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Introdução........................................................................................................................2
Objectivos..........................................................................................................................3
Metodologia.......................................................................................................................3
Sector informal................................................................................................................4
Considerações Finais.....................................................................................................11
Referências bibliográficas........................................................................................................12
RESUMO
O presente trabalho fornece uma visão abrangente sobre o setor informal na
economia de Moçambique e suas implicações. O setor informal é caracterizado por uma
ampla gama de atividades econômicas, frequentemente de pequena escala, operadas por
produtores independentes ou pequenas empresas, muitas vezes em resposta à falta de
empregos formais e à necessidade de sobrevivência. Ele desempenha um papel
fundamental na absorção de mão-de-obra e na geração de renda para a população. O
setor informal é influenciado por fatores como a ineficiência do estado e do mercado,
políticas inadequadas e falta de oportunidades no setor formal. As atividades informais
muitas vezes operam fora das regulamentações estabelecidas, o que pode resultar em
questões como evasão fiscal e problemas de segurança, mas também podem fornecer
benefícios significativos, como a criação de empregos e a redução da pobreza. A
economia informal também desempenha um papel importante na vida das mulheres em
Moçambique, com muitas delas envolvidas em atividades informais. Além disso, a
informalidade é muitas vezes uma resposta às limitações no acesso à educação,
assistência médica e outros serviços essenciais.
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Introdução
A actual situação socioeconômica de Moçambique é caracterizada por desafios
significativos. O desemprego está em ascensão, o metical, a moeda nacional, está
perdendo valor em relação a moedas estrangeiras de referência e há cortes substanciais
nos investimentos em setores sociais essenciais. Esses desafios são exacerbados pela
diminuição da ajuda financeira externa ao Orçamento do Estado e pelo declínio dos
Investimentos Diretos Estrangeiros (IDE) no país.
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Objectivos
Objectivos gerais:
Objectivos Especificos:
Metodologia
Considerando a necessidade de atingir os objectivos específicos traçados para o
desenvolvimento do estudo, foram realizadas pesquisas em busca da compreensão mais
profunda e contextualizada da realidade, explorando as dimensões subjetivas através de
artigos científicos e pesquisas na internet.
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Sector informal
A Organização Mundial do Trabalho (OIT, 1991) empresta-nos uma definição
mais ampla, ao considerar que o sector informal é o conjunto de unidades de pequena
escala que produzem e distribuem bens e serviços e é composto essencialmente por
produtores independentes e que operam por conta própria, empregando mão-de-obra
familiar e/ou poucos trabalhadores, funcionando com reduzido capital e baixa
produtividade, e tendo receitas bastante irregulares.
Seguindo uma abordagem mais macroeconómica, Tanzi (1982) considera que o sector
informal «é o produto nacional bruto que, por causa da sua não declaração ou
declaração abaixo da realidade, não é medido pelas estatísticas oficiais […]», enquanto
que Navalha(2000) prefere restringir o conceito, assumindo ser: «o segmento da
economia onde ocorre a prática de actividades legalmente permitidas ou pelo menos não
expressamente proibidas por lei, mas que para além de não estarem registadas, quer para
fins tributários oficiais, como para efeitos de cadastro comercial, estão fora das
estatísticas oficiais do país».
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Sector informal na economia de Moçambique
Fazem parte do sector informal as entidades econômicas que produzem bens e
serviços com o principal objectivo de gerar ocupação e rendimento para as pessoas
envolvidas, operando, tipicamente, com baixo nível de organização, com alguma ou
nenhuma divisão entre trabalho e capital como fatores de produção, e em pequena
escala, sendo ou não formalmente constituídas, dando origem ao comercio informal.
Autonomia;
Liberdade para criar, produzir;
Flexibilidade de horários, folga, férias, etc.;
Rendimentos rápidos e imediatos;
Menor burocracia;
Possibilidade de parar de produzir ou trocar a prestação de serviço sem
aviso prévio.
Variação da renda;
Ausência de carteira assinada;
Ausência de férias remuneradas, décimo terceiro salário, vale-transporte
etc.;
Ausência de direitos trabalhistas, como licença-maternidade, paternidade,
auxílio-gás etc;
Ausência de direito à reforma.
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período colonial e a implementação de políticas de planificação central em Moçambique
até datas recentes, respectivamente, até 1975/77 e até 1987/90, ajudam a entender por
que a emergência do empresariado nacional no país é um fenômeno relativamente
recente.
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transporte público, que é frequentemente utilizado pelos pequenos comerciantes
informais.
A outra causa não menos importante prende-se com o vício eleitoral. Tal como avança
Buque, os políticos pensam que aquelas pessoas que estão no mercado informal, se lhes
aplicar a regra do mercado, das posturas,quer municipais quer outras, não serão seus
eleitores. Então, por via disso, preferem olhar para aquilo com vista grossa e pensar que
estão a capitalizar para que no próximo pleito eleitoral sejam reeleitos.
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economia informal nos países africanos representa uma média de 60% do peso do PIB e
contribui grandemente para fazer face a problemas como o desemprego e a pobreza. Ou
seja, estes números deixam claro que grande parte das populações dos países africanos
sobrevive na base da economia informal.
Dando ênfase que é muitas vezes na informalidade que muitos cidadãos asseguram a
sua sobrevivência, tornando-o um elemento de flexibilização da economia em períodos
de crise económica.
De acordo com a INFOR 2004 que é um inquérito por amostragem junto aos
agregados familiares que pretendia recolher informações sobre o impacto deste
importante sector económico no País, refere que o papel do Sector Informal é, a olho nu,
reconhecidamente relevante na esfera económica do País, porque:
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remuneradas em meios rurais obriga os indivíduos a deslocarem-se em busca de
emprego, tendo muitas vezes como única solução trabalhos informais.
Discriminações baseadas em questões de sexo, idade, origem étnica ou
incapacidades empurram estes grupos mais vulneráveis para a miséria, forçando-
os a encontrar soluções em atividades informais para sobreviverem. O acesso
relativamente fácil, sobretudo para quem não tem muitas qualificações, meios
técnicos ou financeiros, torna a economia informal uma fonte potencial de criação de
empregos e de rendimentos, que permite satisfazer as necessidades dos mais pobres,
oferecendo bens e serviços a preços baixos. Como muitos dos seus trabalhadores têm
um sentido apurado do negócio, espírito criativo, dinamismo e capacidade de inovação,
há a proliferação e a aquisição de qualificações no local de trabalho, o que, aliado à
implementação de estratégias eficazes, pode tornar-se numa rampa de lançamento para
um acesso gradual à economia formal. Porém, estes trabalhadores, assalariados ou por
conta própria, estão expostos a inúmeros riscos, necessitando de uma particular proteção
social que, na verdade, é muito limitada ou praticamente inexistente. Em termos mais
simples, além de não receberem a cobertura social tradicional, esses trabalhadores não
têm acesso a proteção em áreas críticas, como educação, desenvolvimento de
habilidades, treinamento, assistência médica e apoio familiar. Dada a vulnerabilidade
desses trabalhadores, essas formas de apoio são especialmente importantes. No entanto,
o sector informal da economia é a única opção que garante a sobrevivência daqueles
que, devido a várias razões, não conseguem acessar outras fontes de sustento.
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Considerações Finais
O setor informal desempenha um papel crucial na economia de Moçambique,
absorvendo uma parte significativa da população que, de outra forma, enfrentaria o
desemprego e a falta de renda. Muitas vezes, as pessoas envolvem-se em atividades
informais por necessidade, devido a uma combinação de fatores, como falta de
empregos formais, subemprego, pobreza e deficiências na governança.
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Referências bibliográficas
CHIVANGUE, Andes. Economia Informal e Políticas em Moçambique: Lógicas e
Práticas dos Mukheristas. Centro de Estudos sobre África, Ásia e América Latina. 21
pgs. Universidade Eduardo Mondlane. 2014.
https://journals.openedition.org/cea/930
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