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Gestão Financeira I
Goiânia - GO
2012
2
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Terminologia Básica
Projetos Independentes – São projetos cujos fluxos de caixa não estão relacionados ou
são independentes entre si; a aceitação de um deles não exclui a consideração posterior
dos demais projetos.
Ex.: Instalação de ar condicionado na fábrica; a compra de um novo software para o “chão
da fábrica”; a aquisição da empresa de um pequeno fornecedor; troca da frota de veículos.
Projetos Mutuamente Exclusivos – São projetos que possuem a mesma função e,
consequentemente, competem entre si; a aceitação de um projeto elimina a consideração
dos demais.
Ex.: Expansão da fábrica; aquisição de outra empresa; a contratação de outra empresa para
a fabricação.
Fluxo de Caixa Convencional – Consiste em uma saída inicial de caixa seguida por
uma série de entradas.
Entradas de caixa 0
Saídas de caixa 1 2 3 4 5 6 7 8
Tempo (anos)
R$10
Entradas de caixa 0 5
Saídas de caixa 1 2 3 4 6 7 8 9 10
R$8
R$20
Tempo (anos)
R$5
1 2 3 4 5 6 7 8
R$10
Investimento inicial Tempo (anos)
7
Variáveis básicas
- custos de instalação do novo ativo
- recebimentos (se houver) pela venda do ativo antigo descontado o IR
- mudanças (se houver) no capital circulante líquido.
* O imposto de renda incidente sobre a venda de um ativo velho depende da relação entre o preço de
venda desse ativo, seu preço inicial de compra e o seu valor contábil.
EXEMPLO:
Resolução:
a) Valor contábil = custo histórico(valor de compra) – depreciação acumulada
Custo histórico = R$240.000
Depreciação anual = Valor de compra/ Vida útil do ativo
Depreciação anual = 240.000/5 = R$48000
Depreciação acumulada após 3 anos = 48.000*3 = R$144.000
Valor contábil = 240.000 - 144.000 = R$ 96.000
b) Impostos sobre a venda do equipamento existente:
- Ganho de capital = preço de venda – preço de compra
Ganho de capital = R$280.000 – R$240.000 = R$40.000
- Depreciação recuperada = preço de compra – valor contábil
Deprec. Recuperada = R$240.000 – R$96.000 = R$ 144.000
- Imposto = [0,25 * (ganho de capital + deprec.recuperada)]
Imposto = [0,25 * (40.000 + 144.000)] = R$46.000
c) Investimento Inicial
Receita
- Despesas (excluindo a depreciação)
= Lucro antes da depreciação e do imposto de renda
- Depreciação
= Lucro líquido antes do imposto de renda
- Imposto de Renda
= Lucro líquido após o imposto de renda
+ Depreciação
= Entradas de caixa operacionais
EXEMPLO:
As estimativas de receitas e despesas (excluindo a depreciação), da indústria do exemplo
anterior, com a nova máquina proposta e com a máquina atual, são fornecidas abaixo. A vida
útil da máquina proposta e a vida útil restante da máquina atual são iguais a 5 anos. Utilizando
o método de depreciação linear, e uma alíquota de IR de 25%, calcule:
a) As entradas de caixa da máquina proposta.
b) As entradas de caixa da máquina atual.
c) As entradas de caixa incrementais do projeto proposto.
Resolução:
a)
Máquina Proposta Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Receita R$ 2.520,00 R$ 2.520,00 R$ 2.520,00 R$ 2.520,00 R$ 2.520,00
(-) Despesas (R$ 2.300,00) (R$ 2.300,00) (R$ 2.300,00) (R$ 2.300,00) (R$ 2.300,00)
Lucro antes da deprec e IR R$ 220,00 R$ 220,00 R$ 220,00 R$ 220,00 R$ 220,00
(-) Depreciação (R$ 80,00) (R$ 80,00) (R$ 80,00) (R$ 80,00) (R$ 80,00)
Lucro antes do IR R$ 140,00 R$ 140,00 R$ 140,00 R$ 140,00 R$ 140,00
(-) IR (25%) (R$ 35,00) (R$ 35,00) (R$ 35,00) (R$ 35,00) (R$ 35,00)
Lucro líquido depois do IR R$ 105,00 R$ 105,00 R$ 105,00 R$ 105,00 R$ 105,00
(+) Depreciação R$ 80,00 R$ 80,00 R$ 80,00 R$ 80,00 R$ 80,00
Entradas de caixa operacionais R$ 185,00 R$ 185,00 R$ 185,00 R$ 185,00 R$ 185,00
b)
Máquina Atual Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Receita R$ 2.200,00 R$ 2.300,00 R$ 2.400,00 R$ 2.400,00 R$ 2.250,00
(-) Despesas R$ 1.990,00 R$ 2.110,00 R$ 2.230,00 R$ 2.250,00 R$ 2.120,00
Lucro antes da deprec e IR R$ 210,00 R$ 190,00 R$ 170,00 R$ 150,00 R$ 130,00
(-) Depreciação R$ 48,00 R$ 48,00 R$ - R$ - R$ -
Lucro antes do IR R$ 162,00 R$ 142,00 R$ 170,00 R$ 150,00 R$ 130,00
c)
Entradas de Caixa Incrementais
Ano Máq. Proposta Máq. Atual Incrementais
1 R$ 185.000,00 R$ 169.500,00 R$ 15.500,00
2 R$ 185.000,00 R$ 154.500,00 R$ 30.500,00
3 R$ 185.000,00 R$ 127.500,00 R$ 57.500,00
4 R$ 185.000,00 R$ 112.500,00 R$ 72.500,00
5 R$ 185.000,00 R$ 97.500,00 R$ 87.500,00
Variáveis básicas
- Resultados com a venda de ativos
- Impostos incidentes na venda de ativos
- mudanças (se houver) no capital circulante líquido.
* A variação no capital circulante líquido reflete a reversão para sua situação original, de qualquer
investimento no capital circulante líquido, refletido como parte do investimento inicial.
Exemplo: Prosseguindo com o exemplo anterior, vamos supor que a empresa espere ser capaz
de vender a nova máquina no final de seu quinto ano de vida útil pelo valor líquido de
R$50.000, após pagar custos de vendas e remoção. A máquina velha pode ser liquidada no
final de seu quinto ano de vida por R$0, pois estará completamente obsoleta. A empresa
espera recuperar os R$17.000 de investimento em capital circulante líquido ao término do
projeto. Como foi mostrado antes, tanto os ganhos operacionais como os ganhos de capital são
taxados à mesma alíquota de imposto de renda de 25%. Calcule o fluxo de caixa residual
associado à decisão de substituição proposta.
Resolução:
Valor contábil da máquina proposta = custo histórico – depreciação acumulada
0 1 2 3 4 5
R$183.000
Investimento inicial Tempo (anos)
6. Quais são os motivos básicos para se fazer gastos de capital? Explique, discuta e compare esses
motivos.
7. Descreva quais as etapas do processo de orçamento de capital.
8. Defina e diferencie cada um dos grupos de termos associados ao orçamento de capital.
a) Projetos independentes e projetos mutuamente exclusivos.
b) Fundos ilimitados e racionamento de capital.
c) Padrões de fluxos de caixa convencionais e não convencionais.
9. O que são fluxos de caixa relevantes?
10. Descreva quais são os principais componentes do fluxo de caixa.
11. Explique quais são as diferenças entre os fluxos de caixa nas decisões de expansão versus decisões
de substituição de investimento.
12. Quais são as variáveis básicas para o cálculo do investimento inicial em uma proposta de
investimento. Qual o formato básico para este cálculo?
13. Com os dados de receitas, despesas (excluindo depreciação), e depreciação do ativo atual e do ativo
proposto, como seriam calculadas as entradas de caixa operacionais incrementais para efeito de
decisão?
14. O que é fluxo de caixa residual? Use o formato básico apresentado para explicar como o valor desse
fluxo de caixa é calculado em projetos de substituição.
1.5 EXERCÍCIOS
1. Uma indústria está considerando a compra de um novo equipamento para substituir o
existente. O novo equipamento custará R$75.000 e exigirá R$5.000 em custos de instalação.
Ele será depreciado pelo método linear utilizando um período de depreciação de cinco anos. O
equipamento existente foi adquirido a um custo total de R$50.000, quatro anos atrás; ele está
sendo depreciado pelo método linear, utilizando um período de depreciação de cinco anos.
Esse equipamento pode ser vendido hoje por R$55.000, líquidos de quaisquer despesas com
venda ou remoção. Como resultado dessa proposta de substituição de equipamento, espera-se
que o investimento em capital circulante líquido aumente em R$15.000. A empresa paga
imposto de renda a uma alíquota de 25%, tanto nos seus ganhos normais, quanto nos seus
ganhos de capital.
a) Calcule o valor contábil para o equipamento existente.
b) Determine os impostos, se devidos, incidentes sobre a venda do equipamento existente.
c) Calcule o investimento inicial associado à proposta de substituição do equipamento.
2. Uma indústria está considerando a compra de um nova máquina para substituir uma já
existente. A máquina atual foi comprada há 3 anos por um custo total de R$20.000; ela está
sendo depreciada pelo método linear por um período de 5 anos. A nova máquina custaria
R$35.000 e exigiria mais R$5.000 para instalação; ela seria depreciada por um período de
cinco anos pelo método de depreciação linear. A máquina existente pode ser vendida hoje por
R$25.000, livres de custos de venda ou remoção. A empresa paga imposto de renda a uma
alíquota de 25%, tanto para os ganhos normais quanto para os ganhos de capital. Calcule o
investimento inicial associado a compra da máquina nova.
3. Uma empresa está considerando a reforma de seu equipamento para atender à crescente
demanda por seus produtos. O custo para as modificações no equipamento será de R$1,9
milhão mais R$100.000 de instalação. A empresa depreciará as modificações no equipamento
por um período de cinco anos. As receitas de vendas adicionais proporcionadas pela reforma
seriam de R$1,2 milhão por ano, e as despesas operacionais adicionais e outros custos
(excluindo a depreciação) serão no montante de 25% das vendas adicionais. A empresa tem
uma alíquota de imposto de renda de 25%. Responda as questões:
a) Quais serão os lucros incrementais antes da depreciação e impostos gerados pela reforma?
a) Quais serão os lucros incrementais após os impostos gerados pela reforma?
b) Quais serão as entradas de caixa operacionais incrementais geradas pela reforma?
5. Uma máquina que está sendo usada atualmente foi comprada dois anos atrás por R$40.000.
Ela está sendo depreciada pelo método linear, usando-se um período de depreciação de cinco
anos, e tem três anos de vida útil remanescente. Essa máquina pode ser vendida hoje por
R$42.000, líquidos de quaisquer custos de venda ou remoção. Uma nova máquina, utilizando o
método linear de depreciação por três anos pode ser adquirida pelo preço de R$140.000. São
necessários R$10.000 para instalá-la e ela tem três anos de vida útil. Se a nova máquina for
adquirida, espera-se que o investimento em duplicatas a receber aumente em R$10.000, o
investimento em estoques cresça em R$25.000, e as duplicatas a pagar cresçam em R$15.000.
Espera-se que os lucros antes da depreciação e imposto de renda sejam de R$70.000 para
cada um dos próximos três anos, com a máquina existente, e de R$120.000 no primeiro ano e
R$130.000 no segundo e terceiro anos, com a nova máquina. Ao final dos três anos, o valor de
mercado da máquina existente, seria igual a zero, mas a nova máquina poderia ser vendida por
R$35.000, antes dos impostos. Tanto os ganhos normais quanto os ganhos de capital são
taxados a uma alíquota de 25% de imposto de renda.
a) Determine investimento inicial associado à decisão de substituição proposta.
b) Calcule as entradas de caixa operacionais incrementais para os anos 1 a 3, associadas à
proposta de substituição.
c) Calcule o fluxo de caixa residual associado à decisão de substituição proposta. (Obs.: isso
ocorre no final do terceiro ano.).
d) Trace o diagrama dos fluxos de caixa relevantes encontrados em a, b e c, associados a
decisão de substituição proposta, supondo que seu término seja no final do terceiro ano.
6. Uma empresa está analisando a compra de um novo triturador super-rápido para substituir o existente. Ele foi
comprado dois anos atrás, a um custo instalado de R$60.000; está sendo depreciado em um período de cinco anos
pelo método linear. A nova máquina irá custar R$105.000 e irá exigir R$5.000 para instalação; ela tem uma vida útil
de cinco anos e seria depreciada pelo método linear por igual período. A máquina usada poderia ser vendida hoje por
R$70.000, sem incorrer em custos de venda ou remoção. Para sustentar o aumento nos negócios, resultante da
compra do novo triturador, as duplicatas a receber iriam crescer em R$40.000, os estoques em R$30.000, e as
duplicatas a pagar em R$58.000. Ao final dos cinco anos, espera-se que a máquina existente tenha um valor de
mercado de zero, e a nova poderia ser vendida por R$29.000 antes dos impostos. A empresa paga imposto de renda a
uma alíquota de 25%. Os lucros estimados antes da depreciação e imposto de renda para os próximos cinco anos,
tanto para o triturador novo como para o existente são apresentados no quadro abaixo:
Lucro antes da depreciação e do IR
Ano Triturador Novo Triturador usado
1 43.000 26.000
2 43.000 24.000
3 43.000 22.000
4 43.000 20.000
5 43.000 18.000
O guindaste já existente pode ser vendido agora por R$18.000 e não provocará custos de
remoção nem de limpeza; ao final de cinco anos poderá ser vendido pelo preço líquido de
R$1.000 antes do imposto de renda. Os guindastes A e B poderão ser vendidos pelo preço
líquido de R$12.000 e R$20.000, respectivamente, antes do IR, também no final de cinco anos.
A empresa está sujeita à alíquota de 25% de imposto sobre rendimentos ordinários e ganhos de
capital.
a) Calcule o investimento inicial associado a cada alternativa.
b) Calcule as entradas operacionais incrementais de caixa associadas a cada alternativa.
c) Calcule o fluxo de caixa residual no final do ano 5 associada a cada alternativa.
1. Custo de Capital
Custo de capital é a taxa de retorno que a empresa precisa obter sobre os seus projetos de
investimentos, para manter o valor de mercado de suas ações e atrair os recursos
necessários para a empresa. Gestão Financeira I – Profa. Daiana Paula Pimenta
16
- Funciona como vínculo básico entre as decisões de investimento em longo prazo da empresa
e a riqueza dos proprietários, determinada pelos investidores no mercado.
- A capacidade que uma empresa tem de obter um custo de capital menor que o de uma
concorrente pode dar-lhe vantagem competitiva.
- No Brasil, o custo de capital é elevado em relação aos países desenvolvidos e mesmo em
relação a outros países emergentes. Isso torna as empresas brasileiras menos competitivas no
mercado internacional.
- Se a empresa subestimar o custo de capital(k), poderá decepcionar seus acionistas. Se o
custo de capital(k), for superavaliado, bons projetos podem ser abandonados.
- É afetado por fatores externos, como as condições gerais da economia e de mercado; e
fatores internos à empresa, como os riscos de negócios, riscos financeiros e o volume de
recursos a serem financiados.
Risco de negócio é o risco que a empresa corre de não gerar receitas suficientes para
cobrir seus custos operacionais.
Risco financeiro é o risco que a empresa corre por utilizar capital de terceiros.
Balanço Patrimonial
Passivos Circulantes
Ativos Empréstimos a LP
Patrimônio Líquido
Ações preferenciais Fontes de recursos a longo
Capital social prazo.
Ações ordinárias
Lucros retidos
Custo de capital de terceiros, kt, é o retorno que os banqueiros exigem de seus recursos.
Cálculo:
EXEMPLO:
A LG Empreendimentos paga juros de R$150.000 por ano sobre um empréstimo de
R$1.000.000. O seu custo de capital de terceiros, kt, seria encontrado assim:
O custo de capital de terceiros, deve ser considerado após o imposto de renda, tendo em
vista que os juros são dedutíveis. Sendo assim, deve-se deduzir dos juros a parte referente à
alíquota de imposto de renda.
EXEMPLO:
A LG Empreendimentos paga juros de R$150.000 por ano sobre um empréstimo de
R$1.000.000 e está sujeita ao IR de 25%. Qual o custo de capital de terceiros depois do
imposto de renda, ktir?
Teoricamente, o custo de capital de terceiros, kt, deverá ser sempre menor que o custo de
capital próprio, kp, por dois motivos:
1. O risco do capital próprio é maior.
2. Só tem sentido utilizar-se de capital de terceiros se houver vantagem financeira.
Na prática, devido aos benefícios tributários proporcionados por um maior endividamento,
permitindo abater os juros como despesas, muitas empresas decidem por aumentar a
participação de capital de terceiros em relação ao capital próprio, para reduzir o custo de capital
da empresa, ke.
O custo da dívida de longo, é o custo, após o imposto de renda, para levantar recursos a
longo prazo através de títulos de dívida.
Debênture é um certificado indicando que uma empresa tomou em empréstimo uma certa
quantia, com a promessa de devolvê-la no futuro. Debêntures são instrumentos de
empréstimos a longo prazo que podem ser usados para se obter grandes importâncias de
um grupo de credores.
Cálculo:
1. Calcular a TIR dos fluxos de caixa da obrigação – uso da calculadora financeira.
2. Utilizando a fórmula de aproximação do custo
J = juros anuais
Nd = Recebimentos líquidos com a
venda do título
, onde N = número de anos até a data de
vencimento do título
EXEMPLO:
Uma empresa está estudando a possibilidade de vender obrigações com prazo de vinte anos,
com uma taxa de juros de 9% ao ano sobre o valor de face do título de R$1.000, no valor total
de R$10 milhões. Como as obrigações com risco semelhante rendem mais do que 9%, a
empresa deve vender suas obrigações por R$980 para compensar a taxa de juros mais baixa.
Os custos de lançamento correspondem a 2% do valor de face do título. A empresa é tributada
à alíquota de IR de 25%. Calcule o custo da dívida antes e depois do IR. Calcule o custo da
dívida através da TIR e da fórmula de aproximação.
Recebimentos líquidos:
Nd = Preço de venda – Custos de lançamento
Nd = 980 – (0,02*1000)
Nd = 980 – 20 = R$960
Juros:
J = tx de juros * VF
J = 0,09*1000 = R$90 por ano
então:
ao ano
O Custo das ações preferenciais, Kp, é o retorno que os acionistas de ações preferenciais
esperam obter sobre seu capital.
Cálculo:
É o quociente entre o dividendo da ação pago anualmente e o recebimento líquido com a venda
da ação pela empresa.
Dp = Dividendo preferencial
* Como os dividendos de ações preferenciais são pagos com os fluxos de caixa da empresa
depois do IR, não é necessário fazer nenhum ajusto por causa do imposto.
* As ações preferenciais tendem a ter um custo menor que o das ações ordinárias, porque são
menos arriscadas que aquelas, quanto ao recebimento de dividendos. Os acionistas
preferências ao exigem uma remuneração, a empresa é que a oferece; no entanto se esta não
for satisfatória, provavelmente ao comprarão ações da empresa.
EXEMPLO:
Uma empresa está examinando a possibilidade de emitir uma ação preferencial pagando um
dividendo de 10%. A empresa espera vender a ação pelo valor de face de R$87,00. O custo de
emissão e venda está previsto em R$5,00 por ação. Calcule o custo de capital obtido com a
venda das ações preferenciais.
Dividendo preferencial:
Dp = 10% do valor de face da ação
Dp = 0,10 * 87
Dp = R$8,70 por ação
Recebimentos líquidos
Np = preço de venda – custos de emissão e venda
Np = 87,00 – 5,00
Np = R$82,00 por ação
O custo de capital próprio pode ser obtido dividindo-se o dividendo esperado ao final do ano 1
pelo preço corrente da ação e somando a taxa esperada de crescimento. Como os dividendos
de ações ordinárias são pagos com lucro após o imposto de renda, não é necessário fazer
nenhum ajuste por causa do imposto.
EXEMPLO:
Uma empresa deseja determinar seu custo de capital próprio, kao. O preço de mercado de sua
ação ordinária, P0, é igual a R$50,00. A empresa espera pagar um dividendo, D1, de R$4,00 no
final do próximo ano, 2004. Os dividendos pagos aos acionistas nos últimos seis anos foram:
O custo da ação ordinária de 13% é o custo do capital próprio, e representa o retorno exigido
em sua aplicação pelos acionistas. Se o retorno efetivo for inferior a esse, os acionistas
tenderão a vender suas ações.
Custo dos lucros retidos, Kr, é o retorno que os acionistas exigem sobre o capital
próprio obtido através da retenção de parte dos lucros gerados pela empresa.
Se os lucros não fossem retidos, seriam pagos aos acionistas comuns como dividendos. O
custo dos lucros retidos para a empresa, é o mesmo que o custo de uma emissão adicional de
ações ordinárias inteiramente subscrita. Isso quer dizer que os lucros retidos aumentam o
patrimônio líquido dos acionistas, da mesma forma que uma nova emissão de ações ordinárias.
Cálculo:
Custo de novas emissões de ações ordinárias, Kn, é a taxa de retorno exigida pelos
acionistas de ações ordinárias, considerando os custos de lançamento das ações no
mercado.
O custo da nova ação ordinária é normalmente maior que o custo de qualquer outro
financiamento a longo prazo.
Uma vez que os dividendos da ação ordinária são pagos do fluxo de caixa após o imposto de
renda, nenhum ajuste devido aos impostos é necessário.
EXEMPLO:
Considerando o custo do capital próprio de 13%, usando os valores: D1 = R$4,00; P0 = R$50,00,
e uma taxa esperada de crescimento dos dividendos de 5%. Para determinar o custo de novas
ações ordinárias, kn, a empresa estimou que, em média, elas podem ser vendidas por R$47,00.
O deságio de R$3,00/ação deve-se á natureza competitiva do mercado. Um segundo custo
associado ao lançamento dos títulos é de R$ 2,50/ação.
O custo de obtenção de capital próprio com a emissão de novas ações ordinárias é igual a
14%.
O custo de capital da empresa, Ke, é a média ponderada dos custos das várias fontes de
financiamento de longo prazo da empresa.
É comum existirem diversos tipos de fontes de financiamento numa estrutura de capital. Cada
uma delas com custos específicos. Para calcularmos o custo de capital da empresa, é preciso
obter a média ponderada dos custos de capital das diversas fontes.
É importante lembrar que o custo de capital da empresa é sempre obtido depois do imposto
de renda.
Cálculo:
EXEMPLO:
Nos exemplos precedentes, encontramos os seguintes custos para os diferentes tipos de
capital da empresa:
Custo de capital de terceiros, ki = 7,089%
Custo de ações preferenciais, kp = 10,6%
Custo de lucros retidos, kr = 13%
Custo de novas ações ordinárias, kn = 14%
A empresa usa os seguintes pesos ao calcular seu custo médio ponderado de capital:
A empresa planeja usar seu custo de lucros retidos, k r, como custo de capital próprio. Calcule o
custo médio ponderado de capital da empresa.
O custo de capital da empresa é 10,39%. Supondo que não seja alterado seu nível de risco, ela
deve aceitar todos os projetos que tenham retorno superior a 10,39%.
O custo médio ponderado de capital pode variar com o tempo, dependendo do volume de
financiamento que a empresa espera obter. À medida que esse volume cresce, os custos dos
vários tipos de financiamento elevam-se, aumentando o custo médio ponderado de capital.
Por essa razão, é útil calcular o custo marginal do capital, que é o custo de se obter R$1,00
adicional de financiamento novo.
Isso ocorre porque o mercado pode acreditar que a empresa está captando recursos para
solucionar problemas financeiros, ou por verificar que a empresa está ficando mais endividada,
exigindo retornos maiores sob a forma de juros, dividendos ou crescimento como remuneração
pelo risco adicional introduzido por volumes maiores de financiamento novo.
EXEMPLO:
A esgotar seus lucros retidos disponíveis de R$300.000 (kr = 13%), a empresa do exemplo
anterior é forçada a usar o financiamento mais caro, obtido com a emissão de novas ações
ordinárias (kn = 14%), para satisfazer suas necessidades de capital próprio. Além disso, a
empresa espera obter apenas R$400.000 de capital de terceiros ao custo de 5,6%. O
endividamento adicional terá um custo, depois do IR (ki) de 8,4%. Portanto, há dois pontos de
quebra: quando são esgotados os R$300.000 de lucros retidos ao custo de 13%; e outro
quando é ultrapassado o limite de R$400.000 de capital de terceiros a LP a 5,6%. Calcule os
pontos de quebra.
Uma vez determinados os pontos de quebra, para o cálculo do custo marginal, deve-se calcular
o custo médio ponderado de capital no intervalo de financiamento novo total entre os pontos de
quebra.
Para cada um dos intervalos de financiamento novo total os custos dos tipos de capital se
elevarão, fazendo com que o custo médio ponderado de capital suba a um nível superior ao do
intervalo precedente.
EXEMPLO:
Em uma tabela será calculado o CMPC da empresa nos três intervalos de financiamento novo
criados pelos dois pontos de quebra.
Os dados acima descrevem o custo marginal de capital que aumenta com o crescimento do
nível de financiamento novo total. Com esses dados fica claro através do gráfico abaixo que o
Cmc é uma função crescente do financiamento novo total obtido.
12,31%
CMPC (%)
12
11,5
11 10,89%
10,5 10,39%
10
1.000 1.500
500
Gestão
Financiamento novo total Financeira I – Profa. Daiana Paula Pimenta
26
Regra de decisão: Aceitar projetos até o ponto em que o retorno marginal de um investimento é
igual a seu custo marginal de capital. Além desse ponto, o retorno do investimento será menor
que seu custo de capital.
EXEMPLO:
A tabela abaixo, mostra a atual escala de oportunidades de investimento de uma empresa,
enumerando as possibilidades desde a melhor a pior.
A
15
B
14,5
14
C
CMPC e
TIR(%) 13,5
D
13
12,31%
12,5 E
12
11,5
F
11 10,89%
10,39%
10,5
G
10
Na prática, a maioria das empresas atua sob condições de racionamento de capital. Ou seja, a
administração impõe restrições que mantêm o orçamento de gastos de capital aquém do nível
ótimo (TIR = ke).
1. O que é custo de capital? Qual papel que ele desempenha nas decisões de investimento de
longo prazo?
2. O que ocorrerá se uma empresa subestimar ou subavaliar o custo de capital em suas
decisões de investimento?
3. Por que o custo de capital é medido depois do imposto de renda?
4. O que é risco de negócio e risco financeiro? Como esses dois riscos afetam o custo de
capital da empresa?
5. “Como iremos financiar este projeto com capital de terceiros, a taxa de retorno exigida deve
ser superior ao custo de capital de terceiros”. Você concordo ou discorda? Explique a resposta.
6. Conceitue custo de capital de terceiros e custo da dívida a longo prazo (debêntures).
Determine suas fórmulas e explique como uma evolução nesses custos pode afetar o risco
financeiro da empresa.
7. Por que, teoricamente, o custo de capital de terceiros é menor que o custo de capital próprio?
8. Por que se utiliza o custo de capital de terceiros depois dos impostos, em vez dos custos
antes dos impostos para calcular o custo de capital da empresa?
9. O que são os recebimentos líquidos com a venda de uma obrigação? O que são os custos de
lançamento e como afetam os recebimentos líquidos da venda de uma obrigação?
10. Conceitue ações preferenciais e explique como se calcula o seu custo.
11. Por que o custo das ações preferenciais deve ser menor que o custo das ações ordinárias?
12. Conceitue custo de capital próprio ou custo da ação ordinária e cite quais as formas de
financiamento com as ações ordinárias.
13. Conceitue custo dos lucros retidos e o custo de novas ações ordinárias e mostre como
calculá-los.
14. Por que o custo de financiar um projeto com lucros retidos é inferior ao custo de financiá-lo
com uma emissão de novas ações ordinárias?
15. O que é o custo médio ponderado de capital (CMPC) ou custo de capital da empresa (k e)?
Como é calculado?
16. O que é o custo marginal de capital (Cmc)? Como é calculado?
17. O que é o perfil de oportunidades de investimento?
18.Por que muitas empresas escolhem níveis de financiamento e investimento abaixo do nível
ótimo(ponto onde a TIR = ke)?
9. EXERCÍCIOS
1. Atualmente, uma indústria pretende vender obrigações com prazo de quinze anos, a um valor
de face de R$1.000, pagando juros anuais de 12%. Em conseqüência das taxas de juros
vigentes, as obrigações podem ser vendidas a R$1.010 cada; os custos de lançamento
correspondem a R$30 por obrigação. A empresa é tributada à alíquota de imposto de renda de
25%.
a) Calcule os recebimentos líquidos obtidos com a venda das obrigações, Nd.
b) Apresente os fluxos de caixa, do ponto de vista da empresa, ao longo do prazo da
obrigação.
c) Use o enfoque da TIR para calcular os custos de capital de terceiros antes e depois do
imposto de renda.
d) Use a fórmula de aproximação para estimar os custos de capital de terceiros antes e depois
do imposto de renda.
2. A Tecidos Champagnat tem uma debênture de 4 anos, faltando 1 ano para vencer, com uma
taxa de juros de 19,5% ao ano, valor nominal de R$1.000 e que gera um recebimento líquido
após despesas de lançamento e deságio de colocação de R$940. Sua alíquota de imposto de
renda é de 25%. Qual é o custo de debêntures depois do imposto de renda? Desenhe o fluxo
de caixa e resolva utilizando a HP12C demonstrando os passos utilizados.
3. Uma empresa está discutindo com seu banco de investimentos a emissão de novas
obrigações. O banco informou à empresa que títulos com prazos de vencimento diferentes
terão taxas distintas e serão vendidos a preços diferentes. A empresa precisa escolher entre
várias alternativas. Em cada um dos casos, as obrigações terão o valor de face de R$1000,00 e
os custos de lançamento serão de R$30,00 por obrigação. A empresa é tributada à alíquota de
20%. Calcule o custo de financiamento, depois do IR para cada uma das seguintes alternativas.
4. A Cia FPU acaba de emitir ações preferenciais. O título promete um dividendo anual de 12%
e seu valor de face é igual a R$100,00. Foi vendido a R$97,50 por ação. Além disso, devem ser
pagos custos de lançamento de R$2,50 por ação.
a) Calcule o custo de capital obtido com a emissão de ações preferenciais.
b) Se a empresa lançar a ação com dividendo anual de 10% e receber R$90 após os custos
de lançamento, qual será seu custo?
5. Uma empresa deseja medir seu custo de capital próprio. A ação da empresa está atualmente
cotada a R$ 57,50. Ela espera pagar um dividendo de R$3,40 no final do ano. Os dividendos
dos últimos cinco anos serão apresentados na tabela a seguir.
Ano Dividendo
(R$)
2003 3,10
2002 2,92
2001 2,60
2000 2,30
1999 2,12
7. Após cuidadosa análise, uma indústria determinou que sua estrutura ótima de capital é
composta das fontes e pesos de valor de mercado indicados abaixo.
8. Uma indústria está interessada em medir seu custo geral de capital. Investigações correntes
produziram os dados a seguir. A empresa está tributada ‘a alíquota de IR de 40%.
- Capital de terceiros: A empresa tem condições de captar um volume ilimitado de capital de
terceiros vendendo obrigações com valor de face de R$1000,00, com taxa de 8% e prazo
de vinte anos, pagando juros anuais. Para vender as obrigações, seria necessário um
deságio médio de R$30,00 por título. A empresa também deve pagar custos de lançamento
de R$30,00 por título.
- Ações preferenciais: A empresa poderia lançar ações preferenciais com dividendo de 8%,
vendendo-as a seu valor de face de R$95,00. O custo de emissão e venda das ações
preferenciais é da ordem de R$5,00 cada uma.
- Capital Próprio (Ação Ordinária): As ações ordinárias da empresa estão atualmente
sendo negociadas a R$90,00 cada. A empresa espera pagar dividendos de R$7,00 por
ação no próximo ano. Os dividendos da empresa têm crescido a uma taxa anual de 6% e
espera-se que essa taxa continue no futuro. Para serem vendidas, as ações precisariam
sujeitar-se a um deságio de R$7,00 por ação e são previstos custos de lançamento de
R$5,00 por ação.
- Capital Próprio (Lucros Retidos): A empresa espera ter disponíveis 100.000 de lucros
retidos no próximo ano, uma vez que, quando esses lucros retidos forem totalmente
utilizados, a empresa vai usar novas ações ordinárias como forma de financiamento.
b) Os pesos que a empresa utiliza para calcular o custo médio ponderado de capital são
apresentados na tabela abaixo.
9. Uma indústria está interessada em medir seu custo geral de capital. A empresa está situada
na faixa de imposto de renda de 25%. Investigações recentes recolheram as seguintes
informações:
- Capital de terceiros: A empresa tem condições de captar um volume ilimitado de capital de
terceiros vendendo obrigações com valor de face de R$1000,00, com taxa de 10% e prazo
de dez anos. Os pagamentos de juros seriam anuais. Para vender as obrigações, seria
necessário um deságio médio de R$30,00 por título. A empresa também deve pagar custos
de lançamento de R$20,00 por título.
- Ações preferenciais: A empresa pode vender ações preferenciais com dividendo anual de
11%, ao valor de face de R$100,00. O custo esperado de emissão e venda das ações
preferenciais é da ordem de R$4,00 cada uma. Um volume ilimitado de ações preferenciais
pode ser vendido nessas condições.
- Capital Próprio: As ações ordinárias da empresa estão atualmente cotadas a R$80,00 por
unidade. A empresa espera pagar dividendos em dinheiro de R$6,00 por ação no próximo
ano. Os dividendos da empresa têm crescido a uma taxa anual de 6% e espera-se que essa
taxa continue no futuro. Para serem vendidas, as ações precisariam sujeitar-se a um
deságio de R$4,00 por ação e são previstos custos de lançamento de R$4,00 por ação.
- Lucros retidos: A empresa espera obter lucros retidos de R$225.000, disponíveis no
próximo ano. Esgotados esses lucros, recorrerá à emissão de novas ações ordinárias como
forma de obtenção de capital próprio.
a) Calcule o custo específico de cada fonte de financiamento.
b) Sabendo que a empresa utiliza os pesos apresentados na tabela a seguir baseados nas
proporções da estrutura ideal de capital, calcule o custo médio ponderado de capital.
b.1) Determine o único ponto de quebra associado à situação financeira da empresa. (Esse
ponto resulta do esgotamento dos lucros retidos da empresa.)
b.2) Calcule o custo médio ponderado de capital associado ao financiamento novo total abaixo
do ponto de quebra.
b.3) Calcule o custo médio ponderado de capital associado ao financiamento novo total acima
do ponto de quebra.
c) Usando os resultados do item anterior, assim como as informações fornecidas na tabela que
se segue a respeito das oportunidades de investimento disponíveis, desenhe a escala do
custo marginal de capital e o perfil de oportunidades de investimento.
d) Que investimento você recomendaria para a empresa? Explique sua resposta. Qual é o
volume total de financiamento novo necessário?
1. Alavancagem
Alavancagem é o resultado do uso de ativos ou fundos a custo fixo para multiplicar retornos
para os proprietários da empresa. Gestão Financeira I – Profa. Daiana Paula Pimenta
33
Tipos de Alavancagem:
Receita de vendas
Alavancagem (-) Custo dos produtos vendidos
Operacional
= Lucro bruto
(-) Despesas operacionais
= Lucro antes de juros e IR (LAJIR)
(-) despesas financeiras
Alavancagem
= Lucro líquido antes do IR Total
(-) Imposto de Renda
Alavancagem
= Lucro líquido depois do IR
Financeira
(-) Dividendos de ações preferenciais
= Lucro líquido disponível para acionistas ordinários
Lucro por ação (LPA)
Ponto de equilíbrio consiste no nível de vendas necessário para cobrir todos os custos
operacionais. (LAJIR = 0)
Valores
EXEMPLO:
Vamos supor que uma pequena loja tenha custos operacionais fixos de R$2500, que seu preço
de venda por unidade seja de R$10 e que seu custo operacional variável por unidade seja de
R$5. Calcule o ponto de equilíbrio operacional e em receita de vendas.
Alavancagem Operacional
-100% +100%
35
referência, quais as variações percentuais das vendas e do LAJIR, à medida que as vendas vão
do nível de referência aos outros níveis usados.
Grau de Alavancagem Operacional – É o índice que mostra a variação dos lucros em função
das vendas. É a medida numérica da alavancagem operacional.
EXEMPLO:
Aplicando as fórmulas aos casos 1 e 2:
Alavancagem Financeira
EXEMPLO:
Uma pequena empresa de comida oriental, espera ter LAJIR de R$10.000 no ano em curso.
Tem uma obrigação de R$20.000 com cupom anual de 10% e 600 ações preferenciais com
dividendos anuais de R$4,00 por ação. Também existem mil ações ordinárias. Os juros anuais
da obrigação são iguais a R$2.000. Os dividendos anuais das ações preferenciais são de
R$2.400. A tabela abaixo apresenta o LPA correspondente aos níveis de LAJIR de R$6.000,
R$10.000 e R$14.000, supondo alíquota de IR de 25%.
-40% +40%
-100% +100%
EXEMPLO:
Aplicando as fórmulas aos casos 1 e 2:
Como o resultado é maior que 1, há alavancagem financeira. Quanto maior o valor, mais alto o
grau d alavancagem financeira.
Se a empresa mantiver o nível de encargos fixos para cada 1% de aumento do LAJIR, haverá
um aumento de 2,5% do LPA.
Alavancagem Total
EXEMPLO:
Uma empresa fabricante de cabos para computadores, prevê vendas de 20.000 unidades a
R$5,00 no próximo ano e precisa cobrir as seguintes obrigações: custos variáveis de R$2,00
por unidade, custos fixos de R$10.000, juros de R$20.000 e dividendos preferenciais de
R$12.000. A empresa é tributada à alíquota de IR de 40% e seu capital é formado por 5.000
ações ordinárias. A tabela abaixo apresenta os níveis de LPA correspondentes às vendas
esperadas de 20.000 unidades e de 30.000 unidades.
+50%
Vendas (em unidades) 20.000 30.000
Receita de vendas (PVu * Q) R$100.000 R$150.000
(-) Custos operacionais variáveis (Cvu*Q) (R$40.000) (R$60.000)
(-) Custos operacionais fixos (R$10.000) (R$10.000)
= LAJIR R$50.000 R$80.000 60%
GAO 1,2
50%
A tabela mostra que em conseqüência de um aumento de 50% das vendas, a empresa teria um
+300%
aumento de 300% do lucro por ação.
Grau de Alavancagem Total – É o índice que mostra a variação do LPA em função da
variação das vendas. É a medida numérica da alavancagem total.
EXEMPLO:
Aplicando as fórmulas no caso anterior:
Como o resultado é maior que 1, há alavancagem total. Quanto maior o valor, mais alto o grau
de alavancagem total.
Se a empresa mantiver o nível de encargos fixos para cada 1% de aumento das vendas, haverá
um aumento de 6% do LPA.
TIPOS DE CAPITAL
Balanço Patrimonial
Passivo Circulante
Exigível a longo prazo Capital de
terceiros
Patrimônio Líquido
Ativo Ações Preferenciais Estrutura de
Capital Ordinário Capital Capital total
próprio
Ações Ordinárias
Lucros retidos
Benefícios fiscais – Permite as empresa a dedução dos juros de dívidas do lucro tributável,
reduzindo o volume de impostos pagos sobre os lucros, aumentando os lucros disponíveis aos
donos da empresa.
Custos
Risco Econômico – Risco de que a empresa não consiga cobrir seus custos operacionais. Ele
depende de uma série de fatores: 1. Variabilidade da demanda; 2. Variabilidade do preço de
venda; 3. Variabilidade dos preços dos insumos; 4. Alavancagem operacional, quanto maior o
GAO, maior o risco econômico.
O risco econômico varia de empresa para empresa, independente do ramo de atividade, e não
é afetado por decisões quanto a estrutura de capital.
Risco Financeiro – Risco de que ela não seja capaz de cobrir suas obrigações financeiras. E a
penalidade pelo descumprimento de obrigações financeiras é a falência. Quanto mais
financiamentos com custos fixos (capital de terceiros e ações preferenciais) uma empresa tiver
em sua estrutura de capital, maior será sua alavancagem financeira e mais alto será seu risco
financeiro.
EXEMPLO:
Uma empresa está se preparando para tomar uma decisão quanto à sua estrutura de capital.
Obteve as seguintes estimativas de vendas e níveis correspondentes de lucro antes de juros e
imposto de renda da sua equipe de previsão:
- Os dados do LAJIR refletem efetivamente certo nível de risco econômico que decorre da
alavancagem operacional, da variabilidade da receita de vendas e da previsibilidade dos
custos da empresa.
LPA Máximo
A medida que se substitui capital próprio por capital de terceiros, o nível de LPA primeiro sobe
e depois começa a cair. O gráfico mostra que o LPA máximo ocorre no índice de endividamento
de 50%. O declínio do LPA além desse índice resulta do fato de que os aumentos substanciais
de juros não são inteiramente compensados pela redução no número de ações ordinárias
existentes.
Risco
financeiro
Risco
operacional
A medida que uma empresa introduz mais alavancagem em sua estrutura de capital, terá
aumentos tanto do nível esperado de retorno quanto do risco correspondente.
Custo
FUNÇÕES DO CUSTO DE CAPITAL anual K
(%) s
Ki = Custo de capital de terceiros (empréstimos) K
Ks = Custo do capital próprio e
Ke = Custo Médio Ponderado de capital
K
i
0 M EmpréstimosAtivo
total
Alavancagem Financeira
O custo médio ponderado de capital (Ke) resulta do cálculo de uma média ponderada dos custos de
capital de terceiros e de capital próprio da empresa. O ponto M no gráfico representa o Ke mínimo, o
ponto de alavancagem financeira ótima, portanto a estrutura ótima de capital.
FUNÇÕES DE VALOR DA EMPRESA
Valor da
empresa
LAJIR * (1 IR)
V
k e
0 M EmpréstimosAtivo total
Alavancagem Financeira
A maximização do valor da empresa é obtida quando o custo geral de capital é mínimo, então
no ponto M, ou seja, na estrutura ótima de capital, o valor da empresa é maximizado no nível V.
Quanto mais baixo o custo médio ponderado de capital, maior a diferença entre o retorno de
um projeto e o Ke e, portanto, maior o retorno para os proprietários. Minimizar o custo médio
ponderado de capital permite à administração realizar um número maior de projetos rentáveis,
aumentando assim o valor da empresa.
Para essa análise é necessário fazer gráficos de planos financeiros obtendo as coordenadas de
LAJIR e LPA.
1. Supor valores específicos de LAJIR e calculando o LPA associado a cada um deles.
2. Calcular o ponto de equilíbrio financeiro, ou seja, o nível de LAJIR necessário para cobrir
exatamente todos os custos financeiros fixos (LPA = 0).
LPA 60%
30%
0%
3
0
50.000 100.000 150.000 200.000
-1 LAJIR
Conforme o gráfico acima, a estrutura de capital com índice de endividamento igual a 60% é
mais arriscada que a estrutura com 30% de endividamento, que por sua vez é mais arriscada
que a estrutura com 0% de endividamento.
Essa abordagem consiste em vincular o risco financeiro, medido por uma estatística como o
coeficiente de variação do LPA, associado a cada alternativa de estrutura de capital
diretamente ao retorno exigido.
13. Como se diferenciam as características entre capital de terceiros e capital próprio quanto
aos prazos, custos e riscos?
14. Quais os fatores determinantes na escolha da estrutura de capital da empresa?
15. Como se comportam os custos de capital de terceiros e de capital próprio e o custo médio
ponderado de capital à medida que a alavancagem financeira da empresa deixa de ser igual a
zero?
16. Onde se situa a estrutura ótima de capital? Qual é a relação dela com o valor da empresa
nesse ponto?
17. Explique o enfoque LAJIR-LPA sobre a análise da estrutura de capital. Esse enfoque é
compatível com a maximização da riqueza dos proprietários da empresa?
18. Por que a maximização do LPA e a maximização do valor não levam necessariamente à
mesma conclusão quanto à estrutura ótima de capital? Explique.
7. EXERCÍCIOS
1. A Cia MG tem custos operacionais fixos de R$380.000,00, custos operacionais variáveis
de R$16,00/unid e o preço de venda é igual a R$63,50/unid.
a) Calcule o ponto de equilíbrio operacional em unidades.
b) Calcule o LAJIR da empresa a 9 mil, 10 mil e 11 mil unidades, respectivamente.
c) Usando 10 mil unidades como nível de referência, quais são as variações percentuais de
unidades vendidas e LAJIR, à medida que as vendas vão do nível de referência aos outros
níveis usados no item b?
d) Use as porcentagens calculadas em c para determinar o grau de alavancagem operacional
(GAO).
e) Utilize a fórmula do GAO para calcular o GAO no nível de 10.000 unidades.
2. A Cia Paraná está esperando para o próximo exercício, um incremento nas vendas na
ordem de 30% A empresa também está pretendendo promover uma alteração em sua
estrutura de custos com a finalidade de maximizar sua rentabilidade. A mudança
proposta seria a troca de parte de sus custos operacionais variáveis (eliminando a
comissão sobre vendas), por custos operacionais fixos (aumentando o salário dos
vendedores). Os estudos mostraram os seguintes números:
Situação Atual
Vendas de 20.000 unidades a R$10,00/unid
Custo variável = 40% das vendas
Custo operacional fixo = R$80.000,00
Situação Proposta
Vendas de 20.000 unidades a R$10,00/unid
Custo variável = 30% das vendas
Custo operacional fixo = R$ 100.000,00
Calcule o LAJIR na situação atual e na situação proposta e faça um estudo sobre o grau de alavancagem
operacional com o incremento nas vendas de 30%.
3. Uma empresa tem atualmente uma estrutura de capital composta de obrigações no valor
total de R$250.000,00, pagando juros anuais de 16%, e 2 mil ações ordinárias. A
empresa é tributada à alíquota de 40%.
a) Usando valores de LAJIR de R$80.000,00 e R$120.000,00, determine o lucro por ação
correspondente.
b) Usando o LAJIR de R$80.000,00 como base, calcule o grau de alavancagem financeira
(GAF).
c) Refaça os itens a e b, supondo que a empresa tenha dívidas no valor de R$100.000,00, pagando juros
anuais de 16%, e 3 mil ações ordinárias.
5. Uma empresa fabricante de cabos para computadores prevê vendas de 20 mil unidades
a R$5,00 cada no próximo ano, e precisa cobrir as seguintes obrigações: CV =
R$2,00/unid; CF = R$10.000,00, Juros = R$20.000,00; dividendo preferencial =
R$12.000,00 e IR = 40%. O capital da empresa é formado por 5000 ações. A partir do
conceito de grau de alavancagem total, determine o efeito no LPA em termos
percentuais de um aumento de 50% nas vendas.
6. Uma indústria produz uma tranca patenteada para barcos que é vendida no atacado por
R$6,00. Cada tranca tem um custo operacional variável de R$3,50. Os custos
operacionais fixos são de R$50.000,00 por ano. A empresa paga R$13.000,00 de juros
e R$7.000,00 de dividendos preferenciais por ano. Atualmente, está vendendo 30 mil
trancas por ano e é tributada à alíquota de 40% anualmente.
a) Calcule o ponto de equilíbrio operacional da empresa.
b) Com base nas vendas correntes da empresa de 30 mil unidades por ano, e nos níveis de
juros e dividendos preferenciais atualmente pagos, calcule os valores do LAJIR e do lucro
líquido.
c) A indústria assinou um contrato para produzir e vender mais 15 mil trancas no próximo ano.
Calcule as variações no LAJIR e no lucro líquido, e através dessas informações calcule o
GAO, o GAF e o GAT da empresa.
d) Calcule o GAO, GAF e o GAT da empresa, através da fórmula.
7. A empresa TOR recentemente vendeu 100 mil unidades de seu produto a R$7,50 cada.
Seus custos operacionais variáveis são de R$3,00/unid e os fixos são iguais a
R$250.000,00. As despesas anuais de juros totalizam R$80.000,00 e a empresa tem 8
mil ações preferenciais com dividendo anual de R$5,00/ação. Atualmente, há 20 mil
ações ordinárias em seu capital. Suponha que a empresa seja tributada à alíquota de
40%.
8. A Cia Multi possui ativos totais no valor de R$10 milhões, e seu LAJIR é de R$2 milhões. Ele
paga dividendos preferenciais de R$200.000,00 e é tributada a alíquota de IR de 35%. Em um
esforço visando determinar a estrutura ótima de capital, a empresa coletou dados relativos ao
custo de capital de terceiros, ao número de ações ordinárias em cada nível de endividamento e
ao retorno geral exigido sobre o investimento.
9. Uma companhia coletou os seguintes dados relativos à sua estrutura de capital, aos lucros
por ação esperados e aos retornos exigidos.
a) Calcule o valor estimado da ação associado a cada uma das estruturas de capital.
b) Determine a estrutura ótima de capital com base na maximização do LPA e na maximização
do valor da ação.
c) Que estrutura de capital você recomendaria? Por quê?
Índice de LAJIR Despesas LAIR (R$) Imposto de Lucro Número de LPA (R$)
endividamento (R$) financeiras Renda líquido (R$) ações
(R$)
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
d) Usando o LPA calculado no item anterior, as estimativas de retorno exigido, estime o valor
da ação nos diversos níveis de endividamento. Assinale o nível de endividamento que
maximiza o preço da ação.
30% 11,4
40% 12,6
50% 14,8
60% 17,5
11. A Cia ETA. possui custos operacionais fixos de R$300.000 e custos operacionais variáveis
que correspondem a 40% das vendas, fez as seguintes estimativas de vendas:
A empresa deseja analisar cinco estruturas de capital possíveis, com índices de endividamento
iguais a 0, 15, 30,45 e 60%. Supõe-se que os ativos totais da empresa, no valor de R$1 milhão,
permaneçam constantes. Sua ação ordinária tem valor igual a R$25,00 a unidade, e a empresa
paga imposto de renda à alíquota de 35%. Os seguintes dados adicionais foram coletados para
uso na análise das cinco estruturas de capital alternativas.
Probabilidade de Vendas
Receita de vendas
(-) Custos fixos
(-) Custos variáveis
= LAJIR
d) Calcule o LPA associado a cada um dos três níveis de LAJIR determinados no item a para
cada estrutura de capital considerada.
Índice de LAJIR Despesas LAIR (R$) Imposto de Lucro Número de LPA (R$)
endividamento (R$) financeiras Renda líquido (R$) ações
(R$)
0%
15%
30%
45%
60%
e) Calcule o LPA esperado para cada estrutura de capital utilizando os resultados obtidos
acima.
f) Utilize os dados obtidos acima para estimar o valor da ação (P0) para cada estrutura de
capital que está sendo considerada.
Qual é a estrutura preferível, caso o objetivo da empresa seja maximizar o LPA? Que estrutura
seria preferível se o objetivo fosse maximizar o valor da ação? Qual das estruturas de capital
deveria ser recomendada para a empresa? Justifique sua resposta.
UNIDADE 7- ADMINISTRAÇÃO DO
CAPITAL DE GIRO
UNIDADE 7- ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO
1. Responda as questões:
2. Resolva os exercícios:
1. O patrimônio líquido da Cia. TEC é de $ 6.000.000, o que corresponde a 60% do seu ativo
permanente. A empresa possui direitos a receber no valor de $ 1.000.000 para daqui a 24
meses e financiamentos a pagar para daqui a 19 meses no valor de $ 4.000.000. Determine o
volume de recursos a longo prazo (próprios e de terceiros) da empresa que se encontra
aplicado em itens circulantes. (utilize o cálculo do CCL)
Investimento Investimento
Mínimo Máximo
Valores a Receber $ 4.000.000 $ 7.000.000
Estoques $ 7.000.000 $ 12.000.000
Por outro lado, as suas oportunidades de captação de recursos a curto prazo, também definidas
em valores mínimos e máximos, estão previstas da forma seguinte:
Para um custo de capital de curto prazo inferior ao de longo prazo, pede-se determinar o
volume de capital circulante líquido que deve ser mantido pela empresa visando maximizar o
seu nível de rentabilidade. De maneira inversa, demonstre também o nível de capital circulante
líquido que ofereça o menor nível de risco (e de rentabilidade) à empresa.
3. Com relação ao exercício anterior, admita-se que a empresa mantenha um ativo permanente
de $ 35.000.000 e um patrimônio líquido de $ 26.000.000. O seu realizável a longo prazo é
nulo. Sabe-se ainda que o custo do dinheiro a curto prazo (aplicável a todo o passivo circulante)
atinge 12,0% a.a., e o de longo prazo, 15,5% a.a. Pede-se:
a) o montante de recursos de terceiros de longo prazo necessários em cada nível de risco
considerado (alto e baixo);
b) para um lucro operacional (antes do IR) de $ 7.700.000, demonstrar a rentabilidade sobre o
capital próprio da empresa para os dois níveis de risco considerados. Sabe-se que a alíquota
de IR é de 34%.
Pede-se:
1. Classifique as contas do Balanço.
2. Calcule a Folga Financeira (CCL) da empresa.
3. Analise e comente sobre esta folga financeira, justificando-ª
7. Os ativos circulantes, permanentes e totais da Indústria X, para cada mês do próximo ano
são:
Mês At. Circulantes At. Permanentes Ativos Totais Nec. Perman. Nec. Sazonal
Janeiro 15.000 30.000 45.000
Fevereiro 22.000 30.000 52.000
Março 30.000 30.000 60.000
Abril 18.000 30.000 48.000
Maio 10.000 30.000 40.000
8. A Empresa XYZ projetou suas necessidades totais de fundos para o próximo ano conforme os valores abaixo:
Mês Ativos Totais Necessidade Necessidade
Permanente Sazonal
Janeiro 2.000
Fevereiro 2.000
Março 2.000
Abril 4.000
Maio 6.000
Junho 9.000
Julho 12.000
Agosto 14.000
Setembro 9.000
Outubro 5.000
Novembro 4.000
Dezembro 3.000
10. A seguir são apresentados os saldos das contas patrimoniais extraídos dos balanços
publicados por uma empresa especializada em artigos para vestuário masculino.
Solicita ordenar as contas nos respectivos grupos (não existem exigibilidades em longo prazo)
e montar os Balanços Patrimoniais dos dois exercícios.
A partir dos dados obtidos acima, determine o capital de giro da empresa, calcule o CCL e
indique o que esta variável significa para a empresa.
UNIDADE 8- ADMINISTRAÇÃO DE
DISPONIBILIDADES
1. Responda as questões:
1. Conceitue os Ciclos Operacionais e de Caixa. Apresente as principais diferenças entre eles.
Como o Ciclo Operacional e o Ciclo de Caixa têm influência nas necessidades de recursos
financeiros na empresa? Como são calculados o Ciclo Operacional e o Ciclo de Caixa?
2. Conceitue o Caixa. Apresente e discuta os motivos de se manter caixa.
3. Quais os fatores importantes na determinação do saldo mínimo de caixa?
4. Cite e explique as estratégias básicas para redução do ciclo de caixa na empresa.
5. Apresente as principais técnicas de administração do caixa da empresa.
6. Conceitue Títulos Negociáveis, e cite os motivos pelos quais as empresa aplicam seus
recursos nesses títulos.
7. Quais as três características principais dos Títulos Negociáveis?
8. Quais as alternativas que o mercado financeiro oferece as empresa para aplicação de
recursos temporariamente ociosos? Descreva como são feitas essas aplicações.
2. Resolva os exercícios:
2. Utilizando-se dos dados do exercício 1, calcule os resultados nos Ciclos de Caixa e no Giro
de Caixa, se acontecerem as seguintes hipóteses:
a) Os valores a receber são cobrados, em média, em 60 dias.
b) Os compromissos com fornecedores são pagos, em média, em 90 dias.
c) A idade média dos estoques passa a 45 dias.
3. Uma indústria paga as duplicatas de seus fornecedores no décimo dia após a compra. O
período médio de cobrança é de 30 dias, e a idade média dos estoques é de 40 dias. Os
investimentos no ciclo operacional consomem desembolsos de aproximadamente R$18 milhões
por ano. A empresa está estudando um plano que irá aumentar o prazo de pagamento de seus
fornecedores em 20 dias. Se a empresa paga 12% ao ano por seus financiamentos, que
economia anual pode ser realizada com esse plano?
4. A Petrogás gira seus estoques seis vezes por ano, tem um período médio de cobrança de 45
dias e um período médio de pagamento de 30 dias. Os dispêndios anuais com o ciclo
operacional são de R$3 milhões. Supondo um ano de 360 dias:
a) Calcule o ciclo operacional e o ciclo de caixa da empresa, seus gastos operacionais
diários e o montante de empréstimos necessários para sustentar o seu ciclo de caixa.
b) Determine o ciclo de caixa e as necessidades de financiamento, caso se faça as
seguintes mudanças simultaneamente: (1) Redução da IME em 5 dias; (2) Aceleração
da cobrança de duplicatas em 10 dias; (3) Extensão do período médio de pagamento em
10 dias.
c) A empresa paga 13% ao ano sobre empréstimos. Se for o caso, de quanto aumentaria
seu lucro anual a partir das mudanças apontadas no item b?
5. A Bocaiúva Comércio e Indústria S.A. terá, nos próximos três meses, recursos ociosos no
valor de R$100.000,00. O gerente financeiro da empresa está analisando algumas alternativas
de aplicação desses recursos. Utilizando seus conhecimentos de matemática financeira, ajude
o gerente na decisão. Não considere a incidência de eventuais impostos.
a) Alternativa A: Pagar uma duplicata de R$120.000,00, com vencimento em 90 dias, com
um desconto de 3% ao mês. Como o emitente exige o pagamento integral, o gerente
precisará recorrer ao banco para emprestar a diferença a um custo de 2,5% ao mês.
b) Alternativa B: Aplicar em CDB a uma taxa de 3% ao mês.
c) Alternativa C: Aplicar em ações com uma expectativa de rendimento de 5% ao mês.
6. A American Products está preocupada com a gestão eficiente de seu caixa. Em média, os
estoques têm idade de 90 dias e as contas a receber são pagas em 60 dias. As contas a pagar
são liquidadas em aproximadamente 30 dias após serem geradas. A empresa gasta R$30
milhões em investimentos em seu ciclo operacional por ano. Suponha um ano de 360 dias.
a) Calcule o ciclo operacional da empresa.
b) Calcule o ciclo de caixa da empresa.
c) Calcule o volume de recursos necessários para sustentar o ciclo de caixa da
empresa.
d) Discuta como a administração poderia reduzir o ciclo de caixa da empresa.
7. Uma indústria gira seu estoque oito vezes por ano, tem prazo médio de pagamentos de 35
dias e prazo médio de recebimento de 60 dias. Os gastos totais anuais da empresa com
investimentos no ciclo operacional são de R$3,5 milhões. Suponha um ano de 360 dias.
a) Calcule os ciclos operacionais e de caixa da empresa.
b) Calcule o gasto diário com o ciclo operacional. Que proporção desses recursos deve
ser aplicada para sustentar o ciclo de caixa?
c) Se a empresa estiver pagando 14% por esses recursos, em quanto seu lucro poderá
aumentar se ela puder alterar favoravelmente o ciclo de caixa em 20 dias?
8. A empresa AAA paga aos fornecedores de insumos 15 dias após a compra. O prazo médio
de cobrança dos clientes é de 30 dias e a idade média de estoques é de 42 dias. Os
investimentos no Ciclo Operacional demandam cerca de R$20 milhões. Está nos planos da
empresa aumentar o prazo de pagamento aos fornecedores para 35 dias. A empresa tem um
custo de financiamento de capital de 15% ao ano.
a) Demonstre, comparativamente, o ciclo de caixa atual e o proposto.
b) O novo ciclo de caixa seria vantajoso para a empresa? Por quê?
c) Faça uma comparação entre os custos financeiros de aquisição de insumos atuais e
os propostos com o novo fluxo de caixa.
3. Estudos de Caso:
Em seguida estão relacionadas três notícias publicadas pelas seções de economia e finanças
de alguns jornais brasileiros de grande circulação em agosto de 2003. A partir das informações
de cada uma delas, desenvolva uma avaliação dos possíveis impactos decorrentes destes fatos
nas variáveis-chaves necessidade de capital de giro e ciclo de caixa das empresas.
Caso 1
estoques. O varejo pleiteia junto à indústria o alongamento do prazo de vencimento das suas
compras – em torno de 30 dias – para tentar ajustar este período com o prazo de financiamento
dado aos clientes das lojas, de seis meses em média. É difícil o varejo honrar as dívidas em
prazo tão curto quando o próprio lojista financia os clientes...” (Valor Econômico)
Caso 2
“Pão de Açúcar obtém prazos maiores dos seus fornecedores – Apesar da queda-de-braço
com os fornecedores, o grupo Pão-de-Açúcar vem conseguindo melhores condições de
compra. A varejista – que controla as redes Pão de Açúcar, Barateiro, Extra e Eletro – obteve
um prazo médio de pagamento de 42.7 dias no terceiro trimestre, ampliando o prazo
conseguido em igual período do ano passado, de 38 dias. Com isso, a empresa apresentou
uma vantagem em relação ao giro médio do estoque, que foi de 37,5 dias entre julho e
setembro. Em igual período do ano passado, a varejista girava o seu estoque em 39,6 dias”
(Valor Econômico)
Caso 3
“United Airlines admite que poderá pedir concordata – A UAL Corp. Controladora da United
Airlines admitiu que poderá pedir concordata ainda este ano, se a companhia não conseguir
cortar custos e obter garantias do governo americano para levantar empréstimos que ajudem a
pagar US$ 875 milhões em dívidas com vencimento no quarto trimestre. Se a empresa usar
suas reservas para pagar as dívidas poderá lhe restar muito pouco dinheiro para manter suas
operações...”(Valor Econômico)
UNIDADE 9- ADMINISTRAÇÃO DE
CONTAS A RECEBER
1. Responda as questões: