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GESTÃO FINANCEIRA
1ª Edição
Indaial - 2021
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
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ISBN XXXXXXXXXXXXX
ISBN Digital XXXXXXXXXXXXX
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CDD XXXX.XXX
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO...........................................................................07
CAPÍTULO 1
Finanças...........................................................................................7
CAPÍTULO 2
Contabilidade Financeira............................................................27
CAPÍTULO 3
Orçamento Base Zero.................................................................59
APRESENTAÇÃO
A gestão financeira é um conhecimento essencial para todo ser humano que
vive em sociedade. Robert Kiyosaki, em seu livro “Pai rico, pai pobre”, fala que
a maioria das pessoas está concentrada demais em ganhar dinheiro, mas o que
elas deveriam realmente focar é a sua educação financeira.
1 Contextualização
Qual o principal objetivo de uma empresa? Essa questão pode ser respondida
de várias maneiras, mas quase todas as respostas vão levar a geração de valor
para os sócios e/ou acionistas. Afinal, ninguém começa um negócio ou investe no
empreendimento de outra pessoa pensando em perder dinheiro.
No caso de uma entidade sem fins lucrativos que trabalha com crianças
carentes, por exemplo, a missão desta entidade não é o acúmulo de riquezas e
sim atender as necessidades das crianças e transformar o seu ambiente. Contudo,
para cumprir sua missão, precisará de recursos financeiros.
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Tópicos especiais em gestão financeira
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Capítulo 1 Finanças
1.1 Tesouraria
A função básica de uma tesouraria é gerir o fluxo dos recursos financeiros
de uma organização e salvaguardar seus ativos financeiros, ou seja, o seu
tesouro (SOUZA; TORQUATO, 2019). Apesar de se preocupar com o controle
das disponibilidades da empresa, mais recentemente a tesouraria tem assumido
funções mais estratégicas e relacionadas ao planejamento organizacional.
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Tópicos especiais em gestão financeira
Hoji (2017, p. 139) destaca que a tesouraria “é uma das áreas mais
importantes em uma empresa, pois, praticamente, todos os recursos financeiros
que giram na empresa transitam por ela”. Logo, é uma área que pode fornecer
muita informação fundamental para a tomada de decisão.
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Capítulo 1 Finanças
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Tópicos especiais em gestão financeira
De acordo com Hoji (2017, p. 130): “as vendas a prazo alavancam as vendas,
isto é, aumentam o volume de vendas e, consequentemente, o lucro. Porém é
necessário que se tenha um sistema de controle efetivo desses valores. Uma boa
organização desse mecanismo possibilita o controle de quais clientes pagam em
dia e quais deles estão com faturas em atraso (IZIDORO, 2016).
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Capítulo 1 Finanças
Quando não se faz uma análise criteriosa dos dados cadastrais do cliente
necessários para analisar a sua capacidade e probabilidade de pagamento, as
chances de a venda a prazo não ser recebida é maior. Essa análise não deve ser
feita somente para os novos clientes, mas para os clientes recorrentes também.
Hoji (2017) atenta para o fato de que a situação do cliente, mesmo daqueles
antigos e tradicionais, deve ser constantemente monitorada e atualizada, quanto
aos aspectos de pontualidade, capacidade de pagamento e situação financeira.
Existem alguns tipos de cobrança que a empresa pode adotar, sendo esta
feita diretamente pela empresa ou por intermédio de uma instituição financeira.
A cobrança bancária é mais segura e eficiente, pois se o sacado atrasar o
pagamento, o banco não dispensará os encargos moratórios e, ainda, poderá
encaminhar o título para protesto após o vencimento – de acordo com o escolhido
pela empresa na data da contratação deste serviço (HOJI, 2017).
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Tópicos especiais em gestão financeira
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Capítulo 1 Finanças
2 Fluxo de Caixa
O fluxo de caixa é uma ferramenta básica da administração financeira. O
tesoureiro, ao gerenciar o seu dia a dia, se depara com a necessidade de ter um
instrumento de planejamento e controle da sua liquidez, que se constitui no fluxo
de caixa projetado (FREZATTI, 2014). Complementando, Silva (2018) destaca
que tal ferramenta permite controlar a movimentação financeira – entradas e
saídas de recursos financeiros – de uma empresa em um determinado período
Por outro lado, se o gestor identificar para o período futuro um saldo positivo
elevado, pode estudar melhor as opções de investimento dos recursos financeiros
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Tópicos especiais em gestão financeira
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Capítulo 1 Finanças
Apesar de não ser uma tarefa fácil, esses fatores são mais fáceis de serem
trabalhados e controlados pela empresa. Já os fatores externos independem da
vontade e esforço da organização. De acordo com Silva (2018), são eles:
Por fim, Silva (2018) atenta para o fato de que outra grande vantagem que
o fluxo de caixa pode dar para a empresa é a capacidade de aprender com o
passado e prever o futuro do caixa, assim, oferecendo suporte a decisões futuras
importantes para o negócio.
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Tópicos especiais em gestão financeira
3 Análise de Investimentos e
Financiamentos
Elemento importante ao gerir os recursos financeiros de uma empresa é ser
capaz de tomar decisões sobre como e onde captar recursos e onde aplicar o
capital excedente de uma organização com o objetivo de maximizar os lucros.
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Capítulo 1 Finanças
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Tópicos especiais em gestão financeira
a) o montante do investimento;
b) a disponibilidade de fundos de capital, próprios e/ou de terceiros;
c) o risco do investimento;
d) o custo de capital das fontes de financiamento.
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Capítulo 1 Finanças
4 Resumo
Saber gerir as finanças é primordial na vida de qualquer pessoa ou
organização. O mercado de trabalho cada vez mais valoriza profissionais com
tais competência. Sendo responsável pela análise, planejamento e controle
financeiro, bem como tomada de decisões sobre investimento e financiamento,
o profissional dessa área é vital para sobrevivência, continuidade e geração de
valor das empresas. A denominação do cargo, a quantidade de tarefas e o nível
de responsabilidade varia de empresa para empresa. Em organizações de grande
porte, diversos profissionais costumam desempenhar as tarefas relacionadas à
administração financeira, muitas vezes segregados em setores. Já em empresas
menores, uma ou duas pessoas costumam desempenhar essa função. Dentre as
funções do gerente financeiro estão tesouraria, contas a pagar, contas a receber,
elaboração de fluxo de caixa e análise de investimentos e financiamento. A
tesouraria compreende o controle das disponibilidades da empresa – caixa, conta
corrente e aplicação de liquidez imediata. A atividade de contas a pagar exige
um contato próximo dos fornecedores, por exemplo. Para o bom desempenho da
atividade de contas a receber é necessário o conhecimento de políticas de crédito
e cobrança. E, por fim, o gerente financeiro necessita analisar onde pode obter
recursos para a empresa e também onde pode investir o capital da organização,
com o objetivo de aumentar a geração de valor para a mesma.
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Tópicos especiais em gestão financeira
Referências básicas
FREZATTI, Fábio. Gestão do fluxo de caixa: perspectivas estratégica e tática.
2. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
SILVA, Edson Cordeiro da. Como administrar o fluxo de caixa das empresas.
10. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2018.
Referências complementares
BRIGHAM, Eugene. Administração financeira: teoria e prática. 3. ed. São
Paulo: Cengage Learning, 2016.
LOPES, Leandro Costa; SIQUEIRA, Karenn Patrícia Silva; VIEIRA, Édna Maria de
Melo; FREITAS, Maurício Assuero Lima. Adoção de práticas de controles financeiros
e não financeiros por microempreendedores individuais. Gestão e Sociedade,
v. 8, n. 21, p. 749, 2015. Disponível em: <https://www.gestaoesociedade.org/
gestaoesociedade/article/view/1930>. Acesso em: 2 jan. 2021.
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Capítulo 1 Finanças
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C APÍTULO 2
Contabilidade Financeira
1 Balanço Patrimonial
O termo Balanço Patrimonial (BP) é um dos mais conhecidos no meio da
Contabilidade, é quase impossível falar em contabilidade e não visualizar um
BP, por ser uma das demonstrações mais importantes da empresa. Também, é
um dos mais importantes e significativos relatórios gerados pela contabilidade
(BRUNI, 2014).
Para Martins (2020), tal relatório é uma das demonstrações contábeis mais
importantes aos processos de tomada de decisão por parte dos usuários das
informações oriundas da contabilidade.
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Tópicos especiais em gestão financeira
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Caixa e Equivalentes de Caixa
Contas a Receber Passivo Não Circulante
Estoques
Ativos Especiais e Despesas
Antecipadas
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Ativo Não Circulante Capital Social
Ativo Realizável a Longo Prazo Reservas de Capital
Investimentos Ajustes de Avaliação Patrimonial
Imobilizado Reservas de Lucros
Intangível Ações em Tesouraria
Lucros/Prejuízos Acumulados
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Capítulo 2 Contabilidade Financeira
e receitas. Como vimos, o Balanço Patrimonial vai apresentar três partes, o Ativo,
o Passivo e o Patrimônio Líquido, e é sobre elas que vamos estudar a seguir.
1.1 Ativo
O Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos
passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para
a entidade (MARTINS, 2020). As contas do Ativo representam bens, direitos e
outros recursos da organização que gerem ou ajudem a gerar caixa.
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Tópicos especiais em gestão financeira
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Capítulo 2 Contabilidade Financeira
O ativo Não Circulante vai apresentar os valores dos bens que não estão
diretamente ligados à atividade principal da empresa, como por exemplo, no
subgrupo de Investimentos os valores serão representados pelos bens que foram
adquiridos com o objetivo de investir o capital da empresa.
1.2 Passivo
O Passivo é representado do lado direito do Balanço Patrimonial é constituído
por todas as obrigações da empresa. Neste grupo são classificadas as obrigações
presentes da entidade, derivadas de eventos já ocorridos, cujas liquidações
se espera que resultem em saída de recursos capazes de gerar benefícios
econômicos (MARTINS, 2020).
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Tópicos especiais em gestão financeira
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Capítulo 2 Contabilidade Financeira
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Tópicos especiais em gestão financeira
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Capítulo 2 Contabilidade Financeira
Ativo Circulante:
Caixa:
Débito Crédito
R$ 50.000,00
(valor do capital social)
R$ 2.000,00
(compra de 10% de mercadoria)
R$ 50.000,00
(compra de 50% de mercadoria)
R$ 10.000,00
(compra de equipamento de informática)
R$ 75.000,00 (valor das vendas)
TOTAL
R$ 63.000,00
Duplicatas a Receber:
Débito Crédito
R$ 75.000,00
(valor das vendas a prazo)
TOTAL
R$ 75.000,00
Banco:
Débito Crédito
R$ 20.000,00 R$ 10.000,00 (valor de 20% de pagamento
(valor do empréstimo) da obra de arte)
TOTAL
R$ 10.000,00
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Tópicos especiais em gestão financeira
Mercadoria:
Débito Crédito
R$ 20.000,00
(valor das 2.000 peças)
R$ 100.000,00
(valor das 10.000 peças)
R$ 100.000,00
(venda das 10.000 peças)
TOTAL
R$ 20.000,00
Veículo:
Débito Crédito
R$ 30.000,00
(valor do veículo)
TOTAL
R$ 30.000,00
Débito Crédito
R$ 10.000,00
(valor dos equipamentos)
TOTAL
R$ 10.000,00
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Capítulo 2 Contabilidade Financeira
Obra de arte
Débito Crédito
R$ 50.000,00(valor da obra)
TOTAL
R$ 50.000,00
Passivo Circulante:
Fornecedor:
Débito Crédito
R$ 18.000,00
(compra de 90% de mercadoria)
R$ 10.000,00
(compra de veículo, 12 primeiros meses)
R$ 50.000,00
(compra de 50% de mercadoria)
R$ 40.000,00
(compra de 80% de obra de arte)
TOTAL R$ 118.000,00
Empréstimos Bancários:
Débito Crédito
R$ 20.000,00 (valor do empréstimo)
TOTAL R$ 20.000,00
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Tópicos especiais em gestão financeira
Débito Crédito
R$ 20.000,00
(compra de veículo, 24 meses restante)
TOTAL R$ 20.000,00
Patrimônio Líquido
Capital Social:
Débito Crédito
R$ 50.000,00
(valor do Capital Social)
TOTAL R$ 50.000,00
Lucro Acumulado:
Débito Crédito
R$ 50.000,00
(valor do lucro das vendas)
TOTAL R$ 50.000,00
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Capítulo 2 Contabilidade Financeira
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Caixa R$ 63.000,00 Fornecedor: R$ 118.000,00
Banco R$ 10.000,00 Empréstimo Bancários R$ 20.000,00
Duplicatas a receber R$ 75.000,00
Mercadorias R$ 20.000,00 Passivo Não Circulante
Veículo R$ 30.000,00 Fornecedor: R$ 20.000,00
Ativo Não Circulante
Imobilizado PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Equip. de Informática R$ 10.000,00 Capital Social: R$ 50.000,00
Investimento Lucro Acumulado: R$ 50.000,00
Obra de Arte R$ 50.000,00
Total do Ativo Total do Passivo
R$ 258.000,00 R$ 258.000,00
Por fim, podemos concluir que para que seja elaborado um balanço
patrimonial, é necessário inicialmente realizar a verificação das contas contábeis,
para somente após esses lançamentos os valores serem lançados no Balanço
Patrimonial.
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Tópicos especiais em gestão financeira
2 Demonstração do Resultado do
Exercício
O Balanço Patrimonial demonstra a situação patrimonial de uma entidade
em um determinado instante. Uma maneira de complementar essa informação
, ou seja, demonstrar o que ocorreu entre dois balanços distintos, envolve a
demonstração do lucro ou prejuízo que a entidade registrou no período. Martins
(2020) destaca que uma das principais demonstrações contábeis que exerce
exatamente esse papel é a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE).
De acordo com Velter e Missagia (2011, p. 503) a DRE tem o objetivo de:
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Capítulo 2 Contabilidade Financeira
2.1 Receitas
Ao ouvir a palavra Receita, no sentido de finanças, pensamos logo em
dinheiro, pagamento, e é esse o sentido das Receitas na empresa. Podemos
definir como sendo todo o valor que a empresa recebe de seus clientes, seja por
vendas, por serviços, por aluguel, entre outros tipos.
Como podemos observar as receitas possuem várias formas, e o seu tipo vai
depender de onde ela foi originada, ou seja, as receitas de vendas logicamente
vêm dos valores recebidos das vendas, as receitas financeiras são aquelas
relacionadas a juros, descontos recebidos, rendimentos de aplicações, as
receitas não operacionais são aquelas que não decorrem da atividade principal
da empresa, como por exemplo, a venda de um carro, ou o aluguel de um imóvel.
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Tópicos especiais em gestão financeira
2.2 Despesas
O termo despesa na contabilidade é um pouco complexo, pois devemos
entender a diferença de conceito entre despesa e custo, para podermos classificar
de forma correta. Vamos conhecer inicialmente o conceito de Custo, custo é todo
valor que a empresa gasta com a fabricação de um produto, por exemplo, em uma
indústria de calçados, o custo vai ser toda a matéria prima para fabricação do produto,
a energia elétrica gasta nesse processo, o valor do galpão onde são fabricados os
materiais, enfim tudo que estiver relacionado à fabricação de materiais.
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Capítulo 2 Contabilidade Financeira
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Tópicos especiais em gestão financeira
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Capítulo 2 Contabilidade Financeira
Nessa situação podemos dizer que o lucro líquido da empresa após apurado
os custos e despesas foi de R$ 710.000,00. Ao final da DRE, o valor encontrado,
se for positivo, irá entrar no balanço patrimonial, no lado do patrimônio líquido,
como Lucro acumulado, e se for negativo como Prejuízo acumulado.
3 FLUXO DE CAIXA
A falta de geração de caixa em volume suficiente para financiar as operações
de uma empresa é o que tem levado muitas ao processo de falência, com a
ressalva de que nem sempre uma empresa lucrativa consegue gerar caixa (SILVA,
2017, p. 55). Neste sentido, os usuários das demonstrações contábeis (internos
ou externos) estão interessados em saber como a empresa gera e gerencia/utiliza
caixa e equivalentes de caixa.
De acordo com Martins (2020) é por meio da DFC que os usuários das
demonstrações contábeis podem avaliar a capacidade de gerar fluxos futuros
de caixa da entidade, a capacidade de saldar obrigações e pagar dividendos, a
flexibilidade financeira da empresa e a taxa de conversão do lucro em caixa entre
outros aspectos.
Cabe ressaltar que existe uma diferença entre a DFC e o fluxo de caixa
gerencial que a empresa utiliza internamente. Diferença essa que consiste
basicamente no período e no modo de apresentação, pois existem orientações
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Tópicos especiais em gestão financeira
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Capítulo 2 Contabilidade Financeira
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Venda de Imobilizado 15.678 0
[+] Venda de investimentos permanentes 50.957 0
[-] Aquisições de Imobilizado (222.482) (32.066)
[-] Aplicações em Investimentos
0 (105.658)
permanentes
[-] Adições ao custo intangível (46.964) 0
[-] Aplicações em Ativo Realizável a longo
(35.106) (10.897)
prazo
[=] Caixa gerado pelas (utilizados nas)
(238.023) (168.635)
atividades de investimento
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Tópicos especiais em gestão financeira
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Resgate (aplicação) de Títulos e valores
(28.967) 41.958
mobiliários
[+] Integralização de capital 42.087 0
[+] Novos empréstimos e financiamentos 124.006 241.954
[-] Amortização de empréstimos e
(163.194) (76.026)
financiamentos
[-] Pagamentos de dividendos 0 0
[=] Caixa gerado pelas (utilizado nas)
(26.062) 207.786
atividades de financiamento
Para uma melhor visualização vamos analisar a Figura 3, que consta todos
os itens da demonstração do fluxo de caixa realizado pelo método indireto:
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Capítulo 2 Contabilidade Financeira
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Tópicos especiais em gestão financeira
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Venda de Imobilizado 15.678 0
Venda de Investimentos permanentes 50.851 0
Aquisições de Imobilizado (222.482) (52.086)
Aquisições em Investimentos permanentes 0 (105.658)
Adições ao custo do Intangível (46.964) 0
Aplicações em Ativo Realizável a Longo Prazo (35.106) (10.891)
Caixa líquido utilizado nas atividades de
(238.023) (168.635)
investimento
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Resgate (aplicação) de Títulos e valores
(25.961) 41.958
mobiliários
Integralização de Capital 42.087 0
Novos empréstimos e financiamentos 124.006 241.954
Amortização de empréstimos e financiamentos (163.194) (76.026)
Pagamentos de dividendos 0 0
Caixa gerado pelas (utilizado nas)
(26.062) 207.706
atividades de financiamento
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Capítulo 2 Contabilidade Financeira
Hoji (2017) considera que em termos de poder informacional dos fluxos das
atividades operacionais, é inferior à DFC elaborada pelo método direto, mas é
mais fácil de ser elaborada.
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Tópicos especiais em gestão financeira
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Capítulo 2 Contabilidade Financeira
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Tópicos especiais em gestão financeira
Referências Bibliográficas
ASSAF NETO, Alexandre. Fundamentos de administração financeira. 3. Rio
de Janeiro Atlas 2016 1 recurso online ISBN 9788597010145.
BRUNI, Adriano Leal. A análise contábil e financeira, v.4. 3. São Paulo Atlas
2014 1 recurso online ISBN 9788522490332.
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Capítulo 2 Contabilidade Financeira
ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de caixa. São Paulo: Sagra Luzzatto. 8. ed.
2000.
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C APÍTULO 3
Orçamento Base Zero
1 Orçamento
Os empresários têm buscado, cada vez mais, controlar as finanças da
empresa, com o objetivo de maximizar o valor do lucro de suas atividades e
reduzir os custos. O orçamento tem sido uma ferramenta aliada para o controle
de gestão dessas instituições.
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Tópicos especiais em gestão financeira
Já o orçamento reflete tudo aquilo que foi planejado, nele são previstas as
tarefas que serão executadas pela organização, seja ela pública ou privada, tendo
ou não finalidade lucrativa (RIBEIRO, 2017). Pode-se assim, utilizar o orçamento
como uma ferramenta de controle das metas e objetivos da empresa. Por meio
desse controle serão estabelecidos de forma quantitativa o valor obtido com os
recursos investidos e o seu resultado dentro das suas atividades.
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Capítulo 3 Orçamento Base Zero
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Tópicos especiais em gestão financeira
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Capítulo 3 Orçamento Base Zero
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Tópicos especiais em gestão financeira
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Capítulo 3 Orçamento Base Zero
Por fim, temos como uma desvantagem que talvez seja uma das mais
relevantes no momento da aplicação do orçamento base zero na empresa, que é o
estabelecimento de prioridades das metas. Visto que cada gestor pode considerar o
seu objetivo importante, sendo difícil chegar a um consenso de prioridades na empresa.
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Tópicos especiais em gestão financeira
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Capítulo 3 Orçamento Base Zero
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Tópicos especiais em gestão financeira
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Capítulo 3 Orçamento Base Zero
Desse modo,
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Tópicos especiais em gestão financeira
PBZ
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Capítulo 3 Orçamento Base Zero
Departamento Cópias
administrativo Canetas
Materiais de escritório
Pastas
Folhas A4
IPVA
DPVAT
Impostos/Seguro
Licenciamento
Despesas com
Seguro
veículos
Oficina
Manutenção
Lavação
Combustível Combustível
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Tópicos especiais em gestão financeira
De acordo com Lunkes (2003 apud COBAITO, 2018, p. 66), alguns pontos
devem ser observados na elaboração dos pacotes de decisão:
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Capítulo 3 Orçamento Base Zero
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Tópicos especiais em gestão financeira
4.1.1 Preparação
Para a implantação do OBZ é necessária que toda a gestão da empresa
esteja envolvida no processo. Um dos principais pontos de falha de qualquer
orçamento é a falta de envolvimento dos colaboradores – principalmente dos
gestores setoriais. Além do que, como visto anteriormente, a metodologia desse
tipo de orçamento exige que sejam realizadas discussões para se chegar a uma
opção mais viável para a empresa.
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Capítulo 3 Orçamento Base Zero
benefícios que a utilização do OBZ trará para a empresa. Desse modo, trarão
uma visão mais fidedigna das necessidades de cada departamento/atividade.
Evitando assim, os problemas comuns do orçamento tradicional.
4.1.2 Segmentação
O próximo passo é dividir as áreas da organização em diferentes grupos
orçamentários, facilitando assim a discussão sobre as metas e necessidades
orçamentárias para o período. Nesta etapa, devem ser discutidos quais os resultados
financeiros esperados de cada setor e o que será necessário para atingir as metas.
Cada uma das atividades da empresa deve ser analisada para a criação dos
pacotes de decisão (PBZ), de modo que seja possível realizar a sua priorização e
para que a alocação de recursos seja definida posteriormente.
Para tanto, cada um dos pacotes deve ser subdivido em variáveis base zero
(VBZ), normalmente utilizando como referência o plano de contas contábil. Por
fim, as diversas variáveis (VBZ) devem ser agrupadas em núcleos base zero
(NBZ) para facilitar tanto o processo de planejamento quanto de controle.
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Tópicos especiais em gestão financeira
Logo, ao gestor cabe a “defesa” dos gastos que julga essenciais para que a
empresa atinja seus objetivos. Assim, é definido o orçamento para cada setor.
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Capítulo 3 Orçamento Base Zero
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Capítulo 3 Orçamento Base Zero
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Tópicos especiais em gestão financeira
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Capítulo 3 Orçamento Base Zero
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Tópicos especiais em gestão financeira
PBZ VBZ
DESPESAS C/ PESSOAL (-) FGTS
INSS
IRPF - Funcionários
DP/ Salários e Ordenados
DP/ Despesas Vale Alimentação
DP/ Despesas Medicina do Trabalho
DP/ Reserva para 13º Salários/Férias/
Rescisões
DP/ Outras Despesas c/ Pessoal
DP/ Bonificações
DP/ Eventos e Confraternizacoes
DESPESAS C/ VEICULOS (-) DV/ Despesas Lavacao Veiculos
DV/ Despesas Oficina Veiculos
DV/ Despesas Seguro dos Veiculos
DV/ Despesas Combustivel
DV/ Despesas IPVA/ Licenciamento
DV/ Outras Despesas c/ Veiculos
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Capítulo 3 Orçamento Base Zero
PBZ VBZ
DESPESAS DA/ Despesas Telefone
ADMINISTRATIVAS (-) DA/ Despesas Energia Eletrica
DA/ Despesas Aluguel Sala
DA/ Material Expediente
DA/ Despesas Vigilancia
DA/ Despesas Seguro da Sala Comercial
DA/ Despesas Agua
DA/ Despesas c/ Material de Limpeza
DA/ Despesas com o SITE
DA/ Despesas com Viagens/Estadia/Aliment.
DA/ Consertos e Manutenções Gerais
DESPESAS C/ DPS/ Servicos Contabeis
PRESTADORES DE DPS/ Despesas Correios
SERVICOS (-)
DPS/ Despesas Cartorios e Fotocopias
DPS/ Despesas Manutencao NFE
DPS/ Despesa com Hospedagem Nuvem
DESPESAS FINANCEIRAS DF/ Despesas Tarifa Cobranca Bancaria
(-) DF/ Despesas Tarifa Pagto Salario
DF/ Despesas Tarifas de Pacotes de Sevicos
DF/ Despesas Tarifas TED/DOC
DESPESAS COMERCIAIS (-) DC/ Despesas Comissoes Sobre Vendas
DC/ Despesas com Brindes/Doacoes
Diversas
DC/ Marketing
DC/ Public. e Propaganda - Mídias Digitais
DC/ Serviços Pontuais de Terceiros
DC/ Associações Industriais e Comerciais
DC/ Viagens e Estadias Comerciais
DESPESAS GERAIS (-) DESPESAS GERAIS (-)
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Tópicos especiais em gestão financeira
PBZ VBZ
DESPESAS FISCAIS E Simples Nacional
TRIBUTARIAS (-)
IPTU
Taxas Municipais
Taxa de Vistoria Preventiva
Alvara - ISS Fixo
ISS
DESPESAS SOCIETARIAS DESPESAS SOCIETARIAS (-)
(-)
SAIDAS P/ INVESTIMENTOS (-) Despesas com Terrenos
OUTRAS SAIDAS OUTRAS SAIDAS
RECEITAS (+) RECEITAS (+)
RECEITAS OPERACIONAIS (+) Receita Venda
OUTRAS RECEITAS NAO Outras Receitas Não operacionais
OPERACIONAIS (+)
Por fim, deu-se a reunião de toda a equipe envolvida no OBZ para avaliação
dos pacotes de decisão, debatendo sobre quais são os essenciais para que a
empresa atinja seus objetivos estratégicos, levando em consideração o menor
custo e ao mesmo tempo, os recursos necessários para que o andamento e
crescimento da atividade da empresa não seja prejudicada.
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Capítulo 3 Orçamento Base Zero
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Tópicos especiais em gestão financeira
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Capítulo 3 Orçamento Base Zero
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Tópicos especiais em gestão financeira
Referências Bibliográficas
COBAITO, F. C. Orçamento base zero (obz): agregando valor na gestão
empresarial. Revista da FAE, v. 21, n. 2, p. 57–74, 2018. Disponível em: <https://
revistafae.fae.edu/revistafae/article/view/603>. Acesso em: 15/1/2021.
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Capítulo 3 Orçamento Base Zero
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Tópicos especiais em gestão financeira
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