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Uma das mais eficazes ferramentas de gestão, o plano de negócio, reúne informações
preparadas de forma organizada sobre todos os aspectos do negócio. Permite ao
idealizador-empreendedor, analisar as deficiências e potencialidades de sua idéia,
além de prever os possíveis problemas e possibilitar uma visão mais ampla para
enxergar a viabilidade de sua idéia de negócio. O plano de negócio não assegura o
êxito do negócio, mas mostrará a direção a seguir, podendo ser um diferencial
competitivo prévio na hora de iniciar, expandir e gerir seu negócio, ou ainda, ao lançar
um produto e/ou serviço novo no mercado. Este artigo enfoca a importância do
planejamento como um dos fatores determinantes na criação e na gestão de um
pequeno empreendimento. Além de discutir alguns aspectos conceituais, apresenta-se
uma sugestão de roteiro para a elaboração de um plano de negócio. A partir do
levantamento bibliográfico realizado, pode-se afirmar que o planejamento,
coordenação e controle das ações, bem como a disseminação da cultura
empreendedora são fatores de suma importância para o surgimento e sobrevivência das
pequenas empresas.
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1. Considerações iniciais
relacionamentos, cada uma delas com função bem definida. Para os autores, as redes só
funcionam adequadamente se houver divulgação das informações entre seus
componentes e se houver confiança entre eles.
Já os autores Laumann, Galaskiewics & Mardsen , citados por Cândido
(2000), a formação de redes é baseada nos princípios de competição e cooperação. Nas
redes formadas pelo modo competitivo, as empresas mesmo praticando ajuda mutua e
compartilhamento mantém sua autonomia nas suas operações, e as formadas pelo modo
cooperativo, as empresas tem seus objetivos particulares, mas sabem que o beneficio é
maior quando buscam alcança-los juntas.
O surgimento destas novas formas organizacionais, baseadas na
cooperação, na complementaridade, na formação de redes inter-relacionais, proporciona
às micro e pequenas empresas maior rentabilidade, flexibilidade e agilidade,
proporcionando a busca de uma maior competitividade.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) As
MPE’s representam 99% de um universo de 3,4 milhões de empresas formais existentes
no Brasil. (PEGN, Abril 2001).
Fonte: Revista PEGN, abril /2001 a partir dos dados colhidos pelo IBGE.
suprir suas deficiências, mas todos, de uma forma ou de outra, contribuem para o
desenvolvimento. Todos nós temos capacidade e potencial que podem ser
desenvolvidos para nos tornamos empreendedores bem sucedidos. (Dolabela, 1999).
Para tornar-se um empreendedor de sucesso é preciso ter imaginação,
determinação, habilidade de organizar, liderar pessoas, ter humildade de reconhecer
suas deficiências e procurar supri-las, pois o empreendedor é eixo de sustentação da
pequena empresa. Cabe a ele tomar todas as decisões; suas características influenciam
muito no andamento dos negócios.
Alguns pretensos empreendedores acham perda de tempo escrever sobre
sua idéia, que já conhece bem, ou ainda têm medo de colocá-la no papel com receio de
que seja copiada. Iniciam o negócio prematuramente sem um planejamento, investem
suas economias, achando que tudo sairá como foi imaginado. Quando os problemas
começam a aparecer, como a falta de capital de giro, problemas com funcionários, com
fornecedores e a concorrência, não sabem ou sentem muita dificuldade em resolvê-los e
acabam falindo em pouco tempo. Um planejamento não impediria que os problemas
aparecessem, mas ajudaria a resolvê-los.
deficiências? Qual é o meu negócio? Quais são os meus produtos e serviços? Qual será
a aceitação dos meus produtos ou serviços no mercado? Quem são os meus clientes?
Onde me estabelecer? Quem são meus concorrentes? Quem são e onde estão meus
fornecedores? Qual será o meu investimento inicial? Como vender meu produto ou
serviço? Em quanto tempo terei retorno do meu investimento?
Essas questões ajudarão o empreendedor a definir sua idéia de negócio, a
estrutura do empreendimento, nível de demanda para seus produtos ou serviços, número
de concorrentes. Além disso, será capaz de descobrir uma vantagem competitiva e com
isso estabelecer mecanismos capazes de convencer investidores e colaboradores a
formar parcerias.
Um plano de negócio bem elaborado, além de ser uma ferramenta de
estruturação, implementação e gestão do empreendimento, proporciona o conhecimento
dos aspectos ambientais, técnicos, mercadológicos, jurídicos e organizacionais que
definirão o futuro do negócio. Com isso, a idéia torna-se atraente para investidores e
para adquirir capital junto aos agentes financeiros.
Segundo DOLABELA (1999, p.209) ao redigir um plano de negócio é
fundamental lembrar que:
• “deve ser completo, bastante claro, ter linguagem simples (evitar, sempre que
possível, termos técnicos, siglas etc.);
• o sumário executivo deve ser excelente e não ultrapassar duas páginas: ele
indicará se o plano de negócio merece ser analisado ou abandonado;
• nenhuma informação deve ser dada sem a citação da fonte;
• o tom será sempre afirmativo, não se deve usar o tempo de verbo no
condicional; jamais deixar dúvidas.”
Os tópicos para a elaboração de um plano de negócio geralmente são:
capa, sumário, resumo executivo, descrição da empresa, plano e estratégias de
marketing e o plano financeiro.
A seguir apresento um roteiro a ser seguido por qualquer indivíduo que
queira iniciar ou expandir um pequeno negócio. Esse roteiro foi criado, levando em
consideração a análise baseadas em alguns autores, Tais como: Dorabela (1999);
Ferreira (1980); Chiavenato (1995); Geber (1995), do SEBRAE.
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6. Considerações finais
5. Referências Bibliográficas
FERREIRA, F. Whitaker. Planejamento: Sim e Não. Rio de Janeiro, Paz & Terra 1980
LEONE, Nilda Maria de Clodoaldo Pinto Guerra. A Dimensão Física das Pequenas e
Médias Empresas.A procura de um critério homogeneizador. Revista de administração
de empresas. São Paulo: v.31,n02p.53-59, abr/jun.,1991.
SEBRAE, Como planejar sua empresa, Roteiro para o Plano de Negócio, volume 2,
Brasília 1994.
Notas de Texto: