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ÍNDICE

PARTE 01
A Tecnologia da Informação, a Gestão Empresarial e o Papel do Governo............9
O Papel do Governo.....................................................................................................10

Histórico da Evolução............................................................................................... 23
A Internet e a Evolução do ERP.................................................................................41
Evolução do ERP .........................................................................................................41
Funcionalidades do ERP.............................................................................................57
Funcionalidades Básicas de um Sistema de ERP.......................................................................57

BI - Business Intelligence..............................................................................................77
Planejamento Estratégico de TI.................................................................................87
Fases de um Plano Diretor de Informática.........................................................................87

Análise de Softwares de Gestão - ERP.......................................................................115


Elementos para a Análise de Softwares de Gestão..............................................................115

PARTE 02
O Caso da Fábrica de Chaveiros.................................................................................147

PARTE 03
Jogo de Empresas......................................................................................................243
Objetivo do Jogo........................................................................................................243

Gestão de Custos........................................................................................................269
Contabilidade e Custos................................................................................................269

Gestão de Materiais...................................................................................................303
Lote Econômico..........................................................................................................303

Gestão Administrativa................................................................................................325
Componentes básicos..................................................................................................325

Fluxo Sistêmico..........................................................................................................345
A representação da Integração da Empresa.....................................................................345
Parte 01

A Tecnologia da Informação
e a Gestão Empresarial
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Conforme artigos 122 e 130 da LEI no. 5.988 de 14 de Dezembro de 1973.

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01 A Tecnologia da Informação,

A Tecnologia da Informação
e a Gestão Empresarial
a Gestão Empresarial e o Papel
do Governo

O Novo Ambiente Empresarial

Antes de estudar Gestão Empresarial é preciso que se analise quais são os objetivos de
uma empresa. Uma empresa é um conjunto de pessoas e recursos que geram uma receita,
produzindo e vendendo seus produtos e serviços, através do trabalho, a um determinado
mercado.

Para sobreviver, essa receita precisa ser maior que as despesas gastas nesse processo. O
que sobrar, ou seja, o lucro é distribuído aos investidores, proprietários ou acionistas da
empresa ou ainda pode ser reinvestido para alavancar o seu crescimento.

Estes por sua vez, ao investirem seu capital na empresa esperam ter um retorno no mínimo
tão bom quanto aquele obtido em outras aplicações financeiras, na verdade um pouco
mais, pois uma empresa tem um fator de risco bem maior. É o ROI - Return On Investment
ou Retorno Sobre o Investimento.

Não há bom negócio que seja eterno.

Um “Negócio da China” logo é copiado por outras pessoas. Surge a concorrência e com
ela a pressão para uma melhoria do produto, ou seja, uma redução na margem e nos
preços. O lucro cai e os investidores começam a procurar outras alternativas.

A taxa de “mortalidade” de empresas, em especial nos primeiros anos de vida, é muito


maior do que se imagina. O fracasso nem pode mesmo ser considerado uma incompetência
de seus gestores. Mantê-la viva demanda que uma série de fatores positivos ocorram
simultaneamente. E nem sempre isto é possível.

De qualquer forma um fator é indispensável nos dias atuais, em que a concorrência é cada
vez mais acirrada e cada centavo é importante no seu sucesso: ter um bom sistema de
gestão.

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Há vários tipos de empresas. Públicas (estatais), privadas, comerciais, industriais,
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de serviços, filantrópicas, associações, igrejas, clubes, condomínios, fundações,


e a Gestão Empresarial

cooperativas, consórcios, ONGs, OSCIPS, Sociedades Anônimas, Sociedades Civis


Limitadas, Micro Empresas, Empresas de Pequeno Porte, Microempreendedor ou, até
mesmo o Autônomo, que não deixa de ser uma empresa. Na verdade, você também é
uma empresa. Mesmo se a receita for apenas a sua mesada ou o seu salário e a despesa
o gasto com a alimentação, roupas, escola e a casa onde você mora.

E independente do tipo de empresa, para sobreviver, a equação R > D (Receita maior que
Despesa) deve estar sempre presente. Afinal vivemos em um país capitalista. Mas este
é apenas um dos Indicadores ao qual o executivo deve estar atento. A boa tomada de
decisão depende de muitos outros, mesmo os intangíveis. O BI (Business Intelligence) e
o BSC (Balanced Scorecard) estão aí para ajudar nesta tarefa.E, é claro, uma boa dose de
empreendedorismo é necessária: visão, ousadia, iniciativa, disciplina, ética, liderança,
foco, competitividade, estratégia, percepção, pioneirismo, espírito de equipe, respeito,
inovação. E isto a própria escola da vida nos ensina.

Mas as decisões mais acertadas são tomadas à luz de aspectos exatos, lógicos e bem
definidos. O uso de Modelos Matemáticos e boas

Regras de Negócios aliadas ao intensivo uso da Tecnologia da Informação – soluções


ERP, CRM, BI, BSC, SCM, e_business - aumentam a possibilidade de sucesso. Discutir
esses aspectos e estudar a melhor forma de utilizá-los é o que veremos nos capítulos que
se seguem.

E agora também há de se considerar a crescente onda de Globalização. Que também


só viabilizou-se da forma como veio devido aos avanços tecnológicos – comunicações,
facilidades de transporte, informática, eletrônica, Internet. A Globalização, em última
análise, nada mais é do que a queda das barreiras alfandegárias e a internacionalização
das empresas.

O Papel do Governo
A concorrência é mundial, mesmo se a empresa vende e produz um item em uma remota
cidade do interior. Logo, sua gerência deve ser tão eficiente quanto a mais eficiente
empresa de seu setor.

E aí entra também o papel do Governo. Sua ação política afeta diretamente os custos
da empresa. E há de se considerar que as diferenças são grandes, mesmo entre países
vizinhos, o que evidentemente leva as multinacionais a selecionarem cada vez com mais
critério o local de suas fábricas que alimentarão o resto do mundo com seus produtos.

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Ou seja, o sucesso de uma empresa depende, também, das políticas do Governo onde

A Tecnologia da Informação
ela atua.

e a Gestão Empresarial
Por sua vez, o próprio papel do Governo é, de alguma forma, semelhante ao de uma
empresa, no sentido que ele deve dar condições de desenvolvimento ao país, ao mesmo
tempo que necessita de recursos que só podem ser obtidos no seio de sua sociedade
através de impostos, taxas e contribuições.

Antes de criticar ou elogiar este ou aquele Governo, vamos entender melhor como
funciona sua economia.

Contas Nacionais e Internacionais

Uma diferença fundamental entre empresa e governo é que o Caixa do Governo trabalha
com duas moedas: o Real e o Dólar. O Real para as transações internas e o Dólar para as
transações externas. Em princípio somente o Banco Central deveria manipular dólares,
ou seja, as transações de importação e exportação de uma empresa privada são por
ele convertidas, utilizando-se a Taxa de Cambio do dia. Na prática, no entanto, uma
boa parte da moeda estrangeira é negociada livremente por bancos e mesmo pessoas
físicas, e a taxa de câmbio, que agora no Brasil é flutuante, tem seu valor definido pela
sua oferta e procura, baseada nos fatores que veremos a seguir.

Figura 1.1 - Contexto geral de entradas e saídas das contas em R$ e em US$.

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Assim, a cada exportação que uma empresa faz, os dólares pagos pelo comprador externo
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são recebidos pelo Banco Central que os converte para Real, pagando para a empresa
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exportadora. Da mesma forma, quando uma empresa no Brasil importa produtos, paga o
seu valor em Real ao Banco Central, que após convertê-lo, envia os dólares ao vendedor
estrangeiro. Fica fácil perceber que se tivermos um aumento nas importações e uma
redução nas exportações faltarão dólares no Banco Cen- tral, pois mais dólares terão
que ser remetidos ao exterior, comparando-se com as entradas provenientes das vendas
ao exterior. E o Governo não tem como emitir dólares. Este poder, infelizmente, é de
exclusividade do governo norte-americano.

Taxa de Cambio

Por outro lado, o que influi basicamente no volume de exportações e importações é


o próprio valor da Taxa de Câmbio. Subindo a taxa, o exportador recebe mais por
cada dólar vendido no exterior, tendo assim maiores possibilidades de negociação. O
importador, por sua vez, pagará mais caro por seus produtos, preferindo, se houver, o
similar nacional. E vale lembrar que os preços dos produtos em dólar são praticamente
estáveis, variando apenas quando ocorre uma forte alteração em sua oferta ou procura.
Ocorre que há produtos estrangeiros indispensáveis para o nosso desenvolvimento,
não disponíveis no mercado interno e caso sejam comprados com a taxa de câmbio
elevada provocam aumento de preços, gerando, conseqüentemente, um processo
inflacionário. É o caso de componentes eletrônicos, software, trigo, perfumes, veículos
e peças, tecidos, químicos e muitos outros, mesmo que, em alguns casos, tenhamos
aqui um similar, por vezes de melhor qualidade e preço mais baixo. Só que é nacional!
Existem ainda outras fontes de entradas e saídas de dólares no caixa do Banco Central.
Serviços de frete, turismo, captações de empréstimos e investimentos e, saindo, seus
resgates e amortizações, pagamentos de juros, royalties e dividendos de multinacionais.
A Reserva Internacional é o saldo em dólares (as chamadas divisas, hoje também
formadas pelo Euro criado pela Comunidade Européia) do Banco Central e quando este
zera a única saída é a moratória. O Brasil já utilizou-se deste expediente em 1982 e as
conseqüências são sempre um completo isolamento do país devedor. O México, em
1994, provocou o “efeito tequila”. Em 1997 foi a vez do Sudeste Asiático e em 1998 a
Rússia. A Argentina também passou por um momento destes, conseqüência da fixação
da taxa de câmbio em níveis abaixo do necessário.

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Protecionismo

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Uma forma de barrar as importações é através de medidas protecionistas, tais como
tarifas alfandegárias, impostos sobre importações, criação de cotas, embargos
sanitários, leis anti-dumping ou o próprio aumento artificial da taxa de câmbio. Há até a
medida extrema de criar taxas diferenciadas de acordo com o produto ou ainda proibir
a importação daqueles em que houver similar nacional. O consumidor normalmente
reclama destas medidas, pois não acha justo arcar com ineficiências que, em sua opinião,
são de responsabilidade do empresariado nacional. A Reserva de Mercado no setor de
informática, tão criticada por alguns e elogiada por outros, que pairou entre nós de
1976 a 1991, é um bom exemplo do que estamos falando.

Do outro lado, o da exportação, o problema é o mesmo e a questão chega freqüentemente


aos tribunais internacionais, seja na OMC – Organização Mundial de Comércio – seja
nos acordos multilaterais criados por países de mesma índole ou homogêneos. Assim,
temos o Mercosul, União Européia, Nafta, Alca, Asean, União Africana, entre outros.
São subsídios que beneficiam o exportador que vão desde a isenção de impostos,
financiamentos privilegiados e apoio logístico até a obrigatoriedade do equilíbrio
comercial, na base do “só compro de seu país se o seu país comprar do nosso”.

O saldo da Balança Comercial brasileira teve um excepcional desempenho a partir de


2000, beneficiado principalmente pelo aumento

das exportações (cerca de 167% nos últimos cinco anos). Em 2007 este saldo chegou a
US$ 40 bilhões conforme a figura a seguir:

Figura 1.2 - Dados de 2007 relativos à entradas e saídas internacionais.

Esse dado indica que os empresários brasileiros estão atuando de forma bastante
competitiva nos mercados globais. A perspectiva para os próximos anos é um
crescimento maior das importações porém com um saldo ainda positivo.

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A Carga Tributária e o Crescimento Econômico
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Do outro lado, temos as contas governamentais em Reais. É aqui que se trava a grande
luta pelo superávit. O resultado de um déficit é sempre o aumento da Carga Tributária
e esta por sua vez inibe o crescimento econômico, com empresas e consumidores
arcando com impostos e contribuições cada vez mais onerosos. Também aqui temos
uma polêmica, pois é claro que muito do que o Governo gasta vai para obras sociais,
serviços de infra- estrutura e em empresas que, se privatizadas, não cumprem com
o papel que a sociedade necessita, ou seja, um serviço público eficiente a um custo
acessível e disponível para todas as classes sociais. É o caso da Educação, Saúde, Energia,
Segurança, Transporte, Saneamento, Correios, Telecomunicações, Habitação e muitos
outros, embora a iniciativa privada também participe hoje da maioria desses setores.

O balanço das contas do Governo é o reflexo das entradas provenientes da cobrança


de impostos e, caso estas sejam insuficientes, de empréstimos obtidos com a venda das
Letras do Tesouro Nacional (LTN). Há ainda a possibilidade da emissão de papel moeda,
medida altamente inflacionária, pois aumenta a base monetária sem um aumento
correspondente da produção de bens e serviços, criando uma demanda que pressiona
o aumento dos preços.

As saídas por sua vez são representadas pelos gastos, que podem ser correntes (folha
de pagamento, aluguéis, serviços, enfim despesas de expediente), investimentos em
obras e empresas, geridos normalmente pelos ministérios, gastos sociais, pagamento
aos aposentados e o incômodo pagamento de juros e financiamentos que se vencem.

Um balanço de 2007 pode ser resumido no quadro (R$ bilhões) ilustrado na figura 1.3.

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A Tecnologia da Informação
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Figura 1.3 - Balanço das Contas do Governo em 2007

Além de analisar cada número isoladamente, é importante verificar sua tendência


e o porcentual em relação ao PIB – Produto Interno Bruto. O diagrama da figura 1.4
representa o ciclo econômico:

Figura 1.4 A economia brasileira: de onde viemos, onde estamos e o que esperar do futuro
(fonte: Leite Antonio Dias, 2004).

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Este diagrama estabelece a relação existente entre as pessoas, as empresas, o exterior
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e o governo. As linhas serrilhadas representam o fluxo de dinheiro e as contínuas
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referem-se aos produtos e ao trabalho. O PIB é o valor de bens e serviços produzidos


pelo país. Considerando que um país tem normalmente um aumento populacional, é
fácil entender que a qualidade de vida do povo e a taxa de emprego, só irão melhorar se
o crescimento do PIB for maior que o demográfico. Isto descontando a inflação.

O Governo, por sua vez, dispõe de armas limitadas para provocar o aumento do
PIB. A forma de consegui-lo é incentivar as exportações, gerar condições para captação
de recursos externos, desestimular as importações substituindo-as por produtos
nacionais e distribuir melhor a renda reduzindo a carga tributária para que haja um
aumento no consumo privado. Tudo isso sem perder a popularidade e sem provocar
inflação. Equilíbrio de suas contas, melhor distribuição de renda, um certo planejamento
familiar nas camadas de menor renda e melhores condições para a produção local são
objetivos óbvios que o Governo persegue a cada medida.

Taxa de Juros

E é a definição da Taxa de Juros que remunera a venda das LTN, o principal calibrador
que ao mesmo tempo provoca o crescimento do PIB e por outro lado evita a volta da
inflação. Isto porque, quando aumenta, reduz

o Consumo Privado, já que as compras a prazo tornam-se mais caras, reduzindo preços
e o próprio volume de importações, ao mesmo tempo em que incentiva a venda de
novas LTNs. Também faz crescer as exportações, pois os produtos aqui fabricados não
encontram demanda no mercado interno.

Quando baixa, por sua vez, aquece a economia, desestimulando o investidor que aplica
em LTNs, lançando-o ao Mercado de Capitais, ou seja, investir na produção e em novas
empresas; aumenta as compras a prazo, pois os Bancos acompanham a redução nos seus
financiamentos e com isso incrementa as importações e desestimula as exportações.
Enfim, o aumento do Consumo Privado pressiona a demanda e, caso não haja um rápido
crescimento da produção, gera mais importações ou provoca um aumento de preços.
É a volta da inflação - que ninguém

quer - pois além de promover a desigualdade social, cria um ciclo cuja única saída é uma
nova e forte ruptura no processo de crescimento, ou seja, não é sustentado e provoca
a volta da recessão.

Existem outros mecanismos alternativos para o controle da taxa de juros, tais como a
obrigatoriedade dos Depósitos Compulsórios que os Bancos devem fazer no BC, cujo
aumento reduz a liquidez e diminui a disponibilidade de financiamentos. Outra forma é
a própria retenção de empréstimos públicos.

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É nesse universo que trabalha a empresa privada e com a globalização aumenta a

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responsabilidade do Governo, pois para ela é cada vez mais fácil fechar uma fábrica

e a Gestão Empresarial
aqui e abrir outra num país que lhe ofereça melhores condições. E quem se beneficia é a
população, mesmo que o país sirva como “quintal” do mundo, recebendo investimentos
em função de sua farta e barata mão-de-obra, para reexportar aos países ricos através
das empresas multinacionais que lá se instalam. Cabe ao país saber aproveitar essa
oportunidade e desenvolver seu próprio parque e sua própria tecnologia. Afinal é
preciso dar emprego à sua população.

Principais Impostos no Brasil

Os impostos pagos hoje pela empresa brasileira podem ser resumidos no seguinte:

Figura 1.5 - Principais impostos no Brasil em porcentual sobre o valor mencionado.

A ME-Micro Empresa, restrita a alguns setores de atividade, não pode ter faturamento
superior a R$ 240.000,00 por ano. A EPP-Empresa de Pequeno Porte pode faturar de R$
240.000,00 a R$ 2.400.000,00.

Em relação ao IRPJ, a opção pelo LP-Lucro Presumido é possível desde que a empresa
não seja uma Sociedade Anônima e que seu faturamento não seja superior a R$ 48
milhões por ano.

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Os percentuais entre parênteses na linha IRPJ, no caso do Lucro Presumido, referem-se
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ao Faturamento. Assim, para empresas de comércio optantes do LP, o IRPJ considera
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que o Lucro é de 8% sobre o Faturamento, ou seja o IRPJ é de 2% sobre Faturamento, já


que a alíquota é de 25%. Para as empresas de Serviço, o Lucro Presumido é de 32%, o que
dá um IRPJ de 8% sobre o Faturamento. O mesmo para a CSSL.

A sigla nc/c significa não cumulativo/cumulativo, ou seja, no não cumulativo é permitido


o crédito dos insumos na base de cálculo, isto é, o valor agregado.

No caso do Simples, há municípios que incluem o ISS na alíquota geral, tornando-a


mais alta. No caso de não inclui-la, esta é mais baixa. Depende também do valor do
faturamento e do segmento de atividade.

Figura 1.6 - Exemplo de Tributação em uma Empresa Industrial.

Os números a seguir referem-se= ao ano de 2007 e dão uma idéia da situação econômica
do Brasil.

Figura 1.7 - Resumo da situação econômica do Brasil em 2007.

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O PIB de US$ 1.310,0 bilhões representa a 10ª economia, conforme o ranking demonstrado

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na figura 1.8.

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Figura 1.8 - PIB dos países em 2007.

A dívida do Governo creceu nos últimos anos e a partir de 2006 ultrapassou a marca de
R$ 1 trihão de reais, conforme mostra a figura 1.9.

Figura 1.9 - Evolução da dívida em de 2000 até 2007.

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A relação PIB x Dívida x Superávit ou Déficit primário e secundário é uma das análises
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mais importantes levadas em consideração pelos investidores internacionais e afeta


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bastante o risco de um país. A evolução anual do Déficit Secundário pode ser observado
na figura 1.10, o qual totalizou R$ 57,9 Bilhões em 2007. O Secundário difere do primário
pois considera os gastos com juros sobre a dívida.

Figura 1.10 - Evolução do Déficit/Superávit primário e secundário.

Segue uma breve descrição sobre cada um dos impostos e contribuições acima
elencados, lembrando que no Brasil temos mais de sessenta tributos:

• IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica. Pago sobre o lucro das empresas. Até
um lucro de R$ 20.000,00 para cada mês do respectivo período de apuração a
alíquota é de 15%. Daí para cima é de 25%.

• IRPF - Imposto de Renda Pessoa Física. Pago sobre a renda do assalariado e


qualquer renda auferida por um indivíduo. Uma tabela em cascata de alíquotas
que chega a 27,5% tributa a renda dentro do princípio de quem ganha menos
tem uma alíquota menor.

• CSSL - Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido. SimilaraoIRPJ,temsuadestin


açãopré-determinadaparaosgastoscomaPrevidência. A alíquota é de 9%.

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• COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. É

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taxado sobre o faturamento, sendo que para as micro-empresas, empresas de

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pequeno porte e as com Lucro Presumido é cumulativo, com a alíquota de 3%.
Para as demais empresas a taxa é maior, 7,6%, mas não é cumulativo, ou seja,
pode-se deduzir da base de cálculo todas as notas de compra de materiais e
serviços. A COFINS taxa as importações e não taxa as exportações.

• PIS - Programa de Integração Social. É taxado da mesma forma que a COFINS,


tendo porém uma alíquota menor, ou seja, 0,65 e 1,65 respectivamente.

• IPI - Imposto sobre os Produtos Industrializados. É um tributo federal que recai


sobre o faturamento, mas não é cumulativo, pois permite a dedução do IPI
pago sobre as compras de matéria-prima. O valor do IPI é cobrado adicionando-
se o seu valor ao total da nota. Tem alíquotas diferenciadas de acordo com o
produto.

• INSS - Instituto Nacional de Saúde e Seguro. O INSS é cobrado sobre


praticamente todos os rendimentos recebidos na folha de pagamento. Quem
não for registrado pela CLT recolhe o carnê. A taxa é de 20% sobre a folha, além de
outras, cobradas de acordo com a atividade da empresa: Sesi, Senai, Sesc, Senac,
Sebrae, Salário Educação, Funrural, etc., que somadas chegam a mais de 5%.

Há ainda a cobrança da parte do funcionário, que varia de 9% a 11%, mas incide


apenas sobre o Salário Contribuição cujo teto é de R$ 2.668,15.

• FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. O valor do FGTS é pago pela
empresa, 8% sobre a Folha, mas esse dinheiro não pertence ao Governo. É do
funcionário que pode sacá-lo ao ser demitido sem justa causa ou em outras
circunstâncias especiais. No caso de dispensa sem justa causa, há ainda a
multa de 40% sobre o saldo depositado, que também vai para o funcionário. Há
também um adicional de 0,5% que é da Caixa Econômica.

• CPMF - Contribuição Permanente sobre Movimentação Financeira. 0,38%


sobre qualquer saque feito na conta corrente bancária.

• IOF - Imposto sobre Operações Financeiras. Esse imposto recai sobre operações
de financiamento, remessas ao exterior, aplicações e leasing. A taxa é de 1,5%.

• II - Imposto sobre Importações. Esse imposto serve como uma proteção aos
produtos similares nacionais. Tem taxa que varia de 10% a 35%.

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• ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. É um imposto
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estadual e é cobrado no faturamento de mercadorias e alguns serviços, como


e a Gestão Empresarial

telecomunicações. Não é cumulativo, mas permite apenas a dedução das


entradas de matéria-prima que façam parte do processo produtivo. O ICMS
tem taxas de 7%, quando a mercadoria se destina ao norte do país, 12% quando
se destina aos estados do sul e 17% ou 18% quando for para dentro do estado.
Há ainda outras alíquotas que podem chegar a 25%, como por exemplo, na
taxação dos serviços de eletricidade. O ICMS é incluído no preço. Cada Estado
tem sua própria legislação do ICMS, o que tem provocado uma forte guerra
fiscal entre eles.

• IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotivos. Tem alíquota


variável de acordo com o ano e o tipo de veículo.

• ISS - Imposto sobre Serviços. É um imposto municipal e a alíquota varia de 2%


a 5%. Em alguns casos, é cobrado no município onde o serviço é efetivamente
prestado, independente da localidade do prestador.

• IPTU - Imposto sobre Propriedade Territorial e Urbana. É cobrado sobre os


imóveis, com taxa variando de acordo com o seu valor e categoria.

• CIDE - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico. Incidente sobre


a comercialização de petróleo e seus derivados, sobre o gás natural e seus
derivados bem como sobre álcool etílico combustível e também sobre remessas
de royalties ao exterior.

• ITBI - Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis. É um imposto cobrado


no ato da lavratura de contrato ou promessa de compra e venda ou mesmo
após a quitação final, caso conste no próprio contrato de compra e venda que
a emissão de posse seja realizada após a quitação final.

• TFE - Taxa de Fiscalização de Estabelecimentos. É uma taxa municipal recolhida


anualmente e que depende do porte da empresa variando de R$ 50,00 a R$
4.000,00.

• TFA - Taxa de Fiscalização de Anúncios. É o antigo CADAN cobrado por metro


quadrado de anúncios de cartazes e out doors.

22
02

Evolução da Tecnologia
Histórico da Evolução

Histórico da Evolução

A tecnologia tem evoluído de forma exponencial. Muita coisa mudou desde a época das
primeiras máquinas, na década de 1940 e 50, seja com programas registrados em painéis
que podiam ser configurados através do remanejamento dos cabos (pegas) e os primeiros
computadores com memória onde se pode carregar a cada processamento um programa
diferente, até hoje, onde a partir de um dispositivo, seja ele um note-book, um handheld
ou um celular, pode-se acessar e atualizar uma base de dados localizada em qualquer
parte do mundo.

Na época do IBM-1401 e depois o IBM/360, o processamento era tipicamente batch,


seqüencial e procedimental. Batch porque era feito em lotes. Os movimentos que iriam
atualizar os cadastros eram “planilhados” para serem perfurados em cartões e depois de
classificados, eram mergeados com os cadastros, e seqüencialmente, geravam os arquivos
atualizados. A partir destes, imprimiam-se os relatórios que eram entregues aos usuários
finais em suas mesas de trabalho, por vezes distantes do “aquário” onde se situava o
sofisticado Centro de Processamento de Dados. Os programas eram procedimentais, pois
uma vez lançados, tratavam os dados de acordo com a seqüência de suas instruções, sem
interferência do usuário, até o final do processamento.

As linguagens mais comuns eram o Assembly, Cobol, PL1, Fortran, RPG, Pascal e o
onipresente C.

O Acesso Direto aos dados, no final dos anos 60, permitiu um tratamento mais flexível,
pois os registros armazenados podiam ser atualizados sem uma prévia classificação.

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A busca por um acesso direto cada vez mais rápido fez com que surgissem várias
tecnologias: índices auxiliares, que indicam em qual trilha do disco se encontra um
Evolução da Tecnologia

determinado registro (ISAM - Index Sequencial Access Method), estruturas hierárquicas,


onde os registros de uma mesma família, como duplicatas de um mesmo cliente ou
componentes de um mesmo produto, são amarrados entre sí através de um campo que
contem o endereço de seu “filho” ou “irmão” , áreas de overflow, localizadas no meio
do arquivo para manter os dados em seqüência mesmo após algumas novas inclusões,
e até a gravação do registro no endereço correspondente à sua chave, como ocorria
nas primeiras versões do Basic para micro computadores. A década de 70 foi marcada
pelo inicio do tele-processamento. Terminais remotos ligados à unidade central, seja
localmente, seja através de linhas telefônicas permitiam que a partir de uma estação
IBM-3270 (mais tarde substituídas por microcomputadores) se atualizasse e consultasse
os dados gravados no mainframe central. Estações “burras”, pois todo o processamento
era feito no central, deixando para elas apenas o controle do teclado e a edição dos
resultados. De qualquer forma havia se atingido o processamento on- line, ou seja, em
tempo real e os sistemas de reserva de passagens podem ser considerados os ícones
desta nova era.

Banco de Dados

A evolução do Acesso Direto levou-nos aos sistemas de Banco de Dados (DBMS Data
Base Management System ou SGBD Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados). Desde
as versões mais simples, como o Access da Microsoft, o DBF da Ashton-Tate/Borland/
Nantucket/CA/Fox, o Dataflex da Data Access, Paradox da Borland, entre outros, até as
versões com padrão SQL - Structured Query Language, que na verdade já existiam desde a
década de 70, mas apenas para mainframes. No SQL os arquivos não são exclusivamente
controlados pelos programas. Há todo um conjunto de rotinas - stored procedures,
gatilhos ou triggers e metadados (arquivos com informações sobre o próprio Banco)
que controlam os dados e evitam a ocorrência de qualquer tipo de perda, incorreção
ou duplicação de informações. As principais vantagens do SQL podem ser resumidas no
seguinte:

1. Integridade Referencial: assegura a existência de registros referenciados em outras


tabelas. Assim, por exemplo, jamais teremos um pedido sem o cliente estar cadastrado
da mesma forma que não se consegue deletá-lo enquanto existir um pedido em
aberto. É claro que isto exige uma normalização das tabelas, ou seja, que cada registro
tenha uma chave primária ou código exclusivo e é ele o elo entre os dois arquivos.

24
Evolução da Tecnologia
Figura 2.1 - Integridade referencial.

Neste caso o Cliente cuja chave é 00010 precisa estar cadastrado quando da implantação
do Pedido e não pode ser deletado enquanto existir o Pedido. O mesmo com o Vendedor
21 e o Produto 00501. O próprio controle do Banco de Dados não permite a quebra
desta Integridade Referencial. Em certos casos é permitida a deleção em cascata, onde
a exclusão do Cliente leva consigo a exclusão de todos os seus Pedidos, Duplicatas,
Faturas, etc.

2. Restrições ou Constrains: De forma análoga, pode-se definir no próprio Banco


expressões que obrigatoriamente são respeitadas, independentemente dos
programas que o atualizam. Por exemplo, a expressão Saldo do Estoque > 0,
impediria a existencia de um saldo negativo.

3. Controle de transação: nenhuma atualização de registros em disco é interrompida


no meio do processo. Ou grava tudo ou não grava nada. Este conjunto de
atualizações é definido no programa por um begin e um end transaction. Se houver
um problema durante a transação, o Banco volta a situação original dos arquivos,
permitindo um processo de retomada seguro.

25
Evolução da Tecnologia

Figura 2.2 - Controle de transações.

4. Acesso multiusuário: controle que permite várias estações acessarem a um mesmo


registro simultaneamente, sem que haja perda de informação. Quando dois ou mais
usuários tentarem atualizar simultaneamente um mesmo registro a partir de uma
estação, pode-se ou bloquear (lock) o seu acesso enquanto perdurar o processo,
o que de certa forma degrada o sistema ou fazer um refresh antes da segunda
atualização de forma que a primeira não seja perdida. Neste caso também há o lock,
mas somente durante alguns milisegundos.

Figura 2.3 - Multiusuário.

26
5. Segurança dos Dados: Senhas de autorização de acesso, métodos de gravação em
disco, back-up automático e on-line e log das atualizações são mecanismos que

Evolução da Tecnologia
garantem a privacidade de acesso e evitam perdas ou duplicações de registros.

6. 6. Stored Procedures e Gatilhos (triggers): Rotinas desenvolvidas pelo usuário e


armazenadas no próprio Banco, fornecem um processo mais seguro e, via de regra,
mais rápido, pois independem do programa que faz a movimentação. O gatilho
difere da stored procedure pois sua execução é automática a partir de um evento
(inclusão, alteração ou deleção no Banco), enquanto a stored procedure é lançada
via programa.

Estes recursos caracterizam a arquitetura Cliente-Servidor pois aliviam o processamento


na estação (cliente), transferindo-o para o Servidor. No entanto, sobrecarregam muito
o Banco de Dados e muitos processos tiveram a desagradável surpresa de, após sua
implantação, ficarem extremamente lentos devido a entrada de uma quantidade acima
do previsto de estações remotas.

Figura 2.4 - Cliente servidor.

Microinformática

No início da década de 80 tivemos a revolução da micro informática. Com recursos


limitados, pouca memória, lentos e pouco espaço para armazenagem de dados, sistemas
operacionais CP/M e depois DOS e linguagens como Basic e Assembly, os primeiros
micro-computadores foram questionados por todos que trabalhavam nos equipamentos
de grande porte e nos modernos mini- computadores nacionais (Cobra, Labo, Edisa, SID
e Sisco, entre outros), frutos da Reserva de Mercado que se instalara no país. Foi o
surgimento do PC-IBM (Personal Computer), em 1983, que possibilitou verdadeiramente
o processo de downsizing, ou seja, a transferência de grandes sistemas dos mainframes
para os micros.

27
E para tal não se podia pensar em fazer todo o processo em um único micro, ou mesmo
em um conjunto deles mas totalmente desconectados entre sí. Até que houveram
Evolução da Tecnologia

tentativas deste tipo, fazendo-se a transferência de dados através do transporte físico


em disquetes. Mas foram as Redes que definitivamente resolveram estes problemas.
Inicialmente pensou-se no mais óbvio. Simplesmente conectar-se os micros através de
cabos, cada um armazenando parte dos dados, mas todos acessando os vários discos
espalhados pela rede. Era a rede peer-to-peer, que ainda apresentava a vantagem de uma
escalabilidade gradual, pois bastava acrescentar-se novas máquinas com discos à medida
que aumentassem as necessidades. Mas esta descentralização de dados não deu certo.
Bastava uma máquina parar e toda rede ficava prejudicada. Em cada uma era preciso
ter todos os controles de I/O (input e output) de dados armazenados, o que consome
muitos recursos de memória e processamento e era impossível coordenar todos os
arquivos do aplicativo, espalhados pela rede. Amplus e Novell foram as empresas que
mais investiram nesta solução, econômica, porém altamente instável.

A alocação de um Servidor dedicado foi a próxima solução. Reserva-se uma única máquina,
no máximo uma segunda para espelhamento de dados, para gerenciar e manter toda a
base de dados. As estações ficam com o processamento e controle de teclado e tela, o
Servidor armazena os dados. O Clipper, da Nantucket/CA e sucessor do Dbase, foi quem
se sobressaiu nesta época, que se iniciou em 1987 com a versão Summer e só teve sua
trajetória interrompida com a chegada do Windows, da Microsoft, já em meados da
década de 90, depois de uma sofisticada Versão 5, ainda DOS, e que continha comandos
e recursos agora já bem comparáveis aos velhos mainframes. E até com uma pincelada
de Windows, através do Five-Win, biblioteca espanhola, que dava ao Clipper funções
gráficas de extremo bom gosto.

Windows

Windows é um sistema orientado a eventos. É gráfico, portanto o desenvolvimento é


visual. Além disso, as linguagens disponíveis são orientadas a objeto. Contrariamente
ao que ocorre com a programação procedimental, onde a seqüência das ações é
controlada pelo programa, em Windows, quem controla esta seqüência é o usuário,
através do mouse. Com ele é possível clicar qualquer botão ou campo habilitado na tela
e a resposta tem que ser específica para aquele evento. Windows envia ao programa
uma mensagem, comunicando-lhe sobre o evento. Tratado o evento, o programa
devolve o comando para o Windows. Windows pode, grotescamente, ser considerado
uma super aplicação enquanto que os programas são meras sub-rotinas que estão sob
seu controle.

28
O fato de ser gráfico faz com que boa parte dos programas sejam desenvolvidos de
forma Visual, ou seja, ao invés de escrever-se código fonte, insere-se os elementos na

Evolução da Tecnologia
tela a partir de uma janela de CLASSES. Os elementos criados são os OBJETOS, instancias
das Classes. Customiza-se os Objetos alterando-se suas propriedades e métodos. É a
OOP – Object-Oriented Programming (Programação Orientada a Objetos). A partir deste
trabalho é gerado um código fonte, que pode ou não ser modificado. Mas a programação
Visual resolve apenas parte dos problemas de uma aplicação: telas, controles, menus,
relacionamentos, etc. A parte de procedimentos, ou seja, as regras de negócios, precisam
ser escritas na forma tradicional.

Em Windows, programar o que é simples é muito fácil, mas o que é complexo é


exponencialmente mais difícil. O Visual Basic, da própria Microsoft, o Delphi, da Borland
e o Visual Object, pretensioso sucessor do Clipper, da Computer Associates, foram as
primeiras linguagens que despontaram neste ambiente. Mais tarde e já na mira de
oferecer alternativas ao Windows, veio o Java. Junto com ele o Linux, sucessor do Unix,
eterno rival do DOS e agora ameaça ao próprio Windows.

Redes

Mas voltando às redes, um grave problema ainda persistia. O fato de praticamente todo
o processamento ser realizado na estação e o servidor ser um mero repositório de dados
fazia com que fosse intenso o tráfego na rede. Razoável em redes locais – LAN (Local
Area Networks), onde a velocidade de transmissão logo atingiu 10 mega bits por segundo
(mbps), mas extremamente lenta quando utilizava as linhas telefônicas, a no máximo
9,6 kbps. O processamento remoto exigia uma série de soluções alternativas, como o
Metaframe e o Cisasync, que por serem complexas, não resolviam todos os problemas.
O Metaframe simula uma estação local escrava do terminal remoto, usando para isto um
servidor de comunicação e o Cisasync faz o espelhamento de dois servidores remotos,
mantendo-os atualizados, e cada um atendendo as estações de sua localidade.

Por outro lado, a arquitetura cliente-servidor caminhava a passos largos impulsionada


pelo progresso e, principalmente, pelo barateamento das soluções SQL. Oracle, IBM,
Sybase, Borland pressionadas pela agressiva entrada do SQL Server da Microsoft,
também baixavam seus preços e viabilizaram a arquitetura para a micro informática.

Processamento centralizado com servidores robustos e estações leves, por vezes disk-
less, ou seja, sem discos de alta capacidade, já pensando na multiplicidade de novos e
simples dispositivos de acesso, lembrando as antigas configurações de mainframes
com seus terminais burros. Mas as Stored Procedures do SQL ainda não eram a solução
perfeita. Incompatíveis entre si, trabalhosas em seu código e sobrecarregando o Servidor
de Dados forçaram mais um desmembramento.

29
Surgia o Servidor de Aplicações que forma, juntamente com a Estação e o Servidor de
Dados, a arquitetura de 3 camadas (3-thiers) depois expandida para multi-camada (multi-
Evolução da Tecnologia

thier) com o desmembramento dos ervidores de Aplicação. Cada um cuidando de uma


parte da aplicação, sendo que neles pode-se programar em qualquer linguagem.

E para tal não se podia pensar em fazer todo o processo em um único micro, ou mesmo
em um conjunto deles mas totalmente desconectados entre sí. Até que houveram
tentativas deste tipo, fazendo-se a transferência de dados através do transporte físico
em disquetes. Mas foram as Redes que definitivamente resolveram estes problemas.
Inicialmente pensou-se no mais óbvio. Simplesmente conectar-se os micros através de
cabos, cada um armazenando parte dos dados, mas todos acessando os vários discos
espalhados pela rede. Era a rede peer-to-peer, que ainda apresentava a vantagem de uma
escalabilidade gradual, pois bastava acrescentar-se novas máquinas com discos à medida
que aumentassem as necessidades. Mas esta descentralização de dados não deu certo.
Bastava uma máquina parar e toda rede ficava prejudicada. Em cada uma era preciso
ter todos os controles de I/O (input e output) de dados armazenados, o que consome
muitos recursos de memória e processamento e era impossível coordenar todos os
arquivos do aplicativo, espalhados pela rede. Amplus e Novell foram as empresas que
mais investiram nesta solução, econômica, porém altamente instável.

A alocação de um Servidor dedicado foi a próxima solução. Reserva-se uma única máquina,
no máximo uma segunda para espelhamento de dados, para gerenciar e manter toda a
base de dados. As estações ficam com o processamento e controle de teclado e tela, o
Servidor armazena os dados. O Clipper, da Nantucket/CA e sucessor do Dbase, foi quem
se sobressaiu nesta época, que se iniciou em 1987 com a versão Summer e só teve sua
trajetória interrompida com a chegada do Windows, da Microsoft, já em meados da
década de 90, depois de uma sofisticada Versão 5, ainda DOS, e que continha comandos
e recursos agora já bem comparáveis aos velhos mainframes. E até com uma pincelada
de Windows, através do Five-Win, biblioteca espanhola, que dava ao Clipper funções
gráficas de extremo bom gosto.

É o inicio de uma forte tendência para a distribuição de carga do processamento


denominada computação de grade (OGSA – Open Grid Services Architecture)

Figura 2.5 - Evolução da comunicação dos computadores.

30
Houve também uma evolução no hardware das máquinas, passando de 8 bits, depois
para 16, 32 e agora 64 bits. O Windows acompanhou esta evolução, conforme surgiam

Evolução da Tecnologia
novas versões.

Figura 2.6 - Evolução do, Windows.

As principais diferenças para o usuário e o programador que esta evolução traz são as
seguintes: Nasarquiteturasde16bitshaviaarestriçãodepáginasdememóriadeaté64k. Isto
gerava a necessidade de segmentação dos programas em overlays de até 64k, além da
restrição de espaço de variáveis também de 64k. Estes problemas deixaram de existir a
partir das arquiteturas de 32bits. Outro problema encontrado nas arquiteturas de 16 bits
era o fato de poderem trabalhar com multitarefa, porém não de forma preemptiva. Isto
significa que o próprio processo era o responsável por sinalizar o Windows, na versão
3.1, que o seu tempo de processamento acabou podendo ocasionar o travamento de
todo o sistema caso um processo estivesse, por exemplo, em looping. A alocação da
memória era outro fator que poderia ocasionar o bloqueio de todo o sistema no
caso de um determinado processo tentar invadir o espaço de memória reservado
para outro processo. Com a versão do Windows para 32 bits estes problemas foram
solucionados. A alocação da memória deixou de ser realizada através de páginas de
64k, possibilitando uma alocação integral da memória. A partir desta versão, o Windows
passou a ser um sistema multitarefa preemptivo e incorporou um recurso para a proteção
da memória que não permite a alocação de espaços reservados. A proteção de memória
passou a gerar os conhecidos erros GPF (tentativa de invasão) apenas para o processo
que tentasse alocar um espaço de memória já reservado, preservando a execução dos
demais processos.

31
Evolução da Tecnologia Orientação a Objetos

Com as novas versões do Windows e a distribuição do processamento, a Programação


Orientada a Objetos ganhou força. Uma boa definição para Objeto seria: é um conjunto
de Propriedades e Métodos herdados de uma Classe. No fundo, uma forte evolução
das antigas Funções, visando estruturar cada vez mais o trabalho de programação,
aumentando sua eficiência e qualidade através da reusabilidade e do encapsulamento.

Os dados de um Objeto são suas propriedades e as rotinas e funções seus métodos.


Por exemplo, as propriedades de uma janela ou um botão ou um campo são a sua cor,
tamanho, tipo de fonte, borda, fundo, etc. Os métodos são as rotinas que exibem a
janela, a escondem, avançam ou retrocedem um registro, atualizam um registro, fazem
um cálculo, etc. Os métodos são funções ou procedimentos, mas com uma diferença. Os
métodos estão sempre amarrados a uma Classe. O fato é que se pode ter dois métodos
com o mesmo nome em uma única aplicação com procedimentos diferentes. É claro que
ao evocá-lo menciona-se o nome do objeto.

A partir da Classe é que se gera um Objeto. A Classe em si não é executada. É como se


fosse uma planilha vazia. Para executar uma classe, gera-se antes, a partir dela, um Objeto,
ou seja, uma Instância da Classe. O Objeto gerado passa a usar os mesmos Métodos e
Propriedades da Classe. Pode-se então alterá-lo de acordo com as necessidades.

Da mesma forma, em determinadas linguagens, pode-se criar uma nova Classe herdada
de uma outra já existente. Muda-se então uma determinada Propriedade ou um
determinado Método, e ela passará a trabalhar de forma diferente. É o mesmo Método,
porém alterado e válido desta forma para os objetos herdados desta última classe. O
exemplo do celofane explica bem como isto funciona. Tem-se um documento original e
sobre ele colocam-se novos celofanes, de modo que se vê todos os tópicos do primeiro.
Ao escrever-se uma alteração sobre este último celofane tem-se uma nova visão, onde
se herdou tudo do primeiro, mas adicionou-se as alterações do último. E assim vai-
se criando uma hierarquia de classes, cada uma delas herdando as propriedades e os
métodos de suas antecessoras. A esta característica de um Método, com um mesmo
nome trabalhar de forma diferente, dependendo da Classe a que pertence, é que se dá o
nome de Polimorfismo, que significa “aquele que apresenta muitas formas”.

Por outro lado um Método somente altera as propriedades do Objeto a que pertence,
isto para tornar o processo mais seguro e independente, ou seja, uma vez que um Objeto
está funcionando dificilmente terá problemas por interferência externa. Por vezes esta
mudança na forma de programar torna-se mais trabalhosa, mas o esforço compensa. É o
que se chama Encapsulamento.

32
A Programação Orientada a Objetos nem sempre é bem compreendida e um dos motivos
são os inúmeros termos usados pelos autores de livros para a mesma entidade. Assim

Evolução da Tecnologia
a palavra Classe é chamada por vezes de Componente, Modelo, Protótipo, Abstração. A
palavra Objeto é substituída por Instância, Componente, Filho da Classe, Substantivo. A
palavra Propriedade por Variável, Atributo, Característica, Dado, Adjetivo, Especificação,
Entidade ou Valor. Método por Procedure (Procedimento), Função, Rotina, Comando,
Verbo, Ação, Seletor.

Um exemplo de OOP (Object Oriented Programming) seria o caso de um sistema de


Faturamento, onde temos para cada Estado do Brasil um cálculo diferenciado do ICMS.
Provavelmente a rotina CalculaICMS será evocada em vários pontos do sistema e na
programação tradicional em cada um deles deveria haver uma seqüência de desvios
condicionais, ou seja comandos “IFs”, para definir qual função deveria ser acionada, já
que é necessária uma para cada Estado. Na OOP, já teríamos, de início, uma facilidade
na criação dos 27 objetos diferentes, pois pelo recurso da herança, apenas as partes
diferentes é que teriam que ser codificadas e o que fosse

igual seria herdado. No sistema, em sua abertura, em uma única seqüência de desvios
condicionais, se determina qual o objeto/ Estado que deve ser evocado ao se chamar, nos
vários pontos do sistema, CalculaICMS. Se surgir um novo Estado, basta criar uma nova
Sub-Classe e alterar o sistema em um único ponto.

Segurança e Internet

Uma das conseqüências da Internet é a preocupação cada vez maior de assegurar a


privacidade dos internautas. A verdade é que em troca dos acessos aos milhões de sites
ao redor do mundo e envio e recebimento de e_mails, a Internet é um processo bastante
vulnerável e o que temos a fazer é nos proteger com as ferramentas disponíveis.

Senhas, criptografia, assinatura digital, firewall, programas específicos e dispositivos de


hardware é o que há de disponível.

A senha nada mais é do que um código definido pelo usuário ou pelo próprio sistema
e que é comparado a cada vez que é feito o primeiro acesso. É importante entender
que a senha transita pela rede criptografada, ou seja, cada dígito é trocado com base
em um algoritmo de modo que se alguém interceptá-la não conseguirá identificá-la. Da
mesma forma ela é gravada no sistema, impedindo que alguém a descubra acessando os
arquivos de senhas. Estes algoritmos são somente de ida e para alguém descobri-lo é
preciso fazê-lo por tentativa e erro, o que pode levar anos.

33
O processo da Assinatura Digital tem como objetivo comprovar que um determinado
texto não foi alterado no seu caminho e que foi enviado pelo proprietário ou
Evolução da Tecnologia

conhecedor da chave privada de determinado usuário. Ao terminar de editar o texto é


calculada a assinatura, uma string suficientemente longa que torna impossível obtê-
la aleatoriamente. Este cálculo é feito através de um algoritmo com base nos valores
de cada dígito do texto mais o conteúdo da chave privada. Cada certificador tem seus
próprios algoritmos. Cada usuário, por outro lado, armazena em um órgão certificador,
que pode ser uma entidade do Governo ou uma empresa, a sua chave pública. Ao chegar
a mensagem no destino é feito um novo cálculo, desta vez considerando o texto e a
chave pública, mas o resultado precisa ser o mesmo. Se não bater, algo está errado.

Um exemplo hipotético: imagine o texto AC e a chave privada 5. Suponha que o algoritmo


considere que cada letra equivale à sua posição no alfabeto, logo 1 e 3, que a chave
privada é 5 e o cálculo que ele faz é simplesmente somar tudo. Logo a assinatura seria 9,
ou seja 1+3+5. Chegando ao destino o cálculo a ser feito será a soma dos dígitos mais a
chave pública multiplicado por -1. Logo a chave publica deste usuário seria (-13), pois (1+3-
13)*-1=9. É fácil imaginar como é complexo desenvolver estas chaves e os algoritmos
para tornar todo o processo realmente funcional e seguro. As certificadoras atualmente
homologadas no Brasil são a Certsign, Serasa, Caixa Econômica, todas elas filiadas ao
ICBrasil.

Tanto o sistema de senhas como o de assinatura digital perdem seu efeito caso o usuário
permita que a senha ou a chave privada caia nas mãos de pessoas indesejáveis. Isto
considerando que tanto o algoritmo como a chave pública são fáceis de ser obtidos.
Pode-se restringir a distribuição da chave pública, ou seja, o certificador somente a
entrega para quem o usuário determinar, reduzindo com isto o risco de fraude.

O sistema de Assinatura Digital também pode ser utilizado para verificar a autenticidade
de programas e arquivos, evitando que pessoas desautorizadas o alterem. É usado por,
exemplo, no sistema do Voto Eletrônico.

Para impedir o acesso aos arquivos de sua máquina, a ação vai depender se ela está conectada
diretamente a um provedor ou se ela faz parte de uma rede local na empresa. No caso da rede, o
servidor de comunicação deve fazer o trabalho de proteção, dando acesso apenas a usuários que
fazem parte da tabela de autorizados.

As páginas da Internet que são lidas por sua máquina podem conter, além dos textos
e das imagens, rotinas de programas. São os Active X, Java Scripts, VB Scripts, Applets
e Java Beans e são elas que podem “espionar” sua máquina, enviando a informação
a um determinado destino. Esta rotina pode se hospedar em sua máquina e de lá
enviar informações como quais programas e dados constam de seus arquivos, quais
procedimentos você operou ou que páginas são mais acessadas. Os Spywares, por
exemplo, podem até apresentar páginas de produtos concorrentes em sua tela toda vez
que for acessado determinado site.

34
Também sistemas ou programas adquiridos seja via down load, seja via CD ou disquete,
podem conter funções que uma vez instaladas em sua máquina podem acessar a base

Evolução da Tecnologia
do fabricante do software e verificar se o registro e os pagamentos estão em dia. Caso
negativo o programa poderia, por exemplo, autodestruir-se.

A Internet tem como mecanismo básico para o seu funcionamento o endereço IP.
Trata-se de um número de 12 dígitos, formado por 4 blocos de 3 dígitos cada . Ex:
200.250.100.120. Este número é controlado por organismos nacionais e Internacionais,
ICANN, a nível mundial; FAPESP a nivel nacional (para a Asia é a Apnic, para a América
do Norte é a Arin, para a Europa e Africa a Ripe e Latnic para a América Latina). Os
endereços de IP definem cada ponto da grande rede. A nova tendência são os endereços
dinâmicos, alterados a cada acesso.

Já os Domínios são os nomes dados aos sites armazenados nos milhões de provedores
espalhados pelo mundo. Ex: microsiga.com.br , onde a primeira parte identifica seu
proprietário, o segundo o tipo de entidade (.com para empresas, .gov para governo,
.org para outras instituições, .edu para universidades e escolas, etc) e o terceiro, o país
de origem (.br para Brasil, .uk para reino unido e sua ausência indica que a origem é
norte-americana).

Cada página do site tem seu próprio nome, colocado após uma barra (microsiga.com.br/
índice é o nome da primeira página deste site). Pode-se acessar diretamente uma página,
caso se digite seu nome completo. A URL (Uniform Resource Locator) contém além do
nome do domínio do site também o seu Protocolo, como prefixo. Http:// para as páginas
convencionais, FTP:// para arquivos que podem ser lidos e descarregados (downloads),
Https:// para as paginas seguras e por fim o e_mail (mailto:) que tem em seu endereço o
nome do usuário proprietário seguido da sigla @ (de at em inglês que significa onde) e
o domínio do provedor ou de sua empresa se tiver um domínio próprio.

Web Services
Uma nova aplicação que deverá ser muito utilizada nos próximos anos são os Web
Services. Web Services são serviços, pagos ou não, oferecidos na Internet onde uma
determinada aplicação pode receber de outra uma informação requerida. Para tornar
esta comunicação versátil entre aplicativos escritos, não só por empresas diferentes. mas
em linguagens e plataformas desiguais, criou-se um protocolo padrão denominado XML.

O XML é um formato onde cada campo ou informação é precedido e sucedido de


seu nome. É claro que ambas aplicações precisam estar sincronizadas nesta troca de
informações.

35
Evolução da Tecnologia Exemplo:

<proprietario> João </ proprietario >

<endereco> Rua Tupi 765 </endereco>

<peso> 75 </peso>

Neste caso, por exemplo, o fato do peso estar em quilos e não em libras já está pre-
determinado pelos analistas envolvidos em ambos os sistemas.

Além das informações do aplicativo propriamente dito, numa mensagem XML são
também enviados metadados que dão a ela segurança e consistência, como endereços
de origem e destino, formato dos campos, qual deve ser o retorno, regras do conteúdo.
É a WSDL (Web Services Description Language) que define este formato.

Alguns exemplos de Web Services que deverão estar disponíveis na Internet:

1. Ao se enviar um CPF para o site da Receita Federal recebe-se como resposta o nome
da pessoa e sua situação perante o Imposto de Renda.

2. Ao site do Banco Central, a cotação do dólar naquele momento

3. À Bovespa, a cotação de ações de empresas

4. A posição de estoque de um determinado produto em determinada empresa.

5. A situação de um pedido de compra, de um pagamento, de uma ordem de produção

6. Informações Comerciais

7. Dados Cadastrais

EAI - Ecosistemas
Todo este desenvolvimento que busca uma grande integração de aplicações (EAI –
Enterprise Applications Integration), a ponto do Gartner considerar que será esta a área
que mais investimentos demandará das empresas nos próximos anos, se encontra no
entanto diante de um dilema. Dois gigantes da indústria, IBM e Microsoft, tentam impor
suas plataformas de desenvolvimento próprias e a incompatibilidade entre elas cria
problemas e oportunidades para quem desenvolve sistemas.

A plataforma envolve o sistema operacional (Linux para a IBM e Windows para a


Microsoft), o ambiente de desenvolvimento (WebSphere Aplication Studio para a IBM
e Visual Studio.Net para a Microsoft), as linguagens (Java para a IBM; VB, C##, Delphi
entre outras para a Microsoft) e o ambiente do Servidor de Aplicação,WebSphere com
padrão J2EE (Java to Enterprise Environment) para a IBM e DotNet para a Microsoft.

36
Cabe a este último cuidar dos serviços de controle de processamento multicamada,
workflow,

Evolução da Tecnologia
segurança, distribuição de Web Services e até interpretação de código já que, para
permitir o uso de macros e aumentar drasticamente a flexibilidade das aplicações, a
maioria das linguagens são pseudo compiladas e necessitam de um interpretador em
tempo de execução.

Quanto ao Servidor de Dados, é claro que a IBM dá preferência ao DB2 e Informix,


ao passo que a Microsoft privilegia o SQL Server, mas neste caso existe uma relativa
compatibilidade e o uso de um ou outro, ou mesmo Oracle, Sybase e outros é indiferente.

Nos próximos anos muitos outros desafios terão que ser vencidos. Dispositivos wireless,
TV digital, Voz (ou tudo) sobre IP, integração total entre empresas, sistemas e sites
deverão funcionar de forma segura, estável e rápida. E a um baixo custo. Para o conforto
e agilidade dos cidadãos, que cada vez se tornam mais exigentes e não titubeam
em trocar de fornecedor se um outro lhe apresentar qualquer pequena vantagem,
deixando de lado a fidelidade sem o menor constrangimento. É a convergência digital
que concentrará todo este conjunto de informações (dados, voz e imagem) num único
dispositivo: o celular.

Redes de Comunicação
Mas todo este processo depende da boa performance das linhas de comunicação. E
muito tem sido investido pelas companhias do setor de telecomunicações para prover
as empresas de bons serviços nesta área.

A conexão do usuário, até bem pouco tempo, era feita somente através de linha
telefônica convencional, com velocidades entre 9,6 kbps (kilobits por segundo, ou seja,
9600 bps) e 56 kbps, isto ainda com uma qualidade que deixava muito a desejar.

Nos grandes centros urbanos já estão sendo oferecidos acessos a Web em banda larga
e, em condomínios mais privilegiados, a infra estrutura instalada para o acesso a Web
permite ao usuário escolher por usar AJato, Giro, Vírtua ou Speedy, entre outros.

Dentro desta nova realidade, é importante conhecer as tecnologias e condições que são
oferecidas por cada um dos serviços disponíveis:

Vírtua

Este serviço consiste em infra-estrutura para provimento de acesso à Internet via cabo
de TV. Um cable modem possibilita o acesso a estes serviços e a exigência é que o usuário
seja assinante de TV paga e que contrate um provedor.

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As velocidades de conexão giram em torno de 128 a 512 Kbps e a disponibilidade do
serviço depende de cabeamento na região. Além do problema de disponibilidade do
Evolução da Tecnologia

serviço, o compartilhamento do mesmo meio físico por diversos assinantes pode piorar a
velocidade de recepção caso o número de usuários da região seja elevado.

Outro problema apontado é a limitação em relação ao uso mensal, que dependendo do


plano escolhido, pode variar entre 4GB a 14 GB.

AJato
Oferece um serviço com as mesmas características do Vírtua sem as restrições quanto a
assinatura de TV paga e contrato de provedor e sem a restrição de uso mensal, além de
oferecer e-mail incluído no serviço.
Outro aspecto relevante deste serviço é a oferta de acesso via rádio para as regiões que
não tem infra-estrutura de cabeamento.

CDMA 1xEVDO - Giro


A tecnologia implementada neste serviço possibilita, em tese, um limite máximo de
2,4 Gbps, com downloads de 300 Kbps e uploads de 156 Kbps, porém com restrição de
limite máximo de downloads em torno de 1 GB e 2 GB por mês dependendo do plano
contratado.

Satélite - StarOne
Por se tratar de um serviço que utiliza antena de satélite mantém vantagem no
atendimento de regiões que não tem infra-estrutura de cabeamento. Sua velocidade de
download é de 300 Kbps e de upload de 76,8 Kbps, ou seja, bastante lentas se comparadas
com outras.

O principal problema deste serviço refere-se ao alto custo de instalação e mensalidade.

ADSL - Speedy
É um dos mais populares que possibilita uma velocidade de 128 Kbps para upload e de
256 Kbps a 2 Mbps (megabits) para download, muito embora as velocidades dependam
da distância existente entre a instalação e a central telefônica. A velocidade máxima
para as instalações mais distantes da central é de 256 Kbps.
Este tipo de serviço utiliza a linha telefônica como meio físico e há a exigência do aluguel
de um modem ADSL e a contratação de um provedor.

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Comparativo dos serviços de acesso rápido

Evolução da Tecnologia
Uma análise comparativa envolvendo velocidades, taxa de instalação, mensalidade,
aluguel do equipamento, exigência de provedor incluindo o valor total médio para cada
um dos serviços oferecidos está resumida na tabela a seguir:

Figura 2.7 - Principais serviços de acesso à Internet.

Linhas Privadas (LPs)

São conhecidas como conexões síncronas ponto-a-ponto. Atende aos casos onde se
necessita de uma boa velocidade entre, por exemplo, uma matriz e suas filiais ou ainda
entre a empresa e o seu provedor.

Independente da quantidade de informações transmitidas, o custo refere-se apenas


ao aluguel mensal da linha, sendo assim vantajoso para grandes volumes. Porém, por
se tratar de uma linha ponto-a-ponto, não oferece a flexibilidade de transmissão para
outras localidades que não tenham sido contratadas.

X.25

O X.25 é um serviço oferecido por companhias telefônicas que proporciona a flexibilidade


de transmissão para qualquer outra localidade conectada na rede. A tarifa depende do
uso e o serviço incorpora funções de algumas camadas do padrão OSI/ISO, as quais
possibilitam roteamento de pacotes, detecção e correção de erros, entre outros.

39
Evolução da Tecnologia Frame-Relay

Nesta tecnologia o provedor e seus clientes se conectam através de uma “nuvem”,


a partir da qual é fechado um circuito virtual de forma semelhante ao X.25. A grande
vantagem do circuito Frame-Relay é a velocidade em banda larga e a segurança pois
permite apenas a entrada, no circuito, de usuários previamente cadastrados.

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03 A Internet e a Evolução do ERP

e a Evolução do ERP
A Internet
Evolução do ERP

A sigla ERP chegou ao Brasil em meados da década de 90 quando aqui aportaram as


empresas estrangeiras do setor. A origem desta sigla tem uma trilha bastante curiosa.
Há de se lembrar que uma das primeiras grandes aplicações

comerciais, ainda na época dos mainframes, em 1960, foi um sistema denominado MRP
I – Material Requirement Planning – que será oportunamente tratado no capítulo 3, e
que basicamente calcula a necessidade de compra de matérias-primas e produção de
componentes a partir de uma previsão de vendas e da situação dos estoques.

Isto, em grandes fábricas, com grandes quantidades de produtos acabados, inúmeros


níveis de componentes, cada um formado por matérias-primas utilizadas muitas vezes em
quantidades diferentes, é um cálculo bastante trabalhoso. Mas, se por um lado o MRP I
informa o que deve ser produzido e comprado, por outro ele não diz como. E como quem
dá a missão deve fornecer os meios, surgiram a seguir, já na década de 70, os sistemas
MRP II.

A sigla igual é mera coincidência , daí a diferenciação pelo ordinal I e II. MRP II significa
Manufactoring Resources Planning, traduzindo Planejamento dos Recursos da Manufatura.
Através do MRP II é possível saber quem vai produzir, quando e com quais recursos, ou seja,
a fábrica é alocada minuto a minuto, operação a operação de acordo com um calendário
pré-definido e um conjunto de recursos disponíveis.

Mas uma empresa não é constituida somente por máquinas e materiais. São também
parte integrante e importante dinheiro e pessoas. O dinheiro é controlado pelos
módulos financeiro e contábil e gente pelos sistemas de RH. A integração entre todos
eles, é verdade, já existia há muito tempo e através dos Sistemas Integrados de Gestão
que abundavam em muitas empresas, talvez não tão sofisticados quanto aqueles que
chegavam ao país com grande pompa, mas certamente eficientes diante dos recursos
disponíveis e suficientes para as necessidades da época de nosso empresariado. O SIGA -
Sistema Integrado de Gerência Automática, por exemplo, nasceu em 1969.

41
De qualquer forma ERP – Enterprise Resources Planning ou Planejamento dos Recursos
da Empresa - é o novo nome dado a este tipo de solução: a informatização integrada
e a Evolução do ERP

de todos os processos de uma empresa, sejam eles contábeis, financeiros, de RH, de


estoques, custos, compras, produção, faturamento etc.
A Internet

Para explicar melhor qual a real abrangência de uma solução ERP, nada como uma
narração esportiva com base em um fluxo representativo, já que o futebol está na alma
do brasileiro e através dele nada se torna monótono. Vamos a ela.

Figura 3.1 - Fluxograma geral do ERP.

Abrem-se as cortinas, começa o espetáculo e sai jogando o cliente.

Figura 3.2 - Geração de pedido.

42
Ele faz o pedido de vendas. O jogo promete. É feita a liberação do crédito de forma
eletrônica nas principais entidades do mercado. Passa pelo Serasa, SPC e aprova o

e a Evolução do ERP
pedido. Vai para a liberação de estoque. Se for contra-entrega, emite a nota fiscal e
despacha a mercadoria para o Cliente.

A Internet
Figura 3.3 - Planejamento das necessidades de materiais.

Se for por encomenda, vai para o PCP. É o planejamento e controle da produção. Parte
das previsões de vendas e projeta o estoque. Executa o MRP I. É o Material Requirement
Planning, o Planejamento das Necessidades de Materiais.

Figura 3.4 - Planejamento das necessidades de materiais.

Explode a estrutura. Gera as ordens de produção. Para as matérias--primas faz as


solicitações de compras. Se for produto importado, já integra com o Siscomex .
Vê a cotação do dólar. As cotações de compras são enviadas, via Internet, para os
fornecedores.

43
Os fornecedores recebem, dão os preços, as condições de entrega e de pagamento.
O sistema negocia, pechincha e obtém o melhor preço. Faz o e-procurement. Emite o
e a Evolução do ERP

pedido de compra e o manda para frente. O fornecedor recebe, sofre dura marcação
do follow up. Planeja, produz, carrega o caminhão e descarrega a mercadoria para o seu
A Internet

destino. É o Supply Chain Management, funcionando de verdade.

Figura 3.5 - Supply Chain Management.

Vem o Recebimento, pega o material, passa pelo Controle de Qualidade e coloca-o


no estoque de matéria-prima, e olha a integração já sendo feita em tempo real e
automaticamente. Atualiza os livros fiscais, o Pedido de Compra e inclui o título no
Contas a Pagar. E olha lá , até o lançamento contábil já é feito de forma automática e
inteligente.

Figura 3.6 - Lançamento contábil automático.

44
O material entra rachando no estoque. Vem a requisição, por trás, rouba a mercadoria,
coloca no chão de fábrica. Vem o MRP II. Entra na jogada. É o Manufactoring Resources

e a Evolução do ERP
Planning. Faz a carga de máquina. Aloca os recursos. Minuto a minuto, operação a operação.
Ninguém fica parado. É todo mundo se mexendo. A produção rola macia. Vai entrando no

A Internet
estoque de produto acabado. Tem até coletor eletrônico, controlando o processo.

Figura 3.7 - Lançamento contábil automático.

E tudo sai valorizado e contabilizado pelos custos standard e real. A depreciação


é calculada pelo Ativo Fixo; a mão- de-obra, pela Folha de Pagamento e pelo Ponto
Eletrônico. Até os custos indiretos são rateados pela contabilidade.

Figura 3.8 - Lançamento Contábil Automático.

45
Volta, agora, o faturamento. Ele tem o produto, prepara, emite a nota fiscal e manda a
mercadoria para o cliente. É logística que não acaba mais.
e a Evolução do ERP

A duplicata vai para o Contas a Receber, que passa o título para o banco via CNAB.
A Internet

Ninguém põe a mão na bufunfa, o banco recebe, quita o título, faz o depósito e devolve
a informação para o sistema.

Figura 3.9 - Quitação de títulos.

E vai enchendo a bola do caixa! É dinheiro que não acaba mais, mas vem o contas a pagar
e estraga a festa. Choca-se com o contas a receber e emite o fluxo de caixa.

Tá sobrando, tá faltando. É feita a simulação. Paga, recebe, quita,aplica, financia e res-


gata. Compara o real com o orçamento e durma-se tranqüilo com um controle destes.

Mas o financeiro não pára. Manda os lançamentos para a contabilidade que recebe-os
livre e avança sozinha pela direita. Não tem ninguém na marcação! Passa pelo razão,
passa pelo balancete, dá um drible no diário e um chapéu no fiscal. Centra. Na área.

A bola vai na cabeça do Sigaeis - Executive Information System. Vem o Data Warehouse,
faz tabelinha com o Workflow, pega os resultados , consolida, sintetiza, analisa e en-
trega de bandeja para os diretores. Eles recebem, se reunem, decidem, analisam ... tô
sentindo o cheiro do gol, chutou ééééé........gooooool.

A torcida explode de emoção, mas....o que houve??

Figura 3.10 - Consolidação de resultados.

46
Não, não foi gol, o juiz anulou. Ele deu lucro, muito lucro para as empresas que usam a solução
ERP. E olha lá o placar no Morumbi: Receitas 10 x Despesas 0. É 100% de aproveitamento.

e a Evolução do ERP
(Fim da radiação)

A Internet
Este cenário é sem dúvida o sonho de todo administrador de empresas que hoje
sofre o impacto de novas tecnologias, principalmente as originárias da Internet que
revolucionam todo o processo, tornando-o cada vez ainda mais eficiente, rápido,
econômico e indispensável.

Como a Internet se Integra às Soluções de ERP


A Internet faz com que o ERP ultrapasse, em termos sistêmicos, as fronteiras da empresa
integrando-a cada vez mais com seus clientes, com o mercado, com seus fornecedores,
com o governo, com os bancos e até com seus funcionários.

A Internet transformou o mundo em uma imensa rede em que todos têm acesso a todas
as informações de todas as empresas ligadas à rede. Tudo respeitando, é claro, os dados
sigilosos e dentro de um esquema de segurança que não traga prejuízos a ninguém.

A palavra de ordem é a conectividade. De sua mesa de trabalho você se comunica, negocia,


compra, vende e se informa. Não importa aonde esteja seu interlocutor, em seu bairro,
em sua cidade, do outro lado do país ou do mundo.

Explorando estes recursos, algumas novas aplicações ligadas ao ERP ganharam força:
CRM, Call Center, e-commerce, Supply Chain e apoio logístico.

CRM – Customer Relationship Management

Se antigamente, nos tempos das velhas lojinhas e armazéns de esquina, podia se dizer
que o dono do estabelecimento comercial conhecia profundamente cada um de seus
fregueses, suas necessidades, seus desejos e sua capacidade financeira, e dava a cada
um atendimento especial, o mesmo não se pode dizer dos tempos atuais, em que as
grandes redes de magazines tratam-nos friamente como um simples cliente a mais, na
verdade um código cadastrado e ativo em suas vastas bases de dados.

Com os novos recursos o CRM veio para mudar esta situação, mesmo porque aquele
cliente que antes não era tão exigente passou, agora, a ser mais cortejado e assediado por
fortes esquemas mercadológicos, esquemas estes baseados exatamente nos próprios
recursos da informática. O CRM restaura o atendimento one-to-one, onde aquelas
necessidades, desejos e capacidade financeira passam a fazer parte, de forma organizada
e rapidamente acessível, daquelas mesmas bases de dados que agora se propõem a ter
mais informações que não apenas o “valor faturado” e a “data da última compra”.

47
Um exemplo típico de CRM está presente em algumas redes de supermercados.
Disponibilizando um simples cartão, que também facilita o processo de pagamento dos
e a Evolução do ERP

clientes, tem ele na verdade a finalidade de permitir o armazenamento de todas as


compras de cada cliente, em quantidade, código, data e valor de cada produto adquirido.
A Internet

Assim, em uma próxima promoção, o marketing será muito mais dirigido e eficiente pois
será feito com base nestas informações.

A venda não se resume à simples digitação do pedido e à conseqüente emissão da nota


fiscal e da duplicata. Envolve o tele-marketing, a pré-venda, o suporte pós-venda, a
assistência técnica, o histórico das últimas compras, o controle das pendências enfim, o
direcionamento e atendimento personalizado do cliente.

Call Center
Para realizar parte destas tarefas utiliza-se o CTI – Computer Telephone Interface – que
disponibiliza a rede de telefones como terminais de redes de computadores.

O Call Center, que utiliza esta tecnologia, alem de direcionar chamadas telefônicas,
acessa as bases de dados de sistemas ERP. Assim por exemplo, um cliente pode telefonar
e questionar sobre a disponibilidade de um item, a situação de suas contas ou a efetiva
data de entrega de um pedido pendente. Utilizando o teclado do telefone como meio
de entrada, e tendo por trás um programa que o dirige através de uma gravação pré-
formatada, o sistema acessa, depois de receber os códigos devidos, as informações
no banco de dados. Concluída a pesquisa, monta a frase resposta, composta de uma
seqüência de palavras previamente gravadas. A URA, Unidade de Resposta Audível, que
funciona à semelhança de uma rotina de edição por extenso, monta o texto sonoro que
é editado pela linha telefônica. Assim, aqui vão alguns exemplos:

• Seu pedido número 123456 será entregue no próximo dia 10 de junho.

• O produto 654321, sulfato de sódio, está com disponibilidade de 100 kilos para
entrega imediata.

• Seu saldo devedor é de 5 mil reais, referentes às duplicatas números 1234 e


2345, com vencimento para os dias 12 de maio e 20 de maio.

O Call Center permite este atendimento, bastante personalizado, sem que para tal haja
necessidade de um atendente presencial e o serviço pode ser disponibilizado 24x7,
ou seja, 24 horas do dia, 7 dias da semana. É claro que hoje é muito mais comum o
funcionamento do Call Center ainda com a intervenção de um atendente. Mas mesmo
nestes casos ele já conta com forte apoio do sistema em seu trabalho de suporte por
telefone.

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e-commerce e Supply Chain Management (SCM)
O comércio eletrônico teve seu início, na verdade, já há mais de uma década.

e a Evolução do ERP
Seja pela troca de documentos, via telex ou fax, seja mais recentemente através de

A Internet
EDI – Eletronic Data Interchange —, onde empresas de comunicações viabilizam a
compatibilidade entre registros transmitidos pela rede. A própria venda postal, via
catálogos, ou os programas de shopping que proliferam nas emissoras de televisão são
um prenúncio de que este tipo de comércio não-presencial ou à distância funciona.

Uma primeira forma mais avançada de comércio eletrônico surgiu com as montadoras
de veículos e as redes de supermercados, que exaustivamente planejam e replanejam
suas encomendas que são colocadas em suas vastas redes de fornecedores, acessando
diretamente suas bases de dados.

É natural que a prática do comércio eletrônico é mais fácil no caso de compras sistemáticas,
onde existe um contrato de fornecimento que estabelece as condições básicas de compra
e venda; nos casos de “commodities” com produtos de mesma origem e qualidade e
ainda na aquisição de materiais de consumo e preços assemelhados.

O comércio eletrônico envolve não somente a venda em si, como também o marketing,
a logística de entrega, o pagamento, o suporte pós-vendas e assistência técnica e
principalmente a integração com as soluções ERP das empresas envolvidas.

Oferta para um mercado mais amplo, redução no ciclo de vendas do produto (a


Heineken conseguiu reduzir este ciclo de 3 meses para 4 semanas), redução de custos,
especialmente com a eliminação de estoques e de instalações tradicionais, facilidade
da operação (pode ser feita sem sair de casa, a qualquer momento), velocidade nas
comunicações, são algumas das vantagens básicas do comércio eletrônico.

No que tange às mudanças que o comércio eletrônico proporciona nas transações de compra
e venda, podemos destacar:

Preços dinâmicos, administrados pelo próprio sistema, onde por exemplos produtos
perecíveis, como alimentos, ou que se exaurem como tickets de viagem e de eventos
esportivos e artísticos ou ainda diárias de hotel vão se alterando à medida que se
aproxima a data fatal.

Produtos passíveis de reprodução e distribuição digital como CDs musicais, softwares,


livros, revistas e jornais, games, filmes, cursos apresentados nos sites de educação a
distância, produtos financeiros como a compra e resgate de títulos, serviços bancários e
outros mais terão uma forte redução em seus preços em função da eliminação de uma
série de custos existentes no processo tradicional. Isto fora a questão da tributação,
atualmente sendo bastante discutida pelas autoridades.

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A possibilidade de uma abrangente análise de preços, processo denominado “shopbots”
e feitos por exemplo pelo Miner, um programa brasileiro que pesquisa preços em
e a Evolução do ERP

todos os sites que oferecem o produto solicitado, faz com que haja uma tendência de
convergência de valores, pois um preço fora do padrão praticamente retira o produto
A Internet

do mercado. Para garantir ao menos parte da fidelidade, programas de milhagem


oferecem cada vez mais vantagens àqueles que compram sempre da mesma fonte.

O leilão eletrônico, nas suas variadas formas, tem sido também um mecanismo bastante
utilizado em determinados sites da Internet. Assim a eBay, pioneira de leilões, tem hoje
2,4 milhões de itens, em 1627 categorias e uma comunidade de usuários de 3,8 milhões
de pessoas. E não são apenas quadros, jóias, obras raras ou outros produtos com preços
incertos que lá são encontrados. A eBay criou também um sistema de pontuação entre
os maiores vendedores do site, baseado nas experiências dos compradores, com o
objetivo de reduzir fraudes ou negócios com conseqüências negativas. No Brasil temos
o Submarino e o Mercado Livre, entre outros. Funciona tanto no B2B, Business to
Business como no B2C, Business to Consumer (Amazon, Dell), como no C2C, Consumer
to Consumer.

Alguns sites oferecem produtos tradicionais, mas cujos preços flutuam de acordo
com a oferta e a procura, ao estilo de um leilão contínuo. É o mesmo espírito da Bolsa
de Valores, onde os preços de ações sobem e descem à medida que compradores e
vendedores fecham seus negócios.

O leilão invertido, lançado pela Priceline, funciona de forma inversa ao leilão tradicional.
O comprador informa o que necessita e os vendedores apresentam o seu preço. O
comprador pode inclusive estipular o valor máximo. É usado para a compra de passagens
aéreas, carros, diárias de hotel etc.

Procurando ganhar no poder de compra, alguns sites estão possibilitando que várias
empresas se unam, mesmo sendo concorrentes, na hora da compra, em especial para a
aquisição de materiais de consumo. Assim, os compradores colocam suas necessidades
e o site tenta obter o melhor negócio fazendo a pesquisa na própria rede (e-procurement).

De forma semelhante há sites onde se cria uma espécie de feira (e-marketplace) , com
vários fornecedores de produtos análogos que se colocam à disposição de quem queira
comprar. É claro que cada um oferecendo algo a mais para atrair o seu cliente. Atuam
no setor siderúrgico (e-steel.com), agrobusiness (agrosite.com), construção civil
(construservice), alimentício (mercador.com) e muitos outros.

50
Um dos grandes problemas do comércio eletrônico é ainda o da conectividade de software,
ou seja, a possibilidade de se eliminar os intermediários neste processo. Assim, as antigas

e a Evolução do ERP
empresas de EDI, que antes da Internet proviam o serviço de comunicações, ainda hoje
têm sua utilidade, transformando-se em canais eletrônicos, compatibilizando a troca

A Internet
de dados (pedidos, notas fiscais, avisos de pagamento, posições de estoque, etc)
entre clientes e fornecedores, mesmo que os sistemas de ambos sejam totalmente
incompatíveis. A ASSESPRO-SP, Associação das Empresas Brasileiras de TI, Software
e Internet, lançou um boletim no qual propõe um formato padrão para COTAÇÃO E
PEDIDO DE COMPRAS. A idéia é que, à semelhança do formato CNAB, adotado pelos
bancos para a troca de títulos, todas as soluções de ERP, conversem entre si através
deste formato, dispensando o trabalho do intermediário. O formato XML flexibiliza
este procedimento. Os primeiros campos são preenchidos pelo comprador. Os demais
pelo fornecedor.

Cotação
1. número da cotação do comprador

2. quantidade de itens

3. CNPJ/CIC do comprador

4. nome do comprador

5. contato no comprador

6. telefone do comprador

7. endereço do local de entrega

8. e-mail do comprador

9. número da cotação no fornecedor

10. CNPJ do fornecedor

11. nome do fornecedor

12. contato no fornecedor

13. telefone do fornecedor

14. e-mail do fornecedor

15. data de emissão da cotação

16. data da resposta

17. data de validade da cotação

51
Item_nnn
41. código do produto no comprador
e a Evolução do ERP

42. código do produto no fornecedor


A Internet

43. descrição do produto

44. quantidade solicitada

45. quantidade ofertada

46. unidade de medida

47. preço à vista

48. tipo de moeda

49. preço à prazo

50. despesas acessórias em valor

51. despesas acessórias em porcentagem

52. porcentagem do ICMS

53. porcentagem do IPI

54. porcentagem do ISS

55. condição de pagamento

56. data de entrega

57. observações

58. FOB ou CIF

Total
71. somatória dos preços à vista

72. despesas acessórias em valor

73. despesas acessórias em porcentual

52
Complemento
Para a efetivação do Pedido são acrescentados os seguintes campos na seção COTAÇÃO,

e a Evolução do ERP
campos que se destinam principalmente à emissão da nota fiscal.

A Internet
18. número do pedido no comprador

19. código do comprador no fornecedor

20. inscrição estadual

21. inscrição municipal

22 a 26. endereço de faturamento

27 a 31. endereço de cobrança

A adoção deste formato padrão tem o objetivo de dinamizar o comércio eletrônico.

Mas são os estabelecimentos comerciais tradicionais que ainda terão as melhores


possibilidades de incrementar suas vendas através da rede. Não será fácil para os
portais, com a “taxa de pedágio” ao redor de 3% do valor da venda, conseguir pagar os
custos relativamente altos da infra-estrutura. A Amazon.com é um exemplo marcante,
pois saindo na frente em um mercado favorável a este tipo de comércio – livros todo
mundo compra, a quantidade de títulos é absurdamente grande e o seu transporte
pode ser feito via postal – conseguiu aproveitar as duas maiores vantagens do comércio
eletrônico: não mantinha estoque próprio e não tinha estabelecimentos físicos. Hoje,
tem seus próprios armazéns para garantir a pronta entrega, onde os estoques são bastante
elevados. Muitos outros sites, neste ou noutro setor, como remédios, sucumbiram pois
os fabricantes e distribuidores não se arriscaram a suprí-los, com receio de destruir a
rede física, montada às custas de anos de sacrifício.

Há de se citar também que o comércio eletrônico apresenta suas desvantagens,


que devem, de qualquer forma ser consideradas: elimina o prazer social da compra,
a interação física com o produto, principalmente nas primeiras aquisições, a espera
necessária, por vezes demorada ou pelo menos fora do prometido, já que o processo de
entrega nunca será perfeito, o alto custo do transporte para itens pesados e volumosos
e o receio quanto à segurança, em especial quando o pagamento é feito através do
cartão de crédito.

Uma solução interessante que está sendo adotada por algumas empresas consiste
em eleger uma rede de lojas tradicional, presente nos mais remotos pontos do país,
que serve como “depósito de entrega” dos produtos vendidos na Internet. Assim,
o comprador se compromete a retirar o produto em local não muito distante de sua
residência, e em troca, só faz o pagamento no ato da entrega.

53
Desta forma é possível automatizar o processo de compra e venda, seja ele restrito a
alguns fornecedores ou aberto a todas as empresas fabricantes do produto solicitado.
e a Evolução do ERP

A cotação de compra pode ser de natureza pública ou restrita. Considera-se de natureza


A Internet

pública a cotação que pode ser respondida por qualquer fornecedor do produto
solicitado, identificado pela NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul). Nas cotações
de natureza restrita, os fornecedores são indicados pelo próprio solicitante.

Pagamentos eletrônicos acontecem automaticamente: via transferência bancária ou através


da emissão de boletos que depois são pagos na própria Internet, ou ainda pelo cartão de
crédito ou débito. Importadores e exportadores falam diretamente com os despachantes.

Apoio Logístico
A área de logística de fornecimento tem o objetivo de estreitar o relacionamento
entre clientes e fornecedores, promovendo uma redução de custos operacionais e do
tempo necessário para a aquisição de produtos, cuidando principalmente da entrega
da mercadoria.

Este processo envolve desde a otimização das cargas dos caminhões e suas rotas até
o seu completo rastreamento através de equipamentos GPSs. Com eles é possível
detectar qualquer fuga de rota do veículo e travar a abertura de suas portas caso sua
localização não esteja dentro dos pontos pré-estabelecidos.

Sua situação exata e o conteúdo sempre são conhecidos, devido à transparência da


operação logística. A tecnologia é essencial na administração da cadeia de abastecimento
de hoje. A forma como se gerencia o processo do ponto de produção até a chegada ao
local de destino, faz a diferença. O setor de varejo é um dos maiores beneficiários
das técnicas melhoradas da cadeia de abastecimento global que pode atender tantas
necessidades exclusivas do setor. Estes benefícios incluem prazo confiável para atender a
demandas sazonais e promocionais e estabelecimento do preço com frete incluso, rápido e
eficiente, propiciando entrega antecipada de mercadorias nas lojas. Sem dúvida, com isto
fica facilitada a adoção de uma política just-in-time em toda a cadeia de distribuição. Para
ilustrar um exemplo, imagine um fabricante de roupas de moda que fornece a centenas
de clientes no mundo inteiro. A partir do momento que os pedidos são colocados, é
instalado um sistema de administração do fornecedor para monitorar o progresso
do pedido. Se o prazo não será atendido, o varejista é alertado com antecedência
suficiente para tomar uma ação alternativa. Uma vez recebido o produto acabado, este
pode ser expedido do modo mais efetivo, freqüentemente em cargas consolidadas. Esta
é exatamente a flexibilidade que o comprador deseja a princípio.

54
O cenário alternativo em alguns setores de bens de consumo é a técnica de
“postponement” (retardamento), onde as opções de produtos se mantêm flexíveis

e a Evolução do ERP
e são completadas o mais tarde possível na cadeia de suprimentos. Por exemplo, no
setor de vestuário, os artigos não-tingidos poderão ser trazidos do extremo oriente,

A Internet
desembarcados na Europa e tingidos localmente, para atender à demanda. Da mesma
forma, alimentos de determinadas marcas poderão ser estocados num local central e
depois terem diferentes identificações de nacionalidade aplicadas para, em seguida,
serem distribuídos a outros países. Esta abordagem, onde uma empresa de logística
agrega valor aos produtos entre a colocação do pedido e a entrega final, é uma das
mudanças no setor.

Um dos grandes incentivadores dessa nova forma de relacionamento da cadeia


logística é o ECR (Resposta Eficente ao Consumidor). Trata-se de uma estratégia em
que indústria, distribuidores e supermercados trabalham em conjunto para tornar a
cadeia de distribuição mais ágil, reduzindo os custos totais do sistema, estoques e bens
físicos, proporcionando maior satisfação e valor ao consumidor. Já praticado nos países
desenvolvidos, o CPFR é considerado o próximo passo do ECR. Trata-se de um sistema
baseado no planejamento colaborativo. No CPFR, os elos da cadeia estão em constante
troca de informações. Analisando em conjunto fatores como picos de venda e períodos
de retração, é possível fazer previsões de consumo e, com isso, evitar desperdícios e
reduzir custos.

55
04

Funcionalidades do ERP
Funcionalidades do ERP

Funcionalidades Básicas
de um Sistema de ERP

Um Sistema de ERP (Enterprise Resource Planning) visa a automação dos procedimentos


de uma empresa. Abrange o seu planejamento, execução e controle sob o ponto de vista
econômico e financeiro, através de uma série de técnicas, conhecidas

e simples, que realizam esta tarefa de uma forma mais eficiente e rápida do que qualquer
outro método de trabalho, fornecendo mobilidade para toda a empresa, independente
da sua área de atuação no mercado.

O objetivo é mostrar como um Sistema de ERP cumpre esta tarefa através de seus módulos
básicos de Contabilidade, Custos, Compras, PCP, Faturamento, Livros Fiscais, Financeiro,
Ativo Fixo e Folha de Pagamento.

A integração entre os módulos é obtida através do aproveitamento total dos dados de


entrada, onde estas informações são compartilhadas entre os módulos correspondentes
dentro do sistema. Com isso elimina-se qualquer tipo de redundância na digitação dos
dados, sem diminuir o rigoroso controle administrativo e financeiro.

Este compartilhamento de informações é a chave para o sucesso Administrativo, uma


vez que o ERP proporciona a atualização dos dados em tempo real (on-line) e de forma
íntegra, formando assim a Base de Conhecimento da Empresa com uma excelente
qualidade.

A bandeira de um sistema de ERP é representada pelo fluxograma mostrado nos capítulos


2,4 e 18, onde se vê claramente os pontos de integração entre os vários departamentos
de uma empresa, seja ela de qualquer tipo: industrial, comercial, prestadora de serviços
ou um conjunto dessas atividades.

57
Funcionalidades do ERP Contabilidade
É importante destacar que a contabilidade exerce um papel fundamental em um Siste-
ma de ERP, pois é para lá que convergem todos os dados que de alguma forma alteram
o patrimônio de uma empresa.

Através dos lançamentos automáticos as contas de estoques, por exemplo, são atuali-
zadas a cada movimentação de material, ou seja, pelo recebimento de compras, requi-
sições, produções e vendas. O custo da mercadoria vendida é contabilizado a cada nota
emitida, o que permite uma perfeita integração entre o controle de estoque e a contabi-
lidade. As contas de duplicatas a receber e a pagar devem ser mantidas na contabilidade
de forma sintética, já que o controle detalhado é feito no módulo financeiro gerando
lançamentos à medida em que os títulos são movimentados.

Figura 4.1 - Lançamentos automáticos

As contas de despesas devem ser discriminadas por centros de custos para que se faça a
devida apropriação nos produtos. Logo, também é importante um bom critério de rateios.

De qualquer forma, a maior parte dos lançamentos é sempre feita de forma automática,
a partir de regras definidas pelo usuário para cada tipo de entrada ou saída de dados.

58
Os relatórios como diário, balancete e razão são impressos em formulários especiais
e devem ser encadernados ou armazenados em mídias eletrônicas para ficarem à

Funcionalidades do ERP
disposição de qualquer consulta futura, principalmente fiscal.

Podemos concluir que dentro do fluxo ERP, a contabilidade é o módulo que mais recebe
dados de outros, já que quase todas as áreas geram informações contábeis.

Custos
O módulo de custos é totalmente integrado à contabilidade. Este é sem dúvida um
dos grandes problemas das empresas não só devido à nossa persistente, embora agora
pequena, inflação, como também por causa das margens de lucro, cada vez mais restritas
em função da acirrada concorrência, agora global.

O custo de um produto pode ser visto sob diferentes óticas. Uma delas, o custo de
reposição ou standard, com base em valores atualizados e quantidades padrão de
cada componente. Outra pelo custo médio que atende a todos os requisitos de nossa
complexa legislação de imposto de renda.

O custo real pode ainda ser calculado em moeda forte, para inibir os efeitos da inflação.
Para o cálculo do custo de reposição ou standard, este é baseado na estrutura do produto
e sua implantação permite não somente este cálculo como também o uso do MRP I e II, as
variações do consumo de matéria-prima e eficiência da mão-de-obra, a determinação dos
preços de vendas e a tomada de decisão sobre o processo de fabricação de determinado item.

Figura 4.2 - Custo.

Os custos de reposição ou standard de cada matéria-prima podem ser atualizados a cada


nova compra ou ainda através de uma cotação específica, de modo que a consulta à es-
trutura fornece o custo atualizado. Esta atualização poderá ser visualizada no término
ou durante a produção, conseguindo assim valorizar o custo do produto em cada etapa
produtiva. Com base nestes dados, o sistema pode sugerir o preço de venda levando
ainda em consideração outros fatores determinados pela empresa, como por exemplo,
lucro desejado, volume de vendas, despesas administrativas e de vendas e a própria elas-
ticidade do produto no mercado.

59
Funcionalidades do ERP

Figura 4.3 - Apropriação dos custos.

O cálculo do custo real tem início no recebimento dos materiais, onde é determi- nado o
novo custo médio das matérias-primas que valorizarão as requisições, sejam elas manu-
ais ou automáticas. A apropriação destas requisições para as ordens de produção pode
ser de forma direta ou indireta, total ou parcial. A direta é a mais trabalhosa, pois exige
que na própria requisição se informe o seu destino, porém mais exata pois cada ordem
de produção recebe apenas o que de fato foi consumido, ao passo que na indireta ou
pelo standard o sistema distribui os materiais requisitados de acordo com as quantidades
informadas na estrutura do produto, permitindo que a saída do almoxarifado seja feita
de forma simplificada e genérica.

Figura 4.4 - Classificação da apropriação de custos: diretos e indiretos.

60
Esquema semelhante é usado na apropriação da mão-de-obra e dos gastos gerais de
fabricação (GGF), ou seja, ou pelo apontamento das horas ou apropriando-se com base

Funcionalidades do ERP
nas estruturas, as quais contém o número de horas necessárias para a alocação na
produção.

Figura 4.5 - Mão-de-obra e gastos gerais de fabricação na composição dos custos.

A atualização dos custos propaga-se por todo o processo de produção chegando até o
custo da mercadoria vendida, onde ele pode ser comparado com o standard e definir o
lucro da venda.

Compras
Como vimos, custos depende de compras e, esta por sua vez, é integrada ao PCP. O
objetivo da informatização do processo de Compras é suprir automaticamente o
estoque com base em critérios pré-estabelecidos e flexíveis o suficiente para atender
as bruscas mudanças que ocorrem na previsão de vendas. Existem vários métodos
para definir o que, quando e quanto deve ser comprado de cada ítem dentro de um
determinado período.

Se existir a estrutura dos produtos e uma certa previsão de vendas recomenda-se o MRP
I (Material Requirement Planning ou Planejamento das Necessidades de Materiais). Esta
técnica parte de um plano de produção dependente de uma previsão de vendas que
pode inclusive ser uma carteira de pedidos já encomendados, dos estoques existentes,
da carteira atualizada das ordens de produção e da carteira dos pedidos de compras.

61
Funcionalidades do ERP

Figura 4.6 - Esquema geral para definição de compras.

O futuro é dividido em períodos, que podem ser semanas, meses ou mesmo dias. O
MRP I na verdade nada mais é do que a projeção dos saldos de estoques. Através de
uma rotina de explosão, o sistema calcula a necessidade de compras/produção de cada
componente intermediário, cada matéria-prima e da mão-de-obra a ser utilizada.

Já para as empresas que não dispõem de uma estrutura de produtos e nem de uma
previsão de vendas confiável e para os materiais de consumo adota-se o método de
ponto de pedido. O sistema calcula inicialmente o consumo de cada item. Isto é feito
utilizando-se uma fórmula estatística de regressão linear onde a tendência do passado
é transformada em uma reta projetando qual será o consumo no futuro. Baseado na du-
ração dos prazos de entrega e ainda nos estoques de segurança estabelece-se o ponto
de pedido, também chamado de estoque mínimo.

Figura 4.7 - Evolução dos níveis de estoque.

62
Por outro lado a quantidade a ser comprada, ouseja, o lote econômico é definido através
de um cálculo que leva em consideração a disponibilidade financeiradaempresa,aclasse

Funcionalidades do ERP
que o item ocupa na curva ABC e a periodicidade básica de compras para cada classe.A
periodicidade, por sua vez, depende da taxa de juros que incide sobre o capital investido
no estoque, do custo de armazenagem e, por outro lado, do custo de cada pedido de
compras. Todo o processo de cotação, histórico das últimas compras, follow-up, variação
nos preços de compras deve ser controlado pelo sistema.

Ao chegar a mercadoria, sua recepção é monitorada pelo sistema. A digitação da nota


atualiza a carteira de pedidos, dá a entrada nos estoques, inclui o título em contas a
pagar, gera os lançamentos contábeis e dos livros fiscais, além de conferir a nota não só
quanto aos seus cálculos mas também quanto ao que foi estabelecido nos respectivos
pedidos de compras.

Se o departamento de compras trabalha com ferramentas BI, como o Workflow, os


pedidos de compras poderão ser liberados de forma automática. Vejamos um exemplo:
Em uma das políticas internas da empresa, determinou-se que apenas o gerente de
compras poderá autorizar compras acima de R$ 15.000,00. Quando surgir um pedido
neste perfil, o sistema identifica este critério e gera um e-mail com o pedido em questão,
envia para a caixa de entrada deste gerente, que o analisa e devolve informando se a
compra deve ser feita. Tudo isso de forma automática.

Figura 4.8 - Atualizações feitas pela nota de recebimentos.

63
Funcionalidades do ERP PCP (Planejamento e Controle da Produção)
O PCP (Planejamento e Controle da Produção), por sua vez, parte justamente do cál-
culo das necessidades de cada item a ser produzido (MRP I) e emite as respectivas or-
dens de produção, em conjunto com o roteiro de operações da carga-máquina (MRP II
Manufactoring Resources Planning ou Planejamento dos Recursos da Manufatura). Uma
rotina simples porém cheia de dispositivos que atendem toda a dinâmica existente em
uma fábrica. Máquinas e mais máquinas executando as mais variadas operações com um
calendário repleto de horas extras, fins de semana, feriados, greves, ausências, variação
na produtividade, etc.

O roteiro de operação é definido para cada componente. Informa-se para cada operação
o recurso que ela utiliza, inclusive os alternativos, a ferramenta, a duração, a descrição, o
tamanho do lote padrão e o tempo de setup. O cadastramento dos roteiros possibilita in-
clusive a existência de calendários diferenciados. O sistema efetua a alocação dos recur-
sos de forma otimizada programando a fábrica minuto a minuto, operação a operação
proporcionando os meios necessários para que medidas corretivas sejam tomadas no
sentido de evitar os tão usuais transtornos ocorridos no dia-a-dia de uma manufatura.

No mapa de recuo e avanços, por exemplo, o sistema mostra quais máquinas provoca-
ram uma alocação das operações fora do momento ideal para a produção. A produção
é informada de tal forma que os dados servem para atualizar os estoques, o próprio
programa de carga-máquina e ainda alimentar os custos em número de horas reais utili-
zadas no processo.

Figura 4.9 - Controle das operações

Faturamento
O faturamento é uma área onde normalmente há a necessidade de fortes adaptações e
é sem dúvida o setor onde sempre existem diferenças entre as empresas. É a condição
de pagamento, a política de reajuste de preços e descontos, o pagamento de comissões,
a legislação específica de ICMS e IPI, etc.

64
De qualquer forma, todas as exceções apresentadas devem ser incorporadas ao sistema
de modo que apenas a nota fiscal precise ser programada de forma específica. O módulo

Funcionalidades do ERP
de faturamento controla a carteira de pedidos, administra a sua liberação pelo crédito e
pelo estoque de forma automática e emite todos os relatórios necessários para o setor
de vendas, além de gerar os títulos a receber, com base na condição de pagamento es-
tipulada no Pedido de Venda.

Emitindo a Nota Fiscal, são realizadas as seguintes atualizações: a baixa no estoque, a


contabilização, a escrituração dos dados fiscais, a atualização financeira, a baixa a cartei-
ra de clientes e a geração das informações necessárias para o CRM.

Figura 4.10 - Faturamento.

Livros Fiscais
O módulo fiscal existe para que se cumpra nossa complexa legislação e é ele que se
encarrega da emissão do registro de entradas modelo 1, do registro de saídas modelo 2,
do registro e apuração do ICMS e IPI modelos 8 e 9, do registro de inventário modelo 7,
do registro de controle de estoque e da produção modelo 3, do registro de detalhamento
das operações e da declaração de IPI.

Financeiro
No módulo financeiro grande parte das informações são geradas em outros módulos
como, por exemplo, os títulos a pagar gerados em compras, os títulos a receber gerados
no faturamento, dados da folha de pagamento, impostos, aluguéis, empréstimos além
de outros títulos informados com o objetivo de manter o fluxo de caixa o mais próximo
possível da realidade.

65
Funcionalidades do ERP

Figura 4.11 - Financeiro.

Outros procedimentos como transmissão eletrônica dos títulos para bancos, a emissão
automática dos cheques, a geração de borderôs, a baixa automática de títulos na
data do vencimento, a administração dos títulos com vencimentos nos fins de semana
possibilitam que a tesouraria se preocupe apenas com a estratégia a ser adotada para
os recursos financeiros. Para a análise de crédito existem as consultas a clientes que
mostram suas compras, como pagou e outros dados importantes, além do acesso,
através da Internet, as informações de proteção ao crédito, como o SERASA e SCP.

Folha de Pagamento
O módulo de folha de pagamento automatiza serviços do departamento de pessoal.
Tudo se inicia com o cadastramento de funcionários. Um verdadeiro arsenal de dados
sobre a pessoa recém admitida. Com base neles é feito o pagamento do salário, bem
como informações para RAIS, Férias, FGTS, Imposto de Renda, etc. No módulo de folha
de pagamento são digitados os valores fixos e variáveis e para mudar o cálculo de um
provento ou um desconto basta alterar a respectiva fórmula. Os cálculos levam em
consideração todas as hipóteses previstas na consolidação da leis do trabalho.

A própria folha, a relação de vencimentos e descontos, o FGTS, o recibo de férias e a provisão


de férias e 13o. salário, a relação de admitidos e demitidos, as guias de recolhimentos e
encargos são apenas alguns exemplos dos relatórios emitidos neste módulo.

O módulo de folha de pagamento conta com uma função específica para controlar a
entrada e saída dos funcionários. É o Controle do Ponto que visa eliminar o trabalho
de digitação destes dados. O tradicional cartão de ponto é substituído por um cartão
magnético que a cada entrada e saída do funcionário é passado em um relógio apropriado,
acoplado ao sistema. Outra vez entra o Workflow com controles automáticos. Este
poderá ser utilizado no controle de atrasos dos funcionários.

66
Para isso basta criar regras de controle entre o Workflow e o ponto eletrônico. Um
exemplo desta situação pode ser determinado pela área de RH que não admite atraso

Funcionalidades do ERP
além de 15 minutos, e caso isso ocorra por mais que três vezes é enviado um e-mail ao
superior imediato do funcionário.

Um aspecto bastante relevante é a possibilidade de trabalhar com várias escalas de horários,


além do cálculo das horas extras, descontos, abonos de faltas, atrasos e saídas antecipadas.

Ativo Fixo
O Ativo Fixo é o módulo que administra os bens da empresa que constituem, na realidade,
grande parte do capital nela investido. Também neste módulo, o único trabalho de digitação
é feito quando da aquisição dos bens. Todos os dados são incluídos no ato do cadastramento
do bem e servem de base para o cálculo e contabilização mensal das depreciações. Propicia
tambem o efetivo controle e fiscalização de todo o patrimônio da empresa.

ERP Vertical
Além dos módulos básicos descritos, uma solução ERP visa na realidade automatizar todos
os processos de uma empresa, seja ela comercial, industrial, de serviços ou distribuição.
Não importa o ramo de atividade. Convencionou-se chamar de VERTICAIS os módulos
que são especificos a um setor de atividade. É claro que é inerente a integração entre os
módulos básicos e os verticais.

Entre eles destacam-se os seguintes:

Automação Comercial
Dentro de um comércio podemos dizer que temos algumas áreas a serem automatizadas:
Gerência de Vendas, Finanças e Estoques. Esta automação proporciona uma agilidade
muito grande quando utilizado um ERP focado para a área. Este sistema torna o
atendimento mais ágil e com um controle maior, através de um atendimento de balcão
ou mesmo uma venda mais complexa, como um financiamento. Os estoques são
atualizados a todo o momento, basta ter uma saída ou entrada de mercadoria, evitando
a falta de mercadorias nas prateleiras.

67
Pagamentos em cheque, inclusive os pré-datados, cartões de crédito, comissões,
estoques, cálculo do ICMS e a emissão do Cupom Fiscal são controlados neste módulo.
Funcionalidades do ERP

A qualquer momento tem-se o volume de vendas por vendedor e produto, a posição


dos estoques inclusive das outras lojas acopladas à rede e estatística dos produtos mais
vendidos possibilitando assim o uso deste módulo para grandes redes de lojas varejistas
ou atacadistas bem como para o pequeno comerciante.

Podemos dizer que uma automação comercial completa necessita de vários


equipamentos periféricos interagindo com o sistema, tais como: leitor de código de
barras, balanças eletrônicas, gaveta do caixa e o ECF (emissor de cupom fiscal).

A partir de 2001 o govêrno tornou obrigatório o uso do ECF – Emissor de Cupom Fiscal, que
é o conjunto formado pela impressora, o microcomputador e o software de automação
comercial. O objetivo é acabar com a sonegação e para tanto a impressora, que é lacrada,
tem um dispositivo que grava em sua memória o conteúdo de todas as notas emitidas, à
qual somente a fiscalização tem acesso. O software precisa ser homologado e em alguns
estados o desenvolvedor é co-responsável por fraudes detectadas. O próprio cupom do
cartão de crédito também precisa ser impresso no ECF.

Existem automações mais simples, onde se busca a informatização apenas da frente da


loja, ou seja, apenas os caixas. O objetivo é o controle total das vendas.

Sistemas de Apoio Logístico


Em se tratando de armazenagem de produtos, é possível que haja a necessidade de
uma administração que possibilite o controle e a manutenção dos respectivos produtos
em lotes. Neste sentido, o WMS (Warehouse Management System) é um sistema
informatizado que auxilia no efetivo controle dos produtos, possibilitando sua alocação
automática bem como o controle de entradas/saídas, a otimização da localização do
estoque, a melhor alocação de recursos humanos e físicos, a identificação da prioridade
de carga e descarga de produtos, o gerenciamento do pátio, etc.

Por outro lado, o TMS (Transportation Management System), um Sistema de


Gerenciamento de Transporte, tem por objetivo oferecer subsídios através do uso da
tecnologia da informação, para proporcionar o perfeito planejamento, administração
e controle da movimentação de cargas, incluindo a frota de veículos. Abrange não só
a geração de conhecimentos, viagens e faturas conforme contrato do cliente como
também o controle de pendências de sinistros, de indenizações e serviços tanto regionais
como nacionais e até mesmo internacionais.

68
Com o uso da tecnologia da informação, é possível uma perfeita integração com os
sistemas de rastreamento GPS de veículos além da integração com os clientes, postos

Funcionalidades do ERP
fiscais e filiais. Outro aspecto relevante, em se tratando de integração, é a manutenção
dos próprios ativos envolvendo a frota de veículos e caminhões utilizados.

Com uma tabela de frete configurável, a utilização de tarifação para frete e com os
demais recursos cadastrados no sistema é possível a obtenção dos custos por veículo,
frota, viagem englobando inclusive o tratamento de impostos entre as consultas e
relatórios disponíveis no sistema.

Gerenciamento de Projetos
O PMS (Project Management System) possibilita o planejamento e a execução de
projetos incluindo o controle de orçamentos. Entre suas diversas funcionalidades, o
PMS possibilita, através da alocação dos recursos, o controle das fases do projeto e o
acompanhamento do progresso físico e financeiro.

Índices de desempenho, fluxo de caixa do projeto, quadros quantitativos demonstrando


o previsto x realizado são alguns exemplos de informações que podem ser facilmente
obtidas com o uso de um Sistema de Gerenciamento de Projetos, incluindo uma perfeita
integração com o MS-Project e um conjunto de consultas e relatórios que permitem
uma abrangente análise da evolução e andamento do projeto.

Gestão da Qualidade
A Gestão da Qualidade pode ser auxiliada através de um conjunto de módulos
pertencentes à “família quality” para tratar dos aspectos da qualidade em particular.
Entre eles destacam-se a Auditoria, o Controle de Documentos, a Inspeção de Entradas,
a Inspeção de Processos, a Metrologia, o Controle de Não-Conformidades e o Processo
de Aprovação e Planejamento Avançado da Qualidade (PPAP/ APQP).

A Auditoria engloba tanto os aspectos internos da empresa (sistemas, produtos e


processos) bem como as relações externas com fornecedores e clientes. O módulo de
auditoria proporciona um melhor planejamento, controle e acompanhamento através
do cadastro dos tópicos e itens a serem auditados, do cadastro de unidades, do cadastro
de associados e através do controle de itens a serem reauditados. A implantação
do sistema de auditoria possibilita o cronograma, o agendamento e um check-list de
auditorias além da obtenção de um relatório completo para atender os itens 4.17 do
padrão ISO 9000 e o item 8.2.2 do padrão ISO 9001 (2000).

69
Para auxiliar no atendimento do item 4.2.32 do padrão de qualidade ISO 9001 (2000), o
módulo de controle de documentos proporciona a efetiva catalogação, acompanhamento
Funcionalidades do ERP

e distribuição dos documentos da qualidade. Este controle envolve a numeração de


documentos, cópias por documento e a manutenção de referências e palavras-chaves
além da distribuição de senhas para a restrição de acesso por usuário, módulo, funções
e relatórios.

A Inspeção de Entradas é um módulo que oferece um conjunto de funcionalidades para


atender os itens 1, 2, 6, 7, 8, 10, 12, 13, 14, 15,

16 e 20 do padrão ISO 9000 e os itens 4, 5.1, 7.4, 7.5 e 8 do padrão ISO 9001 (2000).
Estas funcionalidades envolvem desde o registro e o controle das entregas de materiais
por fornecedor, ensaios calculados por fórmulas, ensaios realizados por laboratórios
até a geração de laudos automáticos para cada lote recebido e conseqüente emissão e
controle das notificações de não-conformidade (NNC) e emissão e controle dos planos
de inspeção.

A Inspeção de Processos em conjunto com o módulo de Inspeção de Entradas é


preponderante para a manutenção da rastreabilidade dos produtos. A inspeção de
processos é um módulo que visa o atendimento dos itens 1, 2, 8, 9, 10, 12, 13, 14 e 16 do
padrão ISO 9000 e dos itens 4, 5.1, 6.4, 7.4, 7.5 e 8 do padrão ISO 9001 (2000) através da
manutenção de um plano de inspeção por produto, por setor de controle e um plano de
amostragem específica.

Através do cadastro de instrumentos, escalas, padrões e ainda com a coleta de dados


de calibrações externas, o módulo de metrologia efetua os cálculos para a confirmação
no aspecto da exatidão, adequação e aceitabilidade, além do cálculo completo
das incertezas, permitindo a geração de relatórios ou consultas que possibilitam a
visualização do plano, a ficha, o certificado e o resumo das calibrações.

Outro aspecto bastante relevante no módulo de Metrologia é a rastreabilidade dos


instrumentos x padrões e a possibilidade dos cálculos de tolerância em termos percentuais.

O módulo de Metrologia mantém integração não só com os módulos de recebimento e


controle de processos mas também com os instrumentos Mitutoyo e Sylvac.

Em se tratando da norma ISO 9001 (2000), o módulo de metrologia atende o item 7.6 e
incorpora, ainda, um conversor de unidades de medidas.

Para atender a norma ISO 9001 (2000) nos itens 8.3 e 8.5.2/8.5.3, o módulo de
não-conformidades permite o registro das ocorrências e o registro dos planos de ações
tanto corretivas como preventivas. Possibilita a utilização do método dos 8 passos além
de um Follow-up estatístico das não-conformidades, das ações corretivas e dos controles
de pendências por usuário.

70
O módulo de não- conformidades se integra com os módulos de recebimento, processos,
field service, auditorias, metrologia e a manutenção de ativos. O Processo de Aprovação

Funcionalidades do ERP
e Planejamento Avançado da Qualidade (PPAP/APQP) conta com o auxílio de um módulo
que oferece uma série de funcionalidades para atender a norma QS 9000. Estudo de R &
R, estudo de capabilidade, ensaio dimensional, ensaio material, ensaio de desempenho e
aprovação de aparência são alguns exemplos destas funcionalidades. Permite a análise
de modo e efeito de falha potencial além da geração de sumário e aprovação APQP. Uma
outra facilidade incorporada a este módulo é a geração de diagrama de fluxo dos dados.

Gestão Educacional
O Módulo de Gestão Educacional oferece uma série de funcionalidades abordando
aspectos quanto:

• Ao Processo Seletivo;

• À Matrícula;

• Aos Requerimentos;

• Ao Curso Vigente;

• Ao Professor;

• Ao Financeiro/Tesouraria;

• À Avaliação Institucional;

Em se tratando de Processo Seletivo, o Sistema de Gestão Educacional administra e


controla os cursos ofertados e o número de vagas para cada um deles. Permite a
introdução de uma nota de corte e a adoção de critérios de desclassificação e desempate.
Proporciona a apuração dos aprovados, a reserva de vagas, a alocação do candidato e o
acompanhamento e controle financeiro.

Quanto às matriculas, o sistema de Gestão Educacional possibilita a efetivação da


matricula por grade de disciplinas avaliando, de maneira automática, os pré-requisitos
e co-requisitos, além de administrar as transferências e manter integração total com o
financeiro.

O Sistema de Gestão Educacional auxilia na administração dos requerimentos através


de uma configuração inicial quanto ao tipo, à ação a ser tomada, ao fluxo de operações
e ao controle do tempo, permitindo que seja realizado o acompanhamento do fluxo de
operações e o retorno automático ao solicitante através de e-mail além da solicitação
do requerimento via sistema ou mesmo pela WEB.

71
A Gestão Educacional armazena as informações vitais de cada disciplina tais como carga
horária, conteúdo programático, bibliografia e número máximo de faltas.
Funcionalidades do ERP

Entre as facilidades oferecidas aos professores da instituição, destacam-se o


apontamento e o acompanhamento do conteúdo programático, o apontamento de
faltas e notas incluindo a consulta da grade escolar.

Manutenção de Ativos
A manutenção de ativos envolve o cadastramento, a organização, a manutenção
e o controle dos bens de uma empresa, entidade ou órgão. Entre as suas diversas
funcionalidades, o sistema de Manutenção de Ativos possibilita o planejamento tanto de
manutenções preventivas como manutenções corretivas. O registro de um histórico de
intervenções ocorridas além de possibilitar a revisão da ficha técnica e um comparativo
entre o previsto e o realizado, permite análises quanto à durabilidade por utilização, por
serviço, marca e fabricante.

Outro aspecto relevante do sistema de Manutenção de Ativos é que além do controle


dos custos relativos a cada centro permite, ainda, um comparativo entre o previsto x
realizado tanto para o ativo em si como peças ou mesmo serviços.

Exportação
O Sistema de Exportação tem por objetivo auxiliar a emissão de documentos e
formulários relativos à exportação de bens e produtos permitindo um total controle do
desembaraço aduaneiro e uma perfeita integração com o Siscomex.

Entre estes diversos documentos e formulários gerados pelo Sistema de Exportação,


destacam-se:

• Invoice;

• Shipping Instruction;

• Packing List;

• Certificado de Origem-FIESP;

• Certificado de Origem-Mercosul;

• Certificado Aladi;

• Form-A;

• Acordo de alcance parcial;

• Saque cambial;

72
• Carta remessa de documentos;

Funcionalidades do ERP
• Aviso de embarque.

Importação
O Sistema de Importação trata das informações necessárias para que os pedidos de
compras internacionais sejam realizados, incluindo a emissão em inglês do pedido
de compras e a Licença de Importação (LI) integrada ao sistema governamental com
alimentação automática das informações necessárias ao licenciamento de mercadorias.

O Sistema de Importação possibilita o registro do embarque das mercadorias, o


desembaraço englobando o controle das atividades alfandegárias necessárias à liberação
das mercadorias importadas, o controle financeiro de adiantamento de numerário ao
despachante e a respectiva prestação de contas.

O recebimento de mercadorias importadas, a apuração do custo final das mercadorias,


o fluxo de caixa das importações, Follow-ups, avaliações e comunicações internacionais
são outras funcionalidades oferecidas pelo sistema de importação.

Gestão Hospitalar
Com o cadastramento de pacientes, tipos de atendimento e a manutenção da agenda de
consultas e cirurgias, o sistema de Gestão Hospitalar efetua uma série de controles quanto
às solicitações e prescrições médicas. Proporciona o controle de múltiplos convênios
incluindo o SUS a partir do cadastro de convênios com todos os valores de CH´s. Permite a
manutenção de tabela de preços diferenciados de materiais, medicamentos, taxas, diárias,
procedimentos e honorários para os convênios e, em destaque, as tabelas AMB e CID.

O sistema de Gestão Hospitalar permite também o controle de prontuários de pacientes


e o lançamento de despesas com exames, lavanderia e nutrição.

Medicina e Segurança do Trabalho


A partir de um conjunto de informações cadastradas e a programação automática dos
exames de avaliação clínica incluindo a convocação também automática dos funcionários
para a realização dos exames, o Sistema de Medicina e Segurança do Trabalho permite o
perfeito planejamento, acompanhamento e execução de todas as atividades necessárias
para orientar a medicina e segurança no ambiente de trabalho através de uma série de
relatórios mapas e gráficos.

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Funcionalidades do ERP Plano de Saúde
Para manter uma boa qualidade tanto no atendimento ao cliente quanto ao atendimento
ao credenciado, o sistema de Plano de Saúde mantém uma série de funcionalidades que
auxiliam o controle da execução dos procedimentos médicos, consultas médicas e exames.
Estas funcionalidades baseiam-se nas informações cadastradas a respeito dos credenciados
(médicos, hospitais, clínicas e laboratórios) e os associados com seus dependentes.

É necessaria a parametrização para inclusão de tabelas dinâmicas de eventos tais como


AMB´s, Brasindice, Ciefas entre outras.

Para possibilitar um melhor suporte na área comercial, o Sistema de Plano de Saúde permite,
além dos cadastros convencionais, o cadastramento dos vendedores internos e externos,
regiões de atuação, formas de pagamento, alçadas para liberação de propostas, simulação
de vendas/prospects, metas mensais/anuais e dados sobre o mercado/concorrência.

Em relação ao acompanhamento dos contratos/beneficiários, o sistema de Plano de


Saúde permite a compra de carências, atualização de preços, renegociação de dívidas,
abono de juros além do fornecimento de informações sobre a quantidade média de
atrasos, dia de pagamento médio, perfil dos clientes, entre outras.

Controle de Direitos Autorais


O principal objetivo deste módulo é oferecer subsídios tanto na administração como
no efetivo controle de produtos considerando o seu lançamento através de diversas
edições. Permite um eficaz controle dos contratos de direitos autorais inseridos nos
produtos editados.

Entre as suas funcionalidades, o Sistema de Controle de Direitos Autorais permite o


acompanhamento financeiro dos contratos incluindo adiantamento de pagamento,
prestação de contas, apuração dos pagamentos e a apuração dos acumulados.

O controle de sub-licenciamento e o controle de licitação também são tratados no sistema


além das diversas consultas e relatórios nos mais variados formatos e apresentações.

Gestão de Concessionárias
A gestão de concessionárias é um completo sistema que auxilia na administração de
concessionárias sob 3 diferentes abordagens:

• Peças;

• Oficina/Frotas;

• Veículos.

74
O módulo de auto-peças permite a montagem e desmontagem de Kit´s de peças e
o orçamento integrado com emissão de notas concatenando funções para facilitar o

Funcionalidades do ERP
trabalho de venda balcão ou televendas.

Em se tratando da área comercial, o módulo de autopeças possibilita um melhor


atendimento através do controle de peças bloqueadas por defeito, reserva de peças
para venda futura e parametrização de períodos de garantia.

Em relação à integração, o módulo de autopeças facilita a entrada dos dados dos catálogos
das montadoras e os pagamentos eletrônicos por intermedio de cartões de crédito.

O módulo Oficina/Frotas possibilita o acompanhamento e gerenciamento dos


orçamentos de peças e serviços integrados eletronicamente com as Ordens de Serviço
enquadrados em escalas de trabalhos de 24 hora por dia.

O controle das frotas pode ser realizado para proporcionar um melhor custo beneficio
através de manutenção de veículos por correção e prevenção incluindo um efetivo
controle de acompanhamento dos componentes dos veículos.

No mercado surgem a cada dia novos sistemas Verticais, mesmo porque sempre há alguém
criando um novo modelo de negócio. Este capítulo visa apenas dar uma visão geral.

75
05

BI - Business Intelligence
BI - Business Intelligence

O Business Intelligence (BI) é um termo criado pelo Gartner Group nos anos 80. É uma
tecnologia que possibilita aos usuários aces- sar dados e explorar as informações visando
uma tomada de decisão mais correta. Pode-se dizer que é um processo de evolução das
tradicionais opções de Consultas, existentes em antigos sistemas, lentas, engessadas,
restritas aos dados da base operacional e pobres em seu visual. Transforma dados em
informações, flexibilizando o modo de visualizá-las de acordo com as solicitações dos
usuários.

DSS – Decision Support System e EIS – Executive Information System são termos que
antecederam ao BI. Por outro lado, outras siglas começaram a aparecer. As mais recentes
são BPM - Business Performance Management (ou CPM de Corporate ou ainda EPM de
Enterprise) e BAM - Business Activity Monitoring, sempre com o propósito de apresentar
os dados:

• Sob a forma de gráficos e tabelas dinâmicas;

• Classificadas em diversas dimensões (geográfica, temporal, grupos e subgrupos);

• Apresentando vários indicadores (valores e quantidades);

• Sintetizadas ou detalhadas;

• Com possibilidades de filtros e alertas;

• e principalmente, de forma rápida, fácil e flexível e, porque não, também na WEB.

Para tal foi necessário criar-se uma nova forma de armazenamento dos dados. Uma
base separada da operacional para não prejudicar a sua performance. Em contrapartida
depende-se sempre de um processo de carga para atualizá-la com as últimas informações.
Além disso, coloca-se também nessa base, dados obtidos de outras fontes: informações
de concorrentes e do mercado e um histórico amplo do passado para permitir uma boa
análise de tendências.

Este processo chama-se ETL de Extract, Transform e Load. Transforma pois normalmente
é necessário um trabalho de ajuste dos dados neste processo.

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BI - Business Intelligence Data Warehouse
A essa base preparada dá-se o nome de Data Warehouse (armazém de dados) ou Data
Mart, quando esses dados forem departamentalizados.

A tecnologia empregada chama-se OLAP, que vem de On-Line Analitical Processing.


Paradoxalmente, nesse caso o que é on-line é a consulta, que é dinâmica no sentido de
poder ser alterada pelo próprio usuário, pois as informações, conforme já foi explanado,
não estão na base operacional, esta sim, on-line.

Gravam-se os dados nas várias dimensões (seqüências) em que serão analisados e


também já totalizados. Lembra uma planilha eletrônica com várias páginas, cada uma
com os dados colocados para análise. Com isso, qualquer pesquisa fica rápida. Daí surgiu
a expressão CUBO, que é usada para definir tal disposição de armazenamento: enxerga-
se a informação de qualquer ângulo.

A partir desta base, tem-se a apresentação dos dados, com recursos visuais gráficos de
alta qualidade.

Drill-Down
Drill-down, que significa mergulhar, é o detalhamento, por exemplo, das vendas de uma
região por produto. É feito em qualquer uma das dimensões definidas, descendo até o
último nível. Assim, pode-se analisar as vendas por estado, produto, município e mês ou,
inversamente, por mês, produto, município e cliente. Esta flexibilidade e agilidade levam
o usuário a um claro processo de análise

e conhecimento dos dados, induzindo-o a uma tomada de decisão. No ERPzinho a opção


Consulta Multidimensional simula essa operação.

Mas, a questão central em investir-se em um Data Warehouse está em definir-se quais


informações devem ser apresentadas aos usuários. Em que dimensões e com quais in-
dicadores.

Alguns exemplos, normalmente, solicitados por usuários ligados a áreas estratégicas da


empresa:

• Valor e quantidade das vendas por geografia, tempo e produto. Os valores


englobam faturamento, custo, lucratividade, comissões, impostos etc. A
dimensão geográfica engloba região, estado, cidade e cliente. A dimensão
tempo discrimina ano, mês e dia. A dimensão de produto detalha tipo, grupo
e item;

• Dados contábeis e financeiros, envolvendo ativos e passivos como contas a

78
receber, a pagar e estoques;

BI - Business Intelligence
• Dados de Recursos Humanos, como características, idade, motivações e
desempenho de funcionários;

• Comparativos de custos, em especial com o Standard, visando determinar a


causa das variações;

• Dados sobre a logística de distribuição de produtos;

• Dados de marketing e da concorrência.

Figura 5.1 - Dimensões e indicadores.

Workflow
Workflow é o acompanhamento da situação de um processo durante o seu ciclo de vida.
Desta forma, o usuário acompanha, passo a passo, onde está determinado documento,
um produto que está em fabricação, um pedido ou pagamento que precisa ser aprovado.
Esse acompanhamento é feito pelo envio de um e-mail ao usuário que deve tomar uma
atitude em função de uma determinada situação. Quem dispara o e-mail é o próprio
sistema. Com isso os processos críticos de uma organização tornam-se mais ágeis e
seguros, evitando o freqüente travamento operacional existente entre eles.

O Workflow controla o time-out das decisões, re-enviando a mensagem a um usuário


alternativo caso a resposta não seja fornecida após um prazo pré-estabelecido.

79
BI - Business Intelligence São exemplos de processos que podem ser acompanhados através do Workflow:

Workflows Operacionais

Aprovação de Pedidos de Compras, de Vendas, de Crédito, de Pagamentos, etc.

Neste caso o sistema envia um e-mail com todas as informações necessárias, ficando no
aguardo de uma resposta.

Figura 5.7 - Exemplo de apresentação dos dados do WorkFlow.

Figura 5.8 - WorkFlow operacional.

80
• Dados de Recursos Humanos, como características, idade, motivações e
desempenho de funcionários;

BI - Business Intelligence
• Comparativos de custos, em especial com o Standard, visando determinar a
causa das variações;

• Dados sobre a logística de distribuição de produtos;

• Dados de marketing e da concorrência

Workflows Gerenciais

Fatos positivos:

• Fechamentos de grandes negócios;

• Vendedores que atingiram suas cotas e a respectiva premiação;

• Lucro ou faturamento atual da empresa;

• Volume de produção.

Há também fatos negativos:

• Solicitações de compras que extrapolaram o orçamento;

• Funcionários que chegaram atrasados;

• Pedidos de compras e vendas fora do prazo;

• Duplicatas vencidas;

• Perdas no controle de qualidade acima do padrão;

• Perda de negócios.

Tudo isso no exato momento em que o fato ocorreu ou foi informado ao


sistema. Com o Workflow, o sistema torna-se ativo, pois não é o usuário que deve ir ao
sistema. É o sistema que vai ao usuário, principalmente se considerarmos que o e-mail
chega hoje até nós por meio do celular e do hand held (Palm ou Pocket PC), onde quer
que estejamos. Ao invés de e-mail, o Workflow pode também trabalhar com o Messen-
ger ou mesmo por meio de uma página na Internet. Dispõe também de ferramenta para
desenhar o fluxo do processo, conforme exemplo a seguir:

81
BI - Business Intelligence

Figura 5.9 - WorkFlow gerencial.

Balanced Scorecard (BSC)


O Balanced Scorecard (BSC) é um modelo de gestão que auxilia as organizações a
traduzirem a estratégia em objetivos operacionais direcionando comportamentos e
desempenhos, propiciando uma estrutura de mensuração eficiente, definida e mantida
pelos doutores David P. Norton e Robert S. Kaplan, professores de Harvard.

Dentre seus principais objetivos, destacam-se:

• Alinhamento da organização rumo à estratégia e a transformação da estratégia


em “Tarefa de Todos” ( SFO – Strategy Focused Organization);

• Eliminação dos gaps de entendimento entre o Planejamento Estratégico e o


operacional;

• Comunica e não apenas informa a todos da corporação;

• Faz com que todas as pessoas da corporação entendam seu papel diante da
estratégia e como irão contribuir dentro do planejamento adotado;

• Permite que a empresa trace a rota e controle os caminhos a serem percorridos


até atingir os objetivos definidos na estratégia;

• Permite o acompanhamento da execução do planejamento em andamento.

82
Os sistemas de ERP vêm disponibilizando ferramentas de apoio à implementação dessa
metodologia, fazendo com que cada vez mais empresas a adotem.

BI - Business Intelligence
Norton & Kaplan dividiram o controle da empresa em quatro perspectivas, criando os
Mapas Estratégicos: financeira, clientes, processos internos e aprendizado e crescimento
dos colaboradores. Nota-se que o BSC mede também o intangível, pois das quatro
perspectivas apenas a financeira é baseada em indicadores exatos e fáceis de serem
obtidos.

Para cada perspectiva, identificam-se os objetivos estratégicos, associando-se um


conjunto de indicadores. E para cada indicador estabelece-se uma meta, um alvo. E claro,
um responsável, um prazo, um custo, uma remuneração variável pelo seu cumprimento e
também uma pena, caso não seja atingido.

A avaliação quanto à realização da meta é apresentada e pontuada por cores (vermelho,


amarelo, verde e azul) em um quadro denominado Dashboard.

São exemplos de indicadores:

• Perspectiva Financeira: crescimento da receita, lucratividade, geração de caixa,


desenvolvimento de novas fontes de faturamento, redução e variação de custos,
giro dos estoques, otimização do uso dos ativos, aumento da participação nas
vendas de itens de alta margem, inadimplência no contas a receber;

• Perspectiva Clientes: rapidez e pontualidade no atendimento, entendimento


da concorrência e do mercado, preços competitivos, satisfação e queixas dos
clientes, qualidade e defeitos experimentados pelo consumidor, fidelidade,
retenção e recuperação de clientes, portfólio oferecido (atendimento das
necessidades e falta de estoques), uso da garantia, relação leads x taxa de
conversão;

• Perspectiva Processos Internos: inovação de produtos, logística de entrega,


marketing, dispendio com tecnologia, nível de utilização do ERP;

• Perspectiva Aprendizado e Crescimento dos Colaboradores: esta perspectiva é


formada pelo Capital Humano, Capital da Informação e Capital Organizacional.
O Capital Humano envolve o desenvolvimento de competências e habilidades
(Treinamentos) e a atração e retenção de talentos. O Capital da Informação é
o compartilhamento do conhecimento e o Capital Organizacional representa
o alinhamento dos objetivos de todos os colaboradores, em especial a cultura
orientada aos clientes.

83
A seguir, um exemplo de Mapa Estratégico mostrando o relacionamento de causa e
efeito entre os indicadores:
BI - Business Intelligence

Figura 5.10 - Mapa estratégico.

Figura 5.11 - Modelo organizacional.

84
O Dashboard apresenta as metas e os indicadores por áreas de responsabilidades:

BI - Business Intelligence
Figura 5.12 - Metas e indicadores no dashboard.

85
06 Planejamento Estratégico de TI

Estratégico de TI
Planejamento
Fases de um Plano Diretor
de Informática

O Plano Diretor de Informática é na verdade a base da implantação de um sistema ERP.


As etapas descritas a seguir visam organizar melhor este trabalho. Servem também para
verificar, através das perguntas apresentadas, e definir qual, entre os sistemas disponíveis,
é o que melhor se adapta à empresa em estudo.

O PDI possui 4 fases distintas em sua execução:

1ª Fase - Levantamento
Levantamento dos objetivos e situação atual da empresa

• Situação atual;

• Situação desejada;

• Causas para mudança.

Situação Atual da Empresa


Grande parte do sucesso de uma implantação depende também do conhecimento
detalhado da empresa a que nos propusemos informatizar. Sendo assim, nesta fase
temos como objetivo conhecer a situação em que a empresa se encontra. Devemos ter
um panorama desde os usuários em geral até como a empresa atua administrativamente.

87
Para isto, aconselha-se que sejam realizadas reuniões e entrevistas preliminares com os
envolvidos, para obtermos basicamente as seguintes informações:
Estratégico de TI

• O que faz?
Planejamento

• Quem Atende (Clientes)?

• Filiais?

• Quais seus Concorrentes?

• Quais são seus Departamentos?

• Quem são os responsáveis?

• Como está dividida fisicamente?

• Existem sistemas atuais? Quais?

• Ramos de Atividade?

• Produtos?

Volume de Dados
O número de registros por arquivos, mesmo que estimado, mostra o porte da empresa
e o volume de dados a serem processados. Esta informação pode ser utilizada pelo
analista para avaliação da configuração de hardware necessária e poder compará-la com
a existente, detectando eventual necessidade de investimento na aquisição ou upgrade
de equipamentos.

Fluxo de Dados
É necessário que se faça um estudo aprofundado de toda organização da empresa,
descrevendo departamentos, usuários, rotinas diárias, fluxos e relatórios utilizados.

Aconselha-se que sejam realizadas reuniões departamentais com os responsáveis e


usuários para obtermos respostas mais específicas.

Tem a finalidade principal de servir como base para estimar o cronograma de implantação.
Para cada módulo em especial, as seguintes questões devem ser levantadas:

88
Compras
1. Questionar sobre o funcionamento do departamento de compras da empresa

Estratégico de TI
levando em consideração:

Planejamento
a. Onde nasce a necessidade de uma compra;

b. Quem compra;

c. Se existem documentos para solicitação de uma compra;

d. Se existe um critério para cotações;

e. Se existe o desenvolvimento de fornecedores;

2. Avaliar a estrutura do departamento de compras em nível de compradores,


se existe o conceito de grupo de compras e a hierarquia existente. Questionar se
existe uma central de compras ou locais distintos que também compram.

3. Questionar se existe alguma regra para a aprovação de valores a serem comprados


em nível de alçada.

4. Detectar de que forma a informação de uma solicitação de compra chega até o


departamento de compra:

a. Verbal;

b. Via sistema de computação;

c. Via papel;

5. O planejamento de compras é efetuado com base:

a. Em estoque mínimo;

b. De acordo com a produção;

c. Sem um critério previamente definido;

d. De acordo com um planejamento estratégico;

(Dividir os itens em dois grupos: Matéria-prima e Produtos e consumo);

6. Questionar a utilização de conceitos básicos pela empresa.

Lote econômico — melhor quantidade a ser comprada


levando em consideração o custo de um item.Ponto de pedido — quantidade em
estoque que define o momento da compra de um item.

89
Estoque de segurança — quantidade mínima em estoque visando garantir possíveis falhas
no abastecimento.
Estratégico de TI

Avaliar o critério da utilização de cada um destes conceitos no departamento de


Planejamento

compras.

7. Questionar se existe definido um número genérico de cotações mínimas para cada


compra ou se é caso a caso.

8. Questionar os critérios para a escolha de um fornecedor:


a. Preço;

b. Qualidade;

c. Prazo;

d. Não dependência de um único fornecedor;

9. Questionar sobre o modelo do pedido de compras


hoje utilizado, bem como, o destino de cada via do mesmo.

10. Anexar ao levantamento de dados os principais relatórios,


controles paralelos e estatísticas do setor de compras.

11. Deficiências de um setor de compras:

a. Falta de integração com os demais setores:

• Compras de última hora;

• Compras de quantidades erradas;

b. Falta uma política definida para:

• Quem compra o quê;

• Quem aprova uma compra;

• Quantidades a serem compradas;

• Desenvolvimento de novos fornecedores;

c. Falta de informações;

d. Questionar as desvantagens do sistema atual;

12. Listar as vantagens da rotina ou sistema atual e


questionar os aspectos relevantes de um sistema para o setor.

90
Faturamento
1. Descrever o departamento de vendas/faturamento:

Estratégico de TI
Planejamento
a. Funcionários envolvidos/hierarquia;

b. Canais de distribuição:

• Vendedores internos;

• Representantes externos;

• Distribuidores;

• Telemarketing;

• Mala direta;

c. Tipo de venda:

• Atacado;

• Varejo;

• Exportação;

d. Características dos produtos a serem comercializados:

• Encomenda;

• Estoque;

• Serviços;

e. Impostos:

• Descrever se existe alguma tributação específica no ramo;

• Incentivos;

f. Listar as séries dos talonários utilizados pela empresa.

2. Identificar a atuação dos agentes externos no departamento de vendas.

3. Questionar a meta de vendas:

a. Média crescente dos últimos meses;

b. Estudo de mercado;

c. Avaliação pelos próprios vendedores;

91
4. Origem dos pedidos de vendas:
a. Verbal;
Estratégico de TI
Planejamento

b. Telefone;

c. Fax;

d. Correio;

e. Interligação micro/micro;

5. Numeração dos pedidos:


a. Numeração via talonário;

b. Numeração via sistema;

c. Numeração aleatória;

6. Tabela de preços:

a. Cada cliente tem um preço;

b. Cada região tem um preço;

c. Definida por quantidade;

d. Diferenciada por tributação;

e. Cada caso é um caso;

f. Periodicidade das tabelas;

7. Política de descontos:
a. Não existem descontos;

b. Descontos em cascata;

c. Descontos item a item diferenciados;

d. Descontos por quantidade;

e. Descontos por pontualidade;

f. Descontos diferenciados por cliente;

92
8. Aprovação de Crédito:
a. Vendedor é co-responsável pela aprovação de um crédito;

Estratégico de TI
Planejamento
b. Existe um departamento só para aprovação de crédito;

c. Não existe aprovação de crédito;

d. Crédito aprovado obedecendo a um limite pré-estabelecido;

e. Crédito cancelado se existirem títulos atrasados;

9. Características do pedido de vendas:

a. Número de vias e o respectivo destino;

b. Tipo de formulário utilizado;

c. Pedido pré-formatado;

d. Pedido a ser discriminado;

10. Notas fiscais emitidas pelo faturamento não de vendas:

a. Devolução de compras;

b. Remessa de demonstração;

c. Simples remessa;

d. Questionar se existe alguma operação peculiar da empresa;

e. Questionar de quem é a responsabilidade da emissão de notas não de vendas;

11. Liberação dos estoques para faturamento:

a. Manual — O pedido é primeiro separado e depois emitida a nota fiscal;

b. Automática — O pedido deve ser liberado via sistema, dependente do


estoque;

c. Existência de faturamentos parciais;

d. Questionar quem comanda a liberação do faturamento;

93
12. Questionar a política de comissionamento sobre vendas:

a. Percentuais únicos;
Estratégico de TI
Planejamento

b. Percentuais por produto;

c. Percentuais por grupo de produto;

d. Comissionamento sobre a baixa de um título;

e. Comissionamento sobre a emissão de um título;

f. Definição de valor base para a aplicação dos percentuais de comissão;

13. Despesas gerais ou acessórias:

a. Frete — Cálculo do frete/tributação/forma de apresentação na nota fiscal;

b. Seguro — Cálculo do seguro;

c. Encargos financeiros — Fórmula;

14. Principais transações via faturamento


a. Vendas;

b. Exportação;

c. Consignação seguida de vendas;

d. Remessas diversas;

15. Anexar ao levantamento de dados os principais relatórios, controles paralelos e


estatísticas do setor de faturamento.

16. Deficiências do setor de faturamento:

a. Ausência de uma política definida de metas;

b. Burocracia muito grande;

c. Atrasos constantes na entrega;

d. Falta de dados e estatísticas;

e. Falta política de crédito;

f. Questionar as desvantagens do sistema atual.

17. Listar as vantagens da rotina ou sistema atual e questionar os aspectos relevantes


de um sistema para o setor.

94
Estoque
1. Forma de estocagem e armazenagem:

Estratégico de TI
Planejamento
a. Prateleiras;

b. Gavetas;

c. Pilhas;

d. Ruas;

e. Escaninhos.

2. Entrega do material solicitado:


a. Entrega no almoxarifado ou no controle de qualidade;

b. Entrega direto na linha de montagem;

c. Material armazenado em sub-almoxarifados;

d. Entrega imediata;

e. Entrega não imediata.

3. Requisições:
a. Verbais;

b. Documento pré-formatado sem numeração;

c. Documento pré-formatado com numeração;

d. Eletrônica via sistema.

4. Matérias-primas:
a. Requisitadas para uma determinada ordem de produção;

b. Requisitadas para processo sem a definição da ordem de produção. Apresentar


o critério de rateio da matéria- prima para um item produzido sem ordem de
produção.

95
5. Almoxarifado:
a. Rígido controle de todas as entradas e saídas;
Estratégico de TI

b. Controle das entradas e saídas dos materiais da produção;


Planejamento

c. Controle das entradas e saídas de materiais “A” de uma curva ABC;

d. Controle paralelo dos itens sem requisição. Definir o controle.

6. Kardex:
a. Manual por fichas;

b. Por sistema de computação.

7. Beneficiamento Externo:
a. Listar os produtos que são beneficiados;

b. Existe controle do estoque externo;

c. O estoque externo não é controlado;

d. Descrever como é agregado o custo do beneficiamento.

8. Grupos de produtos:
a. Definição e critério;

b. Motivo da definição;

c. Código inteligente ou seqüencial. Definir o critério.

9. Anexar ao levantamento de dados os principais relatórios, controles paralelos e


estatísticas do setor de estoque.

10. Codificação de produtos:


a. Seqüencial;

b. Sem uma estrutura definida;

c. Com uma estrutura definida — Descrever a estrutura.

96
11. Deficiências do setor de estoque:
a. Ausência de apontamentos;

Estratégico de TI
Planejamento
b. Falta de Kardex;

c. Atrasos no envio de documentos;

d. Falta de controle da entrada e saída de materiais;

e. Questionar as desvantagens do sistema atual.

12. Listar as vantagens da rotina ou sistema atual e questionar os aspectos relevantes


de um sistema para o setor.

Custo
1. Custo dos produtos acabados:
a. Custo com base em requisições por ordem de produção;

b. Custo com base em uma estrutura de produto.

2. Gastos gerais de fabricação:


a. Rateio via estrutura dos produtos produzidos;

b. Apontamentos durante a produção.

3. Mão-de-obra indireta e rateios:


a. Rateio via estrutura dos produtos produzidos;

b. Apontamentos durante a produção.

4. Método do cálculo do custo:


a. Lifo (UEPS);

b. Fifo (PEPS);

c. Médio diário;

d. Médio mensal;

e. Standard.

97
5. Custo em diversas moedas:

a. US$;
Estratégico de TI
Planejamento

b. Moeda forte;

c. Moeda corrente.

6. Ferramenta para o cálculo do custo:

a. Via sistema;

b. Manual;

c. Planilha eletrônica.

7. Setor de custos:
a. Um departamento independente;

b. Um departamento integrado à contabilidade.

8. Apuração de custos:
a. Último dia do mês;

b. Até o quinto dia do mês subseqüente;

c. Custo on-line ou em tempo real.

9. Anexar ao levantamento de dados os principais relatórios, controles paralelos e


estatísticas do setor de custos.

10. Deficiências do setor de custos:

a. Falta de apontamentos;

b. Atraso constante de documentos;

c. Rateios;

d. Questionar as desvantagens do sistema atual.

11. Listar as vantagens da rotina ou sistema atual e questionar os aspectos relevantes


de um sistema para o setor.

98
Planejamento e Controle da Produção
1. Planejamento da produção:

Estratégico de TI
Planejamento
a. Por encomenda com base nos pedidos de venda;

b. Por previsão de vendas;

c. Por estoque de reposição.

2. Questionar sobre a existência de lotes de produção e se a empresa segue à risca:

a. Produção contínua e seriada;

b. Produção sob encomenda.

3. Periodicidade do planejamento de produção:


a. Diária;

b. Semanal;

c. Mensal;

d. Mista (especificar).

4. Questionar se os produtos acabados têm estrutura definida.

5. Ferramentas e métodos para o cálculo das necessidades:


a. Ferramentas — Manual, planilha ou sistema de PCP;

b. Método — MRP, Just-in-Time, Kanban ou ponto de pedido.

6. Ordem de Produção:
a. Questionar a existência de ordens de produção;

b. Numeração:

• Seqüencial: geral ou por departamento;

• Mesmo número do pedido de venda que deu origem;

• OP genérica por período.

7. Questionar a existência do roteiro de operações e exemplificar.

8. Tempo médio de fabricação de um produto: 9. Novos produtos:


• Tempo decorrido entre a fabricação e disponibilização para uso.

99
9. Novos produtos:

a. Questionar quem dispara o processo de cadastramento de um novo produto;


Estratégico de TI
Planejamento

b. Questionar quem é responsável pelo cadastramento;

c. Questionar quem define a estrutura do novo produto;

d. Questionar quem define o roteiro de operações.

10. Processos e máquinas predominantes:

a. Descrever genericamente os grandes processos e as principais máquinas.

11. Ferramentaria necessária:

a. Descrever se há necessidade de ferramentas para o setup das máquinas.

12. Setups diversos:

a. O tempo de setup não é constante;

b. Falhas de equipamentos são freqüentes.

13. Turnos:
a. Turno 1;

b. Turno 2;

c. Turno 3.

14. Questionar os apontamentos das operações.

15. Perdas e defeitos:


a. Existem apontamentos dos defeitos e perdas;

b. Não existem apontamentos;

c. Produtos são vendidos com qualidade inferior;

d. Produtos sofrem retrabalho;

e. Produtos são sucateados.

16. Anexar ao levantamento de dados os principais relatórios, controles paralelos e


estatísticas do setor do planejamento e controle de estoque.

100
17. Deficiências do setor:
a. Falta de planejamento estratégico;

Estratégico de TI
Planejamento
b. Carência de informações manuais ou de sistemas;

c. Dados cadastrais errados;

d. Questionar as desvantagens do sistema atual.

18. Listar as vantagens da rotina ou sistema atual e questionar os aspectos relevantes


de um sistema para o setor.

Financeiro
1. Questionar sobre o funcionamento do departamento financeiro da empresa
levando em consideração:
a. Como são controlados os títulos a receber;

b. Como são controlados os títulos a pagar;

c. Se o limite de crédito é função do departamento;

d. Periodicidade do fluxo de caixa;

e. Como são controladas as contas bancárias e as aplicações.

2. Tipos de cobrança:
a. Simples;

b. Escritural;

c. Caução;

d. Operação desconto.

3. Questionar os bancos que a empresa trabalha e com quais operações em cada um


deles.

101
4. Comunicação Remota com bancos:
a. Questionar quais bancos e se existem manuais em poder da empresa sobre a
comunicação remota;
Estratégico de TI
Planejamento

b. Questionar quais são as operações efetuadas na comunicação remota:

• Prorrogações;

• Baixa;

• Emissão;

• Descontos;

• Pagamentos parciais.
5. Questionar sobre a forma de atuação da cobrança:
a. Com assessoria externa;

b. Via banco com instrução de protesto;

c. Via banco sem instrução de protesto.

6. Instrumento de cobrança:
a. Duplicata;

b. Boleto;

c. Carnê.

7. Concessão de descontos:

a. Descontos só nas baixas;

b. Descontos parciais.

8. Controle dos juros não recebidos:

a. Não é controlado;

b. Controle manual com emissão de carta de débito manual;

c. Controle via computador.

9. Borderô:

a. Separação de títulos manualmente para colocação nos bancos;

b. Separação de títulos via sistema.

102
10. Questionar se os recebimentos e/ou pagamentos são individualizados por grupo
(natureza) e qual a sua estrutura:
a. Exemplo: 0001 - despesa com folha de pagamento

Estratégico de TI
Planejamento
0002 - impostos

0003 - compra de matéria-prima

11. Questionar sobre o funcionamento do Contas a Pagar quanto à:

a. Como é feita a solicitação de um pagamento;

b. Quem emite o cheque;

c. Se existe uma relação dos cheques a serem assinados;

d. Se é um cheque para cada pagamento ou um por banco.


12. Emissão de cheques:
a. Emissão de cheque manual;

b. Emissão de cheque via programa exclusivo/impressora especial;

c. Emissão de cheque via sistema financeiro;

d. Para quais bancos emite cheque via sistema ou programa.

13. Tesouraria:
a. Existe o setor de tesouraria;

b. Qual é sua função;

c. Realiza pagamento no caixa;

d. Responsável pelo pagamento no banco.

14. Fluxo de caixa:


a. Existe fluxo de caixa;

b. Não existe fluxo de caixa;

c. Como está estruturado o fluxo de caixa:

• Por natureza (grupo) dos pagamentos/recebimentos;

• Considera saldos bancários;

• Controle só por totais diários;

• Periodicidade de emissão.

103
15. Razão e diário auxiliar:
a. Existe razão e diário auxiliar no financeiro;
Estratégico de TI

b. Existe razão e diário só na contabilidade.


Planejamento

16. Anexar ao levantamento de dados os principais relatórios, controles paralelos e


estatísticas do setor financeiro.

17. Deficiências do setor financeiro:


a. Falta controle dos pagamentos futuros

b. Atraso na informação dos recebimentos;

c. Ausência do fluxo de caixa;

d. Descontrole sobre juros devidos e não pagos;

e. Questionar as desvantagens do sistema atual.

18. Listar as vantagens da rotina ou sistema atual e questionar os aspectos relevantes


de um sistema para o setor.

Contabilidade
1. Questionar sobre o funcionamento do departamento contábil da empresa levando
em consideração:
a. Existe integração contábil com os demais setores;

b. A contabilidade é integrada aos custos;

c. Existem somente lançamentos manuais.

2. Controle contábil:
a. Contabilidade externa;

b. Contabilidade manual;

c. Contabilidade via sistema.

3. Ferramenta de apuração dos resultados:


a. Planilhas;

b. Sistema de computação;

c. Relatórios manuais.

104
4. Centro de custos:
a. Centro de custo contábil;

Estratégico de TI
b. Centro de custo extra-contábil;

Planejamento
c. Questionar sobre o critério da codificação do centro de custo.

Exemplo: xxyy onde xx = Diretoria yy = setor

5. Custos:
a. Funciona como um setor independente da contabilidade;

b. Funciona agregado a contabilidade.


6. Moedas:
a. Moedas que são utilizadas na contabilidade;

b. Contabilidade só na moeda corrente.

7. Correção integral do balanço:


a. Via conversão dos lançamentos um a um em moeda forte;

b. Via conversão dos lançamentos em valores distintos de moedas dependendo da


conta contábil.

8. Diários auxiliares:
a. No contas a pagar;

b. No contas a receber;

c. No ativo fixo;

d. Na tesouraria.

9. Lançamentos no LALUR:

a. Lançamentos no livro de apuração do resultado para aplicação do Imposto de


Renda;

b. Existe alguma particularidade da empresa na apuração do IR.

10. Questionar sobre possíveis lançamentos automáticos na contabilidade.

11. Anexar ao levantamento de dados os principais relatórios, controles paralelos e


estatísticas do setor contábil.

105
12. Deficiências do setor Contábil:
a. Grande volume de dados;
Estratégico de TI

b. Informações atrasadas;
Planejamento

c. Fluxo de papel incorreto;

d. Questionar as desvantagens do sistema atual.


13. Listar as vantagens da rotina ou sistema atual e questionar os aspectos relevantes
de um sistema para o setor.

Livros Fiscais
1. Livros de entrada e saída (modelo 1 e 2):
a. Escriturados manualmente;

b. Sistema específico;

c. Escriturados externamente.

2. Regime atual da empresa:


a. Escrituração eletrônica;

b. Escrituração em livros;

c. Regime mecanográfico ou Especial.

3. Escrituração eletrônica:
a. Questionar qual é o software utilizado;

b. Questionar quais são os livros.

4. Anexar os principais relatórios do setor fiscal.

5. Deficiências do setor fiscal:


a. Falta de documentação;

b. Atraso no envio da documentação pelos demais setores;

c. Questionar as desvantagens do sistema atual.

6. Listar as vantagens da rotina ou sistema atual e questionar os aspectos relevantes


de um sistema para o setor.

106
Ativo Fixo
1. Questionar sobre o funcionamento do departamento levando em consideração:

Estratégico de TI
Planejamento
a. Bens não são controlados;

b. Bens controlados por grupo em fichas, manualmente;

c. Bens controlados por grupo, via sistema;

d. Bens controlados um a um em fichas, manualmente;

e. Bens controlados um a um, via sistema.

2. Patrimônio Líquido:
a. Capital e investimento são controlados dentro do sistema de ativo.
3. Ampliações e reforma de Bens:
a. Lançamento como despesa e não ativação;

b. Ativação no próprio Bem;

c. Criação de outro Bem.


4. Razão auxiliar:
a. Existe razão auxiliar do ativo;

b. Razão somente na contabilidade.

5. Questionar se os seguros são controlados junto com o ativo fixo.

6. Questionar se a empresa possui algum incentivo para a depreciação de seus Bens:


a. Depreciação acelerada;

b. Incentivo fiscal.

7. Anexar ao levantamento de dados os principais relatórios, controles paralelos e


estatísticas do setor do ativo fixo.

8. Deficiências do setor do ativo fixo:

a. Falta de informações;

b. Falta de auditoria;

c. Divergências do controle físico com o contábil;

d. Questionar as desvantagens do sistema atual.


9. Listar as vantagens da rotina ou sistema atual e questionar os aspectos relevantes
de um sistema para o setor.

107
Folha de Pagamento
1. Questionar sobre o funcionamento do departamento de folha de pagamento
Estratégico de TI

levando em consideração:
Planejamento

a. Folha de pagamento processada externamente;

b. Folha de pagamento, manual;

c. Folha de pagamento, via sistema.

2. Listar os sindicatos que atuam na empresa e o processo de dissídio.

3. Listar as rotinas automatizadas:

a. Recibo de pagamento;

b. Impostos;

c. Férias;

d. Rescisão;

e. 13º salário;

f. DIRF/RAIS;

g. Recursos Humanos.

4. Resumo do cálculo das médias para efeito do 13º salário e férias:

a. Cálculo da média em horas;

b. Cálculo da média em valores.

5. Pagamento a funcionários:
a. Via cheque;

b. Em espécie;

c. Via depósito bancário.


6. Listar os bancos que efetuam o pagamento de salários.

7. DARP/RE:
a. Manual;

b. Via sistema.

108
8. Provisionamento de férias e 13º salário:

a. Mês a mês durante o ano;

Estratégico de TI
Planejamento
b. Somente no segundo semestre.

9. Datas para adiantamento e folha:

a. Adiantamento de 50% dia 20 e 50% no quinto dia útil;

b. Adiantamento de 40% dia 20 e 60% no quinto dia útil;

c. Adiantamento de 50% dia 15 e 50% no dia 30.

10. Questionar sobre férias coletivas:


a. Não existem;

b. Setoriais;

c. Geral;

d. Questionar o período das férias coletivas.

11. Anexar ao levantamento de dados os principais relatórios, controles paralelos e


estatísticas do setor.

12. Deficiências do setor:


a. Falta de pessoal qualificado;

b. Atraso nos apontamentos;

c. Decisões de última hora;

d. Questionar as desvantagens do sistema atual.

13. Listar as vantagens da rotina ou sistema atual e questionar os aspectos relevantes


de um sistema para o setor.

109
2ª Fase - Avaliação de Necessidades de Customização
Verificação de necessidade dos seguintes pontos:
Estratégico de TI
Planejamento

1º Conversão de arquivos

• Definindo padrão de arquivos;

• Plataforma e sistema atuais.

1. Questionar sobre arquivos a serem convertidos destacando:

a. real necessidade da conversão;

b. volume de dados;

c. relacionamento, caso exista, com outros arquivos;

d. necessidade de desenvolvimento de rotinas para conversão;

e. padrão dos arquivos (.TXT, .DBF, SQL, etc);

f. plataforma atual;

g. sistemas atuais.

2º Customizações

• Definindo rotinas de processamento/atualização;

• Definindo relatórios.

1. Questionar sobre rotinas específicas a serem desenvolvidas destacando:

a. real necessidade do desenvolvimento;

b. no caso de relatórios, verificar a possibilidade de compará-los com relatórios


existentes no sistema;

c. detalhar todos os parâmetros necessários;

d. detalhar, no caso de relatórios, as ordens possíveis de impressão;

e. detalhar para todas as rotinas a serem desenvolvidas:

1º horas necessárias para o levantamento detalhado;

2º horas necessárias para o desenvolvimento;

3º horas necessárias para a instalação e testes, com os respectivos valores.

110
3ª Fase — Avaliação dos Recursos Físicos
1º Verificação do ambiente atual — hardware — e definições padrões

Estratégico de TI
Planejamento
• Avaliação do parque instalado com base no volume de dados, módulos e
número de usuários;

• Definição de configurações mínimas:

• Definição de programa de treinamento, com base em módulos utilizados.

1. Hardware:
a. questionar sobre a existência de uma rede. Caso positivo, qual?

b. para quantos usuários (a rede)?

c. quantos usuários acessarão o sistema, simultaneamente?

d. quantas estações estão conectadas à rede?

e. qual a configuração e localização física de cada uma das estações e conseqüentes


necessidades de contratações e/ou realocações;

2. Definir os usuários envolvidos no processo, direta e indiretamente (desde que


sejam responsáveis por decisões que afetem o processo):
a. definir os nomes dos envolvidos e suas atribuições básicas;

b. definir a relação usuários x módulos;

c. avaliar os pontos críticos entre número de módulos e usuários:

• Muitos módulos para um usuário;

• Usuários de um setor atuando em outro e vice-versa, proporcionando


problemas pelo desconhecimento da área de atuação.

d. avaliar a necessidade de treinamento de cada usuário, levando em conta o


conhecimento das rotinas administrativas e conhecimentos de microinformática.

111
4ª Fase - Elaboração de Plano e Cronograma Macro
1º Elaboração de PDI contendo:
Estratégico de TI
Planejamento

• Diagnóstico da situação atual (retrato)

–– sistemas atuais;

–– parque instalado;

–– usuários envolvidos;

–– fluxo atual de informações;

–– pontos críticos;

–– pontos de atrito com o novo sistema.

• Sugestão para melhoria dos pontos críticos

–– aonde e quais sistemas deverão ser implantados;

–– mudanças necessárias no parque instalado (hardware);

–– treinamento dos envolvidos no processo;

–– sugestão de novo fluxo de informações;

–– resolução dos pontos de atrito, através das seguintes alternativas:

–– mudança de procedimentos;

–– alteração no sistema padrão;

–– criação de rotinas específicas;

–– definição dos profissionais envolvidos;

–– prazos para execução dos serviços;

–– horas previstas, dos profissionais definidos, para o projeto;

–– custos envolvidos e forma de pagamento.

2º Elaboração de um cronograma macro:

• Definição dos módulos a serem implantados, contendo:

–– prioridades de implantação dos módulos;

–– prazos de implantação dos módulos;

–– pré-requisitos para cada tarefa e/ou módulo.

112
CASO PARA ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMA: A FÁBRICA DE
COMPONENTES ELETRÔNICOS ALFA

Estratégico de TI
Planejamento
A margem de lucro da fábrica teve uma queda de aproximadamente 30% em relação
ao ano anterior. A fábrica de componentes ALFA, instalada em zona franca, enfrenta
atualmente forte concorrência de outras fábricas instaladas recentemente. Entre os
diversos fatores que contribuem para este cenário destaca-se o baixo nível de vendas
em função da competitividade dos preços dos produtos dos concorrentes, além dos
atrasos ocorridos nas entregas dos produtos da ALFA.

O diretor da área de produção da ALFA alega que não c onsegue atender algumas
das demandas em função da falta de componentes. A maioria dos componentes que
estão no estoque ou estão vencidos ou estão defasados. O diretor do departamento
de compras da ALFA, por sua vez, atribui os atrasos aos fornecedores que seguram as
demandas em função da expectativa de constantes mudanças cambiais.

Os clientes, por sua vez, reclamam que alguns dos pedidos não são atendidos e os
vendedores, por outro lado, alegam que atendem todos os pedidos que chegam em seu
departamento.

Alguns departamentos passaram por um processo de informatização ao longo do


tempo, exceto a contabilidade, na qual os lançamentos são classificados manualmente.
Este é um dos grandes problemas apontados por alguns executivos da empresa. Outros
executivos afirmam que o problema se origina nos gastos realizados nas reformas e
ampliações dos galpões e nas constantes contratações de funcionários.

Analisando o exposto, informe qual é o problema da fábrica de componentes eletrônicos


ALFA? Como ele pode ser resolvido? Efetue uma lista das questões mais relevantes que
devem ser levantadas. Efetue também uma avaliação de necessidades e recursos físicos,
incluindo uma análise das melhorias que podem ser alcançadas através de um Plano
Diretor de Informática.

113
07 Análise de Softwares

Análise de Softwares
de Gestão - ERP

de Gestão - ERP
Elementos para a Análise
de Softwares de Gestão

A seguir é apresentada uma completa lista de rotinas, características, condições, facilidades


e recursos tecnológicos que devem contemplar um sistema de gestão e que têm como
objetivo orientar as empresas na escolha de uma solução ERP.

Rotinas Genéricas
Capacidade de processar várias empresas e filiais. Faz consolidações das filiais e das
empresas.

Os arquivos podem ser alocados em vários servidores de dados.

As regras de negócios podem ser alocadas em vários servidores de aplicação. O software


é apresentado em diversos idiomas. Quais?

Trabalha com dicionário de dados ativo:

• Permite incluir novos campos;

• Excluir campos;

• Excluí-lo das telas e relatórios;

• Excluí-lo do browse do cadastramento;

• Alterar seu tamanho;

• Alterar sua máscara de edição;

• Inserção de zero à esquerda em campo alfa;

• Alterar sua validação;

115
• Utilização de funções gerais;

• Utilização de funções próprias (usuário);


Análise de Softwares
de Gestão - ERP

• Uso de “.and.” e “.or.” .

• Acesso a arquivos ou tabelas relacionados;

• Acesso a outros campos digitados na mesma tela.

Flexibilidade no Uso
Uso de fórmulas definidas pelo usuário.

Inicialização baseada na inclusão de registros (carry on).

Inicializador Padrão na inclusão de registros.

Inicialização baseada em outros campos digitados (gatilhos). Alterar a ordem de apre-


sentação dos campos.

Acessar diretamente o registro via várias seqüências. Visualizar todos os seus dados.

Criar arquivos próprios.

Alteração on-line do banco de dados. Calculadora.

Agenda do sistema.

Controle da agenda por usuário. Possui mailing entre os usuários. Controle de spooling
de impressão:

• Permite visualização na tela dos relatórios;

• Emissão parcial do relatório;

• Emissão de várias cópias do relatório. Consultas genéricas:

• Permite consultas com filtros;

• Filtros com expressão (fórmula);

• Consultas com filtros de arquivos relacionados;

• Visualizar vários arquivos simultaneamente;

• Estes arquivos podem ser relacionados;

• Alterar a ordem de apresentação dos dados;

116
• Pesquisar determinado registro;

• Criar índices próprios;

Análise de Softwares
de Gestão - ERP
• Alterar a ordem das colunas;

• Congelar determinada coluna;

• Visualizar os dados em tela cheia;

• Imprimir a consulta;

• Salvar as opções definidas para futura recuperação;

• Fornece subtotalizações nas consultas.

Segurança
Quanto à segurança de uso do sistema:

• Permite bloqueio a determinado programa (menu p/senha);

• Bloqueio a determinado campo/arquivo;

• Bloqueio de alteração;

• Bloqueio de visualização;

• Bloqueio a determinada função;

• Bloqueio a determinado módulo;

• Bloqueio a determinada empresa;

• Faz o log de digitação:

• Grava usuário/data nos registros gravados;

• Grava arquivo de log.

Quanto à segurança física dos dados:

• Faz back-up/restauração dos arquivos;

• Este back-up é on-line;

• O back-up comprime dados;

• Faz roll back de transação após queda do sistema;

• Controla a integridade referencial.

117
Gerador de relatórios:
Análise de Softwares

• Permite acessar qualquer arquivo;


de Gestão - ERP

• Acessar arquivos externos;

• Filtros flexíveis;

• Permite diversos níveis;

• Relatórios sintetizados;

• Itens com várias linhas;

• Criação de índices próprios;

• Uso de fórmulas;

• Somatório de campos no arquivo inteiro.

Parametrização
Gatilho acionado via digitação de um campo;

Gerador de consultas:

• Recupera dados de qualquer arquivo;

• Permite funções próprias;

• Permite filtros flexíveis;

• Possui funções inerentes à consulta;

• Agrupamento de células;

• Uso de fórmulas.

Help
Help on-line em nível de campo (sensível ao contexto);

Help pode ser alterado pelo usuário;

Help possui palavras-chave que acessam outro help (hipertexto);

Help com conceitos gerais dos programas;

Help com vídeo e voz ou outro tipo de animação.

118
Documentação

Análise de Softwares
Release da versão documentada no próprio sistema;

de Gestão - ERP
Facilidades de Conversão
Tem facilidade para importação/exportação de dados:

• Importa/exporta arquivos texto;

• Importa/exporta arquivos DBF;

• Importa/exporta arquivos Cobol;

• Importa/exporta arquivos SQL;

• Importa/exporta arquivos XML;

• Nesta exportação permite o uso de fórmulas;

• Nesta exportação permite o uso de somatórios com filtro;

• Permite o uso de filtros;

• Importa/exporta arquivos Excel;

• Importa/exporta arquivos de outras linguagens;

• Exporta um arquivo a partir de vários arquivos de origem;

• Faz atualização automática nas importações (financeiro, contábil, etc).

Gráficos
Definição das legendas;

Acessar qualquer arquivo;

Filtros flexíveis;

Somatórios de campos;

Uso de fórmulas;

Funções inerentes ao módulo;

Funções próprias;

Número ilimitado de colunas.

119
Financeiro
Análise de Softwares

Controla os títulos a pagar, classificando-os por natureza (duplicatas, folha, impostos,


de Gestão - ERP

etc). Controla os títulos a receber. Controla saldos bancários.

Este controle é feito por agência/conta. Facilidade para reconciliação com extrato. Re-
cepção remota dos movimentos da conta.

Considera a disponibilidade dos cheques depositados. Considera a disponibilidade dos


recebimentos. Controla fluxo de caixa:

• Apresenta em tela o saldo diário projetado.

• Considera vencimento real.

• Fornece analítico em nível de título.

• Considera títulos provisórios.

• Considera pedidos de compras.

• Considera pedidos de vendas.

• Considera solicitações de compras.

• Considera previsões de vendas.

• Considera rendimento das aplicações.

• Imprime fluxo em forma de coluna separado por natureza.

• Faz simulação financeira.

• Apresenta gráfico no fluxo.

Faz controle orçamentário.

• Controle em nível de natureza.

• Permite diversos níveis de totais, definidos pelo usuário.

• Permite quebras invertidas (ex: bbbbbbaaaaa).

• Permite criação de índices próprios.

• Emite comparativo entre orçado e realizado.

• O comparativo trata até 12 meses.

120
• O orçamento pode ser feito em até cinco moedas.

• Trabalha com regime de competência ou de caixa.

Análise de Softwares
de Gestão - ERP
Relatório detalhando títulos

Relatório sintetizado por natureza.

Valor do título em várias moedas.

Relatórios/consultas em qualquer destas moedas.

Controla movimento bancário.

Trata pagamentos ou recebimentos eventuais.

Emite borderô de cobrança.

Sugere quais títulos devem ser enviados ao banco:

• Leva em consideração o cliente;

• Leva em consideração o valor do título;

• Leva em consideração a data de vencimento;

• Leva em consideração o valor do contrato/saldo.

Mantém os dados do contrato de financiamento.

Emite borderô de pagamento.

Emite o comprovante de depósito de cheques.

Emite cheques e cópia de cheques:

• Separa os cheques por banco e praça;

• Permite formatação de cheques específicos;

• Impressão em formulário contínuo e folha solta;

• Permite aglutinar vários títulos em um cheque;

• Controla cheques cancelados;

• Restabelece o título correspondente;

• Controla o responsável pela emissão do cheque.

Controla a quitação do título após a baixa.

Faz baixa de título automática.

121
Facilita sua seleção.

Baixa de títulos parciais.


Análise de Softwares
de Gestão - ERP

Na baixa aceita descontos, taxa de permanência, multa, etc.

Controla adiantamentos.

Na baixa avisa/considera adiantamentos realizados.

Permite a substituição de notas a pagar por fatura/duplicata.

Contabilização automática de baixas e emissão.

Lançamento contábil completo na movimentação bancária.

Posição das carteiras a receber e a pagar em qualquer seqüência.

Relação de títulos vencidos. Carta/extrato para clientes em atraso.

Emite ficha cadastral.

Permite vários tipos de operações bancárias (cobrança simples, caução e desconto).

Faz transferência automática considerando restrições.

Emite avisos de procedimento para bancos:

• Faz o follow-up deste aviso.

Controla aplicações financeiras e seus resgates.

• Calcula os impostos envolvidos.

• Permite resgates parciais.

• Várias aplicações do mesmo tipo na mesma conta. Emite diário e razão auxiliar
de clientes e fornecedores.

Emite aging dos títulos a receber/pagar.

Separas os títulos pornatureza (vendas, serviços, empréstimos, impostos, aluguéis),


banco, vendedor, vencimento.

Gera títulos de comissões pela emissão e baixa de duplicatas.

Controla juros devidos e não pagos:

• Gera títulos dos juros devidos e não pagos.

122
Emite boleto para cobrança escritural.

Faz envio e recepção de títulos para banco eletronicamente (padrão CNAB/SISPAG).

Análise de Softwares
de Gestão - ERP
Emite ordem de pagamento.

Emite histórico de clientes.

Mantém estatísticas sobre pagamento dos clientes. Mantém histórico de atrasos.

Histórico de títulos protestados. Histórico de cheques devolvidos.

Emite documento para consultas comerciais de terceiros.

Consulta sobre a posição dos clientes e fornecedores. Controla limite de crédito dos
clientes.

• Este limite pode ser por moeda forte.

• O limite tem data de vencimento.

• O limite sofre algum ajuste automático.

Nas posições a receber e a pagar permite consolidação por sacado independente da


filial ou loja. Faz consolidação por empresa agrupando filiais em todos os relatórios/
consultas.

Faz consolidação de várias empresas.

Tem facilidade para se cadastrar o endereço de cobrança , considera retenção


bancária na atualização do saldo bancário.

Fornece motivo de não pagamento de um título.

Mantém histórico do processo de cobrança de um título.

Considera IR retido na fonte.

Considera ISS retido na fonte.

Contabilidade
Permite código de contas até um número ilimitado de dígitos.

Faz consolidação entre empresas.

Faz consolidação entre filiais.

Faz controle por centro de custos.

123
O centro de custo pode pertencer à conta.

O centro de custo pode ser um campo (arquivo) separado.


Análise de Softwares
de Gestão - ERP

Rotina de abertura automática de contas para os centros de custos.

Mantém mais de 12 meses em aberto.

Permite lançamentos retroativos.

Permite fechamento do exercício fora de dezembro.

Permite fechamento do mês fora do dia 30.

Tem dígito verificador em nível de conta.

Faz a correção integral.

Controla mais que uma moeda:

• Faz conversão pela data do lançamento;

• Idem pela taxa média do mês;

• Idem pela data de vencimento do pagamento/recebimento;

• Idem pela taxa do último dia do mês.

• Calcula e lança variação monetária das contas expostas.

• Calcula variação residual caso conversão pelo vencimento.

• Emite balancete corrigido em Reais.

Aceita lançamentos padronizados.

Aceita históricos padronizados:

• Aceita históricos longos, com várias linhas de continuação;

• Permite complementar histórico padronizado.

Quanto aos rateios:

• Rateio de um lançamento com base em percentuais cadastrados;

• Rateio do movimento mensal de uma conta;

• Rateio do saldo de uma conta;

• Rateio de um grupo (mesmo centro de custo) de contas

Possibilita bloqueio da conta.

124
Processa diário auxiliar para qualquer conta.

Faz controle orçamentário:

Análise de Softwares
de Gestão - ERP
• Orça mais que 12 meses;

• Orça mais que uma moeda;

• Orça grupo de contas independente do plano.

Quadro contábil em qualquer formato/moeda/agrupamento.

Gera lançamentos automáticos de:

• Compra on-line;

• Compra batch;

• Requisições on-line;

• Requisições batch;

• Produção on-line;

• Produção batch;

• Depreciação batch;

• Correção monetária batch;

• Folha de pagamento batch e on-line;

• Recebimento de títulos on-line;

• Recebimento de títulos batch;

• Pagamentos de títulos on-line;

• Pagamentos de títulos batch;

• Movimentação bancária on-line;

• Movimentação bancária batch;

• Aplicações/resgates on-line;

• Aplicações/resgates batch;

• Encerramento de lucros e perdas batch.

125
No lançamento automático:

• Permite lançamento com várias linhas;


Análise de Softwares
de Gestão - ERP

• Uso de fórmula no débito/crédito;

• Uso de fórmula no histórico;

• Uso de fórmula no valor;

• Fórmulas diferentes dependendo da moeda;

• Aglutina lançamentos por seção de digitação;

• Aglutina lançamentos por um período definido pelo usuário;

• Aglutina dependendo da linha do lançamento;

• Permite alterar o lançamento antes de sua efetivação.

Emite razão, diário em formulário especial;

Emite balancete, despesa por centro de custo;

Emite balanço no formato oficial;

Emite quadros contábeis;

Emite demonstração de lucros e perdas no formato oficial;

Emite o mapa de origens e aplicações;

Emite o mapa de mutação patrimonial; Processa o LALUR.

Estoque/Custo
Calcula custo on-line.

Permite o reprocessamento em batch.

Calcula custo em mais que uma moeda. Controla vários almoxarifados.

Cada almoxarifado tem seu próprio custo unitário.

Controla produtos em poder de terceiros.

Controla produtos de terceiros em nosso poder. Trata beneficiamento em terceiros.

Controla estoques em consignação.

126
Controla por grade com adaptação nas compras, produção e vendas.

Controla produtos no controle de qualidade.

Análise de Softwares
de Gestão - ERP
• Faz estatísticas de rejeição no CQ.

• Grava resultados dos testes.

• Emite certificado de garantia.

Controla o saldo em processo.

• Discrimina o saldo em processo dos materiais diretos.

• Discrimina o saldo dos materiais com apropriação pelo Standard.

• Controla o valor das ordens de produção não concluídas.

Controla depósito fechado.

Perdas:

• Faz estatísticas das perdas;

• Trata perda do produto acabado.

Gera requisições automáticas:

• Permite alterar a requisição automática (empenho).

Gera produção automaticamente se estoque negativo.

Calcula Custo Standard:

• Reajusta Custo Standard da matéria-prima automaticamente;

• Permite Custo Standard em mais de uma moeda.

Discrimina o Custo (matéria-prima, mão-de-obra, GGF, etc).

Permite simular custos, mudando-se a estrutura.

O cálculo do custo da mão-de-obra é automático.

Calcula o preço de venda com base no custo.

• Permite a definição de fórmulas próprias para este cálculo.

• Permite o cálculo de custo sem a abertura de ordem de produção.

• Considera as despesas gerais (administrativas e de vendas) no preço de venda.

• Considera os créditos de impostos no cálculo dos custos.

127
Gera lançamentos de custos na contabilidade.

Emite o kardex.
Análise de Softwares
de Gestão - ERP

Emite o kardex do processo.

Permite mais que um processo (centro de custo).

Permite gerar requisições automáticas no início da OP. Mostra a evolução do custo real.

Mostra o motivo da variação do custo:

• pelos preços de compra;

• pela eficiência da mão-de-obra;

• pela ociosidade dos recursos de produção;

• pela variação no consumo das matérias-primas;

• pela variação do custo da mão-de-obra e GGF;

Permite a apropriação de débito direto.

Fornece facilidades para o inventário:

• Relação para controle do inventário;

• Etiqueta para contagem;

• Lista das diferenças inventário x saldo contabilizado;

• Permite o inventário rotativo, com data aleatória;

• Faz o acerto automático do inventário;

• Custeia as diferenças de inventário.

Controla mais que uma unidade de medida:

• Faz a conversão automática de uma para outra.

Prevê produtos hidroscópicos (perda de peso com o tempo).

Calcula lote econômico.

Considera curva ABC.

Considera valor máximo de compras/mês.

Calcula previsão de consumo:

• Média simples;

• Média ponderada;

128
• Regressão linear;

• Correlação múltipla

Análise de Softwares
de Gestão - ERP
• Considera sazonalidade.

Calcula ponto de pedido:

• Considera consumo médio;

• Considera estoque de segurança;

• Considera prazo de entrega;

• Este prazo é ajustado pelo programa.

Faz tratamento de sucatas.

Faz tratamento de subproduto. Indica quais itens são obsoletos.

Calcula o custo de armazenagem.

Imprime documentos para digitação (requisições, produção, etc).

Controla prazo de validade da mercadoria.

Aceita várias tabelas de preços.

PCP – Planejamento e Controle da Produção


Faz cadastramento da estrutura.

• Controla a validade dos componentes pela data.

• Controla a validade dos componentes pelo exaurimento.

• Apresenta a estrutura de forma gráfica.

• Permite duplicação de estruturas.

• Permite mudar a unidade de medida dos componentes.

• Permite até mais que 99 níveis.

• Trata produtos fantasmas.

• Itens alternativos no PCP (se não tiver X, use Y).

• Montagem de estruturas com diferenciação no código seletivo.

• Permite quantidade base do conjunto.

129
• Cadastramento da perda standard para controle de variação.

Ordens de Produção:
Análise de Softwares
de Gestão - ERP

• Abertura de OPs baseada na previsão de vendas;

• Abertura de OPs baseada nos pedidos de vendas;

• Empenho dos componentes de uma OP;

• Abertura automática das OPs dos componentes;

• Impressão na OP dos componentes;

• Impressão destes componentes em seqüência própria;

• Impressão das operações nas OPs;

• Impressão em código de barra do número da OP.

Cancelamento automático das OPs/SCs se cancelamento da previsão ou pedido de


vendas;

Alteração automática das OPs/SCs se alteração da previsão ou pedido de vendas:

• Emite uma listagem das OPs/SCs canceladas;

• Idem para os pedidos de compras;

• Cancelamento das OPs filhos se cancelamento da OP pai;

• Permite impressão aglutinada de OPs.

MRP (projeção de estoques):

• Calcula necessidade de componentes e matérias-primas;

• Leva em consideração prazos e datas de entrega;

• Considera sábados, domingos e feriados;

• Leva em consideração lote econômico;

• Leva em consideração ponto de pedido;

• Apresenta resumo diário, semanal, mensal, etc;

• Gera OPs e Solicitações de Compras. Rastreabilidade:

• Controla estoques por lotes;

• Informa o lote da matéria-prima usada num lote de venda;

• Informa lotes de vendas que usaram um mesmo lote de MP/PI.

130
Carga de Máquina

Análise de Softwares
Permite ancoragem pelo início ou pelo fim.

de Gestão - ERP
Inverte a ancoragem pelo fim se a data atual for atingida.

Quantidade de recursos alternativos por operação.

Recursos alternativos com tempos diferenciados.

Considera calendário semanal por máquina.

Controla feriados .

Controla linhas de produção.

Considera tempo de sobreposição por tempo ou peças.

Considera tempos de desdobramento.

Prioriza ordens de produção.

Operações considerando capacidade volumétrica (forno).

Verifica a seqüência das operações digitadas.

Emissão de mensagens relacionadas a faltas, antecipações, sobras, postergações,


cancelamentos, etc (na projeção).

Considera disponibilidade da ferramenta na alocação da operação.

Considera vida útil da ferramenta.

Considera bloqueios de máquinas (por ex. para manutenção).

Considera operações esporádicas.

Considera setup.

Recalcula setup dependente da operação anterior. Visualização da carga de máquina.

Visualização do histograma.

Visualização da carga cumulativa.

Realoca as solicitações de compras se necessário.

Considera disponibilidade da matéria-prima.

Faz compressibilidade das operações se necessário.

Controle de manutenção das máquinas .

131
Informação da produção:

• Leitura de códigos de barra;


Análise de Softwares
de Gestão - ERP

• Leitura de coletor eletrônico;

• Leitura de balança eletrônica.

• Leitura de RFID.

Compras
Faz solicitações de compras a partir do ponto de pedido.

Emite e controla cotações de compras.

Mantém fornecedores por produto.

Faz rodízio de fornecedores (empresa pública).

Seleciona os fornecedores pela sua performance.

Reclassifica o fornecedor a partir das entregas e do CQ.

Controla solicitação/pedido por alçada (senha/valor).

Analisa cotações de compras selecionando a melhor:

• Faz análise pelo valor presente (condição de pagto);

• Faz análise pela qualidade dos produtos do fornecedor:

–– Pelos atrasos do fornecedor;

–– Pelas devoluções do fornecedor;

–– Pelas divergências de preços do fornecedor.

Controle das justificativas de escolha.

Faz estatísticas do desempenho do fornecedor.

Mantém um histórico das cotações.

Follow up com histórico dos pedidos de compra.

Mantém pedidos parciais.

Controla contratos de fornecimento (em nível de preço, quantidade, data de entrega, etc).

132
Controla reajustes de preços destes contratos.

Separa todos os relatórios/consultas por comprador. Emite relatório de divergência.

Análise de Softwares
de Gestão - ERP
Trata devidamente itens que não sejam de estoque.

Permite data de entrega diferente para cada item do pedido.

Mantém código do produto no fornecedor.

Considera frete no pedido de compra.

Envia/recebe dados via EDI-Eletronic Data Interchange ou outra forma de conectividade


(SCM).

Envia/recebe dados via Internet.

Faturamento
Faz controle de reservas/cotações.

Faz um histórico das reservas/cotações perdidas.

Faz estatísticas das reservas ganhas/perdidas.

Amarra pedidos de vendas às ordens de produção.

Gera roteiro de entregas.

Controla a saída da mercadoria.

Controla comissões de vendas:

• Comissões pagas pela emissão do pedido, pelo faturamento e pelas baixas.

• Aceita mais que um vendedor por nota.

• Permite comissão por produto.

Integração com outros módulos:

• Integrado com contas a receber;

• Integrado com estoques;

• Integrado com o livro fiscal;

• Integrado com estoque/custos.

133
Quanto às condições de pagamento:

• Permite diversas parcelas;


Análise de Softwares
de Gestão - ERP

• Datas fixas (dia no mês ou dia da semana) de pagamento;

• Permite informar o valor das parcelas;

• Informar as parcelas em porcentagem;

• Colocar os vencimentos específicos (digitados);

• Atrelar um acréscimo financeiro à condição;

• Este acréscimo pode ser destacado ou embutido no preço.

Faz faturamento automático de embalagem.

Quanto ao reajuste de preços:

• Via fórmula no pedido:

• Faz faturamento automático de reajuste a posteriori;

• Emite planilha demonstrativa do reajuste.

Faz um controle da maior compra, maior saldo, etc, pelo cliente, sem considerar a
filial do cliente.

Permite liberar um pedido em várias notas.

Tratamento de importação/exportação de mercadorias (emissão de guias, verificação de


pagamentos das taxas, follow-up, etc).

Gera automaticamente nota de transferência de entrada.

Nível de prioridade de clientes na liberação dos pedidos de vendas.

Processa liberação de crédito:

• Pelo risco, baseado em títulos atrasados;

• Pelo limite de crédito;

• Restringe a liberação manual;

• Restringe a liberação manual por alçada.

Processa liberação pelo estoque:

• Faz, opcionalmente, liberação parcial;

• Cancela resíduos de pedidos.

134
Verificação da nota de devolução quanto a preço, produto, etc.

Menção do número da nota de venda quando entrega futura.

Análise de Softwares
de Gestão - ERP
Em todos os relatórios permite filtrar pelo tipo de saída.

Follow up das previsões de vendas em relação ao real:

• Produto-a-produto;

• Mês a mês;

• Em R$ e moeda forte;

• Quanto ao preço de venda;

• Controle de cotas de vendedores.

Controla visitas a clientes.

Permite número de série do produto na nota de venda.

Conceito de família de produtos para facilitar a previsão de vendas.

Estatísticas de vendas de longo alcance por cliente/produto.

Emite etiquetas para embalagem. Emite romaneio de vendas.

Emite nota de complemento de preço.

Fiscal
Emite o registro de entrada (Mod. 1 e 1A).

Emite o registro de saída (Mod. 2 e 2A).

Emite o registro de inventário (Mod. 7).

Emite o livro apuração do IPI e ICMS (Mod. 8 e 9).

Emite o quadro outros débitos/créditos do Mod. 8/9.

Emite o registro de controle da produção e estoque (Mod. 3).

Emite a relação da DIPI.

Emite o detalhamento de operações. Emite a relação do ICMS solidário.

Emite o registro do ISS.

135
Permite acertos nos livros fiscais.

Considera base de IPI reduzido.


Análise de Softwares
de Gestão - ERP

Considera base de ICMS reduzido.

Considera alíquota de ICMS reduzida.

Considera desconto referente a venda na zona franca.

Considera IPI incluso na base do ICMS.

Considera compra com crédito de ICMS.

Considera compra com crédito de IPI.

Considera venda para pessoa física fora do estado.

Considera ICMS complementar.

Destaca IPI nas devoluções de matéria-prima.

Emite nota de complemento de IPI.

Emite nota de complemento de ICMS.

Gera títulos referente ao IPI/ICMS a pagar.

Corrige estes títulos automaticamente.

Permite o pagamento dos impostos pela data de saída ao invés da emissão.

Emite a guia de pagamento dos impostos (DARF).

Considera saldos de créditos de meses anteriores.

Emite a guia de ICMS.

Permite a digitação de lotes de notas ao consumidor.

Gera arquivos e livros em meio magnético para regime especial.

Calcula e gera dados para pagamento do PIS/COFINS.

136
Ativo Fixo

Análise de Softwares
Controla os bens separando reavaliações, ampliações e reformas.

de Gestão - ERP
Controla a localização física.

Contabiliza a depreciação.

Contabiliza as baixas.

Trabalha com mais que uma moeda.

Cada moeda tem sua taxa de depreciação.

A depreciação pode ser informada em valor.

Possui rotina para depreciação exponencial.

Calcula saldos de Bens implantados retroativamente.

Permite transferência de Bens de centro de custo.

Permite transferência de Bens de filiais.

Permite transferência de Bens de empresas.

Permite baixa parcial de Bens.

Considera o motivo da baixa.

Controla o seguro dos Bens.

Trata itens com quantidade ( ex: 200 cadeiras).

Folha de Pagamento e Recursos Humanos


Permite fórmulas para cálculos de verbas.

Permite a mudança de seqüência dos cálculos das verbas.

Faz adiantamento quinzenal em percentual.

Trata horistas e mensalistas. Trata tarefeiros.

Trata folha semanal.

Controla contratos de experiência.

Faz declaração de responsabilidade de dependentes.

Emite aviso de férias.

137
Considera faltas não justificadas. Emite recibo de férias.

Emite recibo de férias coletivas. Emite e calcula rescisão.


Análise de Softwares
de Gestão - ERP

Emite e calcula rescisão complementar. Controla cargos e salários.

Controla rotatividade de funcionários.

Mantém dados dos dependentes do funcionário.

Controla vale-refeição.

Controla vale-transporte.

Emite guia do INSS.

Emite a RE do FGTS em meio eletrônico.

]Controla assistência médica.

Emite o registro do funcionário.

Mostra foto do funcionário na tela.

Controla evolução salarial do funcionário.

Calcula dissídio salarial.

Considera antecipações.

Considera proporcionalidade em relação a admissão.

Calcula 1ª e 2ª parcela do 13º salário.

Emite DIRF em formulário/meio eletrônico.

Emite RAIS em formulário/meio eletrônico.

Emite relação de líquido em formulário/meio eletrônico.

Emite a relação de admitidos/demitidos em meio eletrônico.

Emite A.S. para fins de aposentadoria.

Permite calcular salários diferenciados por função.

Permite reestruturação de cálculos através de novas fórmulas.

Permite geração de relatórios de horas trabalhadas x custo mão-de-obra.

Permite escolher ordenação de relatórios.

138
Permite criar novas ordenações para cálculos e relatórios.

Armazena currículos de funcionários.

Análise de Softwares
de Gestão - ERP
Aceita currículos por Internet.

Seleciona funcionários para exercer determinado cargo.

Controla cursos e treinamento de funcionários.

Disponibiliza terminal para funcionário.

Controla exames médicos do funcionário.

Ponto Eletrônico
Permite configuração do registro de acordo com o relógio.

Controla pelo menos 99 horários de trabalho.

Controla turnos com revezamento.

Controla compensações.

Controla acesso de funcionários fora do horário de trabalho.

Emite relatórios oficiais exigidos por lei (espelho de ponto).

Emite relatórios estatísticos de horas, absenteísmo, evolução de horas trabalhadas.

Controla catracas eletrônicas.

Lojas e Comércio Varejista


Disponibiliza tela front-end para o caixa.

Emite a nota ao cliente.

Aceita código de barra para os produtos.

Emite estatística por produto.

Emite estatística por vendedor.

Controla o preço de venda real em relação a uma tabela.

Calcula comissão de vendas.

139
Fornece o custo dos produtos vendidos.

Tem tela de sugestão de vendas para o cliente.


Análise de Softwares
de Gestão - ERP

Controla o estoque do depósito.

Controla o estoque do balcão.

Controla o saldo bancário/caixa.

Controla sangrias.

Controla cheques pré-datados.

Controla as despesas da loja.

Interliga-se com PDV.

Armazena dados de endereço dos clientes.

Emite etiquetas de mala direta.

É claro que esta lista não se esgota com os pontos apresentados, e nela devem ser incluídas
as necessidades específicas da empresa, mas serve de base para uma avaliação inicial do
sistema a ser implementado.

140
CASO PARA ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMA: A REDE DE
SUPERMERCADOS RIO BRANCO

Análise de Softwares
de Gestão - ERP
Uma grande rede de supermercados, presente em todo o Brasil, analisará diversas
propostas para a implementação de um Sistema de

Gestão. A rede de supermercados mantém lojas em diversas localidades e uma central


em São Paulo.

Nas lojas da rede são comercializados apenas produtos que têm código de barras e
prazo de validade em suas embalagens.

Existe um grupo de executivos, na central de São Paulo, que deseja obter dados da
movimentação ocorrida nas diversas localidades para análises gerenciais. Uma das
características destes executivos é a solicitação constante de novos relatórios e
consultas.

Outro grande problema da rede é a distribuição das informações sobre as vendas para
os diversos departamentos do nível operacional: contabilidade, estoque, custo compras
e faturamento.

Efetue uma lista com as características básicas necessárias para compor uma proposta
que oriente a escolha de um software de ERP.

141
Parte 02

O Caso da Fábrica de Chaveiros


Todos os direitos autorais reservados pela TOTVS S.A.

Proibida a reprodução total ou parcial, bem como a armazenagem em


sistema de recuperação e a transmissão, de qualquer modo ou por
qualquer outro meio, seja este eletrônico, mecânico, de fotocópia, de
gravação, ou outros, sem prévia autorização por escrito da proprietária.

O desrespeito a essa proibição confi gura em apropriação indevida dos


direitos autorais e patrimoniais da TOTVS.

Conforme artigos 122 e 130 da LEI no. 5.988 de 14 de Dezembro de 1973.

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01 O Caso da Fábrica

O Caso da Fábrica
de Chaveiros

de Chaveiros
O Caso do Chaveiro é um case prático que simula a implantação de um Sistema completo
e que vem há anos sendo utilizado para treinar usuários de soluções de ERP. O executável
que contém os programas a serem utilizados é específico para o Case. Contém rotinas de
vários módulos do sistema e seu uso é restrito, ou seja, a quantidade de registros em cada
arquivo é limitada.

Neste tipo de treinamento pode-se também trabalhar, com o objetivo de motivar o grupo,
com os princípios adotados no Jogo de Empresas.

As etapas pelas quais passaremos para a elaboração do case prático são as seguintes:

• Análise das Premissas;

• Análise do Plano de Contas e dos Lançamentos Automáticos;

• Definição do Capital, lançada através de uma Movimentação Bancária;

• Custo Standard do Produto;

• Definição do Preço de Venda e Análise dos Resultados;

• Pedido de Venda e Planejamento da Produção e Compras;

• Lote Econômico, Ponto de Pedido e Solicitação de Compras de Materiais de


Consumo;

• Cotações e Geração dos Pedidos de Compras;

• Recebimento dos Materiais;

• Requisições;

• Carga Máquina (opcional);

• Acompanhamento da Produção;

• Produção;

• Faturamento;

• Pagamentos e Recebimentos de Títulos e Valores a Pagar;

• Emissão do Balancete.

147
Premissas
As premissas da empresa modelo deste exercício são as seguintes:
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Produto Chaveiro composto de 1 corpo e 1 argola.

O corpo é composto de 1 suporte de couro, 1 mosquetão, 1 escudo, 1 tirante de couro e


1 rebite.

A montagem do chaveiro é composta de duas operações: uma que junta a argola com
o corpo e outra que embala o produto. Isto é feito no centro de custo ACABAMENTO.

A fabricação do corpo tem uma operação de corte e furação do tirante e outra que
rebita o suporte com o tirante, o escudo e o mosquetão. Ela é feita no centro de custo
FABRICAÇÃO.

O rebite é uma matéria-prima de apropriação indireta ou pelo standard, isto é, ao ser


requisitado não é destinado a nenhuma ordem de produção em particular, ficando
disponível no processo.

Ao ser produzido o corpo, a apropriação é feita com base no empenho.

Figura 1.1 - Estrutura de Produto com as quantidades dos Componentes.

É usado ainda um material de consumo, no acabamento: 12 pares de luvas por mês. O


custo de cada matéria-prima é de R$ 100,00, com uma recuperação de 18% de ICMS., isto
é, R$ 18,00. A luva também custa R$ 100,00, mas não tem recuperação de ICMS por se
tratar de um material de consumo.

A folha de pagamento é a seguinte:

• Centro de Custo Administração: R$ 10.000,00

• Centro de Custo Fabricação: R$ 1.000,00

• Centro de Custo Acabamento: R$ 3.000,00

• Centro de Custo Almoxarifado: R$ 1.000,00

148
Os ativos a serem adquiridos custam R$ 100.000,00.

A despesa com publicidade varia de R$ 0 até R$ 1.000,00.

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
A produção básica é de 50 peças/mês, mas uma quantidade maior pode ser fabricada sem
aumento dos custos fixos.

O lucro desejado, o preço de venda e a previsão de vendas serão algumas das decisões
a serem tomadas durante o exercício, bem como variações do preço de compra, perdas
de matéria-prima e do produto acabado, uso do material de consumo, abatimentos no
recebimento, tempos de produção e outros valores que possam incrementar o trabalho.

Alguns arquivos já possuem dados cadastrados, mas uma análise de seus conteúdos se
faz necessária para melhor compreensão do exercício. Portanto este deverá ser o primeiro
passo do exercício. A representação em forma de fluxograma proporciona uma melhor
visualização da sequência do exercício, como segue:

Figura 1.2 - Caso do chaveiro: seqüência de execução.

149
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.3 - Inicialização do Server.

Dicas
• Uma tela de ativação do Server é apresentada;

• Na ativação da parte do sistema relativa ao servidor poderão ser observados


os protocolos e as portas utilizadas para a comunicação e a versão do sistema
identificada na Build;

• A tela apresentada com a ativação da parte do sistema relativa ao servidor não


poderá ser finalizada, apenas minimizada enquanto estiver sendo utilizado
o sistema. Para finalizar a parte do sistema relativa ao servidor, deverá ser
pressionado.

• CTRL C e em seguida a confirmação da finalização informando YES ou SIM.

150
3. Dê um duplo click no link Remote para iniciar o Sistema;

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.4 - Validação da senha.

4. Digite erp no campo Senha;

5. pressionando o respectivo botão e será apresentada uma tela solicitando


a confirmação de informações ainda a respeito do ambiente:

Figura 1.5 - Confirmação do ambiente do sistema.

6. Pressione o botão Confirmar para acionar efetivamente o sistema.

151
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.6 - Inicialização do módulo.

Dicas

Neste exercício não é necessário alterar os valores das moedas.

Para facilitar a utilização das funcionalidades, a customização do exercício atribui


automaticamente a data do dia 30 do mês 03. Neste caso, a informação da data na entrada
de cada uma das funcionalidades é irrelevante, pode ser confirmada qualquer data.

Exercício 01 – Como Consultar Arquivos Genéricos


• Objetivo: O objetivo deste exercício é efetuar a análise do Plano de Contas
e dos LançamentosAutomáticosatravés das consultas genéricas, as quais
possibilitam a visualização ou a impressão dos arquivos disponíveis no Sistema.
A consulta poderá ser realizada através de pesquisa em um arquivo específico
no qual podem ser aplicados filtros para selecionar os registros desejados. O
Sistema incorpora também um dicionário de dados que possibilita a seleção
dos campos a serem exibidos na tela.

1. Selecione a opção Consultas/Genéricos da barra de menu;

2. Digite CT1 (Plano de Contas) no campo Pesquisar;

3. Confirme Pressionando o Botão OK e será apresentada uma tela contendo


especificamente os dados do plano de contas:

152
Dicas

• A pesquisa pode ser realizada tanto pelo código CT1 como pela descrição da

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
base de dados digitando Plano de Contas no campo Pesquisar;

• Uma vez realizada uma pesquisa específica, uma série de funções podem ser
ativadas a partir de um conjunto de botões tais como: Arquivo, Pesquisa, Filtro,
Dicionário, Impressão, Visualizar, Sair, etc;

• Poderão ser selecionados outros arquivos sem que haja a necessidade de


finalizar os anteriores.

Figura 1.7 - Browse de consulta genérica: plano de contas.

4. Posicione em qualquer conta contábil, pressione o botão Visualizar e analise os


dados;

5. Finalize a opção Visualizar pressionando o botão OK ou o botão Cancelar;

6. Finalize a tela de “Consulta Genérica - Plano de Contas” pressionando o botão Sair;

7. Repita todos os passos, pesquisando o arquivo CT5 (Lançamentos Padronizados);

Dicas

• O arquivo de Lançamentos Padronizados mantém a definição de como serão


feitos os lançamentos automáticos;

• A relação entre os dados de entrada e o lançamento é o código de lançamento;

• O Débito, Crédito, Histórico e Valores são parametrizados com expressões


escritas pelo usuário;

153
• As rotinas que mantêm integração com o módulo contábil e fazem uso de
Lançamentos Padronizados, quando da entrada de dados, podem gerar vários
lançamentos, um para cada número de seqüência;
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

• Muitos dos os Lançamentos Padronizados constantes no arquivo serão


utilizados neste exercício para a contabilização automática;

Figura 1.8 - Browse de consulta genérica: lançamentos padronizados.

8. Pressione o botão Pesquisa, digite o código 563 no campo abaixo do preenchido


com “Código do Lançamento Padrão + Seqüência” e confirme pressionando o
botão OK para localizar o lançamento padrão “Movimentos Bancários a Receber”;

9. Pressione o botão Visualizar;

10. Finalize a opção Visualizar e a opção Consulta Genérica;

11. Selecione a opção Atualizações/Inicialização/Lançamento Padrão na barra de


menu;

12. Clique na opção pesquisar e digite o código 666;

13. Selecione a opção Visualizar na barra de menu e será apresentada uma tela que
possibilitará a alteração dos dados:

154
Dicas

• Note como foi resolvida a questão da Conta Débito ser ora na conta de despesa,

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
ora no processo, dependendo justamente do tipo do material. Se MC (Material de
Consumo-Vestuário), conta 33201, que é despesa, acoplada ao centro de custo.
Caso contrário, conta 11303, processo.

Figura 1.9 - Requisição de MC e MP: exemplo de visualização de lançamento padronizado.

14. Finalize a visualização pressionando o botão Cancelar;

15. Finalize a tela “Consulta Genérica - Lançamentos Padronizados” pressioando o


botão Sair para voltar ao menu principal.

Exercício 02 – Como Subscrever o Capital


• Objetivo: O objetivo principal deste exercício é simular a constituição de uma
empresa. Para tanto, a primeira ação será a subscrição do seu Capital, incluindo
o respectivo Lançamento Contábil.

1. Selecione a opção Atualizações/Inicialização/Movimento Bancário da barra de menu;

2. Selecione a opção Receber também da barra de menu e será apresentada a seguinte tela:

155
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.11 - Exemplo de subscrição de capital por meio de movimentação bancária.

Dicas

• O preenchimento dos campos Data do Movimento e Numerário deverá ser


mantido;

• Os campos Agência e Conta Banco serão apresentados automaticamente logo


após a escolha do banco;

• O campo Número do Cheque é preenchido automaticamente com o número


000503;

• O texto “SUBSCRIÇÃO DE CAPITAL” é apresentado no campo Histórico logo


após a escolha da Natureza.

3. Informe o valor do movimento entre R$ 90.000,00 e R$ 120.000,00;

4. Pressione a tecla F3 no campo Natureza e selecione o código 503;

5. Pressione F3 no campo Banco e selecione o Banco do Brasil;

6. Digite “CONTRATO 1234” no campo Documento;

7. Informe o nome do suposto acionista do campo Beneficiário;

8. Confirme os dados e será apresentada a tela referente ao Lançamento Contábil:

156
Dicas

• A tela referente ao Lançamento Contábil já está preenchida, embora ainda

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
pudesse receber acertos julgados necessários para a contabilidade. Esta tela
apresenta o Lançamento Contábil com Débito na conta Caixa/Bancos e Crédito
na conta de Capital e o Histórico é uma concatenação do texto colocado no
lançamento padrão e o complemento digitado na tela de movimento;

• Os lançamentos contábeis poderão ser transcritos nas contas “T” constantes


no livro.

Figura 1.12 - Exemplo de lançamento automático para a realização da subscrição de capital.

9. Confirme o Lançamento;

10. Clique na opção legenda e note o que significa o marcador verde;

11. Cancele a tela “Movimentação Bancária – Receber” e selecione a opção sair da


barra de menu para voltar ao menu principal;

157
Dicas

• A exibição da tela de Lançamentos Contábeis pode ser inibida através da tecla


O Caso da Fábrica
de Chaveiros

F12 que apresenta uma série de parâmetros que podem ser confirmados;

• Recomenda-se a contabilização Off-Line nos casos em que o responsável pela


contabilidade queira, antes de sacramentar os lançamentos, conferí-los e, se
for o caso, acertá-los. Ele chamaria esta opção ao final do dia.

Figura 1.13 - Parametrização da realização dos lançamentos automáticos.

12. Pressione o botão OK para confirmar os parâmetros que já estão com suas respostas
adequadamente preenchidas caso tenha pressionado a tecla F12;

13. Selecione a opção Sair da barra de menu para voltar ao menu principal.

Exercício 03 – Como Gerar o Custo do Chaveiro


• Objetivo: Após a constituição da empresa, o próximo passo é o cálculo do
custo do chaveiro. Será utilizado o Custo Standard e a seqüência do exercício
demonstra como pode ser sugerido um preço de venda para o chaveiro com
base em uma previsão de vendas e incluindo as despesas Fixas de Administração,
Despesas com Publicidade e o Lucro.

158
1. Selecione a opção Atualizações/Custos e Preços/Estruturas da barra de menu;

2. Mantenha a linha no registro cujo código é “Chaveiro” e componente “Corpo”;

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
3. Selecione a opção Alterar na barra de menu e será apresentada a tela “Estruturas
– Alteração”;

4. Selecione a pasta “CHAVEIRO – CHAVEIRO DE BRINDE MICROSIGA”;

5. Pressione o botão Incluir situado no rodapé da tela e será apresentada uma tela
que possibilita a inclusão de novos componentes:

Figura 1.14 - Alteração da estrutura de produtos.

Dicas

• Com a digitação dos dados nesta tela será possível incluir o componente
“Argola” no item “Chaveiro”, já que ela não consta do arquivo original.

6. Digite “ARGOLA” no campo Componente ou utilize a função F3 para selecionar o


componente “ARGOLA”;

7. Digite 1 no campo Quantidade;

8. Confirme os dados da tela e será apresentada novamente a tela “Estruturas –


Alteração”;

9. Pressione o botão OK na tela “Estruturas – Alteração” e será apresentada a tela


“ERP – Estruturas” com a argola constando do chaveiro:

159
Dicas

• Na tela “Estruturas - Alteração”, a inclusão do componente estará representada


O Caso da Fábrica
de Chaveiros

através da pasta “ARGOLA – ARGOLA PARA PRENDER CHAVES” pertencente à


pasta “CHAVEIRO – CHAVEIRO DE BRINDE MICROSIGA”;

• A partir da confirmação dos dados da tela “Estruturas – Alteração” o


componente “ARGOLA” passará a fazer parte do “CHAVEIRO”

10. Selecione a opção Sair da barra de menu para voltar ao menu principal e será
apresentada a seguinte caixa de dialogo:

Dicas

• A caixa de dialogo “Recálculo dos Níveis dos Produtos na Estrutura” informa que
serão alterados os níveis de estrutura de acordo com as alterações ocorridas.

Figura 1.16 - Recálculo do nível de produtos de acordo com a estrutura de produto.

160
11. Pressione o botão OK para confirmar esta operação;

12. Selecione a opção Atualizações/Custos e Preços/Produtos;

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
13. Altere os produtos Argola, Escudo, Mosquetão, Rebite, Suporte e Tirante colocando
em todos eles o seu Custo Standard. Digite R$ 82,00, já que na premissa consta que
todas as matérias-primas custam R$ 100,00 e recuperam 18% de imposto. Na luva
digite R$100,00;

14. Confirme as atualizações e saia do cadastro de produtos;

Dicas

• Os custos reais são atualizados pelas notas fiscais de entrada no estoque.

Figura 11.17 - Cadastro de produtos.

15. Selecione a opção Atualizações/Custos e Preços/Formação de Preços;

16. Posicione e marque a linha que contém o código Chaveiro;

17. Selecione a opção Forma Preços na barra de menu e será apresentada a tela
“Planilha STANDARD – Custo STANDARD”:

161
Dicas

• A tela “Planilha STANDARD – Custo STANDARD” é dividida em 2 partes.


O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Inicialmente, a atenção deverá estar voltada para a parte superior da tela na


qual poderá ser observado o valor do Custo Standard do Chaveiro. Este valor,
representado através do campo Valor Total, deve ser igual a R$ 492,00. O
chaveiro é um exemplo de uma estrutura valorizada na qual falta exatamente
o custo da Mão-de-Obra.

Figura 1.18 - Planilha de formação de preços.

18. Volte ao menu principal e selecione a opção Atualizações/Custos e Preços/Produtos;

19. Posicione e marque a linha que contém o código MOD0001;

Dicas

• O Código MOD0001, Mão-de-Obra de Fabricação, é o item no qual pode ser


informado o custo unitário standard de cada hora do Centro de Custo de
Fabricação, de acordo com o seguinte cálculo:

• Despesas do Centro de Fabricação : Salário R$ 1.000,00.

• A despesa de Salários do Almoxarifado é rateada 50% para cada centro de


custo produtivo, ou seja R$ 500,00 para a Fabricação.

• Total = R$ 1.500,00.

162
• Conforme mencionado nas premissas, considerar uma produção básica de 50
peças.

O Caso da Fábrica
• Serão trabalhadas no total 250 horas, pois cada corpo necessita de 5 horas,

de Chaveiros
portanto o custo/hora deste centro de custo é:

• R$ 1.500,00 / 250 hr = R$ 6,00.

Figura 1.19 - Browser de tela com apresentação dos produtos cadastrados.

20. Selecione a opção Alterar na barra de menu e será apresentada a seguinte tela:

Figura 1.20 - Mão-de-obra na estrutura de produtos.

163
21. Informe o valor calculado, ou seja, R$ 6,00 no campo Custo Standard de MOD0001;

22. Repita o procedimento para MOD0002 preenchendo o campo Custo Standard com
O Caso da Fábrica

R$ 47,00;
de Chaveiros

Dicas

• O cálculo do MOD0002 é o seguinte:

–– Salário: R$ 3.000,00. Rateio do Almoxarifado: R$ 500,00.

–– Material de Consumo (12 luvas): R$ 1.200,00.

–– Total: R$ 4.700,00.

–– Custo Standard de cada hora: R$ 4.700,00 / 100 = R$ 47,00, considerando 100


horas em função da execução das 50 peças a 2 horas cada uma.

• É exatamente dessa forma que o sistema calcula mensalmente o custo unitário


real da hora de cada Centro de Custo de cada mês;

• Como serão utilizados os valores Standard para valorizar a mão-de-obra, já que


a atualização do custo é on-line, o sistema já atualizou o valor da mão-de-obra,
e não haverá a integração com o módulo de Gestão de Pessoal neste Estudo
de Caso. Esta valorização ocorreria exatamente quando do cálculo da folha
de pagamento do mês. Os custos reais das matérias- primas serão atualizados
através da Nota de Entrada.

Exercício 04 – Como Formar o Preço do Chaveiro


• Objetivo: Após a definição do custo Standard, o próximo passo é o cálculo
do custo do chaveiro. O objetivo do exercício é demonstrar como pode ser
sugerido um preço de venda para o chaveiro com base no Custo Standard
e uma Previsão de Vendas incluindo as despesas Fixas de Administração,
Despesas com Publicidade e o Lucro.

1. Selecione a opção Atualizações/Custos e Preços/Formação de Preços do menu;

2. Selecione a linha que contém o código CHAVEIRO;

3. Selecione a opção Forma Preços;

164
Dicas

• O custo unitário do chaveiro passou para R$ 616,00 representado pelo

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
preenchimento no campo “Valor Total”.

• Na mesma “Planilha STANDARD – Custo STANDARD” calcula-se o Preço de


Venda sugerido;

• Na tela inferior da “Planilha STANDARD – Custo STANDARD” está a fórmula de


cálculo do preço;

• A previsão de vendas, ou seja, aquela pela qual são divididas as despesas


fixas de administração, publicidade e lucro consta na linha 16 da tela “Planilha
STANDARD – Custo STANDARD”;

• Neste exercício considerou-se a seguinte fórmula:

–– Preço de venda = Custo Total do Produto + Despesa Administrativa +


Publicidade + Lucro Desejado + Imposto

Figura 1.21 - Custos fixos e custos variáveis na planilha de formação de preços

4. Posicione e marque a linha 17 – Despesa Administrativa;

5. Clique no botão Editar e será exibida a seguinte tela:

165
Dicas

• Note que a fórmula 10000/#16 é exatamente o valor de R$ 10.000,00, referentes


O Caso da Fábrica
de Chaveiros

a despesas administrativas, de acordo com as premissas, dividido pela linha


16, que contém a quantidade básica. Assim está rateado o custo de despesas
admin- istrativas para cada peça.

Figura 1.22- Edição dos custos fixos: exemplo de alteração no valor das despesas administrativas.

6. Confirme a tela sem fazer alterações;

7. Posicione e marque a linha 18 – Publicidade;

8. Clique novamente no botão Editar e será exibida a seguinte tela:

Dicas

• Uma das premissas é que cada R$ 100,00 investidos em propaganda proporciona


a venda de mais uma peça;

• Aumentar ou diminuir o valor investido em propaganda proporciona um maior ou


menor custo do produto. Esta é uma de suas decisões a ser tomada no exercício.

166
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.23- Edição dos custos fixos: exemplo de alteração no valor da publicidade.

9. Altere o valor de R$ 500,00 da fórmula de acordo com as regras, de R$ 0,00 até o


valor máximo de R$ 1.000,00

10. Confirme a alteração realizada;

11. De forma análoga, altere a linha 19 que corresponde ao lucro desejado;

12. Para concluir, altere agora a Previsão de Vendas, linha 16, lembrando que ela pode
ser superior a 50 peças;

13. Analise o preço de vendas sugerido constante na linha 21;

14. Clique no botão salvar e confirme a gravação do arquivo no disco com o nome
sugerido “STANDARD”.

15. Pressione o botão Cancelar para sair da tela e selecione a opção Sair para voltar ao
Menu Principal.

Dicas

• Note que o lucro interfere no preço, que por sua vez é um dos fatores que
influi na quantidade vendida (a cada percentual que o preço for mais baixo em
relação ao preço máximo do mercado, mais duas peças são vendidas);

167
• A fórmula em si do lucro não deve ser alterada, apenas o seu valor. Esta
alteração corresponde a uma das decisões toma- das;
O Caso da Fábrica

• Lembre-se que 20 peças são vendidas independentemente e que a elas são


de Chaveiros

somadas as quantidades referentes à publicidade e ao preço de venda.

Resumo das Decisões

• Gasto em Publicidade: de 0 a 1000. Cada R$ 100,00 vende uma peça;

• Lucro desejado: Digite o valor desejado ou uma fórmula para cálculo;

• Previsão de vendas: 20 + Publicidade/100 + (((Preço Mais Alto/Seu Preço) –1)


x 100) x 2.

16. Selecione a opção Atualizações/Custos e Preços/Resultado Parcial da barra de


menu e será apresentada a tela “Lançamento de Dados p/ Planilha”:

Figura 1.24- Introdução do maior preço de mercado.

17. Preencha a tela informando o maior preço de seus concorrentes;

18. Pressione o botão Calcula e uma nova tela será apresentada exibindo os valores
calculados:

168
Dicas

• As primeiras linhas, até a Previsão de Vendas, são informações coletadas da

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
própria planilha;

• A quantidade vendida pelo preço é baseada na diferença percentual entre o seu


preço e o maior preço do mercado, infor- mado na tela anterior, multiplicado
por 2.

• A quantidade total vendida é a soma desta última, mais 20, mais o resultado
da divisão do valor da publicidade por R$ 100,00. É claro que se nada for
informado no maior preço, o seu será considerado o maior, e se a previsão
de vendas considerou apenas a publicidade como fator de incremento nas
vendas, o lucro desejado baterá com o real.

• O valor das vendas previsto é também baseado na planilha, ou seja, a previsão


de vendas em quantidade multiplicada pelos preços sugeridos. Já o valor total
das vendas orçadas é a multiplicação do mesmo preço, mas pela quantidade
efe- tivamente vendida. E finalmente a apuração do Lucro Orçado, comparado
com o desejado.

Figura 1.25- Resultado parcial apresentado nos valores orçados

169
Dicas

• Note que os valores ainda são Orçados, pois o Real será conhecido somente no
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

final do exercício quando novos fatos ocorrerem.

• Ao sair grave a quantidade vendida pressionando o botão SIM, pois ela será
necessária futuramente.

Exercício 05 – Como Gerar Pedido de Venda, Ordens de Produção


e Solicitação de Compras
• Objetivo: Após a definição do preço de venda do Chaveiro, o objetivo do
exercício é simular o Planejamento da Produção e as Compras aserem
realizadas. Para tal,será utilizadooMRP, que calcularáas quantidades aserem
compradas eproduzidas. Lembre-sedequeosestoquesestãozerados. No
Cadastro de produtos há um prazo de entrega para cada itemdaestrutura
que determinará as datas de início das Ordens de Produção e da colocação
dos Pedidos de Compra. O ponto de partida do MRP pode ser uma Previsão
de Vendas ou a própria Carteira de Pedidos de Vendas. No exercício será
considerada a carteira de Pedidos.

Gerando Pedido de Venda

1. Selecione a opção Atualizações/PCP/Pedidos de Venda da barra de menu;

2. Selecione a opção Incluir na barra de menu e será apresentada a tela “Atualização


de Pedidos de Venda – Incluir”:

Figura 1.25- Geração do pedido de vendas.

170
3. Pressione a tecla F3 ou clique na lupa no campo cliente e selecione o “CLIENTE
COMPRA TUDO LTDA”. O restante dos dados do cabeçalho do Pedido são
preenchidos com base no cadastro deste cliente;

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
4. Pressione a tecla F3 no campo Produto e selecione o “CHAVEIRO”;

5. Selecione o campo Prc. Unitário que já está preenchido e pressione duas vezes a
tecla Enter para que o sistema atualize o campo “Valor Total”, “Tipo de Saída” e
outros dados que são preenchidos com base no cadastro;

6. Confirme o pedido pressionando o botão OK;

7. Feche a tela em branco e clique na opção sair para voltar ao menu principal;

Dicas

• Semelhante ao uso da Consulta Padrão (tecla F3) ou a programação de


gatilhos para o preenchimento de campos, a funcionalidade Get & Apply,
implementada a partir da versão 10 do Protheus, permite ao usuário guardar
uma ou mais informações na memória do Protheus e aplicá-las de modo
contextual em outra janelas do sistema. No exercício, por exemplo, é possível
efetuar uma captura (GET) dos dados do cliente, utilizando o botão direito do
mouse posicionado no registro de seja dono próprio Browse, e, na seqüência
aplicar (APPLY) estes dados nos pedidos de vendas novamente utilizando
o botão direito do mouse. Neste momento, serão apresentados todos os
pedidos desse cliente. É possível também efetuar diversas capturas seguidas
de um cliente, um vendedor, uma condição de pagamento, por exemplo, e
aplicar sobre umpedido de vendas novo. Esta funcionalidade diverge do
tradicional “Copiar e Colar”, pois é inteligente; ou seja, dependendo do que
foi armazenado em memória e de onde o usuário aplica as informações, o
sistema aproveita a informação na janela de destino. Uma outra vantagem da
funcionalidade é que não depende da elaboração de programas ou mesmo da
criação de gatilhos no dicionário de dados.

Gerando Ordens de Produção e Solicitações de Compras

8. Selecione a opção Atualizações/PCP/Ordens de Produção da barra de menu;

9. Selecione a opção Vendas e o Sistema apresenta uma tela com um conjunto de


parâmetros;

10. Confirme os parâmetros pressionando o botão OK;

171
Dicas

• O sistema mostra justamente os pedidos de vendas em aberto.


O Caso da Fábrica
de Chaveiros

• A legenda verde, na segunda coluna, indica que para um determinado pedido


ainda não foi gerada uma ordem de produção;

• Uma Marque-Browse é apresentada na primeira coluna da tela indicando que o


usuário pode selecionar com um duplo clique os registros a serem tratados nesse
programa ou selecionar todos através de um clique no cabeçalho. Um segundo
duplo clique tanto no registro como no cabeçalho desfaz a seleção.

Figura 1.26 - Geração de ordens de produção e empenhos de materiais com base nos pedidos de vendas.

11. Selecione o seu pedido através de um duPlo clique e aparecerá um “x” verde na
primeira coluna;

12. Selecione a opção Gerar O.P. e o Sistema gera a Ordem de Produção e os Empenhos.

Dicas

• Na medida em que as Ordens de Produção do Corpo e do Chaveiro são geradas,


serão exibidas duas telas mostrando os materiais que serão empenhados: uma
para o Chaveiro e outra para o Corpo.

172
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.27 - Ordem de produção do Chaveiro.

Figura 1.28 - Ordem de produção do Corpo.

173
13. Confirme os empenhos sem alterá-los e as duas Ordens de Produção aparecerão no
browse.
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.29 - Browser de tela: ordens de produção

14. Para certificar-se de que também foram geradas as Solicitações de Compras,


selecione a opção Consultas/Genéricos e abra o arquivo (SC1).

Dicas

• Note que a quantidade de rebite é 200 e não a quantidade necessária pois este é
o valor do Lote Econômico e Lote Mínimo informado no cadastro de produtos.
Verifique também como as datas de necessidade foram ajustadas.

174
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.30 - Consulta genérica da solicitação de compras.

Exercício 06 – Como Definir o Lote Econômico, o Ponto de Pedido e


a Solicitação de Compras de Materiais de Consumo
• Objetivo: O objetivo deste exercício é demonstrar como pode ser definido o
Lote Econômico e o Ponto de Pedido. No exemplo, será utilizada a Luva por se
tratar de um item independente de qualquer estrutura e não ser um item de
venda. Os conceitos de Ponto de Pedido, Lote Econômico e Consumo Mensal,
explicados detalhadamente no capítulo que trata a gestão de materiais, serão
simulados neste exercício. Como não há um passado da empresa, deverão ser
informados os consumos médios mensais da Luva.

1. Selecione a opção Atualizações/Lote Econômico/Consumos Médios da barra de


menu e clique na opção Incluir para ser apresentada a tela “Consumos Médios –
Incluir”:

Dicas
• Este é o arquivo SB3 (Demandas) que mantém os últimos consumos de cada
produto para o cálculo da previsão do próximo mês.

175
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.31 - Consumos médios mensais da luva.

2. Pressione F3 no campo produto e selecione o item Luva.

3. Para gerar uma variação no consumo de Luvas, preencha os doze meses com a
quantidade igual a 10, duas unidades a menos que o consumo citado nas premissas.
Para simular a dinâmica do jogo utilize os dados;

4. Os quatro últimos campos não devem ser preenchidos;

5. Confirme a tela e selecione a opção Atualizações/Lote Econômico/Cálculo da barra


de menu e será apresentada a tela Lote Econômico:

Dicas

• É através da rotina iniciada a partir desta tela que o Lote Econômico e o Ponto
de Pedido são calculados.

• O primeiro quadro é utilizado para a atualização do consumo mensal a partir


das requisições. Não é o nosso caso, pois já atualizamos o último mês;

• Neste exercício, a luva é um item da classe A pois só temos um único material


de Consumo.

176
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.32 - Cálculo do lote econômico e do ponto de pedido.

6. Não marque o primeiro quadro para não atualizar o consumo do mês;

7. No segundo quadro marque a opção Pela Tendência e em Número de Meses digite


12, pois todos os campos foram preenchidos na tela anterior. Será feito o cálculo
da Previsão do Consumo a partir de uma regressão linear em relação ao passado.;

8. No terceiro quadro marque para que seja efetuado o Cálculo do Lote Econômico e
o Cálculo do Ponto de Pedido;

9. Não marque o ajuste do lote pela disponibilidade financeira. Esta opção reduz o
lote calculado em função de uma falta de dinheiro;

10. Como definição da Política de Compras, indique o período de aquisição em meses


que julgar melhor (somente necessário na Classe A). Note que quanto maior
ela for, maior será o desconto a ser concedido na compra da luva (dinâmica do
jogo, podendo ser 10, 20 ou 30 meses) e maior também será o capital necessário
para impedir que o caixa fique negativo. O desconto será de 10%, 20% ou 30%,
respectivamente;

11. Confirme a tela, disparando o processamento;

12. Selecione a opção Consultas/Genéricos;

13. Efetue a pesquisa do arquivo SB1;

14. Selecione o item LUVA;

177
15. Pressione o botão Visualizar;

16. Selecione a pasta Mrp/Pcp na tela “Descrição Genérica do Produto”:


O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Dicas

• O Lote Econômico equivale à previsão de consumo multiplicada pela


periodicidade escolhida, ou seja, o sistema não calcula o Lote Econômico. É o
usuário que o define a partir desta escolha;

• O ponto de pedido é igual a previsão de consumo dividido por 3, pois o Prazo


de Entrega da Luva é de 10 dias, ou seja, 1/3 de mês. Ao resultado da divisão é
somado o estoque de segurança definido no cadastro, no caso da luva 2.

Figura 1.33 - Visualização de dados do MRP/PCP para a luva.

17. Volte ao menu e selecione a opção Atualizações/Lote Econômico/Gera Solicitação;

18. Efetue a confirmação no diálogo “Solicitação por Ponto de Pedido”:

178
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.34 - Geração da solicitação de compras por ponto de pedido.

19. Volte para Consultas/Genéricos e verifique se o sistema gerou corretamente a


Solicitação de Compra (SC1) da LUVA, pois o estoque estava zerado, ou seja foi
atingido o Ponto de Pedido.

Figura 1.35 - Solicitação de compras incluindo os materiais por ponto de pedido.

179
Exercício 07 – Como gerar Cotações e Pedidos de Compras
• Objetivo: O objetivo deste exercício é simular a geração das Cotações de
O Caso da Fábrica

Compras. Convém salientar que as cotações são geradas de acordo com a


de Chaveiros

informação contida no arquivo SA5 – Amarração Produto x Fornecedor. Neste


arquivo, para cada produto são cadastrados todos os seus fornecedores (no
exemplo, Tem de Tudo e Falta Tudo) e o sistema mantém as informações dos
últimos 12 fornecimentos.

1. Selecione a opção Consultas/Genéricos da barra de menu e informe o arquivo


SA5 no campo pesquisa para o sistema apresentar a tela “Amarração Produto x
Fornecedor”:

Dicas

• Ao clicar o botão Dicionário é possível efetuar a seleção dos campos que se


deseja visualizar.

Figura 1.36 - Amarração Produto x Fornecedor.

180
2. Selecione a opção Atualizações/Compras/Gera Cotações da barra de menu;

3. Confirme os parâmetros pressionando o botão OK;

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.37 - Seleção de itens para a cotação de compras.

4. Marque os 7 produtos (Argola, Mosquetão, Tirante, Suporte, Escudo, Rebite e Luva)


que deverão ser comprados;

5. Clique em Gera Cotação para disparar o processamento;

IMPORTANTE:

6. Após a geração da cotação, os fornecedores estarão informando os preços de seus


produtos que deverão ser alimentados no sistema. Neste ponto o exercício pode
tomar dois caminhos distintos: Atualização de Cotações Manualmente ou utilizando
WEB-Services. Na atualização manual, os preços para cada fornecedor são digitados.
Na simulação das ofertas dos fornecedores com o uso de WEB-Services sugere-
se uma dinâmica em laboratório com micros interligados por rede. Para digitar a
cotação dos fornecedores efetue os procedimentos descritos no exercício 08. Caso
a opção seja a atualização por meio de WEB-Services, salte para o exercício 09. Os
dois caminhos voltam a se encontrar na Análise de Cotações (exercício 10).

181
Exercício 08 – Como atualizar as Cotações Manualmente
• Objetivo: O objetivo deste exercício é informar ao sistema os preços das
O Caso da Fábrica

matérias primas e materiais de consumo necessários para a produção dos


de Chaveiros

chaveiros, coletados junto aos fornecedores cadastrados no sistema.

1. Selecione a opção Atualizações/Compras/Atualiza Cotações da barra de menu


para informar a cotação realizada pelos fornecedores e o sistema solicitará a
confirmação dos parâmetros:

Dicas

• Ao clicar o botão Dicionário é possível efetuar a seleção dos campos que se


deseja visualizar.

Figura 1.37 - Parâmetros para a exibição das cotações.

2. Confirme a tela de parâmetros e será apresentada a tela para a atualização dos


preços dos fornecedores:

Dicas

• Note que o número da cotação é único para os dois fornecedores;

• De acordo com as premissas, o valor standard de todos os produtos é de R$


100,00;

• A opção legenda fornece detalhes sobre a representação das cores de cada um


dos itens.

182
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.38 - Seleção da Cotação/Fornecedor.

3. Selecione qualquer linha do fornecedor 000001 e clique em Atualizar para possibilitar


o preenchimento dos preços unitários de todos os produtos através da tela:

4. Informe um valor para que o fornecedor “Tem de Tudo” ganhe


digitando R$ 103,00 no campo Preço Unitário. Tecle Enter no
campo Total Item e repita este procedimento para todas as linhas.
Obs.: Para simular a dinâmica do jôgo, o valor pode ser mais alto, gerando uma
receita de comissões.

183
5. Confirme a tela e o Rodapé pressionando o botão OK;

6. Selecione as cotações do fornecedor 000002 e atualize-as com um preço superior,


O Caso da Fábrica

notando que aqui a condição de pagamento é 30 ddd;


de Chaveiros

Como as cotações já foram atualizadas manualmente, salte para o exercício 10 (Como


Analisar Cotações de Compras).

Exercício 09 – Como efetuar Cotações por meio de WEB-Services


• Objetivo: O objetivo deste exercício é realizar uma dinâmica para simular o
lançamento das ofertas de Matéria Prima e Material de Consumo utilizando
WEB-Services.

Para a dinâmica, estimule uma negociação com as seguintes regras:

• o preço mínimo é R$ 101,00;

• a quantidade refere-se a quem compra (exceto o rebite: caixa com 200 peças);

• cada um vende no máximo para outros dois;

• todos tem que comprar a matéria prima e o material de consumo necessários;

Neste momento todos os participantes estarão comprando a matéria prima e material


de consumo e revendendo pelo preço desejado. O preço básico é R$ 100,00 e a diferença
entre esse preço e o preço negociado é revertido em comissão para quem revende.
Quem não consegue revender para ninguém não ganha a comissão.

Na verdade, todo este processo é realizado automaticamente pelo programa porém é


necessário que:

1. seja eleito um micro que irá apurar o resultado da concorrência, normalmente o


micro de quem está conduzindo a dinâmica;

2. seja realizada a inscrição de cada participante informando o nome ao micro que irá
apurar o resultado da concorrência;

3. seja apurado o resultado da concorrência no micro em que foram inscritos os


participantes;

4. seja obtido o resultado da concorrência por cada um dos participantes.

Nesta última etapa, o programa além de apresentar o resultado na tela efetua também
a atualização das bases, isto é o preço das matérias primas e materiais de consumo
cotadas para cada fornecedor e o valor total da comissão caso tenha ocorrido revenda
para outros participantes.

184
Inscrição da Concorrência

1. Selecione, a partir do menu, a opção Atualizações/Compras/Web-Services/Inscrição

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
da Concorrência e será apresentada a tela:

Figura 1.39 - Inscrição da Concorrência.

2. Digite o seu nome para identificar a inscrição;

3. Informe o endereço IP da máquina que irá apurar o resultado da concorrência,


normalmente o micro de quem está conduzindo a dinâmica;

4. Confirme a inscrição preesionando o botão OK;

Dicas

• Após a confirmação, todas as inscrições podem ser consultadas na opção Web-


Services/Verifica Inscrições da Concorrência no micro em que foram enviadas
as inscrições.

185
Lançamento da Oferta

5. Selecione, a partir do menu, a opção Atualizações/Compras/Web-Services/


O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Lançamento da oferta e será apresentada uma tela com todos os participantes


inscritos para que você efetue a oferta para cada um deles:

Figura 1.40 - Lançamento da Oferta.

6. Informe o preço ofertado para cada participante da concorrência e pressione o


botão gravar;

7. Pressione o botão OK confirmando a oferta para cada um dos participantes;

Dicas

• Após a confirmação, todas as ofertas podem ser consultadas na opção Web-


Services/Verifica Lançamento das Ofertas no micro em que foram enviadas as
inscrições e conseqüentemente o lançamento das ofertas;

• Não é necessário informar o endereço de destino (IP) pois o mesmo foi gravado
quando da inscrição.

186
Apuração do Resultado da Concorrência

Quem conduz a dinâmica seleciona, em seu micro, a opção Web-Services/Apura Resultado

O Caso da Fábrica
da Concorrência e o sistema apresenta esse resultado na tela:

de Chaveiros
Figura 1.41 - Apuração do Resultado da Concorrência.

Lançamento da oferta e será apresentada uma tela com todos os participantes inscritos
para que você efetue a oferta para cada um deles:

187
Obtenção do Resultado da Concorrência

8. Selecione, a partir do menu, a opção Atualizações/Compras/Web-Services/Obtém


O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Resultado da Concorrência e o sistema apresenta a tela:

Figura 1.42 - Obtém Resultado da Concorrência.

9. Verifique o resultado apresentado na tela e pressione o botão Fechar pois os dados


já estão gravados na base de dados e serão utilizados posteriormente.

Exercício 10 – Como Analisar Cotações de Compras


• Objetivo: Mostrar como pode ser realizada a análise das cotações obtidas
com o auxílio de ERP.

1. Selecione, a partir do menu, a opção Atualizações/Compras/Analisa Cotações;

2. Clique no botão Analisar e serão apresentadas as cotações valorizadas já na


seqüência da melhor para a pior em função do preço, através da tela:

Dicas

• Note que a cotação do fornecedor 000002 teve uma certa redução do preço. Isto
ocorre porque a sua condição de paga- mento é de 30 ddd, e nesta tela é feito
um cálculo que traz o valor presente de todas elas, ou seja, prazos de pagamento
maiores têm seus valores reduzidos de acordo com a taxa de juros informada na
abertura do sistema. O valor presente é deduzido da recuperação do imposto;

188
• Navegando pelas demais pastas é possível a obtenção de maiores informações
referentes à cotação atual, histórico do fornecedor e a posição do estoque do
produto.

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.43 - Cotações de compras por item.

3. Para escolher a cotação ganhadora selecione o fornecedor através de um clique e


confirme pressionando o botão OK;

Dicas

• Para facilitar o exercício foi ativado o parâmetro que efetua a análise da melhor
cotação e identifica o ganhador através de uma marca;

• Para efetuar a mudança de ganhador, deve-se cancelar a tela e através da tecla


F12 acessar o arquivo de perguntas e colocar Não na opção Traz Cotação Marcada.
Logo após a alteração desta opção poderá ser selecionado um novo gan- hador
através de um duplo clique.

189
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.43 - Parâmetros para a apresentação das cotações de compras.

Exercício 11 – Como dar Entrada em Materiais através de NF


• Objetivo: O objetivo deste exercício é demonstrar como pode ser tratado
o Recebimento dos Materiais encomendados. A digitação da Nota Fiscal de
Entrada é uma das mais completas do sistema pois, após sua confirmação,
as seguintes operações são realizadas: atualização dos pedidos de compras,
da carteira de títulos a pagar, dos estoques em quantidade e valor, dos
fornecedores, dos livros fiscais, do arquivo produto x fornecedor e ainda são
gerados os lançamentos automáticos na contabilidade. Além disso é feita a
conferência da própria nota e preparação dos dados para a emissão do Boletim
de Entrada.

1. Selecione a opção Atualizações/Compras/NT Fiscal Entrada no menu;

2. Clique no botão Incluir e o sistema apresenta a tela “Notas Fiscais de Entrada –


Incluir”:

Dicas

• O sistema permite um ajuste caso a nota contenha valores diferentes;

• Estas diferenças são impressas no Relatório/Boletim de Entrada.

190
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.44 - Inclusão de Nota Fiscal de Entrada.

3. Mantenha os campos Tipo da Nota e Form. Prop. inalterados, digite 000001 no


campo Número da Nota, UNI no campo Série e mantenha a data do recebimento;

4. Pressione F3 no campo do Fornecedor, selecione o FORNECEDOR TEM DE TUDO


com código de loja 01;

5. No campo Espécie de Documento, pressione F3 e selecione NFE;

6. Posicione o mouse no campo Produto e pressione o botão Pedido para que o


sistema abra uma janela com todos os pedidos do respectivo fornecedor;

7. Selecione o pedido com um duplo clique e confirme a tela que contém os sete itens
(argola, escudo, luva, mosquetão, rebite, suporte e tirante). Eles serão transferidos
para a janela de itens da nota fiscal;

8. Conceda um desconto para o item LUVA selecionando o respectivo item e


informando no campo Desconto do Item (logo ao lado do campo Aliq. IPI) o valor
do desconto de acordo com a política de compras que você determinou, ou seja 10%
(simulação da dinâmica do jôgo: 10% para 10 meses, 20% para 20 meses e 30% para
30 meses);

9. Altere a quantidade de suportes, colocando seis peças a mais como prevenção de


perdas que poderá ocorrer na produção;

191
10. Tecle duas vezes Enter no Valor Unitário para atualizar o Valor Total e, logo a seguir,
tecle Enter no Valor Total para atualizar o valor do ICMS;
O Caso da Fábrica

11. Entre também com a compra dos ATIVOS na mesma nota, mesmo não havendo
de Chaveiros

nenhum pedido de compra. Pressione a tecla seta para baixo do teclado até que
apareça uma nova linha. No campo Produto pressione F3 e selecione ATIVOS, digite
1 no campo Quantidade, R$ 100.000,00 no campo Vlr. Unitário e tecle duas vezes a
tecla Enter no campo Vlr. Total para que o sistema calcule o ICMS;

12. Efetue a confirmação e será apresentada a tela de lançamentos contábeis;

13. Confirme os lançamentos contábeis;

14. Cancele a nova tela de inclusão de NF e clique Sair para voltar para a tela principal.

Dicas

• Eventualmente, os dados constantes nestas telas poderiam ser alterados, se


for o caso;

Figura 1.44 - Lançamento automático na Contabilidade.

• Os lançamentos contábeis gerados pela entrada de materiais através da Nota


Fiscal de compras utilizam os lançamentos padronizados de código 650 e 660;

192
• Eventualmente, uma caixa de diálogo poderá ser apresentada informando
que o débito e o crédito não conferem. Isto ocorre em função de alguns
arredondamentos realizados no sistema e poderá ser corrigido digitando-se

O Caso da Fábrica
os valores exatos;

de Chaveiros
• Na inclusão da Nota Fiscal de Entrada ocorre um conjunto de atualizações e
lançamentos que integram os Itens da Nota Fiscal e o Cabeçalho da Nota Fiscal
de Entrada com Fornecedores, Contas a Pagar, Contabilidade, Estoque e os
Itens de Compras. Para ver os relacionamentos e os registros que fazem parte
desta integração, selecione a opção visualizar, da Nota Fiscal de Entrada, e em
seguida a ferramenta Walk Thru. O Walk Thru pode ser utilizado em quase
todas as funcio- nalidades do sistema. A sugestão de visualização na Nota
Fiscal de Entrada é meramente didática;

Figura 1.45 - Visualização da Nota Fiscal de Entrada.

• O Walk Thru, implementado a partir da versão 10 do Protheus, possibilita a


exibição dos relacionamentos e dos respectivos dados constantes no banco de
dados. O relacionamento da esquerda demonstra todas as tabelas de origem
de dados ou seja as tabelas hierarquicamente superiores com dados criados
anteriormente aos dados da tabela principal que está sendo visualizada. O
relacionamento da direita demonstra todas as tabelas de destino dos dados,
nas quais os dados são informados posteriormente à tabela principal;

193
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.46 - Relacionamentos da Nota Fiscal de Entrada visualizados pelo Walk Thru.

• Os dados visualizados referem-se à tabela principal apresentada. Clicando em


qualquer ícone tanto nos relacionamentos da esquerda como nos relacionamentos
da direita escolhe-se uma nova tabela como principal.

• O Walk Thru registra o caminho percorrido na visualização das tabelas e mostra


na parte inferior da tela a seqüência realizada pelo usuário. Para voltar, basta
clicar nestes ícones empilhados e o sistema posiciona como principal a tabela
selecionada;

Figura 1.47 - Walk Thru.

194
• Caso algum dos relacionamentos tenha, em sua origem ou destino, um conjunto
de registros o sistema apresenta um browse no qual pode ser selecionado um
item em particular;

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.48- Visualização de relacionamentos com diversos registros disponíveis no browse da tela.

Dicas

• ara uma melhor compreensão e um melhor acompanhamento d os lançamentos


automáticos, escreva os valores nas cvntas ‘T’ a seguir; lembrando que o I:ebito
é o lado esquerdo e o Cn?dito é o la do d ireito.

195
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

196
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
15. A partir do menu, selecione a opção Relatórios/Boletim de Entrada para imprimir o
relatório de entrada de materiais;

16. Escolha o tipo de impressão em disco e confirme pressionando o botão OK.

Dicas

• As divergências podem ser verificadas neste relatório. A letra “E” que aparece
na coluna “Div” refere-se a data de entrega que não coincide com a do pedido.

197
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.49 - Relatório Boletim de Entrada.

Figura 1.50 - Divergências apontadas no relatório Boletim de Entrada.

198
Exercício 12 – Como Gerar Requisições
• Objetivo: O objetivo deste exercício é demonstrar como podem ser realizadas

O Caso da Fábrica
as requisições dos materiais. A requisição dos componentes empenhados

de Chaveiros
é automática, tão logo seja informada a produção, mas nem todas elas são
geradas desta forma. Pelo menos a dos Rebites e das Luvas precisam ser
digitadas. O Rebite porque é um item de apropriação indireta devendo ser
transferido do Almoxarifado 01 para o Processo (Almoxarifado 99) e a Luva
por ser um produto independente de qualquer estrutura de produto. Outro
fator que gera a necessidade de digitação de requisições é a quebra na linha
de produção que no exemplo do exercício será representado pelo Suporte.

1. Selecione a opção Atualizações/Produção/Requisições no menu;

2. Clique no botão Incluir e o sistema apresenta a tela “Movimentos Internos –


Incluir”:

Figura 1.51 - Requisição do Rebite.

3. No campo TP Movimento, tecle F3 e selecione o tipo 600;

4. Selecione “Rebite” no campo Produto através da tecla F3;

5. Digite 200 no campo quantidade, pois trata-se de caixa fechada;

6. Não digite o Centro de Custo nem o número da Ordem de Produção, pois o Rebite
vai para o processo e de lá, quando houver produção, é apropriado diretamente e de
forma automática para a Ordem de Produção do Corpo;

199
7. Confirme esta requisição e digite de forma análoga a requisição da luva. Na
quantidade coloque o consumo mensal digitado na tela correspondente e note que
o Centro de Custo (0002 Acabamento) é preenchido automaticamente.
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.52 - Requisição da Luva.

8. Para obter uma variação no consumo de materiais, digite também uma requisição
de Suportes. Note que o Campo Ordem de Produção é preenchido automaticamente
para facilitar o exercício. Em quantidade coloque um valor aleatório, não muito alto.

Lembre-se que foram comprados apenas 6 Suportes a mais. Para simular a dinâmica
do jogo utilize o dado. O valor desta req- uisição será descarregado diretamente na
OP do Corpo.

Figura 1.53 - Requisição do Suporte.

200
9. Ao concluir as três requisições e sair da tela de inclusão é apresentada a tela de
Lançamentos Contábeis:

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.54 - Lançamentos contábeis das requisições.

10. Confirme a tela de lançamentos contábeis;

IMPORTANTE:

11. Neste ponto o exercício pode tomar dois caminhos distintos: um mais simples, onde
a Produção é informada objetivando apenas os custos e a entrada no estoque. O
outro envolve as rotinas Carga Máquina. Inicialmente será tratada a primeira. Caso
a opção seja a Carga Máquina, salte para o tópico Carga Máquina (Exercício 14). Os
dois caminhos voltam a se encontrar no Faturamento.

Exercício 13 – Como Informar ao Sistema a Conclusão da Produção


do Chaveiro
• Objetivo: O objetivo deste exercício é demonstrar como podem ser baixadas
as ordens de produção considerando que os produtos foram manufaturados
na linha de produção.

1. A partir do menu, selecione a opção Atualizações/Produção/Produção. Por se tratar


do mesmo arquivo onde são armazenadas as requisições, estas já são apresentadas
no browse de entrada;

201
2. Selecione a opção Incluir e será apresentada a tela “Produções – Incluir”:
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.55 - Informe da Produção.

3. Selecione o tipo “011” através da tecla F3 no campo TP. Movimento;

4. Em Ordem de Produção, também via F3, selecione a OP do Corpo e o restante


dos campos serão preenchidos bem como serão geradas, a partir do arquivo de
empenhos, as requisições necessárias para esta produção;

5. Confirme a tela e repita o processo na OP do Chaveiro. Mas nesta OP houveram


perdas. Portanto digite uma quantidade aleatória no campo Perda, indicando que
alguns chaveiros foram rejeitados no controle de qualidade. Para a simulação da
dinâmica do jogo utilize o dado;

6. Ao sair, serão exibidos os Lançamentos Contábeis referentes às requisições, à


apropriação de mão-de-obra e à produção. Confirme- os e vá para o Faturamento,
Exercício 16.

Dicas

• O preenchimento desta tela pode ser substituído pela leitura do código de


barras impresso na OP, através de coletores eletrônicos instalados nos
equipamentos de produção;

• Note que ao digitar as perdas, a quantidade “boa” é ajustada via gatilho;

202
• Observe que há uma diferença entre o valor da produção do Corpo e o total de
suas requisições. Isto porque o lançamento referente à requisição adicional do
Suporte já havia sido feito na tela anterior;

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
• Outro detalhe importante é o lançamento de transferência da mão-de-obra.
Comporta-se como uma requisição de materiais, mas credita uma conta que faz
parte do grupo de despesas. O valor unitário das horas apropriadas é aquele
informado no início do exercício (custo standard da hora). Caso queira discriminar
os lançamentos detalhando-os por transação, coloque “Não” em “Aglutina
Lançamentos”. Para tal, tecle F12 no browse da tela de produção.

Exercício 14 – Como Efetuar o Controle e Acompanhamento da


Produção e a Carga Máquina
• Objetivo: O objetivo deste exercício é demonstrar como pode ser realizado o
controleeacompanhamentoda produção doChaveiro. Lembrando as premissas,
o Chaveiro é composto de um corpo e uma argola. O Corpo por sua vez é
composto de um Suporte, um Mosquetão, um Escudo, um Tirante e um Rebite.
No corpo, que é feito no centro de custo 0001, temos 2 operações: cortar e furar
o tirante e rebitar o corpo com seus componentes. No Chaveiro, que é feito no
acabamento, temos as operações: encaixar a argola e embalar. Para que a Carga
Máquina funcione é necessário o preenchimento de vários cadastros.

Incluindo Calendário

1. Selecione a opção Atualizações/Carga Máquina/Calendário do menu;

2. Selecione a opção Incluir e o sistema apresenta a tela de “Cadastro de Calendários


– Incluir”:

Dicas

• A fábrica trabalha de segunda a sábado, 10 horas por dia com um total de 250
horas/mês o que permite uma produção base de 50 corpos mês, pois cada um,
segundo a estrutura leva 5 horas para ser fabricado.

203
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.56 - Calendário de produção.

3. Digite 001 no campo Código;

4. Digite HORÁRIO NORMAL no campo Histórico;

5. Preencha o horário das 8hs até as 18hs de tal forma que a Carga Horária seja igual
a 10 pressionando a tecla Enter ou a letra X. Cada segmento de tempo (preenchido
com X ou Enter) representa 15 minutos;

6. Complete o horário do sábado igualmente com as 10 horas pois a fábrica trabalha


aos sábados. Os demais dias úteis tem o seu horário replicado a partir do horário
definido na segunda-feira;

7. Tecle F12, observe as duas opções e confirme sem alterar;

8. Confirme a inclusão do calendário pressionando o botão OK.

Incluindo Recursos

9. Selecione a opção Atualizações/Carga Máquina/Recursos do menu;

10. Selecione a opção Incluir e o sistema apresenta a tela de “Recursos – Incluir”:

Dicas

• Os campos Centro de Custo e Calendário podem ser preenchidos utilizando o


recurso oferecido pela tecla F3.

204
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.57 - Recursos da produção.

11. Cadastre 5 recursos, todos usando o calendário 001, conforme os dados da tabela
a seguir:

12. Confirme a inclusão de cada um dos recursos;

13. Finalize a tela “Recursos – Incluir”, selecione o recurso 001 no Browse e clique na
opção Alterar;

205
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.58 - Recursos alternativos de produção.

14. Selecione o recurso 01A no campo Rec Alt/Séc utilizando a tecla F3 na janela inferior
da tela;

15. Digite a letra A (Alternativo) no campo Tipo de Rec. Também na janela inferior da
tela. Este procedimento indica que existem duas linhas de produção do Tirante, que
podem ser utilizadas simultaneamente.

16. Confirme a alteração.

Incluindo Ferramentas

17. Selecione a opção Atualizações/Carga Máquina/Ferramentas do menu;

18. Selecione a opção Incluir e o sistema apresenta a tela de “Ferramentas – Incluir”:

Figura 1.59 - Cadastramento de Ferramentas.

206
19. Cadastre 2 ferramentas conforme os dados da tabela a seguir:

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.60 - Amarração Produto x Fornecedor.

20. Confirme a inclusão de cada uma das ferramentas.

Dicas

• A tesoura será utilizada na fabricação do tirante;

• Para as ferramentas não há o conceito de Alternativa. Coloca-se em quantidade


o número de ferramentas disponíveis.

• Somente se todas estiverem ocupadas é que se navega no tempo;

• O martelo será utilizado na operação Rebitar

Figura 1.61 - Ferramentas utilizadas na Carga Máquina.

207
Tratando os Recursos Dentro da Produção

21. Selecione a opção Atualizações/Carga Máquina/Operações do menu;


O Caso da Fábrica
de Chaveiros

22. Selecione a opção Incluir e o sistema apresenta a tela de “Roteiro de Operações –


Incluir”:

Dicas

• Os campos Produto, Recurso, Ferramenta e Tipo de Operação podem ser


preenchidos através da tecla F3.

Incluindo as operações do Corpo

Figura 1.62 - Operações do Corpo..

23. Mantenha o código 01. Este campo permite até 99 roteiros diferentes para cada
produto, flexibilizando a fabricação, pois cada OP pode ter um roteiro diferente;

24. No campo Produto, digite CORPO. Não tem Roteiro Similar, o que evidentemente
facilitaria a digitação;

25. No campo Operação, mantenha 01;

26. Digite 001 no campo Recurso;

27. Informe 101 no campo Ferramenta;

208
28. Em descrição, digite FABRICAR TIRANTE;

29. Digite 1 no campo Lote Padrão;

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
30. Digite 3 no campo Tempo Padrão. Os tempos são informados em horas decimais,
isto é, para uma hora e trinta minutos, digita- se 1,5;

31. No campo Tipo de Operação, digite 1 de Normal;

32. Deixe os demais campos em branco e desça uma linha pressionando a tecla “seta
para baixo” para cadastrar a operação 02;

33. Informe o Recurso 002, a Ferramenta 201, a Operação REBITAR CORPO, o Lote
Padrão 1, o Tempo Padrão 2, o Tipo de Operação 1 (Normal) e confirme a tela; note
que a soma dos tempos padrão deve dar 5, pois esta é a quantidade de MOD0001
que consta do cadastro de estruturas.

Incluindo as operações do Chaveiro

Figura 1.63 - Operações do Chaveiro.

34. Mantenha 01 no campo Código e digite CHAVEIRO no campo Produto;

35. Na Operação 01 informe o Recurso 003, a Descrição ENCAIXAR ARGOLA, o Lote


Padrão 1 e o Tempo Padrão 1,5;

209
36. Desça uma linha e cadastre a Operação 02 do Chaveiro informando o Recurso 004,
Descrição EMBALAR, Lote Padrão 1 e o Tempo Padrão 0,5; note que a soma dos
tempos padrão deve dar 2, pois esta é a quantidade de MOD0002 do cadastro de
O Caso da Fábrica

estruturas.
de Chaveiros

37. Confirme a tela.

Figura 1.64 - Roteiro das operações para a produção do Corpo e do Chaveiro.

Gerando um Conflito na Carga Máquina

38. Selecione a opção Atualizações/Carga Máquina/Ordens Produção do menu;

39. Mantenha a linha posicionada na Ordem de Produção do Chaveiro e selecione a


opção Visualizar para verificar a Quantidade, a Data de Início e a Data de Entrega;

Dicas

• Um conflito na carga máquina significa que duas ou mais operações necessitam


dos mesmos recursos para a sua produção.

• Será gerada uma segunda OP, idêntica à primeira, para que se visualize qual
o procedimento do sistema quando duas Ordens de Produção querem alocar
simultaneamente o mesmo recurso.

210
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.65 - Visualização dos dados da ordem de produção do Chaveiro.

40. Efetue a inclusão de uma nova Ordem de Produção com Número 000002 / 01 /
001 para o Produto CHAVEIRO através da opção Incluir;

41. Informe a Quantidade, a Data de Previsão de Início e a Data de Entrega nesta nova
Ordem de Produção com os mesmos dados preenchidos na Ordem de Produção
do Chaveiro gerada pelo Pedido de Vendas;

Figura 1.66 - Geração automática das ordens de produção dos produtos intermediários.

211
42. Pressione o botão OK para confirmar e será apresentado um diálogo informando
que o sistema gerará Ordens de Produção com datas anteriores à Data Base (Data
Confirmada na Inicialização do Sistema);
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

43. Confirme o diálogo, cancele a inclusão da ordem de produção 000003 e selecione


a opção Sair da tela “Ordens de Produção” e o Sistema solicita a confirmação da
geração de Ordens de Produção intermediárias.

Figura 1.67 - Geração automática das solicitações de compras.

44. Pressione o botão OK para confirmar a geração das Ordens de Produção


intermediárias e as Solicitações de Compras;

45. Pressione novamente o botão OK confirmando os dados na tela de alteração de


empenhos para a Ordem de Produção 000002;

46. Selecione novamente a opção Atualização/Carga Máquina/Ordens de Produção e


observe que foi gerada a sequência 002 desta nova Ordem de Produção;

212
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.68 - Ordens de produção em aberto.

Dicas

• Agora sim, o Sistema está pronto para rodar a Carga Máquina;

• A alocação será realizada do início para o fim.

47. Selecione a opção Atualizações/Carga Máquina/Carga Máquina no menu e o


Sistema apresenta o diálogo:

Figura 1.69 - Carga Máquina: alocação dos recursos utilizados nas ordens de produção.

213
48. Pressione o botão OK e aguarde alguns instantes para que o Sistema efetue a
alocação dos recursos utilizados nas Ordens de Produção;
O Caso da Fábrica

49. Observe a alocação dos recursos na tela “Carga Máquina”, pressione o botão
de Chaveiros

constante na parte inferior e o Sistema apresenta um diálogo informando que a


carga máquina foi efetuada com sucesso;

Figura 1.70 - Carga Máquina: visualização da alocação dos recursos


nas ordens de produção realizada pelo sistema.

Figura 1.71 - Atualização da solicitação de compras e requisições.

214
50. Confirme o diálogo e na seqüência pressione o botão Imprimir;

51. Mude a ordem para Data Início;

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
52. Confirme a impressão do relatório;

Dicas

• Navegando no relatório através da barra de rolagem lateral é possível analisar


o resultado e verificar como foi usado o recurso alternativo e como a segunda
Ordem de Produção navegou no tempo pois os recursos estavam ocupados
com a primeira;

• Caso o sistema acuse que já existe este relatório, basta substituí-lo, clicando
no botão OK.

Figura 1.72 - Relação das operações da carga máquina.

215
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.73 - Data de início e término demonstradas na relação das operações de produção.

53. Finalize o processo pressionando o botão Cancelar;

54. Imprima em disco as Ordens de produção, na opção correspondente em relatórios.


São listadas para cada OP os materiais necessários, as operações, com data e hora
início e término e também espaços para preenchimento das datas e horas reais.

Dicas

• Na pasta impressão, selecione o Tipo em Disco.

Figura 1.74 - Informações detalhadas e em tempo real das ordens de produção.

216
Exercício 15 – Iniciando a Produção

O Caso da Fábrica
• Objetivo: O Objetivo deste exercício é demonstrar como pode ser realizado o

de Chaveiros
acompanhamento e controle das diversas operações que estão sendo realizadas
na linha de produção.

1. Selecione a opção Atualizações/Carga Máquina/Produção Pcp do menu;

2. Selecione a opção Incluir e o sistema apresenta a tela de “Produção PCP Mod1 –


Incluir”;

3. Selecione a primeira operação do Corpo da Ordem de Produção 000001 através da


tecla F3;

Figura 1.75 - Seleção das ordens de produção já executadas.

4. Altere em 3 horas o inicio ou o fim para gerar uma Variação na Eficiência da Mão de
Obra devido a um atraso e confirme;

5. Agora produza a segunda operação do corpo, que dará entrada no estoque, pois é
a última operação deste componente;

217
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.75 - Produção da segunda operação do corpo.

6. Repita o procedimento para a operação 01 do Chaveiro. Na Operação 02 do Chaveiro


coloque uma quantidade de perda; para a simular a dinâmica do jogo utilize o dado.
Não informe a produção das ordens 000002 digitadas unicamente para o exercício
de Carga Máquina.

Dicas

• Ao sair é mostrada a tela de Lançamentos Contábeis, confirme-a;

• Não esqueça de efetuar a opção de impressão em disco.

Figura 1.76 - Lançamentos contábeis automáticos gerados para registrar o término da produção
e a respectiva movimenta- ção contábil para a conta de produtos em estoque acabados.

218
7. Em Relatórios, liste o Acompanhamento de Operação (opção Acomp. Operações
do menu) para analisar as diferenças do início e fim, ocorridas entre o planejado
das operações e o realizado;

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.76 - Relação Real x Standard.

8. E ainda em Relatórios, faça uso do Relatório de Consumo Real x Standard através


da opção Relação Real x Std do menu. Neste relatório pode-se analisar a variação
entre o consumo real e o Standard dos materiais, separando a variação do custo
devido às quantidades e a devida à variação no preço de compra.

Figura 1.77 - Detalhamento do consumo real em comparativo com o standard na relação Real x Standard.

219
Exercício 16 – Iniciando o Processo de Faturamento
• Objetivo: O objetivo do exercício é demonstrar como pode ser realizado um
O Caso da Fábrica

dos processos mais relevantes do ponto de vista comercial: o Faturamento.


de Chaveiros

O processo de Faturamento envolve uma série de etapas que são detalhadas


neste exercício tais como a liberação da nota, a verificação de disponibilidade
dos produtos no estoque e a verificação da situação de crédito do cliente.

1. Selecione a opção Atualizações/Faturamento/Liberação Pedidos no menu e logo


em seguida a opção Automático;

2. Confirme a tela de parâmetros e será apresentada a tela de “Liberação de Pedidos


de Venda”:

Figura 1.77 - Liberação automática de pedidos de venda.

220
3. Confirme a Liberação de Pedidos de Venda e o sistema apresenta a seguinte tela:

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.78 - Browser com a situação de cada pedido de venda.

Dicas

• Os pedidos são liberados respeitando a quantidade existente no estoque e


analisando o crédito (como houveram perdas, a quantidade liberada é menor
que a encomendada). Isto pode ser visto claramente através da preparação da
nota fiscal de saída. Note que a preparação da nota fiscal de saída está com o
sinal vermelho de reprovado. Embora a quantidade liberada esteja apenas com
a disponível no estoque, já que assim está definido na pergunta do programa
de liberação, avançando para a direita no browse, constata-se que o pedido
está bloqueado no crédito pelo código 04 (data de crédito vencida). Portanto
impossibilitado de ser marcado para processamento.

4. Selecione a opção Atualizações/Faturamento/Preparação Da N.f. e verifique que o


pedido não está disponível em função da reprovação do crédito;

5. Selecione então, a partir do menu principal, a opção Atualizações/Faturamento/


Liberação Crédito;

6. Confirme os parâmetros;

221
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.79- Liberação de crédito manual.

7. Selecione a opção Manual, pois neste caso a opção Automática não funcionará, já
que a situação financeira do Cliente é precária;

8. Libere o pedido efetuando a confirmação da tela;

9. Agora sim, volte, a partir do menu, para o Atualizações/Faturamento/Preparação


Da N.f, pois o pedido estará disponível para a preparação na nota fiscal de saída;

10. Confirme os parâmetros e o sistema apresenta a tela com o pedido disponível:

Figura 1.80 - Seleção dos pedidos a serem faturados.

222
11. Marque o pedido;

12. Selecione a opção Prep.Docs;

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
13. Confirme novamente os Parâmetros, o Número da Primeira Nota e dispare o
Processamento.

Figura 1.81 - Seleção do tipo e número do documento.

Dicas

• Neste momento o sistema calcula a nota com seus descontos, reajustes,


impostos, comissões, fretes e seguros, gera o título a receber, o livro fiscal,
atualiza o estoque, a carteira de pedidos, o cliente e finalmente gera e
apresenta os Lançamentos Contábeis.

14. Confirme a tela de “Lançamentos Contábeis”.

223
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.82 - Geração de lançamento contábil automático para registrar


o faturamento, pelo valor da venda, pelo custo e o ICMS.

Exercício 17 – Controlando a parte Financeira (Contas a Receber,


Contas a Pagar e Fluxo de Caixa)
• Objetivo: O objetivo deste exercício é simular o controle de todas as contas a
pagar e a receber bem como o acompanhamento do fluxo de caixa.

1. Inicialmente efetue a consulta do fluxo de caixa através da opção Consultas/Fluxo


de Caixa do menu;

2. Selecione a opção saldos bancários com um duplo clique e será exibida uma tela
com as disponibilidades em bancos;

Dicas

• No caso, as disponibilidades em Caixa e Bancos deve corresponder ao valor do


capital.

224
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.83 - Seleção das contas bancárias cujo saldo irá compor o Fluxo de Caixa.

3. Selecione o Banco do Brasil com um duplo clique e confirme pressionando o botão OK;

4. Marque a opção Processa Analítico;

5. Pressione mais uma vez o botão OK e o sistema apresenta o Fluxo de Caixa.

Dicas

• A coluna a Pagar representa os títulos referentes às compras e a coluna a


Receber os respectivos valores das notas fiscais de Vendas;

• No topo da tela existe um ícone “Simulação” que ao ser clicado proporciona a


possibilidade de se efetuar inclusões, alter- ações, exclusões, etc.

Figura 1.84 - Consolidação de todos os recebimentos e pagamentos a serem realizados


diariamente no fluxo de caixa.

225
6. Efetue um duplo clique na linha ou pressione a lupa para que sejam mostrados os
detalhes do respectivo dia através da tela:
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.85 - Detalhamento dos pagamentos a serem realizados no dia.

Figura 1.86 - Detalhamento dos recebimentos a serem realizados no dia.

226
Recebendo o Título Proveniente das Vendas

7. Selecione a opção Atualizações/Financeiro/Baixas a Receber da barra de menu e o

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
sistema apresenta uma relação de títulos a receber através da tela:

Figura 1.87 - Seleção dos títulos a receber.

8. Posicione o título a ser baixado, que aliás deve ser o único;

9. Selecione a opção Baixar e o sistema apresenta a tela de “Baixas a Receber”:

Figura 1.88 - Recebimento de título.

227
10. Pressione F3 no campo Banco e selecione o banco 001 – Banco do Brasil;

11. Conceda um desconto digitando um valor no quadro Valoresda Baixa. Para simular
O Caso da Fábrica

a dinâmica dojogo, utilize o dado e multiplique o seu valor por 100. Note que o
de Chaveiros

campo Valor Recebido é ajustado automaticamente;

12. Confirme a baixa e será exibida a tela de Lançamentos Contábeis:

Figura 1.89 - Lançamento contábil automático gerado para registrar o recebimento do título.

13. Confirme a tela e efetue os lançamentos nas contas “T”.

Pagando Título Proveniente das Compras

14. Selecione a opção Atualizações/Financeiro/Baixas a Pagar da barra de menu e o


sistema apresenta uma relação de títulos a pagar através da tela:

228
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.90 - Seleção dos títulos a pagar.

15. Posicione o título a ser baixado, que também deve ser o único;

16. Selecione a opção baixar e o Sistema apresenta a tela “Baixas a Pagar”:

Figura 1.91 - Pagamento de título.

17. Pressione F3 no campo Banco e selecione o banco 001 – Banco do Brasil;

18. Informe um número de cheque qualquer;

229
19. Confirme a baixa e será exibida a tela de Lançamentos Contábeis:
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.92 - Lançamento contábil automático gerado para registrar o pagamento do título.

20. Confirme a tela e efetue os lançamentos nas contas “T”.

Recebendo a Comissão de Vendas

21. Selecione a opção Atualizações/Financeiro/Movimento Bancário da barra de menu;

22. Selecione a opção Receber e o sistema apresenta a tela de “Movimentação


Bancária – Receber”:

Figura 1.93 - Recebimento da Comissão de Vendas.

230
Dicas

• O valor da comissão de vendas refere-se à dinâmica realizada por meio de

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
WEB-Services. Caso não tenha sido realizada a dinâmica ou mesmo não tenha
ocorrido nenhuma venda, o valor será zero.

23. Mantenha a Data da Movimentação;

24. Digite o código 502 – Comissão sobre Matéria Prima no campo Natureza. O valor
será preenchido pelo sistema pois um “gatilho” busca-o da base de dados;

25. Confirme a tela e o sistema apresenta os Lançamentos Contábeis:

Figura 1.94 - Lançamento contábil automático para registrar as comissões de vendas.

26. Confirme os Lançamentos e efetue a transcrição para as contas “T”;

Pagando Despesas da Folha e dos Impostos

27. Selecione a opção Atualizações/Financeiro/Movimento Bancário da barra de menu;

231
28. Selecione a opção Pagar e o sistema apresenta a tela de “Movimentação Bancária
– Pagar”:
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.95 - Pagamento da depesa com publicidade.

29. Mantenha a Data da Movimentação;

30. Digite o código 007 – Publicidade no campo Natureza. O valor será preenchido
pelo sistema pois um “gatilho” busca-o da Planilha de Preço de Vendas, onde foi
decidido no início do exercício;

31. Confirme a tela e o sistema apresenta os Lançamentos Contábeis:

Dicas

• No caso da Folha de Pagamento, serão feitas 4 movimentações, uma para a


Administração, uma para a Fabricação, uma para o Acabamento e uma para o
Almoxarifado. Caso estivesse sendo processada a Folha de Pagamento, estes
lançamentos seriam automáticos e apenas o pagamento líquido teria uma
movimentação bancária.

232
O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.96 - Lançamento contábil automático gerado a partir dos pagamentos e recebimentos
por meio de movimentação bancária.

32. Confirme os Lançamentos e efetue a transcrição para as contas “T”;

33. Analogamente à publicidade, faça estes 4 pagamentos, selecionando as naturezas


001, 002, 003 e 004. Os valores que são aqueles das premissas, também são
transferidos por “gatilho”;

34. E finalmente pague ao Governo o que lhe é devido. Ainda em Movimentação


Bancária a Pagar selecione a Natureza 005 – Impostos;

Dicas

• Neste caso foi feito um gatilho que vai ao arquivo SF3 – Livros Fiscais e calcula
o valor do ICMS a pagar. Este valor também poderia ser obtido no saldo da
conta 21201 – ICMS a Recolher – ou ainda gerando-se um título ao se processar
o Livro Apuração do ICMS e IPI;

233
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.97 - Browser com a relação de pagamentos e recebimentos efetuados.

35. Confirme o processamento e deverão aparecer os Lançamentos Contábeis;

36. Confirme os Lançamentos e efetue a transcrição para as contas “T”.

Exercício 18 – Como Analisar os Resultados Obtidos

• Objetivo: O objetivo deste exercício é possibilitar a análise dos resultados


obtidos através da emissão do balancete.

Emitindo Balancete

1. Selecione a opção Relatórios/Balancete Reais do menu;

2. Confirme a tela “Atualização de Sintéticas”;

3. Confirme a configuração de parâmetros com impressão em disco;

234
4. Confirme a geração do arquivo e o Sistema apresenta o relatório:

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
Figura 1.98 - Balancetes reais.

Consultando o Razão

5. Selecione a opção Consultas/Razão do menu;

6. Posicione o Browse em qualquer conta analítica;

7. Selecione a opção Visualizar e o Sistema apresenta a tela “Consulta Razão Analítico”:

Dicas

• A consulta tem a vantagem de, além de mostrar os saldos, discriminar todos


os lançamentos por conta;

• Movendo o cursor na parte superior da janela a largura das colunas pode ser
reduzida para facilitar a leitura do razão.

235
O Caso da Fábrica
de Chaveiros

Figura 1.99 - Razão conta Caixa/Bancos

Com base nos números do Balancete chega-se ao lucro da empresa, deduzindo-se da


Receita o Custo da Mercadoria Vendida (custo médio real) e as Despesas de Vendas e
Administrativas.

A vantagem da metodologia de custo standard aqui apresentada está no fato que


contabilmente o Resultado é apresentado na forma tradicionalmente aceita pelos
contabilistas brasileiros, ou seja pelo custo real e médio, mas o sistema permite que se
analise este mesmo resultado baseado nos valores standards e as variações ocorridas.
Este demonstrativo é visto em uma planilha Excel, mostrando-se assim também um
bom exemplo de integração do sistema com a planilha eletrônica.

Parte-se dos valores orçados e standard após a Determinação do Preço de Vendas e


chega-se ao Lucro Real, analisando-se cada uma das variações que contribuíram para
a diferença. Apenas para lembrar, note que as empresas que apenas controlam seu
resultado através de orçamento tem uma visão sobre os custos fixos, mas perdem
eficiência quando se trata dos custos variáveis, normalmente os mais significativos.

A planilha tem a seguinte formatação:

Receita Standard: quantidade prevista de venda x preço de venda- CMV Standard:


quantidade x R$ 616,00

- ICMS

Lucro Bruto

- Publicidade

236
- Despesas Administrativas

Lucro Standard

O Caso da Fábrica
de Chaveiros
+ - Variação na quantidade vendida: lucro bruto std da variação na quantidade,

+ - Variação no Preço de Vendas: desconto concedido

+ - Receita com comissões na venda de Matéria-prima

+ - Variação no Preço de Compra de Matéria-prima

+ - Variação no Preço de Compra de Material de Consumo

+ - Variação no Consumo de Matéria-prima: variação da quantidade, mas pelo custo std

+ - Variação no Consumo de Material de Consumo

+ - Variação na Eficiencia da Mão de Obra: horas reais x horas std gasto nas OPs, com
base em valores std. O detalhamento desta variação pode ser analisado no Mapa de
valores Std x Real. Para cada centro de custo, uma linha.

+ - Variação na Taxa de Mão de Obra: variação nos salários

+ - Variação no Volume de Produção: em função da redução/aumento no custo hora da


MOD. Como esta variação trabalha em horas, ela se compensa com a Variação na Efici-
ência. Para que tal não ocorra seria necessário controlar também as horas disponíveis e
as horas paradas.

+ - Variação pelas Perdas: custo std das peças rejeitadas no controle de qualidade

+ - Variações nos Custos-Fixos

Lucro Real

+ - Ajuste de Estoque de matéria prima e material de consumo: conforme explicado


no capítulo que trata a gestão contábil e de custos, a lei brasileira não permite que se
descarregue no Resultado toda a variação dos preços de compra, pois o que restou no
estoque somente deve afetar o resultado quando de sua venda ou consumo.

Lucro Contábil

Além disso a planilha também calcula o Retorno sobre o Investimento, a Lucratividade e


a Liquidez que são fatores que afetam na escolha da empresa com melhor desempenho.

237
Gerando a Planilha através da Integração Excel
1. Selecione a opção Miscelânea/Planilhas/Planilha Excel do menu e o sistema gera e
O Caso da Fábrica

apresenta a planilha de variações.


de Chaveiros

Dicas

• Note que o resultado do lucro Contábil obtido na planilha é o mesmo resultado


obtido no balancete;

• O lucro real é obtido a partir do lucro standard adicionando ou subtraindo as


respectivas variações ocorridas na execução do exercício.

238
Parte 03

Jogo de Empresas
Todos os direitos autorais reservados pela TOTVS S.A.

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O desrespeito a essa proibição confi gura em apropriação indevida dos


direitos autorais e patrimoniais da TOTVS.

Conforme artigos 122 e 130 da LEI no. 5.988 de 14 de Dezembro de 1973.

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01 Jogo de Empresas

Jogo de Empresas
Objetivo do Jogo

A inclusão do Jogo de Empresas versão Gold neste livro visa dar ao leitor mais um
conjunto de princípios administrativos que julgamos úteis a quem convive com o Sistema
de Gestão, e especialmente para a realização das dinâmicas de motivação descritas no
Capítulo 11, que trata do Caso do Chaveiro.

O jogo tem como objetivo treinar universitários, pessoas da área administrativa e de


vendas e empresários na gestão de negócios. É um jogo simples e rápido, mas mesmo
assim completo no que diz respeito aos vários aspectos que interferem na estratégia do
dia-a- dia de uma organização.

O desempenho de cada jogador depende de suas decisões, das decisões tomadas por
seus concorrentes e também de raciocínio rápido.

De qualquer forma, quanto melhor o grupo, mais alto será o nível e mais difícil será
vencer. Não existe uma fórmula “mágica” para ganhar sempre.

Aconselhamos aos jogadores que antes de cada decisão visualize o vídeo explicativo.
Neste vídeo o jogador encontrará a teoria referente à decisão que está em questão,
possibilitando definir uma melhor estratégia.

O objetivo final do jogo não é somente proporcionar momentos de lazer aos participantes.
É também o de mostrar como funciona na prática o mecanismo de uma empresa e treiná-
los a conviver neste ambiente que, se por um lado é exato e lógico, por outro é subjetivo
e estratégico, pois sempre surgirão fatores imprevisíveis que abalam qualquer tipo de
planejamento.

Podem participar de 2 a 5 jogadores, cada um representando uma empresa ou apenas um


único jogador em disputa com o computador. As empresas disputarão em um mercado
comum a venda de seus produtos com o objetivo principal de obter maior lucro. Mas
além do lucro outros fatores contam na pontuação para definir o vencedor.

243
Jogo de Empresas Objetivos dos jogadores

Premissas

São 5 (cinco) os objetivos dos jogadores:

1. Obter o maior volume de vendas em quantidade;

2. Maior lucro orçado;

3. Melhor administração do caixa, ou seja não deixa-lo negativo;

4. Maior lucro real;

5. Melhor retorno do lucro sobre o capital inicial.

Critério de pontuação

Para cada um dos 5 objetivos o jogo utiliza o seguinte critério para pontuação:

Colocação:

Figura 1.1 - Critério de pontuação.

Decisões

O jogo é feito em uma sequência de jogadas que envolve decisão, estratégia, e em


alguns lances, raciocínio rápido. Cada jogada é feita em uma tela e o tempo médio
para sua realização é de alguns minutos. Ao todo são 10 decisões. Após as 5 primei-
ras decisões de cada jogador é apresentado um Resultado Parcial. Todos os jogadores
trabalham no mesmo microcomputador, revezando-se a cada 5 (cinco) decisões.
Em algumas delas é conveniente não deixar os adversários verem o que está sendo
decidido pois são decisões estratégicas:

244
Jogo de Empresas
Figura 1.2 - Tipos de decisões a serem tomadas no Jogo de Empresas.

Os valores apresentados no jogo podem ser modificados para permitir uma variação nas
estratégias adotadas. O tópico Parametrização é apresentado no final deste capítulo.
Também permite a mudança de CENÁRIO, cada um com Regras de Negócios diferentes.

Seleção de Jogadores

Figura 1.3 - Personagens do jogo.

Nesta tela são apresentados cinco personagens que representam os economistas


e administradores. A primeira tarefa a fazer é informar se o jogo será contra outra
pessoa ou contra o computador.

245
Jogando contra outra pessoa

Devem ser escolhidos no mínimo 2 jogadores. Para cada jogador deve-se digitar o seu nome.
Jogo de Empresas

A partir deste momento,sempre que o referido personagem estiver na tela,cabe a ele tomar
a decisão. Após a confirmação dos jogadores e, igualmente, para cada decisão
tomada, deverá ser utilizado o botão “Prosseguir”, representado no jogo pelo ícone:
que se encontra no canto direito superior de cada tela.

Jogando contra o computador

Para jogar contra o computador, deve ser utilizado o botão “Jogar contra o
computador”, que se encontra no canto direito inferior da tela de Seleção dos Jogadores.
Após pressionado este botão, o computador irá selecionar o seu representante no jogo.
Em seguida deverá ser selecionado o personagem do jogador.

Após a confirmação do jogador e, igualmente, para cada decisão tomada, deverá ser
utilizado o botão “Prosseguir”, representado no jogo pelo ícone:

Capital Inicial

Figura 1.4 Escolha do valor do

Capital Inicial.

Figura 1.4 - Escolha do valor do Capital Inicial.

246
Nesta primeira decisão você define o Capital Inicial que o seu acionista irá investir
em sua empresa. O jogo oferece 16 (dezesseis) opções de valor para o Capital, variando
de 85.000,00 a 115.000,00.

Jogo de Empresas
Figura 1.5 - Valores possíveis para o Capital Inicial.

O Capital servirá para pagar o imobilizado da empresa, que no jogo foi estipulado
em 100.000,00, mais o valor que será necessário para financiar o estoque.

Como todos os desembolsos são feitos somente após os recebimentos do capital e das
receitas, o cálculo utilizado para decidir o Capital

Inicial é:

CAPITAL = IMOBILIZADO + ESTOQUE FINAL – LUCRO

Tanto o estoque final quanto o lucro não são totalmente conhecidos neste momento
e dependem da estratégia que será adotada.

Quando o cenário da Capacidade Máxima Produtiva da Fábrica estiver ativo, a quantidade


vendida ficará limitada à quantidade que a fábrica consegue produzir com o capital que for
investido. Este cenário visa dar ao quesito Capital uma importancia maior, influindo não só
na taxa de retorno, mas também no tamanho da fábrica.

Figura 1.6 - Escolha do valor da Folha de Pagamento.

247
Folha de Pagamento

Nesta decisão você decide o valor a ser investido na Folha de Pagamento. Como sabemos,
Jogo de Empresas

quem tem boa remuneração presta um bom serviço. Por este motivo, o valor a ser investido
na Folha irá influenciar na qualidade de seu produto e, conseqüentemente, nas vendas,
nas perdas e no custo da mercadoria vendida da empresa que você está administrando.

O jogo oferece três opções para investir na Folha.

Figura 1.7 - Opções disponíveis para a escolha do valor da Folha de Pagamento.

Para cada um destes valores, você terá uma perda de peças do seu produto e um aumento
na quantidade vendida:

Figura 1.8 - Conseqüências no jogo para cada uma das opções de valores
para a Folha de Pagamento.

Por exemplo, investindo 2.000,00 na Folha, você terá a perda de 1 peça e um aumento
de 10% na quantidade vendida.

Cada peça perdida representa uma queda no faturamento. Por outro lado, quanto maior
o valor da Folha, maior será o Custo da Mercadoria Vendida.

Para selecionar o valor a ser investido, arraste o cartão para cima do relógio de ponto.

248
Publicidade

Jogo de Empresas
Figura 1.9 - Seleção do valor a ser investido em Publicidade.

Na decisão do gasto em Publicidade o jogo oferece 10 (dez) opções, variando


de zer0 a 4.500,00. Para selecionar o valor pretendido, basta posicionar
o mouse na linha correspondente e a seta indicará o valor selecionado.
Para cada 100,00 (cem) investido em Publicidade você vende 1 (uma) peça a mais.

A tabela a seguir mostra quantas peças serão vendidas para cada valor da Publicidade:

Figura 1.10 - Peças vendidas a mais em função do investimento em Publicidade.

Caso o cenário Anúncio Não Incluso no Preço estiver ativo, o custo da Publicidade não
entra no preço do produto, alterando a contribuição marginal. Este cenário tem como
objetivo atender a prática empresarial comum. Caso este cenário não esteja ativado a
alteração no valor da Publicidade afeta diretamente o Preço de Venda.

249
Jogo de Empresas Percentual de Lucro

Figura 1.11 - Escolha do percentual de lucro desejado.

Nesta decisão é definida a percentagem de lucro que você deseja sobre o


Capital investido.

O jogo oferece 8 (oito) opções: 1%, 2%, 3%, 4%, 5%, 7%, 9% e 12% ao mês.

O Lucro irá definir o preço de venda do seu produto.

Portanto, você deverá basear-se em uma série de fatores. Por exemplo, no Brasil paga-se
hoje, para qualquer tipo de investimento, taxas de juros altas em relação a outros países,
não só para atrair capital externo e equilibrar nossa balança de pagamentos mas também
para restringir o consumo, evitando assim a volta da inflação. A taxa atual é de 17% ao ano
(2006), ou seja, um pouco menos que 1,5% ao mês, não considerando juros compostos.

Você deve basear-se também em outros indicadores de mercado. A poupança, por


exemplo, rende em torno de 1% ao mês, um CDB chega a 2%, a Bolsa de Valores é uma
incógnita, o agiota ganha de 6% a 10%, as lojas cobram 4%, um imóvel (risco baixo) 0,8%.
Por outro lado, no exterior, uma taxa de 4% ao ano é considerada alta. Portanto, seu
lucro não pode fugir muito destes patamares.

A sua decisão está relacionada aos demais participantes pois ela determinará o preço
de venda que, conseqüentemente, influirá na quantidade vendida.

Assim, se você for muito ambicioso (lucro alto) poderá ter uma decepção nas vendas,
ao passo que, se for conservador demais (lucro baixo) dificilmente ganhará o jogo pois o lucro
interfere em 3 critérios de pontuação. É como um jogo de poker ou, se formos mais longe,
a realidade da maioria dos mercados, onde é preciso ser perspicaz e “adivinhar” a decisão
dos concorrentes, definindo assim o melhor índice, não só quanto ao lucro mas também
na decisão seguinte que trata da quantidade prevista de venda.

250
Com o cenário do Preço de Venda ativo, o preço é informado pelo jogador ao invés de
ser calculado pelo jogo. Assim sendo, não terá a decisão da Taxa de Lucro, que é um
dos itens que formam o preço de venda. Este cenário tem como objetivo atender a uma

Jogo de Empresas
tendência de mercado, ou seja, define-se o preço independente do lucro desejado, o
que sem dúvida não é a melhor prática empresarial, mas é a nova ordem, em função da
globalização e da forte concorrência.

Previsão de Vendas

Figura 1.12 - Escolha da previsão de vendas.

Nesta decisão o jogo oferece 15 (quinze) opções para a Quantidade Prevista de Vendas
do seu produto.

Figura 1.13 - Valores disponíveis no jogo para a previsão de endas.

Para tomar esta decisão, você necessita um pouco de feeling, pois não sabe qual é o
preço dos seus concorrentes (outros jogadores). E o preço é um dos fatores que mais
influi na quantidade vendida.

No jogo, será apurada a diferença entre o seu preço e o maior preço dos
concorrentes. Para cada percentual de diferença, você venderá 1 (uma) peça a mais.

251
Exemplo:

Preço mais alto 635,00 (calculado pelo jogo)


Jogo de Empresas

Seu preço 381,00 (calculado pelo jogo)

Quantidade que você irá vender a mais: (((635 / 381) - 1) x 1 = 66

Influem também na quantidade vendida os gastos com Publicidade e Folha de Pagamento.


Além disso, pelo simples fato de existir, cada empresa vende uma quantidade inicial
mínima de 20 (vinte) peças.

Com o cenário do Preço de Venda ativo, o preço é informado pelo jogador ao invés de ser
calculado pelo jogo. Assim sendo, também não haverá a decisão da Previsão de Vendas,
que é um dos itens que formam o preço de venda. Este cenário tem como objetivo
atender a uma tendência de mercado, ou seja, define-se o preço independente do lucro
desejado, o que sem dúvida não é a melhor prática empresarial, mas é a nova ordem, em
função da globalização e da forte concorrência.

Resultado Parcial

Após essa decisão, é apresentado o Resultado Parcial, já com a quantidade vendida e lucro
orçado de cada empresa. Com base nesses dois critérios, é apresentada a classificação
das empresas até o momento.

Figura 1.14 - Resultado parcial obtido com as decisões estratégicas


tomadas pelo jogador.

252
Redução dos Gastos Gerais de Fabricação

Jogo de Empresas
Figura 1.15 - Redução dos gastos gerais de fabricação no jogo.

Nesta decisão você necessita de raciocínio rápido para analisar as fórmulas


que serão apresentadas ao clicar no botão do personagem e descobrir as
que resultam num valor maior.

No prazo de 20 (vinte) segundos, você deverá clicar nas 3 (três) que resultem
num valor mais alto, cuja soma será a redução nos gastos gerais de fabricação
da sua empresa. Originalmente, o GGF é de 2.000,00, sendo que, em alguns casos,
a redução poderá suprimir totalmente ou até superar esta despesa.

Matéria-Prima

Figura 1.16 - Opções de valores para a matéria-prima.

253
O Jogo oferece 5 (cinco) opções de valores de matéria-prima que variam de 103,00 a
115,00. Nesta decisão você faz a função de um representante do fornecedor de matérias-
primas, oferecendo um preço aos seus concorrentes. Não deixe o seu concorrente (outro
Jogo de Empresas

jogador) ver esta sua decisão porque automaticamente cada empresa comprará pelo menor
preço ofertado. Ao vender matéria-prima, sua empresa ganha uma comissão equivalente
à quantidade de peças compradas pelo seu cliente, multiplicada pelo valor ofertado menos
100, que é o preço mínimo estipulado. Cada empresa compra uma quantidade de matéria-
prima igual à de Produtos Acabados Vendidos. Lembre-se que você está fazendo o papel
de representante, logo esta oferta é independente do material que você está comprando.

Política de compras

Figura 1.17 - Opção da política de compras.

Você pode adotar uma Política de Compras de matéria-prima para o consumo de 1,


2 ou 3 meses. Cada peça consome uma unidade de matéria-prima. A quantidade
de meses que você comprar menos 1, que será consumido na fabricação dos produtos,
ficará no estoque final. Comprando em grandes quantidades, ganha-se descontos
com o fornecedor,porém, ao término do jogo, sua empresa precisa financiar
o saldo em estoque. Por outro lado, se adotar uma política de compras Just-In-Time,
ou seja, apenas para 1 mês, você não precisa de capital para financiar o estoque (que será
zero), porém deixa de receber o desconto de seu fornecedor.

Veja abaixo a tabela de descontos:

Figura 1.18 - Descontos obtidos no jogo em função da política de compras.

254
Quando o cenário de Compras estiver ativo, a quantidade de matéria-prima comprada
será igual à quantidade prevista de venda. Por- tanto, esta será a quantidade máxima
possível de ser vendida. Caso a venda real seja menor que a prevista, a diferença ficará no

Jogo de Empresas
estoque, mesmo tendo comprado para apenas um mês. Este cenário tem como objetivo
evitar que se jogue uma Previsão de Vendas baixa com o único objetivo de aumentar o
preço e também simular uma situação onde a compra de matéria-prima demanda um
prazo de entrega maior, dificultando a compra de última hora.

Controle de Qualidade

Figura 1.19 - Simulação de peça com defeito no jogo.

Nesta etapa do jogo você está envolvido com a qualidade do seu produto.

Serão apresentados na tela 30 ícones que representam as peças do seu produto. Você
deve identificar e clicar, o mais rápido possível, naquela que apresenta um defeito. Na
medida em que o tempo passa, você vai perdendo peças. Cada segundo decorrido
equivale a 1 peça perdida. A esta perda será acrescentado um adicional que depende do
valor investido em Folha.

Cada peça perdida representa uma diminuição no valor do faturamento. Por exemplo:

–– Você levou 5 segundos para achar a peça com defeito: perda de 5 peças.

–– Valor investido na Folha: 2.000,00 => perda adicional de 1 peça.

–– Preço do produto: 600,00

–– Perda no faturamento = (1+5) x 600,00 = 3.600,0

E não há nenhuma recuperação dos custos das peças perdidas.

255
Jogo de Empresas Abatimento

Figura 1.20 - Simulação da negociação de abatimento no preço de venda do produto.

Esta é a última decisão do jogo. Aqui simula-se a negociação de um abatimento a ser


concedido ao seu cliente. Ele sempre reclama de alguma coisa e exige um abatimento na
quitação da duplicata.

O tempo disponível para a negociação é aleatório, variando de 7 a 45 segundos.

A taxa inicial é de 15%. À medida que o tempo passa, o cliente vai cedendo e o abatimento
vai diminuindo, podendo chegar até a 0%. Quando achar que o abatimento está razoável,
clique no botão ACEITO. Mas, se o tempo se esgotar e a negociação não tiver sido
concluída, a taxa de abatimento será a que foi definida inicialmente, ou seja, 15%.

Após esta decisão é apresentado o resultado final com todos os valores envolvidos no
jogo e a pontuação que define a classificação geral das empresas.

Figura 1.21 - Resultado Final.

256
Regras de Cálculo

As regras de cálculo utilizadas no Jogo são as seguintes:

Jogo de Empresas
Preço de Venda (PV)

PV = Custo Unitário de Fabricação + (Desp. Administrativas / Previsão de Vendas) +


(Publicidade / Previsão de Vendas) + Imposto + (Lucro Desejado / Previsão de Vendas)

Exemplo:

Figura 1.22 - Decisões que interferem no preço de venda.

Primeiramente, calcula-se o Custo Unitário de Fabricação e o Lucro Desejado:

Custo Unitário de Fabricação = MP + (Folha / Previsão de Vendas) + (GGF / Previsão de Vendas)

Custo Unitário de Fabricação = 100 + (2.000 / 100) + (2.000 / 100) = 140

Lucro Desejado = (Lucro / 100) x Capital

Lucro Desejado = (5 / 100) x 105.000 = 5.250

Tendo-se os valores do Custo Unitário de Fabricação e do Lucro Desejado, calcula-se o


Preço de Venda do produto:

Preço de Venda = Custo Unitário de Fabricação + (Desp.Administrativas / Previsão de


Vendas) + (Publicidade / Previsão de Vendas) + Imposto x Preço de Venda + (Lucro
Desejado / Previsão de Vendas)

257
PV = 140 + (10.000/100) + (2.000/100) + (0,18 x PV) + (5.250/100) PV = 140 + 100 + 20 +
(0,18 x PV) + 52,50
Jogo de Empresas

PV – (0,18 x PV) = 312,50

0,82 x PV = 312,50

PV = 312,50 / 0,82

PV = 381,09

Com o cenário do Preço de Venda ativo, o preço é informado pelo jogador ao invés de
ser calculado pelo jogo. Assim sendo, não haverão as decisões da Taxa de Lucro e da
Previsão de Vendas, que são itens que formam o preço de venda.

Quantidade pelo Preço (QP)

É a quantidade de peças vendidas em função da relação entre o maior e o menor preço.


Quantidade pelo Preço = ((Preço Mais Alto / Preço de Venda) – 1) x 100 x 1

Exemplo:

Figura 1.23 - Preço mais alto (calculado pelo jogo)

QP = (635 / 381) –1) x 100 = 66

No cenário do preço mais alto informado, o instrutor define este valor, independente
das decisões dos jogadores. Neste caso, a Quantidade pelo Preço poderá até ser negativa
se o preço do jogador for maior que o do cenário.

258
Quantidade Total Vendida (QV)

É a quantidade de peças vendidas pela empresa.

Jogo de Empresas
Quantidade Vendida = (Qtde. Mínima + (Publicidade / Peças por Anúncio) + Qtde. pelo
Preço) x Acréscimo pela Folha

Exemplo:

Figura 1.24 - Resultado Final.

* Pelo simples fato de a empresa existir, tem uma venda inicial de 20 peças

QV = (20 + (2.000 / 100) + 66) x (1 + 0,10) QV = (20 + 20 + 66) x 1,10 = 116

Quando o cenário de Compras estiver ativo, a quantidade de matéria-prima comprada


será igual à quantidade prevista de venda, portanto, esta será a quantidade máxima
possível de ser vendida. Caso a venda real seja menor que a prevista, a diferença ficará
no estoque, mesmo tendo comprado para apenas um mês.

O cenário da Capacidade Máxima do Mercado define a quantidade máxima de produtos


que o mercado absorve. Caso o total geral das quantidades vendidas por todos os
jogadores seja maior que a capacidade do mercado, todos os jogadores terão uma
redução proporcional nas suas vendas.

Quando o cenário da Capacidade Máxima Produtiva da Fábrica estiver ativo, a


quantidade vendida ficará limitada à quantidade que a fábrica consegue produzir com
o capital que for investido.

259
Faturamento

É a quantidade vendida multiplicada pelo preço de venda.


Jogo de Empresas

Faturamento = Quantidade Vendida x Preço de Venda

Exemplo:

Figura 1.25 - Cálculo da quantidade e preço de venda.

Faturamento = 116 x 381 = 44.196

Custo da Mercadoria Vendida (CMV)

Custo da Mercadoria Vendida = Folha + Gastos Gerais de Fabricação + (Preço Unitário da


Matéria-Prima x Quantidade Vendida)

Exemplo:

Figura 1.26 - Componentes para o cálculo do custo da mercadoria vendida.

CMV = 2.000 + 2.000 + (100 x 116) = 15.600

Lucro Orçado

É o lucro previsto.
Lucro Orçado = Faturamento – Custo da Mercadoria Vendida – Despesas Administrativas
– Despesas de Vendas – Publicidade

260
Primeiramente, é necessário calcular o valor das Despesas de Vendas: Despesas de
Vendas = Imposto x Faturamento

Jogo de Empresas
Exemplo:

Figura 1.27 - Componentes para o cálculo das despesas com vendas.

Despesas de Vendas = 0,18 x (116 x 381) = 7.955

Agora calcula-se o Lucro Orçado:

Figura 1.28 - Componenstes para o cálculo do lucro orçado.

Lucro Orçado = 44.196 – 15.600 – 10.000 – 7.955 – 2.000 = 8.641

Comissão

A comissão é baseada na decisão de venda da Matéria-Prima, onde cada jogador faz o


papel de um representante de um fornecedor e, dependendo da melhor oferta de preço,
você pode ou não vender matéria-prima aos outros jogadores.

Comissão = Quantidade Vendida pelo seu cliente x (Oferta – Valor da Matéria-Prima)

261
Jogo de Empresas Exemplo:

Figura 1.29 - Componenstes para o cálculo da comissão.

Comissão = 44 x (115 – 100) = 660

Quando um jogador vende para mais que um cliente, receberá a soma das comissões,
exemplo:







Figura 1.30 - Oferta dos jogadores.

Visualizando a Tabela concluímos que o Jogador 3 receberá a Comissão referente à


somatória das vendas de matéria-prima para os Jogadores 1 e 2, pois ofereceu para
ambos o preço mais baixo.

Lucro Real

Para calcular o Lucro Real, são necessárias três informações:

1. Quantidade real de peças produzidas (deduzidas as perdas);

2. Valor do faturamento.

3. Valor do custo real de fabricação.

262
Exemplo:

Jogo de Empresas
Figura 1.31 - Componentes para o cálculo do lucro real.

Os cálculos para cada um dos valores anteriores são os seguintes:

1. Quantidade Real Entregue

–– Quantidade Real Entregue = Quantidade Vendida – Perdas

–– Quantidade Real Entregue = 116 – 6 = 110

2. Valor do Faturamento

–– Faturamento = Quantidade Entregue x Preço de Venda

–– Faturamento = 110 x 381 = 41.910

3. Valor do Custo Real de Fabricação

Custo Real de Fabricação = Preço de Compra x (100 – Desconto para as Compras) / 100) x
Quantidade Produzida + Folha

+ (Gastos Gerais de Fabricação – Redução dos Gastos)

Custo Real de Fabricação = 103 x ((100 – 10)/100) x 116 + 2.000 + (2.000 – 900)) = 13.853.

Agora que já possuímos o valor da Quantidade Real Entregue, Faturamento e o Custo


Real de Fabricação, vamos calcular o Lucro Real: LucroReal=Faturamento+Comissão–
CustoRealdeFabricação–DespesasAdministrativas–Publicidade–((Imposto/100)
xFaturamento)

– (Faturamento x (Abatimento sobre Recebimento/100))

Lucro Real = (41.910 + 660) – 13.853 – 10.000 – 2.000 – ((18 / 100) x 41.910) – ((15 / 100) x
41.910) = 2.886,70

263
Veja então que o lucro caiu de 8.641,00, que foi o valor orçado, para 2.886,70 que é o
real. Analise na planilha Excel apresentada ao final do exercício do Capítulo 11 como são
apresentadas as Variações que causam uma redução como essa.
Jogo de Empresas

Retorno sobre o capital (se lucro negativo, retorno = 0):

Para calcular o retorno sobre o capital no Jogo basta aplicar o seguinte cálculo:

Retorno s/ Capital = (Lucro Real / Capital) x 100

Exemplo:

Retorno s/ Capital = (2.886,70 / 105.000) x 100 = 2,75 %

Administração do Caixa

Finalmente, iremos calcular o Caixa, lembrando que um dos objetivos para vencer o jogo
é não deixa-lo negativo. Primeiramente iremos calcular o Estoque Final em valor:

Estoque Final = (Quantidade Comprada – Consumo) x (Preço da MP – Desconto)


Quantidade Comprada = Quantidade Vendida x Nr. de meses de compra de MP Quantidade
Comprada = 116 x 2 = 232

Consumo = Quantidade Vendida. Cada PA consome uma MP, ou seja, 116.

Preço de Compra – Desconto = 103 x ((100 –10) / 100) = 92,70

Estoque Final = (232 – 116) x 92,70 = 10.753,20

E agora,

Saldo do Caixa = (Capital + Lucro Real) – (Imobilizado + Estoque Final) Saldo do Caixa =
(105.000 + 2.886,70) – (100.000 + 10.753,20)

Saldo do Caixa = 2.866,50

Caso o caixa fique negativo e o cenário da Taxa de Juros estiver ativo, será tomado um
empréstimo no mesmo valor e o jogador não perderá pontos. No entanto, os juros serão
deduzidos do lucro real, diminuindo o ROI. Caso taxa de juros seja muito alta, poderá
influenciar na pontuação desses dois critérios.

264
Se o caixa ficar negativo, perdem-se pontos na seguinte escala:

Jogo de Empresas
Figura 1.32 - Pontuação do caixa.

Parametrização

Estes são os parâmetros iniciais do jogo. Em cada rodada podem ser alterados.

Figura 1.33 - Parâmetros do jogo.

Cenários

Os Cenários mudam o comportamento do jogo, levando o jogador a ter que adaptar o seu
raciocínio para o novo ambiente. Os cenários são os seguintes:

• Preço mais alto: o preço mais alto não é o de algum jogador e sim o que for informado
aqui. Poderá ocorrer que um ou mais preços sejam maiores que este valor. Neste
caso, as quantidades vendidas pelo preço serão negativas.

265
• Compras: as compras são baseadas na previsão de vendas. Se a quantidade
prevista for menor que a quantidade vendida, a venda efetiva será a prevista. Se
comprar para mais de um mês, a entrega será parcelada em número de meses.
Jogo de Empresas

Portanto, a venda continua limitada à quantidade prevista. Se a previsão for


maior que a venda real, a diferença ficará no estoque, mesmo tendo comprado
para apenas um mês. Este cenário tem como objetivo evitar que se jogue uma
Previsão de Vendas baixa com o único objetivo de aumentar o preço e também
simular uma situação onde a compra de matéria-prima demanda um prazo de
entrega maior.

• Preço de venda:o preço de venda é informado pelo jogador ao invés de ser


calculado pelo jogo, tornando-se desnecessário passar pelas decisões do Lucro
e da Previsão de Vendas que normalmente fazem parte da formação do preço.
Este cenário tem como objetivo atender a uma tendência de mercado, ou seja,
define-se o preço independente do lucro desejado, o que sem dúvida não é a
melhor prática empresarial.

• Capacidade máxima do mercado: define a quantidade máxima de produtos que


o mercado absorve. Se o total geral das quantidades vendidas por todos os
jogadores for maior que a capacidade do mercado, todos os jogadores terão
uma redução proporcional nas suas vendas.

• Capacidade máxima produtiva da fábrica: determina a quantidade máxima


de produtos que a fábrica consegue produzir, dependendo do capital que for
investido. A relação entre o nível de Capital e a Capacidade da Fábrica é definida
na tela de Parâmetros.

• Anúncio não incluso no preço: o custo da Publicidade não entra no preço do


produto, alterando a contribuição marginal.

• Juros: É a taxa dos juros cobrados sobre o empréstimo que será tomando para
cobrir o caixa, caso fique negativo. Os juros serão deduzidos do Lucro Real. O
jogador não perderá pontos pelo Caixa negativo. No entanto, se a taxa de juros
for muito alta, poderá influenciar na pontuação pelo Lucro Real, já que os juros
serão deduzidos, diminuindo-o. Também poderá influenciar na pontuação pelo
ROI que, conseqüentemente, também será menor.

Para facilitar, a planilha da Figura 1.34 consolida todas as decisões a serem efetuadas no
jogo.

266
Jogo de Empresas

Figura 1.34 - Decisões do Jogo de Empresas.

267
02 Gestão de Custos

Gestão de Custos
Contabilidade e Custos

Através da Contabilidade, é possível ter-se uma “fotografia” da empresa em seu aspecto


econômico e financeiro.

Todos os fatos que concretizam uma mudança em seu patrimônio são ali registrados. Por
isso, planos ou suposições que ainda não se realizaram ficam fora da Contabilidade.

É o caso, por exemplo, de pedidos de vendas ou de compras, ordens de produção e outros,


que somente são contabilizados na emissão ou chegada da nota ou no momento em que
a produção se torna real.

O Plano de Contas, que é a relação de todas as contas existentes na contabilidade da


empresa, precisa ser muito bem estudado, pois é o instrumento que permitirá a análise
dos números da empresa através do “Balanço”, “Demonstração de Resultados”,
“Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos” e das “Mutações do Patrimônio
Líquido”.

O Razão apresenta os lançamentos discriminados de cada conta e o Diário em ordem


cronológica.

Plano de Contas

As contas precisam ser suficientemente detalhadas, para permitir uma boa análise, e não
tão sintéticas, a ponto de impedir que se saiba a origem de seus valores.

Dividem-se em quatro grandes grupos: Ativo, Passivo, Despesas e Receitas.

Dentro do Ativo, temos em primeiro lugar o Circulante a Curto Prazo. Caixa e Bancos
devem ser discriminados por conta bancária, pois para cada uma delas recebemos um
extrato diferente.

269
Inclui-se também contas de Aplicações Financeiras, tais como, Fundos de Renda Fixa e
Variável, CDBs, Debêntures, ações negociadas em bolsa etc, onde são contabilizados os
valores investidos
Gestão de Custos

A seguir, temos a conta Duplicatas a Receber. Uma polêmica inevitável é se esta conta
deve, na contabilidade, ser discriminada por cliente. Pelo grande número e pelo fato que
estes já são controlados individualmente no setor financeiro, é praxe aglutinar os grupos
de clientes, discriminando-os apenas em, por exemplo, clientes internos e externos, isto
evidentemente se a empresa também atuar em exportações.

Neste grupo temos o que chamamos de Contas Redutoras, ou seja, que reduzem o valor
da “conta-pai”.

A rigor, deveriam ser colocadas no passivo, pois seu saldo é sempre credor, mas aqui
inseridas permitem uma melhor análise. Estamos falando da conta Provisão para
Devedores Duvidosos.

Debita-se mensalmente a despesa correspondente com um pequeno valor e credita-se


a Provisão. Se um cliente realmente deixar depagar,debita-seaprovisãoecredita-seoclie
nte,baixandodefinitivamenteapendência. Assim,evitam-seimpactosnoresultado quando
alguma dívida grande é considerada incobrável. É uma espécie de reserva mensal.

Outro exemplo de Conta Redutora de Duplicatas a Receber é a Perda com a Variação


Monetária.

Continuando ainda no Circulante, temos Outros Créditos de alta liquidez tais como
Promissórias a Receber, Cheques Pré-datados, Juros a Receber, Créditos de Funcionários
e outros adiantamentos e empréstimos.

Outra conta normalmente colocada no Circulante é o Imposto a Recuperar (ICMS e IPI).


Nela, debita-se o imposto recuperado nas compras de matéria-prima, já que os itens
entram no estoque pelo valor líquido, ou seja, subtraindo-se os impostos recuperados.
No passivo é colocada a conta de impostos a pagar decorrente das Vendas, contrapartida
das despesas. Posteriormente paga-se a diferença.

Encerrando o Circulante temos as contas de Estoque. Estas devem estar absolutamente


coerentes com a classificação dos itens cadastrados para permitir a integração com aquele
módulo.

As Contas de Estoque sintetizam o Kardex. Portanto devemos ter subcontas de Produtos


Acabados, Mercadorias para Revenda, Produtos Intermediários, Matérias-Primas,
Embalagens, Importações em Andamento, Materiais de Consumo, subdivididos em
materiais para manutenção, elétrica, segurança, higiene, copa, vestuário, escritório, etc.
e por último, mas talvez a mais importante, Produtos em Processo.

270
Esta conta agrega os itens requisitados para as ordens de produção que ainda não se
encerraram, ou seja, que não foram transferidas para o estoque de Acabados ou para o
nível seguinte de Intermediário. Agrega também os itens de apropriaçãopelo Standard,

Gestão de Custos
do qual falaremos mais tarde. Pode-se ainda colocar neste grupo a conta de Adiantamento
para Fornecedores e em casos especiais uma Provisão (conta redutora) para estoque
obsoleto e perdas.

E entramos no realizável. Neste grupo classificam-se valores depositados em


investimentos mobiliários de difícil liquidez, como Empréstimos Compulsórios para a
Eletrobrás, Telesp e outras repartições públicas e investimentos em ações de companhias
fechadas.

Finalizando o Ativo, temos o grupo Ativo Permanente, que na sua parte mobiliária se
confunde com o Realizável e nele podemos colocar investimentos feitos em empresas do
próprio grupo, marcas e patentes, cessão de direitos etc.

Já os Ativos Imobilizados representam os terrenos, edificações, instalações, veículos,


móveis e utensílios, máquinas, ferramentas e computadores. Cabe também uma conta
para adiantamentos a fornecedores e obras em andamento.

Como conta redutora, temos a Depreciação Acumulada dos itens que sofrem desgaste
com o tempo e uso. Os valores desta conta advêm da despesa com depreciações, que
descarregam desta forma no resultado mensal o custo das máquinas e equipamentos. O
detalhe desta despesa é que ela não gera uma saída do caixa, e por isso aparece como
entrada, somada ao lucro, no Mapa de Origens de Recursos e Aplicações.

O Passivo é dividido em Passivo Circulante, Exigível a Longo Prazo e Patrimônio Líquido.


Vale aqui o mesmo argumento, mencionado em clientes, para a conta fornecedores. Pode
ser sumarizado em uma conta, já que no Financeiro o controle é individualizado.

O Patrimônio Líquido, ou seja o Ativo menos o Exigível, é constituído pelo Capital, Reservas
e os Lucros Suspensos e do Exercício.

As Reservas são oriundas de valores lançados em despesas ou ativos pendentes com o


propósito de reduzir-se o lucro e a conseqüente distribuição, retendo-se o recurso para
uma determinada finalidade. Reserva para aumento de capital, reserva legal, reserva para
compra de um imóvel, são exemplos que aparecem em balanços publicados.

O Lucro do Exercício é parte distribuído aos acionista através de dividendos e parte


transferido para Lucros Suspensos.

O Lucro Suspenso representa o resultado da empresa não distribuído aos acionistas. Tanto
as Reservas como o Lucro Suspenso são depois, por decisão da assembléia, transferidos
para a conta Capital, sacramentando assim o aumento do valor da empresa. Deveria servir
de base para definir a cotação de uma ação no Bolsa de Valores.

271
Este é um plano de contas sugerido. Adequa-se perfeitamente ao esquema de
Lançamentos Contábeis Automáticos. Nada impede, porém, que a empresa adote outros
modelos.
Gestão de Custos

Custos

As Contas de Despesa são divididas em 4 grandes grupos:

• Custo da Mercadoria Vendida;

• Despesas Gerais de Fabricação;

• Administrativas e;

• Vendas.

O Custo da Mercadoria Vendida absorve os custos de Matéria-Prima e todas as Despesas


Gerais de Fabricação. As Despesas Gerais de Fabricação são apropriadas ao custo através
de mecanismos que serão estudados a seguir.

Já as Despesas Administrativas e de Vendas são subtraídas diretamente do Resultado.

Pode-se ainda eleger outros grupos de despesas que, em determinada empresa, podem
não se encaixar nem em administrativa nem em vendas, como Despesas Financeiras,
Despesas com Coligadas, com Novos Projetos, etc.

Voltando às Despesas ou Gastos Gerais de Fabricação, costuma-se dividir este bloco em 2


subgrupos: Pessoal e GGF.

Em Gastos com Pessoalconsidera-se,alémdossaláriosehorasextras,todasasdemaisremu


neraçõesrecebidaspelosfuncionários e, é claro, os encargos sociais: INSS, FGTS, Férias,
13º Salário, Aviso Prévio, Salário Educação, Indenizações, Horas Paradas, Vale- Refeição,
Transporte, Assistência Médica, Seguros, Cursos, Treinamentos e Viagens.

Em Gastos Gerais considera-se o resto, como depreciações e amortizações, energia elétrica,


água e esgoto, telefone, gás, correios, aluguéis, material de consumo (manutenção,
elétricos, higiene, segurança, alimentação, escritório, etc), perdas, seguros, fretes,
impostos, donativos, contribuições a sindicatos e associações de classe, manutenção e
serviços de terceiros, etc.

Todo este detalhamento de despesas pode ou não ser propagado para o custo individual
de cada produto.

E., o objetivo é um só: distribuir todo o gasto da forma mais coerente possível e usando
um critério que não dê muito trabalho para ser calculado, podendo ser feito de forma
automática.

272
É válido o trocadilho: há empresas onde o cálculo do custo custa mais que o próprio produto.

Um bom exemplo é o caso de uma fábrica que tenha máquinas antigas e novas. Supondo

Gestão de Custos
que o critério adotado foi o de horas e que a depreciação das máquinas novas seja alta,
não seria justo que peças ainda fabricadas nas máquinas antigas, totalmente depreciadas,
mas morosas, recebam um alto custo para cada hora de trabalho.

Nestes casos o correto é abrir-se dois centros de custo, cada um com taxa horária própria.

E note que abrir um centro de custo é muito mais do que simplesmente dar um novo
código àquele setor da fábrica. É abrir em cada conta de despesa uma subconta para
controlar os seus gastos. Esta abertura, no Sistema, é feita de forma automática e de
acordo com as despesas que ele faz.

Um outro aspecto referente aos Gastos Gerais de Fabricação refere-se à divisão entre
custos Fixos e Variáveis ou Diretos.

Enquanto Matéria-Prima é um custo tipicamente variável, as despesas administrativas


são tipicamente fixas e as de vendas se dividem entre fixas (salários, certos gastos de
promoção, etc) e variáveis (ICMS, comissões, etc).

No GGF, esta divisão é mais trabalhosa, pois muitos deles são semivariáveis, ou seja, são
fixos para determinados intervalos de produção, aumentando ou diminuindo de forma
não proporcional ao volume produzido.

De qualquer forma a divisão entre fixos e variáveis é importante para se calcular a


Contribuição Marginal de cada produto.

A Contribuição Marginal é o valor faturado menos as despesas variáveis, ou seja, é quanto


a empresa ganha se produzir uma peça a mais. Este valor é muito importante em certos
tipos de decisão.

Imaginem a situação em que nos é oferecido um certo tipo de propaganda que, segundo
pesquisas, vende um certo número de peças a mais a cada real investido.

Àprimeiravistapoderiasetomaradecisãoanalisando-seolucrounitário.Seeleformaiorqueo
gastopublicitário,positiva-seapublicidade. Em caso contrário, não.

Esta decisão no entanto não é a mais correta, pois se a Contribuição Marginal for maior que
este gasto com propaganda ela já será vantajosa, mesmo que o lucro unitário seja menor.

Assim, se um produto tem o preço de $1000, custo variável de $500 e um custo fixo de
$300 para um certo volume de produção/vendas com um conseqüente lucro de $200,
a propaganda será vantajosa, mesmo que ela custe $400 para proporcionar a venda
adicional de 1 peça, pois a Contribuição Marginal é $500.

273
A divisão do GGF em Fixo e Variável deve ser feita por conta e caso uma determinada
despesa tenha comportamento duplo, deve-se ou dividi-la em duas contas ou abrir dois
centros de custo.
Gestão de Custos

Oimportanteéqueestadiferenciaçãoenvolvatodososníveis, dosprodutosintermediáriosat
éoacabado,transitandoassimnosestoques.

Isto significa que tanto os registros de movimentação como Requisições, Produção e


Vendas como aqueles que mantêm o saldo em estoque devem ter campos separados
para o valor da matéria-prima, dos gastos gerais fixos e dos gastos gerais variáveis. Desta
forma, o Custo da Mercadoria Vendida também estará subdividido nestes três tópicos.

Explorado o tema da estrutura das contas de despesas, vejamos como se faz sua
contabilização e correspondente apropriação.

O fato gerador das despesas é a emissão do documento que torna obrigatório o seu
pagamento. Existem no entanto dois regimes para se fazer a contabilização: Regime de
Competência e Regime de Caixa.

O Regime de Competência é o correto em especial do ponto de vista fiscal, onde as


despesas são contabilizadas no mês a que competem, podendo ainda ser amortizadas
por vários períodos.

No Regime de Caixa contabiliza-se a despesa quando do seu pagamento, principalmente


em caso de parcela mentos. É usado, porexemplo, na pseudocontabilidade que existe
no módulo financeiro do sistema. É claro que quando se adota o regime de caixa para as
despesas, este deve ser adotado também para as receitas.

No caso do Regime de Competência, fortemente defendido pelos contadores, deve-se


inclusive fazer amortizações independente do documento gerador e de seu pagamento.

Assim, se uma Nota de Seguro for emitida em janeiro, seu prazo de validade for um ano e
o pagamento em 7 parcelas, a contabilização deve inicialmente gerar um débito na conta
de Despesas Pendentes e crédito em Seguros a Pagar. Depois, a cada mês, um débito na
despesa propriamente dita com 1/12 do valor original e crédito no Pendente.

De forma semelhante, as despesas devem ser apropriadas corretamente à cada Centro


de Custo, o que por vezes é feito através do rateioon-line ou mensal, a partir de uma
tabela de percentuais previamente estabelecida.

Assim, por exemplo, a Conta de Energia Elétrica é lançada pelo seu valor total e o sistema
faz a divisão para cada Centro de Custo.

O rateio mensal tem o mesmo efeito, porém baseia-se no movimento completo do


mês reduzindo a quantidade de lançamentos, em especial, nos casos em que há muitos
documentos da mesma despesa no mês.

274
E finalmente o rateio entre os Centros de Custo.

Como somente os centros produtivos geram produção, apenas eles têm onde descarregar

Gestão de Custos
seus custos, isto é, nas Ordens de Produção. Mas para tal é preciso transferir o total
das despesas dos Centros Indiretos (almoxarifado, departamento de pessoal, médico,
manutenção, serviços gerais, etc) para os Diretos.

Também nesta etapa é necessário estabelecer-se um critério justo, transformá-lo em


percentual, e fazer-se a transferência através de um crédito no Centro de Custo Indireto
e um débito nos Produtivos.

Recomenda-se fazer tal transferência em um grupo de contas separado, como se fosse


uma determinada natureza. Um ponto discutido é se este rateio, chamado de RKW, deve
ser feito em um único lance dos indiretos para os produtivos ou se deve passar de um
indireto para todos os demais, descendo hierarquicamente até os produtivos.

Assim, por exemplo, as despesas do Centro de Custo Pessoal seriam inicialmente rateadas
para todos os demais, inclusive os outros indiretos, com base na quantidade de pessoas
de cada um, o que certamente é o critério mais justo.

A seguir o de Serviços Gerais com base na área de cada departamento, e assim por diante.

No sistema, este rateio é feito em um único lance, no caso, as despesas do Departamento


Pessoal são rateadas somente para os centros produtivos.

Um pequeno exemplo mostra que as diferenças não são significativas.

Sistema RKW tradicional

Figura 2.1 - Despesas com energia elétrica.

275
Gestão de Custos

Figura 2.2 - Despesas com pessoal.

Figura 2.3 - Despesas com depreciação.

Figura 2.4 - Despesas de material de consumo.

276
Critérios de Rateio

Gestão de Custos
Figura 2.5 - Rateio por KWA instalados.

Figura 2.6 - Rateio por número de pessoas.

Figura 2.7 - Rateio por área ocupada.

277
Gestão de Custos

Figura 2.8 - Rateio por pontos de produção.

Figura 2.9 - Rateio por centro de custo.

Qual o valor total das despesas da Usinagem e do Acabamento a ser considerado para
cálculo de suas taxas unitárias?

Usando o método RKW e respeitando a seqüência dos Centros de Custos de acordo com
o Plano de Contas, teríamos:

Figura 2.10 - Rateio com o método RKW.

Taxa unitária da Usinagem: 20150/1000 = 20,15

Taxa unitária do Acabamento: 25150/1350 = 18,63

278
Caso as transferências fossem feitas em um único lance, como é feito no sistema, teríamos:
Usinagem:

Gestão de Custos
15900 + 1111 + 280 + 2300 +468 = 20059/1000 = 20,06

Acabamento:

18000 + 889 + 1120 + 4600 + 632 = 25241/1350 = 18,69

Concentradas as despesas nos centros produtivos, o próximo passo é sua transferência


para o Processo onde serão apropriadas às

Ordens de Produção.

Assim, a cada lançamento de horas em uma OP faz-se, à semelhança de uma requisição


de matéria-prima, a sua valorização pela taxa horária do Centro de Custo correspondente
e adiciona-se o valor na OP, acompanhado de um lançamento contábil que debita o
Processo e credita as despesas.

Também este crédito deve ser feito em um grupo de despesas à parte.

Este grupo, através dos créditos, indicará o valor apropriado, que nem sempre será
o mesmo que o contabilizado. Isto acontecerá quando o custo for on-line, pois neste
caso usa-se como taxa horária um valor definido no início do mês que nem sempre será
equivalente à taxa real, calculável somente no seu encerramento, após o fechamento da
folha e contabilização de todas as despesas.

Esta diferença de apropriação deve sempre ajustar o resultado do mês, e no caso de ser muito
alta é recomendável o recálculo do custo para que o valor por produto não fique distorcido.

Figura 2.11 - Custo da mão-de-obra e gastos gerais.

279
Para melhor entender todo este processo façamos um pequeno exemplo: Despesa
prevista de Pessoal do centro de custo Acabamento: $10.000
Gestão de Custos

Número de horas previstas: 1.000

Taxa horária prevista: $10

Se os valores reais foram 12.000 de despesa e 800 horas trabalhadas, a apropriação on-
line somou 8.000, ou seja, uma diferença de

4.000, que sem dúvida teria de ajustar o resultado do mês.

No recálculo, a taxa horária passaria a ser de 12.000/800 = 15 não havendo diferença de


apropriação, pois as 800 horas seriam valorizadas a $15 cada.

Este é um ponto a ser analisado quando se usa custo on-line.

Antes de encerrarmos esta parte de despesas e custos uma explicação de como funciona
a apropriação da matéria-prima nas Ordens de Produção.

Figura 2.12 - Apropriação dos custo às ordens de produção.

Em princípio esta apropriação é feita com base nas Requisições. É ela que define em qual
OP foi usado determinado material, valori- zando-a geralmente pelo seu custo médio.

Porém, dois detalhes operacionais provocam a necessidade de um tratamento especial.

O primeiro refere-se ao fato de que muitas empresas simplesmente não fazem requisições.

O estoque é aberto e o pessoal, quando muito, recebe uma lista do que deve ser usado
naquela OP (pick list) e se utiliza da matéria- prima de acordo com suas necessidades.

Para esta situação existe no sistema as requisições automáticas.

280
As Requisições Automáticas são geradas a partir do empenho que por sua vez é baseado na
estrutura do produto. O momento desta geração pode ser ou quando a OP se inicia ou no seu
encerramento, informado a partir da entrada do produto produzido no respectivo estoque.

Gestão de Custos
O Empenho pode, por sua vez, ser ajustado caso se perceba que, por um motivo qualquer,
esteja incorreto ou ainda fazer-se requisições ou devoluções adicionais que ajustem a
quantidade realmente utilizada.

No caso de produção parcial o sistema baixa apenas parte do empenho.

As Requisições Automáticas têm o inconveniente de não permitir que o saldo em estoque


do sistema coincida exatamente com o saldo físico, pois é muito difícil fazer com que
as requisições automáticas sejam geradas no momento exato em que elas ocorrem na
fábrica. De qualquer forma ganha-se bastante com esta dispensa de digitação.

O segundo detalhe está relacionado com itens de difícil controle. Rebites, tintas, parafusos,
enfim itens de baixo custo, mas que nem por isto devem ser tratados como material de
consumo, não podem ser requisitados separadamente para cada Ordem de Produção.
Este controle positivamente não se justifica.

Assim requisita-se em grandes quantidades sem especificar a que OP se destina. O destino é o


próprio processo e de lá apropria-se para as várias ordens com base na estrutura dos produtos.

Logo, este mecanismo chamado de Apropriação Indireta ou pelo Standard, obriga que estes
componentes de custo mais baixo, também estejam pendurados nas estruturas dos produtos.

Considerando que o uso destes componentes pode não coincidir com o estabelecido na
estrutura, recomenda-se de tempos em tempos que se faça um inventário no processo,
verificando se o saldo físico bate com o do sistema.

As diferenças devem ser lançadas em uma conta de perdas ou ganhos.

Ainda falando em lançamentos contábeis, note que tanto as requisições digitadas


manualmente como as automáticas, e aquelas que terão depois a apropriação pelo
Standard provocam um débito no Processo e um crédito no estoque correspondente.

A apropriação em si feita pelo Standard, no entanto não gera nenhum lançamento, pois o
item não sai do processo.

A produção, por sua vez, é que gera o crédito no Processo, transferindo os seus custos
para o estoque de intermediários ou acabados pelo valor total da OP.

Se a produção for parcial, sua valorização engloba apenas parte do custo da OP.

281
Se for total, mesmo que a quantidade seja menor que o previsto na OP, todo o seu custo
é incorporado ao item produzido. E se houver produção de um produto secundário ou
sobras de sucatas que serão reaproveitadas, faz-se uma devolução valorizando-a pelo
Gestão de Custos

custo de mercado, pois é impossível deixar que o sistema tome a decisão de quanto eles
devem receber do valor total da OP.

Há necessidade ainda de se frisar a possibilidade de Ordens de Produção de Retrabalho,


ou seja, aquelas em que há um problema com o produto que pode ser corrigido sem
necessidade de se agregar mais matéria-prima.

Devido a este e outros casos é preciso prever a existência de vários Tipos de Movimentação,
cada uma com um tratamento apropriado.

Custo Standard

A metodologia do Custo Standard é altamente utilizada fora do Brasil. Seu uso por aqui
tem sido inibido por dois fatores principais:

a. Nossa persistente inflação que durante décadas não permitia nenhuma


comparação a médio ou longo prazo levando-se em consideração valores
contabililizados.

É certo que a conversão destes valores para uma moeda forte ou para um índice
que refletisse a desvalorização resolveria em parte o problema, mas o nível de
nossas oscilações somadas às próprias variações das moedas fortes, obrigava o
ajuste muito freqüente dos valores Standard estabelecidos;

b. A Legislação do Imposto de Renda ameaça, em seu código, glosar todo o sistema


de custos se o adotado for Standard e não houver um correto ajuste para que o
lucro da empresa seja corrigido.

Isto complicou ainda mais depois que o recolhimento deste tributo passou a ser
mensal.

Cabe aqui uma explicação de como este fato pode afetar o lucro da empresa:
quando se adota o custo Standard, todas as movimentações e conseqüentemente
o estoque são valorizados por cifras pré- determinadas, ou seja, os valores
Standard.

As variações por sua vez são descarregadas diretamente contra o resultado, sejam
elas positivas ou negativas.

282
Isto faz com que, se por exemplo, o estoque, em especial o de acabados, ficar
muito alto no final do mês e as variações forem significativas e positivas o lucro da
empresa naquele período ficará bem menor e o pagamento do imposto de renda

Gestão de Custos
será postergado enquanto se mantiver esta situação.

Exemplo:

Custo standard do produto acabado: $100

Produtos vendidos: 500

Produção: 1000

Estoque inicial: 0

Variações de custo: -$20.000 (produção ao custo real $120)

Preço de venda: $150

Figura 2.13 - Comparativo de resultados pelo custo standard e pelo custo médio.

O que o imposto de renda exige — e isto de acordo com o regime mensal ou anual —
é que a variação dos custos seja apro- priada aos produtos e conseqüentemente aos
estoques, não podendo, como foi feito no exemplo acima, descarregá-la direta- mente
contra o resultado. Este procedimento é possível, embora trabalhoso e conflitante com
a filosofia do custo Standard.

Aliás, uma análise do custo Standard nos leva a concluir o seguinte:

• O método do custo Standard tem como vantagem nos mostrar aonde está o
problema.

Imagine o Diretor de uma empresa perguntando ao gerente responsável qual foi o custo
de nossos produtos neste mês? No método tradicional do custo médio receberia como
resposta:

“Este mês foi $120, contra $100 do mês passado e $150 do mês retrasado.”

283
E de forma alguma, ou somente com muito trabalho, teria uma explicação razoável do
porquê destas diferenças. Já no Custo Standard, não receberia como resposta o custo do
produto em si, pois este é Standard e já conhecido.
Gestão de Custos

Por outro lado saberia o total das variações de preços de compra de matéria-prima, do seu
consumo no processo produtivo, da eficiência da mão-de-obra, das perdas entre outras.

E com estes valores certamente tomaria ações muito mais eficazes, pois saberia quais as
reais anomalias que ocorreram

dentro da empresa. E somente mexeria no preço de venda se constatasse que determinada


variação não é esporádica mas sim permanente. Neste caso alteraria o Standard que,
automaticamente, levaria a uma atualização dos preços.

O aliado do Custo Standard é o Sistema de Orçamentos.

Enquanto o Custo Standard fornece as variações ligadas a ações que têm um padrão, o
Orçamento verifica a diferença entre valores reais e valores previstos de contas que ou
sejam despesas fixas ou metas predefinidas de vendas com suas conseqüentes despesas
variáveis.

E o importante é a ação — rápida e eficaz — a ser tomada pela direção da empresa quando
algo sai dos trilhos. Para tal

é fundamental um planejamento que defina quais os valores orçados a serem respeitados


e quais os Standards a serem adotados para atingir-se os objetivos.

O sistema foi desenhado de tal forma que, embora toda a contabilização seja feita pelo
custo médio real, obtém-se através de relatórios e consultas todas as variações obtidas
somente quando se usa o Custo Standard.

Para se ter estes números de forma clara e acessível, é preciso montar um esquema
contábil próprio que é apresentado a seguir sob a forma de exercício. (Este exercício
pode ser praticado no Sistema, e por isso há algumas explicações apropriadas no texto).

Os principais fatores a serem analisados e que afetam a lucratividade de uma empresa são
os seguintes: volume de vendas, preço aplicado, custos diretos e indiretos e a eficiência
do processo produtivo.

Comecemos pelas Vendas. A apresentação destes valores pode ser feita por produto,
grupo ou total geral.

284
São os seguintes:

Gestão de Custos
Variação nas Vendas

Quantidade Vendida x Quantidade Orçada (volume) Preço Médio Real x Preço Standard

Divergências no Mix de Vendas

Valor Total das Vendas

Variação nos Custos

Um primeiro ponto a ser analisado é que o Custo da Mercadoria Vendida de um determinado


período, que afeta diretamente o lucro, difere do Custo de Produção. Esta diferença cresce
à medida que haja um aumento dos estoques. Todas as variações e índices no entanto são
possíveis somente em cima do custo da produção. Portanto o impacto que uma variação
do custo gera no lucro do mês é calculado através da proporcionalidade entre o custo da
produção e o CMV, que é na verdade a diferença de apropriação ou, mais corretamente,
adotar-se o esquema completo do Custo Standard. Nele calcula-se o lucro com base no
Custo Standard e todas as variações são aplicadas diretamente contra o resultado do mês.

As variações em relação a um Standard que devem ser analisadas são as seguintes:

• Variação nos preços de compras. É a diferença entre o standard estabelecido


e o preço real. A causa pode ser inflação, descontos especiais, anomalias no
processo de compras (fraudes), etc.

• Variação na eficiência da mão-de-obra. É a diferença entre as horas realmente


utilizadas no processo de produção e o padrão estabelecido na estrutura. Esta
variação somente ocorre e está sujeita a uma medição se houver apontamento.

• Variação no custo da mão-de-obra e dos gastos gerais de fabricação. Este custo


pode variar em função de um aumento no valor (aumento de salários, taxas
de encargos mais altas, preços de compra dos gastos gerais elevados) ou uma
redução no volume de produção provocada por uma queda nas vendas. A
variação dos valores pode ser medida com mais detalhes com o comparativo
entre os valores orçados e real de cada despesa por centro de custo. Para se ter
o valor exato do aumento do custo provocado pela falta de serviço basta abrir
uma ordem de produção na qual se aponta especificamente estas horas. Este
valor depois é subtraído do resultado. Uma verificação do índice de rotatividade
e dos salários em função dos cargos complementa esta análise.

285
• Variação na Perda de Produção. É o valor perdido (ou ganho) em função das perdas
de produção. Note que no cadastro de produtos há uma previsão de perdas,
evidentemente considerada no cálculo da variação. Por exemplo, suponha que,
Gestão de Custos

pelo padrão, a cada 10 Produtos Acabados bons um é perdido. Ao abrir-se uma


OP de 10 PA, o sistema irá requisitar material para produzir 11, sabendo que um
será perdido. Se esta perda fugir deste padrão teremos a variação. De forma
semelhante temos as perdas que ocorrem durante o processamento (fundições,
processos químicos, operações de corte, etc). Neste caso para cada matéria-
prima informa-se, na estrutura, o percentual de sua perda e o sistema gerará
uma necessidade que supra esta lacuna.

As seguintes premissas constituem a base do exercício:

• Produto: PA composto de 1 MP e 4 horas de mão-de-obra

• O Preço Standard da MP é R$100,00

• A capacidade ideal da fábrica é de 50 PAs/mês

• O salário total da produção é de R$ 3.500,00

• O MC é um material de consumo, portanto não entra na estrutura.

São usadas 12 peças/mês.

• Cada MC também custa R$100,00.

• As despesas administrativas são de R$2.000,00.

• O ICMS é de 18%.

• O lucro total desejado é de R$5.000,00 ou R$100,00 por peça.

O exercício terá a seguinte seqüência:

1. Cálculo do Resultado Orçado;

2. Cálculo do Resultado com base no Custo Real On-Line;

3. Cálculo do Resultado com base no Custo Real Mensal;

4. Cálculo do Resultado com base no Custo Standard puro;

5. Análise das Variações no Custo Real On-Line.

286
Os Produtos a serem considerados são: PA, MP e MC

• PA Tipo PA, Nome Produto Acabado, Unidade PC, Conta 133 (estoque de

Gestão de Custos
Produtos Acabados), Tipo de Saída 501, Alíquota ICMS 18 %, Local 01

• MP Tipo MP, Nome Matéria-Prima, Unidade KG, Conta 130 (estoque de Matéria-
Prima), Tipo de Entrada 001, Alíquota ICMS 18 %, Custo Std 100,00, Local 01

• MC Tipo MC, Nome Material de Consumo, Unidade PC, Conta 132 (estoque
de Material de Consumo), Tipo de Entrada 004, Alíquota ICMS 18 %, Custo Std
100,00, Local 01

Resultado Orçado

Figura 2.14 - Custo direto do PA.

Cálculo do Custo Unitário da MOD+GGF

Salário: R$ 3.500,00

MC: 12 x R$ 100,00 1.200,00

Total: 4.700,00

Total de horas/mês: 200 (equivalente à produção de 50 PA)

Custo unitário: 4.700,00/200 = 23,50

Ou seja, o Custo Standard da Mão-de-Obra é de $ 23,50

Cálculo do preço de vendas:

Custo direto: 176,00

Despesa Administrativa: 2.000/50 = + 40,00

Lucro: 5.000/50 = + 100,00

ICMS sobre vendas: + 0.18 de PV

Preço de Venda (PV): 385,36

287
Portanto o orçamento contábil é o seguinte:

Venda: 50 PAs x 385,36 19.268,00


Gestão de Custos

ICMS: 18 % de 19.268,00 3.468,00

CMV: 50 PAs x 176,00 8.800,00

Despesas Administrativas: 2.000,00

Lucro: 5.000,00

Custo Real On-Line

Os seguintes ‘acidentes’ acontecem no real:

• Os preços da MP e do MC são de R$110,00 cada e não R$100,00;

• São compradas 5 MPs e 3 MCs a mais (55 e 15);

• As vendas são de apenas 45 PAs e não 50;

• O preço de venda é de R$ 360,00 (desconto médio de 25,36);

• São produzidos 48 PAs (3 a mais do que o necessário);

• Um PA é rejeitado no controle de qualidade com perda total;

• São necessárias 4 MPs a mais, portanto 52;

• É apontada 1 hora a mais;

• São consumidos 15 MC e não 12;

• Os salários pagos chegam a R$ 4.000,00 e não R$ 3.500,00;

• As despesas administrativas chegam a R$ 3.000,00 e não R$ 2.000,00.

O Plano de Contas é o seguinte:

Ativo

• Cliente

• Estoque de Matéria-Prima

• Estoque em Processo

288
• Estoque de Material de Consumo

• Estoque de Produto Acabado

Gestão de Custos
• Diferença de Apropriação

Passivo

• Fornecedores

• ICMS a pagar

• Folha a pagar

Despesas

• Despesa Administrativa

• Despesa com ICMS

• Despesas MOD + GGF

Transferência para Processo

• Custo da Mercadoria Vendida

Receitas

• Receitas

Movimentações e Lançamentos Contábeis

É necessário que os arquivos de Produtos, Saldos, Clientes, Fornecedores, Plano de


Contas, Tipo de Entrada e Saída, Tipo de

Movimentações, Lançamentos Padronizados, Condições de Pagamento, Estruturas e


Consumos Médios estejam disponíveis em seu status inicial adequado. As movimentações
são feitas em telas apropriadas, com geração de lançamentos automáticos.

289
Gestão de Custos

Figura 2.15 - Contabilização.

Compra de 55MP a R$110,00 com recuperação de ICMS

D* Estoque de Matéria-Prima 4.961,00

D ICMS a Pagar 1.089,00

C Fornecedores 6.050,00

Entrada de uma NF de Compra Tipo N

NF número 000001

Fornecedor 000001/01

Produto MP Quantidade 55

Preço Unitário $110,00

Valor Total $6050,00.

* D é Débito (lado esquerdo) e C é Crédito (lado direito)

O ICMS é calculado automaticamente.

Um segundo produto:

MC

Quantidade 15

Preço Unitário $110,00

Valor total $1650,00.

290
Pelo Tipo de Entrada este produto não tem crédito de ICMS. A duplicata a pagar e os
lançamentos contábeis são gravados automaticamente.

Gestão de Custos
Compra de 15 MC a R$ R$ 110,00 sem recuperação de ICMS

D Estoque de Material de Consumo 1.650,00

C Fornecedores 1.650,00

Abertura da Ordem de Produção: 48 PA

Empenho de 48 MP e 192 horas

A Solicitação de Compras e o Empenho são gerados automaticamente.

Requisição adicional de 4 MP ao custo médio de R$90,20

D Estoque em Processo 360,80

C Estoque de Matéria-Prima 360,80

A requisição é apropriada na OP do PA e no fundo é uma perda adicional.

Requisição adicional de 1 hora de MOD ao custo de R$23,50

D Estoque em Processo 23,50

C Transferência p/ Processo 23,50

É claro que para detectar que foram consumidas horas a mais que o padrão houve
necessidade de apontamento.

Requisição de 15 MC ao custo médio de 110,00 no centro de custo 0001.

D Despesas com MOD+GGF 1.650,00

C Estoque de Material de Consumo 1.650,00

Produção de 47 peças boas e 1 perda

Requisição automática de 48 MP ao custo médio de R$90.20

D Estoque em Processo 4.329,60

C Estoque de Matéria-Prima 4.329,60

Transferência de 192 horas a 23,50 cada

291
Veja que 192 é a quantidade Standard de horas para os 48 PA.

D Estoque em Processo 4.512,00


Gestão de Custos

C Transferência p/ Processo 4.512,00

Produção de 47 PA ao custo unitário 196,296 (9.225,90 / 47)

D Estoque de Produto Acabado 9.225,90*

*(360,80+23,50+4329,60+4512,00)

C Estoque em Processo 9.225,90

Despesa com salários

D Despesas com MOD + GGF 4.000,00

C Folha a Pagar 4.000,00

Venda de 45 PA a R$ 360,00, através de nota fiscal, o que gera os seguintes lançamentos


contábeis:

D Clientes 16.200,00

C Receitas 16.200,00

Pelo custo de 196,296 cada

D CMV 8.833,32

C Estoque de PA 8.833,32

Despesa com ICMS 18% de 16.200,00

D Despesa com ICMS 2.916,00

C ICMS a pagar 2.916,00

Despesas Administrativas:

D Despesa Administrativa 3.000,00

C Fornecedores 3.000,00

Baseado nestas movimentações, o resultado será o seguinte:

VENDA: 45 PA a R$ 360,00 16.200,00

ICMS: 18 % de 16.200,00 2.916,00

CMV: 45 PA a R$ 196,296 8.833,32

Despesas Administrativas 3.000,00

Lucro 1.450,68

292
Este foi o lucro do mês, considerando o custo unitário da MOD + GGF a R$23,50.

Este, no entanto, não foi o custo real.

Gestão de Custos
Como o processo foi on-line não teríamos como ter o valor real, pois a maior parte das
despesas do mês, em especial a folha de pagamento, somente são processadas no final
do período.

A solução a ser adotada é ajustar-se o custo unitário da MOD+GGF para o mês seguinte, de
tal forma que, no final do exercício anual a diferença de apropriação esteja próxima de zero.

Este ajuste tem a ver com a análise dos “acidentes” ocorridos no mês, ou seja, se existe ou
não a probabilidade deles ocorrerem novamente no mês seguinte. Enfim, foram mesmo
“acidentes” ou fazem parte de uma nova conjuntura?

De qualquer forma para se chegar ao lucro REAL do mês basta incluir 2 lançamentos
contábeis.

Um descarrega a diferença de apropriação no resultado e outro ajusta os estoques ao seu


valor real. Neste caso, se necessário for, o custo da MOD+GGF deve ser recalculado para
o mês seguinte, sem o ajuste acima mencionado, mas refletindo a nova realidade. É claro
que o ajuste dos estoques deve também ser feito nos saldos de cada item.

O valor da diferença de apropriação a lançar é o saldo da conta sintética de DESPESA, no


caso, R$ 1.114,50, isto é, (4000 + 1650) – 4535,50.

D Diferença de Apropriação 1.114,50

C Transferência p/ Processo 1.114,50

Já o ajuste do estoque é mais complexo. É preciso antes calcular-se o custo real do PA:

4.690,40 (MP) + 4.000 (salário) + 1.650 (MC) = 10.340,40

10.340,40 / 47 = 220,00 ( custo unitário real de cada PA)

Ajuste: (2 x 220,00) – 392,58 (saldo atual da conta de PA) = 47,42

D Estoque de Produto Acabado 47,42

C Diferença de Apropriação 47,42

Portanto, o lucro REAL do mês foi de :

Lucro on-line 1.450,68

Diferença de apropriação –1.114,50

Ajuste do estoque + 47,42

Lucro REAL 383,60

293
Note que o estoque de MP não precisa ser ajustado pois ele já está calculado pelo custo
médio real.
Gestão de Custos

Custo Mensal

Se rodássemos o recálculo agora obteríamos exatamente este resultado. O Recálculo do


custo médio, que geralmente é processado no final do mês, utiliza o método tradicional
de custeio, dentro de 3 alternativas:

1. Mensal — o processamento é feito na seguinte seqüência: trata inicialmente todas as


compras, depois as ordens de produção, do nível mais baixo para o mais alto (PA) e
sempre processando todas as requisições antes da produção e por último custeando
as vendas.

2. Diário — análogo ao anterior, mas dentro do conceito dia.

3. Seqüêncial — processa na seqüência em que os movimentos foram digitados.

Figura 2.16 - Apuração de resultado.

Regime de Caixa

Veja que, mesmo se fizéssemos o cálculo do lucro pelo Regime de Caixa (mas considerando
o estoque final !), o resultado seria o mesmo.

294
Gestão de Custos
Figura 2.17 - Custo direto do PA.

As desvantagens do Recálculo, embora seja o método mais empregado em função de sua


praticidade, em relação ao custo on- line são as seguintes:

1. Não se tem o lucro da empresa no dia-a-dia, o que muitas vezes impede ações
corretivas rápidas;

2. Impede o cálculo das variações que serão vistos a seguir.

Portanto, o recálculo somente deve ser rodado se a diferença de apropriação for muito
grande e seu cálculo for complexo (isto depende da quantidade de tens, de contas e de
centros de custos).

Custo Standard Puro

Neste caso trabalha-se com contas de variações inseridas no próprio plano, de tal forma
que todos os lançamentos são feitos pelo standard e pelo real, refletindo nestas contas
os desvios. O maior ou menor detalhamento destas contas é decisão do usuário.

O plano de contas, seria assim enriquecido pelas seguintes contas:

• Variação no Preço de Compra;

• Variação no Consumo de MP;

• Variação na Eficiência da Mão-de-Obra;

• Variação na taxa horária da MOD;

295
• Variação pelo Volume de Produção;

• Variação no Consumo de MC;


Gestão de Custos

• Variação pela Perda de PA;

• Variação no Preço de Venda;

• Variação no Volume de Vendas;

• Variação na despesa com ICMS.

Figura 2.18 - Custo Standard.

Os movimentos e lançamentos contábeis seriam feitos da seguinte forma: Compra de 55


MP a R$ 110,00 c/recuperação de ICMS

D Variação no Preço de Compra 4.961,00

D ICMS a Pagar 1.089,00

C Fornecedores 6.050,00

Compra de 15 MC a R$ R$ 110,00 sem recuperação de ICMS

D Variação no Preço de Compra 1.650,00

C Fornecedores 1.650,00

296
Compra pelo valor standard 55 MP a R$ 82,00

D Estoque de Matéria-Prima 4.510,00

Gestão de Custos
C Variação no Preço de Compra 4.510,00

Compra pelo valor standard 15 MC a R$ 100,00

D Estoque de Material de Consumo 1.500,00

C Variação no Preço de Compra 1.500,00

Abertura da Ordem de Produção 48 PA

Empenho de 48 MP e 192 horas

Requisição de 52MP ao custo standard de R$ 82,00

D Variação no Consumo de MP 4.264,00

C Estoque de Matéria-Prima 4.264,00

Requisição standard de 48 MP a R$ 82,00

D Estoque em Processo 3.936,00

C Variação no Consumo de MP 3.936,00

Requisição standard de 192 hr a R$ 23,50

D Estoque em Processo 4.512,00

C Variação na Eficiência da Mão-de-Obra 4.512,00

Requisição de 193 hr ‘apontadas’ a R$ 23,50

D Variação na Eficiência da Mão-de-Obra 4.535,50

C Variação pelo Volume de Produção 4.535,50

MOD+GGF para a produção planejada (50 PA)

D Variação pelo Volume de Produção 4.700,00

C Variação na taxa horária da MOD 3.500,00

C Variação no Consumo de MC 1.200,00

Pelo valor real da Folha de Pagamento

D Variação na taxa horária da MOD 4.000,00

C Folha a Pagar 4.000,00

297
Requisição de 15 MC ao custo standard de R$ 100,00

D Variação no Consumo de MC 1.500,00


Gestão de Custos

C Estoque de MC 1.500,00

Produção de 47 peças boas e 1 perda

Produção de 48 PA ao custo standard de 176,00

D Variação pela Perda de PA 8.448,00

C Estoque em Processo 8.448,00

Entrada no estoque de PA de apenas 47 PA bons, a 176,00

D Estoque de Produto Acabado 8.272,00

C Variação pela Perda de PA 8.272,00

Figura 2.19 - Custo standard - vendas.

Venda de 45 PA ao custo R$ 176,00 cada

D CMV 7.920,00

C Estoque de PA 7.920,00

Vendas

Venda de 50 PA a R$ 385,36

D Variação no Volume de Vendas 19.268,00

298
C Receitas Standard 19.268,00

Venda de 45 PA ao preço standard de R$ 385,36

Gestão de Custos
D Variação no Preço de Venda 17.341,20

C Variação no Volume de Vendas 17.341,20

Venda de 45 PA ao preço real de R$ 360,00

D Clientes 16.200,00

C Variação no Preço de Vendas 16.200,00

Pelo ICMS Standard ( 18% de 19.268,00)

D Despesa com ICMS 3.468,24

C Variação na Despesa com ICMS 3.468,24

Pelo ICMS real (18% de 16.200,00)

D Variação na Despesa com ICMS 2.916,00

C ICMS a Pagar 2.916,00

O resultado será:

Figura 2.20 - Resultado após a contabilização.

Para se chegar ao lucro REAL, ainda é preciso um ajuste no estoque. Este ajuste somente é
feito ao final do exercício. É exatamente levar aos estoques o que lhe cabe das variações.

299
Gestão de Custos

Figura 2.21 - Lucro real.

Para se trabalhar no sistema com o método de Custo Standard puro seria necessário a
elaboração de uma série de lança mentos automáticos específicos, ou seja, é possível
mas não recomendado e porque não dizer desnecessário. O que se prega é a utilização
do custeio on-line com quantidades reais e custos médios para a matéria-prima e valor
Standard, ajustado a cada mês, para a MOD+GGF, ou seja, plenamente aceito pelo
imposto de renda e propício para o cálculo das variações. Há um conjunto de relatórios
que fornece as variações calculadas e detalhadas por produto, matéria-prima, ordem de
produção, centro de custo, comprador, cliente e vendedor.

Índices Econômicos e Financeiros

São relações entre os números do balanço que indicam a tendência da empresa e servem
como medidas de sua performance e eficiência.

Índices de Liquidez

• Medem a disponibilidade financeira do caixa. Considera a liquidez dos ativos —


caixa, bancos, títulos a receber a curto e longo prazo, estoques, aplicações e
por que não dizer imobilizados. Em relação aos passivos — títulos a pagar a
curto e médio prazo, financiamentos e dividendos.

Índices de Rentabilidade

• O lucro em relação às vendas, em relação ao capital próprio ou ao passivo como


um todo. Uma comparação com as taxas de juros do mercado é importante
numa chamada de capital. O valor dos novos investimentos em relação ao lucro
informa para onde está indo o dinheiro.

Índices de Giro de Estoque

• Determina qual o estoque médio em relação às vendas. Quais itens estão


‘dormindo’ nas prateleiras. Por outro lado, quais vendas deixaram de ser feitas,
provavelmente, por falta de produtos.

Índices de Inadimplência (contas a receber e a pagar)

• Valores atrasados em relação ao total a receber, idade dos títulos, risco dos
atrasados e prazos médios de pagamento e recebimento.

300
Índice de Rotatividade de Mão-de-Obra

Quantidade de admissões e demissões em relação à quantidade de funcionários, por

Gestão de Custos
centro de custo, período, nível salarial, etc.

Estes índices podem ser melhor analisados nos seguintes relatórios:

• Relação dos Produtos Vendidos;

• Relação de Real x Standard;

• Balancetes;

• Posição Geral da Cobrança;

• Comparativo de valores Orçados x Reais;

• Faturamento por prazo;

• Análise dos Estoques;

• Fluxo de Caixa.

301
03 Gestão de Materiais

Gestão de Materiais
Lote Econômico

Quando se fala em Planejamento e Controle da Produção, MRP, Ponto de Pedido, Lote


Econômico, Estoque de Segurança no fundo o que se está procurando otimizar é o
processo de Suprimento de matérias-primas, produtos intermediários e acabados, na
forma mais eficiente e econômica.

Todos os sistemas de administração de materiais procuram manter o estoque em níveis


mínimos sem que no entanto haja falta do material.

A manutenção dos estoques no nível mínimo (também conhecido como Just in Time) é
feita comprando/

produzindo apenas o necessário para atender a demanda imediata.

Com isso, a quantidade de encomendas cresce, pois sempre, independente da política


de administração, a quantidade consumida ou vendida em um determinado período de
tempo é a mesma.

A principal vantagem de se manter um estoque médio em patamares baixos é financeira.


Estoques baixos demandam menor capital de giro. Não é preciso recorrer a financiamentos
externos e com isso não se paga juros. E se houver capital próprio, o mesmo é liberado
para ser aplicado, oferecendo um rendimento extra para a empresa.

Há ainda outros fatores que trazem vantagens quando se tem níveis de estoques reduzidos:

• Menor necessidade de espaço para armazenamento;

• Menor risco de obsolescência e deterioração;

• Menor custo de seguro;

• Menor risco de desperdício.

303
Por outro lado adquirir-se materiais em quantidades elevadas também traz suas
vantagens:
Gestão de Materiais

• Possibilidade de obtenção de melhor preço e descontos especiais;

• Economia no transporte;

• Menor quantidade de cotações, pedidos, ordens de produção e pagamentos;

• Menor gasto com set-up ou preparação de máquinas;

• Maior disponibilidade e variedade em estoque, o que incrementa vendas e ajuda


na produção;

• Em tempos de inflação o estoque pode ser uma boa aplicação;

• Possibilidade de comprar de melhores fontes, ou seja, do próprio fabricante,


de distribuidores e de atacadistas;

• Menor risco de falta de material por se comprar menos vezes.

O conflito entre as vantagens e desvantagens na quantidade a encomendar a cada nova


compra/produção é resolvido com o cálculo do Lote Econômico.

Para este cálculo existe uma fórmula que estabelece a quantidade na qual a soma dos
custos de aquisição e de manutenção é mínima. Note que o valor total gasto em um certo
período com a aquisição do produto não é afetado pelo tamanho do lote. Parte-se do
princípio que o consumo e o preço independem do lote.

A fórmula leva em consideração os seguintes aspectos:

Figura 3.1 - Lote econômico.

304
1. Custo de armazenagem. Pode ser usada a taxa de juros mensal corrente no mercado.
É claro que esta taxa difere bastante se a empresa toma emprestado ou aplica o

Gestão de Materiais
excesso do dinheiro necessário para financiar o estoque. De qualquer forma, como
ela inclui também os demais custos (armazenagem, obsolescência, etc), convém
considerar a taxa de juros para empréstimos acrescida de 1 ou 2 pontos percentuais.
Assim, por exemplo, a uma taxa anual de 24 % pode-se considerar um índice igual a
3 como razoável, isto é, 24/12 meses +1.

Como o índice é aplicado sobre o suposto estoque médio de cada item é preciso também
incluir na fórmula o seu custo unitário, já que o estoque médio é igual ao lote econômico
em valor dividido por dois. Isto porque, desconsiderando- se o estoque de segurança, o
estoque máximo é o próprio lote e o mínimo é zero.

P Custo de cada pedido ou ordem de produção. Considera-se aqui os valores gastos


pelos setores envolvidos dividido pela quantidade de pedidos e ordens emitidos no mês.
Este valor tem caído bastante nos últimos anos em função da própria informatização
destes setores, da melhor comunicação cliente-fornecedor e da agilização nos processos
de entrega e de preparação de máquinas. O Kanban, por exemplo, é outra forma de
reduzir o custo deste processo. Há de se considerar também, no caso de compras, que
um mesmo pedido pode ser entregue parceladamente, ou mesmo ser estabelecido um
contrato de prazo mais longo. Neste caso, o lote econômico é a quantidade entregue
em cada remessa.

C Consumo médio mensal. É este número, na verdade, o “divisor de águas”


entre as duas políticas básicas existentes no processo de Suprimentos:

• Pelo ponto de pedido

• Pelo MRP

No “frigir dos ovos” compra-se o que se consome. Portanto, é preciso ter esta previsão.

Para os itens dependentes o cálculo é feito em cima da previsão de vendas com base na
estrutura de produtos. Se esta previsão estiver correta, pode-se comprar no momento
certo e na quantidade necessária. Somente em casos mais esporádicos é que se lançaria
mão do lote econômico, adquirindo-se uma quantidade superior à necessária devido à
economia obtida.

Mas para os materiais independentes da previsão de vendas, ou seja, aqueles que não
estão pendurados em nenhuma estrutura, a solução é calcular o consumo médio e
estabelecer como momento de compra aquele em que o ponto de pedido foi atingido.
Este ponto, por sua vez, também chamado de Ponto de Alerta, de Encomenda ou mesmo
de Estoque Mínimo será o consumo médio dividido pelo prazo de entrega mais o estoque
de segurança. Falaremos do estoque de segurança mais para frente.

305
É o consumo médio que determinará quantas vezes um item será comprado ou produzido
por mês de acordo com o lote econômico.
Gestão de Materiais

Desta forma teríamos:

Custos de armazenamento: LE . c . i

ou seja, estoque médio multiplicado pelo custo unitário do item multiplicado pelo
índice referente ao custo de armazenamento:

Custos dos Pedidos: C . CP

LE

Olhando-se no gráfico pode-se ver que a equação do Custo de Armazenagem gera uma
reta ao passo que a equação do Custo dos Pedidos é uma parábola. A equação que
representa a soma de ambas também é uma parábola cujo ponto mínimo coincide, no
eixo dos X, com o ponto onde as 2 equações se cruzam. Logo, o LE será o ideal quando:

LE . c . i = C . CP

2 LE

ou LE . c . i = C . CP

2 LE

ou LE2 = 2 . C . CP ou LE = 2 . C . CP

c . i c.i

onde:

• LE Lote Econômico;

• C Consumo médio mensal;

• CP Custo de cada pedido;

• c Custo unitário do produto;

• i Taxa de armazenagem (já dividida por 100).

306
Sabemos que esta fórmula, pelos próprios fatores vistos, e que ela deixa de contemplar,
não é das mais perfeitas. Mas é a única que existe.

Gestão de Materiais
Vejamos um exemplo:

CP = 300

c = 20

i = 0,03

C = 1000

LE = 2 . 1000 . 300 = 600000 = 0,6 1000000 = 1000

20 . 0,03

ou seja, o lote econômico é de 1.000 peças, equivalendo a 1 compra por mês. Custo de
Armazenagem:

LE Custo

250 75

500 150

1000 300

1500 450

2000 600

2500 750

Custo dos Pedidos

LE Custo TOTAL

250 1200 1275

500 600 750

1000 300 600

1500 200 650

2000 150 750

2500 120 870

307
Na prática, especialmente entre os comerciantes, tem-se adotado o número de meses
para definir a quantidade a adquirir a cada nova encomenda, ou seja, se compra ou se
Gestão de Materiais

produz para ½ mês, 1 mês, 1 semana, 6 meses, etc. E na verdade, é esta freqüência que se
informa no sistema para o cálculo do lote econômico, com três ajustes porém. A fórmula,
no entanto, continua sendo o guia desta política. Normalmente aplica- se a fórmula a
um pequeno grupo de materiais e depois adota-se o seu resultado como regra geral.
O primeiro ajuste se refere às classes dos produtos. A fórmula traz resultados bastante
diferentes para itens da classe A,B ou C. O que significam estas classes? É a classificação
dos produtos de acordo com o gasto mensal total. Multiplica-se o consumo médio mensal
pelo custo unitário e faz-se uma classificação em ordem descendente destes totais. Desta
forma, itens ou com alto consumo em quantidade ou com custos unitários mais elevados
tendem a ser de classe A. São normalmente as matérias-primas mais usadas, os materiais
de consumo caros, enfim, aqueles que mais merecem nossa atenção, pois o seu estoque
médio tende a ser alto, recebendo assim um forte impacto da taxa de armazenagem. O
custo do pedido terá pouca influência nestes casos e assim a tendência é uma compra ou
produção mais “picada”, ou seja, com lotes pequenos.

O inverso é verdadeiro para os itens baratos ou de pouco consumo. Não vale a pena, por
exemplo, comprar semanalmente uma quantidade pequena de lâmpadas.

O custo dos pedidos (fazer cotação, emitir o pedido, receber o material, emitir a ordem
de pagamento) seria bem maior do que manter um estoque para pelo menos 3 meses
de consumo. Assim, itens de classe C tendem a ter lotes econômicos maiores. Por isso no
sistema informa-se uma periodicidade de compra diferente para cada classe. Ao

se fazer a curva ABC há de se considerar ainda qual o percentual do gasto total a ser
atribuído a cada classe. 30%,

30% e 40% respectivamente para as classes A,B e C são percentuais razoáveis e


normalmente adotados.

Somente quando se tem uma classe A com poucos itens e significativa é que se muda
esta relação colocando-se, por exemplo, 20%, 30% e 50%.

Um segundo aspecto a ser considerado é a divisão, ao se fazer o cálculo da curva ABC,


dos grupos de itens considerados.

Não se pode misturar matéria-prima com material de consumo, pois neste caso
certamente todos os materiais de consumo cairiam para a classe C e todas as matérias-
primas ficariam na classe A.

Um terceiro e último ajuste refere-se à disponibilidade financeira.

Não se pode permitir que, de acordo com os critérios adotados, os lotes econômicos
fiquem tão altos que exijam um financiamento externo.

308
Para evitar este fato pode-se estipular qual é o valor máximo que a empresa tem
para financiamento do estoque. Ultrapassado este valor, o sistema “achata” os lotes

Gestão de Materiais
econômicos de tal forma que as compras do mês não ultrapassem o valor determinado.

A vantagem é que este “achatamento” é feito de forma harmônica, não prejudicando


nenhum item em particular. Para o cálculo da disponibilidade financeira deve-se recorrer
ao fluxo de caixa, verificar qual o pior dia do mês, em termos de saldo de caixa e somar
este saldo ao valor médio das compras nos últimos meses.

Com isto a tendência será, a partir da nova política, aplicar-se até o último centavo
disponível em estoque, mas sem jamais recorrer-se a financiamentos externos.
Normalmente o retorno do investimento em estoque é superior ao de uma aplicação
financeira, mas inferior ao custo de um empréstimo.

Ponto de Pedido

O Ponto de Pedido é o equivalente ao consumo no prazo de entrega mais o estoque de


segurança. Logo a dificuldade em estabelecer o ponto ideal está justamente em calcular-
se médias confiáveis para o prazo e o consumo. Tanto em um como em outro, apela-
se para métodos estatísticos, como os que serão vistos a seguir. De qualquer forma,
para evitar-se faltas de estoque motivadas por consumos ou prazos acima do previsto,
trabalha-se com Estoque de Segurança.

Figura 3.2 - Ponto de Pedido.

309
O Estoque de Segurança é o saldo que teríamos quando da chegada de uma nova
encomenda, caso o prazo e o con- sumo tenham se mantido na média.
Gestão de Materiais

Serve justamente como proteção para eventuais anormalidades.

Será tanto mais alto quanto menor forem os índices de confiabilidade, medidos pelo
desvio padrão, das médias apuradas. Influi também o custo da falta do produto, que
pode ser catastrófico ou sem importância, dependendo da existência de um alternativo,
do próprio prazo de entrega e, é claro, das conseqüencias que sua falta trará. Considere,
por exemplo, as 10 últimas entregas:

Prazos de Entrega: 5,3,6,5,8,7,5,4,10,3

Média: 5,6 dias

Consumo diário: 90,110,80,100,90,105,95,109,120,90

Média: 98

Ponto de Pedido: 98 . 5,6 = 548,8

Qual o Estoque de Segurança para se ter 100 % de confiança que não haverá falta de
material?

A primeira resposta parece ser 10 * 120 que daria 1.200 para o ponto de pedido e 1.200-
549 = 651 para o estoque de segurança, ou seja, considerar-se os valores máximos de
cada série. Mas mesmo com este estoque de segurança não teremos uma confiança de
100 % que jamais haverá falta de material. Isto

porque estatisticamente é possível e até provável que em algum momento teremos


prazos superiores a 10 dias e consumos diários superiores a 120 peças.

Para se ter a probabilidade exata de cada valor é necessário o uso de complexas fórmulas
estatísticas, das quais aqui damos apenas uma idéia geral:

O primeiro conceito é o do desvio padrão. A fórmula de cálculo do Desvio Padrão é:

desvio padrão =

O desvio calculado do prazo de entrega é de 2,2, ou seja, é a soma de 0,36+6,76+0,16+0,


36+5,76+1,96+0,36+2,56+19,36

+6,76, que são os desvios elevados ao quadrado dividido por nove, cujo resultado
é 4,93 e a raiz quadrada é 2,2. Usa-se raiz quadrada e potenciação apenas para evitar
compensações entre diferenças positivas e negativas em relação à média, já que qualquer
número elevado ao quadrado é sempre positivo.

310
Baseado no desvio padrão é feita a Distribuição Normal, cujo cálculo é por demais
complexo para este texto, e que nos dá justamente as porcentagens de confiança de

Gestão de Materiais
cada valor.

No caso dos Prazos de Entrega teríamos como Distribuição Normal o seguinte:

Confiança Dias

50% 5,6

80% 7,4

90% 8,4

95% 9,2

97% 9,7

99% 12,4

100% infinito, ou seja, não se pode jamais garantir um prazo com 100% de certeza

Depende, como já mencionado, das conseqüências da falta do material, o


estabelecimento do estoque de segurança. Se por exemplo, se queira que em 99 % das
vezes não falte, multiplica- se 12,4 x 98 = 1.215. Isto sem considerar a distribuição normal
do Consumo Médio, que também não garante um consumo de 98 peças.

Consumo Médio

O cálculo do consumo médio serve na verdade para se apurar qual será o consumo futuro
provável de determinado item. Por isso é válido em casos onde é relativamente estável.
Caso contrário, em especial quando houver uma tendência de crescimento ou queda, outros
métodos devem ser utilizados. É o caso da regressão linear, que estabelece uma equação
que reflita esta tendência e que pode assim ser usada para calcular o consumo futuro.

O cálculo da média é feito tomando-se a soma do consumo dos últimos 12 meses dividido
pela quantidade de meses. Pode-se também dar um peso a determinados meses, para
ajuste da média. Se houver sazonabilidade o mais correto é considerar apenas o mês em
questão e de preferência, com uma massa de 3 ou mais anos.

Mas se houver tendência, ou seja, se o consumo estiver aumentando ou abaixando


há necessidade de se fazer uma projeção do futuro. Esta projeção é feita através de
uma Regressão Linear na qual, baseado no passado, estabelece- se uma equação que
representa uma reta e a partir daí chega-se ao consumo dos próximos meses.

Se, por exemplo, o consumo dos últimos meses foi de 2,4,6,8,10,12,14,16,18 peças, facilmente

311
conclui-se que o consumo do próximo mês será de 20 e não de 10 que é a média.

Ou seja, a equação Y = AX + B, que representa a reta, neste caso é y = 2x + 0, onde A indica a


Gestão de Materiais

inclinação da reta e B o ponto em que a reta cruza Y. X é o número do mês e Y o consumo.

Figura 3.3 - Linha de tendência.

Pelo gráfico tem-se que o consumo no mês 1 é 2, no mês 2 é 4 e assim por diante.

Mas, se o consumo não for regular, sofrendo altos e baixos, mas mesmo assim seguir uma
tendência, o método que calcula os valores de A e B da reta é o dos Mínimos Quadrados.
Com este método é calculada a inclinação (A) e posição (B) da reta que mais se aproxima
dos pontos que representam o consumo no passado.

Exemplo:

Mês Consumo

01 2

02 5

03 6

04 9

05 12

06 11

07 14

08 15

09 18

10 21

312
Por este método A= Σ (X . Y) – (( Σ X . Σ Y) / meses)
2
Σ X – (( Σ X . Σ X) / meses )

Gestão de Materiais
B = ( ΣY / meses) – (A . ( Σ X/meses))

Logo como Y = AX + B,

Consumo no próximo mês = A . próximo mês + B

Mês (X) Consumo (Y) X . Y X.X

1 2 2 1

2 5 10 4

3 6 18 9

4 9 36 16

5 12 60 25

6 11 66 36

7 14 98 49

8 15 120 64

9 18 162 81

10 21 210 100

55 113 782 385


( soma)

A = 782 – (( 55 . 113 )/10)

385 – (( 55 . 55 )/10)

A = 782 – 621,5 = 160,5 = 1,94

385 – 302,5 82,5

B = ( 113 / 10 ) – ( 1,94 . ( 55 / 10) = 11,3 – 10,67 = 0,63

Logo, a equação da reta que reflete o passado é: Y = 1,94 X + 0,63

Consumo no mês 11:

Y = 1,94 . 11 + 0,63 = 21,97

Consumo no mês 12:

Y = 1,94 . 12 + 0,63 = 23,96

313
Caso o consumo no passado refletisse uma parábola, a equação que a representa seria
de segundo grau: Y = AX2 + BX + C. De forma semelhante é feito o cálculo das constantes
Gestão de Materiais

A,B e C e a partir delas calcula-se a projeção do consumo.

A regressão linear projeta a tendência sempre baseada unicamente no passado.

Uma outra técnica estatística permite que se projete a tendência baseada em outros
fatores, fatores estes para os quais nós temos uma certeza maior de que os valores
futuros se tornarão realidade.

Assim, suponha que o consumo teve um determinado comportamento no passado.


Fazendo-se a regressão chegar- se-ia em determinado valor previsto.

Mas vamos supor que na realidade o consumo só ocorre se houver investimento em


propaganda. Assim se não houver propaganda no próximo mês, o consumo cairá, fato
que o método da regressão não detecta.

O que se faz é estabelecer-se correlações.

Relacionar-se consumo com gastos de propaganda é uma correlação simples. Já


relacionar-se consumo com mais fatores, como por exemplo, com gastos em propaganda,
crescimento da população e preço aplicado é uma correlação múltipla. As chances de
acertar aumentam.

Mas o importante é fazer-se a correlação apenas com fatores que realmente têm a
mesma tendência que o consumo. Para tal existe uma fórmula na qual se calcula o índice
de correlação para cada um dos fatores. Quanto mais próximo de 1 for o índice, mais
relacionado ele é. Próximo de zero não existe correlação e próximo de -1 a correlação é
inversa (exemplo: quantidade vendida em relação ao preço).

Ao se fazer depois o cálculo da previsão do consumo, dá-se mais força aos fatores que
têm forte correlação e abandona-se aqueles em que a relação é fraca.

Deve-se também evitar fatores que possam, apenas por coincidência, ter uma forte
correlação, como por exemplo, consumo de bolas de futebol com o gasto de energia
elétrica. Para que tal não aconteça, a amostra do passado não pode ser pequena.

Para projetar depois o consumo do item que está sendo estudado, é preciso que se saiba,
de antemão, a previsão dos outros fatores nos meses cujos consumos serão previstos.

Como curiosidade, a fórmula para cálculo do índice de correlação é:

∑(xi1 – x1) . (xi2 – x2)


2 2
∑(xi1 – x1) . ∑(xi2 – x2)

Onde i é o número do mês, x é o consumo e 1, 2 ... são os fatores.

A correlação é tanto maior quanto mais próximo de 1 for o resultado.

314
Exemplo:

Fator 1: 2, 4, 6 Média = 4

Gestão de Materiais
Fator 2: 6, 12, 18 Média = 12

Como se vê, os fatores 1 e 2 são absolutamente correlacionados. Vejamos o cálculo do


índice de correlação:

(2-4) . (6-12) + (4-4) . (12-12) + (6-4) . (18-12) = (4+0+4) . (36+0+36)

12+0+12 = 24 = 24 = 1

8 . 72 576 24

Notem que os métodos aqui analisados para o cálculo do consumo de determinado


material são usados também e, principalmente, para o cálculo de Previsão de Vendas.

É importante também mencionar que existe um bom número de softwares no mercado


especializados nestes complexos cálculos estatísticos. No capítulo 18 são apresentados
exercícios em Excel da macro CORREL que calcula o índice de correlação e os gráficos
que traçam a reta ou curva de tendências e mostra a equação que a define.

MRP I – Material Requirement Planning

O MRP tem como objetivo gerar Ordens de Produção e Solicitações de Compras baseado
em uma Previsão de Vendas.

Ao contrário do Ponto de Pedido, onde a ordem é emitida independentemente de uma


demanda futura, o MRP é mais eficiente pois, se não houver uma previsão de demanda,
nada é gerado, mesmo que o estoque vá a zero. Por outro lado o MRP só funciona se houver
uma Previsão confiável, o que nem sempre é fácil na prática. A indústria automobilística,
por exemplo, trabalha muito com previsões, mas também é muito sensível a qualquer
mudança da política econômica. E estas mudanças, se feitas em cima da hora e em
quantidades significativas, causam enormes problemas no processo produtivo.

Em vista disto o MRP tem de fazer algo mais do que a simples explosão dos produtos
acabados e descer nível a nível até chegar às matérias-primas. Muito disto é conseguido
graças a informações adicionais incluídas na estrutura dos produtos, tais como
componentes alternativos, seqüência de montagem, etc.

Façamos um pequeno exemplo para que fique bem claro como funciona este processo
básico de explosão.

315
Estrutura: PA

PI (1)
Gestão de Materiais

MP1 (1)

MP2 (1)

O número entre parêntesis indica a quantidade do “filho” em relação ao “pai”, ou seja,


em cada PA é usada uma unidade de PI e uma de MP2, em cada PI uma unidade de MP1.

No exemplo utiliza-se ainda os conceitos de Lote Econômico e Lote Mínimo. A rigor estas
quantidade mínimas não deveriam ser colocadas em um processo de MRP, ainda mais se
considerarmos a “febre” de Just in Time que existe hoje em dia.

Recordando, LE é a quantidade ideal a ser produzida ou comprada a cada ordem de


produção ou pedido de compras e Lote Mínimo é um múltiplo da quantidade a ser
encomendada seja por questões de embalagem, seja porque determinada máquina faz
mais que uma peça por ciclo. Também se colocou um Estoque de Segurança, que é assim
subtraído do saldo existente no cálculo das necessidades.

O cálculo da necessidade é o seguinte: (Previsão de Vendas + Empenhos) – (Saldo Atual


– Estoque de Segurança) – (Pedidos de Compra + Ordens de Produção)

A soma Previsão de Vendas + Empenhos também é chamada de Previsão de Saídas. A


cada abertura de Ordem de Produção tem-se a geração de empenhos para todos os seus
filhos, multiplicando-se a quantidade da Ordem pela quantidade da Estrutura.

A soma Pedidos de Compra + Ordens de Produção em aberto também é chamada de


Previsão de Entradas. A necessidade, por sua vez, é ajustada para cima ou se for menor
que o Lote Econômico ou se não for um múltiplo do Lote Mínimo.

Figura 3.4 - Situação atual.

316
A solução para este caso é a seguinte:

Gestão de Materiais
Figura 3.5 - Cálculo das necessidades de materiais.

Como se vê, o que o MRP na verdade faz é uma Projeção do saldo em estoque, calculando
as Previsões de Saída e as necessidades de acordo com os dados disponíveis.

Figura 3.6 - Ordem de Produção

Neste primeiro exemplo, não foram consideradas nem as datas, nem as restrições de
recursos para a produção prevista. As datas, para se saber quando cada entrada ou saída
devem de fato ocorrer. E as restrições para tornar o plano viável.

Para considerar as datas é necessário conhecer o prazo de produção de cada item


produzido e também o prazo de entrega dos itens comprados.

Com os prazos de produção se calcula a data início das ordens de produção que são
sugeridas pelo MRP. E assim recua-se no tempo, a cada nível que se desce na estrutura.

317
Assim, por exemplo, se os prazos dos produtos acima fosse: PA - 10 dias, PI - 5 dias e a
Previsão de Vendas das 2.000 peças de PA fosse para o dia 30/04, a data final da OP do
Gestão de Materiais

PI teria de ser dia 20 e a compra da MP1 teria de chegar no dia 15. Pelo prazo de entrega
de MP1 chega-se à data em que o Pedido de Compra deve ser realizado. Esta informação
consta da Solicitação de Compra.

É claro também que se tivermos um Pedido de Compra com data de entrega prevista
para o dia 20 e surgir uma necessidade para o dia 18, um novo pedido terá de ser gerado,
mesmo que não haja outra necessidade para aquele já colocado.

Na verdade, o correto em uma situação destas é eliminar-se todas as previsões de entrada,


sejam pedidos ou ordens de produção, geradas desnecessariamente. É claro que, em certas
situações, em especial quando se tratar de Pedidos de Compras, este cancelamento não
é mais possível.

Outro fator a ser verificado na Projeção de Estoques é a questão de produtos alternativos.


No momento em que se tem a possibilidade de usar outra matéria-prima, disponível
no estoque, não há realmente razão para se comprar mais um lote da original. O que é
preciso verificar é se o sistema não irá utilizar produtos alternativos que depois farão falta
em estruturas onde eles são originais. Para tanto esta decisão é deixada para o final do
processamento, quando então é possível verificar a melhor opção de compra/produção.

Ainda em relação às estruturas temos a opção dos acessórios. Acessórios são itens
que nem sempre são solicitados pelo cliente e, portanto, são agregados à estrutura no
momento do Pedido de Venda.

Carga Máquina MRP II Manufactoring Resources Planning

Estabelecido o que deve ser produzido através da abertura das ordens de produção, o
grande problema passa a ser o planejamento de como realizar esta tarefa.

Uma fábrica é um conjunto de máquinas, pessoas, ferramentas e outros recursos que


trabalham dentro de um determinado horário. As ordens de produção por sua vez devem
ser entregues nas datas estabelecidas pelo setor de vendas. Os vários componentes de
uma estrutura de produtos por sua vez são dependentes entre si, ou seja, a seqüência de
fabricação precisa seguir uma certa ordem, principalmente na montagem final.

O primeiro passo é estabelecer os roteiros de operação. Cada componente da estrutura


deve ter o seu. Para cada operação define-se o seu tempo, a máquina onde é realizada,
a ferramenta, o tempo de sobreposição e o tempo de desdobramento. As operações são
numeradas de forma ascendente, respeitando sua seqüência.

318
O tempo de operação pode ser estabelecido para um determinado lote, já que é comum
este tempo, se medido para uma determinada peça, ser demasiado pequeno, mesmo que

Gestão de Materiais
medido em segundos.

Normalmente o tempo total de operação é proporcional à quantidade de peças, mas há


exceções. Por exemplo, a operação “secar” tem tempo fixo, seja para uma peça, seja para
um conjunto maior delas.

Alem do tempo da operação propriamente dito, há ainda o tempo de Setup ou preparação


da máquina. Este tempo, que é fixo, e que por isso afeta o cálculo do lote econômico,
é sempre somado ao tempo variável, independente da quantidade de peças a produzir.
Na prática, este tempo nem sempre é o mesmo pois muitas vezes depende da própria
operação anterior. Isto acontece por exemplo em gráficas, onde dependendo da cor
anterior fica mais fácil ou mais difícil a limpeza da impressora para receber a nova tinta.
Para otimizar este processo, trabalha-se com grupos de operações, procurando manter-se
aquelas do mesmo grupo, adjacentes.

A operação pode, também, ser feita em máquinas alternativas. Seja uma máquina idêntica,
pois cada uma é tratada individualmente, como semelhante, mas realizando a tarefa de
forma adequada. É claro que para cada tipo de máquina os tempos de Setup e operação
podem variar. Quanto maior o número de máquinas alternativas, maior flexibilidade terá o
processo de carga de máquinas.

Além das máquinas, pode-se ter mais recursos escassos. Ferramentas, como moldes, facas
de corte, dispositivos, precisam também estar disponíveis quando a máquina for alocada.
É fácil perceber que a adição de cada recurso complica exponencialmente a sua alocação
pois é preciso conciliar em um determinado momento suas disponibilidades. O mesmo é
válido para pessoas.

Também em relação às máquinas, há detalhes a serem considerados quanto à sua


capacidade. Embora a maioria das operações dependa apenas do fator tempo para
serem alocadas, outras como fornos e estufas têm uma capacidade limitada a uma certa
quantidade de peças e podem, dentro de certas circunstâncias, tratar peças diferentes
simultaneamente.

Como foi falado, as operações seguem uma determinada seqüência. Assim, como numa
rede PERT, uma operação é dependente da anterior. Mas nem sempre a operação anterior
precisa estar totalmente concluída para que a próxima se inicie. Se o lote for grande,

por exemplo, pode-se muito bem transferir um sublote para a estação seguinte antes que
todos eles estejam concluídos. Isto depende da própria distância entre as estações, de sua
natureza e seu tempo total. Por outro lado, não é muito vantajoso criar-se uma operação
para cada etapa do processo quando se tratar de uma produção em série, pois o controle
neste trecho da fabricação é praticamente impossível e porque não dizer, desnecessário.

319
De qualquer forma, o tempo de sobreposição ou overlap permite a execução de duas
operações paralelamente. Este tempo, quer seja informado em percentual ou em valor
Gestão de Materiais

absoluto, indica a partir de quando pode iniciar-se a operação seguinte.

Já o tempo de desdobramento ou split-time, é aquele mínimo em que se pode “quebrar”


uma operação para otimizar a alocação das máquinas. Esta quebra pode ser feita para
alocar uma operação que, por exemplo, levaria 10 horas para ser realizada, em duas
etapas, cada uma de 5 horas, seja usando máquinas diferentes, seja aproveitando-se 2
tempos livres deste tamanho.

A questão do tempo disponível de cada máquina tem também uma série de detalhes a
serem analisados.

Inicialmente, o seu calendário, que informa o horário de trabalho em cada dia da semana,
inclusive nos fins de semana e feriados e bloqueios a que ela está sujeita, em função de
uma manutenção preventiva ou mesmo corretiva. É neste ponto que há a integração com
o módulo de Manutenção Industrial, que gera estes bloqueios automaticamente.

O que o processo de Carga Máquina faz é, a partir das ordens de produção e suas datas de
entrega, alocar as operações, minuto a minuto, nos recursos disponíveis.

Se a máquina estiver ocupada e não for compartilhada, é feita uma navegação no tempo
até encontrar o tempo disponível necessário. Esta navegação pode ser feita no sentido do
início para o fim ou do fim para o começo.

O ideal é fazê-la pelo fim, ou seja, parte-se da data de entrega prevista da ordem de
produção do produto “pai” e daí aloca-se e recua- se no tempo, todas as suas operações
e as operações das ordens de seus componentes. Ideal, pois elimina o estoque já que
entrega a mercadoria no momento exato de sua necessidade.

Por outro lado, se apesar de tudo, o tempo disponível não for suficiente, gerando um
planejamento com datas anteriores à atual, ou mesmo se houver interesse em se iniciar a
produção mais cedo, faz-se a navegação do início para o fim. Parte-se da disponibilidade
das matérias-primas e começa-se o processo o mais cedo possível, alocando para frente as
operações cujos recursos estejam ocupados. Com isso, a data fim da ordem de produção
do produto “pai” será estabelecida pelo sistema e, se atraso houver, este pode ser
contornado, seja avisando o cliente, seja tomando uma das seguintes medidas:

• reduzir os tempos de operação;

• aumentar as horas disponíveis, via horas extras;

• aumentar os recursos disponíveis, mesmo que seja através de terceirização;

• otimizar o processo, via redução do tempo de desdobramento ou aumento da


sobreposição.

320
No Sistema, um relatório que ajuda bastante na eliminação de gargalos dentro da
fábrica é o Mapa de Recuos e Avanços. Este relatório fornece a diferença entre o

Gestão de Materiais
momento ideal em que uma operação deveria ser alocada e o momento real que isto
foi possível, em virtude de haverem máquinas ocupadas. Este processo de navegação
é usado quando a carga é finita. No caso de carga infinita, a navegação não é feita e
a resposta do sistema limita-se a informar o excesso de carga que cada recurso recebeu.
Vejamos um exercício simples de carga de máquina, onde 2 produtos necessitam usar o
mesmo recurso e devem ser entregues na mesma data-fim.

Boneco Boneca

Cabeça Cabeça

Roteiro de operações do Boneco e da Boneca

Operação Máquina Tempo Lote

A Lixar Lixadeira 5 hr 10

B Montar Montadora 10 hr 10

Disponibilidade de máquinas:

• 2 Montadoras;

• 1 Lixadeira;

• 1 Estufa.

Horário de trabalho: das 8hs às 18hs sem intervalo para almoço e sem fim de semana

Previsão de Vendas

30/04 50 Bonecos

30/04 50 Bonecas

Foram abertas 4 Ordens de Produção:

50 Bonecos

50 Bonecas

50 Cabeças

50 Cabeças

321
A navegação será feita do fim para o início.

Resultado:
Gestão de Materiais

OP Boneco

B Montar Montadora 1 Dia 25/4 8 hs ao dia 29/4 18 hs

A Lixar Lixadeira Dia 22/4 13 hs ao dia 24/4 18 hs

OP Boneca

B Montar Montadora 2 Dia 25/4 8 hs ao dia 29/4 18 hs

A Lixar Lixadeira Dia 20/4 8 hs ao dia 22/4 13 hs

Esta operação teve que “navegar” para o dia 20, quando o certo seria seu início no dia 22.
Mas neste dia a lixadeira já está ocupada.

OP Cabeça

A Pintar Estufa Dia 20/4 8 hs ao dia 22/4 13 hs

A Pintar Estufa Dia 17/4 13 hs ao dia 19/4 18 hs

A operação que teve que ser recuada – Lixar Boneca – apareceria no mapa de Recuos
e Avanços indicando assim ao usuário que um aumento neste recurso, melhoraria o
balanceamento da fábrica, portanto sua capacidade real, pois trata-se de um “gargalo”.
Normalmente a eliminação de um gargalo gera imediatamente um novo nas operações
adjacentes. É um trabalho de planejamento a eliminação completa de todos os “gargalos”.

Rastreabilidade

Imagine um Laboratório que produza remédios recebendo uma informação que um


paciente, ao medicar-se com seu produto, teve uma reação que quase o levou a morte.
Feitos os exames, descobriu-se que a causa foi o uso indevido de uma matéria-prima, cujo
prazo de validade provavelmente estaria expirado.

Como irá o Laboratório descobrir qual o lote de matéria-prima usado na fabricação do


citado medicamento? E mais. Onde estarão todos os demais produtos usados por este
famigerado lote vencido? Esta é a função da rotina de Rastreabilidade, cada vez mais
exigida nos processos de fabricação que atendam aos quesitos de qualidade exigidos na
norma ISO-9000.

O princípio de seu funcionamento é simples.

322
À medida que chegam os materiais dos fornecedores é dado a eles um número de Lote.
Caso o fornecedor também adote este controle, é claro que o seu número também é

Gestão de Materiais
registrado. E aqui já começa o primeiro trabalho adicional. Os saldos de estoque são
controlados por Lote, o que obriga à criação de mais um arquivo com pelo menos o
número do lote, data de entrada, saldo físico e via de regra data de validade.

Ao serem requisitados para as suas Ordens de Produção, menciona-se também nesta


transação o número do lote. É comum adotar-se, em especial nos casos de requisições
automáticas o critério FIFO (First In First Out).

A produção da OP, por sua vez, também recebe o seu número de lote ao dar entrada no
próximo estágio de estoque.

E assim caminha o processo até o produto acabado permitindo então que na Nota Fiscal
de Venda conste o número do lote referente ao último estágio de produção.

Para amarrar os lotes é criado mais um arquivo que contém o número do lote, da
requisição, da ordem de produção, código do material, quantidade e data, viabilizando
assim as consultas de rastreabilidade.

Basicamente o sistema oferece dois tipos de informações:

• Onde determinado lote foi usado;

• Que lotes de matéria-prima foram usados em determinado lote de produto,


OP ou nota de saída, isto em todos os níveis. Vale salientar que a rotina de
rastreabilidade é relativamente simples, embora trabalhosa, quando para cada
ordem de produção se utiliza apenas um lote de determinada matéria-prima.
Torna-se complicada quando, por exemplo, para uma determinada OP usa-se
dois lotes de uma mesma matéria-prima. E esta OP por questões de fabricação
(por exemplo carga em um forno) também gera mais que um lote.

Exemplo:

Lotes da matéria-prima: A e B

Lotes produzidos: C e D

Ocorre que o lote C precisaria ser subdividido em sublotes C1 e C2, de acordo com o uso
de MP (A ou B) . O mesmo para o lote D. Imagine agora a multiplicidade de combinações
que isto pode gerar quando se tem várias matérias-primas nesta ou em pior situação. Uma
solução é “quebrar” a OP em múltiplos sublotes de produção.

323
04 Gestão Administrativa

Gestão Administrativa
Componentes básicos

É na administração financeira e RH que se procura otimizar o destino de outros recursos


da empresa, igualmente escassos e difíceis de se obter: dinheiro e gente. E para tal é
preciso saber exatamente onde está cada centavo da empresa, qual sua liquidez e
disponibilidade. Obter um maior Giro e um maior

ROI — Return On Investment — ou Taxa de Retorno sobre o Capital Investido, somente é


possível com ferramentas de ERP.

Os módulos administrativos cumprem esta tarefa.

Financeiro

O grande desafio da administração financeira é conseguir uma alta taxa de retorno do


capital. A vida de uma empresa depende da compra e venda de mercadoria e serviços.
Neste processo, ela paga seus fornecedores e recebe de seus clientes. Entre seus
fornecedores estão também os funcionários que de alguma forma “vendem” seus
serviços e recebem os valores correspondentes através da Folha de Pagamento. E, além
dos funcionários,

outro credor mais importante ainda são os acionistas, que recebem seus valores através
da distribuição dos lucros, via dividendos.

Em toda esta movimentação, os detalhes são enormes e podem ser resumidos no


seguinte:

• Negociação de vencimentos de títulos a pagar e a receber;

325
• Atenção à necessidade de pagamentos “imprevistos”;

• Compensações referentes à adiantamentos;


Gestão Administrativa

• Desconto de títulos para suprir o capital de giro ou outros financiamentos;

• Melhor aplicação dos recursos disponíveis;

• Moedas e o problema da desvalorização/valorização cambial;

• Controle de crédito e da inadimplência;

• Orçamentos e a “contabilidade” financeira.

Vencimentos

Os títulos, uma vez emitidos, têm uma data de vencimento que é considerada no Fluxo
de Caixa como a data em que o dinheiro estará disponível ou deverá ser desembolsado.

O Fluxo de Caixa é ferramenta importante para o setor financeiro e é comum vermos


situações complicadas simplesmente porque houve precipitação em um determinado
desembolso e atraso em uma entrada. Assim sendo, é objetivo do sistema precaver-se
contra estas incertezas e procurar acertar de forma exata este movimento de dinheiro,
que hoje, baseado em sistemas informatizados não permite deslizes que, antes, eram
“acertados” pelo gerente da agência bancária mais próxima.

Assim, no sistema, há tratamento especial para o cálculo efetivo da data de vencimento.

Este vencimento, chamado de real (nada a ver com a denominação de nossa moeda),
considera inicialmente os fins de semana e feriados, jogando-o para o próximo dia útil.
Considera ainda a retenção bancária, que embora hoje seja cada vez menor, exatamente
em função da informática, ainda existe quando, por exemplo, um título é pago
pontualmente, porém em outra unidade da federação.

Até mesmo cálculos automáticos de atrasos para clientes que

não costumam pagar seus títulos em dia são levados em consideração para afinar ao
máximo os eventos em suas datas efetivas.

Títulos Provisórios

Da mesma forma que as datas, outra dificuldade de qualquer Fluxo de Caixa é prever
efetivamente todos os valores que irão sair do caixa nos próximos dias ou meses.

A carteira de títulos a pagar apresenta as duplicatas implementadas na entrada das notas


fiscais de compras. Comissões de vendas, guias de impostos e a folha de pagamento com
seus encargos também são implantados automaticamente.

326
Até mesmo os Pedidos de Compras são, opcionalmente, considerados. A data de
vencimento neste caso é considerada pelo prazo de entrega mais a condição de

Gestão Administrativa
pagamento acertada no respectivo pedido.

E qualquer outra previsão de saída de caixa não presente nos tópicos acima é
implementada através dos Títulos Provisórios. Sua finalidade é estar presente no fluxo
de caixa e ser substituído o mais rápido possível por um título real, ou mesmo pelo seu
pagamento direto.

Um exemplo desta situação são certos aluguéis a serem pagos via recibo e que muitas
vezes pega de surpresa quem trabalha com sistemas que somente lançam valores
baseados em um documento fiscal.

Há também uma rotina evitando que estes títulos provisórios fiquem duplicados quando
da chegada do título real. O Sistema avisa sobre sua existência tão logo seja mencionado
o código do fornecedor. Tudo isto também é válido para os títulos a receber.

Compensações

Em um sistema financeiro é importante que haja um controle para se evitar duplicidades


de pagamentos e recebimentos. Isto é bem fácil de acontecer quando se trabalha com
antecipações. Em projetos de prazo mais longo é comum haver pagamentos antecipados
e que depois são descontados da duplicata final, que apresenta o valor total. O sistema,
além de impedir que ocorra, por falta de controle, o pagamento integral da citada
duplicata, permite um tratamento contábil da compensação dos valores e relata, com
clareza, no razonete o jogo de valores.

Também em devoluções, seja de vendas seja de compras, há todo um tratamento de


notas de crédito que deduzem os respectivos valores dos títulos originais.

Operações Bancárias

O sistema bancário brasileiro oferece várias opções de financiar uma empresa.

Além dos empréstimos convencionais onde o cliente normalmente assina uma ou


várias notas promissórias com o valor da dívida acrescida de juros e comissões ou ainda
oferece um bem em garantia, a forma mais comum de financiar uma empresa comercial
é trabalhar com os títulos emitidos contra seus clientes.

327
É uma boa garantia que o Banco tem e fácil de ser conseguida pela empresa. Na verdade
o que o Banco faz é apenas antecipar o valor da duplicata para a qual foi dado um prazo
Gestão Administrativa

mais longo de pagamento. Dentro deste esquema há 2 tipos básicos de financiamentos:

• Desconto simples;

• Cobrança caucionada ou vinculada.

No Desconto Simples a empresa literalmente entrega os títulos ao Banco e este credita


na sua conta o total do

valor, já subtraindo os juros e comissões. Mas a empresa continua respondendo pelo não
pagamento do título em seu vencimento, recebendo, no caso, um débito, normalmente
inesperado, em sua conta corrente.

Como vemos, o controle não é tão fácil assim. Primeiro é preciso desconsiderar a entrada
dos valores destes títulos em seu vencimento, pois o dinheiro já foi creditado no ato do
desconto. Assim, eles precisam ser desconsiderados no fluxo de caixa. Por outro lado,
não podem ser simplesmente baixados, pois a empresa ainda responde por eles. Enfim,
o que o sistema faz é dar a eles uma condição especial de modo que não participem
do fluxo de caixa. Situação mais complicada ainda ocorre com os títulos colocados em
cobrança caucionada ou vinculada.

Trata-se de um financiamento onde as duplicatas servem de garantia, mas dentro de um


processo rotativo. Normalmente o valor da garantia é 20% acima do valor do empréstimo.

O contrato é longo, normalmente 1 ano, e durante sua vigência os títulos pagos podem
ser substituídos por novos e o valor recebido é creditado na conta da empresa.

Caso o título não seja pago, o banco pede sua substituição e o mesmo passa para a
cobrança simples. No final do contrato os títulos pagos são retidos exatamente para
cobrir o pagamento do empréstimo e o que sobrar também vai para crédito da conta
corrente.

Este tipo de contrato, além de ter uma taxa de juros menor e ter um prazo maior, é mais
fácil de ser aprovado pelos Bancos do que o Desconto Simples.

É claro que em todos estes casos há necessidade de se analisar cuidadosamente qual a


real taxa de juros que está sendo cobrada.

Para tal a fórmula do valor presente é a melhor entre as muitas disponíveis em qualquer
compêndio de matemática financeira.

328
Aplicações e Empréstimos

Gestão Administrativa
O controle destas operações afeta diretamente o fluxo de caixa e no sistema elas podem
ser simuladas para se atingir a melhor combinação. A diversidade de aplicações em nosso
mercado – CDB, fundos de renda fixa ou variável, mercado de ações, compra de moedas
estrangeiras, a tradicional caderneta de poupança e muitos outros – provoca a criação de
rotinas específicas para elas.

Moedas e as Desvalorizações Cambiais

Apesar da baixa inflação que finalmente parece ser fato consumado em nosso país, a
questão das várias moedas é, ainda, um ponto que deve ser tratado tanto em sistemas
financeiros como de contabilidade. Mesmo porque, uma oscilação entre as várias moedas
do mundo sempre existirá, dependendo da saúde econômica de um país em relação a
outro.

No aspecto financeiro, há de se considerar que alguns bens da empresa, seja papel


moeda, sejam títulos, sejam ativos podem e devem ser gravados em moeda estrangeira.
Com a oscilação do câmbio, no entanto, estes

bens mudam de valor em real e no seu vencimento ou alienação passam por um


processo de valorização ou desvalorização, diferença esta que precisa ser devidamente
contabilizada.

No sistema, a solução para estes casos foi a criação de um campo que indica o tipo de
moeda em que está gravado o valor. Há também um arquivo de moedas que reflete dia-
a-dia o valor do câmbio das moedas estrangeiras em relação ao real. Desta forma, pode-
se, a qualquer momento emitir-se um relatório em qualquer moeda e converter todos os
valores para Real ou Dólar ou Euro ou qualquer outra preestabelecida.

Já no sistema de estoque, cada moeda tem seu próprio campo e seus valores são
históricos, ou seja, são convertidos pela taxa do dia do fato. Mas note que apenas a
Entrada do Material proveniente de uma compra é que sofre a conversão.

Daí em diante, o sistema trabalha com a própria moeda estrangeira. Assim, as requisições
que são apropriadas às Ordens de Produção são valorizadas, por exemplo, pelo custo
médio em dólar, que constitui um campo próprio no arquivo de Saldos.

Também nas OPs há um campo próprio para as moedas estrangeiras, de modo que quando
é feita a valorização do produto produzido, não há mais necessidade de conversão. E
assim o processo continua até a definição do Custo da Mercadoria Vendida.

329
Gestão Administrativa Variação Monetária, Correção Integral e FASB:

O objetivo do cálculo da Variação Monetária é ajustar o balancete de uma empresa, em


especial com relação à conta de Lucros e Perdas, cujos números são falsos em decorrência
dos efeitos de uma desvalorização da moeda, causada pela inflação.

Muitas empresas chegaram a distribuir dividendos achando que estavam tendo lucros
altíssimos e logo depois quebraram, pois o resultado apresentado era ilusório.

A questão de como fazer este acerto é polêmica, porque nem todos concordam quanto
ao momento em que se deve fazer o ajuste.

Tomemos um exemplo:

A empresa vende uma mercadoria à prazo para receber o valor em 60 dias. Imaginando-
se que se tenha a previsão de inflação, como deveria ser lançada a receita: em dólar
pela taxa de hoje e lançar o prejuízo no dia do recebimento? Ou considerá-lo já no dia
da venda, deixando para o dia do vencimento apenas o ajuste do resíduo causado pela
diferença de previsão da taxa? Ou ainda, lançá-lo ao final de cada mês?

É basicamente nestas diferenças de conceitos que surgiram os vários métodos de


correção: a Correção Monetária imposta por lei em 1967 e extinta em 1996, o FASB,
adotado pelas empresas multinacionais, e a Correção Integral, idealizada pela CVM para
as sociedades anônimas de capital aberto.

A Correção Monetária fazia o acerto nos valores em cruzeiros ajustando as contas que
nada perdem com a inflação, ou seja, o imobilizado.

Ela não corrigia o estoque pois considerava que a empresa somente usufrui o lucro no
ato da venda. Assim,

a realização do lucro e sua taxação, ocorre no momento da venda. Se a empresa corrige


o imobilizado é justo também que o Capital e o restante do patrimônio líquido sejam
corrigidos. Afinal o acionista também deve ser beneficiado, pois é ele o proprietário deste
imobilizado. Com isso a empresa somente pagava imposto de renda sobre a diferença
entre a valorização do imobilizado e do patrimônio.

Já o FASB se preocupa com o balancete em dólar. Partindo do princípio que os valores ali
registrados foram convertidos pela taxa do dia do lançamento, o que se faz é dividir os
valores em reais das contas que exatamente perdem ou ganham com a inflação pela taxa
atual do dólar. Assim, se a conta caixa apresentar um saldo de R$1.000,00, convertido
pela taxa de R$50,00 referente à data de sua entrada, o saldo em dólar será de US$20,00.

330
Supondo que hoje, no fechamento, a taxa seja de R$ 80,00, o saldo real em caixa é de
apenas US$12,50, ou seja, se convertêssemos agora os reais para dólar teríamos realizado

Gestão Administrativa
uma perda de US$7,50 devido a inflação, e é exatamente isto que a matriz estrangeira
quer saber. Esta despesa é debitada em uma conta “Ganho e Perdas com a Inflação” e o
crédito é feito na própria conta caixa, ou em uma subconta.

O mesmo raciocínio é válido para todas as contas do Circulante, como duplicatas e outros
títulos a receber e de forma inversa, no contas a pagar. Nele, cada vez que o pagamento
é postergado há um ganho, pois o valor desembolsado em dólar é menor.

O FASB pede justamente isto: que se ajuste os valores para o câmbio corrente lançando em
contas apropriadas os ganhos e perdas obtidos. As perdas do caixa devem ser debitadas
em Despesas Financeiras abatendo-as das Receitas Financeiras, normalmente altíssimas,
porém ilusórias em períodos de inflação. As perdas do Contas a Receber devem reduzir o
valor das Receitas com Vendas, que assim refletirão os prejuízos obtidos com as vendas a
prazo. Por outro lado, os ganhos obtidos com as contas a pagar de Fornecedores devem
ser creditados ao Custo da Mercadoria Vendida, que será assim reduzido em função dos
pagamentos com prazos dilatados.

O FASB não apresenta um efeito idêntico ao da Correção Monetária, pois cada um trata o
Estoque de forma oposta. Enquanto a Correção Monetária não corrige o estoque, fazendo
com que o lucro da desvalorização do custo seja realizado somente no ato da venda, o FASB
ao não considerar o Estoque como um item do Circulante, está na verdade considerando
que ele se valoriza com a inflação, o que no fundo é uma realidade (na verdade este era
um “benefício” que o governo concedia às empresas, pois já que a lei exigia a correção
do imobilizado, taxando-a, porque já não corrigir também o estoque no fechamento do
exercício? Certamente nenhum governante da época percebeu esta “falha”!).

Para talvez igualar os resultados e, porque não dizer, corrigir a “falha” mencionada,
em 1992, a CVM — Comissão dos Valores Mobiliários, autarquia federal que tem como
uma de suas missões proteger acionistas que aplicam suas economias em empresas de
capital aberto —, estabeleceu que as empresas S/A de capital aberto apresentassem
seus demonstrativos segundo novas regras.

Estas regras, denominadas de Correção Integral chegam ao mesmo resultado que o


FASB, mas evidentemente usando os índices de variação da inflação. A idéia era que este
mecanismo viesse a ser adotado posteriormente para efeito de tributação do imposto de
renda, mas com o declínio da inflação e o plano Real, qualquer tipo de correção oficial foi
eliminado a partir de 1996.

331
O sistema mantém as rotinas de Variação Monetária em seu módulo contábil através
dos seguintes mecanismos, mesmo porque as empresas estrangeiras, apesar dos baixos
Gestão Administrativa

índices de inflação, não têm intenções de abandonar o FASB:

1. No cadastramento das contas coloca-se, se ela for sujeita à variação, ou seja, se


for uma conta sujeita aos efeitos da inflação (Caixa, Bancos, Contas a Receber e a
Pagar, enfim todo o Circulante) a conta que deve ser a contrapartida de sua perda
ou ganho. Exemplos: Conta caixa: receitas financeiras. Contas a receber: receitas
com vendas. Contas a pagar: custo da mercadoria vendida, etc.

2. Pode-se também mencionar uma conta diferente da própria para servir de Redutora.
Assim, por exemplo, em vez de creditar-se na própria conta caixa a sua perda com
a inflação, cria-se uma outra específica para este fim, que sintetizada com a própria,
nos dá o novo saldo em moeda forte. Com isso os valores das variações ficam
destacados dos operacionais.

3. Informa-se qual a conversão que deve ser feita no ato do lançamento para cada
conta: usando-se o dólar do dia, o médio do mês, o da data de vencimento do título
ou um informado pelo usuário no ato do próprio lançamento. A vantagem de usar
a taxa do dia do vencimento (caso de compras e vendas), embora seja sempre uma
previsão, é que neste caso está se fazendo o tratamento da Variação Monetária de
imediato, no momento do lançamento e com isto, ao final do mês, é feito apenas
o ajuste entre a taxa prevista e a real. Ou seja, antecipa-se ao máximo o ajuste do
resultado.

4. Mantém-se um Plano de Contas para cada moeda, cada um com seu saldo baseado
nos lançamentos convertidos.

5. Mantém-se um arquivo com as taxas diárias em relação ao Real de cada moeda,


arquivo este que deve prever as taxas futuras caso alguma conta faça a conversão
pela data do vencimento.

6. Ao final do mês, ou do exercício contábil, processa-se a rotina de Variação Monetária,


que faz os seguintes procedimentos:

6.1 Para cada conta do Circulante, ou seja, aquelas para as quais foram cadastradas
contas de Variação Monetária, divide-se o saldo em Real pela taxa da moeda
correspondente no dia do fechamento.

O resultado é o novo saldo da conta em moeda forte. A diferença, positiva ou


negativa, é debitada ou creditada na conta de Variação e creditada ou debitada na
conta Redutora. As contas de Variação farão parte do resultado da empresa em
moeda forte.

332
Note que as contas que não sofrem variação como Estoques, Imobilizado e
Patrimônio Líquido (ou seja, quase exatamente aquelas que sofriam os efeitos da

Gestão Administrativa
Correção Monetária) permanecem com seus valores históricos em moeda forte, isto
é, convertidos pela taxa do dia do lançamento.

6.2 Para efeito de emissão de um Balancete com Correção Integral, reconverte-se


os saldos em moeda forte para Real, pela taxa atual. O que ocorre: as contas do
Imobilizado e Patrimônio Líquido aumentam de valor. As contas do Circulante
permanecem iguais, pois temos agora uma menor quantidade de moeda forte, mas
multiplicadas por uma taxa maior. Mas as contas de Estoque, que não sofreram a tal
da Variação, têm agora o mesmo comportamento do Imobilizado, ou seja, têm seu
valor aumentado, refletindo em Real o seu valor atualizado. E o reflexo desta ação é
o aumento do Lucro e a conseqüente tributação, embora os itens ainda não tenham
sido vendidos.

Apesar da não obrigatoriedade e dos baixos índices de inflação, muitas empresas,


especialmente as multinacionais, continuam a processar a Correção Integral de seus
balanços.
Analisemos um exercício, onde ainda é considerada uma alta taxa de inflação:
Situação inicial (dia 1):
Taxa do dólar R$ 50
Caixa Saldo Devedor de R$ 1000 e US$ 20
Capital Saldo Credor de R$ 1000 e US$ 20
Dia 15:
Taxa do dólar: R$ 60
Lançamentos:
Receita de Vendas: R$ 2400 US$ 40
Debita Contas a Receber e Credita Receita com Vendas
Receita com Aplicação: R$ 240 US$ 4
Debita Caixa e Credita Receita Financeira
Saldo no final do mês:
Caixa Saldo Devedor de R$ 1240 US$ 24
Contas a Receber Saldo Devedor de R$ 2400 US$ 40
Capital Saldo Credor de R$ 1000 US$ 20
Receitas Saldo Credor de R$ 240 US$ 4
Financeiras
Receita Saldo Credor de R$ 2400 US$ 40

333
Resultado antes da Correção 2640

Ativo/Passivo R$ 3640 US$ 64


Gestão Administrativa

Taxa do dólar: R$ 80

Contas com Variação: Caixa e Contas a Receber. Ajuste de Saldos em dólar:

Caixa: de US$24 para R$1240/80 = US$15,5 isto é, menos US$8,5

Contas a Receber:

de US$40 para R$2400/80 = US$30, menos US$10

Débito em Receita Financeira e Crédito no Caixa: US$8,5

Débito em Receita com Vendas e Crédito no Contas a Receber: US$ 10

Resultado em Dólar:

Receita com Vendas: 40 - 10 = 30,0

Receita Financeira: 4 - 8,5 = - 4,5

Resultado: 44 25,5 isto é -18,5

Em Real (Balancete com Correção Integral, só que em dólar):

Caixa: 15,5. 80 = 1240

C/R: 30 . 80 = 2400 3640 (ativo)

Capital: 20 . 80 = 1600

RF : -4,5 . 80 = -360

RV : 30 . 80 = 2400 3640 (passivo)

Resultado: 2040 e não 2640, isto é, menos 600

Ativo/Passivo US$45,5 R$3640

Como se vê neste caso, os efeitos de uma Correção Integral são idênticos aos da Correção
Monetária tradicional, baseada na legislação de 1967. No fundo o que houve foi uma
correção do Capital, que perdeu R$ 30, ou seja a variação de 50 para 80 no câmbio, para
cada dólar. Como tínhamos US$ 20 de capital, a perda foi de R$600. Na verdade a perda
foi em cima do Circulante Líquido ou seja do Caixa + Contas a Receber.

334
Fazendo um exemplo rápido, onde exista Estoque vemos que aí sim as duas correções
resultam em valores diferentes.

Gestão Administrativa
Situação Inicial ( Taxa do dólar: R$ 50)

Estoque R$ 1000 US$ 20

Capital R$ 1000 US$ 20

Lançamentos (Taxa do dólar: R$ 60)

Receita com Vendas: R$2400 US$ 40

Esta receita foi proveniente da venda de 50 % do estoque

CMV R$500 US$ 10

Saldos no final do mês:

Contas a Receber R$ 2400 US$ 40

Estoque R$ 500 US$ 10

CMV R$ 500 US$ 10

Capital R$ 1000 US$ 20

Receita com Vendas R$ 2400 US$ 40

Ativo/Passivo R$ 3400 US$ 60

Cálculo da Variação Monetária, com base no FASB/Correção Integral

(Taxa do dólar: R$ 80)

Contas a Receber: de US$ 40 para R$ 2400/ 80 = US$ 30, isto é, menos 10

Débito em Receita com Vendas e crédito em Contas a Receber US$ 10

Resultado em Dólar:

Receita com Vendas: 40 – 10 = 30

CMV : 10 10

Resultado: 30 20, isto é, menos 10

Em Real (Balancete com Correção Integral, só que em dólar):

C/R: 30 . 80 = 2400

Estoque: 10 . 80 = 800

(o estoque VALORIZOU-SE com a inflação)

335
CMV: 10 . 80 = 800

Capital: 20 . 80 = 1600
Gestão Administrativa

RV : 30 . 80 = 2400

Resultado: 2400-800 = 1600 e não 1900 isto é, menos 300

Ativo/Passivo: US$50 R$4000

Vamos agora ver qual seria o resultado pela Correção Monetária

Receita: 2400

-CMV: 500

- CM do Capital: 600

Resultado: 1300 ou seja, menor que os 1600 obtidos com a Correção Integral, sendo que
os 300 a mais equivalem exatamente à valorização do Estoque.

Análise de Crédito e Controle de Inadimplência

A análise de crédito é feita com base em informações comerciais obtidas em outras


empresas que, de preferência, tenham já feitos negócios com o futuro cliente. A Internet
certamente facilita esta tarefa, fornecendo muitas informações difíceis de se obter até
pouco tempo atrás.

No sistema, duas rotinas controlam e evitam a venda para clientes que apresentam algum
perigo. Para cada cliente é definido um risco de A a E, risco este que aceita ou rejeita um
pedido dependente do volume de títulos em atraso. O risco é informado ou pode ser
gerado automaticamente de acordo com critérios pré-estabelecidos.

Além do risco há também o Limite de Crédito evitando que, se o pior acontecer, pelo
menos as perdas não sejam muito altas. Também este valor pode ser calculado de forma
automática, inclusive baseado em informações obtidas da rede mundial. Via Internet
o sistema consegue acessar, por exemplo, informações do SERASA ou do SPC e assim
atualizar dados de clientes como títulos protestados, cheques sem fundos, falências e
concordatas.

O controle de inadimplência é feito através de uma reação rápida quando o primeiro


atraso ocorrer. Suspensão de assistência, interrupção de fornecimento, envio de cartas
de advertência e finalmente medidas judiciais são atos que podem e devem ser acionados
via sistema.

336
Orçamentos e a “Contabilidade” Financeira

Gestão Administrativa
A contabilidade é o meio pelo qual se obtém os resultados econômicos de uma empresa.
Mas o fato de trabalhar pelo regime de competência, pelo seu aspecto oficial e fiscal e por
que não dizer, pela sua complexidade no cumprimento das normas atuárias estabelecidas,
fez com que surgissem as chamadas contabilidades paralelas. Caracterizam-se por serem
simplificadas, tratam os dados do jeito que a empresa quer e principalmente trabalham
em regime de caixa, ou seja, o que vale é a entrada e saída do dinheiro proveniente de
todas as operações realizadas. Assim, se a venda ou compra for à prazo, interfere no
resultado no mês do recebimento ou pagamento, inclusive se parcelado. O mesmo
com as aquisições de ativos e outras transações que envolvem trabalhosas rotinas de
amortização.

Desta forma cria-se no próprio módulo financeiro uma pseudo-contabilidade. Nela


a conta é substituída pela natureza e os lançamentos contábeis por movimentações
financeiras e bancárias.

O orçamento para cada natureza possibilita um planejamento e controle muito mais


eficiente do fluxo de caixa, pois permite que se compare a previsão com o realizado e
este com o devido em função das datas de vencimento.

Ativo Fixo

O controle do Imobilizado de uma empresa teve na complicada legislação da Correção


Monetária o seu mote para a informática. Se formos considerar apenas o controle de
bens de uma empresa e o cálculo de sua depreciação, que sem dúvida, é elemento
importante na composição dos custos das empresas, concluímos que esta parte poderia
ser simplesmente uma sub-rotina da contabilidade. Mas a necessidade que o governo
teve, nos anos que convivemos com a inflação, em complicar o mecanismo da correção
fez com que se criassem softwares especializados em Ativo Fixo.

As manobras para recolher mais impostos de um lado e as reavaliações que as empresas


faziam para supervalorizarem os efeitos da inflação, proporcionou um sem-número de
leis que somente um especialista era capaz de decifrar. E tudo porque não havia um
índice de inflação aceito unanimamente. Mas como este tempo já passou e não deve
voltar tão cedo, esqueçamo-lo.

É claro que o processo de depreciação também apresenta seus “poréns”. É um custo que
representa o uso e desgaste que ocorre com um bem de alto valor. Da mesma forma que
não seria certo considerá-lo como uma simples despesa no mês de aquisição, aniquilando
o lucro do período, não é certo também pensar como alguns ilusionistas: isto não é
despesa, é investimento e jamais subtraí-lo do resultado.

337
O mecanismo da depreciação lembra um conta-gotas. Descarrega em despesas, mês a
mês, o valor de aquisição diluindo o seu custo durante o uso do bem e, o que é mais
Gestão Administrativa

importante, guardando o dinheiro necessário à sua reposição. Só que evidentemente a


empresa não vai tirar o dinheiro do caixa e colocá-lo em um cofre para no final da vida útil
do bem fazer a nova aquisição.

O objetivo na verdade é reduzir o lucro impedindo que os acionistas, vendo um lucro


alto, saquem, através de dividendos, este dinheiro que deve ser resguardado. Assim, a
despesa com depreciação é creditada em uma conta chamada Depreciação Acumulada e
seus recursos são usados para reforçar o capital de giro da empresa, através do aumento
do circulante. Circulante este que evidentemente sofre, em momentos diferentes, o
impacto da aquisição, mesmo que ela seja parcelada.

Ao analisar um Mapa de Origens e Aplicações sempre aparece como Origem a despesa de


depreciação do mês, já que ela reduziu o lucro mas não reduziu o caixa, e por outro lado,
em Aplicações, as aquisições de bens.

Vida útil do bem

Um computador nos dias atuais dura 5 anos? E uma máquina fabril, com o atual
desenvolvimento tecnológico, pode se manter por 10 anos?

Pois estes são os tempos de vida útil estabelecidos pela legislação do imposto de renda.
Vantagem para o acionista que não vê seu lucro diminuído (mas pode estar sendo
enganado e ter surpresas desagradáveis no futuro), desvantagem para a empresa que
paga imposto de renda mais alto hoje, embora se considerarmos o período todo, o valor
seja igual.

No sistema, por exemplo, a taxa de depreciação anual, que no fundo reflete o tempo de
vida útil (10% para 10 anos, 20% para 5 anos e 2% para 50 anos – caso de edifícios e outros
imóveis), pode ser diferente para cada uma das moedas previstas no sistema. Assim, na
contabilidade em Real, é usada a taxa legal, enquanto que para as demais, em especial em
dólar, é usada uma mais realista, já que normalmente a matriz da multinacional está mais
interessada no resultado efetivo da empresa do que naquele camuflado pela legislação.

Existem também, casos em que a depreciação varia durante a vida útil do bem,
normalmente acelerando o processo. Diante de um laudo emitido por autoridade
competente, pode até ser usado na contabilidade oficial. Os critérios variam, mas
resumem-se nos seguintes:

• A taxa mensal aumenta conforme o bem perde em produtividade;

338
• A taxa diminui de tal forma que a soma da depreciação mais as despesas de
manutenção, crescentes com o desgaste do bem, fiquem mais ou menos

Gestão Administrativa
constantes durante sua vida;

• A taxa é maior porque o bem trabalha 24 horas por dia, fins de semana ou
mesmo em condições desfavoráveis.

Reavaliação

A reavaliação de um bem, usada até pelo governo quando reconheceu que os índices de
inflação oficiais não condiziam com a realidade (lei 8200), é na verdade usada quando
uma empresa quer aumentar seu valor patrimonial, seja em uma oferta de venda, seja
na busca de uma garantia para um financiamento, seja para mascarar um prejuízo
operacional. É aplicável mais nos casos de imóveis, que por um motivo qualquer têm
seus valores aumentados de forma significativa.

De qualquer forma é um procedimento que foge dos padrões contábeis estabelecidos,


onde um fato só deve ser registrado no ato de sua concretização. Neste caso, na venda
do imóvel, cujo lucro seria contabilizado na conta Lucro na Venda de Ativos.

Qualquer reavaliação depende de laudo oficial. A reavaliação também é depreciada, mas


via de regra separadamente do valor original e considerando o período que ainda resta
de vida útil.

Baixas

Como já foi dito a depreciação é debitada em despesas e creditada em Depreciação


Acumulada. Embora seja uma conta com saldo credor é ela mantida no ativo, reduzindo
o valor do Imobilizado, que apresenta assim um saldo sintético real, ou seja, aquele que
seria obtido se hoje vendêssemos os bens.

Portanto, ao encerrar a depreciação, ou seja, ao final da vida útil do bem, esteja ele
funcionando ou não, seu valor residual é zero. Por isso não se justifica sua baixa, pois se
ele ainda está em funcionamento, deve constar do balanço da empresa, refletindo sua
existência.

Portanto, a baixa de um bem somente deve ocorrer quando de seu sucateamento, venda,
roubo ou outro tipo de desativação.

Neste caso credita-se a conta do Ativo, debita-se a depreciação acumulada e debita-se


o caixa, se algum valor foi recebido. E, neste caso, pode haver um lucro ou prejuízo (se
houver valor residual), que será então lançado em uma conta de resultado.

339
O caso fica um pouco mais complicado se for uma baixa parcial. Se, por exemplo, for um
bem facilmente divisível, como a compra de 100 cadeiras, é comum baixar-se parte delas
Gestão Administrativa

e o cálculo da proporcionalidade é uma simples regra de 3. Os lançamentos contábeis e o


valor residual são feitos em cima destes valores.

Exemplo:

100 cadeiras adquiridas a R$ 180,00 cada uma = R$ 18.000,00

Após 12 meses: Depreciação acumulada = R$ 1.800,00

isto é, 18.000 / 120 meses (10 anos) . 12 meses

Venda de 30 cadeiras a R$ 100,00 cada

Caixa: R$ 3.000,00

Depreciação Acumulada: R$ 540,00 (só das 30 cadeiras)

Ativo Móveis e Utensílios: R$ 5.400,00

Prejuízo na venda: R$ 1.860,00

Na verdade cada cadeira deveria ter sido vendida por R$ 162,00, isto é, R$ 180,00 –
R$ 18,00 da depreciação anual, dando o total de R$ 4.860,00.

Ampliações e Reformas

Da mesma forma, ampliações e reformas de bens já imobilizados podem ou ser agregadas


a ele e ter o valor da depreciação mensal aumentado e o prazo mantido ou serem
considerados itens a parte e ter uma depreciação própria, alongando assim a vida do
bem. A opção pode até ser feita de acordo com o interesse econômico da empresa, ou
seja, sua necessidade de gerar despesa.

Quanto à obrigatoriedade de imobilizar uma aquisição, a regra que manda é o seu valor.
O imposto de renda pode glozar um balanço que apresente grandes aquisições lançadas
em despesas, até mesmo em casos de, por exemplo, um grande trabalho de consultoria
que visou reorganizar a estrutura departamental da empresa.

E finalizando estes comentários sobre ativo fixo, um resumo de sua real necessidade de
controle:

• Precaver-se de furtos de bens, tão difíceis de se comprar e tão fáceis de


desaparecer. Para tal deve-se usar as etiquetas impressas pelo próprio sistema,
que coladas nos bens e com código de barras, permitem um rápido e eficiente
inventário dos mesmos;

340
• Responsabilizar pessoas dentro da organização, através de relatórios por
centro de custo;

Gestão Administrativa
• Apuração de um custo mais exato pois é fato comum termos máquinas caras
e com alta produtividade e máquinas velhas e obsoletas mas com custo baixo.
Nem sempre a modernidade é a melhor solução. De qualquer forma a decisão
somente pode ser tomada com um detalhado controle de custos de depreciação.

RH — Recursos Humanos

É história que, antigamente, uma empresa poderia se considerar informatizada quando


seus “holleriths” estivessem finalmente sendo impressos pelo “cérebro eletrônico” da
empresa.

A folha de pagamento foi sem dúvida o sistema que mais rapidamente se adaptou aos
novos recursos do processamento de dados.

Alto volume de cálculos e dados, periodicidade quinzenal e necessidade de um


processamento rápido — o tempo entre a puxada do cartão de ponto e o pagamento é no
máximo de dois dias – fez com que este setor fosse sempre o primeiro a ser informatizado
e colaborou para êxito de muitos birôs de serviços independentes.

Mas nossa complexa legislação — a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) — fez
com que os programas da folha, por incrível que pareça, se coloquem entre os mais
difíceis de serem desenvolvidos e mantidos, exigindo sempre um grupo especializado de
programadores.

Mas a evolução deste módulo tem sido enorme nos últimos anos, transformando os
prosaicos sistemas de Folha em completos sistemas de Recursos Humanos.

Inicialmente analisemos o básico:

A base do sistema está no cadastro de funcionários, um verdadeiro arsenal de informações


que atende não somente o pagamento mensal mas também as rotinas anuais como 13º
Salário, férias, RAIS, FGTS, DIRF, entre outros.

Quanto aos vencimentos e descontos normais da folha, o importante é a flexibilidade de


cálculo que deve existir. Esta questão, aliás toca em um importante ponto de qualquer
software de gestão: a sua flexibilidade.

Até onde podemos customizar uma fórmula? Fazer uma expressão matemática,
utilizando os campos disponíveis nos arquivos é suficiente ? E que tamanho poderia
ter esta expressão? A verdade é que em muitos casos isto não resolve. Basta analisar o
cálculo do nosso imposto de renda pessoa física. A taxa é variável de acordo com o total
de vencimentos tributáveis, mas dentro de um esquema de cascata.

341
Exemplo:

Até R$ 1.257,12 isento


Gestão Administrativa

De R$ 1.257,13 a R$ 2.512,08 alíquota de 15%

Acima de R$ 2.512,08 alíquota de de 27,50%

Como o cálculo é em cascata se o valor do vencimento for, por exemplo, R$ 2.600,00, o


IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) não será de 27,50% de R$ 2.600,00 que daria
R$ 715,00.

O certo é :

Isento até R$ 1.257,12

15% de R$ 1.254,96 (2.512,08 - 1.257,12) = 188,24

27,50% de R$ 87,92 (2.600,00 - 2.512,08) = 24,18

Total do imposto = 212,42

Fazer este cálculo em uma única expressão, mesmo usando os valores a deduzir que
normalmente aparecem nas tabelas publicadas é praticamente impossível.

Portanto, é preciso que as fórmulas de cálculo de cada provento ou desconto sejam


customizadas através de verdadeiras rotinas programáveis, com possibilidade de Ifs,
Elses, Whiles, Cases e prolongando-se por dezenas ou mesmo centenas de linhas de
código.

O sistema possibilita esta opção através do uso de um interpretador de código em Run-


Time, ou seja, o usuário escreve a rotina em uma sintaxe preestabelecida, dá a ela um
nome e a cita como sendo a fórmula de cálculo de um determinado provento/desconto.
Este recurso é propagado nos demais módulos do sistema.

Outro ponto interessante em sistemas de folha é a questão das Bases. Para cada fim a
base é diferente. Para efeito de FGTS entra Ajuda de Custo, já para Imposto de Renda,
não. Prêmios, comissões, férias, aviso prévio, salário família, auxílios maternidade e
natalidade, adicionais noturnos, insalubridade e periculosidade são vencimentos que
podem ou não participar das base de INSS, FGTS, 13º Salário, Férias, Aviso Prévio, Imposto
de Renda, Hora Extra e outras.

Benefícios como Assistência Médica, Vale-Transporte, Cesta Básica, Vale-Refeição, Seguro


de Vida e Acidentes e uma série de outros também são tratados na folha, seja como um
vencimento adicional, seja descontando um valor simbólico em troca de uma vantagem
oferecida.

342
Adiantamentos, cálculo do IRRF, FGTS, INSS, Contribuição Sindical, Férias e seu Abono,
Comissões, Rescisões e Afastamentos, 13º Salário, Troco, Adicional por tempo de serviço,

Gestão Administrativa
DSR, Dissídios, Salário Família são, entre outras, rotinas que fazem da folha um sistema
com nível de complexidade acima do normal.

Em se tratando de relatórios a lista é bastante extensa: recibo de pagamento (nome


correto de “hollerith”), cheques, relação de líquidos, a própria folha, relação dos
vencimentos, descontos e tributos, ficha financeira, relação de admitidos e demitidos
são os principais, sendo que muitos deles são gerados em meio magnético.

O cartão de ponto por sua vez é substituído pelo relógio eletrônico, onde o funcionário,
ou passa o seu crachá, ou simplesmente sua impressão digital e um smart-card, se for um
dispositivo que aceita esta entrada.

O sistema de Folha de Pagamento no entanto evoluiu muito. Primeiro passou a ser um


sistema de Gestão de Pessoal e depois um completo sistema de Recursos Humanos.

Nele incorpora-se:

Terminal de Consulta do Funcionário: possibilita ao funcionário consultar seus dados


através da rede. É claro que um forte esquema de senhas garante o sigilo. Situação de
férias, lançamentos no demonstrativo de pagamento

no mês, extrato de FGTS, marcações de ponto são algumas das consultas disponíveis.
Também é possível que o próprio funcionário atualize seu cadastro como endereço e
outros dados, sempre sob a auditoria do departamento de pessoal.

Recrutamento e Seleção de Pessoal: todo o controle e análise de currículos que a


empresa recebe são tratados por esta rotina. Estes currículos podem ser preenchidos
em uma página pré-formatada da Internet de tal forma que é possível uma pré-seleção
dos candidatos a determinado cargo.

Substituições, promoções e análises de cargos e funções são automatizados quando se


tem no sistema informações sobre todas as características de cada funcionário.

É claro que um criterioso esquema de pontuação consegue tornar mais exato aferir-se o
nível de qualidade de cada funcionário, pois são considerados cursos e testes realizados,
conhecimento de idiomas, histórico profissional, participação em seminários, eventos e
viagens, etc. Os próprios testes são automatizados e até corrigidos de acordo com as
respostas do candidato.

Controle de exames médicos e do estado de saúde dos funcionários. Benefícios


concedidos aos familiares e suas características.

Apesar de possuir características não tão exatas e bem definidas como os demais setores
da empresa, o RH vem procurando tornar cada vez mais a administração de pessoal uma
atividade altamente técnica e baseada em critérios científicos e isentos de decisões subjetivas.

343
05 Fluxo Sistêmico

Fluxo Sistêmico
A representação da Integração
da Empresa

O fluxo geral do Protheus, verdadeiro ícone com o qual ele se identifica, mostra os
pontos de ligação entre os vários departamentos de uma empresa, em especial do setor
industrial.

Figura 5.1 - Fluxo sistêmico.

345
Lançamentos Automáticos

O ponto mais importante da integração são os lançamentos contábeis automáticos


Fluxo Sistêmico

(L.A.). São rotinas disparadas a partir das telas de entrada dos vários módulos e de
qualquer outra rotina cujos cálculos afetem alguma conta contábil. As contas a serem
movimentadas, bem como o histórico e os valores são parametrizados em uma tabela-
mestre.

Os lançamentos, que são gerados automaticamente, são os seguintes:

Figura 5.2 - Lançamentos automáticos representados nas contas T.

a. Pelas compras de materiais: débito a Estoque correspondente e crédito a


Fornecedores;

b. Pelas despesas: débito em Despesas e crédito a Fornecedores e outras Contas a


Pagar;

c. Pelas Requisições: débito a Processo ou Despesa com material de consumo e crédito


ao Estoque correspondente;

d. Pelos rateios dos centros de custos improdutivos nos produtivos: débito à


Transferência de Rateio dos Centros Produtivos e crédito à Transferência dos
Centros Improdutivos;

e. Pela absorção dos custos: débito ao Processo e crédito à Despesas Industriais;

f. Pela produção: débito a estoque de Semi-Acabados e Acabados e crédito a processo;

346
g. Pelas vendas ao valor de custo: débito ao Custo da Mercadoria Vendida e crédito a
Estoque de Produtos Acabados;

h. Pelas Vendas ao Valor Faturado: débito a clientes e Despesas com ICMS, Cofins e PIS

Fluxo Sistêmico
e crédito a Receitas, ICMS, Cofins, PIS e IPI a recolher;

i. Pelos Recebimentos de duplicatas: débito a Banco e Despesas com descontos


concedidos e crédito a Clientes e Receitas de Juros;

j. Pelo Pagamento das Obrigações: débito a Fornecedores e Despesas com Juros e


crédito a Bancos e Receita com Descontos Obtidos;

k. Pela folha de pagamento: débito às Despesas com Pessoal e Encargos e crédito a


Contas a Pagar, Provisões de Férias, 13º e adiantamentos de salários;

l. Pela depreciação do ativo fixo: débito a Despesas com Depreciação e crédito a


Depreciação Acumulada;

m. Pelo Encerramento das contas de resultado (final do exercício): débito a Receitas


e crédito a Conta Lucro do Exercício, débito a conta Lucro do Exercício e crédito à
Despesas.

Com isso é possível manter-se a contabilidade absolutamente atualizada e em tempo real,


além de manter os saldos íntegros com os demais arquivos do sistema. Considerando que
a contabilidade retrata a situação econômica e financeira da empresa é fácil perceber
as vantagens obtidas com este procedimento. Note que no fluxo tudo aponta para o
quadro que mostra o Resultado da Empresa, objetivo maior de qualquer sistema ERP.

Supply Chain Management

Outro ponto forte de integração é a geração automática do suprimento. A partir dos


pedidos de clientes ou estatísticas de vendas, abrem-se as ordens de produção e as
solicitações de compras. A partir desta é gerada a cotação de compras, sua atualização e
análise e finalmente o pedido.

347
Fluxo Sistêmico

Figura 5.3 - Detalhamento do fluxo para o processo de compras.

A partir do Pedido de Compras é feito o follow-up ou acompanhamento das encomendas


feitas aos for- necedores. Cada vez mais esta distância fica reduzida chegando-se ao extremo
em que o próprio sistema controla o processo de produção dos fornecedores. Estes
passam a ser parceiros, sócios minoritários e praticamente assumem o papel
de subsidiárias. O Supply Chain Management objetiva esta integração com o propósito de
agilizar a operação de fornecimento. São pontos básicos manter a estrutura e o controle
dos estoques dos fornecedores, uma comunicação on-line por onde transitam os pedidos
de compra e suas alterações e também a quitação de títulos quando esta não é feita via
banco. Uma cena que será vista brevemente, pode assim ser descrita: feita uma requisição
de material, o ponto de pedido é atingido. Ou ainda, um pedido de vendas é registrado,
gerando uma necessidade de compras. A partir disto, o sistema gera automaticamente
as cotações e via Internet, as envia aos vários fornecedores credenciados. Para que estes
possam recebê-las, via sistema, uma padronização neste tipo de documento é necessária,
recomendando-se para tal aquela publicada pela ASSESPRO-SP. Ela permite que sistemas
concorrentes conversem entre si seguindo uma determinada norma. Recebidas as
cotações, todas as condições de fornecimento, inclusive preço, prazo de entrega e
condições de pagamento são reenviadas via Internet ao solicitante.

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A própria análise das ofertas recebidas, com a escolha daquela que melhores condições
apresenta pode ser feita de forma automática, principalmente nos casos onde
o preço é fator decisivo. Definido o vencedor da concorrência, emite-se o Pedido de

Fluxo Sistêmico
Compra, que também, utilizando o formato padrão definido pela ASSESPRO-SP, viaja pela
Internet de forma automática e sem intervenção humana, para converter-se em Pedido
de Venda e proceder aos trâmites de despacho. Ou seja, automatiza-se todo o processo,
desde a detecção da necessidade até a efetivação do suprimento.

Custos

Todo o processo de custos também é feito buscando seus dados em subprodutos de


outros módulos. As requisições e produções, digitadas para atualizarem os estoques, são
valorizadas automaticamente. O mesmo com os itens vendidos. E a partir destes dados,
os lançamentos contábeis.

A integração entre o Recebimento de Materiais e o Faturamento com o Financeiro é


feita a partir de algumas informações adicionais, como condição de pagamento e moeda,
colocadas nas telas que tratam estes tipos de transação.

São óbvias as muitas vantagens obtidas com esta integração:

• Menor volume de digitação;

• Maior transparência nas atualizações;

• Informações on-line;

• Redução de fraudes, pois aumentam as dificuldades;

• Maior integridade de dados. É claro que esta integração também tem seu custo:

• Necessidade de bons equipamentos, principalmente uma rede estável;

• Redução na performance dos programas de entrada de dados;

• Conseqüências danosas em casos de falhas, sejam quais forem suas origens.

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