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INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA (ISTA)

POLO-CAXITO
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

DIREITO DAS EMPRESAS

AS PEQUENAS EMPRESAS E MÉDIAS EMPRESAS; CRESCIMENTO


DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS; COMO QUE SE
ENCONTRAM AGORA NA FASE PANDÉMICA.

Autor: António Joaquim Mantantu


Iº Ano
Período: Noite
Curso: Contabilidade e Administração

CAXITO-2020/2021.
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA (ISTA)
POLO-CAXITO
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

DIREITO DAS EMPRESAS

AS PEQUENAS EMPRESAS E MÉDIAS EMPRESAS; CRESCIMENTO


DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS; COMO QUE SE
ENCONTRAM AGORA NA FASE PANDÉMICA.

Trabalho apresentado ao ISTA/Bengo como parte necessária


do requisito parcial para a obtenção de conhecimento e
avaliação na Disciplina de Direito Empresarial, sob orientação
da Drª. Sandra Quissua.

CAXITO-2020/2021.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................................................................01
EMPREENDEDORISMO........................................................................................................02
CONTEXTO DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS.....................................................03
CRESCIMENTO DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS..............................................04
IMPACTOS DA COVID-19 NOS PEQUENOS NEGÓCIOS.................................................07
IMPACTOS DA COVID-19 NAS MÉDIAS EMPRESAS......................................................08
CONCLUSÃO..........................................................................................................................09
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................10
INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como pretensão abordar sobre as pequenas e médias


empresas, entretanto ainda no decorrer do trabalho vamos poder analisar o crescimento das
pequenas e médias empresas e como elas se encontram na fase pandémica. É um assunto
bastante vago o que não me permite desenvolver cabalmente, porem, me limitarei em abordar
alguns assuntos achados por mim como digno de realce.

Tradicionalmente, Pequenas e Médias Empresas (MPME) têm sido dos principais


instrumentos de sustentação das economias modernas, incluindo as dos países mais
desenvolvidos, não apenas por participarem na redução do desemprego, mas também por se
ajustarem às necessidades das comunidades e, com isso, contribuírem, significativamente para
a redução da informalidade e da pobreza.

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EMPREENDEDORISMO

Referindo-se à emergência atual do empreendedorismo, Dornelas (2005, p.22) afirma


que não se trata de modismo, mas sim, uma resposta natural à rapidez das mudanças
tecnológicas e que o momento atual pode ser chamado de a “Era do Empreendedorismo”.
Assim, em sua visão, o contexto atual é propício ao surgimento de um número cada vez maior
de empreendedores. Nos países desenvolvidos, os empreendedores são os grandes propulsores
da economia.

Na grande maioria dos países, o empreendedorismo tem sido o centro das políticas
públicas. Essa importância, conforme atesta Bortoli Neto (1980, p. 6), decorre da constatação
do importante papel que essas empresas exercem no plano econômico e social e das
dificuldades específicas em relação à competitividade a que elas estão sujeitas por serem de
menor porte; a despeito de seu tamanho, porém, elas são importantes agentes para fomentar a
concorrência e assim contribuir para a criação de condições para a livre concorrência. Além
disso, as PMEs representam o embrião para o surgimento da grande empresa, apresentam um
elevado espírito de iniciativa, possuem grande capacidade de adaptação a mudanças
ambientais, permitem a criação de empregos a custo mais baixos e, principalmente no caso
dos países não desenvolvidos, a interiorização da atividade econômica (BORTOLINETO
1980, p.6). Analisando o empreendedorismo sobre o prisma internacional, o GEM (2007)
acentua que a atividade empreendedora se dá em função das características institucionais e
demográficas, à cultura empreendedora e ao grau de bem estar econômico encontradas em
cada país.

Conforme Dornelas (2005), a atividade empreendedora e as empresas que surgem dela


propicia o crescimento econômico, por meio da criação de emprego e prosperidade ao país
Ademais, o autor salienta que: “são os empreendedores que estão eliminando as barreiras
comerciais e culturais, encurtando distâncias, globalizando e renovando os conceitos
econômicos, criando novas relações de trabalho e novos empregos, quebrando paradigmas e
gerando riqueza para a sociedade (DORNELAS, 2005 p. 22) Uma vez que surgem novas
PMEs, Bortoli Neto (1980) relata que elas refletem a imagem pessoal e as características de
personalidade dos proprietários. Disto, pode-se inferir que estas também devem refletir as
variações culturais e das características inerentes à cada país.

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CONTEXTO DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

A definição das PMEs varia de acordo com a metodologia adotada por cada país, mais
especificamente, pelo tamanho de cada mercado. Países de economia desenvolvida como os
Estados Unidos identificam-nas como tendo 500 funcionários ou menos. Em países em
desenvolvimento, por sua vez, onde o tamanho do mercado e os indicadores de tamanho das
organizações são menores, os pontos de corte estão entre 100 trabalhadores e 250
trabalhadores. O ambiente que caracteriza tais organizações é melhor descrito de acordo com
a forma de propriedade, grau de informalidade, poder de mercado e nível de sofisticação
tecnológica, que não está sempre correlacionado com o tamanho da firma. A formação de
blocos econômicos tem aumentado o consenso em torno da classificação das PMEs. Na União
Européia, tais empresas possuem até 250 empregados, nas Américas, adotado pelos países que
integram o NAFTA e pelo Brasil, consideram-se as MPMEs aquelas com até 500
empregados. Na Ásia, Taiwan considera aquelas que possuem até 200 empregados, Coréia do
Sul e Japão até 300 empregados (PUGA, 2002).

As pequenas empresas possuem pelo menos três contribuições para a economia. A


primeira refere-se à criação de novos postos de trabalho e por essa razão, como ponto chave
para o emprego e redução da pobreza. Em especial, os trabalhos criados pelas PMEs são mais
consistentes em condições de relativa abundância de mão-de-obra e deficiência de capital,
característicos de países em desenvolvimento. A segunda contribuição é que as mesmas são
fonte de consideráveis atividades de inovação, o que contribui para o desenvolvimento do
talento empreendedor e competitividade de exportação como base para uma futura expansão
industrial. Finalmente, elas adicionam uma maior flexibilidade à estrutura industrial e
promovem um grande dinamismo na economia. (WORLD BANK, 2003). Segundo Puga
(2002), ainda que as empresas costumem ser classificadas também em função da receita bruta
anual, como ocorre no Brasil e na União Européia, e do capital realizado, como na Coréia do
Sul, Japão e Taiwan, órgãos nacionais de apoio às MPMEs também estabelecem suas
definições, como no caso da Small Business Administration(SBA) nos Estados Unidos,
classificando as organizações utilizando critérios mais detalhados, de acordo com a atividade
econômica, levando em consideração o grau de competição da indústria, além de considerar o
tamanho médio das empresas e as barreiras à entrada.

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CRESCIMENTO DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

As pequenas e médias empresas (PMEs) têm se multiplicado em Angola e no mundo e


atualmente são responsáveis por um grande volume de negócios, empregos e renda. O
crescimento de pequenas e médias empresas está modificando o comportamento dos
mercados e redefinindo estratégias de marketing, vendas e negociação.

Muitos dos angolanos desenvolveram seu lado empreendedor e agora se dedicam aos
negócios próprios. Assim, cresce também a concorrência entre as PMEs e, por isso,
empresários e administradores buscam novas estratégias de expansão. Os empresários
apontam ainda a baixa qualidade da educação e a falta de mão de obra qualificada como
aspectos negativos do cenário nacional. No entanto, muita gente acredita que ainda existem
oportunidades de desenvolvimento e aposta em inovações para continuar crescendo.

As PMEs já chegam a representar até 40% do PIB angolano e são responsáveis por
mais da metade dos empregos gerados no país. Isso significa que o contexto econômico
angolano é favorável ao desenvolvimento de empresas de pequeno e médio porte.

O mercado percebeu o crescimento das PMEs e muitas empresas passaram a oferecer


soluções específicas para esse tipo de negócio. Já é possível encontrar e contratar linhas de
financiamento, modelos de compra, estratégias de marketing e de gestão desenhadas para
atender às necessidades das empresas que têm um faturamento mais modesto.

É possível atingir o crescimento nas pequenas e médias empresas adotando práticas


simples de gestão, planejamento e marketing.

1. Planeje e organize

A falta de experiência em gestão de negócios acaba gerando resultados negativos em


algumas PMEs. Muitos empreendedores têm uma boa ideia ou investem naquilo que gostam
de fazer, mas não têm nenhuma experiência em planejamento e organização de empresas.

Planejamento e organização são fundamentais para o sucesso de qualquer


empreendimento. Aprenda noções básicas de marketing, administração, controle e gestão de
custos. A terceirização de alguns desses serviços também é uma boa estratégia e vem sendo
adotada por várias empresas de pequeno e médio porte.

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2. Foque na experiência do cliente

O cliente deve ser sempre o centro das atenções na sua empresa, afinal, é ele quem a
mantém funcionando.

Analise, pesquise e colete os hábitos, gostos, preferências e desejos dos seus clientes e
tome todas as decisões pensando nessas informações. Os consumidores devem estar no centro
de todos os processos de uma empresa.

3. Aprenda com as outras empresas

Observe o mercado e o setor no qual sua empresa atua e aprenda com as outras
companhias, sejam elas concorrentes ou parceiras. Aproveite as boas ideias e adapte-as ao seu
negócio.

Aplique as práticas que deram certo em outras empresas no seu dia a dia, mas cuidado
com o plágio – originalidade e senso crítico sempre caem bem.

4. Desenvolva e retenha sua mão de obra

Não é fácil encontrar mão de obra qualificada disponível no mercado. Você


provavelmente precisará treinar e educar sua equipe para atuar conforme as visões da sua
empresa. Manter uma equipe qualificada, experiente e disposta a aprender constantemente é
importante para atingir o crescimento.

Ao encontrar e desenvolver bons profissionais, faça o possível para retê-los. Ofereça


boas condições de trabalho, reconheça os esforços de cada colaborador e mantenha planos de
crescimento para eles. Profissionais que trabalham satisfeitos tendem a prestar serviços de
qualidade superior.

5. Aposte em novas tecnologias

O investimento em novas tecnologias acelera o crescimento das empresas. A


tecnologia garante agilidade e inovação que se transformam em diferenciais competitivos para
as empresas.

Fique atento às novidades, porque os consumidores querem soluções criativas e


demandam mudanças a uma velocidade cada vez maior.

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6. Invista na imagem da empresa

Esta dica vale tanto para o sentido figurado quanto para o sentido literal da expressão.
Manter uma boa reputação perante os clientes é vital para a sobrevivência da empresa. Faça
de tudo para receber avaliações positivas e evitar comentários negativos sobre os serviços
prestados.

Para o sentido literal da expressão, prevalece a máxima de que uma imagem vale mais
que mil palavras. O aspecto visual da sua empresa e itens como decoração, espaço físico e
iluminação contam muito para seus clientes. Invista na criação de um ambiente agradável e
faça o investimento valer a pena com uma apresentação impecável e fotos de qualidade.

7. Reforce sua marca no ambiente digital

A internet e as redes sociais deixaram de ser uma possibilidade e passaram a ser um


ambiente obrigatório para as empresas. Se você não está presente nos principais mecanismos
de busca e nos mapas online, você não existe para seus potenciais clientes.

Marque presença no ambiente digital e reforce sua marca com campanhas


de marketing online. Disponibilize informações, fotos e conteúdo relacionados ao seu
negócio. Cuidado para não criar conteúdo irrelevante e acabar aparecendo de forma negativa.
Se você não domina o assunto, contrate empresas ou profissionais especializados.

8. Mantenha a qualidade

Nenhuma estratégia de gestão ou marketing salvará seu negócio se o produto ofertado


não apresentar uma boa qualidade. Mantenha um padrão e inspecione a qualidade dos seus
produtos ou serviços.

Investimento no seu negócio

Nenhum empresário atingiu o sucesso sem acreditar nas próprias ideias e no seu
modelo de negócio. Acredite na sua capacidade de realização, qualifique-se e aposte em
estratégias corajosas para o desenvolvimento da sua empresa.

Invista em tecnologia e em inovações para impulsionar seu crescimento e busque


auxílio de pessoal especializado sempre que necessário.

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Mesmo com um investimento baixo, é possível planejar um negócio e construir boas
estratégias de comunicação e marketing. Preste atenção nas empresas concorrentes e parceiras
para aprender lições valiosas. Qualidade do produto, visibilidade da marca e satisfação do
cliente são os pilares para o crescimento de pequenas e médias empresas.

IMPACTOS DA COVID-19 NOS PEQUENOS NEGÓCIOS

Não dá para negar que a pandemia de coronavírus trouxe consequências para a


economia e que elas já são sentidas nos mais diversos setores.

Por todo o país, 88% dos empresários de micro e pequenos negócios viram o seu
faturamento cair durante o período de isolamento social.

As informações são da pesquisa “O impacto da pandemia do coronavírus nos


pequenos negócios”, realizada pelo Sebrae no começo de abril.

A análise contou com uma amostra de 6.080 empreendedores de todo o país, que
relataram uma perda média de 75% no faturamento mensal desde o início da crise.

Segundo os entrevistados, a situação financeira das empresas já não era boa mesmo
antes da pandemia – 73% classificaram como razoável ou ruim, mas tudo piorou depois do
coronavírus.

O levantamento aponta ainda para o desconhecimento dos empreendedores sobre as


medidas governamentais para proteger os pequenos negócios – 29% disse não conhecer e
57% apenas ouviu falar.

Outra pesquisa de grande relevância refere-se a gestão da mudança e a adaptabilidade


de organizações e pessoas. Este tema é amplamente discutido há alguns anos em virtude de
alterações tecnológicas e sociais ocorridas de forma acelerada desde a virada do século.

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IMPACTOS DA COVID-19 NAS MÉDIAS EMPRESAS

Não são apenas os pequenos empreendedores que lutam para superar os desafios da
crise. Alguns nichos do mercado, liderados por médias empresas, devem figurar entre os mais
afetados pelos impactos econômicos da pandemia nos próximos meses.

É o caso do setor hoteleiro, que depende diretamente da aglomeração de pessoas para


se manter em funcionamento. Enquanto, em algumas localidades o receio do público
consumidor impede que os quartos de hotéis e resorts sejam preenchidos, em outras áreas do
país, o avanço da pandemia fez com que os governos locais proibissem o funcionamento por
medida de segurança.

Da mesma forma, empresas de transporte rodoviário e aéreo também devem sofrer


com o número reduzido de pessoas circulando. Aqui, também existe o fator da baixa demanda
e, em alguns casos, a proibição sanitária de que essas empresas operem em viagens
interestaduais e até mesmo intermunicipais.

Desde o início do ano, o Ibovespa – índice que acompanha o valor das maiores
empresas – apresentou uma queda acumulada de quase 35%.

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CONCLUSÃO

Com a realização do trabalho foi possível perceber, pequenas e médias empresas


contribuem com parcela considerável da geração de emprego e renda em Angola e em outras
economias. Em particular, pequenas empresas representam 99% das empresas formalmente
estabelecidas, gerando mais de 52% dos empregos formais e cerca de 25% do PIB.

Portanto nesta fase da pandemia nós sabemos das consequências da pandemia do novo
coronavírus em todos os setores da sociedade já são gigantescos, principalmente na economia.
O que mais vem mexendo com os pensamentos dos empreendedores é ainda não saber por
quanto tempo a quarentena será necessária e, pior, qual será a dimensão dos prejuízos desse
“stop” forçado. Nesse momento de incertezas, a solução é usar estratégias que sempre fizeram
parte da gestão do pequeno empresário, como a criatividade, a flexibilidade e, acima de tudo,
muita resiliência, sem se esquecer da poupança de emergência em casos de extrema
necessidade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Filion, L. J. (1990): Free Trade: The Need for a Definition of Small Business, Journal
of Small Business and Entrepreneur-ship, vol 7, n° 2, pg 31-46.

Gibson, Tom e H. J. van der Vaart (2008):Defining SMEs: A Less Imperfect Way of
Defining Small and Medium Enterprises in Developing Countries, paper, Brookings Global
Economy and Development, September.

IFC (2014a): Small and Medium Enterprises Key Driver for Growth and Jobs in South
Asia, New Delhi, India: IFC. (2014b): Business 2014 -Under-standing Regulations for Small
and Medium-Size Enterprises, Washington, DC: IFC.

Keen, Michael (2013): Taxing Micro, Small-(And Medium-) Sized Enterprises,


trabalho apresentado no IMF-Japan High-Level Tax Conference, Tokyo, April 2.

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