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IESDE BRASIL
2020
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Gabarito 81
APRESENTAÇÃO
Este livro apresenta um recorte do universo da gestão financeira
estratégica, mostrando – por meio de alguns principais conceitos, elementos,
ferramentas, estratégias e índices – a possibilidade de conhecer e melhor
gerir um empreendimento. Com foco na gestão financeira das empresas, esta
obra busca elucidar os aspectos mais importantes que envolvem as atividades
financeiras empresariais, dando prioridade para o entendimento da gestão
interna, mas ao mesmo tempo considerando o contexto externo das empresas.
No primeiro capítulo, conhecemos os fundamentos da gestão financeira
estratégica e os conceitos e termos essenciais para as finanças empresariais.
Abordando a função básica da economia – a alocação de recursos escassos –,
discutimos as principais funções da gestão financeira em relação ao cotidiano
das empresas e às suas atividades, demostrando como é possível organizar as
finanças quando temos o entendimento claro de quais são os objetivos que as
empresas almejam alcançar.
No segundo capítulo, tratamos das operações essenciais para a realização
das atividades diárias da empresa, que dizem respeito à forma como esta
aloca recursos e os organiza em curto prazo, bem como a questão da previsão
de recursos, por meio de explicações e exemplos sobre o Fluxo de Caixa.
Apresentamos, ainda, o capital de giro e sua relevância como indicador de
saúde financeira em curto prazo. Nesse mesmo capítulo, abordamos também
a classificação das atividades empresariais e os conceitos de despesa, custo,
gasto, incentivo e crédito.
No terceiro capítulo, discutimos a importância de conhecer e elaborar o
orçamento e da realização do planejamento orçamentário como ferramenta
estratégica de gestão financeira. Apresentamos exemplificações de tipos
de orçamentos, acompanhadas de reflexões que analisam seus dados,
o que configura ao orçamento um caráter de ferramenta estratégica. Para
tanto, conceituamos os indicadores financeiros e econômicos da empresa,
mostrando como são calculados e quais são as possíveis análises do gestor
financeiro. Sem ignorar os fatores externos, incluímos alguns aspectos que
devem ser considerados na elaboração de um planejamento orçamentário
empresarial, como as taxas de juros e tributos.
Diante da importância de aprimorar o conhecimento sobre a tomada
de decisão, no quarto capítulo, tratamos da análise de investimentos.
Assim, discutimos a criação de valor como foco estratégico da gestão
financeira das empresas e apresentamos diferentes formas de avaliação
dos investimentos no que se refere à viabilidade, lucratividade e exposição
aos riscos, com o intuito de trazer ao entendimento da administração
estratégica a relevância da análise de investimentos.
No quinto capítulo, abordamos as estratégias corporativas e o planejamento.
O entendimento do conteúdo apresentado abarca a ideia de que as empresas
estão inseridas em um contexto de mudanças e expansões, no qual os
agentes econômicos precisam estar cada vez mais cientes e preparados para
lidar com o conhecimento teórico-prático que envolve o mundo das empresas
e, especialmente, em como colocá-lo em ação. Dessa forma, apresentamos
importantes indicadores, internos e externos à empresa, para a tomada
de decisão estratégica. Por meio do estudo das finanças corporativas, dos
indicadores financeiros e dos diferentes tipos de análise, mostramos algumas
maneiras utilizadas pelas empresas para se organizar estrategicamente,
visando ao crescimento e desenvolvimento de seus negócios e pretendendo
sempre o alinhamento entre as demandas, que se originam internamente, e
as necessidades apresentadas pelo ambiente externo.
Com base em uma abordagem conceitual e explicativa, nesta obra
buscamos construir conhecimento a respeito de alguns dos principais
aspectos que caracterizam a gestão financeira estratégica das empresas.
Bons estudos!
1
Fundamentos da gestão
financeira estratégica
Quando falamos em gestão financeira, tal ideia nos remete a
uma infinidade de imagens: um porquinho cheio de moedas para
uma criança, uma conta bancária “recheada” para alguns, a aqui-
sição de um carro novo, a mudança para aquela casa e/ou apar-
tamento dos sonhos, a realização de uma viagem bacana, entre
outras situações. Isso acontece porque gerir as finanças de ma-
neira estratégica nos remete a uma sensação de bem-estar, de
sucesso financeiro.
Neste capítulo, conheceremos quais são os fundamentos da ges-
tão financeira estratégica, ou seja, os principais conceitos, definições
e termos utilizados no universo das finanças, lembrando que, neste
conteúdo, o foco está sobre as finanças empresariais. Falaremos so-
bre como ela é feita, a importância da alocação de recursos e como
organizamos inicialmente as finanças; apresentaremos as funções
da administração financeira estratégica, isto é, como se dá no dia a
dia das empresas e, por fim, exploraremos quais são os objetivos e
as atividades mais comuns praticadas nas empresas para o desen-
volvimento de uma gestão financeira estratégica.
Entender a empresa como esse sistema que visa criar e gerar rique-
zas implica reconhecer seus integrantes, administradores, colaborado-
res e parceiros e também as características do ambiente em que está
inserida, como, por exemplo, se caracteriza seu setor produtivo, o setor
de serviço que oferece, o ambiente virtual em que atua. Por isso, as
atividades empresariais podem ser diferenciadas e classificadas. Uma
forma de diferenciação é entre atividades de operações, de investimen-
tos e de financiamentos (HOJI, 2012).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conhecer os fundamentos da gestão financeira estratégica pode faci-
litar a forma como indivíduos, sendo gestores ou não, melhor compreen-
dem as atividades que envolvem os âmbitos econômico e financeiro das
empresas, sejam atividades do contexto operacional ou do contexto da
tomada de decisões estratégicas.
Diante da complexidade da sociedade moderna e das consequências
da globalização em todos os setores, especialmente no financeiro, as
transformações constantes na economia demandam maior capacitação
de gestores e colaboradores no entendimento dos novos papéis das or-
ganizações atuais, especialmente no que se refere à competitividade e
sobrevivência das empresas a longo prazo.
Nesse sentido, para participar dos processos, atividades e decisões do
setor financeiro, é preciso que mais e mais pessoas sejam capacitadas e
conheçam a área financeira, o que vai além da descrição de números e re-
gistros contábeis, mas buscar explicações cada vez mais completas para
as questões que constantemente emergem na realidade empresarial.
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
BARNEY, J. B.; HESTERLY, W. S. Administração estratégica e vantagem competitiva. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2011.
BRAGA, R. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 1989.
HOJI, M. Administração financeira: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2012.
Por sua vez, o fluxo de caixa dos investimentos, ou caixa líquido das
atividades de investimento, é o segmento que registra as entradas e
saídas referentes aos investimentos que a empresa realiza. Caso a em-
presa compre um terreno, por exemplo, esse desembolso é registrado
como uma saída de caixa. A venda de um terreno, em contrapartida, é
registrada como uma entrada de caixa.
Livro
Essas relações entre os componentes do ciclo de caixa também
apontam para a importância de conhecermos e analisarmos o ciclo
de caixa de uma empresa. Quando o gestor avalia as operações que
compõem o fluxo de caixa, ele pretende entender como a empresa
está operando, por exemplo, se positivamente, ou seja, obtendo boas
margens, tendo despesas compatíveis com o previsto, isto é, se tem
geração de fluxo de caixa (WAINBERG, 2018a).
Para exemplificar, como o fluxo de caixa pode ser elaborado de acor- Importante
do com a estrutura financeira de cada empresa, podemos visualizar Para empresas classificadas
duas representações de DFC. Uma delas está na Figura 1, que apresen- como de capital aberto e aquelas
cujo Patrimônio Líquido excede
ta um modelo de DFC simplificado e, como pode ser visto na ilustração, dois milhões de reais, o DFC
tem como objetivo registrar as atividades diárias da empresa, por isso é obrigatório, exigido pela
Lei n. 11.638/2007.
lemos “Movimento do Dia” na parte superior do fluxo de caixa.
Figura 2
Modelo analítico de fluxo de caixa
(Continua)
Figura 3
Ciclo de capital de giro em uma indústria
Estoques de Pedidos
matérias-primas Compras
e materiais Fornecedores
auxiliares Remessas
Despesas
Atividades operacionais
administrativas e Contas a pagar
outras Prov. Imp.
Renda etc.
Baixa dos estoques
Estoques de
produtos
Custos de produção
Baixas (CPV)
Vendas
Duplicatas a
receber
Vendas a prazo
Vendas à vista
Desconto
Duplicatas
de
descontadas
duplicatas
(redutora do AC)
Líquido creditado
Incobráveis Cobrança
Recebimentos
Capital circulante
Empréstimos a
líquido (parte do Caixa e bancos
curto prazo
PL e do ELP)
Excedente gerado Pagamentos
Capital de giro
Fonte: Adaptada de Braga, 1989, p. 83.
O custo, por sua vez, refere-se a uma aquisição, assim como o gasto.
Custo e gasto são conceitos parecidos e, muitas vezes, confundidos. No
entanto, custo é uma aquisição necessária, isto é, não poderia ser subs-
tituída. Já o gasto pode ser entendido como uma aquisição supérflua, ou
seja, poderia ser adiada, dispensada (MOSMANN, 2020). Veja que, por
esse entendimento, a realização e classificação de custo e gasto depen-
dem, essencialmente, da gestão financeira, de como o gestor entende e
toma decisão a partir dos recursos disponíveis, e essa importância reside
tanto no âmbito empresarial, foco do nosso estudo, quanto no pessoal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A gestão financeira estratégica envolve todos os aspectos que carac-
terizam uma empresa, o que significa conhecer desde as atividades es-
senciais até as políticas de tomadas de decisão estratégicas. Dessa forma,
a gestão de caixa e capital de giro apresentada neste capítulo reforça o
olhar minucioso e atento que o gestor financeiro deve ter com a transação
de recursos e operações no dia a dia empresarial.
Entender como as atividades são organizadas e de que forma os recur-
sos são alocados implica conhecer a saúde financeira da empresa, se está
em uma situação positiva ou negativa com relação ao desenvolvimento de
funções, na busca por seus objetivos e, ainda, se está competitiva quando
comparada a outras empresas.
Por isso, a forma escolhida pelo gestor para registrar a movimentação fi-
nanceira, e de que maneira identifica e trabalha sobre suas necessidades e di-
ferenciais implica o olhar para o curto prazo com planejamento para períodos
posteriores. Assim, o conhecimento das ferramentas de gestão aqui apresenta-
das, além de conceitos essenciais, é também instrumento de direcionamento.
ATIVIDADES
1. Sabendo que o fluxo ou ciclo de caixa é instrumento essencial de
gestão para o registro e acompanhamento da saúde financeira das
empresas, diferencie o ciclo de caixa direto do ciclo de caixa livre.
REFERÊNCIAS
BRAGA, R. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 1989.
HOJI, M. Administração financeira: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2012.
MOSMANN, G. Entenda a diferença entre despesas, custos e gastos. 2020. Disponível em:
https://www.sunoresearch.com.br/artigos/custos-e-gastos/. Acesso em: 20 maio 2020.
REIS, T. Capital de giro: o que é qual sua importância para a empresa? Suno Research,
2018b. Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/capital-giro/. Acesso em:
20 maio 2020.
REIS, T. Ciclo operacional: veja como funciona esse aspecto vital de um negócio. Suno
Research, 2018c. Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/ciclo-
operacional/. Acesso em: 20 maio 2020.
REIS, T. Fluxo de caixa direto: conheça esta análise financeira. Suno Research, 2019.
Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/fluxo-de-caixa-direto/. Acesso
em: 20 maio 2020.
REIS, T. O que é balanço patrimonial e qual a função desse demonstrativo contábil. Suno
Research, 2018a. Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/o-que-e-
balanco-patrimonial/. Acesso em: 20 maio 2020.
REIS, T. O que são despesas administrativas? Saiba como analisá-las. Suno Research, 2018d.
Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/despesas-administrativas/.
Acesso em: 20 maio 2020.
WAINBERG, R. Análise de crédito: siga essas 3 dicas para se proteger de perdas. 2018b.
Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/analise-de-credito/. Acesso em:
20 maio 2020.
WAINBERG, R. Fluxo de caixa: o que é, qual sua importância e como analisá-lo? 2018a.
Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/fluxo-de-caixa/. Acesso em: 20
maio 2020.
Os custos fixos são aqueles que não sofrem variação conforme a va-
riação da quantidade produzida. O exemplo do aluguel caracteriza mui-
to essa definição de custo fixo, porque não se altera com a produção e
é um dispêndio constante e necessário para que a empresa continue a
realizar suas atividades. O custo fixo médio pode ser calculado a partir
do custo fixo total, sendo então:
O valor do custo fixo médio nos indica quanto a empresa gasta para
produzir uma unidade.
Preço base de venda (sem adição dos custos indiretos) = Custo direto
total / Quantidade produzida total
O custo indireto, por sua vez, é aquele composto pelos gastos com
manutenção das atividades de mercado da empresa que não são di-
retamente relacionados à produção, como transporte para entrega de
determinado produto, se for o caso, despesas administrativas, energia,
tempo de trabalho, tempo de pesquisa, entre outros exemplos, porque
não estão diretamente vinculados às atividades fim da empresa e, por
isso, variam de empreendimento para empreendimento. A importân-
cia de conhecer os custos indiretos reside no fato de que eles precisam
ser rateados para que o gestor os inclua na elaboração do preço do
produto e/ou serviço que será comercializado.
A gestão das despesas tributárias deve ser feita por meio do orça-
mento, ou seja, precisam estar no orçamento adotado pela empresa,
com o chamado planejamento tributário, porque, assim, o gestor conse-
gue administrar quais serão essas despesas em determinado período.
ORÇAMENTO DE MARKETING
1 7 ORÇAMENTO
ORÇAMENTO DE DE DESPESAS DE
VENDAS VENDAS
ORÇAMENTO DE
PROCESSO DE
PRODUÇÃO 2 ORÇAMENTO 7 ORÇAMENTO
DE PRODUÇÃO DE DESPESAS
GERAIS E
ADMINISTRATIVAS
3 ORÇAMENTO 5 ORÇAMENTO
4 ORÇAMENTO
DE CUSTOS 8 ORÇAMENTO
DE MATÉRIAS- DE MÃO DE
INDIRETOS DE DE
-PRIMAS OBRA DIRETA
FABRICAÇÃO INVESTIMENTOS
6 ORÇAMENTO
9 ORÇAMENTO
DE CUSTO DE
DE APLICAÇÃO
PRODUÇÃO
FINANCEIRA E
EMPRÉSTIMOS
DE 3, 6, 8, 9, 10
PARA 5, 7
DEMONSTRAÇÃO BALANÇO
DE RESULTADO ORÇAMENTO 10 ANÁLISE DAS
PATRIMONIAL
DE CAIXA MOVIMENTAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Orçamento, preço e custo são aspectos essenciais para a gestão fi-
nanceira empresarial. Quando bem formulados e geridos pelos gestores
financeiros, transformam-se em ferramentas que guiam a tomada de de-
cisão no tocante a quanto a empresa tem, teve e precisará ter, em termos
de recursos físicos e financeiros, para que consiga realizar eficientemente
suas funções.
Nesse sentido, é parte fundamental da gestão financeira estratégica
elaborar e analisar continuamente diferentes maneiras de pensar, de
acordo com as necessidades de cada empreendimento; a melhor escolha
do relatório orçamentário, com o objetivo de criar e manter um planeja-
mento orçamentário que dê base aos gestores financeiros com relação às
estratégias a serem tomadas, tanto no saber administrar os indicadores
internos quanto no saber lidar com os indicadores externos à empresa.
REFERÊNCIAS
HOJI, M. Administração financeira: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2012.
REIS, T. Custo de produção: a contabilidade fundamental de uma empresa. Suno Research,
2018a. Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/custo-producao/.
Acesso em: 15 jun. 2020.
REIS, T. As despesas financeiras e sua importância dentro de uma análise contábil. Suno
Research, 2018b. Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/despesas-
financeiras/. Acesso em: 15 jun. 2020.
REIS, T. Margem de contribuição: o indicador financeiro das vendas de uma empresa. Suno
Research, 2018c. Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/margem-de-
contribuicao/. Acesso em: 15 jun. 2020.
REIS, T. CMV: o que é e como funciona o Custo de Mercadoria Vendida? Suno Research,
2019a. Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/cmv/. Acesso em: 15 jun.
2020.
REIS, T. Custos de transação: entenda como eles afetam a lucratividade. Suno Research,
2019b. Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/custos-de-transacao/.
Acesso em: 15 jun. 2020.
REIS, T. Orçamento ajustado: como funciona essa forma de controle. Suno Research, 2019c.
Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/orcamento-ajustado/. Acesso
em: 15 jun. 2020.
REIS, T. Orçamento de capital: saiba o que ele representa para uma empresa. Suno
Research, 2019d Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/orcamento-de-
capital/. Acesso em: 15 jun. 2020.
VPL = FCo+ ∑
n
FCi
(i=1) (1 + TMA)i
n
∑ FCt =0
t=0 (1 + TIR)t
Com isso, sabe-se que, se a TIR for maior que a TMA, o investimento
será atrativo; se a TIR for menor que a TMA, o investimento não será
atrativo, porque significa que a rentabilidade de determinado investi-
mento será menor do que a rentabilidade de qualquer investimento
com um mínimo de retorno já definido; e se a TIR for igual à TMA, o
investimento é neutro em relação à atratividade, pois significa que ren-
deria o mesmo valor que uma taxa livre de risco.
O ROI é, por isso, uma ferramenta que pode ser utilizada para dife-
rentes finalidades e é importante por considerar o histórico dos inves-
timentos, o que faz dele um índice essencial para a tomada de decisão,
mas não como indicador de previsão de eventos futuros. Assim, pela
análise do ROI, o agente econômico avalia o desempenho de uma em-
presa quanto à sua aplicação de recursos; traz mais racionalidade para
o processo da tomada de decisões; facilita o planejamento de objetivos
com base na análise de resultados já atingidos, entre outras vantagens.
Uma ressalva a se fazer sobre seu uso é que a análise das op-
ções de um investimento deve ser feita utilizando-se outros indi-
cadores junto ao ROI, isso porque uma avaliação eficiente precisa
levar em consideração outros fatores e variáveis de um ativo, como
setor de atuação (se é o mesmo ou não) e período, isto é, tempo do
investimento, por exemplo.
Por outro lado, algumas desvantagens do uso do ROI são: não leva
em consideração o risco do investimento; não dispensa a utilização de
outros índices para estimar o retorno de um investimento; e não leva
em conta receitas e gastos de um período futuro, baseando-se apenas
no período corrente (REIS, 2017d).
Disponível em: https:// É necessário observar que o valor do Patrimônio Líquido pode ser o
www.youtube.com/ valor dos ativos menos os passivos da empresa, como também o valor
watch?v=PB5krSvFAPY. Acesso em:
27 jul. 2020. que os sócios (acionistas) têm investido em determinado período (REIS,
2017c).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise de investimentos, assim como a gestão de riscos e incer-
tezas e a criação de valor, são aspectos diretamente relacionados na
gestão financeira empresarial. Assim, de maneira geral, é fundamental
para as empresas e os agentes econômicos conhecer as possibilidades
de investir e, com isso, gerar lucros e expandir o empreendimento. Co-
nhecer os tipos de investimentos, como mensurá-los, conhecer os ris-
cos e como minimizá-los, bem como entender sobre como as empresas
criam valor em um mercado cada vez mais competitivo é essencial na
maximização da eficiência da gestão empresarial.
ATIVIDADES
1. Qual é a importância da avaliação de investimentos?
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
BCB. Taxa Selic. 2020. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/controleinflacao/taxaselic.
Acesso em: 29 jul. 2020.
HOJI, M. Administração financeira: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2012.
REIS, T. Dividendos de ações: recursos que podem potencializar os investimentos. Suno
Research, 2017a. Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/dividendos-de-
acoes/. Acesso em: 29 jul. 2020.
REIS, T. Índice Beta: importante indicador para gestão de riscos de uma carteira. Suno
Research, 2017b. Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/beta/. Acesso
em: 29 jul. 2020.
REIS, T. O ROE e sua utilidade numa análise de investimentos. Suno Research, 2017c.
Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/roe-utilidade/. Acesso em: 29
jul. 2020.
REIS, T. ROI (Return on Investment): saiba como analisar esse indicador. Suno Research,
2017d. Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/roi-return-on-
investment/. Acesso em: 29 jul. 2020.
REIS, T. Velos Presente Líquido: entenda como calcular e usar o VPL. Suno Research, 2017e.
Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/valor-presente-liquido/. Acesso
em: 29 jul. 2020.
REIS, T. O que é a taxa de turnover de investimentos de uma empresa?. Suno Research,
2018a. Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/turnover/. Acesso em:
29 jul. 2020.
REIS, T. Preço e valor: entenda de uma vez a diferença desses dois conceitos. Suno Research,
2018b. Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/preco-valor/. Acesso em:
29 jul. 2020.
REIS, T. Riscos financeiros: entenda a importância de conhecê-los. Suno Research, 2018c.
Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/riscos-financeiros/. Acesso em:
29 jul. 2020.
REIS, T. TIR: apresenta a analisar investimentos utilizando a Taxa Interna de Retorno. Suno
Research, 2018d. Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/taxa-interna-
de-retorno/. Acesso em: 29 jul. 2020.
ATIVIDADES
1. Com relação à estrutura de tomada de decisão empresarial
fundamental para as empresas, discorra sobre os tipos de decisões
financeiras que os gestores devem conhecer.
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
BARNEY, J. B.; HESTERLY, W. S. Administração estratégica e vantagem competitiva. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2011.
REIS, T. Análise de indicadores: conheça a importância de levá-los em conta. 2018a.
Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/analise-indicadores/ Acesso
em: 10 jul. 2020.
REIS, T. Análise financeira: conheça o negócio para melhorá-lo. Suno Research, 2018b.
Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/analise-financeira/ Acesso em:
10 jul. 2020.
REIS, T. Análise vertical e horizontal: aprenda na prática como fazer. Suno Research, 2018c.
Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/analise-vertical-e-horizontal/
Acesso em: 10 jul. 2020.
REIS, T. Modelagem financeira: entenda como funciona essa ferramenta. Suno Research,
2019. Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/modelagem-financeira/
Acesso em: 10 jul. 2020.
Gabarito 81
2. O fluxo de caixa dos investimentos ou caixa líquido das atividades
de investimento é o segmento que registra as entradas e saídas
referentes aos investimentos que a empresa realiza. Caso a empresa
compre um terreno, por exemplo, esse desembolso é registrado
como uma saída de caixa. A venda de um terreno, em contrapartida, é
registrada como uma entrada de caixa. Já o caixa líquido das atividades
de financiamento registra as transações que se referem a estrutura de
capital da empresa, como a variação de caixa, a obtenção e pagamento
de empréstimos, o retorno de ações, entre outras atividades.
Gabarito 83
2. Há três tipos de riscos financeiros: liquidez, crédito e mercado. O risco
de liquidez é aquele que a empresa sofre quando não é capaz de
cumprir seu passivo financeiro. O risco de crédito ocorre quando o
credor está vulnerável à possibilidade de não recebimento. O risco de
mercado acontece quando a empresa tem ações na bolsa de valores,
caso ocorram oscilações de preços e cotações.