOS FINANCEIROS
1. Anuidades constantes postecipadas:
FV
pagamentos PMT PMT PMT PMT
postecipados,
constantes,
periódicos e taxa = i
limitados
0 1 2 3 n

PV

 1  i n  1   1  i n  1 
PV  PMT    FV  PMT   
 1  i   i 
n
 i 

REVISÃO DE CÁLCULOS FINANCEIROS


2. Anuidades constantes antecipadas:
FV
pagamentos PMT PMT PMT PMT PMT
antecipados,
constantes,
periódicos e
limitados
0 1 2 3 n-1 n
taxa = i
PV

 1  i n  1   1  i n  1 
PV  PMT     1  i  FV  PMT     1  i 
 1  i   i 
n
 i 

UM MAR DE CONHECIMENTO

REVISÃO DE CÁLCULOS FINANCEIROS
3. Perpetuidades constantes:
PMT PMT PMT (...)

taxa = i
0 1 2 3 ∞

PV

PM T
PV 
i

REVISÃO DE CÁLCULOS FINANCEIROS


4. Perpetuidades com pagamentos em PG:
to = g 4
m en P M T (1 + g )
re s c i
x a de c P M T ( 1 + g ) 3
ta
P M T ( 1 + g )2
PM T
PV =
PMT
P M T (1 + g )
i  g 
1 2 3 4 5
ta x a i

PMT  1  g  PMT  1  g  PMT  1  g 


2 n 1
PMT
PV =    ...   ...
1  i  1  i 
2
1  i 
3
1  i 
n

a PG converge se 0  q 1
1  g  PMT
 Isto é uma PG infinita de razão (q) = e 1º termo (a1) =
1  i  1  i 

UM MAR DE CONHECIMENTO
4
REVISÃO DE CÁLCULOS FINANCEIROS
5. Anuidades com pagamentos em PG:

REVISÃO DE CÁLCULOS FINANCEIROS


Outra sugestão seria efetuar a diferença entre os valores presentes
de duas perpetuidades em progressão geométrica: PV
PV  PV1  2

1  i 
n

P M T (1 + g ) n + k-1
P M T (1 + g ) n
P M T (1 + g ) n - 1

P M T (1 + g ) 4
3
P M T (1 + g )
P M T(1+ g)2
P M T ( 1+ g )
PMT

(...) (...)
1 2 3 4 5 n n + 1 n + k
ta x a i

PV1 PV2 P e rp e t u id a d e 2
P e rp e t u id a d e 1

UM MAR DE CONHECIMENTO

REVISÃO DE CÁLCULOS FINANCEIROS
6. Perpetuidades com pagamentos em PA:

)R
1
k-
+
(n
R

+
n
)R

T
+

M
-1

P
(n

M
R

P
T+

4
3R

+
PM

T
R

M
2

P
M
+
R

P
T
+
T

M
M

P
M
P

(...) (...)
1 2 3 4 5 n n+ 1 n+k
ta x a i

 PMT  PMT R
PMT PMT PV   2
PV =    ...   ...   i i

 1  i  1  i  2
1  i 
n


 R

2R
 ... 
 n  1  R  n  R  ...   n  k  1  R  ...
 
         
n 1 n k
    
2 3 n

 1 i 1 i 1 i 1 i 1 i 

REVISÃO DE CÁLCULOS FINANCEIROS


7. Anuidades com pagamentos em PA:
)R
-1
(n
4R

+
T
+
R

M
3

P
R

M
+
2

P
R

T
+

M
+

PMT
T

M
M

P
P

(...)
1 2 3 4 5 n
ta x a i
PV

 PMT
PV =  
PMT
 
PMT  
 
R

2R
 
 n  1  R 
...  ... 
 1  i  1  i  2 1  i    1  i  1  i 
n 2 3
1  i  
n

UM MAR DE CONHECIMENTO

REVISÃO DE CÁLCULOS FINANCEIROS
Como resolver? Uma sugestão seria efetuar a diferença entre os
valores presentes de duas perpetuidades em progressão aritmética:
PV2
PV  PV1 
1  i 
n

P M T (1 + g ) n + k-1
P M T (1 + g ) n
P M T (1 + g ) n - 1

P M T (1 + g ) 4
3
P M T (1 + g )
P M T(1+ g)2
P M T ( 1+ g )
PMT

(...) (...)
1 2 3 4 5 n n + 1 n + k
ta x a i

PV1 PV2 P e rp e t u id a d e 2
P e rp e t u id a d e 1

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


1. Métodos de avaliação de projetos de investimentos:

O valor de uma empresa pode ser medido pelo valor presente de


seus futuros fluxos de caixa. Os principais métodos utilizados para
avaliar os retornos proporcionados por projetos de investimento
são os seguintes:

 Método do Payback Simples


 Método do Payback Descontado
 Método do Valor Presente Líquido
 Método do Índice de Lucratividade
 Método da Taxa Interna de Retorno

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
2. Método do Payback Simples:

O método do payback simples leva em conta o tempo de


retorno para o capital investido.
O tempo necessário para recuperar o capital investido é
conhecido como "payback".
O investidor estabelece o prazo máximo para a recuperação do
investimento, que será o marco para a aceitação ou não do
projeto.
O método do "Payback Simples" é um procedimento fácil e
direto que compara o tempo necessário para recuperar o
investimento (PBS) com o máximo tempo tolerado pelo
investidor.

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


Exemplo:
Uma empresa considera a realização de um projeto de investimentos
com 5 anos de duração. O prazo que ela suporta para o payback do
projeto é de 3 anos. A tabela apresenta os valores dos fluxos de caixa
anuais
Anos
esperados
Capitais
do projeto.Admitindo
Saldo do
Projeto
Determineque o retorno líquido em cada ano seja
o payback deste projeto.
uniformemente formado ao longo do mesmo
$130
0 -$2.500 -$2.500
(interpolação linear):
1 $800 -$1700 2 3
PBS
2 $890 -$810
3 $940 $130
PBS  2 0   810 
4 $980 $1.110 -$ 8 1 0 
32 130   810 
5 $1.050 $2.160
PBS  2, 86 anos

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Para aplicar o método do Payback Simples é necessário:
Verificar que:
 O primeiro FC seja um investimento
 Os demais FC's do investimento apresentem uma única
mudança de sinal em relação ao FC inicial.
Definir o tempo máximo tolerado (TMT) pela empresa para
recuperar o capital investido.
Comparar o PBS do projeto com o TMT definido:
 Se PBS < TMT, então o projeto de investimento deve ser
aceito.
 Se PBS  TMT então o projeto de investimento não deve ser

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS

As vantagens do método Payback Simples são as seguintes:

É de fácil aplicação.
Apresenta resultados de fácil interpretação.
O PBS é uma medida de risco do projeto: quanto maior o
PBS de um projeto, maior é o risco associado ao mesmo.
O PBS é uma medida de liquidez do projeto: quanto
menor o PBS de um projeto, maior é a sua liquidez.

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
As desvantagens do método Payback Simples são as seguintes:

Não considera o fator tempo: os FC's são todos considerados


com o mesmo peso, não importando quão distantes estejam da
data inicial.
Não considera os fluxos de caixa após o TMT definido pela
empresa: pode-se aceitar projetos de curta duração e baixa
rentabilidade e rejeitar outros com maior duração e alta
rentabilidade.
Não leva em conta a distribuição dos fluxos de caixa dentro do
período de recuperação do investimento.
Como critério de seleção nem sempre o PBS aponta o projeto

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


3. Método do Payback Descontado:
O método do Payback Descontado é uma variante do
Método PBS, eliminando seu principal ponto fraco, que é
não considerar o valor do dinheiro no tempo.

A idéia é considerar uma taxa mínima de atratividade ou


de desconto.

Há duas formas de se considerar o custo de capital da


empresa no método do PBD: calcular o valor presente
líquido do projeto ou calcular o saldo remanescente do
projeto período após período

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Exemplo (Enfoque do valor presente):
Mesmo exemplo do payback simples, considerando um custo de
Admitindo que o retorno líquido em
capital igual a 10% ao ano. cada ano seja uniformemente
formado ao longo do mesmo
Anos Capitais Valor Valor
(interpolação linear): $ 3 3 8 ,4 0
presente presente
acumulado
0 -$2.500 -$2.500 -$2.500 3 4
PBD
1 $800 $727,27 -$1.772,73
2 $890 $735,54 -$1.037,19
-$ 3 3 0 , 9 5
3 $940 $706,24 -$330,95
PBD  3 0   330, 95 
4 $980 $669,35 $338,40 
43 338, 40   330, 95 
5 $1.050 $651,97 $990,37
PBD  3, 49 anos

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


Exemplo (Enfoque do saldo do projeto):
Mesmo exemplo do payback simples, considerando
Admitindo que oum custo
retorno deem
líquido
cada ano seja uniformemente
capital igual a 10% ao ano. formado ao longo do mesmo
Anos Capitais Juros Saldo do (interpolação linear): $ 4 9 5 ,4 5
Projeto
0 -$2.500 $0,00 -$2.500
3 4
1 $800 -$250,00 -$1.950,00 PBD

2 $890 -$195,00 -$1.255,00


3 $940 -$125,50 -$440,50 -$ 4 4 0 ,5 0

4 $980 -$44,05 $495,45 PBD  3 0   440, 50 



5 $1.050 $49,55 $1.595,00 43 495, 45   440, 50 
PBD  3, 47 anos

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Para aplicar o método do Payback Descontado é necessário:
Verificar que:
 O primeiro FC seja um investimento
 Os demais FC's do investimento apresentem uma única
mudança de sinal em relação ao FC inicial.
Definir o tempo máximo tolerado (TMT) pela empresa para
recuperar o capital investido.
Comparar o PBD do projeto com o TMT definido:
 Se PBD < TMT, então o projeto de investimento deve ser
aceito.
 Se PBD  TMT então o projeto de investimento não deve ser

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


O método PBD apresenta as mesmas vantagens do PBS. Exceto
pelo fato de eliminar a falha de não levar em conta o fator tempo,
possui as mesmas desvantagens do PBS, ou seja:

 Não considera os fluxos de caixa após o TMT definido pela


empresa: pode-se aceitar projetos de curta maturação e baixa
rentabilidade e rejeitar outros com maior maturação e alta
rentabilidade.
 Não leva em conta a distribuição dos fluxos de caixa dentro do
período de recuperação do investimento.
 Como critério de seleção, nem sempre o PBD aponta o projeto

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Conforme visto, o PBS e o PBD possuem limitações, mas
podem ser úteis quando usados:

 para desempatar situações de projetos com VPL´s muito


próximos, onde a recuperação mais rápida de caixa seja
relevante.
 como segundo filtro de análise, como medida auxiliar de
risco dos projetos. Quanto mais tempo para se recuperar
o investi- mento, maior a incerteza quanto às receitas e
custos espera-dos do projeto.
 em análise de projetos sem maior significado financeiro

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


4. Método do Valor Presente Líquido:

Deve-se ter em mente que o valor de qualquer projeto de


investimento deve ser função de quatro variáveis:
 quanto foi investido
 quanto ele gera em termos de fluxo de caixa
 o instante de ocorrência de cada fluxo de caixa
 risco associado a cada fluxo de caixa

O método do Valor Presente Líquido (VPL) é mais do que um


simples cálculo. Trata-se de um método que realmente mostra a
contribuição de um dado projeto de investimento para o aumento

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
O método do VPL também é conhecido como método do
fluxo de caixa descontado. Sua equação é dada pela
seguinte expressão:
n
FCt VR
VPL   FC0   
1  i  1  i 
t n
t 1

Onde:
F C 0  In v e s tim e n to In ic ia l
F C t  F lu x o d e c a ix a líq u id o n a d a ta " t"
i  c u s to d e c a p ita l d e f in i d o p e la e m p r e s a
V R  v a lo r r e s i d u a l d o p r o je to a o f in a l d o p e r ío d o d e a n á lis e

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS

A decisão de investimento com base no método do VPL é


simples e pode ser resumida da seguinte forma:
V P L  0 , o p ro je to é v iá v e l

V P L  0 , o p ro je to é in v iá v e l

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Exemplo: Considere uma empresa que esteja interessada em
investir $600.000 num projeto cujo fluxo de caixa após impostos
está registrado na tabela a seguir. Aplicando o método do VPL,
verifique se o projeto deverá ser ou não aceito, considerando
ainda uma taxa mínima requerida igual a 12% ao ano.
7
FCi
Anos Capitais VPL   FC0  
1  i 
n
0 -$600.000 n 1

1 $120.000 120.000 150.000


2 $150.000
VPL  600.000   
1  0,12  1  0,12 
1 2

3 $200.000
80.000
4 $220.000  ...   $121.387, 53
1  0,12 
7
5 $150.000
6 $180.000
Como o VPL calculado é maior que zero,
7 $80.000 é recomendável aceitar o projeto!

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


Gráfico VPL = f (TMA):
V P L x T a x a M ín im a R e q u e r id a
R $ 6 0 0 .0 0 0 ,0 0
R $ 5 0 0 .0 0 0 ,0 0
R $ 4 0 0 .0 0 0 ,0 0
R $ 3 0 0 .0 0 0 ,0 0
R $ 2 0 0 .0 0 0 ,0 0
VPL

R $ 1 0 0 .0 0 0 ,0 0
R $ 0 ,0 0
( R $ 1 0 0 .0 0 0 ,0 0 ) 0 % 10% 20% 30% 40% 50%
( R $ 2 0 0 .0 0 0 ,0 0 )
( R $ 3 0 0 .0 0 0 ,0 0 )
Ta x a de J uros

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
As vantagens do método do VPL são as seguintes:
 Considera não apenas a taxa mínima de atratividade (risco),
mas também todos os FC´s do projeto.

 Pode ser aplicado a qualquer tipo de projeto de investimento,


não importando o nº de mudanças de sinal dos FC´s.
 Fornece uma medida real do valor acrescido à empresa na data
zero.
 Por apresentar um resultado consolidado na data zero, os VPL´s
de projetos individuais podem ser somados de forma a se
conhecer qual a contribuição do conjunto de projetos ao valor da

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


As desvantagens do método do VPL são as seguintes:

 Necessidade do conhecimento prévio da taxa mínima requerida,


ou custo de capital. Para projetos novos, esta nem sempre é
uma tarefa simples.

 Fornece como resultado uma medida absoluta ao invés de uma


medida relativa; um valor monetário ao invés de uma taxa de
juros.

 Propiciar uma tomada de decisão errada quanto à aceitação do


projeto em função do risco de reinvestimento dos FC´s

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
5. Método do Índice de Lucratividade (IL):

Uma das principais desvantagens do método do VPL é


PV dos Retornos  t = 1,2,...,n   FC  FC  ...  FC 
apresentar ILcomo resultado um valor absoluto, ao invés de um
' ' '


1 2 N
=
Investimento (t = 0) 0 FC

valor relativo.
IL =
 FC'
1 FC'
2  ... '
N

FC
FC 0  F
0 C   F C
 IL 
VPL  FC
0

FC
 IL  1 
VPL
FC
0 0 0

Ao comparar projetos de investimento tendo como base apenas


os respectivos VPL´s não se tem nenhuma referência quanto ao
valor investido em cada projeto. O método do IL tenta resolver
esta deficiência e é definido como a seguir:

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


Exemplo: O fluxo de caixa anual depois dos impostos de um projeto de
investimento está resgistrado na tabela a seguir. Calcular o IL do
projeto considerando uma taxa mínima requerida igual a 12% a.a.
Anos Capitais 50 85 110
PV dos Retornos (t  1, 2, 3)     $190, 70
0 -$120,00 1,121 1,12 2 1,123
1 $50,00 PV dos Re tornos (t  1, 2, 3) 190, 70
IL  
Investimento (t  0) 120
2 $85,00
IL  1, 59
3 $110,00

O critério de análise de projetos de investimentos baseado


no método do IL é o seguinte:
 Se IL ≥ 1, o projeto deve ser aceito.
 Se IL < 1, o projeto não deve ser aceito.

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Análise do critério do Índice de Lucratividade:
 Se IL > 1, então:
 Por cada $1 investido, o VP dos retornos gerados pelo projeto será
maior que $1, gerando um lucro de $(IL-1) por cada $1 investido.
 O VPL do projeto será maior que zero.

 Se IL =1, então:
 Por cada $1 investido, o VP dos retornos gerados pelo projeto será igual
a $1, não gerando lucro nem prejuízo.
 O VPL do projeto será igual a zero.

 Se IL < 1, então:
 Por cada $1 investido, o VP dos retornos gerados pelo projeto será

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


6. Método da Taxa Interna de Retorno (TIR):
O método da taxa interna de retorno é o maior concorrente do
método do VPL, pois também sisntetiza todos os méritos de um
projeto de investimento em um único número.
A TIR é, nan verdade,
FCt
a taxa
VR
de desconto que torna nulo o VPL
V P Ldo FC0  
 projeto, ou seja: t 
1  i  1  i 
n
t 1

S e i  T IR , o V P L  0 :
n
FCt VR
FC0     0
1  T I R  1  T I R 
t n
t 1

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS

Anos Capitais 7
FCi
0 -$2.500.000
VPL   FC0  
1  i 
n
n 1
1 $350.000
350.000 450.000 500.000
2 $450.000 VPL  2.500.000    
1  i  1  i  1  i 
1 2 3
3 $500.000
4 $750.000 750.000 750.000 800.000 1.000.000
   
1  i  1  i  1  i  1  i 
4 5 6 7
5 $750.000
6 $800.000
7 $1.000.000

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Gráfico VPL = f (TMA):
V P L x T a x a M ín im a R e q u e r id a
$ 2 .5 0 0 . 0 0 0 ,0 0

$ 2 .0 0 0 . 0 0 0 ,0 0

$ 1 .5 0 0 . 0 0 0 ,0 0

$ 1 .0 0 0 . 0 0 0 ,0 0
VPL

$ 5 0 0 . 0 0 0 ,0 0

$ 0 ,0 0 TIR
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%
- $ 5 0 0 . 0 0 0 ,0 0

- $ 1 .0 0 0 . 0 0 0 ,0 0

- $ 1 .5 0 0 . 0 0 0 ,0 0

T axa de Juros

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


Analisando o gráfico anterior pode-se observar que:
 À medida em que a taxa mínima requerida de juros aumenta, o
valor do VPL diminui.
 Existe uma taxa mínima requerida de juros que anula o VPL do
 O critérioEsta
projeto. de análise
é a TaxadeInterna
projetos
dede investimentos
Retorno (TIR) dobaseado
projeto. no
método da TIR é o seguinte:
 Se a taxa mínima requerida de juros for menor que a TIR, então o
projeto deve ser aceito (VPL ≥ 0).

 Se a taxa mínima requerida de juros for maior ou igual à TIR, então


o projeto não deve ser aceito (VPL < 0).

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
No exemplo dado, o valor da taxa interna de retorno é igual a:
Anos Capitais 7
FCi
0   FC0  
0 -$2.500.000 1  i 
n
n 1
1 $350.000 350.000 450.000 500.000
2 $450.000 0  2.500.000    
1  iRR  1  iRR  1  iRR 
1 2 3

3 $500.000
750.000 750.000 800.000 1.000.000
4 $750.000    
1  iRR  1  iRR  1  iRR  1  iRR 
4 5 6 7

5 $750.000
6 $800.000
7 $1.000.000

Com auxílio de uma calculadora financeira: iRR  14, 96% a.a.

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


As vantagens e desvantagens do método da TIR são:
 o resultado é uma taxa de juros, que pode ser diretamente
comparada com o custo de capital.
 Muitos executivos financeiros preferem tomar decisões com
base em uma taxa de juros, e a TIR os atende plenamente.
 Necessidade de uma calculadora financeira ou planilha
eletrônica para o cálculo da TIR.
 Problemas com fluxos de caixa com mais de uma mudança de
sinal (TIR´s múltiplas) Usar o método do VPL!!!
 Risco de reinvestimento dos FC´s intermediários a taxas
menores que a TIR.

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
7. TIR´s múltiplas:

Antes de se avaliar um projeto de investimento pelo método da


TIR deve-se verificar se o fluxo de caixa é do tipo simples ou
convencional, ou seja, se ele é do tipo ( - , + , + , + , ...). Somente
quando esta condição ocorrer pode-se garantir a existência de
uma única TIR financeiramente significativa para o projeto.
Exemplo: Determine
Anos a TIR do projeto a seguir:
Capitais
0 -$1.000
1 $1.1000
2 $260

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


1 .1 0 0 260
1000    0
1  i R R  1  i R R 
2

M u l tip l ic a n d o a m b o s o s la d o s p o r  1  i R R 
2
:
1 0 0 0  1  i R R   1 .1 0 0  1  i R R 
2
260  0
D iv id in d o p o r 1 .0 0 0 :
1  i R R   1, 1 0  1  i R R   0, 26
2
 0
F a z e n d o 1  i R R  x  ir r  x  1
x 2  1, 1 0 x  0 , 2 6  0  x 1  1, 3 0 e x 2   0 , 2 0
Logo : ir r1  x 1  1  i r r1  3 0 % A soluç
solução (-120%) possui um
significado puramente
ir r2  x 2  1  ir r2   1 2 0 % matemá
matemático.
tico.

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Exemplo: Determine a TIR do fluxo de caixa do projeto:
Anos Capitais
0 -$1.000
1 $2.550
2 -$1.610
2 .5 5 0 1 .6 1 0
1000    0
1  i RR  1  i R R 
2

M u l t i p l i c a n d o a m b o s o s l a d o s p o r  1  i R R 
2
e d i v i d i n d o p o r 1 .0 0 0 :
1    2 , 5 5  1  i R R   1, 6 1 
2
iRR 0  x 2  2 , 5 5 x  1, 6 1  0
 x 1  1, 1 5 e x 2  1, 4 0
Logo : i r r1  x 1  1  i r r1  1 5 % Ambas as soluç
soluções possuem
significado financeiro
i r r2  x 2  1  i r r2  4 0 %

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


A regra a seguir serve para garantir a existência de uma
única TIR no intervalo [0 , +∞[ :
Períodos Capitais Capitais Acumulados
0 FC0 FC0
1 FC1 FC0 + FC1
2 FC2 FC0 + FC1 + FC2
... ... ...
n FCn FC0 + FC1 + FC2 + FCn

Para que o FC de um projeto possua uma única TIR no


intervalo [0 , +∞[ é necessário atender simultaneamente as
seguintes condições:

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
 O capital inicial do fluxo de caixa FC0 deve ser negativo, isto é, o
capital inicial do fluxo de caixa deve ser um desembolso.

 O capital acumulado na data terminal n deve ser positivo.

 O fluxo de caixa formado pelos capitais acumulados deve possuir


uma única
Anos
mudança
Capitais
de sinal.
Acumulado Anos Capitais Acumulado
0 Exemplos: Verificar
-$1.000 a regra
-$1.000 enunciada
0 nos dois projetos
-$1.000 a seguir:
-$1.000
1 $1.1000 $100 1 $2.550 $1.550
2 $260 $360 2 -$1.610 -$60

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


Procedimento para procura e determinação das TIR’s:

 Verificar o número de mudanças de sinal no FC do projeto. Se


houver apenas uma mudança de sinal, então só existe uma TIR.

 Verificar se existe uma única TIR no intervalo [0 , +∞[.

 Caso haja mais de uma TIR no intervalo [0 , +∞[ , então


recomenda-se traçar o gráfico VPL= f (TMA) do projeto sob
análise. Ajustado convenientemente, o intervalo da taxa de
desconto usado para construir o gráfico auxiliará na determinação

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Exemplo: Determine a(s) TIR(s) do projeto a seguir:
Anos C a p it a is
0 $0 Este fluxo de caixa é típico de um
1 $ 1 8 0 .0 0 0 projeto referente à exploração de uma
2 $ 1 0 0 .0 0 0 mina de ferro:
3 $ 5 0 .0 0 0
4 - $ 1 .8 0 0 .0 0 0 1. Não há investimento inicial, pois
5 $ 6 0 0 .0 0 0 começa-se a explorar o minério na
6 $ 5 0 0 .0 0 0 superfície.
7 $ 4 0 0 .0 0 0
8 $ 3 0 0 .0 0 0 2. Nos 3 primeiros anos do projeto os
9 $ 2 0 0 .0 0 0 retornos líquidos são todos positivos.
10 $ 1 0 0 .0 0 0
3. No quarto ano ocorre o investimento
pesado, pois inicia-se a fase de
exploração subterrânea

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


Na HP-12C digita-se a seqüência a seguir:
0 g CF0 500.000 g CFJ
180.000 g CFJ 400.000 g CFJ
100.000 g CFJ 300.000 g CFJ
50.000 g CFJ 200.000 g CFJ
1.800.000 CHS g CFJ 100.000 g CFJ
180.000 g CFJ f IRR  Error 3
600.000 g CFJ

O erro encontrado indica que o cálculo é muito complexo.


A calculadora necessitará de uma estimativa do valor da TIR.

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Para fornecer uma estimativa do valor da TIR é preciso traçar o gráfico
VPL = f (TMA). Senão vejamos:
Anos C a p it a is
10
FCi
0 $0 VPL   FC0  
1  i 
n
1 $ 1 8 0 .0 0 0 n 1
2 $ 1 0 0 .0 0 0
180.000 100.000 50.000 1.800.000
3 $ 5 0 .0 0 0 VPL  0    
1  i  1  i  1  i  1  i 
1 2 3 4
4 - $ 1 .8 0 0 .0 0 0
5 $ 6 0 0 .0 0 0 600.000 500.000 400.000 300.000
    
6 $ 5 0 0 .0 0 0
1  i  1  i  1  i  1  i 
5 6 7 8

7 $ 4 0 0 .0 0 0
200.000 100.000
8 $ 3 0 0 .0 0 0  
1  i  1  i 
9 10
9 $ 2 0 0 .0 0 0
10 $ 1 0 0 .0 0 0

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


Gráfico VPL = f (TMA):

2 1 0 .0 0 0 V P L x T a x a M ín im a R e q u e r id a
1 8 0 .0 0 0

1 5 0 .0 0 0

1 2 0 .0 0 0
VPL

9 0 .0 0 0

6 0 .0 0 0
TIR1 TIR2
3 0 .0 0 0

0
10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%
- 3 0 .0 0 0

Ta x a d e J u ro s

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Na HP-12C digita-se, então, a seqüência a seguir:
0 g CF0 500.000 g CFJ
180.000 g CFJ 400.000 g CFJ
100.000 g CFJ 300.000 g CFJ
50.000 g CFJ 200.000 g CFJ
1.800.000 CHS g CFJ 100.000 g CFJ
180.000 g CFJ 20 RCL g R / S  IRR1  24, 04% a.a.
600.000 g CFJ 50 RCL g R / S  IRR2  58, 61% a.a.

Com isso chega-se ao valor das duas TIR’s deste projeto.

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


8. Risco de reinvestimento:
Tanto no método do VPL quanto no da TIR existe uma premissa
importantíssima: a taxa de reinvestimento dos fluxos de caixa
intermediários (benefícios esperados) do projeto de investimento
sob análise deve ser igual à taxa de desconto utilizada nestes
métodos.
Se isso não for verdade, então o VPL e a TIR calculados não
podem ser efetivamente utilizados como base para tomada de
decisões de investimento.
Quando a taxa de reinvestimento não coincidir com a taxa
utilizada para descontar os FC´s do projeto, deve-se utilizar o
método da MTIR para análise da viabilidade do mesmo.

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
$350.000 $ 45 0 .0 0 0 $500.000 $7 5 0 .0 0 0 $750.000 $8 0 0 .0 0 0 $1.000.000

0 1 2 3 4 5 6 7 (a n o s )

T a x a m í n im a re q u e rid a = 1 0 % a . a .

$2.500.000

7
FCi
VPL   FC0  
1  i 
n
n 1

350.000 450.000 500.000 750.000 750.000


VPL  2.500.000     
1,10  1,10  1,10  1,10  1,10 
1 2 3 4 5

800.000 1.000.000
   VPL  $508.428, 39
1,10  1,10 
6 7

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


Capitalizando-se todos os FC’s representativos dos retornos esperados do
projeto para a data 7 (à taxa de 10% a.a.) obtém-se:
$5.862.575,85

0 7 (a n o s )

T a x a m í n im a re q u e rid a = 1 0 % a . a .

5.862.575, 85
VPL  2.500.000   $508.428, 39
1  0,10 
$2.500.000 7

Este valor coincide com aquele calculado no início do exemplo,


demonstrando que é verdadeira a premissa de que "durante o prazo de
análise do projeto, todos os retornos gerados pelo mesmo devem ser
reinvestidos à taxa mínima requerida utilizada para determinar o VPL.”

UM MAR DE CONHECIMENTO

Análise de Viabilidade de Projetos
$ 3 5 0 .0 0 0 $ 4 5 0 .0 0 0 $ 5 0 0 .0 0 0 $ 7 5 0 .0 0 0 $ 7 5 0 .0 0 0 $ 8 0 0 .0 0 0 $ 1 .0 0 0 .0 0 0
Anos Capitais VF dos retornos
(*)
0 -$2.500.000 0 1 2 3 4 5 6 7 (anos )

T IR = 1 4 ,9 6 % a .a .
1 $350.000 $807.883,20
$ 6 .6 3 5 .8 5 8 ,6 5
2 $450.000 $903.537,72 $ 2 .5 0 0 .0 0 0

3 $500.000 $873.287,06 0 7 (a no s )
T ax a de juros = ?
4 $750.000 $1.139.466,41
5 $750.000 $991.185,12 f REG
$ 2 .5 0 0 .0 0 0
6 $800.000 $919.680,00 6.635.858, 35 CHS FV
7 $1.000.000 $1.000.000,00
2.500.000 PV
7 n
6.635.858, 65 i  IRR  14, 9649091% a.a.
VPL  2.500.000   $0, 00
1  0,1496491
7

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


9. Taxa interna de retorno modificada (MTIR):

Já foi dito que quando um projeto apresentar mais de uma TIR, é


aconselhável utilizar-se o método do VPL para analisar a
viabilidade do mesmo.
É possível, no entanto, analisar um projeto por meio de uma taxa
de retorno, mesmo quando ele apresentar TIR’s múltiplas. Desta
forma não é perdida a principal vantagem do método da TIR, que
é apresentar como resposta à viabilidade do projeto uma taxa de
juros única.
Trata-se da Taxa Interna de Retorno Modificada (MTIR), ou Taxa
Externa de Retorno (TER). Vejamos como determinar a MTIR e

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Procedimento para determinação da MTIR:
a) Todos os desembolsos do fluxo de caixa do projeto devem ser
descapitalizados à taxa mínima requerida para a data inicial.
b) Todos os retornos do fluxo de caixa do projeto devem ser
 R e t o rn o s
capitalizados à taxa de reinvestimento para a data final. 1n 
  Retornos  
MTIR    1  100%
  Desembolsos 

   
0 n  
ta x a = M T IR

CRITÉRIO DA MTIR:
 D e s e m b o lso s
• SE MTIR > Taxa Mínima Requerida  aceitar o projeto
• SE MTIR  Taxa Mínima Requerida  rejeitar o projeto

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


10. Múltiplas alternativas de investimento:

Até aqui foram apresentadas técnicas de análise da viabilidade


econômico-financeira de projetos considerados isoladamente.
Mas como proceder quando há mais de uma alternativa de
investimento?
Projetos mutuamente excludentes: a escolha de um projeto
implica na rejeição do(s) outro(s).
Projetos independentes: são projetos cuja aceitação em nada
influencia a aceitação de outro(s).
Projetos dependentes: são projetos cuja aceitação influencia a
decisão em relação à aceitação de outro(s).

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Considere o projeto a seguir:

$200 $400 $400 $600 $600

0 1 2 3 4 5 (a n o s )

t a x a i = 1 6 % a .a .

R e s u lta d o s O b tid o s :
$ 1 .2 0 0
VPL TIR I.L.
$143,00 20,2% a.a. 1,119

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


 200 400 400 600 600 
VPL         1 .2 0 0
 1  0 , 1 6  1  0 , 1 6  1  0 , 1 6  1  0 , 1 6  1  0 , 1 6 
1 2 3 4 5

V P L  $ 1 4 3, 0 0

200 400 400 600 600


1 .2 0 0     
1  ir r  1  ir r  1  ir r  1  ir r  1  ir r 
1 2 3 4 5

ir r  T I R  2 0 , 2 % a . a .

1 .3 4 3 , 0 0
IL   1, 1 1 9
1 .2 0 0 , 0 0

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Ao se considerarem alternativas de investimento não
independentes podem ocorrer situações conflitantes, nas quais
os métodos de análise não apontem para uma mesma indicação
econômica.

As principais razões que explicam esta divergência entre os


métodos são: disparidade de tamanho dos investimentos e
diferenças quanto à evolução dos FCE’s ao longo da vida do
projeto.

Numa situação de conflito, o método do VPL é normalmente


aceito como o melhor indicativo quanto à viabilidade econômica
de um projeto.

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


a) Investimentos com diferença de escala:
Projeto Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 VPL TIR IL

A - $450 $320 $230 $180 $80,60 32,5% a.a. 1,179

B - $900 $360 $250 $900 $94,40 25,6% a.a. 1,105

Taxa mínima de atratividade = 20% a.a.

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Considerando as alternativas como independentes, todos os
métodos indicam viabilidade econômica dos projetos.

Mas se os projetos forem mutuamente excludentes, a escolha de


um implica em rejeição do outro.

Analisando-se os resultados calculados chega-se a uma


conclusão conflitante. Pelo método do VPL, o projeto B é mais
atraente pois seu montante absoluto esperado de riqueza é
maior. Por outro lado, os métodos da TIR e do IL apontam o
projeto A como a melhor alternativa devido a proporcionar melhor
percentual de retorno.

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


Esta dualidade na interpretação pode muitas vezes ser explicada
pelo fato de os métodos da TIR e do IL serem expressos em
termos relativos, e não em termos absolutos, como é o caso do
método do VPL.

Note que o desembolso no projeto B é o dobro daquele


exigido no projeto A. Como a TIR e o IL são expressos em
termos relativos, esta disparidade não é levada em conta nestes
métodos. Falando em termos absolutos, é mais interessante
apurar um resultado de 25,6% sobre $900 do que 32,5% sobre
$450.

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Uma alternativa para resolver o problema é proceder uma análise
incremental dos projetos.

O projeto B exige $450 adicionais de investimento inicial em


relação ao projeto A, mas em contrapartida oferece fluxos de
caixa incrementais. Vejamos:
Projeto Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3
A - $450 $320 $230 $180

B - $900 $360 $250 $900

Fluxos incrementais - $450 $40 $20 $720


(proj.  = proj.B – proj.A)

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


Apurando-se o VPL (com base na taxa de 20% a.a.) e a TIR do
investimento incremental chega-se aos seguintes resultados:

VPL = $13,80 (valor presente líquido incremental)


TIR
O = 21,3%
VPL definea.a. (taxa interna
a riqueza de retorno
adicional incremental)
acrescida pelo projeto B, ou
seja, representa o máximo valor que se pode ainda acrescer ao
investimento inicial do projeto B de forma que ele ainda
mantenha sua preferência sobre o projeto A.

A TIR representa a taxa de juros que torna os dois projetos


equivalentes em termos de atratividade econômica, produzindo
o mesmo VPL para ambos  INTERSEÇÃO DE FISCHER.

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Para o exemplo em questão:
 320 230 180 
VPLA       4 5 0  $ 7 1, 0 0
 1  0 , 2 1 3  1  0 , 2 1 3  1  0 , 2 1 3 
1 2 3

 360 250 900 
V P LB       9 0 0  $ 7 1, 0 0
 1  0 , 2 1 3  1  0 , 2 1 3  1  0 , 2 1 3 
1 2 3


Para uma taxa de desconto de até 21,3% a.a. o projeto B é


preferível ao projeto A, apresentando maior riqueza líquida.
Mas a partir de 21,3% a.a. o projeto A passa a ser mais
atraente que o projeto B.

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


Graficamente:
V P L ($ )

A de
ç ão r
e
rs c h e
te s
In Fi

ta x a d e d e s c o n t o
0 2 1 ,3 2 5 ,6 3 2 ,5 (% )

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Para a taxa mínima de retorno exigida de 20% a.a., o projeto B
é o que promove maior VPL, sendo a melhor opção econômica
de investimento.

Em situações como a aqui descrita, onde se pode observar


diferença de escala entre os projetos, o método do VPL é aceito
como o que normalmente conduz às decisões mais adequadas.

Os métodos da TIR e do IL apresentam a séria limitação de não


levar em consideração a escala do investimento requerido em
cada projeto.

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


b) Investimentos com diferença de escala e VPL iguais:
Investimento Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 VPL

C - $300 $140 $160 $200 $43,50 $64,50

D - $600 $220 $150 $615,20 $43,50 $64,50

Taxa mínima de atratividade = 20% a.a.

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Já vimos que quando há diferença de escala, normalmente o
método do VPL indica a melhor alternativa de investimento,
devendo-se optar pelo projeto que leva ao maior VPL para a taxa
mínima de atratividade requerida.

No entanto podem ocorrer situações onde projetos com


diferença de escala nos conduzem ao mesmo VPL. Nestes
casos o método do VPL não poderá nos ajudar. As alternativas
de investimento C e D do slide anterior retratam exatamente este
caso.

A solução pode ser a utilização de um método alternativo que


auxilie a tomada de decisão. Por exemplo, pode-se determinar o

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


c) Investimentos de mesma escala:

Investimento Ano 0 Ano 1 Ano 2 TIR VPL

E - $500 $650 $100 43,9% $111,10

F - $500 $80 $820 36,3% $136,10

Taxa mínima de atratividade = 20% a.a.

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Há situações em que nos deparamos com alternativas que
apresentam diferentes e conflitantes resultados
econômicos, mas que demandam o mesmo investimento
inicial.
Se tratados como independentes, os investimentos E e F
do slide anterior são ambos economicamente viáveis.
Ambos apresentam TIR maior que a taxa mínima de
atratividade e VPL > 0.
Se forem mutuamente excludentes, a TIR e o VPL
apontam em direções opostas quanto à seleção de qual a
melhor alternativa.
Vamos calcular a interseção de Fischer e analisar a

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


Projeto Ano 0 Ano 1 Ano 2  IRR
F - $500 $80 $820 -
E - $500 $650 $100 -
=F-E $0 - $570 $720 26,32%

f REG i
0 g Cfo 500 CHS g Cfo
570 CHS g Cfj 80 g CFj
720 g Cfj 820 g CFj
f IRR   IRR = 26,32% f NPV  $77,26
f FIN

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
0  i  26,32%  projeto F é o mais viável
V P L ($ )

26,32% < i  36,3%  projeto E é o mais viável


400
36,3% < i  43,9%  somente o projeto E é viável
F
250 de
E
ç ão r i > 43,9%  nenhum dos projetos é viável
se e
t e r is c h
I n F
77,26

ta xa d e d e sco n to
0 26,32 3 6 ,3 4 3 ,9 (% )

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


11. Custo equivalente anual:

Trata-se de um método muito utilizado em decisões financeiras


que envolvem comprar ou arrendar alternativas com diferentes
vidas úteis, reposição de ativos, ...
Exemplo 1: Considere um investimento de $500.000 com vida
útil esperada de 6 anos (taxa i = 14% a.a.)

UM MAR DE CONHECIMENTO

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS
PM T PM T PM T PM T PM T PM T

0 1 2 3 4 5 6 (a n o s)
ta x a = 1 4 % a .a .

$ 5 0 0 .0 0 0

 1  i n  i   1  0 , 1 4 6  0 , 1 4 
PM T  PV     5 0 0 .0 0 0   
 1  i   1   1  0 , 1 4   1 
n 6

P M T  $ 1 2 8 .5 7 8 , 7 5 (c u s to e q u iv a le n te a n u a l a o p a g a m e n to d e 5 0 0 .0 0 0 e m t = 0 )

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS


Exemplo 2: Calcule o custo equivalente anual referente à compra de
um caminhão de $60.000, cuja vida útil esperada é de 5 anos, com
valor residual de 20% do valor de compra. Os custos operacionais
anuais de manutenção e operação do caminhão estão estimados em
$8.200,00 por ano. Supor uma taxa de 12% ao ano.

Cálculo do Investimento Líquido:


 Valor Bruto do Caminhão $60.000,00
 Valor residual atualizado
= (0,2 x 60.000) / (1,12)5 $ 6.809,10
Investimento Líquido $ 53.190,90

Cálculo do Custo Equivalente Anual:


 Custo Anual do Investimento (PMT) $14.755,67

UM MAR DE CONHECIMENTO

CAPITAL ASSET PRICING MODEL (CAPM)
1. A carteira ótima:
Retorno
Linha de mercado de capitais
B

A
Linha I
MV R

Rf

Risco

CAPITAL ASSET PRICING MODEL (CAPM)


Na prática o investidor monta carteiras com ativos de risco e
ativos sem risco.

Já vimos que carteiras formadas exclusivamente por ativos com


risco geram um conjunto virtualmente infinito de possibilidades
no plano risco vs. retorno. Mas este conjunto é delimitado por
uma região.

A área cinza representa o conjunto viável dos ativos com risco e


a fronteira eficiente se situa sobre a linha MV-B.

UM MAR DE CONHECIMENTO

CAPITAL ASSET PRICING MODEL (CAPM)
 A área cinza representa o conjunto viável dos ativos com risco e
a fronteira eficiente se situa sobre a linha MV-B.

 Seja R uma carteira qualquer do conjunto viável. Uma nova


carteira formada por ativos sem risco e por ativos com risco,
estes últimos guardando entre si a mesma proporção que
possuem na carteira R, possuirá uma função retorno vs. risco
dada pela Linha I.

 Embora qualquer investidor possa montar portfólios sobre a


Linha I, nenhum deles é ótimo.

CAPITAL ASSET PRICING MODEL (CAPM)


 Consideremos agora a linha que liga Rf ao ponto A, sobre a
fronteira eficiente do conjunto viável de ativos de risco. Esta
linha representa a reta risco vs. retorno de uma carteira formada
por ativos sem risco e ativos com risco, estes últimos guardando
entre si a mesma proporção que possuem na carteira A.

 A reta que passa por Rf e é tangente ao conjunto viável, sobre a


fronteira eficiente dos ativos com risco, é normalmente
denominada linha de mercado de capitais (LMC). Ela pode
ser entendida como o conjunto eficiente de todos os ativos do
mercado (com e/ou sem risco).

UM MAR DE CONHECIMENTO

CAPITAL ASSET PRICING MODEL (CAPM)
2. O princípio da separação:
São duas as etapas na tomada de decisão de investimento:

 Após estimar os retornos esperados, as variâncias dos títulos


individuais e as covariâncias entre os pares de títulos, deve-se
determinar a fronteira eficiente de ativos com risco. Em
seguida determina-se o ponto de tangência A entre a fronteira
eficiente e a reta que passa por Rf, no eixo dos retornos;

 A partir daí o investidor precisará determinar como vai compor


sua carteira ótima de ativos com risco (presentes na carteira A)
e ativos sem risco.

 A decisão do ponto sobre a reta R A vai depender do grau

CAPITAL ASSET PRICING MODEL (CAPM)


3. O equilíbrio de mercado:
a) Determinação da carteira de equilíbrio de mercado:
O que vimos até aqui pode ser feito com base nas estimativas
efetuadas por um único investidor. Mas na prática os
investidores possuem expectativas diferentes entre si.

Como, no entanto, os dados históricos disponíveis são, em


tese, os mesmos para todos os investidores, é de se esperar
pequenas discrepâncias entre suas expectativas.

Uma hipótese simplificadora muito útil é a chamada hipótese


das expectativas homogêneas, ou seja, supõe-se que todos os
investidores possuem as mesmas expectativas em relação ao
retorno esperado e à variância dos títulos individuais

UM MAR DE CONHECIMENTO

CAPITAL ASSET PRICING MODEL (CAPM)
Sendo assim, todos os investidores visualizarão uma mesma
fronteira eficiente de ativos com risco. Mais ainda, todos terão
na carteira A a opção ótima para compor carteiras de ativos com
e sem risco.

Se todos os investidores escolherem a mesma carteira de ativos


de risco, será possível determinar de que carteira se trata: é
uma carteira contendo todos os ativos de risco existentes,
ponderada pelo valor de mercado de cada ativo  CARTEIRA
DE MERCADO.

É comum, na prática, utilizar-se um índice amplo de mercado


como sendo o que melhor representa a carteira de mercado. Um

CAPITAL ASSET PRICING MODEL (CAPM)


b) Definição de risco quando todos os investidores
possuem a carteira de mercado:
Vamos tentar expressar melhor a medida do risco de um ativo em uma
carteira diversificada. A melhor medida de risco de um título é o seu
beta (), definido como a cov
seguir:
i 
R ,R
i m 
var  Rm 

Embora tanto cov(Ri,Rm) quanto i possam ser utilizados como medida


da contribuição do título ao risco da carteira de mercado, i é utilizado
com muito maior freqüência. A intuição básica por trás do coeficiente i
é a de que ele mede a sensibilidade dos retornos do ativo em resposta

UM MAR DE CONHECIMENTO

CAPITAL ASSET PRICING MODEL (CAPM)
Uma das propriedades úteis do coeficiente  é a de que o MÉDIO de
todos os títulos, quando ponderado pela proporção entre o valor de
mercado de cada título e o da carteira de mercado, é igual a 1. Ou
seja: n

 X
i 1
i . i   1

c) O coeficiente beta ( ) como medida de sensibilidade:

Tipo de mercado retorno do mercado retorno do ativo A


em alta 15% 20%
em baixa -5% -10%

CAPITAL ASSET PRICING MODEL (CAPM)

O beta () é
igual a 1,5 pois
a uma variação
de 20 pontos
percentuais no
retorno do
mercado
corresponde
uma variação
de 30 pontos
percentuais no
retorno do ativo
A (50% maior).

UM MAR DE CONHECIMENTO

CAPITAL ASSET PRICING MODEL (CAPM)
Resumindo…
Sob a hipótese das expectativas homogêneas, todos os
investidores deterão a carteira de mercado;

Sendo assim, o risco de um título é medido por meio de sua


contribuição ao risco da carteira de mercado. Tal contribuição
pode ser entendida como sendo o beta () do título;

Na prática nunca se detém a carteira de mercado teórica, e sim


carteiras diversificadas o bastante para se assumir que podem
ser consideradas como carteiras de mercado;

L b t ( ) d tít l é did i d

CAPITAL ASSET PRICING MODEL (CAPM)


4. Relação entre risco e retorno: o modelo CAPM
É natural afirmar que o retorno esperado de um título deve
depender diretamente do seu risco. Só se detém um título com
risco caso seu retorno esperado compense o risco associado.
Imaginemos agora que:
a) Todos os investidores possuem expectativas homogêneas;
b) Seja possível emprestar e tomar recursos emprestados à taxa
livre de risco (RF)
Neste caso todos os investidores deteriam a carteira de mercado
com ativos de risco. A proporção do quanto cada um investiria na
carteira de mercado e/ou em ativos sem risco dependeria do grau

UM MAR DE CONHECIMENTO

CAPITAL ASSET PRICING MODEL (CAPM)
 Como o beta () de um título é a medida apropriada do seu risco,
seu retorno esperado deve estar positivamente associado ao seu
beta.

CAPITAL ASSET PRICING MODEL (CAPM)


Aspectos importantes:

a)  = 0 : como o  do ativo representa o seu risco, se  = 0 então


é porque se trata de um ativo sem risco, cujo retorno esperado é
a própria taxa livre de risco (RF).

a)  = 1 : como o  da carteira de mercado é igual a 1, ativos que


possuem  = 1 possuem retorno esperado igual ao da carteira
de mercado (RM).

c) Linearidade : além da intuição de que o retorno esperado e o


beta de um ativo são diretamente proporcionais, a relação entre
estas grandezas é linear sendo dada pela linha de mercado de

UM MAR DE CONHECIMENTO

CAPITAL ASSET PRICING MODEL (CAPM)
A equação de uma reta é dada por y = a.x + b. No gráfico que
relaciona o risco () e o retorno esperado de um título temos:
Ri  R F     R M  R F 

CAPITAL ASSET PRICING MODEL (CAPM)


 Numa carteira com N ativos:
 C a r te ir a   X A   A    X B   B    ...    X N  N  , onde:
X A , X B ,  ... , X N  Percentual de participação dos ativos A, B, … , N na carteira.
 A ,  B , ... ,  N  Beta de cada um dos N ativos que compõem a carteira.

 Validade do modelo CAPM: o modelo CAPM é válido tanto


para títulos individuais quanto para carteiras formadas pelos
mesmos.

UM MAR DE CONHECIMENTO

CAPITAL ASSET PRICING MODEL (CAPM)
 Exemplo:
 Taxa livre de risco = 7%
Ativo   Diferença entre o retorno de mercado e a
A 15% taxa livre de risco = 8,5%
B -5%  Carteira = 50% A + 50% B

R A  RF  A  R M 
 R F  R A  7  1, 5  8, 5  R A  19, 75%

RB  RF  B  R M  RF  R B  7  0, 7  8, 5  R B  12, 95%
R carteira  0, 5  R A  0, 5  R B  R carteira  0, 5  19, 75  0, 5  12, 95  16, 35%
Pelo CAPM :
 carteira  0, 5   A  0, 5   B   carteira  0, 5  1, 5  0, 5  0, 7  1,10.
R carteira  R F   carteira  R M  RF   7  1,10  8, 5  R carteira  16, 35% (C.Q.D.)

MODELO DE DIVIDENDOS DE GORDON


1. Introdução:

Uma outra forma de se estimar o custo de capital próprio para


o acionista é através do cálculo do retorno mínimo esperado
dos fluxos de caixa associados às ações.

Estes fluxos aos acionistas são, na verdade, os dividendos


esperados das ações.

Os dividendos podem ser constantes ou crescentes, tal como


veremos a seguir.

UM MAR DE CONHECIMENTO

Modelo de Dividendos de Gordon
2. Dividendos constantes:

Neste caso, a premissa é de que os dividendos a serem


distribuídos sejam constantes, ou seja, apresentam taxa nula de
crescimento.

D D
Po   i  Custo do capital próprio
i Po

MODELO DE DIVIDENDOS DE GORDON


3. Dividendos crescentes:

Neste caso, a premissa é de que os dividendos a serem


distribuídos apresentem uma taxa positiva de crescimento.

D1 D1
Po   i   g Custo do capital próprio
i g Po

UM MAR DE CONHECIMENTO

CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL (WACC)
1. Introdução:
Além do capital próprio do acionista, pode-se utilizar capital de
terceiros para se financiar um investimento. Neste caso, o custo
de capital adequado de um investimento é uma média ponderada
entre o o custo de capital próprio e o de terceiros.
Quando assim determinado, o custo de capital é chamado custo
médio ponderado de capital (CMPC) ou “weighted average cost
of capital” (WACC).
O custo do capital de terceiros é inferior ao custo de capital
próprio, pois está exposto a um risco menor. Enquanto o
acionista só tem retorno em caso de sucesso do investimento, o
capital de terceiros é remunerado logo após a cobertura dos
custos operacionais.

CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL (WACC)


 E   D 
W ACC   Ks  K D  1  t  , onde:
 E  D   E  D 
E  valor de mercado do capital próprio da empresa
D  valor de mercado das dívidas de longo prazo da empresa

t  alíquota de I.R.P.J. para fins de apuração do lucro real

OBS:
V  E  D  capital total da empresa
E E
  proporção de capital próprio em relação ao capital total
ED V
D D
  proporção de capital de terceiros em relação ao capital total
ED V

UM MAR DE CONHECIMENTO
MBA: __________________________________________________________________________

Disciplina: ____________________________________________________________________

Docente: ______________________________________________________________________

Período de realização da disciplina: __________________________________________

1. Portfólio de desempenho acadêmico

1.1 Registre abaixo os principais conceitos (palavras-chave) que dão suporte ao


conteúdo desta disciplina:

1.2 Registre abaixo as principais idéias (frases curtas) que formam o conteúdo
fundamental desta disciplina:

1.3 Comparando o conteúdo aprendido com a realidade empresarial que você


conhece, registre abaixo os principais problemas científicos e/ou empresariais
(questões significativas, exatas, curtas) que você percebe:

Digite seu texto aqui


2. Portfólio de desempenho pessoal/profissional

Considerando os conteúdos aprendidos e os problemas detectados a partir do


estudo destes conteúdos, destaque:

2.1 O que você pode fazer a partir de amanhã para melhorar seu desempenho
pessoal/ profissional:

2.2 O que você deve deixar de fazer para melhorar seu desempenho pessoal/
profissional:

2.3 O que existe de rotina no seu cotidiano e que pode ser mudado para
aperfeiçoar sua prática profissional:

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