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PARTE 01
A Tecnologia da Informação, a Gestão Empresarial e o Papel do Governo............9
O Papel do Governo.....................................................................................................10
Histórico da Evolução............................................................................................... 23
A Internet e a Evolução do ERP.................................................................................41
Evolução do ERP .........................................................................................................41
Funcionalidades do ERP.............................................................................................57
Funcionalidades Básicas de um Sistema de ERP.......................................................................57
BI - Business Intelligence..............................................................................................77
Planejamento Estratégico de TI.................................................................................87
Fases de um Plano Diretor de Informática.........................................................................87
PARTE 02
O Caso da Fábrica de Chaveiros.................................................................................147
PARTE 03
Jogo de Empresas......................................................................................................243
Objetivo do Jogo........................................................................................................243
Gestão de Custos........................................................................................................269
Contabilidade e Custos................................................................................................269
Gestão de Materiais...................................................................................................303
Lote Econômico..........................................................................................................303
Gestão Administrativa................................................................................................325
Componentes básicos..................................................................................................325
Fluxo Sistêmico..........................................................................................................345
A representação da Integração da Empresa.....................................................................345
Parte 01
A Tecnologia da Informação
e a Gestão Empresarial
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01 A Tecnologia da Informação,
A Tecnologia da Informação
e a Gestão Empresarial
a Gestão Empresarial e o Papel
do Governo
Antes de estudar Gestão Empresarial é preciso que se analise quais são os objetivos de
uma empresa. Uma empresa é um conjunto de pessoas e recursos que geram uma receita,
produzindo e vendendo seus produtos e serviços, através do trabalho, a um determinado
mercado.
Para sobreviver, essa receita precisa ser maior que as despesas gastas nesse processo. O
que sobrar, ou seja, o lucro é distribuído aos investidores, proprietários ou acionistas da
empresa ou ainda pode ser reinvestido para alavancar o seu crescimento.
Estes por sua vez, ao investirem seu capital na empresa esperam ter um retorno no mínimo
tão bom quanto aquele obtido em outras aplicações financeiras, na verdade um pouco
mais, pois uma empresa tem um fator de risco bem maior. É o ROI - Return On Investment
ou Retorno Sobre o Investimento.
Um “Negócio da China” logo é copiado por outras pessoas. Surge a concorrência e com
ela a pressão para uma melhoria do produto, ou seja, uma redução na margem e nos
preços. O lucro cai e os investidores começam a procurar outras alternativas.
De qualquer forma um fator é indispensável nos dias atuais, em que a concorrência é cada
vez mais acirrada e cada centavo é importante no seu sucesso: ter um bom sistema de
gestão.
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Há vários tipos de empresas. Públicas (estatais), privadas, comerciais, industriais,
A Tecnologia da Informação
E independente do tipo de empresa, para sobreviver, a equação R > D (Receita maior que
Despesa) deve estar sempre presente. Afinal vivemos em um país capitalista. Mas este
é apenas um dos Indicadores ao qual o executivo deve estar atento. A boa tomada de
decisão depende de muitos outros, mesmo os intangíveis. O BI (Business Intelligence) e
o BSC (Balanced Scorecard) estão aí para ajudar nesta tarefa.E, é claro, uma boa dose de
empreendedorismo é necessária: visão, ousadia, iniciativa, disciplina, ética, liderança,
foco, competitividade, estratégia, percepção, pioneirismo, espírito de equipe, respeito,
inovação. E isto a própria escola da vida nos ensina.
Mas as decisões mais acertadas são tomadas à luz de aspectos exatos, lógicos e bem
definidos. O uso de Modelos Matemáticos e boas
O Papel do Governo
A concorrência é mundial, mesmo se a empresa vende e produz um item em uma remota
cidade do interior. Logo, sua gerência deve ser tão eficiente quanto a mais eficiente
empresa de seu setor.
E aí entra também o papel do Governo. Sua ação política afeta diretamente os custos
da empresa. E há de se considerar que as diferenças são grandes, mesmo entre países
vizinhos, o que evidentemente leva as multinacionais a selecionarem cada vez com mais
critério o local de suas fábricas que alimentarão o resto do mundo com seus produtos.
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Ou seja, o sucesso de uma empresa depende, também, das políticas do Governo onde
A Tecnologia da Informação
ela atua.
e a Gestão Empresarial
Por sua vez, o próprio papel do Governo é, de alguma forma, semelhante ao de uma
empresa, no sentido que ele deve dar condições de desenvolvimento ao país, ao mesmo
tempo que necessita de recursos que só podem ser obtidos no seio de sua sociedade
através de impostos, taxas e contribuições.
Antes de criticar ou elogiar este ou aquele Governo, vamos entender melhor como
funciona sua economia.
Uma diferença fundamental entre empresa e governo é que o Caixa do Governo trabalha
com duas moedas: o Real e o Dólar. O Real para as transações internas e o Dólar para as
transações externas. Em princípio somente o Banco Central deveria manipular dólares,
ou seja, as transações de importação e exportação de uma empresa privada são por
ele convertidas, utilizando-se a Taxa de Cambio do dia. Na prática, no entanto, uma
boa parte da moeda estrangeira é negociada livremente por bancos e mesmo pessoas
físicas, e a taxa de câmbio, que agora no Brasil é flutuante, tem seu valor definido pela
sua oferta e procura, baseada nos fatores que veremos a seguir.
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Assim, a cada exportação que uma empresa faz, os dólares pagos pelo comprador externo
A Tecnologia da Informação
são recebidos pelo Banco Central que os converte para Real, pagando para a empresa
e a Gestão Empresarial
exportadora. Da mesma forma, quando uma empresa no Brasil importa produtos, paga o
seu valor em Real ao Banco Central, que após convertê-lo, envia os dólares ao vendedor
estrangeiro. Fica fácil perceber que se tivermos um aumento nas importações e uma
redução nas exportações faltarão dólares no Banco Cen- tral, pois mais dólares terão
que ser remetidos ao exterior, comparando-se com as entradas provenientes das vendas
ao exterior. E o Governo não tem como emitir dólares. Este poder, infelizmente, é de
exclusividade do governo norte-americano.
Taxa de Cambio
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Protecionismo
A Tecnologia da Informação
e a Gestão Empresarial
Uma forma de barrar as importações é através de medidas protecionistas, tais como
tarifas alfandegárias, impostos sobre importações, criação de cotas, embargos
sanitários, leis anti-dumping ou o próprio aumento artificial da taxa de câmbio. Há até a
medida extrema de criar taxas diferenciadas de acordo com o produto ou ainda proibir
a importação daqueles em que houver similar nacional. O consumidor normalmente
reclama destas medidas, pois não acha justo arcar com ineficiências que, em sua opinião,
são de responsabilidade do empresariado nacional. A Reserva de Mercado no setor de
informática, tão criticada por alguns e elogiada por outros, que pairou entre nós de
1976 a 1991, é um bom exemplo do que estamos falando.
das exportações (cerca de 167% nos últimos cinco anos). Em 2007 este saldo chegou a
US$ 40 bilhões conforme a figura a seguir:
Esse dado indica que os empresários brasileiros estão atuando de forma bastante
competitiva nos mercados globais. A perspectiva para os próximos anos é um
crescimento maior das importações porém com um saldo ainda positivo.
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A Carga Tributária e o Crescimento Econômico
A Tecnologia da Informação
e a Gestão Empresarial
Do outro lado, temos as contas governamentais em Reais. É aqui que se trava a grande
luta pelo superávit. O resultado de um déficit é sempre o aumento da Carga Tributária
e esta por sua vez inibe o crescimento econômico, com empresas e consumidores
arcando com impostos e contribuições cada vez mais onerosos. Também aqui temos
uma polêmica, pois é claro que muito do que o Governo gasta vai para obras sociais,
serviços de infra- estrutura e em empresas que, se privatizadas, não cumprem com
o papel que a sociedade necessita, ou seja, um serviço público eficiente a um custo
acessível e disponível para todas as classes sociais. É o caso da Educação, Saúde, Energia,
Segurança, Transporte, Saneamento, Correios, Telecomunicações, Habitação e muitos
outros, embora a iniciativa privada também participe hoje da maioria desses setores.
As saídas por sua vez são representadas pelos gastos, que podem ser correntes (folha
de pagamento, aluguéis, serviços, enfim despesas de expediente), investimentos em
obras e empresas, geridos normalmente pelos ministérios, gastos sociais, pagamento
aos aposentados e o incômodo pagamento de juros e financiamentos que se vencem.
Um balanço de 2007 pode ser resumido no quadro (R$ bilhões) ilustrado na figura 1.3.
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A Tecnologia da Informação
e a Gestão Empresarial
Figura 1.3 - Balanço das Contas do Governo em 2007
Figura 1.4 A economia brasileira: de onde viemos, onde estamos e o que esperar do futuro
(fonte: Leite Antonio Dias, 2004).
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Este diagrama estabelece a relação existente entre as pessoas, as empresas, o exterior
A Tecnologia da Informação
e o governo. As linhas serrilhadas representam o fluxo de dinheiro e as contínuas
e a Gestão Empresarial
O Governo, por sua vez, dispõe de armas limitadas para provocar o aumento do
PIB. A forma de consegui-lo é incentivar as exportações, gerar condições para captação
de recursos externos, desestimular as importações substituindo-as por produtos
nacionais e distribuir melhor a renda reduzindo a carga tributária para que haja um
aumento no consumo privado. Tudo isso sem perder a popularidade e sem provocar
inflação. Equilíbrio de suas contas, melhor distribuição de renda, um certo planejamento
familiar nas camadas de menor renda e melhores condições para a produção local são
objetivos óbvios que o Governo persegue a cada medida.
Taxa de Juros
E é a definição da Taxa de Juros que remunera a venda das LTN, o principal calibrador
que ao mesmo tempo provoca o crescimento do PIB e por outro lado evita a volta da
inflação. Isto porque, quando aumenta, reduz
o Consumo Privado, já que as compras a prazo tornam-se mais caras, reduzindo preços
e o próprio volume de importações, ao mesmo tempo em que incentiva a venda de
novas LTNs. Também faz crescer as exportações, pois os produtos aqui fabricados não
encontram demanda no mercado interno.
Quando baixa, por sua vez, aquece a economia, desestimulando o investidor que aplica
em LTNs, lançando-o ao Mercado de Capitais, ou seja, investir na produção e em novas
empresas; aumenta as compras a prazo, pois os Bancos acompanham a redução nos seus
financiamentos e com isso incrementa as importações e desestimula as exportações.
Enfim, o aumento do Consumo Privado pressiona a demanda e, caso não haja um rápido
crescimento da produção, gera mais importações ou provoca um aumento de preços.
É a volta da inflação - que ninguém
quer - pois além de promover a desigualdade social, cria um ciclo cuja única saída é uma
nova e forte ruptura no processo de crescimento, ou seja, não é sustentado e provoca
a volta da recessão.
Existem outros mecanismos alternativos para o controle da taxa de juros, tais como a
obrigatoriedade dos Depósitos Compulsórios que os Bancos devem fazer no BC, cujo
aumento reduz a liquidez e diminui a disponibilidade de financiamentos. Outra forma é
a própria retenção de empréstimos públicos.
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É nesse universo que trabalha a empresa privada e com a globalização aumenta a
A Tecnologia da Informação
responsabilidade do Governo, pois para ela é cada vez mais fácil fechar uma fábrica
e a Gestão Empresarial
aqui e abrir outra num país que lhe ofereça melhores condições. E quem se beneficia é a
população, mesmo que o país sirva como “quintal” do mundo, recebendo investimentos
em função de sua farta e barata mão-de-obra, para reexportar aos países ricos através
das empresas multinacionais que lá se instalam. Cabe ao país saber aproveitar essa
oportunidade e desenvolver seu próprio parque e sua própria tecnologia. Afinal é
preciso dar emprego à sua população.
Os impostos pagos hoje pela empresa brasileira podem ser resumidos no seguinte:
A ME-Micro Empresa, restrita a alguns setores de atividade, não pode ter faturamento
superior a R$ 240.000,00 por ano. A EPP-Empresa de Pequeno Porte pode faturar de R$
240.000,00 a R$ 2.400.000,00.
Em relação ao IRPJ, a opção pelo LP-Lucro Presumido é possível desde que a empresa
não seja uma Sociedade Anônima e que seu faturamento não seja superior a R$ 48
milhões por ano.
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Os percentuais entre parênteses na linha IRPJ, no caso do Lucro Presumido, referem-se
A Tecnologia da Informação
ao Faturamento. Assim, para empresas de comércio optantes do LP, o IRPJ considera
e a Gestão Empresarial
Os números a seguir referem-se= ao ano de 2007 e dão uma idéia da situação econômica
do Brasil.
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O PIB de US$ 1.310,0 bilhões representa a 10ª economia, conforme o ranking demonstrado
A Tecnologia da Informação
na figura 1.8.
e a Gestão Empresarial
Figura 1.8 - PIB dos países em 2007.
A dívida do Governo creceu nos últimos anos e a partir de 2006 ultrapassou a marca de
R$ 1 trihão de reais, conforme mostra a figura 1.9.
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A relação PIB x Dívida x Superávit ou Déficit primário e secundário é uma das análises
A Tecnologia da Informação
bastante o risco de um país. A evolução anual do Déficit Secundário pode ser observado
na figura 1.10, o qual totalizou R$ 57,9 Bilhões em 2007. O Secundário difere do primário
pois considera os gastos com juros sobre a dívida.
Segue uma breve descrição sobre cada um dos impostos e contribuições acima
elencados, lembrando que no Brasil temos mais de sessenta tributos:
• IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica. Pago sobre o lucro das empresas. Até
um lucro de R$ 20.000,00 para cada mês do respectivo período de apuração a
alíquota é de 15%. Daí para cima é de 25%.
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• COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. É
A Tecnologia da Informação
taxado sobre o faturamento, sendo que para as micro-empresas, empresas de
e a Gestão Empresarial
pequeno porte e as com Lucro Presumido é cumulativo, com a alíquota de 3%.
Para as demais empresas a taxa é maior, 7,6%, mas não é cumulativo, ou seja,
pode-se deduzir da base de cálculo todas as notas de compra de materiais e
serviços. A COFINS taxa as importações e não taxa as exportações.
• FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. O valor do FGTS é pago pela
empresa, 8% sobre a Folha, mas esse dinheiro não pertence ao Governo. É do
funcionário que pode sacá-lo ao ser demitido sem justa causa ou em outras
circunstâncias especiais. No caso de dispensa sem justa causa, há ainda a
multa de 40% sobre o saldo depositado, que também vai para o funcionário. Há
também um adicional de 0,5% que é da Caixa Econômica.
• IOF - Imposto sobre Operações Financeiras. Esse imposto recai sobre operações
de financiamento, remessas ao exterior, aplicações e leasing. A taxa é de 1,5%.
• II - Imposto sobre Importações. Esse imposto serve como uma proteção aos
produtos similares nacionais. Tem taxa que varia de 10% a 35%.
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• ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. É um imposto
A Tecnologia da Informação
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02
Evolução da Tecnologia
Histórico da Evolução
Histórico da Evolução
A tecnologia tem evoluído de forma exponencial. Muita coisa mudou desde a época das
primeiras máquinas, na década de 1940 e 50, seja com programas registrados em painéis
que podiam ser configurados através do remanejamento dos cabos (pegas) e os primeiros
computadores com memória onde se pode carregar a cada processamento um programa
diferente, até hoje, onde a partir de um dispositivo, seja ele um note-book, um handheld
ou um celular, pode-se acessar e atualizar uma base de dados localizada em qualquer
parte do mundo.
As linguagens mais comuns eram o Assembly, Cobol, PL1, Fortran, RPG, Pascal e o
onipresente C.
O Acesso Direto aos dados, no final dos anos 60, permitiu um tratamento mais flexível,
pois os registros armazenados podiam ser atualizados sem uma prévia classificação.
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A busca por um acesso direto cada vez mais rápido fez com que surgissem várias
tecnologias: índices auxiliares, que indicam em qual trilha do disco se encontra um
Evolução da Tecnologia
Banco de Dados
A evolução do Acesso Direto levou-nos aos sistemas de Banco de Dados (DBMS Data
Base Management System ou SGBD Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados). Desde
as versões mais simples, como o Access da Microsoft, o DBF da Ashton-Tate/Borland/
Nantucket/CA/Fox, o Dataflex da Data Access, Paradox da Borland, entre outros, até as
versões com padrão SQL - Structured Query Language, que na verdade já existiam desde a
década de 70, mas apenas para mainframes. No SQL os arquivos não são exclusivamente
controlados pelos programas. Há todo um conjunto de rotinas - stored procedures,
gatilhos ou triggers e metadados (arquivos com informações sobre o próprio Banco)
que controlam os dados e evitam a ocorrência de qualquer tipo de perda, incorreção
ou duplicação de informações. As principais vantagens do SQL podem ser resumidas no
seguinte:
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Evolução da Tecnologia
Figura 2.1 - Integridade referencial.
Neste caso o Cliente cuja chave é 00010 precisa estar cadastrado quando da implantação
do Pedido e não pode ser deletado enquanto existir o Pedido. O mesmo com o Vendedor
21 e o Produto 00501. O próprio controle do Banco de Dados não permite a quebra
desta Integridade Referencial. Em certos casos é permitida a deleção em cascata, onde
a exclusão do Cliente leva consigo a exclusão de todos os seus Pedidos, Duplicatas,
Faturas, etc.
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Evolução da Tecnologia
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5. Segurança dos Dados: Senhas de autorização de acesso, métodos de gravação em
disco, back-up automático e on-line e log das atualizações são mecanismos que
Evolução da Tecnologia
garantem a privacidade de acesso e evitam perdas ou duplicações de registros.
Microinformática
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E para tal não se podia pensar em fazer todo o processo em um único micro, ou mesmo
em um conjunto deles mas totalmente desconectados entre sí. Até que houveram
Evolução da Tecnologia
A alocação de um Servidor dedicado foi a próxima solução. Reserva-se uma única máquina,
no máximo uma segunda para espelhamento de dados, para gerenciar e manter toda a
base de dados. As estações ficam com o processamento e controle de teclado e tela, o
Servidor armazena os dados. O Clipper, da Nantucket/CA e sucessor do Dbase, foi quem
se sobressaiu nesta época, que se iniciou em 1987 com a versão Summer e só teve sua
trajetória interrompida com a chegada do Windows, da Microsoft, já em meados da
década de 90, depois de uma sofisticada Versão 5, ainda DOS, e que continha comandos
e recursos agora já bem comparáveis aos velhos mainframes. E até com uma pincelada
de Windows, através do Five-Win, biblioteca espanhola, que dava ao Clipper funções
gráficas de extremo bom gosto.
Windows
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O fato de ser gráfico faz com que boa parte dos programas sejam desenvolvidos de
forma Visual, ou seja, ao invés de escrever-se código fonte, insere-se os elementos na
Evolução da Tecnologia
tela a partir de uma janela de CLASSES. Os elementos criados são os OBJETOS, instancias
das Classes. Customiza-se os Objetos alterando-se suas propriedades e métodos. É a
OOP – Object-Oriented Programming (Programação Orientada a Objetos). A partir deste
trabalho é gerado um código fonte, que pode ou não ser modificado. Mas a programação
Visual resolve apenas parte dos problemas de uma aplicação: telas, controles, menus,
relacionamentos, etc. A parte de procedimentos, ou seja, as regras de negócios, precisam
ser escritas na forma tradicional.
Redes
Mas voltando às redes, um grave problema ainda persistia. O fato de praticamente todo
o processamento ser realizado na estação e o servidor ser um mero repositório de dados
fazia com que fosse intenso o tráfego na rede. Razoável em redes locais – LAN (Local
Area Networks), onde a velocidade de transmissão logo atingiu 10 mega bits por segundo
(mbps), mas extremamente lenta quando utilizava as linhas telefônicas, a no máximo
9,6 kbps. O processamento remoto exigia uma série de soluções alternativas, como o
Metaframe e o Cisasync, que por serem complexas, não resolviam todos os problemas.
O Metaframe simula uma estação local escrava do terminal remoto, usando para isto um
servidor de comunicação e o Cisasync faz o espelhamento de dois servidores remotos,
mantendo-os atualizados, e cada um atendendo as estações de sua localidade.
Processamento centralizado com servidores robustos e estações leves, por vezes disk-
less, ou seja, sem discos de alta capacidade, já pensando na multiplicidade de novos e
simples dispositivos de acesso, lembrando as antigas configurações de mainframes
com seus terminais burros. Mas as Stored Procedures do SQL ainda não eram a solução
perfeita. Incompatíveis entre si, trabalhosas em seu código e sobrecarregando o Servidor
de Dados forçaram mais um desmembramento.
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Surgia o Servidor de Aplicações que forma, juntamente com a Estação e o Servidor de
Dados, a arquitetura de 3 camadas (3-thiers) depois expandida para multi-camada (multi-
Evolução da Tecnologia
E para tal não se podia pensar em fazer todo o processo em um único micro, ou mesmo
em um conjunto deles mas totalmente desconectados entre sí. Até que houveram
tentativas deste tipo, fazendo-se a transferência de dados através do transporte físico
em disquetes. Mas foram as Redes que definitivamente resolveram estes problemas.
Inicialmente pensou-se no mais óbvio. Simplesmente conectar-se os micros através de
cabos, cada um armazenando parte dos dados, mas todos acessando os vários discos
espalhados pela rede. Era a rede peer-to-peer, que ainda apresentava a vantagem de uma
escalabilidade gradual, pois bastava acrescentar-se novas máquinas com discos à medida
que aumentassem as necessidades. Mas esta descentralização de dados não deu certo.
Bastava uma máquina parar e toda rede ficava prejudicada. Em cada uma era preciso
ter todos os controles de I/O (input e output) de dados armazenados, o que consome
muitos recursos de memória e processamento e era impossível coordenar todos os
arquivos do aplicativo, espalhados pela rede. Amplus e Novell foram as empresas que
mais investiram nesta solução, econômica, porém altamente instável.
A alocação de um Servidor dedicado foi a próxima solução. Reserva-se uma única máquina,
no máximo uma segunda para espelhamento de dados, para gerenciar e manter toda a
base de dados. As estações ficam com o processamento e controle de teclado e tela, o
Servidor armazena os dados. O Clipper, da Nantucket/CA e sucessor do Dbase, foi quem
se sobressaiu nesta época, que se iniciou em 1987 com a versão Summer e só teve sua
trajetória interrompida com a chegada do Windows, da Microsoft, já em meados da
década de 90, depois de uma sofisticada Versão 5, ainda DOS, e que continha comandos
e recursos agora já bem comparáveis aos velhos mainframes. E até com uma pincelada
de Windows, através do Five-Win, biblioteca espanhola, que dava ao Clipper funções
gráficas de extremo bom gosto.
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Houve também uma evolução no hardware das máquinas, passando de 8 bits, depois
para 16, 32 e agora 64 bits. O Windows acompanhou esta evolução, conforme surgiam
Evolução da Tecnologia
novas versões.
As principais diferenças para o usuário e o programador que esta evolução traz são as
seguintes: Nasarquiteturasde16bitshaviaarestriçãodepáginasdememóriadeaté64k. Isto
gerava a necessidade de segmentação dos programas em overlays de até 64k, além da
restrição de espaço de variáveis também de 64k. Estes problemas deixaram de existir a
partir das arquiteturas de 32bits. Outro problema encontrado nas arquiteturas de 16 bits
era o fato de poderem trabalhar com multitarefa, porém não de forma preemptiva. Isto
significa que o próprio processo era o responsável por sinalizar o Windows, na versão
3.1, que o seu tempo de processamento acabou podendo ocasionar o travamento de
todo o sistema caso um processo estivesse, por exemplo, em looping. A alocação da
memória era outro fator que poderia ocasionar o bloqueio de todo o sistema no
caso de um determinado processo tentar invadir o espaço de memória reservado
para outro processo. Com a versão do Windows para 32 bits estes problemas foram
solucionados. A alocação da memória deixou de ser realizada através de páginas de
64k, possibilitando uma alocação integral da memória. A partir desta versão, o Windows
passou a ser um sistema multitarefa preemptivo e incorporou um recurso para a proteção
da memória que não permite a alocação de espaços reservados. A proteção de memória
passou a gerar os conhecidos erros GPF (tentativa de invasão) apenas para o processo
que tentasse alocar um espaço de memória já reservado, preservando a execução dos
demais processos.
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Evolução da Tecnologia Orientação a Objetos
Da mesma forma, em determinadas linguagens, pode-se criar uma nova Classe herdada
de uma outra já existente. Muda-se então uma determinada Propriedade ou um
determinado Método, e ela passará a trabalhar de forma diferente. É o mesmo Método,
porém alterado e válido desta forma para os objetos herdados desta última classe. O
exemplo do celofane explica bem como isto funciona. Tem-se um documento original e
sobre ele colocam-se novos celofanes, de modo que se vê todos os tópicos do primeiro.
Ao escrever-se uma alteração sobre este último celofane tem-se uma nova visão, onde
se herdou tudo do primeiro, mas adicionou-se as alterações do último. E assim vai-
se criando uma hierarquia de classes, cada uma delas herdando as propriedades e os
métodos de suas antecessoras. A esta característica de um Método, com um mesmo
nome trabalhar de forma diferente, dependendo da Classe a que pertence, é que se dá o
nome de Polimorfismo, que significa “aquele que apresenta muitas formas”.
Por outro lado um Método somente altera as propriedades do Objeto a que pertence,
isto para tornar o processo mais seguro e independente, ou seja, uma vez que um Objeto
está funcionando dificilmente terá problemas por interferência externa. Por vezes esta
mudança na forma de programar torna-se mais trabalhosa, mas o esforço compensa. É o
que se chama Encapsulamento.
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A Programação Orientada a Objetos nem sempre é bem compreendida e um dos motivos
são os inúmeros termos usados pelos autores de livros para a mesma entidade. Assim
Evolução da Tecnologia
a palavra Classe é chamada por vezes de Componente, Modelo, Protótipo, Abstração. A
palavra Objeto é substituída por Instância, Componente, Filho da Classe, Substantivo. A
palavra Propriedade por Variável, Atributo, Característica, Dado, Adjetivo, Especificação,
Entidade ou Valor. Método por Procedure (Procedimento), Função, Rotina, Comando,
Verbo, Ação, Seletor.
igual seria herdado. No sistema, em sua abertura, em uma única seqüência de desvios
condicionais, se determina qual o objeto/ Estado que deve ser evocado ao se chamar, nos
vários pontos do sistema, CalculaICMS. Se surgir um novo Estado, basta criar uma nova
Sub-Classe e alterar o sistema em um único ponto.
Segurança e Internet
A senha nada mais é do que um código definido pelo usuário ou pelo próprio sistema
e que é comparado a cada vez que é feito o primeiro acesso. É importante entender
que a senha transita pela rede criptografada, ou seja, cada dígito é trocado com base
em um algoritmo de modo que se alguém interceptá-la não conseguirá identificá-la. Da
mesma forma ela é gravada no sistema, impedindo que alguém a descubra acessando os
arquivos de senhas. Estes algoritmos são somente de ida e para alguém descobri-lo é
preciso fazê-lo por tentativa e erro, o que pode levar anos.
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O processo da Assinatura Digital tem como objetivo comprovar que um determinado
texto não foi alterado no seu caminho e que foi enviado pelo proprietário ou
Evolução da Tecnologia
Tanto o sistema de senhas como o de assinatura digital perdem seu efeito caso o usuário
permita que a senha ou a chave privada caia nas mãos de pessoas indesejáveis. Isto
considerando que tanto o algoritmo como a chave pública são fáceis de ser obtidos.
Pode-se restringir a distribuição da chave pública, ou seja, o certificador somente a
entrega para quem o usuário determinar, reduzindo com isto o risco de fraude.
O sistema de Assinatura Digital também pode ser utilizado para verificar a autenticidade
de programas e arquivos, evitando que pessoas desautorizadas o alterem. É usado por,
exemplo, no sistema do Voto Eletrônico.
Para impedir o acesso aos arquivos de sua máquina, a ação vai depender se ela está conectada
diretamente a um provedor ou se ela faz parte de uma rede local na empresa. No caso da rede, o
servidor de comunicação deve fazer o trabalho de proteção, dando acesso apenas a usuários que
fazem parte da tabela de autorizados.
As páginas da Internet que são lidas por sua máquina podem conter, além dos textos
e das imagens, rotinas de programas. São os Active X, Java Scripts, VB Scripts, Applets
e Java Beans e são elas que podem “espionar” sua máquina, enviando a informação
a um determinado destino. Esta rotina pode se hospedar em sua máquina e de lá
enviar informações como quais programas e dados constam de seus arquivos, quais
procedimentos você operou ou que páginas são mais acessadas. Os Spywares, por
exemplo, podem até apresentar páginas de produtos concorrentes em sua tela toda vez
que for acessado determinado site.
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Também sistemas ou programas adquiridos seja via down load, seja via CD ou disquete,
podem conter funções que uma vez instaladas em sua máquina podem acessar a base
Evolução da Tecnologia
do fabricante do software e verificar se o registro e os pagamentos estão em dia. Caso
negativo o programa poderia, por exemplo, autodestruir-se.
A Internet tem como mecanismo básico para o seu funcionamento o endereço IP.
Trata-se de um número de 12 dígitos, formado por 4 blocos de 3 dígitos cada . Ex:
200.250.100.120. Este número é controlado por organismos nacionais e Internacionais,
ICANN, a nível mundial; FAPESP a nivel nacional (para a Asia é a Apnic, para a América
do Norte é a Arin, para a Europa e Africa a Ripe e Latnic para a América Latina). Os
endereços de IP definem cada ponto da grande rede. A nova tendência são os endereços
dinâmicos, alterados a cada acesso.
Já os Domínios são os nomes dados aos sites armazenados nos milhões de provedores
espalhados pelo mundo. Ex: microsiga.com.br , onde a primeira parte identifica seu
proprietário, o segundo o tipo de entidade (.com para empresas, .gov para governo,
.org para outras instituições, .edu para universidades e escolas, etc) e o terceiro, o país
de origem (.br para Brasil, .uk para reino unido e sua ausência indica que a origem é
norte-americana).
Cada página do site tem seu próprio nome, colocado após uma barra (microsiga.com.br/
índice é o nome da primeira página deste site). Pode-se acessar diretamente uma página,
caso se digite seu nome completo. A URL (Uniform Resource Locator) contém além do
nome do domínio do site também o seu Protocolo, como prefixo. Http:// para as páginas
convencionais, FTP:// para arquivos que podem ser lidos e descarregados (downloads),
Https:// para as paginas seguras e por fim o e_mail (mailto:) que tem em seu endereço o
nome do usuário proprietário seguido da sigla @ (de at em inglês que significa onde) e
o domínio do provedor ou de sua empresa se tiver um domínio próprio.
Web Services
Uma nova aplicação que deverá ser muito utilizada nos próximos anos são os Web
Services. Web Services são serviços, pagos ou não, oferecidos na Internet onde uma
determinada aplicação pode receber de outra uma informação requerida. Para tornar
esta comunicação versátil entre aplicativos escritos, não só por empresas diferentes. mas
em linguagens e plataformas desiguais, criou-se um protocolo padrão denominado XML.
35
Evolução da Tecnologia Exemplo:
<peso> 75 </peso>
Neste caso, por exemplo, o fato do peso estar em quilos e não em libras já está pre-
determinado pelos analistas envolvidos em ambos os sistemas.
Além das informações do aplicativo propriamente dito, numa mensagem XML são
também enviados metadados que dão a ela segurança e consistência, como endereços
de origem e destino, formato dos campos, qual deve ser o retorno, regras do conteúdo.
É a WSDL (Web Services Description Language) que define este formato.
1. Ao se enviar um CPF para o site da Receita Federal recebe-se como resposta o nome
da pessoa e sua situação perante o Imposto de Renda.
6. Informações Comerciais
7. Dados Cadastrais
EAI - Ecosistemas
Todo este desenvolvimento que busca uma grande integração de aplicações (EAI –
Enterprise Applications Integration), a ponto do Gartner considerar que será esta a área
que mais investimentos demandará das empresas nos próximos anos, se encontra no
entanto diante de um dilema. Dois gigantes da indústria, IBM e Microsoft, tentam impor
suas plataformas de desenvolvimento próprias e a incompatibilidade entre elas cria
problemas e oportunidades para quem desenvolve sistemas.
36
Cabe a este último cuidar dos serviços de controle de processamento multicamada,
workflow,
Evolução da Tecnologia
segurança, distribuição de Web Services e até interpretação de código já que, para
permitir o uso de macros e aumentar drasticamente a flexibilidade das aplicações, a
maioria das linguagens são pseudo compiladas e necessitam de um interpretador em
tempo de execução.
Nos próximos anos muitos outros desafios terão que ser vencidos. Dispositivos wireless,
TV digital, Voz (ou tudo) sobre IP, integração total entre empresas, sistemas e sites
deverão funcionar de forma segura, estável e rápida. E a um baixo custo. Para o conforto
e agilidade dos cidadãos, que cada vez se tornam mais exigentes e não titubeam
em trocar de fornecedor se um outro lhe apresentar qualquer pequena vantagem,
deixando de lado a fidelidade sem o menor constrangimento. É a convergência digital
que concentrará todo este conjunto de informações (dados, voz e imagem) num único
dispositivo: o celular.
Redes de Comunicação
Mas todo este processo depende da boa performance das linhas de comunicação. E
muito tem sido investido pelas companhias do setor de telecomunicações para prover
as empresas de bons serviços nesta área.
A conexão do usuário, até bem pouco tempo, era feita somente através de linha
telefônica convencional, com velocidades entre 9,6 kbps (kilobits por segundo, ou seja,
9600 bps) e 56 kbps, isto ainda com uma qualidade que deixava muito a desejar.
Nos grandes centros urbanos já estão sendo oferecidos acessos a Web em banda larga
e, em condomínios mais privilegiados, a infra estrutura instalada para o acesso a Web
permite ao usuário escolher por usar AJato, Giro, Vírtua ou Speedy, entre outros.
Dentro desta nova realidade, é importante conhecer as tecnologias e condições que são
oferecidas por cada um dos serviços disponíveis:
Vírtua
Este serviço consiste em infra-estrutura para provimento de acesso à Internet via cabo
de TV. Um cable modem possibilita o acesso a estes serviços e a exigência é que o usuário
seja assinante de TV paga e que contrate um provedor.
37
As velocidades de conexão giram em torno de 128 a 512 Kbps e a disponibilidade do
serviço depende de cabeamento na região. Além do problema de disponibilidade do
Evolução da Tecnologia
serviço, o compartilhamento do mesmo meio físico por diversos assinantes pode piorar a
velocidade de recepção caso o número de usuários da região seja elevado.
AJato
Oferece um serviço com as mesmas características do Vírtua sem as restrições quanto a
assinatura de TV paga e contrato de provedor e sem a restrição de uso mensal, além de
oferecer e-mail incluído no serviço.
Outro aspecto relevante deste serviço é a oferta de acesso via rádio para as regiões que
não tem infra-estrutura de cabeamento.
Satélite - StarOne
Por se tratar de um serviço que utiliza antena de satélite mantém vantagem no
atendimento de regiões que não tem infra-estrutura de cabeamento. Sua velocidade de
download é de 300 Kbps e de upload de 76,8 Kbps, ou seja, bastante lentas se comparadas
com outras.
ADSL - Speedy
É um dos mais populares que possibilita uma velocidade de 128 Kbps para upload e de
256 Kbps a 2 Mbps (megabits) para download, muito embora as velocidades dependam
da distância existente entre a instalação e a central telefônica. A velocidade máxima
para as instalações mais distantes da central é de 256 Kbps.
Este tipo de serviço utiliza a linha telefônica como meio físico e há a exigência do aluguel
de um modem ADSL e a contratação de um provedor.
38
Comparativo dos serviços de acesso rápido
Evolução da Tecnologia
Uma análise comparativa envolvendo velocidades, taxa de instalação, mensalidade,
aluguel do equipamento, exigência de provedor incluindo o valor total médio para cada
um dos serviços oferecidos está resumida na tabela a seguir:
São conhecidas como conexões síncronas ponto-a-ponto. Atende aos casos onde se
necessita de uma boa velocidade entre, por exemplo, uma matriz e suas filiais ou ainda
entre a empresa e o seu provedor.
X.25
39
Evolução da Tecnologia Frame-Relay
40
03 A Internet e a Evolução do ERP
e a Evolução do ERP
A Internet
Evolução do ERP
comerciais, ainda na época dos mainframes, em 1960, foi um sistema denominado MRP
I – Material Requirement Planning – que será oportunamente tratado no capítulo 3, e
que basicamente calcula a necessidade de compra de matérias-primas e produção de
componentes a partir de uma previsão de vendas e da situação dos estoques.
A sigla igual é mera coincidência , daí a diferenciação pelo ordinal I e II. MRP II significa
Manufactoring Resources Planning, traduzindo Planejamento dos Recursos da Manufatura.
Através do MRP II é possível saber quem vai produzir, quando e com quais recursos, ou seja,
a fábrica é alocada minuto a minuto, operação a operação de acordo com um calendário
pré-definido e um conjunto de recursos disponíveis.
Mas uma empresa não é constituida somente por máquinas e materiais. São também
parte integrante e importante dinheiro e pessoas. O dinheiro é controlado pelos
módulos financeiro e contábil e gente pelos sistemas de RH. A integração entre todos
eles, é verdade, já existia há muito tempo e através dos Sistemas Integrados de Gestão
que abundavam em muitas empresas, talvez não tão sofisticados quanto aqueles que
chegavam ao país com grande pompa, mas certamente eficientes diante dos recursos
disponíveis e suficientes para as necessidades da época de nosso empresariado. O SIGA -
Sistema Integrado de Gerência Automática, por exemplo, nasceu em 1969.
41
De qualquer forma ERP – Enterprise Resources Planning ou Planejamento dos Recursos
da Empresa - é o novo nome dado a este tipo de solução: a informatização integrada
e a Evolução do ERP
Para explicar melhor qual a real abrangência de uma solução ERP, nada como uma
narração esportiva com base em um fluxo representativo, já que o futebol está na alma
do brasileiro e através dele nada se torna monótono. Vamos a ela.
42
Ele faz o pedido de vendas. O jogo promete. É feita a liberação do crédito de forma
eletrônica nas principais entidades do mercado. Passa pelo Serasa, SPC e aprova o
e a Evolução do ERP
pedido. Vai para a liberação de estoque. Se for contra-entrega, emite a nota fiscal e
despacha a mercadoria para o Cliente.
A Internet
Figura 3.3 - Planejamento das necessidades de materiais.
Se for por encomenda, vai para o PCP. É o planejamento e controle da produção. Parte
das previsões de vendas e projeta o estoque. Executa o MRP I. É o Material Requirement
Planning, o Planejamento das Necessidades de Materiais.
43
Os fornecedores recebem, dão os preços, as condições de entrega e de pagamento.
O sistema negocia, pechincha e obtém o melhor preço. Faz o e-procurement. Emite o
e a Evolução do ERP
pedido de compra e o manda para frente. O fornecedor recebe, sofre dura marcação
do follow up. Planeja, produz, carrega o caminhão e descarrega a mercadoria para o seu
A Internet
44
O material entra rachando no estoque. Vem a requisição, por trás, rouba a mercadoria,
coloca no chão de fábrica. Vem o MRP II. Entra na jogada. É o Manufactoring Resources
e a Evolução do ERP
Planning. Faz a carga de máquina. Aloca os recursos. Minuto a minuto, operação a operação.
Ninguém fica parado. É todo mundo se mexendo. A produção rola macia. Vai entrando no
A Internet
estoque de produto acabado. Tem até coletor eletrônico, controlando o processo.
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Volta, agora, o faturamento. Ele tem o produto, prepara, emite a nota fiscal e manda a
mercadoria para o cliente. É logística que não acaba mais.
e a Evolução do ERP
A duplicata vai para o Contas a Receber, que passa o título para o banco via CNAB.
A Internet
Ninguém põe a mão na bufunfa, o banco recebe, quita o título, faz o depósito e devolve
a informação para o sistema.
E vai enchendo a bola do caixa! É dinheiro que não acaba mais, mas vem o contas a pagar
e estraga a festa. Choca-se com o contas a receber e emite o fluxo de caixa.
Mas o financeiro não pára. Manda os lançamentos para a contabilidade que recebe-os
livre e avança sozinha pela direita. Não tem ninguém na marcação! Passa pelo razão,
passa pelo balancete, dá um drible no diário e um chapéu no fiscal. Centra. Na área.
A bola vai na cabeça do Sigaeis - Executive Information System. Vem o Data Warehouse,
faz tabelinha com o Workflow, pega os resultados , consolida, sintetiza, analisa e en-
trega de bandeja para os diretores. Eles recebem, se reunem, decidem, analisam ... tô
sentindo o cheiro do gol, chutou ééééé........gooooool.
46
Não, não foi gol, o juiz anulou. Ele deu lucro, muito lucro para as empresas que usam a solução
ERP. E olha lá o placar no Morumbi: Receitas 10 x Despesas 0. É 100% de aproveitamento.
e a Evolução do ERP
(Fim da radiação)
A Internet
Este cenário é sem dúvida o sonho de todo administrador de empresas que hoje
sofre o impacto de novas tecnologias, principalmente as originárias da Internet que
revolucionam todo o processo, tornando-o cada vez ainda mais eficiente, rápido,
econômico e indispensável.
A Internet transformou o mundo em uma imensa rede em que todos têm acesso a todas
as informações de todas as empresas ligadas à rede. Tudo respeitando, é claro, os dados
sigilosos e dentro de um esquema de segurança que não traga prejuízos a ninguém.
Explorando estes recursos, algumas novas aplicações ligadas ao ERP ganharam força:
CRM, Call Center, e-commerce, Supply Chain e apoio logístico.
Se antigamente, nos tempos das velhas lojinhas e armazéns de esquina, podia se dizer
que o dono do estabelecimento comercial conhecia profundamente cada um de seus
fregueses, suas necessidades, seus desejos e sua capacidade financeira, e dava a cada
um atendimento especial, o mesmo não se pode dizer dos tempos atuais, em que as
grandes redes de magazines tratam-nos friamente como um simples cliente a mais, na
verdade um código cadastrado e ativo em suas vastas bases de dados.
Com os novos recursos o CRM veio para mudar esta situação, mesmo porque aquele
cliente que antes não era tão exigente passou, agora, a ser mais cortejado e assediado por
fortes esquemas mercadológicos, esquemas estes baseados exatamente nos próprios
recursos da informática. O CRM restaura o atendimento one-to-one, onde aquelas
necessidades, desejos e capacidade financeira passam a fazer parte, de forma organizada
e rapidamente acessível, daquelas mesmas bases de dados que agora se propõem a ter
mais informações que não apenas o “valor faturado” e a “data da última compra”.
47
Um exemplo típico de CRM está presente em algumas redes de supermercados.
Disponibilizando um simples cartão, que também facilita o processo de pagamento dos
e a Evolução do ERP
Assim, em uma próxima promoção, o marketing será muito mais dirigido e eficiente pois
será feito com base nestas informações.
Call Center
Para realizar parte destas tarefas utiliza-se o CTI – Computer Telephone Interface – que
disponibiliza a rede de telefones como terminais de redes de computadores.
O Call Center, que utiliza esta tecnologia, alem de direcionar chamadas telefônicas,
acessa as bases de dados de sistemas ERP. Assim por exemplo, um cliente pode telefonar
e questionar sobre a disponibilidade de um item, a situação de suas contas ou a efetiva
data de entrega de um pedido pendente. Utilizando o teclado do telefone como meio
de entrada, e tendo por trás um programa que o dirige através de uma gravação pré-
formatada, o sistema acessa, depois de receber os códigos devidos, as informações
no banco de dados. Concluída a pesquisa, monta a frase resposta, composta de uma
seqüência de palavras previamente gravadas. A URA, Unidade de Resposta Audível, que
funciona à semelhança de uma rotina de edição por extenso, monta o texto sonoro que
é editado pela linha telefônica. Assim, aqui vão alguns exemplos:
• O produto 654321, sulfato de sódio, está com disponibilidade de 100 kilos para
entrega imediata.
O Call Center permite este atendimento, bastante personalizado, sem que para tal haja
necessidade de um atendente presencial e o serviço pode ser disponibilizado 24x7,
ou seja, 24 horas do dia, 7 dias da semana. É claro que hoje é muito mais comum o
funcionamento do Call Center ainda com a intervenção de um atendente. Mas mesmo
nestes casos ele já conta com forte apoio do sistema em seu trabalho de suporte por
telefone.
48
e-commerce e Supply Chain Management (SCM)
O comércio eletrônico teve seu início, na verdade, já há mais de uma década.
e a Evolução do ERP
Seja pela troca de documentos, via telex ou fax, seja mais recentemente através de
A Internet
EDI – Eletronic Data Interchange —, onde empresas de comunicações viabilizam a
compatibilidade entre registros transmitidos pela rede. A própria venda postal, via
catálogos, ou os programas de shopping que proliferam nas emissoras de televisão são
um prenúncio de que este tipo de comércio não-presencial ou à distância funciona.
Uma primeira forma mais avançada de comércio eletrônico surgiu com as montadoras
de veículos e as redes de supermercados, que exaustivamente planejam e replanejam
suas encomendas que são colocadas em suas vastas redes de fornecedores, acessando
diretamente suas bases de dados.
É natural que a prática do comércio eletrônico é mais fácil no caso de compras sistemáticas,
onde existe um contrato de fornecimento que estabelece as condições básicas de compra
e venda; nos casos de “commodities” com produtos de mesma origem e qualidade e
ainda na aquisição de materiais de consumo e preços assemelhados.
O comércio eletrônico envolve não somente a venda em si, como também o marketing,
a logística de entrega, o pagamento, o suporte pós-vendas e assistência técnica e
principalmente a integração com as soluções ERP das empresas envolvidas.
No que tange às mudanças que o comércio eletrônico proporciona nas transações de compra
e venda, podemos destacar:
Preços dinâmicos, administrados pelo próprio sistema, onde por exemplos produtos
perecíveis, como alimentos, ou que se exaurem como tickets de viagem e de eventos
esportivos e artísticos ou ainda diárias de hotel vão se alterando à medida que se
aproxima a data fatal.
49
A possibilidade de uma abrangente análise de preços, processo denominado “shopbots”
e feitos por exemplo pelo Miner, um programa brasileiro que pesquisa preços em
e a Evolução do ERP
todos os sites que oferecem o produto solicitado, faz com que haja uma tendência de
convergência de valores, pois um preço fora do padrão praticamente retira o produto
A Internet
O leilão eletrônico, nas suas variadas formas, tem sido também um mecanismo bastante
utilizado em determinados sites da Internet. Assim a eBay, pioneira de leilões, tem hoje
2,4 milhões de itens, em 1627 categorias e uma comunidade de usuários de 3,8 milhões
de pessoas. E não são apenas quadros, jóias, obras raras ou outros produtos com preços
incertos que lá são encontrados. A eBay criou também um sistema de pontuação entre
os maiores vendedores do site, baseado nas experiências dos compradores, com o
objetivo de reduzir fraudes ou negócios com conseqüências negativas. No Brasil temos
o Submarino e o Mercado Livre, entre outros. Funciona tanto no B2B, Business to
Business como no B2C, Business to Consumer (Amazon, Dell), como no C2C, Consumer
to Consumer.
Alguns sites oferecem produtos tradicionais, mas cujos preços flutuam de acordo
com a oferta e a procura, ao estilo de um leilão contínuo. É o mesmo espírito da Bolsa
de Valores, onde os preços de ações sobem e descem à medida que compradores e
vendedores fecham seus negócios.
O leilão invertido, lançado pela Priceline, funciona de forma inversa ao leilão tradicional.
O comprador informa o que necessita e os vendedores apresentam o seu preço. O
comprador pode inclusive estipular o valor máximo. É usado para a compra de passagens
aéreas, carros, diárias de hotel etc.
Procurando ganhar no poder de compra, alguns sites estão possibilitando que várias
empresas se unam, mesmo sendo concorrentes, na hora da compra, em especial para a
aquisição de materiais de consumo. Assim, os compradores colocam suas necessidades
e o site tenta obter o melhor negócio fazendo a pesquisa na própria rede (e-procurement).
De forma semelhante há sites onde se cria uma espécie de feira (e-marketplace) , com
vários fornecedores de produtos análogos que se colocam à disposição de quem queira
comprar. É claro que cada um oferecendo algo a mais para atrair o seu cliente. Atuam
no setor siderúrgico (e-steel.com), agrobusiness (agrosite.com), construção civil
(construservice), alimentício (mercador.com) e muitos outros.
50
Um dos grandes problemas do comércio eletrônico é ainda o da conectividade de software,
ou seja, a possibilidade de se eliminar os intermediários neste processo. Assim, as antigas
e a Evolução do ERP
empresas de EDI, que antes da Internet proviam o serviço de comunicações, ainda hoje
têm sua utilidade, transformando-se em canais eletrônicos, compatibilizando a troca
A Internet
de dados (pedidos, notas fiscais, avisos de pagamento, posições de estoque, etc)
entre clientes e fornecedores, mesmo que os sistemas de ambos sejam totalmente
incompatíveis. A ASSESPRO-SP, Associação das Empresas Brasileiras de TI, Software
e Internet, lançou um boletim no qual propõe um formato padrão para COTAÇÃO E
PEDIDO DE COMPRAS. A idéia é que, à semelhança do formato CNAB, adotado pelos
bancos para a troca de títulos, todas as soluções de ERP, conversem entre si através
deste formato, dispensando o trabalho do intermediário. O formato XML flexibiliza
este procedimento. Os primeiros campos são preenchidos pelo comprador. Os demais
pelo fornecedor.
Cotação
1. número da cotação do comprador
2. quantidade de itens
3. CNPJ/CIC do comprador
4. nome do comprador
5. contato no comprador
6. telefone do comprador
8. e-mail do comprador
51
Item_nnn
41. código do produto no comprador
e a Evolução do ERP
57. observações
Total
71. somatória dos preços à vista
52
Complemento
Para a efetivação do Pedido são acrescentados os seguintes campos na seção COTAÇÃO,
e a Evolução do ERP
campos que se destinam principalmente à emissão da nota fiscal.
A Internet
18. número do pedido no comprador
Uma solução interessante que está sendo adotada por algumas empresas consiste
em eleger uma rede de lojas tradicional, presente nos mais remotos pontos do país,
que serve como “depósito de entrega” dos produtos vendidos na Internet. Assim,
o comprador se compromete a retirar o produto em local não muito distante de sua
residência, e em troca, só faz o pagamento no ato da entrega.
53
Desta forma é possível automatizar o processo de compra e venda, seja ele restrito a
alguns fornecedores ou aberto a todas as empresas fabricantes do produto solicitado.
e a Evolução do ERP
pública a cotação que pode ser respondida por qualquer fornecedor do produto
solicitado, identificado pela NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul). Nas cotações
de natureza restrita, os fornecedores são indicados pelo próprio solicitante.
Apoio Logístico
A área de logística de fornecimento tem o objetivo de estreitar o relacionamento
entre clientes e fornecedores, promovendo uma redução de custos operacionais e do
tempo necessário para a aquisição de produtos, cuidando principalmente da entrega
da mercadoria.
Este processo envolve desde a otimização das cargas dos caminhões e suas rotas até
o seu completo rastreamento através de equipamentos GPSs. Com eles é possível
detectar qualquer fuga de rota do veículo e travar a abertura de suas portas caso sua
localização não esteja dentro dos pontos pré-estabelecidos.
54
O cenário alternativo em alguns setores de bens de consumo é a técnica de
“postponement” (retardamento), onde as opções de produtos se mantêm flexíveis
e a Evolução do ERP
e são completadas o mais tarde possível na cadeia de suprimentos. Por exemplo, no
setor de vestuário, os artigos não-tingidos poderão ser trazidos do extremo oriente,
A Internet
desembarcados na Europa e tingidos localmente, para atender à demanda. Da mesma
forma, alimentos de determinadas marcas poderão ser estocados num local central e
depois terem diferentes identificações de nacionalidade aplicadas para, em seguida,
serem distribuídos a outros países. Esta abordagem, onde uma empresa de logística
agrega valor aos produtos entre a colocação do pedido e a entrega final, é uma das
mudanças no setor.
55
04
Funcionalidades do ERP
Funcionalidades do ERP
Funcionalidades Básicas
de um Sistema de ERP
e simples, que realizam esta tarefa de uma forma mais eficiente e rápida do que qualquer
outro método de trabalho, fornecendo mobilidade para toda a empresa, independente
da sua área de atuação no mercado.
O objetivo é mostrar como um Sistema de ERP cumpre esta tarefa através de seus módulos
básicos de Contabilidade, Custos, Compras, PCP, Faturamento, Livros Fiscais, Financeiro,
Ativo Fixo e Folha de Pagamento.
57
Funcionalidades do ERP Contabilidade
É importante destacar que a contabilidade exerce um papel fundamental em um Siste-
ma de ERP, pois é para lá que convergem todos os dados que de alguma forma alteram
o patrimônio de uma empresa.
Através dos lançamentos automáticos as contas de estoques, por exemplo, são atuali-
zadas a cada movimentação de material, ou seja, pelo recebimento de compras, requi-
sições, produções e vendas. O custo da mercadoria vendida é contabilizado a cada nota
emitida, o que permite uma perfeita integração entre o controle de estoque e a contabi-
lidade. As contas de duplicatas a receber e a pagar devem ser mantidas na contabilidade
de forma sintética, já que o controle detalhado é feito no módulo financeiro gerando
lançamentos à medida em que os títulos são movimentados.
As contas de despesas devem ser discriminadas por centros de custos para que se faça a
devida apropriação nos produtos. Logo, também é importante um bom critério de rateios.
De qualquer forma, a maior parte dos lançamentos é sempre feita de forma automática,
a partir de regras definidas pelo usuário para cada tipo de entrada ou saída de dados.
58
Os relatórios como diário, balancete e razão são impressos em formulários especiais
e devem ser encadernados ou armazenados em mídias eletrônicas para ficarem à
Funcionalidades do ERP
disposição de qualquer consulta futura, principalmente fiscal.
Podemos concluir que dentro do fluxo ERP, a contabilidade é o módulo que mais recebe
dados de outros, já que quase todas as áreas geram informações contábeis.
Custos
O módulo de custos é totalmente integrado à contabilidade. Este é sem dúvida um
dos grandes problemas das empresas não só devido à nossa persistente, embora agora
pequena, inflação, como também por causa das margens de lucro, cada vez mais restritas
em função da acirrada concorrência, agora global.
O custo de um produto pode ser visto sob diferentes óticas. Uma delas, o custo de
reposição ou standard, com base em valores atualizados e quantidades padrão de
cada componente. Outra pelo custo médio que atende a todos os requisitos de nossa
complexa legislação de imposto de renda.
O custo real pode ainda ser calculado em moeda forte, para inibir os efeitos da inflação.
Para o cálculo do custo de reposição ou standard, este é baseado na estrutura do produto
e sua implantação permite não somente este cálculo como também o uso do MRP I e II, as
variações do consumo de matéria-prima e eficiência da mão-de-obra, a determinação dos
preços de vendas e a tomada de decisão sobre o processo de fabricação de determinado item.
59
Funcionalidades do ERP
O cálculo do custo real tem início no recebimento dos materiais, onde é determi- nado o
novo custo médio das matérias-primas que valorizarão as requisições, sejam elas manu-
ais ou automáticas. A apropriação destas requisições para as ordens de produção pode
ser de forma direta ou indireta, total ou parcial. A direta é a mais trabalhosa, pois exige
que na própria requisição se informe o seu destino, porém mais exata pois cada ordem
de produção recebe apenas o que de fato foi consumido, ao passo que na indireta ou
pelo standard o sistema distribui os materiais requisitados de acordo com as quantidades
informadas na estrutura do produto, permitindo que a saída do almoxarifado seja feita
de forma simplificada e genérica.
60
Esquema semelhante é usado na apropriação da mão-de-obra e dos gastos gerais de
fabricação (GGF), ou seja, ou pelo apontamento das horas ou apropriando-se com base
Funcionalidades do ERP
nas estruturas, as quais contém o número de horas necessárias para a alocação na
produção.
A atualização dos custos propaga-se por todo o processo de produção chegando até o
custo da mercadoria vendida, onde ele pode ser comparado com o standard e definir o
lucro da venda.
Compras
Como vimos, custos depende de compras e, esta por sua vez, é integrada ao PCP. O
objetivo da informatização do processo de Compras é suprir automaticamente o
estoque com base em critérios pré-estabelecidos e flexíveis o suficiente para atender
as bruscas mudanças que ocorrem na previsão de vendas. Existem vários métodos
para definir o que, quando e quanto deve ser comprado de cada ítem dentro de um
determinado período.
Se existir a estrutura dos produtos e uma certa previsão de vendas recomenda-se o MRP
I (Material Requirement Planning ou Planejamento das Necessidades de Materiais). Esta
técnica parte de um plano de produção dependente de uma previsão de vendas que
pode inclusive ser uma carteira de pedidos já encomendados, dos estoques existentes,
da carteira atualizada das ordens de produção e da carteira dos pedidos de compras.
61
Funcionalidades do ERP
O futuro é dividido em períodos, que podem ser semanas, meses ou mesmo dias. O
MRP I na verdade nada mais é do que a projeção dos saldos de estoques. Através de
uma rotina de explosão, o sistema calcula a necessidade de compras/produção de cada
componente intermediário, cada matéria-prima e da mão-de-obra a ser utilizada.
Já para as empresas que não dispõem de uma estrutura de produtos e nem de uma
previsão de vendas confiável e para os materiais de consumo adota-se o método de
ponto de pedido. O sistema calcula inicialmente o consumo de cada item. Isto é feito
utilizando-se uma fórmula estatística de regressão linear onde a tendência do passado
é transformada em uma reta projetando qual será o consumo no futuro. Baseado na du-
ração dos prazos de entrega e ainda nos estoques de segurança estabelece-se o ponto
de pedido, também chamado de estoque mínimo.
62
Por outro lado a quantidade a ser comprada, ouseja, o lote econômico é definido através
de um cálculo que leva em consideração a disponibilidade financeiradaempresa,aclasse
Funcionalidades do ERP
que o item ocupa na curva ABC e a periodicidade básica de compras para cada classe.A
periodicidade, por sua vez, depende da taxa de juros que incide sobre o capital investido
no estoque, do custo de armazenagem e, por outro lado, do custo de cada pedido de
compras. Todo o processo de cotação, histórico das últimas compras, follow-up, variação
nos preços de compras deve ser controlado pelo sistema.
63
Funcionalidades do ERP PCP (Planejamento e Controle da Produção)
O PCP (Planejamento e Controle da Produção), por sua vez, parte justamente do cál-
culo das necessidades de cada item a ser produzido (MRP I) e emite as respectivas or-
dens de produção, em conjunto com o roteiro de operações da carga-máquina (MRP II
Manufactoring Resources Planning ou Planejamento dos Recursos da Manufatura). Uma
rotina simples porém cheia de dispositivos que atendem toda a dinâmica existente em
uma fábrica. Máquinas e mais máquinas executando as mais variadas operações com um
calendário repleto de horas extras, fins de semana, feriados, greves, ausências, variação
na produtividade, etc.
O roteiro de operação é definido para cada componente. Informa-se para cada operação
o recurso que ela utiliza, inclusive os alternativos, a ferramenta, a duração, a descrição, o
tamanho do lote padrão e o tempo de setup. O cadastramento dos roteiros possibilita in-
clusive a existência de calendários diferenciados. O sistema efetua a alocação dos recur-
sos de forma otimizada programando a fábrica minuto a minuto, operação a operação
proporcionando os meios necessários para que medidas corretivas sejam tomadas no
sentido de evitar os tão usuais transtornos ocorridos no dia-a-dia de uma manufatura.
No mapa de recuo e avanços, por exemplo, o sistema mostra quais máquinas provoca-
ram uma alocação das operações fora do momento ideal para a produção. A produção
é informada de tal forma que os dados servem para atualizar os estoques, o próprio
programa de carga-máquina e ainda alimentar os custos em número de horas reais utili-
zadas no processo.
Faturamento
O faturamento é uma área onde normalmente há a necessidade de fortes adaptações e
é sem dúvida o setor onde sempre existem diferenças entre as empresas. É a condição
de pagamento, a política de reajuste de preços e descontos, o pagamento de comissões,
a legislação específica de ICMS e IPI, etc.
64
De qualquer forma, todas as exceções apresentadas devem ser incorporadas ao sistema
de modo que apenas a nota fiscal precise ser programada de forma específica. O módulo
Funcionalidades do ERP
de faturamento controla a carteira de pedidos, administra a sua liberação pelo crédito e
pelo estoque de forma automática e emite todos os relatórios necessários para o setor
de vendas, além de gerar os títulos a receber, com base na condição de pagamento es-
tipulada no Pedido de Venda.
Livros Fiscais
O módulo fiscal existe para que se cumpra nossa complexa legislação e é ele que se
encarrega da emissão do registro de entradas modelo 1, do registro de saídas modelo 2,
do registro e apuração do ICMS e IPI modelos 8 e 9, do registro de inventário modelo 7,
do registro de controle de estoque e da produção modelo 3, do registro de detalhamento
das operações e da declaração de IPI.
Financeiro
No módulo financeiro grande parte das informações são geradas em outros módulos
como, por exemplo, os títulos a pagar gerados em compras, os títulos a receber gerados
no faturamento, dados da folha de pagamento, impostos, aluguéis, empréstimos além
de outros títulos informados com o objetivo de manter o fluxo de caixa o mais próximo
possível da realidade.
65
Funcionalidades do ERP
Outros procedimentos como transmissão eletrônica dos títulos para bancos, a emissão
automática dos cheques, a geração de borderôs, a baixa automática de títulos na
data do vencimento, a administração dos títulos com vencimentos nos fins de semana
possibilitam que a tesouraria se preocupe apenas com a estratégia a ser adotada para
os recursos financeiros. Para a análise de crédito existem as consultas a clientes que
mostram suas compras, como pagou e outros dados importantes, além do acesso,
através da Internet, as informações de proteção ao crédito, como o SERASA e SCP.
Folha de Pagamento
O módulo de folha de pagamento automatiza serviços do departamento de pessoal.
Tudo se inicia com o cadastramento de funcionários. Um verdadeiro arsenal de dados
sobre a pessoa recém admitida. Com base neles é feito o pagamento do salário, bem
como informações para RAIS, Férias, FGTS, Imposto de Renda, etc. No módulo de folha
de pagamento são digitados os valores fixos e variáveis e para mudar o cálculo de um
provento ou um desconto basta alterar a respectiva fórmula. Os cálculos levam em
consideração todas as hipóteses previstas na consolidação da leis do trabalho.
O módulo de folha de pagamento conta com uma função específica para controlar a
entrada e saída dos funcionários. É o Controle do Ponto que visa eliminar o trabalho
de digitação destes dados. O tradicional cartão de ponto é substituído por um cartão
magnético que a cada entrada e saída do funcionário é passado em um relógio apropriado,
acoplado ao sistema. Outra vez entra o Workflow com controles automáticos. Este
poderá ser utilizado no controle de atrasos dos funcionários.
66
Para isso basta criar regras de controle entre o Workflow e o ponto eletrônico. Um
exemplo desta situação pode ser determinado pela área de RH que não admite atraso
Funcionalidades do ERP
além de 15 minutos, e caso isso ocorra por mais que três vezes é enviado um e-mail ao
superior imediato do funcionário.
Ativo Fixo
O Ativo Fixo é o módulo que administra os bens da empresa que constituem, na realidade,
grande parte do capital nela investido. Também neste módulo, o único trabalho de digitação
é feito quando da aquisição dos bens. Todos os dados são incluídos no ato do cadastramento
do bem e servem de base para o cálculo e contabilização mensal das depreciações. Propicia
tambem o efetivo controle e fiscalização de todo o patrimônio da empresa.
ERP Vertical
Além dos módulos básicos descritos, uma solução ERP visa na realidade automatizar todos
os processos de uma empresa, seja ela comercial, industrial, de serviços ou distribuição.
Não importa o ramo de atividade. Convencionou-se chamar de VERTICAIS os módulos
que são especificos a um setor de atividade. É claro que é inerente a integração entre os
módulos básicos e os verticais.
Automação Comercial
Dentro de um comércio podemos dizer que temos algumas áreas a serem automatizadas:
Gerência de Vendas, Finanças e Estoques. Esta automação proporciona uma agilidade
muito grande quando utilizado um ERP focado para a área. Este sistema torna o
atendimento mais ágil e com um controle maior, através de um atendimento de balcão
ou mesmo uma venda mais complexa, como um financiamento. Os estoques são
atualizados a todo o momento, basta ter uma saída ou entrada de mercadoria, evitando
a falta de mercadorias nas prateleiras.
67
Pagamentos em cheque, inclusive os pré-datados, cartões de crédito, comissões,
estoques, cálculo do ICMS e a emissão do Cupom Fiscal são controlados neste módulo.
Funcionalidades do ERP
A partir de 2001 o govêrno tornou obrigatório o uso do ECF – Emissor de Cupom Fiscal, que
é o conjunto formado pela impressora, o microcomputador e o software de automação
comercial. O objetivo é acabar com a sonegação e para tanto a impressora, que é lacrada,
tem um dispositivo que grava em sua memória o conteúdo de todas as notas emitidas, à
qual somente a fiscalização tem acesso. O software precisa ser homologado e em alguns
estados o desenvolvedor é co-responsável por fraudes detectadas. O próprio cupom do
cartão de crédito também precisa ser impresso no ECF.
68
Com o uso da tecnologia da informação, é possível uma perfeita integração com os
sistemas de rastreamento GPS de veículos além da integração com os clientes, postos
Funcionalidades do ERP
fiscais e filiais. Outro aspecto relevante, em se tratando de integração, é a manutenção
dos próprios ativos envolvendo a frota de veículos e caminhões utilizados.
Com uma tabela de frete configurável, a utilização de tarifação para frete e com os
demais recursos cadastrados no sistema é possível a obtenção dos custos por veículo,
frota, viagem englobando inclusive o tratamento de impostos entre as consultas e
relatórios disponíveis no sistema.
Gerenciamento de Projetos
O PMS (Project Management System) possibilita o planejamento e a execução de
projetos incluindo o controle de orçamentos. Entre suas diversas funcionalidades, o
PMS possibilita, através da alocação dos recursos, o controle das fases do projeto e o
acompanhamento do progresso físico e financeiro.
Gestão da Qualidade
A Gestão da Qualidade pode ser auxiliada através de um conjunto de módulos
pertencentes à “família quality” para tratar dos aspectos da qualidade em particular.
Entre eles destacam-se a Auditoria, o Controle de Documentos, a Inspeção de Entradas,
a Inspeção de Processos, a Metrologia, o Controle de Não-Conformidades e o Processo
de Aprovação e Planejamento Avançado da Qualidade (PPAP/ APQP).
69
Para auxiliar no atendimento do item 4.2.32 do padrão de qualidade ISO 9001 (2000), o
módulo de controle de documentos proporciona a efetiva catalogação, acompanhamento
Funcionalidades do ERP
16 e 20 do padrão ISO 9000 e os itens 4, 5.1, 7.4, 7.5 e 8 do padrão ISO 9001 (2000).
Estas funcionalidades envolvem desde o registro e o controle das entregas de materiais
por fornecedor, ensaios calculados por fórmulas, ensaios realizados por laboratórios
até a geração de laudos automáticos para cada lote recebido e conseqüente emissão e
controle das notificações de não-conformidade (NNC) e emissão e controle dos planos
de inspeção.
Em se tratando da norma ISO 9001 (2000), o módulo de metrologia atende o item 7.6 e
incorpora, ainda, um conversor de unidades de medidas.
Para atender a norma ISO 9001 (2000) nos itens 8.3 e 8.5.2/8.5.3, o módulo de
não-conformidades permite o registro das ocorrências e o registro dos planos de ações
tanto corretivas como preventivas. Possibilita a utilização do método dos 8 passos além
de um Follow-up estatístico das não-conformidades, das ações corretivas e dos controles
de pendências por usuário.
70
O módulo de não- conformidades se integra com os módulos de recebimento, processos,
field service, auditorias, metrologia e a manutenção de ativos. O Processo de Aprovação
Funcionalidades do ERP
e Planejamento Avançado da Qualidade (PPAP/APQP) conta com o auxílio de um módulo
que oferece uma série de funcionalidades para atender a norma QS 9000. Estudo de R &
R, estudo de capabilidade, ensaio dimensional, ensaio material, ensaio de desempenho e
aprovação de aparência são alguns exemplos destas funcionalidades. Permite a análise
de modo e efeito de falha potencial além da geração de sumário e aprovação APQP. Uma
outra facilidade incorporada a este módulo é a geração de diagrama de fluxo dos dados.
Gestão Educacional
O Módulo de Gestão Educacional oferece uma série de funcionalidades abordando
aspectos quanto:
• Ao Processo Seletivo;
• À Matrícula;
• Aos Requerimentos;
• Ao Curso Vigente;
• Ao Professor;
• Ao Financeiro/Tesouraria;
• À Avaliação Institucional;
71
A Gestão Educacional armazena as informações vitais de cada disciplina tais como carga
horária, conteúdo programático, bibliografia e número máximo de faltas.
Funcionalidades do ERP
Manutenção de Ativos
A manutenção de ativos envolve o cadastramento, a organização, a manutenção
e o controle dos bens de uma empresa, entidade ou órgão. Entre as suas diversas
funcionalidades, o sistema de Manutenção de Ativos possibilita o planejamento tanto de
manutenções preventivas como manutenções corretivas. O registro de um histórico de
intervenções ocorridas além de possibilitar a revisão da ficha técnica e um comparativo
entre o previsto e o realizado, permite análises quanto à durabilidade por utilização, por
serviço, marca e fabricante.
Exportação
O Sistema de Exportação tem por objetivo auxiliar a emissão de documentos e
formulários relativos à exportação de bens e produtos permitindo um total controle do
desembaraço aduaneiro e uma perfeita integração com o Siscomex.
• Invoice;
• Shipping Instruction;
• Packing List;
• Certificado de Origem-FIESP;
• Certificado de Origem-Mercosul;
• Certificado Aladi;
• Form-A;
• Saque cambial;
72
• Carta remessa de documentos;
Funcionalidades do ERP
• Aviso de embarque.
Importação
O Sistema de Importação trata das informações necessárias para que os pedidos de
compras internacionais sejam realizados, incluindo a emissão em inglês do pedido
de compras e a Licença de Importação (LI) integrada ao sistema governamental com
alimentação automática das informações necessárias ao licenciamento de mercadorias.
Gestão Hospitalar
Com o cadastramento de pacientes, tipos de atendimento e a manutenção da agenda de
consultas e cirurgias, o sistema de Gestão Hospitalar efetua uma série de controles quanto
às solicitações e prescrições médicas. Proporciona o controle de múltiplos convênios
incluindo o SUS a partir do cadastro de convênios com todos os valores de CH´s. Permite a
manutenção de tabela de preços diferenciados de materiais, medicamentos, taxas, diárias,
procedimentos e honorários para os convênios e, em destaque, as tabelas AMB e CID.
73
Funcionalidades do ERP Plano de Saúde
Para manter uma boa qualidade tanto no atendimento ao cliente quanto ao atendimento
ao credenciado, o sistema de Plano de Saúde mantém uma série de funcionalidades que
auxiliam o controle da execução dos procedimentos médicos, consultas médicas e exames.
Estas funcionalidades baseiam-se nas informações cadastradas a respeito dos credenciados
(médicos, hospitais, clínicas e laboratórios) e os associados com seus dependentes.
Para possibilitar um melhor suporte na área comercial, o Sistema de Plano de Saúde permite,
além dos cadastros convencionais, o cadastramento dos vendedores internos e externos,
regiões de atuação, formas de pagamento, alçadas para liberação de propostas, simulação
de vendas/prospects, metas mensais/anuais e dados sobre o mercado/concorrência.
Gestão de Concessionárias
A gestão de concessionárias é um completo sistema que auxilia na administração de
concessionárias sob 3 diferentes abordagens:
• Peças;
• Oficina/Frotas;
• Veículos.
74
O módulo de auto-peças permite a montagem e desmontagem de Kit´s de peças e
o orçamento integrado com emissão de notas concatenando funções para facilitar o
Funcionalidades do ERP
trabalho de venda balcão ou televendas.
Em relação à integração, o módulo de autopeças facilita a entrada dos dados dos catálogos
das montadoras e os pagamentos eletrônicos por intermedio de cartões de crédito.
O controle das frotas pode ser realizado para proporcionar um melhor custo beneficio
através de manutenção de veículos por correção e prevenção incluindo um efetivo
controle de acompanhamento dos componentes dos veículos.
No mercado surgem a cada dia novos sistemas Verticais, mesmo porque sempre há alguém
criando um novo modelo de negócio. Este capítulo visa apenas dar uma visão geral.
75
05
BI - Business Intelligence
BI - Business Intelligence
O Business Intelligence (BI) é um termo criado pelo Gartner Group nos anos 80. É uma
tecnologia que possibilita aos usuários aces- sar dados e explorar as informações visando
uma tomada de decisão mais correta. Pode-se dizer que é um processo de evolução das
tradicionais opções de Consultas, existentes em antigos sistemas, lentas, engessadas,
restritas aos dados da base operacional e pobres em seu visual. Transforma dados em
informações, flexibilizando o modo de visualizá-las de acordo com as solicitações dos
usuários.
DSS – Decision Support System e EIS – Executive Information System são termos que
antecederam ao BI. Por outro lado, outras siglas começaram a aparecer. As mais recentes
são BPM - Business Performance Management (ou CPM de Corporate ou ainda EPM de
Enterprise) e BAM - Business Activity Monitoring, sempre com o propósito de apresentar
os dados:
• Sintetizadas ou detalhadas;
Para tal foi necessário criar-se uma nova forma de armazenamento dos dados. Uma
base separada da operacional para não prejudicar a sua performance. Em contrapartida
depende-se sempre de um processo de carga para atualizá-la com as últimas informações.
Além disso, coloca-se também nessa base, dados obtidos de outras fontes: informações
de concorrentes e do mercado e um histórico amplo do passado para permitir uma boa
análise de tendências.
Este processo chama-se ETL de Extract, Transform e Load. Transforma pois normalmente
é necessário um trabalho de ajuste dos dados neste processo.
77
BI - Business Intelligence Data Warehouse
A essa base preparada dá-se o nome de Data Warehouse (armazém de dados) ou Data
Mart, quando esses dados forem departamentalizados.
A partir desta base, tem-se a apresentação dos dados, com recursos visuais gráficos de
alta qualidade.
Drill-Down
Drill-down, que significa mergulhar, é o detalhamento, por exemplo, das vendas de uma
região por produto. É feito em qualquer uma das dimensões definidas, descendo até o
último nível. Assim, pode-se analisar as vendas por estado, produto, município e mês ou,
inversamente, por mês, produto, município e cliente. Esta flexibilidade e agilidade levam
o usuário a um claro processo de análise
78
receber, a pagar e estoques;
BI - Business Intelligence
• Dados de Recursos Humanos, como características, idade, motivações e
desempenho de funcionários;
Workflow
Workflow é o acompanhamento da situação de um processo durante o seu ciclo de vida.
Desta forma, o usuário acompanha, passo a passo, onde está determinado documento,
um produto que está em fabricação, um pedido ou pagamento que precisa ser aprovado.
Esse acompanhamento é feito pelo envio de um e-mail ao usuário que deve tomar uma
atitude em função de uma determinada situação. Quem dispara o e-mail é o próprio
sistema. Com isso os processos críticos de uma organização tornam-se mais ágeis e
seguros, evitando o freqüente travamento operacional existente entre eles.
79
BI - Business Intelligence São exemplos de processos que podem ser acompanhados através do Workflow:
Workflows Operacionais
Neste caso o sistema envia um e-mail com todas as informações necessárias, ficando no
aguardo de uma resposta.
80
• Dados de Recursos Humanos, como características, idade, motivações e
desempenho de funcionários;
BI - Business Intelligence
• Comparativos de custos, em especial com o Standard, visando determinar a
causa das variações;
Workflows Gerenciais
Fatos positivos:
• Volume de produção.
• Duplicatas vencidas;
• Perda de negócios.
81
BI - Business Intelligence
• Faz com que todas as pessoas da corporação entendam seu papel diante da
estratégia e como irão contribuir dentro do planejamento adotado;
82
Os sistemas de ERP vêm disponibilizando ferramentas de apoio à implementação dessa
metodologia, fazendo com que cada vez mais empresas a adotem.
BI - Business Intelligence
Norton & Kaplan dividiram o controle da empresa em quatro perspectivas, criando os
Mapas Estratégicos: financeira, clientes, processos internos e aprendizado e crescimento
dos colaboradores. Nota-se que o BSC mede também o intangível, pois das quatro
perspectivas apenas a financeira é baseada em indicadores exatos e fáceis de serem
obtidos.
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A seguir, um exemplo de Mapa Estratégico mostrando o relacionamento de causa e
efeito entre os indicadores:
BI - Business Intelligence
84
O Dashboard apresenta as metas e os indicadores por áreas de responsabilidades:
BI - Business Intelligence
Figura 5.12 - Metas e indicadores no dashboard.
85
06 Planejamento Estratégico de TI
Estratégico de TI
Planejamento
Fases de um Plano Diretor
de Informática
1ª Fase - Levantamento
Levantamento dos objetivos e situação atual da empresa
• Situação atual;
• Situação desejada;
87
Para isto, aconselha-se que sejam realizadas reuniões e entrevistas preliminares com os
envolvidos, para obtermos basicamente as seguintes informações:
Estratégico de TI
• O que faz?
Planejamento
• Filiais?
• Ramos de Atividade?
• Produtos?
Volume de Dados
O número de registros por arquivos, mesmo que estimado, mostra o porte da empresa
e o volume de dados a serem processados. Esta informação pode ser utilizada pelo
analista para avaliação da configuração de hardware necessária e poder compará-la com
a existente, detectando eventual necessidade de investimento na aquisição ou upgrade
de equipamentos.
Fluxo de Dados
É necessário que se faça um estudo aprofundado de toda organização da empresa,
descrevendo departamentos, usuários, rotinas diárias, fluxos e relatórios utilizados.
Tem a finalidade principal de servir como base para estimar o cronograma de implantação.
Para cada módulo em especial, as seguintes questões devem ser levantadas:
88
Compras
1. Questionar sobre o funcionamento do departamento de compras da empresa
Estratégico de TI
levando em consideração:
Planejamento
a. Onde nasce a necessidade de uma compra;
b. Quem compra;
a. Verbal;
c. Via papel;
a. Em estoque mínimo;
89
Estoque de segurança — quantidade mínima em estoque visando garantir possíveis falhas
no abastecimento.
Estratégico de TI
compras.
b. Qualidade;
c. Prazo;
c. Falta de informações;
90
Faturamento
1. Descrever o departamento de vendas/faturamento:
Estratégico de TI
Planejamento
a. Funcionários envolvidos/hierarquia;
b. Canais de distribuição:
• Vendedores internos;
• Representantes externos;
• Distribuidores;
• Telemarketing;
• Mala direta;
c. Tipo de venda:
• Atacado;
• Varejo;
• Exportação;
• Encomenda;
• Estoque;
• Serviços;
e. Impostos:
• Incentivos;
b. Estudo de mercado;
91
4. Origem dos pedidos de vendas:
a. Verbal;
Estratégico de TI
Planejamento
b. Telefone;
c. Fax;
d. Correio;
e. Interligação micro/micro;
c. Numeração aleatória;
6. Tabela de preços:
7. Política de descontos:
a. Não existem descontos;
b. Descontos em cascata;
92
8. Aprovação de Crédito:
a. Vendedor é co-responsável pela aprovação de um crédito;
Estratégico de TI
Planejamento
b. Existe um departamento só para aprovação de crédito;
c. Pedido pré-formatado;
a. Devolução de compras;
b. Remessa de demonstração;
c. Simples remessa;
93
12. Questionar a política de comissionamento sobre vendas:
a. Percentuais únicos;
Estratégico de TI
Planejamento
b. Exportação;
d. Remessas diversas;
94
Estoque
1. Forma de estocagem e armazenagem:
Estratégico de TI
Planejamento
a. Prateleiras;
b. Gavetas;
c. Pilhas;
d. Ruas;
e. Escaninhos.
d. Entrega imediata;
3. Requisições:
a. Verbais;
4. Matérias-primas:
a. Requisitadas para uma determinada ordem de produção;
95
5. Almoxarifado:
a. Rígido controle de todas as entradas e saídas;
Estratégico de TI
6. Kardex:
a. Manual por fichas;
7. Beneficiamento Externo:
a. Listar os produtos que são beneficiados;
8. Grupos de produtos:
a. Definição e critério;
b. Motivo da definição;
96
11. Deficiências do setor de estoque:
a. Ausência de apontamentos;
Estratégico de TI
Planejamento
b. Falta de Kardex;
Custo
1. Custo dos produtos acabados:
a. Custo com base em requisições por ordem de produção;
b. Fifo (PEPS);
c. Médio diário;
d. Médio mensal;
e. Standard.
97
5. Custo em diversas moedas:
a. US$;
Estratégico de TI
Planejamento
b. Moeda forte;
c. Moeda corrente.
a. Via sistema;
b. Manual;
c. Planilha eletrônica.
7. Setor de custos:
a. Um departamento independente;
8. Apuração de custos:
a. Último dia do mês;
a. Falta de apontamentos;
c. Rateios;
98
Planejamento e Controle da Produção
1. Planejamento da produção:
Estratégico de TI
Planejamento
a. Por encomenda com base nos pedidos de venda;
b. Semanal;
c. Mensal;
d. Mista (especificar).
6. Ordem de Produção:
a. Questionar a existência de ordens de produção;
b. Numeração:
99
9. Novos produtos:
13. Turnos:
a. Turno 1;
b. Turno 2;
c. Turno 3.
100
17. Deficiências do setor:
a. Falta de planejamento estratégico;
Estratégico de TI
Planejamento
b. Carência de informações manuais ou de sistemas;
Financeiro
1. Questionar sobre o funcionamento do departamento financeiro da empresa
levando em consideração:
a. Como são controlados os títulos a receber;
2. Tipos de cobrança:
a. Simples;
b. Escritural;
c. Caução;
d. Operação desconto.
101
4. Comunicação Remota com bancos:
a. Questionar quais bancos e se existem manuais em poder da empresa sobre a
comunicação remota;
Estratégico de TI
Planejamento
• Prorrogações;
• Baixa;
• Emissão;
• Descontos;
• Pagamentos parciais.
5. Questionar sobre a forma de atuação da cobrança:
a. Com assessoria externa;
6. Instrumento de cobrança:
a. Duplicata;
b. Boleto;
c. Carnê.
7. Concessão de descontos:
b. Descontos parciais.
a. Não é controlado;
9. Borderô:
102
10. Questionar se os recebimentos e/ou pagamentos são individualizados por grupo
(natureza) e qual a sua estrutura:
a. Exemplo: 0001 - despesa com folha de pagamento
Estratégico de TI
Planejamento
0002 - impostos
13. Tesouraria:
a. Existe o setor de tesouraria;
• Periodicidade de emissão.
103
15. Razão e diário auxiliar:
a. Existe razão e diário auxiliar no financeiro;
Estratégico de TI
Contabilidade
1. Questionar sobre o funcionamento do departamento contábil da empresa levando
em consideração:
a. Existe integração contábil com os demais setores;
2. Controle contábil:
a. Contabilidade externa;
b. Contabilidade manual;
b. Sistema de computação;
c. Relatórios manuais.
104
4. Centro de custos:
a. Centro de custo contábil;
Estratégico de TI
b. Centro de custo extra-contábil;
Planejamento
c. Questionar sobre o critério da codificação do centro de custo.
5. Custos:
a. Funciona como um setor independente da contabilidade;
8. Diários auxiliares:
a. No contas a pagar;
b. No contas a receber;
c. No ativo fixo;
d. Na tesouraria.
9. Lançamentos no LALUR:
105
12. Deficiências do setor Contábil:
a. Grande volume de dados;
Estratégico de TI
b. Informações atrasadas;
Planejamento
Livros Fiscais
1. Livros de entrada e saída (modelo 1 e 2):
a. Escriturados manualmente;
b. Sistema específico;
c. Escriturados externamente.
b. Escrituração em livros;
3. Escrituração eletrônica:
a. Questionar qual é o software utilizado;
106
Ativo Fixo
1. Questionar sobre o funcionamento do departamento levando em consideração:
Estratégico de TI
Planejamento
a. Bens não são controlados;
2. Patrimônio Líquido:
a. Capital e investimento são controlados dentro do sistema de ativo.
3. Ampliações e reforma de Bens:
a. Lançamento como despesa e não ativação;
b. Incentivo fiscal.
a. Falta de informações;
b. Falta de auditoria;
107
Folha de Pagamento
1. Questionar sobre o funcionamento do departamento de folha de pagamento
Estratégico de TI
levando em consideração:
Planejamento
a. Recibo de pagamento;
b. Impostos;
c. Férias;
d. Rescisão;
e. 13º salário;
f. DIRF/RAIS;
g. Recursos Humanos.
5. Pagamento a funcionários:
a. Via cheque;
b. Em espécie;
7. DARP/RE:
a. Manual;
b. Via sistema.
108
8. Provisionamento de férias e 13º salário:
Estratégico de TI
Planejamento
b. Somente no segundo semestre.
b. Setoriais;
c. Geral;
109
2ª Fase - Avaliação de Necessidades de Customização
Verificação de necessidade dos seguintes pontos:
Estratégico de TI
Planejamento
1º Conversão de arquivos
b. volume de dados;
f. plataforma atual;
g. sistemas atuais.
2º Customizações
• Definindo relatórios.
110
3ª Fase — Avaliação dos Recursos Físicos
1º Verificação do ambiente atual — hardware — e definições padrões
Estratégico de TI
Planejamento
• Avaliação do parque instalado com base no volume de dados, módulos e
número de usuários;
1. Hardware:
a. questionar sobre a existência de uma rede. Caso positivo, qual?
111
4ª Fase - Elaboração de Plano e Cronograma Macro
1º Elaboração de PDI contendo:
Estratégico de TI
Planejamento
–– sistemas atuais;
–– parque instalado;
–– usuários envolvidos;
–– pontos críticos;
–– mudança de procedimentos;
112
CASO PARA ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMA: A FÁBRICA DE
COMPONENTES ELETRÔNICOS ALFA
Estratégico de TI
Planejamento
A margem de lucro da fábrica teve uma queda de aproximadamente 30% em relação
ao ano anterior. A fábrica de componentes ALFA, instalada em zona franca, enfrenta
atualmente forte concorrência de outras fábricas instaladas recentemente. Entre os
diversos fatores que contribuem para este cenário destaca-se o baixo nível de vendas
em função da competitividade dos preços dos produtos dos concorrentes, além dos
atrasos ocorridos nas entregas dos produtos da ALFA.
O diretor da área de produção da ALFA alega que não c onsegue atender algumas
das demandas em função da falta de componentes. A maioria dos componentes que
estão no estoque ou estão vencidos ou estão defasados. O diretor do departamento
de compras da ALFA, por sua vez, atribui os atrasos aos fornecedores que seguram as
demandas em função da expectativa de constantes mudanças cambiais.
Os clientes, por sua vez, reclamam que alguns dos pedidos não são atendidos e os
vendedores, por outro lado, alegam que atendem todos os pedidos que chegam em seu
departamento.
113
07 Análise de Softwares
Análise de Softwares
de Gestão - ERP
de Gestão - ERP
Elementos para a Análise
de Softwares de Gestão
Rotinas Genéricas
Capacidade de processar várias empresas e filiais. Faz consolidações das filiais e das
empresas.
• Excluir campos;
115
• Utilização de funções gerais;
Flexibilidade no Uso
Uso de fórmulas definidas pelo usuário.
Acessar diretamente o registro via várias seqüências. Visualizar todos os seus dados.
Agenda do sistema.
Controle da agenda por usuário. Possui mailing entre os usuários. Controle de spooling
de impressão:
116
• Pesquisar determinado registro;
Análise de Softwares
de Gestão - ERP
• Alterar a ordem das colunas;
• Imprimir a consulta;
Segurança
Quanto à segurança de uso do sistema:
• Bloqueio de alteração;
• Bloqueio de visualização;
117
Gerador de relatórios:
Análise de Softwares
• Filtros flexíveis;
• Relatórios sintetizados;
• Uso de fórmulas;
Parametrização
Gatilho acionado via digitação de um campo;
Gerador de consultas:
• Agrupamento de células;
• Uso de fórmulas.
Help
Help on-line em nível de campo (sensível ao contexto);
118
Documentação
Análise de Softwares
Release da versão documentada no próprio sistema;
de Gestão - ERP
Facilidades de Conversão
Tem facilidade para importação/exportação de dados:
Gráficos
Definição das legendas;
Filtros flexíveis;
Somatórios de campos;
Uso de fórmulas;
Funções próprias;
119
Financeiro
Análise de Softwares
Este controle é feito por agência/conta. Facilidade para reconciliação com extrato. Re-
cepção remota dos movimentos da conta.
120
• O orçamento pode ser feito em até cinco moedas.
Análise de Softwares
de Gestão - ERP
Relatório detalhando títulos
121
Facilita sua seleção.
Controla adiantamentos.
• Várias aplicações do mesmo tipo na mesma conta. Emite diário e razão auxiliar
de clientes e fornecedores.
122
Emite boleto para cobrança escritural.
Análise de Softwares
de Gestão - ERP
Emite ordem de pagamento.
Consulta sobre a posição dos clientes e fornecedores. Controla limite de crédito dos
clientes.
Contabilidade
Permite código de contas até um número ilimitado de dígitos.
123
O centro de custo pode pertencer à conta.
124
Processa diário auxiliar para qualquer conta.
Análise de Softwares
de Gestão - ERP
• Orça mais que 12 meses;
• Compra on-line;
• Compra batch;
• Requisições on-line;
• Requisições batch;
• Produção on-line;
• Produção batch;
• Depreciação batch;
• Aplicações/resgates on-line;
• Aplicações/resgates batch;
125
No lançamento automático:
Estoque/Custo
Calcula custo on-line.
126
Controla por grade com adaptação nas compras, produção e vendas.
Análise de Softwares
de Gestão - ERP
• Faz estatísticas de rejeição no CQ.
Perdas:
127
Gera lançamentos de custos na contabilidade.
Emite o kardex.
Análise de Softwares
de Gestão - ERP
Permite gerar requisições automáticas no início da OP. Mostra a evolução do custo real.
• Média simples;
• Média ponderada;
128
• Regressão linear;
• Correlação múltipla
Análise de Softwares
de Gestão - ERP
• Considera sazonalidade.
129
• Cadastramento da perda standard para controle de variação.
Ordens de Produção:
Análise de Softwares
de Gestão - ERP
130
Carga de Máquina
Análise de Softwares
Permite ancoragem pelo início ou pelo fim.
de Gestão - ERP
Inverte a ancoragem pelo fim se a data atual for atingida.
Controla feriados .
Considera setup.
Visualização do histograma.
131
Informação da produção:
• Leitura de RFID.
Compras
Faz solicitações de compras a partir do ponto de pedido.
Controla contratos de fornecimento (em nível de preço, quantidade, data de entrega, etc).
132
Controla reajustes de preços destes contratos.
Análise de Softwares
de Gestão - ERP
Trata devidamente itens que não sejam de estoque.
Faturamento
Faz controle de reservas/cotações.
133
Quanto às condições de pagamento:
Faz um controle da maior compra, maior saldo, etc, pelo cliente, sem considerar a
filial do cliente.
134
Verificação da nota de devolução quanto a preço, produto, etc.
Análise de Softwares
de Gestão - ERP
Em todos os relatórios permite filtrar pelo tipo de saída.
• Produto-a-produto;
• Mês a mês;
• Em R$ e moeda forte;
Fiscal
Emite o registro de entrada (Mod. 1 e 1A).
135
Permite acertos nos livros fiscais.
136
Ativo Fixo
Análise de Softwares
Controla os bens separando reavaliações, ampliações e reformas.
de Gestão - ERP
Controla a localização física.
Contabiliza a depreciação.
Contabiliza as baixas.
137
Considera faltas não justificadas. Emite recibo de férias.
Controla vale-refeição.
Controla vale-transporte.
Considera antecipações.
138
Permite criar novas ordenações para cálculos e relatórios.
Análise de Softwares
de Gestão - ERP
Aceita currículos por Internet.
Ponto Eletrônico
Permite configuração do registro de acordo com o relógio.
Controla compensações.
139
Fornece o custo dos produtos vendidos.
Controla sangrias.
É claro que esta lista não se esgota com os pontos apresentados, e nela devem ser incluídas
as necessidades específicas da empresa, mas serve de base para uma avaliação inicial do
sistema a ser implementado.
140
CASO PARA ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMA: A REDE DE
SUPERMERCADOS RIO BRANCO
Análise de Softwares
de Gestão - ERP
Uma grande rede de supermercados, presente em todo o Brasil, analisará diversas
propostas para a implementação de um Sistema de
Nas lojas da rede são comercializados apenas produtos que têm código de barras e
prazo de validade em suas embalagens.
Existe um grupo de executivos, na central de São Paulo, que deseja obter dados da
movimentação ocorrida nas diversas localidades para análises gerenciais. Uma das
características destes executivos é a solicitação constante de novos relatórios e
consultas.
Outro grande problema da rede é a distribuição das informações sobre as vendas para
os diversos departamentos do nível operacional: contabilidade, estoque, custo compras
e faturamento.
Efetue uma lista com as características básicas necessárias para compor uma proposta
que oriente a escolha de um software de ERP.
141
Parte 02
Compartilhe o novo.
01 O Caso da Fábrica
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
de Chaveiros
O Caso do Chaveiro é um case prático que simula a implantação de um Sistema completo
e que vem há anos sendo utilizado para treinar usuários de soluções de ERP. O executável
que contém os programas a serem utilizados é específico para o Case. Contém rotinas de
vários módulos do sistema e seu uso é restrito, ou seja, a quantidade de registros em cada
arquivo é limitada.
Neste tipo de treinamento pode-se também trabalhar, com o objetivo de motivar o grupo,
com os princípios adotados no Jogo de Empresas.
As etapas pelas quais passaremos para a elaboração do case prático são as seguintes:
• Requisições;
• Acompanhamento da Produção;
• Produção;
• Faturamento;
• Emissão do Balancete.
147
Premissas
As premissas da empresa modelo deste exercício são as seguintes:
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
A montagem do chaveiro é composta de duas operações: uma que junta a argola com
o corpo e outra que embala o produto. Isto é feito no centro de custo ACABAMENTO.
A fabricação do corpo tem uma operação de corte e furação do tirante e outra que
rebita o suporte com o tirante, o escudo e o mosquetão. Ela é feita no centro de custo
FABRICAÇÃO.
148
Os ativos a serem adquiridos custam R$ 100.000,00.
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
A produção básica é de 50 peças/mês, mas uma quantidade maior pode ser fabricada sem
aumento dos custos fixos.
O lucro desejado, o preço de venda e a previsão de vendas serão algumas das decisões
a serem tomadas durante o exercício, bem como variações do preço de compra, perdas
de matéria-prima e do produto acabado, uso do material de consumo, abatimentos no
recebimento, tempos de produção e outros valores que possam incrementar o trabalho.
Alguns arquivos já possuem dados cadastrados, mas uma análise de seus conteúdos se
faz necessária para melhor compreensão do exercício. Portanto este deverá ser o primeiro
passo do exercício. A representação em forma de fluxograma proporciona uma melhor
visualização da sequência do exercício, como segue:
149
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Dicas
• Uma tela de ativação do Server é apresentada;
150
3. Dê um duplo click no link Remote para iniciar o Sistema;
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.4 - Validação da senha.
151
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Dicas
152
Dicas
• A pesquisa pode ser realizada tanto pelo código CT1 como pela descrição da
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
base de dados digitando Plano de Contas no campo Pesquisar;
• Uma vez realizada uma pesquisa específica, uma série de funções podem ser
ativadas a partir de um conjunto de botões tais como: Arquivo, Pesquisa, Filtro,
Dicionário, Impressão, Visualizar, Sair, etc;
Dicas
153
• As rotinas que mantêm integração com o módulo contábil e fazem uso de
Lançamentos Padronizados, quando da entrada de dados, podem gerar vários
lançamentos, um para cada número de seqüência;
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
13. Selecione a opção Visualizar na barra de menu e será apresentada uma tela que
possibilitará a alteração dos dados:
154
Dicas
• Note como foi resolvida a questão da Conta Débito ser ora na conta de despesa,
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
ora no processo, dependendo justamente do tipo do material. Se MC (Material de
Consumo-Vestuário), conta 33201, que é despesa, acoplada ao centro de custo.
Caso contrário, conta 11303, processo.
2. Selecione a opção Receber também da barra de menu e será apresentada a seguinte tela:
155
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Dicas
156
Dicas
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
pudesse receber acertos julgados necessários para a contabilidade. Esta tela
apresenta o Lançamento Contábil com Débito na conta Caixa/Bancos e Crédito
na conta de Capital e o Histórico é uma concatenação do texto colocado no
lançamento padrão e o complemento digitado na tela de movimento;
9. Confirme o Lançamento;
157
Dicas
F12 que apresenta uma série de parâmetros que podem ser confirmados;
12. Pressione o botão OK para confirmar os parâmetros que já estão com suas respostas
adequadamente preenchidas caso tenha pressionado a tecla F12;
13. Selecione a opção Sair da barra de menu para voltar ao menu principal.
158
1. Selecione a opção Atualizações/Custos e Preços/Estruturas da barra de menu;
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
3. Selecione a opção Alterar na barra de menu e será apresentada a tela “Estruturas
– Alteração”;
5. Pressione o botão Incluir situado no rodapé da tela e será apresentada uma tela
que possibilita a inclusão de novos componentes:
Dicas
• Com a digitação dos dados nesta tela será possível incluir o componente
“Argola” no item “Chaveiro”, já que ela não consta do arquivo original.
159
Dicas
10. Selecione a opção Sair da barra de menu para voltar ao menu principal e será
apresentada a seguinte caixa de dialogo:
Dicas
• A caixa de dialogo “Recálculo dos Níveis dos Produtos na Estrutura” informa que
serão alterados os níveis de estrutura de acordo com as alterações ocorridas.
160
11. Pressione o botão OK para confirmar esta operação;
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
13. Altere os produtos Argola, Escudo, Mosquetão, Rebite, Suporte e Tirante colocando
em todos eles o seu Custo Standard. Digite R$ 82,00, já que na premissa consta que
todas as matérias-primas custam R$ 100,00 e recuperam 18% de imposto. Na luva
digite R$100,00;
Dicas
17. Selecione a opção Forma Preços na barra de menu e será apresentada a tela
“Planilha STANDARD – Custo STANDARD”:
161
Dicas
Dicas
• Total = R$ 1.500,00.
162
• Conforme mencionado nas premissas, considerar uma produção básica de 50
peças.
O Caso da Fábrica
• Serão trabalhadas no total 250 horas, pois cada corpo necessita de 5 horas,
de Chaveiros
portanto o custo/hora deste centro de custo é:
20. Selecione a opção Alterar na barra de menu e será apresentada a seguinte tela:
163
21. Informe o valor calculado, ou seja, R$ 6,00 no campo Custo Standard de MOD0001;
22. Repita o procedimento para MOD0002 preenchendo o campo Custo Standard com
O Caso da Fábrica
R$ 47,00;
de Chaveiros
Dicas
–– Total: R$ 4.700,00.
164
Dicas
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
preenchimento no campo “Valor Total”.
165
Dicas
Figura 1.22- Edição dos custos fixos: exemplo de alteração no valor das despesas administrativas.
Dicas
166
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.23- Edição dos custos fixos: exemplo de alteração no valor da publicidade.
12. Para concluir, altere agora a Previsão de Vendas, linha 16, lembrando que ela pode
ser superior a 50 peças;
14. Clique no botão salvar e confirme a gravação do arquivo no disco com o nome
sugerido “STANDARD”.
15. Pressione o botão Cancelar para sair da tela e selecione a opção Sair para voltar ao
Menu Principal.
Dicas
• Note que o lucro interfere no preço, que por sua vez é um dos fatores que
influi na quantidade vendida (a cada percentual que o preço for mais baixo em
relação ao preço máximo do mercado, mais duas peças são vendidas);
167
• A fórmula em si do lucro não deve ser alterada, apenas o seu valor. Esta
alteração corresponde a uma das decisões toma- das;
O Caso da Fábrica
18. Pressione o botão Calcula e uma nova tela será apresentada exibindo os valores
calculados:
168
Dicas
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
própria planilha;
• A quantidade total vendida é a soma desta última, mais 20, mais o resultado
da divisão do valor da publicidade por R$ 100,00. É claro que se nada for
informado no maior preço, o seu será considerado o maior, e se a previsão
de vendas considerou apenas a publicidade como fator de incremento nas
vendas, o lucro desejado baterá com o real.
169
Dicas
• Note que os valores ainda são Orçados, pois o Real será conhecido somente no
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
• Ao sair grave a quantidade vendida pressionando o botão SIM, pois ela será
necessária futuramente.
170
3. Pressione a tecla F3 ou clique na lupa no campo cliente e selecione o “CLIENTE
COMPRA TUDO LTDA”. O restante dos dados do cabeçalho do Pedido são
preenchidos com base no cadastro deste cliente;
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
4. Pressione a tecla F3 no campo Produto e selecione o “CHAVEIRO”;
5. Selecione o campo Prc. Unitário que já está preenchido e pressione duas vezes a
tecla Enter para que o sistema atualize o campo “Valor Total”, “Tipo de Saída” e
outros dados que são preenchidos com base no cadastro;
7. Feche a tela em branco e clique na opção sair para voltar ao menu principal;
Dicas
171
Dicas
Figura 1.26 - Geração de ordens de produção e empenhos de materiais com base nos pedidos de vendas.
11. Selecione o seu pedido através de um duPlo clique e aparecerá um “x” verde na
primeira coluna;
12. Selecione a opção Gerar O.P. e o Sistema gera a Ordem de Produção e os Empenhos.
Dicas
172
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.27 - Ordem de produção do Chaveiro.
173
13. Confirme os empenhos sem alterá-los e as duas Ordens de Produção aparecerão no
browse.
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Dicas
• Note que a quantidade de rebite é 200 e não a quantidade necessária pois este é
o valor do Lote Econômico e Lote Mínimo informado no cadastro de produtos.
Verifique também como as datas de necessidade foram ajustadas.
174
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.30 - Consulta genérica da solicitação de compras.
Dicas
• Este é o arquivo SB3 (Demandas) que mantém os últimos consumos de cada
produto para o cálculo da previsão do próximo mês.
175
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
3. Para gerar uma variação no consumo de Luvas, preencha os doze meses com a
quantidade igual a 10, duas unidades a menos que o consumo citado nas premissas.
Para simular a dinâmica do jogo utilize os dados;
Dicas
• É através da rotina iniciada a partir desta tela que o Lote Econômico e o Ponto
de Pedido são calculados.
176
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.32 - Cálculo do lote econômico e do ponto de pedido.
8. No terceiro quadro marque para que seja efetuado o Cálculo do Lote Econômico e
o Cálculo do Ponto de Pedido;
9. Não marque o ajuste do lote pela disponibilidade financeira. Esta opção reduz o
lote calculado em função de uma falta de dinheiro;
177
15. Pressione o botão Visualizar;
Dicas
178
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.34 - Geração da solicitação de compras por ponto de pedido.
179
Exercício 07 – Como gerar Cotações e Pedidos de Compras
• Objetivo: O objetivo deste exercício é simular a geração das Cotações de
O Caso da Fábrica
Dicas
180
2. Selecione a opção Atualizações/Compras/Gera Cotações da barra de menu;
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.37 - Seleção de itens para a cotação de compras.
IMPORTANTE:
181
Exercício 08 – Como atualizar as Cotações Manualmente
• Objetivo: O objetivo deste exercício é informar ao sistema os preços das
O Caso da Fábrica
Dicas
Dicas
182
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.38 - Seleção da Cotação/Fornecedor.
183
5. Confirme a tela e o Rodapé pressionando o botão OK;
• a quantidade refere-se a quem compra (exceto o rebite: caixa com 200 peças);
2. seja realizada a inscrição de cada participante informando o nome ao micro que irá
apurar o resultado da concorrência;
Nesta última etapa, o programa além de apresentar o resultado na tela efetua também
a atualização das bases, isto é o preço das matérias primas e materiais de consumo
cotadas para cada fornecedor e o valor total da comissão caso tenha ocorrido revenda
para outros participantes.
184
Inscrição da Concorrência
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
da Concorrência e será apresentada a tela:
Dicas
185
Lançamento da Oferta
Dicas
• Não é necessário informar o endereço de destino (IP) pois o mesmo foi gravado
quando da inscrição.
186
Apuração do Resultado da Concorrência
O Caso da Fábrica
da Concorrência e o sistema apresenta esse resultado na tela:
de Chaveiros
Figura 1.41 - Apuração do Resultado da Concorrência.
Lançamento da oferta e será apresentada uma tela com todos os participantes inscritos
para que você efetue a oferta para cada um deles:
187
Obtenção do Resultado da Concorrência
Dicas
• Note que a cotação do fornecedor 000002 teve uma certa redução do preço. Isto
ocorre porque a sua condição de paga- mento é de 30 ddd, e nesta tela é feito
um cálculo que traz o valor presente de todas elas, ou seja, prazos de pagamento
maiores têm seus valores reduzidos de acordo com a taxa de juros informada na
abertura do sistema. O valor presente é deduzido da recuperação do imposto;
188
• Navegando pelas demais pastas é possível a obtenção de maiores informações
referentes à cotação atual, histórico do fornecedor e a posição do estoque do
produto.
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.43 - Cotações de compras por item.
Dicas
• Para facilitar o exercício foi ativado o parâmetro que efetua a análise da melhor
cotação e identifica o ganhador através de uma marca;
189
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Dicas
190
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.44 - Inclusão de Nota Fiscal de Entrada.
7. Selecione o pedido com um duplo clique e confirme a tela que contém os sete itens
(argola, escudo, luva, mosquetão, rebite, suporte e tirante). Eles serão transferidos
para a janela de itens da nota fiscal;
191
10. Tecle duas vezes Enter no Valor Unitário para atualizar o Valor Total e, logo a seguir,
tecle Enter no Valor Total para atualizar o valor do ICMS;
O Caso da Fábrica
11. Entre também com a compra dos ATIVOS na mesma nota, mesmo não havendo
de Chaveiros
nenhum pedido de compra. Pressione a tecla seta para baixo do teclado até que
apareça uma nova linha. No campo Produto pressione F3 e selecione ATIVOS, digite
1 no campo Quantidade, R$ 100.000,00 no campo Vlr. Unitário e tecle duas vezes a
tecla Enter no campo Vlr. Total para que o sistema calcule o ICMS;
14. Cancele a nova tela de inclusão de NF e clique Sair para voltar para a tela principal.
Dicas
192
• Eventualmente, uma caixa de diálogo poderá ser apresentada informando
que o débito e o crédito não conferem. Isto ocorre em função de alguns
arredondamentos realizados no sistema e poderá ser corrigido digitando-se
O Caso da Fábrica
os valores exatos;
de Chaveiros
• Na inclusão da Nota Fiscal de Entrada ocorre um conjunto de atualizações e
lançamentos que integram os Itens da Nota Fiscal e o Cabeçalho da Nota Fiscal
de Entrada com Fornecedores, Contas a Pagar, Contabilidade, Estoque e os
Itens de Compras. Para ver os relacionamentos e os registros que fazem parte
desta integração, selecione a opção visualizar, da Nota Fiscal de Entrada, e em
seguida a ferramenta Walk Thru. O Walk Thru pode ser utilizado em quase
todas as funcio- nalidades do sistema. A sugestão de visualização na Nota
Fiscal de Entrada é meramente didática;
193
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.46 - Relacionamentos da Nota Fiscal de Entrada visualizados pelo Walk Thru.
194
• Caso algum dos relacionamentos tenha, em sua origem ou destino, um conjunto
de registros o sistema apresenta um browse no qual pode ser selecionado um
item em particular;
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.48- Visualização de relacionamentos com diversos registros disponíveis no browse da tela.
Dicas
195
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
196
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
15. A partir do menu, selecione a opção Relatórios/Boletim de Entrada para imprimir o
relatório de entrada de materiais;
Dicas
• As divergências podem ser verificadas neste relatório. A letra “E” que aparece
na coluna “Div” refere-se a data de entrega que não coincide com a do pedido.
197
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
198
Exercício 12 – Como Gerar Requisições
• Objetivo: O objetivo deste exercício é demonstrar como podem ser realizadas
O Caso da Fábrica
as requisições dos materiais. A requisição dos componentes empenhados
de Chaveiros
é automática, tão logo seja informada a produção, mas nem todas elas são
geradas desta forma. Pelo menos a dos Rebites e das Luvas precisam ser
digitadas. O Rebite porque é um item de apropriação indireta devendo ser
transferido do Almoxarifado 01 para o Processo (Almoxarifado 99) e a Luva
por ser um produto independente de qualquer estrutura de produto. Outro
fator que gera a necessidade de digitação de requisições é a quebra na linha
de produção que no exemplo do exercício será representado pelo Suporte.
6. Não digite o Centro de Custo nem o número da Ordem de Produção, pois o Rebite
vai para o processo e de lá, quando houver produção, é apropriado diretamente e de
forma automática para a Ordem de Produção do Corpo;
199
7. Confirme esta requisição e digite de forma análoga a requisição da luva. Na
quantidade coloque o consumo mensal digitado na tela correspondente e note que
o Centro de Custo (0002 Acabamento) é preenchido automaticamente.
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
8. Para obter uma variação no consumo de materiais, digite também uma requisição
de Suportes. Note que o Campo Ordem de Produção é preenchido automaticamente
para facilitar o exercício. Em quantidade coloque um valor aleatório, não muito alto.
Lembre-se que foram comprados apenas 6 Suportes a mais. Para simular a dinâmica
do jogo utilize o dado. O valor desta req- uisição será descarregado diretamente na
OP do Corpo.
200
9. Ao concluir as três requisições e sair da tela de inclusão é apresentada a tela de
Lançamentos Contábeis:
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.54 - Lançamentos contábeis das requisições.
IMPORTANTE:
11. Neste ponto o exercício pode tomar dois caminhos distintos: um mais simples, onde
a Produção é informada objetivando apenas os custos e a entrada no estoque. O
outro envolve as rotinas Carga Máquina. Inicialmente será tratada a primeira. Caso
a opção seja a Carga Máquina, salte para o tópico Carga Máquina (Exercício 14). Os
dois caminhos voltam a se encontrar no Faturamento.
201
2. Selecione a opção Incluir e será apresentada a tela “Produções – Incluir”:
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Dicas
202
• Observe que há uma diferença entre o valor da produção do Corpo e o total de
suas requisições. Isto porque o lançamento referente à requisição adicional do
Suporte já havia sido feito na tela anterior;
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
• Outro detalhe importante é o lançamento de transferência da mão-de-obra.
Comporta-se como uma requisição de materiais, mas credita uma conta que faz
parte do grupo de despesas. O valor unitário das horas apropriadas é aquele
informado no início do exercício (custo standard da hora). Caso queira discriminar
os lançamentos detalhando-os por transação, coloque “Não” em “Aglutina
Lançamentos”. Para tal, tecle F12 no browse da tela de produção.
Incluindo Calendário
Dicas
• A fábrica trabalha de segunda a sábado, 10 horas por dia com um total de 250
horas/mês o que permite uma produção base de 50 corpos mês, pois cada um,
segundo a estrutura leva 5 horas para ser fabricado.
203
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
5. Preencha o horário das 8hs até as 18hs de tal forma que a Carga Horária seja igual
a 10 pressionando a tecla Enter ou a letra X. Cada segmento de tempo (preenchido
com X ou Enter) representa 15 minutos;
Incluindo Recursos
Dicas
204
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.57 - Recursos da produção.
11. Cadastre 5 recursos, todos usando o calendário 001, conforme os dados da tabela
a seguir:
13. Finalize a tela “Recursos – Incluir”, selecione o recurso 001 no Browse e clique na
opção Alterar;
205
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
14. Selecione o recurso 01A no campo Rec Alt/Séc utilizando a tecla F3 na janela inferior
da tela;
15. Digite a letra A (Alternativo) no campo Tipo de Rec. Também na janela inferior da
tela. Este procedimento indica que existem duas linhas de produção do Tirante, que
podem ser utilizadas simultaneamente.
Incluindo Ferramentas
206
19. Cadastre 2 ferramentas conforme os dados da tabela a seguir:
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.60 - Amarração Produto x Fornecedor.
Dicas
207
Tratando os Recursos Dentro da Produção
Dicas
23. Mantenha o código 01. Este campo permite até 99 roteiros diferentes para cada
produto, flexibilizando a fabricação, pois cada OP pode ter um roteiro diferente;
24. No campo Produto, digite CORPO. Não tem Roteiro Similar, o que evidentemente
facilitaria a digitação;
208
28. Em descrição, digite FABRICAR TIRANTE;
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
30. Digite 3 no campo Tempo Padrão. Os tempos são informados em horas decimais,
isto é, para uma hora e trinta minutos, digita- se 1,5;
32. Deixe os demais campos em branco e desça uma linha pressionando a tecla “seta
para baixo” para cadastrar a operação 02;
33. Informe o Recurso 002, a Ferramenta 201, a Operação REBITAR CORPO, o Lote
Padrão 1, o Tempo Padrão 2, o Tipo de Operação 1 (Normal) e confirme a tela; note
que a soma dos tempos padrão deve dar 5, pois esta é a quantidade de MOD0001
que consta do cadastro de estruturas.
209
36. Desça uma linha e cadastre a Operação 02 do Chaveiro informando o Recurso 004,
Descrição EMBALAR, Lote Padrão 1 e o Tempo Padrão 0,5; note que a soma dos
tempos padrão deve dar 2, pois esta é a quantidade de MOD0002 do cadastro de
O Caso da Fábrica
estruturas.
de Chaveiros
Dicas
• Será gerada uma segunda OP, idêntica à primeira, para que se visualize qual
o procedimento do sistema quando duas Ordens de Produção querem alocar
simultaneamente o mesmo recurso.
210
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.65 - Visualização dos dados da ordem de produção do Chaveiro.
40. Efetue a inclusão de uma nova Ordem de Produção com Número 000002 / 01 /
001 para o Produto CHAVEIRO através da opção Incluir;
41. Informe a Quantidade, a Data de Previsão de Início e a Data de Entrega nesta nova
Ordem de Produção com os mesmos dados preenchidos na Ordem de Produção
do Chaveiro gerada pelo Pedido de Vendas;
Figura 1.66 - Geração automática das ordens de produção dos produtos intermediários.
211
42. Pressione o botão OK para confirmar e será apresentado um diálogo informando
que o sistema gerará Ordens de Produção com datas anteriores à Data Base (Data
Confirmada na Inicialização do Sistema);
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
212
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.68 - Ordens de produção em aberto.
Dicas
Figura 1.69 - Carga Máquina: alocação dos recursos utilizados nas ordens de produção.
213
48. Pressione o botão OK e aguarde alguns instantes para que o Sistema efetue a
alocação dos recursos utilizados nas Ordens de Produção;
O Caso da Fábrica
49. Observe a alocação dos recursos na tela “Carga Máquina”, pressione o botão
de Chaveiros
214
50. Confirme o diálogo e na seqüência pressione o botão Imprimir;
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
52. Confirme a impressão do relatório;
Dicas
• Caso o sistema acuse que já existe este relatório, basta substituí-lo, clicando
no botão OK.
215
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.73 - Data de início e término demonstradas na relação das operações de produção.
Dicas
216
Exercício 15 – Iniciando a Produção
O Caso da Fábrica
• Objetivo: O Objetivo deste exercício é demonstrar como pode ser realizado o
de Chaveiros
acompanhamento e controle das diversas operações que estão sendo realizadas
na linha de produção.
4. Altere em 3 horas o inicio ou o fim para gerar uma Variação na Eficiência da Mão de
Obra devido a um atraso e confirme;
5. Agora produza a segunda operação do corpo, que dará entrada no estoque, pois é
a última operação deste componente;
217
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Dicas
Figura 1.76 - Lançamentos contábeis automáticos gerados para registrar o término da produção
e a respectiva movimenta- ção contábil para a conta de produtos em estoque acabados.
218
7. Em Relatórios, liste o Acompanhamento de Operação (opção Acomp. Operações
do menu) para analisar as diferenças do início e fim, ocorridas entre o planejado
das operações e o realizado;
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.76 - Relação Real x Standard.
Figura 1.77 - Detalhamento do consumo real em comparativo com o standard na relação Real x Standard.
219
Exercício 16 – Iniciando o Processo de Faturamento
• Objetivo: O objetivo do exercício é demonstrar como pode ser realizado um
O Caso da Fábrica
220
3. Confirme a Liberação de Pedidos de Venda e o sistema apresenta a seguinte tela:
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.78 - Browser com a situação de cada pedido de venda.
Dicas
6. Confirme os parâmetros;
221
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
7. Selecione a opção Manual, pois neste caso a opção Automática não funcionará, já
que a situação financeira do Cliente é precária;
222
11. Marque o pedido;
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
13. Confirme novamente os Parâmetros, o Número da Primeira Nota e dispare o
Processamento.
Dicas
223
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
2. Selecione a opção saldos bancários com um duplo clique e será exibida uma tela
com as disponibilidades em bancos;
Dicas
224
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.83 - Seleção das contas bancárias cujo saldo irá compor o Fluxo de Caixa.
3. Selecione o Banco do Brasil com um duplo clique e confirme pressionando o botão OK;
Dicas
225
6. Efetue um duplo clique na linha ou pressione a lupa para que sejam mostrados os
detalhes do respectivo dia através da tela:
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
226
Recebendo o Título Proveniente das Vendas
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
sistema apresenta uma relação de títulos a receber através da tela:
227
10. Pressione F3 no campo Banco e selecione o banco 001 – Banco do Brasil;
11. Conceda um desconto digitando um valor no quadro Valoresda Baixa. Para simular
O Caso da Fábrica
a dinâmica dojogo, utilize o dado e multiplique o seu valor por 100. Note que o
de Chaveiros
Figura 1.89 - Lançamento contábil automático gerado para registrar o recebimento do título.
228
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.90 - Seleção dos títulos a pagar.
15. Posicione o título a ser baixado, que também deve ser o único;
229
19. Confirme a baixa e será exibida a tela de Lançamentos Contábeis:
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.92 - Lançamento contábil automático gerado para registrar o pagamento do título.
230
Dicas
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
WEB-Services. Caso não tenha sido realizada a dinâmica ou mesmo não tenha
ocorrido nenhuma venda, o valor será zero.
24. Digite o código 502 – Comissão sobre Matéria Prima no campo Natureza. O valor
será preenchido pelo sistema pois um “gatilho” busca-o da base de dados;
231
28. Selecione a opção Pagar e o sistema apresenta a tela de “Movimentação Bancária
– Pagar”:
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
30. Digite o código 007 – Publicidade no campo Natureza. O valor será preenchido
pelo sistema pois um “gatilho” busca-o da Planilha de Preço de Vendas, onde foi
decidido no início do exercício;
Dicas
232
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.96 - Lançamento contábil automático gerado a partir dos pagamentos e recebimentos
por meio de movimentação bancária.
Dicas
• Neste caso foi feito um gatilho que vai ao arquivo SF3 – Livros Fiscais e calcula
o valor do ICMS a pagar. Este valor também poderia ser obtido no saldo da
conta 21201 – ICMS a Recolher – ou ainda gerando-se um título ao se processar
o Livro Apuração do ICMS e IPI;
233
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Emitindo Balancete
234
4. Confirme a geração do arquivo e o Sistema apresenta o relatório:
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.98 - Balancetes reais.
Consultando o Razão
Dicas
• Movendo o cursor na parte superior da janela a largura das colunas pode ser
reduzida para facilitar a leitura do razão.
235
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
- ICMS
Lucro Bruto
- Publicidade
236
- Despesas Administrativas
Lucro Standard
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
+ - Variação na quantidade vendida: lucro bruto std da variação na quantidade,
+ - Variação na Eficiencia da Mão de Obra: horas reais x horas std gasto nas OPs, com
base em valores std. O detalhamento desta variação pode ser analisado no Mapa de
valores Std x Real. Para cada centro de custo, uma linha.
+ - Variação pelas Perdas: custo std das peças rejeitadas no controle de qualidade
Lucro Real
Lucro Contábil
237
Gerando a Planilha através da Integração Excel
1. Selecione a opção Miscelânea/Planilhas/Planilha Excel do menu e o sistema gera e
O Caso da Fábrica
Dicas
238
Parte 03
Jogo de Empresas
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01 Jogo de Empresas
Jogo de Empresas
Objetivo do Jogo
A inclusão do Jogo de Empresas versão Gold neste livro visa dar ao leitor mais um
conjunto de princípios administrativos que julgamos úteis a quem convive com o Sistema
de Gestão, e especialmente para a realização das dinâmicas de motivação descritas no
Capítulo 11, que trata do Caso do Chaveiro.
O desempenho de cada jogador depende de suas decisões, das decisões tomadas por
seus concorrentes e também de raciocínio rápido.
De qualquer forma, quanto melhor o grupo, mais alto será o nível e mais difícil será
vencer. Não existe uma fórmula “mágica” para ganhar sempre.
Aconselhamos aos jogadores que antes de cada decisão visualize o vídeo explicativo.
Neste vídeo o jogador encontrará a teoria referente à decisão que está em questão,
possibilitando definir uma melhor estratégia.
O objetivo final do jogo não é somente proporcionar momentos de lazer aos participantes.
É também o de mostrar como funciona na prática o mecanismo de uma empresa e treiná-
los a conviver neste ambiente que, se por um lado é exato e lógico, por outro é subjetivo
e estratégico, pois sempre surgirão fatores imprevisíveis que abalam qualquer tipo de
planejamento.
243
Jogo de Empresas Objetivos dos jogadores
Premissas
Critério de pontuação
Para cada um dos 5 objetivos o jogo utiliza o seguinte critério para pontuação:
Colocação:
Decisões
244
Jogo de Empresas
Figura 1.2 - Tipos de decisões a serem tomadas no Jogo de Empresas.
Os valores apresentados no jogo podem ser modificados para permitir uma variação nas
estratégias adotadas. O tópico Parametrização é apresentado no final deste capítulo.
Também permite a mudança de CENÁRIO, cada um com Regras de Negócios diferentes.
Seleção de Jogadores
245
Jogando contra outra pessoa
Devem ser escolhidos no mínimo 2 jogadores. Para cada jogador deve-se digitar o seu nome.
Jogo de Empresas
A partir deste momento,sempre que o referido personagem estiver na tela,cabe a ele tomar
a decisão. Após a confirmação dos jogadores e, igualmente, para cada decisão
tomada, deverá ser utilizado o botão “Prosseguir”, representado no jogo pelo ícone:
que se encontra no canto direito superior de cada tela.
Para jogar contra o computador, deve ser utilizado o botão “Jogar contra o
computador”, que se encontra no canto direito inferior da tela de Seleção dos Jogadores.
Após pressionado este botão, o computador irá selecionar o seu representante no jogo.
Em seguida deverá ser selecionado o personagem do jogador.
Após a confirmação do jogador e, igualmente, para cada decisão tomada, deverá ser
utilizado o botão “Prosseguir”, representado no jogo pelo ícone:
Capital Inicial
Capital Inicial.
246
Nesta primeira decisão você define o Capital Inicial que o seu acionista irá investir
em sua empresa. O jogo oferece 16 (dezesseis) opções de valor para o Capital, variando
de 85.000,00 a 115.000,00.
Jogo de Empresas
Figura 1.5 - Valores possíveis para o Capital Inicial.
O Capital servirá para pagar o imobilizado da empresa, que no jogo foi estipulado
em 100.000,00, mais o valor que será necessário para financiar o estoque.
Como todos os desembolsos são feitos somente após os recebimentos do capital e das
receitas, o cálculo utilizado para decidir o Capital
Inicial é:
Tanto o estoque final quanto o lucro não são totalmente conhecidos neste momento
e dependem da estratégia que será adotada.
247
Folha de Pagamento
Nesta decisão você decide o valor a ser investido na Folha de Pagamento. Como sabemos,
Jogo de Empresas
quem tem boa remuneração presta um bom serviço. Por este motivo, o valor a ser investido
na Folha irá influenciar na qualidade de seu produto e, conseqüentemente, nas vendas,
nas perdas e no custo da mercadoria vendida da empresa que você está administrando.
Para cada um destes valores, você terá uma perda de peças do seu produto e um aumento
na quantidade vendida:
Figura 1.8 - Conseqüências no jogo para cada uma das opções de valores
para a Folha de Pagamento.
Por exemplo, investindo 2.000,00 na Folha, você terá a perda de 1 peça e um aumento
de 10% na quantidade vendida.
Cada peça perdida representa uma queda no faturamento. Por outro lado, quanto maior
o valor da Folha, maior será o Custo da Mercadoria Vendida.
Para selecionar o valor a ser investido, arraste o cartão para cima do relógio de ponto.
248
Publicidade
Jogo de Empresas
Figura 1.9 - Seleção do valor a ser investido em Publicidade.
A tabela a seguir mostra quantas peças serão vendidas para cada valor da Publicidade:
Caso o cenário Anúncio Não Incluso no Preço estiver ativo, o custo da Publicidade não
entra no preço do produto, alterando a contribuição marginal. Este cenário tem como
objetivo atender a prática empresarial comum. Caso este cenário não esteja ativado a
alteração no valor da Publicidade afeta diretamente o Preço de Venda.
249
Jogo de Empresas Percentual de Lucro
O jogo oferece 8 (oito) opções: 1%, 2%, 3%, 4%, 5%, 7%, 9% e 12% ao mês.
Portanto, você deverá basear-se em uma série de fatores. Por exemplo, no Brasil paga-se
hoje, para qualquer tipo de investimento, taxas de juros altas em relação a outros países,
não só para atrair capital externo e equilibrar nossa balança de pagamentos mas também
para restringir o consumo, evitando assim a volta da inflação. A taxa atual é de 17% ao ano
(2006), ou seja, um pouco menos que 1,5% ao mês, não considerando juros compostos.
A sua decisão está relacionada aos demais participantes pois ela determinará o preço
de venda que, conseqüentemente, influirá na quantidade vendida.
Assim, se você for muito ambicioso (lucro alto) poderá ter uma decepção nas vendas,
ao passo que, se for conservador demais (lucro baixo) dificilmente ganhará o jogo pois o lucro
interfere em 3 critérios de pontuação. É como um jogo de poker ou, se formos mais longe,
a realidade da maioria dos mercados, onde é preciso ser perspicaz e “adivinhar” a decisão
dos concorrentes, definindo assim o melhor índice, não só quanto ao lucro mas também
na decisão seguinte que trata da quantidade prevista de venda.
250
Com o cenário do Preço de Venda ativo, o preço é informado pelo jogador ao invés de
ser calculado pelo jogo. Assim sendo, não terá a decisão da Taxa de Lucro, que é um
dos itens que formam o preço de venda. Este cenário tem como objetivo atender a uma
Jogo de Empresas
tendência de mercado, ou seja, define-se o preço independente do lucro desejado, o
que sem dúvida não é a melhor prática empresarial, mas é a nova ordem, em função da
globalização e da forte concorrência.
Previsão de Vendas
Nesta decisão o jogo oferece 15 (quinze) opções para a Quantidade Prevista de Vendas
do seu produto.
Para tomar esta decisão, você necessita um pouco de feeling, pois não sabe qual é o
preço dos seus concorrentes (outros jogadores). E o preço é um dos fatores que mais
influi na quantidade vendida.
No jogo, será apurada a diferença entre o seu preço e o maior preço dos
concorrentes. Para cada percentual de diferença, você venderá 1 (uma) peça a mais.
251
Exemplo:
Com o cenário do Preço de Venda ativo, o preço é informado pelo jogador ao invés de ser
calculado pelo jogo. Assim sendo, também não haverá a decisão da Previsão de Vendas,
que é um dos itens que formam o preço de venda. Este cenário tem como objetivo
atender a uma tendência de mercado, ou seja, define-se o preço independente do lucro
desejado, o que sem dúvida não é a melhor prática empresarial, mas é a nova ordem, em
função da globalização e da forte concorrência.
Resultado Parcial
Após essa decisão, é apresentado o Resultado Parcial, já com a quantidade vendida e lucro
orçado de cada empresa. Com base nesses dois critérios, é apresentada a classificação
das empresas até o momento.
252
Redução dos Gastos Gerais de Fabricação
Jogo de Empresas
Figura 1.15 - Redução dos gastos gerais de fabricação no jogo.
No prazo de 20 (vinte) segundos, você deverá clicar nas 3 (três) que resultem
num valor mais alto, cuja soma será a redução nos gastos gerais de fabricação
da sua empresa. Originalmente, o GGF é de 2.000,00, sendo que, em alguns casos,
a redução poderá suprimir totalmente ou até superar esta despesa.
Matéria-Prima
253
O Jogo oferece 5 (cinco) opções de valores de matéria-prima que variam de 103,00 a
115,00. Nesta decisão você faz a função de um representante do fornecedor de matérias-
primas, oferecendo um preço aos seus concorrentes. Não deixe o seu concorrente (outro
Jogo de Empresas
jogador) ver esta sua decisão porque automaticamente cada empresa comprará pelo menor
preço ofertado. Ao vender matéria-prima, sua empresa ganha uma comissão equivalente
à quantidade de peças compradas pelo seu cliente, multiplicada pelo valor ofertado menos
100, que é o preço mínimo estipulado. Cada empresa compra uma quantidade de matéria-
prima igual à de Produtos Acabados Vendidos. Lembre-se que você está fazendo o papel
de representante, logo esta oferta é independente do material que você está comprando.
Política de compras
254
Quando o cenário de Compras estiver ativo, a quantidade de matéria-prima comprada
será igual à quantidade prevista de venda. Por- tanto, esta será a quantidade máxima
possível de ser vendida. Caso a venda real seja menor que a prevista, a diferença ficará no
Jogo de Empresas
estoque, mesmo tendo comprado para apenas um mês. Este cenário tem como objetivo
evitar que se jogue uma Previsão de Vendas baixa com o único objetivo de aumentar o
preço e também simular uma situação onde a compra de matéria-prima demanda um
prazo de entrega maior, dificultando a compra de última hora.
Controle de Qualidade
Nesta etapa do jogo você está envolvido com a qualidade do seu produto.
Serão apresentados na tela 30 ícones que representam as peças do seu produto. Você
deve identificar e clicar, o mais rápido possível, naquela que apresenta um defeito. Na
medida em que o tempo passa, você vai perdendo peças. Cada segundo decorrido
equivale a 1 peça perdida. A esta perda será acrescentado um adicional que depende do
valor investido em Folha.
Cada peça perdida representa uma diminuição no valor do faturamento. Por exemplo:
–– Você levou 5 segundos para achar a peça com defeito: perda de 5 peças.
255
Jogo de Empresas Abatimento
A taxa inicial é de 15%. À medida que o tempo passa, o cliente vai cedendo e o abatimento
vai diminuindo, podendo chegar até a 0%. Quando achar que o abatimento está razoável,
clique no botão ACEITO. Mas, se o tempo se esgotar e a negociação não tiver sido
concluída, a taxa de abatimento será a que foi definida inicialmente, ou seja, 15%.
Após esta decisão é apresentado o resultado final com todos os valores envolvidos no
jogo e a pontuação que define a classificação geral das empresas.
256
Regras de Cálculo
Jogo de Empresas
Preço de Venda (PV)
Exemplo:
257
PV = 140 + (10.000/100) + (2.000/100) + (0,18 x PV) + (5.250/100) PV = 140 + 100 + 20 +
(0,18 x PV) + 52,50
Jogo de Empresas
0,82 x PV = 312,50
PV = 312,50 / 0,82
PV = 381,09
Com o cenário do Preço de Venda ativo, o preço é informado pelo jogador ao invés de
ser calculado pelo jogo. Assim sendo, não haverão as decisões da Taxa de Lucro e da
Previsão de Vendas, que são itens que formam o preço de venda.
Exemplo:
No cenário do preço mais alto informado, o instrutor define este valor, independente
das decisões dos jogadores. Neste caso, a Quantidade pelo Preço poderá até ser negativa
se o preço do jogador for maior que o do cenário.
258
Quantidade Total Vendida (QV)
Jogo de Empresas
Quantidade Vendida = (Qtde. Mínima + (Publicidade / Peças por Anúncio) + Qtde. pelo
Preço) x Acréscimo pela Folha
Exemplo:
* Pelo simples fato de a empresa existir, tem uma venda inicial de 20 peças
259
Faturamento
Exemplo:
Exemplo:
Lucro Orçado
É o lucro previsto.
Lucro Orçado = Faturamento – Custo da Mercadoria Vendida – Despesas Administrativas
– Despesas de Vendas – Publicidade
260
Primeiramente, é necessário calcular o valor das Despesas de Vendas: Despesas de
Vendas = Imposto x Faturamento
Jogo de Empresas
Exemplo:
Comissão
261
Jogo de Empresas Exemplo:
Quando um jogador vende para mais que um cliente, receberá a soma das comissões,
exemplo:
Figura 1.30 - Oferta dos jogadores.
Lucro Real
2. Valor do faturamento.
262
Exemplo:
Jogo de Empresas
Figura 1.31 - Componentes para o cálculo do lucro real.
2. Valor do Faturamento
Custo Real de Fabricação = Preço de Compra x (100 – Desconto para as Compras) / 100) x
Quantidade Produzida + Folha
Custo Real de Fabricação = 103 x ((100 – 10)/100) x 116 + 2.000 + (2.000 – 900)) = 13.853.
Lucro Real = (41.910 + 660) – 13.853 – 10.000 – 2.000 – ((18 / 100) x 41.910) – ((15 / 100) x
41.910) = 2.886,70
263
Veja então que o lucro caiu de 8.641,00, que foi o valor orçado, para 2.886,70 que é o
real. Analise na planilha Excel apresentada ao final do exercício do Capítulo 11 como são
apresentadas as Variações que causam uma redução como essa.
Jogo de Empresas
Para calcular o retorno sobre o capital no Jogo basta aplicar o seguinte cálculo:
Exemplo:
Administração do Caixa
Finalmente, iremos calcular o Caixa, lembrando que um dos objetivos para vencer o jogo
é não deixa-lo negativo. Primeiramente iremos calcular o Estoque Final em valor:
E agora,
Saldo do Caixa = (Capital + Lucro Real) – (Imobilizado + Estoque Final) Saldo do Caixa =
(105.000 + 2.886,70) – (100.000 + 10.753,20)
Caso o caixa fique negativo e o cenário da Taxa de Juros estiver ativo, será tomado um
empréstimo no mesmo valor e o jogador não perderá pontos. No entanto, os juros serão
deduzidos do lucro real, diminuindo o ROI. Caso taxa de juros seja muito alta, poderá
influenciar na pontuação desses dois critérios.
264
Se o caixa ficar negativo, perdem-se pontos na seguinte escala:
Jogo de Empresas
Figura 1.32 - Pontuação do caixa.
Parametrização
Estes são os parâmetros iniciais do jogo. Em cada rodada podem ser alterados.
Cenários
Os Cenários mudam o comportamento do jogo, levando o jogador a ter que adaptar o seu
raciocínio para o novo ambiente. Os cenários são os seguintes:
• Preço mais alto: o preço mais alto não é o de algum jogador e sim o que for informado
aqui. Poderá ocorrer que um ou mais preços sejam maiores que este valor. Neste
caso, as quantidades vendidas pelo preço serão negativas.
265
• Compras: as compras são baseadas na previsão de vendas. Se a quantidade
prevista for menor que a quantidade vendida, a venda efetiva será a prevista. Se
comprar para mais de um mês, a entrega será parcelada em número de meses.
Jogo de Empresas
• Juros: É a taxa dos juros cobrados sobre o empréstimo que será tomando para
cobrir o caixa, caso fique negativo. Os juros serão deduzidos do Lucro Real. O
jogador não perderá pontos pelo Caixa negativo. No entanto, se a taxa de juros
for muito alta, poderá influenciar na pontuação pelo Lucro Real, já que os juros
serão deduzidos, diminuindo-o. Também poderá influenciar na pontuação pelo
ROI que, conseqüentemente, também será menor.
Para facilitar, a planilha da Figura 1.34 consolida todas as decisões a serem efetuadas no
jogo.
266
Jogo de Empresas
267
02 Gestão de Custos
Gestão de Custos
Contabilidade e Custos
Todos os fatos que concretizam uma mudança em seu patrimônio são ali registrados. Por
isso, planos ou suposições que ainda não se realizaram ficam fora da Contabilidade.
Plano de Contas
As contas precisam ser suficientemente detalhadas, para permitir uma boa análise, e não
tão sintéticas, a ponto de impedir que se saiba a origem de seus valores.
Dentro do Ativo, temos em primeiro lugar o Circulante a Curto Prazo. Caixa e Bancos
devem ser discriminados por conta bancária, pois para cada uma delas recebemos um
extrato diferente.
269
Inclui-se também contas de Aplicações Financeiras, tais como, Fundos de Renda Fixa e
Variável, CDBs, Debêntures, ações negociadas em bolsa etc, onde são contabilizados os
valores investidos
Gestão de Custos
A seguir, temos a conta Duplicatas a Receber. Uma polêmica inevitável é se esta conta
deve, na contabilidade, ser discriminada por cliente. Pelo grande número e pelo fato que
estes já são controlados individualmente no setor financeiro, é praxe aglutinar os grupos
de clientes, discriminando-os apenas em, por exemplo, clientes internos e externos, isto
evidentemente se a empresa também atuar em exportações.
Neste grupo temos o que chamamos de Contas Redutoras, ou seja, que reduzem o valor
da “conta-pai”.
A rigor, deveriam ser colocadas no passivo, pois seu saldo é sempre credor, mas aqui
inseridas permitem uma melhor análise. Estamos falando da conta Provisão para
Devedores Duvidosos.
Continuando ainda no Circulante, temos Outros Créditos de alta liquidez tais como
Promissórias a Receber, Cheques Pré-datados, Juros a Receber, Créditos de Funcionários
e outros adiantamentos e empréstimos.
270
Esta conta agrega os itens requisitados para as ordens de produção que ainda não se
encerraram, ou seja, que não foram transferidas para o estoque de Acabados ou para o
nível seguinte de Intermediário. Agrega também os itens de apropriaçãopelo Standard,
Gestão de Custos
do qual falaremos mais tarde. Pode-se ainda colocar neste grupo a conta de Adiantamento
para Fornecedores e em casos especiais uma Provisão (conta redutora) para estoque
obsoleto e perdas.
Finalizando o Ativo, temos o grupo Ativo Permanente, que na sua parte mobiliária se
confunde com o Realizável e nele podemos colocar investimentos feitos em empresas do
próprio grupo, marcas e patentes, cessão de direitos etc.
Como conta redutora, temos a Depreciação Acumulada dos itens que sofrem desgaste
com o tempo e uso. Os valores desta conta advêm da despesa com depreciações, que
descarregam desta forma no resultado mensal o custo das máquinas e equipamentos. O
detalhe desta despesa é que ela não gera uma saída do caixa, e por isso aparece como
entrada, somada ao lucro, no Mapa de Origens de Recursos e Aplicações.
O Patrimônio Líquido, ou seja o Ativo menos o Exigível, é constituído pelo Capital, Reservas
e os Lucros Suspensos e do Exercício.
O Lucro Suspenso representa o resultado da empresa não distribuído aos acionistas. Tanto
as Reservas como o Lucro Suspenso são depois, por decisão da assembléia, transferidos
para a conta Capital, sacramentando assim o aumento do valor da empresa. Deveria servir
de base para definir a cotação de uma ação no Bolsa de Valores.
271
Este é um plano de contas sugerido. Adequa-se perfeitamente ao esquema de
Lançamentos Contábeis Automáticos. Nada impede, porém, que a empresa adote outros
modelos.
Gestão de Custos
Custos
• Administrativas e;
• Vendas.
Pode-se ainda eleger outros grupos de despesas que, em determinada empresa, podem
não se encaixar nem em administrativa nem em vendas, como Despesas Financeiras,
Despesas com Coligadas, com Novos Projetos, etc.
Todo este detalhamento de despesas pode ou não ser propagado para o custo individual
de cada produto.
E., o objetivo é um só: distribuir todo o gasto da forma mais coerente possível e usando
um critério que não dê muito trabalho para ser calculado, podendo ser feito de forma
automática.
272
É válido o trocadilho: há empresas onde o cálculo do custo custa mais que o próprio produto.
Um bom exemplo é o caso de uma fábrica que tenha máquinas antigas e novas. Supondo
Gestão de Custos
que o critério adotado foi o de horas e que a depreciação das máquinas novas seja alta,
não seria justo que peças ainda fabricadas nas máquinas antigas, totalmente depreciadas,
mas morosas, recebam um alto custo para cada hora de trabalho.
Nestes casos o correto é abrir-se dois centros de custo, cada um com taxa horária própria.
E note que abrir um centro de custo é muito mais do que simplesmente dar um novo
código àquele setor da fábrica. É abrir em cada conta de despesa uma subconta para
controlar os seus gastos. Esta abertura, no Sistema, é feita de forma automática e de
acordo com as despesas que ele faz.
Um outro aspecto referente aos Gastos Gerais de Fabricação refere-se à divisão entre
custos Fixos e Variáveis ou Diretos.
No GGF, esta divisão é mais trabalhosa, pois muitos deles são semivariáveis, ou seja, são
fixos para determinados intervalos de produção, aumentando ou diminuindo de forma
não proporcional ao volume produzido.
Imaginem a situação em que nos é oferecido um certo tipo de propaganda que, segundo
pesquisas, vende um certo número de peças a mais a cada real investido.
Àprimeiravistapoderiasetomaradecisãoanalisando-seolucrounitário.Seeleformaiorqueo
gastopublicitário,positiva-seapublicidade. Em caso contrário, não.
Esta decisão no entanto não é a mais correta, pois se a Contribuição Marginal for maior que
este gasto com propaganda ela já será vantajosa, mesmo que o lucro unitário seja menor.
Assim, se um produto tem o preço de $1000, custo variável de $500 e um custo fixo de
$300 para um certo volume de produção/vendas com um conseqüente lucro de $200,
a propaganda será vantajosa, mesmo que ela custe $400 para proporcionar a venda
adicional de 1 peça, pois a Contribuição Marginal é $500.
273
A divisão do GGF em Fixo e Variável deve ser feita por conta e caso uma determinada
despesa tenha comportamento duplo, deve-se ou dividi-la em duas contas ou abrir dois
centros de custo.
Gestão de Custos
Oimportanteéqueestadiferenciaçãoenvolvatodososníveis, dosprodutosintermediáriosat
éoacabado,transitandoassimnosestoques.
Explorado o tema da estrutura das contas de despesas, vejamos como se faz sua
contabilização e correspondente apropriação.
O fato gerador das despesas é a emissão do documento que torna obrigatório o seu
pagamento. Existem no entanto dois regimes para se fazer a contabilização: Regime de
Competência e Regime de Caixa.
Assim, se uma Nota de Seguro for emitida em janeiro, seu prazo de validade for um ano e
o pagamento em 7 parcelas, a contabilização deve inicialmente gerar um débito na conta
de Despesas Pendentes e crédito em Seguros a Pagar. Depois, a cada mês, um débito na
despesa propriamente dita com 1/12 do valor original e crédito no Pendente.
Assim, por exemplo, a Conta de Energia Elétrica é lançada pelo seu valor total e o sistema
faz a divisão para cada Centro de Custo.
274
E finalmente o rateio entre os Centros de Custo.
Como somente os centros produtivos geram produção, apenas eles têm onde descarregar
Gestão de Custos
seus custos, isto é, nas Ordens de Produção. Mas para tal é preciso transferir o total
das despesas dos Centros Indiretos (almoxarifado, departamento de pessoal, médico,
manutenção, serviços gerais, etc) para os Diretos.
Assim, por exemplo, as despesas do Centro de Custo Pessoal seriam inicialmente rateadas
para todos os demais, inclusive os outros indiretos, com base na quantidade de pessoas
de cada um, o que certamente é o critério mais justo.
A seguir o de Serviços Gerais com base na área de cada departamento, e assim por diante.
275
Gestão de Custos
276
Critérios de Rateio
Gestão de Custos
Figura 2.5 - Rateio por KWA instalados.
277
Gestão de Custos
Qual o valor total das despesas da Usinagem e do Acabamento a ser considerado para
cálculo de suas taxas unitárias?
Usando o método RKW e respeitando a seqüência dos Centros de Custos de acordo com
o Plano de Contas, teríamos:
278
Caso as transferências fossem feitas em um único lance, como é feito no sistema, teríamos:
Usinagem:
Gestão de Custos
15900 + 1111 + 280 + 2300 +468 = 20059/1000 = 20,06
Acabamento:
Ordens de Produção.
Este grupo, através dos créditos, indicará o valor apropriado, que nem sempre será
o mesmo que o contabilizado. Isto acontecerá quando o custo for on-line, pois neste
caso usa-se como taxa horária um valor definido no início do mês que nem sempre será
equivalente à taxa real, calculável somente no seu encerramento, após o fechamento da
folha e contabilização de todas as despesas.
Esta diferença de apropriação deve sempre ajustar o resultado do mês, e no caso de ser muito
alta é recomendável o recálculo do custo para que o valor por produto não fique distorcido.
279
Para melhor entender todo este processo façamos um pequeno exemplo: Despesa
prevista de Pessoal do centro de custo Acabamento: $10.000
Gestão de Custos
Se os valores reais foram 12.000 de despesa e 800 horas trabalhadas, a apropriação on-
line somou 8.000, ou seja, uma diferença de
Antes de encerrarmos esta parte de despesas e custos uma explicação de como funciona
a apropriação da matéria-prima nas Ordens de Produção.
Em princípio esta apropriação é feita com base nas Requisições. É ela que define em qual
OP foi usado determinado material, valori- zando-a geralmente pelo seu custo médio.
O primeiro refere-se ao fato de que muitas empresas simplesmente não fazem requisições.
O estoque é aberto e o pessoal, quando muito, recebe uma lista do que deve ser usado
naquela OP (pick list) e se utiliza da matéria- prima de acordo com suas necessidades.
280
As Requisições Automáticas são geradas a partir do empenho que por sua vez é baseado na
estrutura do produto. O momento desta geração pode ser ou quando a OP se inicia ou no seu
encerramento, informado a partir da entrada do produto produzido no respectivo estoque.
Gestão de Custos
O Empenho pode, por sua vez, ser ajustado caso se perceba que, por um motivo qualquer,
esteja incorreto ou ainda fazer-se requisições ou devoluções adicionais que ajustem a
quantidade realmente utilizada.
O segundo detalhe está relacionado com itens de difícil controle. Rebites, tintas, parafusos,
enfim itens de baixo custo, mas que nem por isto devem ser tratados como material de
consumo, não podem ser requisitados separadamente para cada Ordem de Produção.
Este controle positivamente não se justifica.
Logo, este mecanismo chamado de Apropriação Indireta ou pelo Standard, obriga que estes
componentes de custo mais baixo, também estejam pendurados nas estruturas dos produtos.
Considerando que o uso destes componentes pode não coincidir com o estabelecido na
estrutura, recomenda-se de tempos em tempos que se faça um inventário no processo,
verificando se o saldo físico bate com o do sistema.
A apropriação em si feita pelo Standard, no entanto não gera nenhum lançamento, pois o
item não sai do processo.
A produção, por sua vez, é que gera o crédito no Processo, transferindo os seus custos
para o estoque de intermediários ou acabados pelo valor total da OP.
Se a produção for parcial, sua valorização engloba apenas parte do custo da OP.
281
Se for total, mesmo que a quantidade seja menor que o previsto na OP, todo o seu custo
é incorporado ao item produzido. E se houver produção de um produto secundário ou
sobras de sucatas que serão reaproveitadas, faz-se uma devolução valorizando-a pelo
Gestão de Custos
custo de mercado, pois é impossível deixar que o sistema tome a decisão de quanto eles
devem receber do valor total da OP.
Devido a este e outros casos é preciso prever a existência de vários Tipos de Movimentação,
cada uma com um tratamento apropriado.
Custo Standard
A metodologia do Custo Standard é altamente utilizada fora do Brasil. Seu uso por aqui
tem sido inibido por dois fatores principais:
É certo que a conversão destes valores para uma moeda forte ou para um índice
que refletisse a desvalorização resolveria em parte o problema, mas o nível de
nossas oscilações somadas às próprias variações das moedas fortes, obrigava o
ajuste muito freqüente dos valores Standard estabelecidos;
Isto complicou ainda mais depois que o recolhimento deste tributo passou a ser
mensal.
Cabe aqui uma explicação de como este fato pode afetar o lucro da empresa:
quando se adota o custo Standard, todas as movimentações e conseqüentemente
o estoque são valorizados por cifras pré- determinadas, ou seja, os valores
Standard.
As variações por sua vez são descarregadas diretamente contra o resultado, sejam
elas positivas ou negativas.
282
Isto faz com que, se por exemplo, o estoque, em especial o de acabados, ficar
muito alto no final do mês e as variações forem significativas e positivas o lucro da
empresa naquele período ficará bem menor e o pagamento do imposto de renda
Gestão de Custos
será postergado enquanto se mantiver esta situação.
Exemplo:
Produção: 1000
Estoque inicial: 0
Figura 2.13 - Comparativo de resultados pelo custo standard e pelo custo médio.
O que o imposto de renda exige — e isto de acordo com o regime mensal ou anual —
é que a variação dos custos seja apro- priada aos produtos e conseqüentemente aos
estoques, não podendo, como foi feito no exemplo acima, descarregá-la direta- mente
contra o resultado. Este procedimento é possível, embora trabalhoso e conflitante com
a filosofia do custo Standard.
• O método do custo Standard tem como vantagem nos mostrar aonde está o
problema.
Imagine o Diretor de uma empresa perguntando ao gerente responsável qual foi o custo
de nossos produtos neste mês? No método tradicional do custo médio receberia como
resposta:
“Este mês foi $120, contra $100 do mês passado e $150 do mês retrasado.”
283
E de forma alguma, ou somente com muito trabalho, teria uma explicação razoável do
porquê destas diferenças. Já no Custo Standard, não receberia como resposta o custo do
produto em si, pois este é Standard e já conhecido.
Gestão de Custos
Por outro lado saberia o total das variações de preços de compra de matéria-prima, do seu
consumo no processo produtivo, da eficiência da mão-de-obra, das perdas entre outras.
E com estes valores certamente tomaria ações muito mais eficazes, pois saberia quais as
reais anomalias que ocorreram
Enquanto o Custo Standard fornece as variações ligadas a ações que têm um padrão, o
Orçamento verifica a diferença entre valores reais e valores previstos de contas que ou
sejam despesas fixas ou metas predefinidas de vendas com suas conseqüentes despesas
variáveis.
E o importante é a ação — rápida e eficaz — a ser tomada pela direção da empresa quando
algo sai dos trilhos. Para tal
O sistema foi desenhado de tal forma que, embora toda a contabilização seja feita pelo
custo médio real, obtém-se através de relatórios e consultas todas as variações obtidas
somente quando se usa o Custo Standard.
Para se ter estes números de forma clara e acessível, é preciso montar um esquema
contábil próprio que é apresentado a seguir sob a forma de exercício. (Este exercício
pode ser praticado no Sistema, e por isso há algumas explicações apropriadas no texto).
Os principais fatores a serem analisados e que afetam a lucratividade de uma empresa são
os seguintes: volume de vendas, preço aplicado, custos diretos e indiretos e a eficiência
do processo produtivo.
Comecemos pelas Vendas. A apresentação destes valores pode ser feita por produto,
grupo ou total geral.
284
São os seguintes:
Gestão de Custos
Variação nas Vendas
Quantidade Vendida x Quantidade Orçada (volume) Preço Médio Real x Preço Standard
285
• Variação na Perda de Produção. É o valor perdido (ou ganho) em função das perdas
de produção. Note que no cadastro de produtos há uma previsão de perdas,
evidentemente considerada no cálculo da variação. Por exemplo, suponha que,
Gestão de Custos
• O ICMS é de 18%.
286
Os Produtos a serem considerados são: PA, MP e MC
• PA Tipo PA, Nome Produto Acabado, Unidade PC, Conta 133 (estoque de
Gestão de Custos
Produtos Acabados), Tipo de Saída 501, Alíquota ICMS 18 %, Local 01
• MP Tipo MP, Nome Matéria-Prima, Unidade KG, Conta 130 (estoque de Matéria-
Prima), Tipo de Entrada 001, Alíquota ICMS 18 %, Custo Std 100,00, Local 01
• MC Tipo MC, Nome Material de Consumo, Unidade PC, Conta 132 (estoque
de Material de Consumo), Tipo de Entrada 004, Alíquota ICMS 18 %, Custo Std
100,00, Local 01
Resultado Orçado
Salário: R$ 3.500,00
Total: 4.700,00
287
Portanto o orçamento contábil é o seguinte:
Lucro: 5.000,00
Ativo
• Cliente
• Estoque de Matéria-Prima
• Estoque em Processo
288
• Estoque de Material de Consumo
Gestão de Custos
• Diferença de Apropriação
Passivo
• Fornecedores
• ICMS a pagar
• Folha a pagar
Despesas
• Despesa Administrativa
Receitas
• Receitas
289
Gestão de Custos
C Fornecedores 6.050,00
NF número 000001
Fornecedor 000001/01
Produto MP Quantidade 55
Um segundo produto:
MC
Quantidade 15
290
Pelo Tipo de Entrada este produto não tem crédito de ICMS. A duplicata a pagar e os
lançamentos contábeis são gravados automaticamente.
Gestão de Custos
Compra de 15 MC a R$ R$ 110,00 sem recuperação de ICMS
C Fornecedores 1.650,00
É claro que para detectar que foram consumidas horas a mais que o padrão houve
necessidade de apontamento.
291
Veja que 192 é a quantidade Standard de horas para os 48 PA.
*(360,80+23,50+4329,60+4512,00)
D Clientes 16.200,00
C Receitas 16.200,00
D CMV 8.833,32
C Estoque de PA 8.833,32
Despesas Administrativas:
C Fornecedores 3.000,00
Lucro 1.450,68
292
Este foi o lucro do mês, considerando o custo unitário da MOD + GGF a R$23,50.
Gestão de Custos
Como o processo foi on-line não teríamos como ter o valor real, pois a maior parte das
despesas do mês, em especial a folha de pagamento, somente são processadas no final
do período.
A solução a ser adotada é ajustar-se o custo unitário da MOD+GGF para o mês seguinte, de
tal forma que, no final do exercício anual a diferença de apropriação esteja próxima de zero.
Este ajuste tem a ver com a análise dos “acidentes” ocorridos no mês, ou seja, se existe ou
não a probabilidade deles ocorrerem novamente no mês seguinte. Enfim, foram mesmo
“acidentes” ou fazem parte de uma nova conjuntura?
De qualquer forma para se chegar ao lucro REAL do mês basta incluir 2 lançamentos
contábeis.
Já o ajuste do estoque é mais complexo. É preciso antes calcular-se o custo real do PA:
293
Note que o estoque de MP não precisa ser ajustado pois ele já está calculado pelo custo
médio real.
Gestão de Custos
Custo Mensal
Regime de Caixa
Veja que, mesmo se fizéssemos o cálculo do lucro pelo Regime de Caixa (mas considerando
o estoque final !), o resultado seria o mesmo.
294
Gestão de Custos
Figura 2.17 - Custo direto do PA.
1. Não se tem o lucro da empresa no dia-a-dia, o que muitas vezes impede ações
corretivas rápidas;
Portanto, o recálculo somente deve ser rodado se a diferença de apropriação for muito
grande e seu cálculo for complexo (isto depende da quantidade de tens, de contas e de
centros de custos).
Neste caso trabalha-se com contas de variações inseridas no próprio plano, de tal forma
que todos os lançamentos são feitos pelo standard e pelo real, refletindo nestas contas
os desvios. O maior ou menor detalhamento destas contas é decisão do usuário.
295
• Variação pelo Volume de Produção;
C Fornecedores 6.050,00
C Fornecedores 1.650,00
296
Compra pelo valor standard 55 MP a R$ 82,00
Gestão de Custos
C Variação no Preço de Compra 4.510,00
297
Requisição de 15 MC ao custo standard de R$ 100,00
C Estoque de MC 1.500,00
D CMV 7.920,00
C Estoque de PA 7.920,00
Vendas
Venda de 50 PA a R$ 385,36
298
C Receitas Standard 19.268,00
Gestão de Custos
D Variação no Preço de Venda 17.341,20
D Clientes 16.200,00
O resultado será:
Para se chegar ao lucro REAL, ainda é preciso um ajuste no estoque. Este ajuste somente é
feito ao final do exercício. É exatamente levar aos estoques o que lhe cabe das variações.
299
Gestão de Custos
Para se trabalhar no sistema com o método de Custo Standard puro seria necessário a
elaboração de uma série de lança mentos automáticos específicos, ou seja, é possível
mas não recomendado e porque não dizer desnecessário. O que se prega é a utilização
do custeio on-line com quantidades reais e custos médios para a matéria-prima e valor
Standard, ajustado a cada mês, para a MOD+GGF, ou seja, plenamente aceito pelo
imposto de renda e propício para o cálculo das variações. Há um conjunto de relatórios
que fornece as variações calculadas e detalhadas por produto, matéria-prima, ordem de
produção, centro de custo, comprador, cliente e vendedor.
São relações entre os números do balanço que indicam a tendência da empresa e servem
como medidas de sua performance e eficiência.
Índices de Liquidez
Índices de Rentabilidade
• Valores atrasados em relação ao total a receber, idade dos títulos, risco dos
atrasados e prazos médios de pagamento e recebimento.
300
Índice de Rotatividade de Mão-de-Obra
Gestão de Custos
centro de custo, período, nível salarial, etc.
• Balancetes;
• Fluxo de Caixa.
301
03 Gestão de Materiais
Gestão de Materiais
Lote Econômico
A manutenção dos estoques no nível mínimo (também conhecido como Just in Time) é
feita comprando/
Há ainda outros fatores que trazem vantagens quando se tem níveis de estoques reduzidos:
303
Por outro lado adquirir-se materiais em quantidades elevadas também traz suas
vantagens:
Gestão de Materiais
• Economia no transporte;
Para este cálculo existe uma fórmula que estabelece a quantidade na qual a soma dos
custos de aquisição e de manutenção é mínima. Note que o valor total gasto em um certo
período com a aquisição do produto não é afetado pelo tamanho do lote. Parte-se do
princípio que o consumo e o preço independem do lote.
304
1. Custo de armazenagem. Pode ser usada a taxa de juros mensal corrente no mercado.
É claro que esta taxa difere bastante se a empresa toma emprestado ou aplica o
Gestão de Materiais
excesso do dinheiro necessário para financiar o estoque. De qualquer forma, como
ela inclui também os demais custos (armazenagem, obsolescência, etc), convém
considerar a taxa de juros para empréstimos acrescida de 1 ou 2 pontos percentuais.
Assim, por exemplo, a uma taxa anual de 24 % pode-se considerar um índice igual a
3 como razoável, isto é, 24/12 meses +1.
Como o índice é aplicado sobre o suposto estoque médio de cada item é preciso também
incluir na fórmula o seu custo unitário, já que o estoque médio é igual ao lote econômico
em valor dividido por dois. Isto porque, desconsiderando- se o estoque de segurança, o
estoque máximo é o próprio lote e o mínimo é zero.
• Pelo MRP
No “frigir dos ovos” compra-se o que se consome. Portanto, é preciso ter esta previsão.
Para os itens dependentes o cálculo é feito em cima da previsão de vendas com base na
estrutura de produtos. Se esta previsão estiver correta, pode-se comprar no momento
certo e na quantidade necessária. Somente em casos mais esporádicos é que se lançaria
mão do lote econômico, adquirindo-se uma quantidade superior à necessária devido à
economia obtida.
Mas para os materiais independentes da previsão de vendas, ou seja, aqueles que não
estão pendurados em nenhuma estrutura, a solução é calcular o consumo médio e
estabelecer como momento de compra aquele em que o ponto de pedido foi atingido.
Este ponto, por sua vez, também chamado de Ponto de Alerta, de Encomenda ou mesmo
de Estoque Mínimo será o consumo médio dividido pelo prazo de entrega mais o estoque
de segurança. Falaremos do estoque de segurança mais para frente.
305
É o consumo médio que determinará quantas vezes um item será comprado ou produzido
por mês de acordo com o lote econômico.
Gestão de Materiais
Custos de armazenamento: LE . c . i
ou seja, estoque médio multiplicado pelo custo unitário do item multiplicado pelo
índice referente ao custo de armazenamento:
LE
Olhando-se no gráfico pode-se ver que a equação do Custo de Armazenagem gera uma
reta ao passo que a equação do Custo dos Pedidos é uma parábola. A equação que
representa a soma de ambas também é uma parábola cujo ponto mínimo coincide, no
eixo dos X, com o ponto onde as 2 equações se cruzam. Logo, o LE será o ideal quando:
LE . c . i = C . CP
2 LE
ou LE . c . i = C . CP
2 LE
ou LE2 = 2 . C . CP ou LE = 2 . C . CP
c . i c.i
onde:
• LE Lote Econômico;
306
Sabemos que esta fórmula, pelos próprios fatores vistos, e que ela deixa de contemplar,
não é das mais perfeitas. Mas é a única que existe.
Gestão de Materiais
Vejamos um exemplo:
CP = 300
c = 20
i = 0,03
C = 1000
20 . 0,03
ou seja, o lote econômico é de 1.000 peças, equivalendo a 1 compra por mês. Custo de
Armazenagem:
LE Custo
250 75
500 150
1000 300
1500 450
2000 600
2500 750
LE Custo TOTAL
307
Na prática, especialmente entre os comerciantes, tem-se adotado o número de meses
para definir a quantidade a adquirir a cada nova encomenda, ou seja, se compra ou se
Gestão de Materiais
produz para ½ mês, 1 mês, 1 semana, 6 meses, etc. E na verdade, é esta freqüência que se
informa no sistema para o cálculo do lote econômico, com três ajustes porém. A fórmula,
no entanto, continua sendo o guia desta política. Normalmente aplica- se a fórmula a
um pequeno grupo de materiais e depois adota-se o seu resultado como regra geral.
O primeiro ajuste se refere às classes dos produtos. A fórmula traz resultados bastante
diferentes para itens da classe A,B ou C. O que significam estas classes? É a classificação
dos produtos de acordo com o gasto mensal total. Multiplica-se o consumo médio mensal
pelo custo unitário e faz-se uma classificação em ordem descendente destes totais. Desta
forma, itens ou com alto consumo em quantidade ou com custos unitários mais elevados
tendem a ser de classe A. São normalmente as matérias-primas mais usadas, os materiais
de consumo caros, enfim, aqueles que mais merecem nossa atenção, pois o seu estoque
médio tende a ser alto, recebendo assim um forte impacto da taxa de armazenagem. O
custo do pedido terá pouca influência nestes casos e assim a tendência é uma compra ou
produção mais “picada”, ou seja, com lotes pequenos.
O inverso é verdadeiro para os itens baratos ou de pouco consumo. Não vale a pena, por
exemplo, comprar semanalmente uma quantidade pequena de lâmpadas.
O custo dos pedidos (fazer cotação, emitir o pedido, receber o material, emitir a ordem
de pagamento) seria bem maior do que manter um estoque para pelo menos 3 meses
de consumo. Assim, itens de classe C tendem a ter lotes econômicos maiores. Por isso no
sistema informa-se uma periodicidade de compra diferente para cada classe. Ao
se fazer a curva ABC há de se considerar ainda qual o percentual do gasto total a ser
atribuído a cada classe. 30%,
Somente quando se tem uma classe A com poucos itens e significativa é que se muda
esta relação colocando-se, por exemplo, 20%, 30% e 50%.
Não se pode misturar matéria-prima com material de consumo, pois neste caso
certamente todos os materiais de consumo cairiam para a classe C e todas as matérias-
primas ficariam na classe A.
Não se pode permitir que, de acordo com os critérios adotados, os lotes econômicos
fiquem tão altos que exijam um financiamento externo.
308
Para evitar este fato pode-se estipular qual é o valor máximo que a empresa tem
para financiamento do estoque. Ultrapassado este valor, o sistema “achata” os lotes
Gestão de Materiais
econômicos de tal forma que as compras do mês não ultrapassem o valor determinado.
Com isto a tendência será, a partir da nova política, aplicar-se até o último centavo
disponível em estoque, mas sem jamais recorrer-se a financiamentos externos.
Normalmente o retorno do investimento em estoque é superior ao de uma aplicação
financeira, mas inferior ao custo de um empréstimo.
Ponto de Pedido
309
O Estoque de Segurança é o saldo que teríamos quando da chegada de uma nova
encomenda, caso o prazo e o con- sumo tenham se mantido na média.
Gestão de Materiais
Será tanto mais alto quanto menor forem os índices de confiabilidade, medidos pelo
desvio padrão, das médias apuradas. Influi também o custo da falta do produto, que
pode ser catastrófico ou sem importância, dependendo da existência de um alternativo,
do próprio prazo de entrega e, é claro, das conseqüencias que sua falta trará. Considere,
por exemplo, as 10 últimas entregas:
Média: 98
Qual o Estoque de Segurança para se ter 100 % de confiança que não haverá falta de
material?
A primeira resposta parece ser 10 * 120 que daria 1.200 para o ponto de pedido e 1.200-
549 = 651 para o estoque de segurança, ou seja, considerar-se os valores máximos de
cada série. Mas mesmo com este estoque de segurança não teremos uma confiança de
100 % que jamais haverá falta de material. Isto
Para se ter a probabilidade exata de cada valor é necessário o uso de complexas fórmulas
estatísticas, das quais aqui damos apenas uma idéia geral:
desvio padrão =
+6,76, que são os desvios elevados ao quadrado dividido por nove, cujo resultado
é 4,93 e a raiz quadrada é 2,2. Usa-se raiz quadrada e potenciação apenas para evitar
compensações entre diferenças positivas e negativas em relação à média, já que qualquer
número elevado ao quadrado é sempre positivo.
310
Baseado no desvio padrão é feita a Distribuição Normal, cujo cálculo é por demais
complexo para este texto, e que nos dá justamente as porcentagens de confiança de
Gestão de Materiais
cada valor.
Confiança Dias
50% 5,6
80% 7,4
90% 8,4
95% 9,2
97% 9,7
99% 12,4
100% infinito, ou seja, não se pode jamais garantir um prazo com 100% de certeza
Consumo Médio
O cálculo do consumo médio serve na verdade para se apurar qual será o consumo futuro
provável de determinado item. Por isso é válido em casos onde é relativamente estável.
Caso contrário, em especial quando houver uma tendência de crescimento ou queda, outros
métodos devem ser utilizados. É o caso da regressão linear, que estabelece uma equação
que reflita esta tendência e que pode assim ser usada para calcular o consumo futuro.
O cálculo da média é feito tomando-se a soma do consumo dos últimos 12 meses dividido
pela quantidade de meses. Pode-se também dar um peso a determinados meses, para
ajuste da média. Se houver sazonabilidade o mais correto é considerar apenas o mês em
questão e de preferência, com uma massa de 3 ou mais anos.
Se, por exemplo, o consumo dos últimos meses foi de 2,4,6,8,10,12,14,16,18 peças, facilmente
311
conclui-se que o consumo do próximo mês será de 20 e não de 10 que é a média.
Pelo gráfico tem-se que o consumo no mês 1 é 2, no mês 2 é 4 e assim por diante.
Mas, se o consumo não for regular, sofrendo altos e baixos, mas mesmo assim seguir uma
tendência, o método que calcula os valores de A e B da reta é o dos Mínimos Quadrados.
Com este método é calculada a inclinação (A) e posição (B) da reta que mais se aproxima
dos pontos que representam o consumo no passado.
Exemplo:
Mês Consumo
01 2
02 5
03 6
04 9
05 12
06 11
07 14
08 15
09 18
10 21
312
Por este método A= Σ (X . Y) – (( Σ X . Σ Y) / meses)
2
Σ X – (( Σ X . Σ X) / meses )
Gestão de Materiais
B = ( ΣY / meses) – (A . ( Σ X/meses))
Logo como Y = AX + B,
1 2 2 1
2 5 10 4
3 6 18 9
4 9 36 16
5 12 60 25
6 11 66 36
7 14 98 49
8 15 120 64
9 18 162 81
10 21 210 100
385 – (( 55 . 55 )/10)
313
Caso o consumo no passado refletisse uma parábola, a equação que a representa seria
de segundo grau: Y = AX2 + BX + C. De forma semelhante é feito o cálculo das constantes
Gestão de Materiais
Uma outra técnica estatística permite que se projete a tendência baseada em outros
fatores, fatores estes para os quais nós temos uma certeza maior de que os valores
futuros se tornarão realidade.
Mas o importante é fazer-se a correlação apenas com fatores que realmente têm a
mesma tendência que o consumo. Para tal existe uma fórmula na qual se calcula o índice
de correlação para cada um dos fatores. Quanto mais próximo de 1 for o índice, mais
relacionado ele é. Próximo de zero não existe correlação e próximo de -1 a correlação é
inversa (exemplo: quantidade vendida em relação ao preço).
Ao se fazer depois o cálculo da previsão do consumo, dá-se mais força aos fatores que
têm forte correlação e abandona-se aqueles em que a relação é fraca.
Deve-se também evitar fatores que possam, apenas por coincidência, ter uma forte
correlação, como por exemplo, consumo de bolas de futebol com o gasto de energia
elétrica. Para que tal não aconteça, a amostra do passado não pode ser pequena.
Para projetar depois o consumo do item que está sendo estudado, é preciso que se saiba,
de antemão, a previsão dos outros fatores nos meses cujos consumos serão previstos.
314
Exemplo:
Fator 1: 2, 4, 6 Média = 4
Gestão de Materiais
Fator 2: 6, 12, 18 Média = 12
12+0+12 = 24 = 24 = 1
8 . 72 576 24
O MRP tem como objetivo gerar Ordens de Produção e Solicitações de Compras baseado
em uma Previsão de Vendas.
Em vista disto o MRP tem de fazer algo mais do que a simples explosão dos produtos
acabados e descer nível a nível até chegar às matérias-primas. Muito disto é conseguido
graças a informações adicionais incluídas na estrutura dos produtos, tais como
componentes alternativos, seqüência de montagem, etc.
Façamos um pequeno exemplo para que fique bem claro como funciona este processo
básico de explosão.
315
Estrutura: PA
PI (1)
Gestão de Materiais
MP1 (1)
MP2 (1)
No exemplo utiliza-se ainda os conceitos de Lote Econômico e Lote Mínimo. A rigor estas
quantidade mínimas não deveriam ser colocadas em um processo de MRP, ainda mais se
considerarmos a “febre” de Just in Time que existe hoje em dia.
316
A solução para este caso é a seguinte:
Gestão de Materiais
Figura 3.5 - Cálculo das necessidades de materiais.
Como se vê, o que o MRP na verdade faz é uma Projeção do saldo em estoque, calculando
as Previsões de Saída e as necessidades de acordo com os dados disponíveis.
Neste primeiro exemplo, não foram consideradas nem as datas, nem as restrições de
recursos para a produção prevista. As datas, para se saber quando cada entrada ou saída
devem de fato ocorrer. E as restrições para tornar o plano viável.
Com os prazos de produção se calcula a data início das ordens de produção que são
sugeridas pelo MRP. E assim recua-se no tempo, a cada nível que se desce na estrutura.
317
Assim, por exemplo, se os prazos dos produtos acima fosse: PA - 10 dias, PI - 5 dias e a
Previsão de Vendas das 2.000 peças de PA fosse para o dia 30/04, a data final da OP do
Gestão de Materiais
PI teria de ser dia 20 e a compra da MP1 teria de chegar no dia 15. Pelo prazo de entrega
de MP1 chega-se à data em que o Pedido de Compra deve ser realizado. Esta informação
consta da Solicitação de Compra.
É claro também que se tivermos um Pedido de Compra com data de entrega prevista
para o dia 20 e surgir uma necessidade para o dia 18, um novo pedido terá de ser gerado,
mesmo que não haja outra necessidade para aquele já colocado.
Ainda em relação às estruturas temos a opção dos acessórios. Acessórios são itens
que nem sempre são solicitados pelo cliente e, portanto, são agregados à estrutura no
momento do Pedido de Venda.
Estabelecido o que deve ser produzido através da abertura das ordens de produção, o
grande problema passa a ser o planejamento de como realizar esta tarefa.
318
O tempo de operação pode ser estabelecido para um determinado lote, já que é comum
este tempo, se medido para uma determinada peça, ser demasiado pequeno, mesmo que
Gestão de Materiais
medido em segundos.
A operação pode, também, ser feita em máquinas alternativas. Seja uma máquina idêntica,
pois cada uma é tratada individualmente, como semelhante, mas realizando a tarefa de
forma adequada. É claro que para cada tipo de máquina os tempos de Setup e operação
podem variar. Quanto maior o número de máquinas alternativas, maior flexibilidade terá o
processo de carga de máquinas.
Além das máquinas, pode-se ter mais recursos escassos. Ferramentas, como moldes, facas
de corte, dispositivos, precisam também estar disponíveis quando a máquina for alocada.
É fácil perceber que a adição de cada recurso complica exponencialmente a sua alocação
pois é preciso conciliar em um determinado momento suas disponibilidades. O mesmo é
válido para pessoas.
Como foi falado, as operações seguem uma determinada seqüência. Assim, como numa
rede PERT, uma operação é dependente da anterior. Mas nem sempre a operação anterior
precisa estar totalmente concluída para que a próxima se inicie. Se o lote for grande,
por exemplo, pode-se muito bem transferir um sublote para a estação seguinte antes que
todos eles estejam concluídos. Isto depende da própria distância entre as estações, de sua
natureza e seu tempo total. Por outro lado, não é muito vantajoso criar-se uma operação
para cada etapa do processo quando se tratar de uma produção em série, pois o controle
neste trecho da fabricação é praticamente impossível e porque não dizer, desnecessário.
319
De qualquer forma, o tempo de sobreposição ou overlap permite a execução de duas
operações paralelamente. Este tempo, quer seja informado em percentual ou em valor
Gestão de Materiais
A questão do tempo disponível de cada máquina tem também uma série de detalhes a
serem analisados.
Inicialmente, o seu calendário, que informa o horário de trabalho em cada dia da semana,
inclusive nos fins de semana e feriados e bloqueios a que ela está sujeita, em função de
uma manutenção preventiva ou mesmo corretiva. É neste ponto que há a integração com
o módulo de Manutenção Industrial, que gera estes bloqueios automaticamente.
O que o processo de Carga Máquina faz é, a partir das ordens de produção e suas datas de
entrega, alocar as operações, minuto a minuto, nos recursos disponíveis.
Se a máquina estiver ocupada e não for compartilhada, é feita uma navegação no tempo
até encontrar o tempo disponível necessário. Esta navegação pode ser feita no sentido do
início para o fim ou do fim para o começo.
O ideal é fazê-la pelo fim, ou seja, parte-se da data de entrega prevista da ordem de
produção do produto “pai” e daí aloca-se e recua- se no tempo, todas as suas operações
e as operações das ordens de seus componentes. Ideal, pois elimina o estoque já que
entrega a mercadoria no momento exato de sua necessidade.
Por outro lado, se apesar de tudo, o tempo disponível não for suficiente, gerando um
planejamento com datas anteriores à atual, ou mesmo se houver interesse em se iniciar a
produção mais cedo, faz-se a navegação do início para o fim. Parte-se da disponibilidade
das matérias-primas e começa-se o processo o mais cedo possível, alocando para frente as
operações cujos recursos estejam ocupados. Com isso, a data fim da ordem de produção
do produto “pai” será estabelecida pelo sistema e, se atraso houver, este pode ser
contornado, seja avisando o cliente, seja tomando uma das seguintes medidas:
320
No Sistema, um relatório que ajuda bastante na eliminação de gargalos dentro da
fábrica é o Mapa de Recuos e Avanços. Este relatório fornece a diferença entre o
Gestão de Materiais
momento ideal em que uma operação deveria ser alocada e o momento real que isto
foi possível, em virtude de haverem máquinas ocupadas. Este processo de navegação
é usado quando a carga é finita. No caso de carga infinita, a navegação não é feita e
a resposta do sistema limita-se a informar o excesso de carga que cada recurso recebeu.
Vejamos um exercício simples de carga de máquina, onde 2 produtos necessitam usar o
mesmo recurso e devem ser entregues na mesma data-fim.
Boneco Boneca
Cabeça Cabeça
A Lixar Lixadeira 5 hr 10
B Montar Montadora 10 hr 10
Disponibilidade de máquinas:
• 2 Montadoras;
• 1 Lixadeira;
• 1 Estufa.
Horário de trabalho: das 8hs às 18hs sem intervalo para almoço e sem fim de semana
Previsão de Vendas
30/04 50 Bonecos
30/04 50 Bonecas
50 Bonecos
50 Bonecas
50 Cabeças
50 Cabeças
321
A navegação será feita do fim para o início.
Resultado:
Gestão de Materiais
OP Boneco
OP Boneca
Esta operação teve que “navegar” para o dia 20, quando o certo seria seu início no dia 22.
Mas neste dia a lixadeira já está ocupada.
OP Cabeça
A operação que teve que ser recuada – Lixar Boneca – apareceria no mapa de Recuos
e Avanços indicando assim ao usuário que um aumento neste recurso, melhoraria o
balanceamento da fábrica, portanto sua capacidade real, pois trata-se de um “gargalo”.
Normalmente a eliminação de um gargalo gera imediatamente um novo nas operações
adjacentes. É um trabalho de planejamento a eliminação completa de todos os “gargalos”.
Rastreabilidade
322
À medida que chegam os materiais dos fornecedores é dado a eles um número de Lote.
Caso o fornecedor também adote este controle, é claro que o seu número também é
Gestão de Materiais
registrado. E aqui já começa o primeiro trabalho adicional. Os saldos de estoque são
controlados por Lote, o que obriga à criação de mais um arquivo com pelo menos o
número do lote, data de entrada, saldo físico e via de regra data de validade.
A produção da OP, por sua vez, também recebe o seu número de lote ao dar entrada no
próximo estágio de estoque.
E assim caminha o processo até o produto acabado permitindo então que na Nota Fiscal
de Venda conste o número do lote referente ao último estágio de produção.
Para amarrar os lotes é criado mais um arquivo que contém o número do lote, da
requisição, da ordem de produção, código do material, quantidade e data, viabilizando
assim as consultas de rastreabilidade.
Exemplo:
Lotes da matéria-prima: A e B
Lotes produzidos: C e D
Ocorre que o lote C precisaria ser subdividido em sublotes C1 e C2, de acordo com o uso
de MP (A ou B) . O mesmo para o lote D. Imagine agora a multiplicidade de combinações
que isto pode gerar quando se tem várias matérias-primas nesta ou em pior situação. Uma
solução é “quebrar” a OP em múltiplos sublotes de produção.
323
04 Gestão Administrativa
Gestão Administrativa
Componentes básicos
Financeiro
outro credor mais importante ainda são os acionistas, que recebem seus valores através
da distribuição dos lucros, via dividendos.
325
• Atenção à necessidade de pagamentos “imprevistos”;
Vencimentos
Os títulos, uma vez emitidos, têm uma data de vencimento que é considerada no Fluxo
de Caixa como a data em que o dinheiro estará disponível ou deverá ser desembolsado.
Este vencimento, chamado de real (nada a ver com a denominação de nossa moeda),
considera inicialmente os fins de semana e feriados, jogando-o para o próximo dia útil.
Considera ainda a retenção bancária, que embora hoje seja cada vez menor, exatamente
em função da informática, ainda existe quando, por exemplo, um título é pago
pontualmente, porém em outra unidade da federação.
não costumam pagar seus títulos em dia são levados em consideração para afinar ao
máximo os eventos em suas datas efetivas.
Títulos Provisórios
Da mesma forma que as datas, outra dificuldade de qualquer Fluxo de Caixa é prever
efetivamente todos os valores que irão sair do caixa nos próximos dias ou meses.
326
Até mesmo os Pedidos de Compras são, opcionalmente, considerados. A data de
vencimento neste caso é considerada pelo prazo de entrega mais a condição de
Gestão Administrativa
pagamento acertada no respectivo pedido.
E qualquer outra previsão de saída de caixa não presente nos tópicos acima é
implementada através dos Títulos Provisórios. Sua finalidade é estar presente no fluxo
de caixa e ser substituído o mais rápido possível por um título real, ou mesmo pelo seu
pagamento direto.
Um exemplo desta situação são certos aluguéis a serem pagos via recibo e que muitas
vezes pega de surpresa quem trabalha com sistemas que somente lançam valores
baseados em um documento fiscal.
Há também uma rotina evitando que estes títulos provisórios fiquem duplicados quando
da chegada do título real. O Sistema avisa sobre sua existência tão logo seja mencionado
o código do fornecedor. Tudo isto também é válido para os títulos a receber.
Compensações
Operações Bancárias
327
É uma boa garantia que o Banco tem e fácil de ser conseguida pela empresa. Na verdade
o que o Banco faz é apenas antecipar o valor da duplicata para a qual foi dado um prazo
Gestão Administrativa
• Desconto simples;
valor, já subtraindo os juros e comissões. Mas a empresa continua respondendo pelo não
pagamento do título em seu vencimento, recebendo, no caso, um débito, normalmente
inesperado, em sua conta corrente.
Como vemos, o controle não é tão fácil assim. Primeiro é preciso desconsiderar a entrada
dos valores destes títulos em seu vencimento, pois o dinheiro já foi creditado no ato do
desconto. Assim, eles precisam ser desconsiderados no fluxo de caixa. Por outro lado,
não podem ser simplesmente baixados, pois a empresa ainda responde por eles. Enfim,
o que o sistema faz é dar a eles uma condição especial de modo que não participem
do fluxo de caixa. Situação mais complicada ainda ocorre com os títulos colocados em
cobrança caucionada ou vinculada.
O contrato é longo, normalmente 1 ano, e durante sua vigência os títulos pagos podem
ser substituídos por novos e o valor recebido é creditado na conta da empresa.
Caso o título não seja pago, o banco pede sua substituição e o mesmo passa para a
cobrança simples. No final do contrato os títulos pagos são retidos exatamente para
cobrir o pagamento do empréstimo e o que sobrar também vai para crédito da conta
corrente.
Este tipo de contrato, além de ter uma taxa de juros menor e ter um prazo maior, é mais
fácil de ser aprovado pelos Bancos do que o Desconto Simples.
Para tal a fórmula do valor presente é a melhor entre as muitas disponíveis em qualquer
compêndio de matemática financeira.
328
Aplicações e Empréstimos
Gestão Administrativa
O controle destas operações afeta diretamente o fluxo de caixa e no sistema elas podem
ser simuladas para se atingir a melhor combinação. A diversidade de aplicações em nosso
mercado – CDB, fundos de renda fixa ou variável, mercado de ações, compra de moedas
estrangeiras, a tradicional caderneta de poupança e muitos outros – provoca a criação de
rotinas específicas para elas.
Apesar da baixa inflação que finalmente parece ser fato consumado em nosso país, a
questão das várias moedas é, ainda, um ponto que deve ser tratado tanto em sistemas
financeiros como de contabilidade. Mesmo porque, uma oscilação entre as várias moedas
do mundo sempre existirá, dependendo da saúde econômica de um país em relação a
outro.
No sistema, a solução para estes casos foi a criação de um campo que indica o tipo de
moeda em que está gravado o valor. Há também um arquivo de moedas que reflete dia-
a-dia o valor do câmbio das moedas estrangeiras em relação ao real. Desta forma, pode-
se, a qualquer momento emitir-se um relatório em qualquer moeda e converter todos os
valores para Real ou Dólar ou Euro ou qualquer outra preestabelecida.
Já no sistema de estoque, cada moeda tem seu próprio campo e seus valores são
históricos, ou seja, são convertidos pela taxa do dia do fato. Mas note que apenas a
Entrada do Material proveniente de uma compra é que sofre a conversão.
Daí em diante, o sistema trabalha com a própria moeda estrangeira. Assim, as requisições
que são apropriadas às Ordens de Produção são valorizadas, por exemplo, pelo custo
médio em dólar, que constitui um campo próprio no arquivo de Saldos.
Também nas OPs há um campo próprio para as moedas estrangeiras, de modo que quando
é feita a valorização do produto produzido, não há mais necessidade de conversão. E
assim o processo continua até a definição do Custo da Mercadoria Vendida.
329
Gestão Administrativa Variação Monetária, Correção Integral e FASB:
Muitas empresas chegaram a distribuir dividendos achando que estavam tendo lucros
altíssimos e logo depois quebraram, pois o resultado apresentado era ilusório.
A questão de como fazer este acerto é polêmica, porque nem todos concordam quanto
ao momento em que se deve fazer o ajuste.
Tomemos um exemplo:
A empresa vende uma mercadoria à prazo para receber o valor em 60 dias. Imaginando-
se que se tenha a previsão de inflação, como deveria ser lançada a receita: em dólar
pela taxa de hoje e lançar o prejuízo no dia do recebimento? Ou considerá-lo já no dia
da venda, deixando para o dia do vencimento apenas o ajuste do resíduo causado pela
diferença de previsão da taxa? Ou ainda, lançá-lo ao final de cada mês?
A Correção Monetária fazia o acerto nos valores em cruzeiros ajustando as contas que
nada perdem com a inflação, ou seja, o imobilizado.
Ela não corrigia o estoque pois considerava que a empresa somente usufrui o lucro no
ato da venda. Assim,
Já o FASB se preocupa com o balancete em dólar. Partindo do princípio que os valores ali
registrados foram convertidos pela taxa do dia do lançamento, o que se faz é dividir os
valores em reais das contas que exatamente perdem ou ganham com a inflação pela taxa
atual do dólar. Assim, se a conta caixa apresentar um saldo de R$1.000,00, convertido
pela taxa de R$50,00 referente à data de sua entrada, o saldo em dólar será de US$20,00.
330
Supondo que hoje, no fechamento, a taxa seja de R$ 80,00, o saldo real em caixa é de
apenas US$12,50, ou seja, se convertêssemos agora os reais para dólar teríamos realizado
Gestão Administrativa
uma perda de US$7,50 devido a inflação, e é exatamente isto que a matriz estrangeira
quer saber. Esta despesa é debitada em uma conta “Ganho e Perdas com a Inflação” e o
crédito é feito na própria conta caixa, ou em uma subconta.
O mesmo raciocínio é válido para todas as contas do Circulante, como duplicatas e outros
títulos a receber e de forma inversa, no contas a pagar. Nele, cada vez que o pagamento
é postergado há um ganho, pois o valor desembolsado em dólar é menor.
O FASB pede justamente isto: que se ajuste os valores para o câmbio corrente lançando em
contas apropriadas os ganhos e perdas obtidos. As perdas do caixa devem ser debitadas
em Despesas Financeiras abatendo-as das Receitas Financeiras, normalmente altíssimas,
porém ilusórias em períodos de inflação. As perdas do Contas a Receber devem reduzir o
valor das Receitas com Vendas, que assim refletirão os prejuízos obtidos com as vendas a
prazo. Por outro lado, os ganhos obtidos com as contas a pagar de Fornecedores devem
ser creditados ao Custo da Mercadoria Vendida, que será assim reduzido em função dos
pagamentos com prazos dilatados.
O FASB não apresenta um efeito idêntico ao da Correção Monetária, pois cada um trata o
Estoque de forma oposta. Enquanto a Correção Monetária não corrige o estoque, fazendo
com que o lucro da desvalorização do custo seja realizado somente no ato da venda, o FASB
ao não considerar o Estoque como um item do Circulante, está na verdade considerando
que ele se valoriza com a inflação, o que no fundo é uma realidade (na verdade este era
um “benefício” que o governo concedia às empresas, pois já que a lei exigia a correção
do imobilizado, taxando-a, porque já não corrigir também o estoque no fechamento do
exercício? Certamente nenhum governante da época percebeu esta “falha”!).
Para talvez igualar os resultados e, porque não dizer, corrigir a “falha” mencionada,
em 1992, a CVM — Comissão dos Valores Mobiliários, autarquia federal que tem como
uma de suas missões proteger acionistas que aplicam suas economias em empresas de
capital aberto —, estabeleceu que as empresas S/A de capital aberto apresentassem
seus demonstrativos segundo novas regras.
331
O sistema mantém as rotinas de Variação Monetária em seu módulo contábil através
dos seguintes mecanismos, mesmo porque as empresas estrangeiras, apesar dos baixos
Gestão Administrativa
2. Pode-se também mencionar uma conta diferente da própria para servir de Redutora.
Assim, por exemplo, em vez de creditar-se na própria conta caixa a sua perda com
a inflação, cria-se uma outra específica para este fim, que sintetizada com a própria,
nos dá o novo saldo em moeda forte. Com isso os valores das variações ficam
destacados dos operacionais.
3. Informa-se qual a conversão que deve ser feita no ato do lançamento para cada
conta: usando-se o dólar do dia, o médio do mês, o da data de vencimento do título
ou um informado pelo usuário no ato do próprio lançamento. A vantagem de usar
a taxa do dia do vencimento (caso de compras e vendas), embora seja sempre uma
previsão, é que neste caso está se fazendo o tratamento da Variação Monetária de
imediato, no momento do lançamento e com isto, ao final do mês, é feito apenas
o ajuste entre a taxa prevista e a real. Ou seja, antecipa-se ao máximo o ajuste do
resultado.
4. Mantém-se um Plano de Contas para cada moeda, cada um com seu saldo baseado
nos lançamentos convertidos.
6.1 Para cada conta do Circulante, ou seja, aquelas para as quais foram cadastradas
contas de Variação Monetária, divide-se o saldo em Real pela taxa da moeda
correspondente no dia do fechamento.
332
Note que as contas que não sofrem variação como Estoques, Imobilizado e
Patrimônio Líquido (ou seja, quase exatamente aquelas que sofriam os efeitos da
Gestão Administrativa
Correção Monetária) permanecem com seus valores históricos em moeda forte, isto
é, convertidos pela taxa do dia do lançamento.
333
Resultado antes da Correção 2640
Taxa do dólar: R$ 80
Contas a Receber:
Resultado em Dólar:
Capital: 20 . 80 = 1600
RF : -4,5 . 80 = -360
Como se vê neste caso, os efeitos de uma Correção Integral são idênticos aos da Correção
Monetária tradicional, baseada na legislação de 1967. No fundo o que houve foi uma
correção do Capital, que perdeu R$ 30, ou seja a variação de 50 para 80 no câmbio, para
cada dólar. Como tínhamos US$ 20 de capital, a perda foi de R$600. Na verdade a perda
foi em cima do Circulante Líquido ou seja do Caixa + Contas a Receber.
334
Fazendo um exemplo rápido, onde exista Estoque vemos que aí sim as duas correções
resultam em valores diferentes.
Gestão Administrativa
Situação Inicial ( Taxa do dólar: R$ 50)
Resultado em Dólar:
CMV : 10 10
C/R: 30 . 80 = 2400
Estoque: 10 . 80 = 800
335
CMV: 10 . 80 = 800
Capital: 20 . 80 = 1600
Gestão Administrativa
RV : 30 . 80 = 2400
Receita: 2400
-CMV: 500
- CM do Capital: 600
Resultado: 1300 ou seja, menor que os 1600 obtidos com a Correção Integral, sendo que
os 300 a mais equivalem exatamente à valorização do Estoque.
No sistema, duas rotinas controlam e evitam a venda para clientes que apresentam algum
perigo. Para cada cliente é definido um risco de A a E, risco este que aceita ou rejeita um
pedido dependente do volume de títulos em atraso. O risco é informado ou pode ser
gerado automaticamente de acordo com critérios pré-estabelecidos.
Além do risco há também o Limite de Crédito evitando que, se o pior acontecer, pelo
menos as perdas não sejam muito altas. Também este valor pode ser calculado de forma
automática, inclusive baseado em informações obtidas da rede mundial. Via Internet
o sistema consegue acessar, por exemplo, informações do SERASA ou do SPC e assim
atualizar dados de clientes como títulos protestados, cheques sem fundos, falências e
concordatas.
336
Orçamentos e a “Contabilidade” Financeira
Gestão Administrativa
A contabilidade é o meio pelo qual se obtém os resultados econômicos de uma empresa.
Mas o fato de trabalhar pelo regime de competência, pelo seu aspecto oficial e fiscal e por
que não dizer, pela sua complexidade no cumprimento das normas atuárias estabelecidas,
fez com que surgissem as chamadas contabilidades paralelas. Caracterizam-se por serem
simplificadas, tratam os dados do jeito que a empresa quer e principalmente trabalham
em regime de caixa, ou seja, o que vale é a entrada e saída do dinheiro proveniente de
todas as operações realizadas. Assim, se a venda ou compra for à prazo, interfere no
resultado no mês do recebimento ou pagamento, inclusive se parcelado. O mesmo
com as aquisições de ativos e outras transações que envolvem trabalhosas rotinas de
amortização.
Ativo Fixo
É claro que o processo de depreciação também apresenta seus “poréns”. É um custo que
representa o uso e desgaste que ocorre com um bem de alto valor. Da mesma forma que
não seria certo considerá-lo como uma simples despesa no mês de aquisição, aniquilando
o lucro do período, não é certo também pensar como alguns ilusionistas: isto não é
despesa, é investimento e jamais subtraí-lo do resultado.
337
O mecanismo da depreciação lembra um conta-gotas. Descarrega em despesas, mês a
mês, o valor de aquisição diluindo o seu custo durante o uso do bem e, o que é mais
Gestão Administrativa
Um computador nos dias atuais dura 5 anos? E uma máquina fabril, com o atual
desenvolvimento tecnológico, pode se manter por 10 anos?
Pois estes são os tempos de vida útil estabelecidos pela legislação do imposto de renda.
Vantagem para o acionista que não vê seu lucro diminuído (mas pode estar sendo
enganado e ter surpresas desagradáveis no futuro), desvantagem para a empresa que
paga imposto de renda mais alto hoje, embora se considerarmos o período todo, o valor
seja igual.
No sistema, por exemplo, a taxa de depreciação anual, que no fundo reflete o tempo de
vida útil (10% para 10 anos, 20% para 5 anos e 2% para 50 anos – caso de edifícios e outros
imóveis), pode ser diferente para cada uma das moedas previstas no sistema. Assim, na
contabilidade em Real, é usada a taxa legal, enquanto que para as demais, em especial em
dólar, é usada uma mais realista, já que normalmente a matriz da multinacional está mais
interessada no resultado efetivo da empresa do que naquele camuflado pela legislação.
Existem também, casos em que a depreciação varia durante a vida útil do bem,
normalmente acelerando o processo. Diante de um laudo emitido por autoridade
competente, pode até ser usado na contabilidade oficial. Os critérios variam, mas
resumem-se nos seguintes:
338
• A taxa diminui de tal forma que a soma da depreciação mais as despesas de
manutenção, crescentes com o desgaste do bem, fiquem mais ou menos
Gestão Administrativa
constantes durante sua vida;
• A taxa é maior porque o bem trabalha 24 horas por dia, fins de semana ou
mesmo em condições desfavoráveis.
Reavaliação
A reavaliação de um bem, usada até pelo governo quando reconheceu que os índices de
inflação oficiais não condiziam com a realidade (lei 8200), é na verdade usada quando
uma empresa quer aumentar seu valor patrimonial, seja em uma oferta de venda, seja
na busca de uma garantia para um financiamento, seja para mascarar um prejuízo
operacional. É aplicável mais nos casos de imóveis, que por um motivo qualquer têm
seus valores aumentados de forma significativa.
Baixas
Portanto, ao encerrar a depreciação, ou seja, ao final da vida útil do bem, esteja ele
funcionando ou não, seu valor residual é zero. Por isso não se justifica sua baixa, pois se
ele ainda está em funcionamento, deve constar do balanço da empresa, refletindo sua
existência.
Portanto, a baixa de um bem somente deve ocorrer quando de seu sucateamento, venda,
roubo ou outro tipo de desativação.
339
O caso fica um pouco mais complicado se for uma baixa parcial. Se, por exemplo, for um
bem facilmente divisível, como a compra de 100 cadeiras, é comum baixar-se parte delas
Gestão Administrativa
Exemplo:
Caixa: R$ 3.000,00
Na verdade cada cadeira deveria ter sido vendida por R$ 162,00, isto é, R$ 180,00 –
R$ 18,00 da depreciação anual, dando o total de R$ 4.860,00.
Ampliações e Reformas
Quanto à obrigatoriedade de imobilizar uma aquisição, a regra que manda é o seu valor.
O imposto de renda pode glozar um balanço que apresente grandes aquisições lançadas
em despesas, até mesmo em casos de, por exemplo, um grande trabalho de consultoria
que visou reorganizar a estrutura departamental da empresa.
E finalizando estes comentários sobre ativo fixo, um resumo de sua real necessidade de
controle:
340
• Responsabilizar pessoas dentro da organização, através de relatórios por
centro de custo;
Gestão Administrativa
• Apuração de um custo mais exato pois é fato comum termos máquinas caras
e com alta produtividade e máquinas velhas e obsoletas mas com custo baixo.
Nem sempre a modernidade é a melhor solução. De qualquer forma a decisão
somente pode ser tomada com um detalhado controle de custos de depreciação.
RH — Recursos Humanos
A folha de pagamento foi sem dúvida o sistema que mais rapidamente se adaptou aos
novos recursos do processamento de dados.
Mas nossa complexa legislação — a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) — fez
com que os programas da folha, por incrível que pareça, se coloquem entre os mais
difíceis de serem desenvolvidos e mantidos, exigindo sempre um grupo especializado de
programadores.
Mas a evolução deste módulo tem sido enorme nos últimos anos, transformando os
prosaicos sistemas de Folha em completos sistemas de Recursos Humanos.
Até onde podemos customizar uma fórmula? Fazer uma expressão matemática,
utilizando os campos disponíveis nos arquivos é suficiente ? E que tamanho poderia
ter esta expressão? A verdade é que em muitos casos isto não resolve. Basta analisar o
cálculo do nosso imposto de renda pessoa física. A taxa é variável de acordo com o total
de vencimentos tributáveis, mas dentro de um esquema de cascata.
341
Exemplo:
O certo é :
Fazer este cálculo em uma única expressão, mesmo usando os valores a deduzir que
normalmente aparecem nas tabelas publicadas é praticamente impossível.
Outro ponto interessante em sistemas de folha é a questão das Bases. Para cada fim a
base é diferente. Para efeito de FGTS entra Ajuda de Custo, já para Imposto de Renda,
não. Prêmios, comissões, férias, aviso prévio, salário família, auxílios maternidade e
natalidade, adicionais noturnos, insalubridade e periculosidade são vencimentos que
podem ou não participar das base de INSS, FGTS, 13º Salário, Férias, Aviso Prévio, Imposto
de Renda, Hora Extra e outras.
342
Adiantamentos, cálculo do IRRF, FGTS, INSS, Contribuição Sindical, Férias e seu Abono,
Comissões, Rescisões e Afastamentos, 13º Salário, Troco, Adicional por tempo de serviço,
Gestão Administrativa
DSR, Dissídios, Salário Família são, entre outras, rotinas que fazem da folha um sistema
com nível de complexidade acima do normal.
O cartão de ponto por sua vez é substituído pelo relógio eletrônico, onde o funcionário,
ou passa o seu crachá, ou simplesmente sua impressão digital e um smart-card, se for um
dispositivo que aceita esta entrada.
Nele incorpora-se:
no mês, extrato de FGTS, marcações de ponto são algumas das consultas disponíveis.
Também é possível que o próprio funcionário atualize seu cadastro como endereço e
outros dados, sempre sob a auditoria do departamento de pessoal.
É claro que um criterioso esquema de pontuação consegue tornar mais exato aferir-se o
nível de qualidade de cada funcionário, pois são considerados cursos e testes realizados,
conhecimento de idiomas, histórico profissional, participação em seminários, eventos e
viagens, etc. Os próprios testes são automatizados e até corrigidos de acordo com as
respostas do candidato.
Apesar de possuir características não tão exatas e bem definidas como os demais setores
da empresa, o RH vem procurando tornar cada vez mais a administração de pessoal uma
atividade altamente técnica e baseada em critérios científicos e isentos de decisões subjetivas.
343
05 Fluxo Sistêmico
Fluxo Sistêmico
A representação da Integração
da Empresa
O fluxo geral do Protheus, verdadeiro ícone com o qual ele se identifica, mostra os
pontos de ligação entre os vários departamentos de uma empresa, em especial do setor
industrial.
345
Lançamentos Automáticos
(L.A.). São rotinas disparadas a partir das telas de entrada dos vários módulos e de
qualquer outra rotina cujos cálculos afetem alguma conta contábil. As contas a serem
movimentadas, bem como o histórico e os valores são parametrizados em uma tabela-
mestre.
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g. Pelas vendas ao valor de custo: débito ao Custo da Mercadoria Vendida e crédito a
Estoque de Produtos Acabados;
h. Pelas Vendas ao Valor Faturado: débito a clientes e Despesas com ICMS, Cofins e PIS
Fluxo Sistêmico
e crédito a Receitas, ICMS, Cofins, PIS e IPI a recolher;
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Fluxo Sistêmico
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A própria análise das ofertas recebidas, com a escolha daquela que melhores condições
apresenta pode ser feita de forma automática, principalmente nos casos onde
o preço é fator decisivo. Definido o vencedor da concorrência, emite-se o Pedido de
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Compra, que também, utilizando o formato padrão definido pela ASSESPRO-SP, viaja pela
Internet de forma automática e sem intervenção humana, para converter-se em Pedido
de Venda e proceder aos trâmites de despacho. Ou seja, automatiza-se todo o processo,
desde a detecção da necessidade até a efetivação do suprimento.
Custos
• Informações on-line;
• Maior integridade de dados. É claro que esta integração também tem seu custo:
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