Você está na página 1de 4

A ADMINISTRAÇÃO DA INFORMAÇÃO

RESUMO

A informação e sua administração eficaz não tem sido levadas em conta de maneira
adequada pela maioria das empresas. Este artigo tem por objetivo destacar o interesse em
tratar a informação segundo uma orientação estratégica e estimular sua discussão dentro
da empresa a fim de obter vantagem competitiva sobre a concorrência.
O artigo propõe alguns instrumentos que permitam ao leitor avaliar o grau de consciência
da empresa sobre o problema e também alguns instrumentos que poderiam ser utilizados
pelo corpo diretivo de uma empresa a fim de desenvolver sua administração estratégica
da informação.

Palavras-chave: Administração Estratégica da Informação; Informação; Vantagem Competitiva.

1 INTRODUÇÃO

O Endividamento Público, segundo Pereima-Neto e Oreiro num modelo pós-keynesiano


demonstra a taxa de juros paga pelos títulos do governo é suposta uma função crescente do
endividamento como proporção do estoque de capital; de forma que uma elevação do grau de
endividamento deveria produzir uma redução do investimento desejado pelos capitalistas em função
do efeito deletério desse maior endividamento sobre a taxa de juros.

2 O PARADOXO DA INFORMAÇÃO NA EMPRESA

A informação é um elemento importante na tomada de decisões pertinentes, de melhor


qualidade e no momento adequado. Ou seja, a informação pode ser utilizada para reduzir a incerteza
na tomada de decisão. Este argumento é dos mais conhecidos. Fator de produção: A informação é
um elemento importante para que se possa projetar e introduzir no mercado produtos (ou serviços)
de maior valor adicionado. Para melhor compreender esta afirmação, podemos utilizar o conceito de
"densidade de informação" de um produto (ou serviço). Podemos dizer que quanto maior o valor
adicionado, maior será a necessidade de informação em todas as etapas de sua concepção e
introdução no mercado. Segundo esta ótica, pode-se observar que as unidades da empresa que
contribuem intensamente à adição de valor ao produto são cada vez mais equipadas de recursos de
acesso e tratamento da informação. Estas unidades aparecem como núcleos ou elos fortemente
informatizados da cadeia produtiva de valor adicionado. A informação é igualmente fator de
produção importante quando se observa a vantagem competitiva de um país. Fatores de produção
tradicionais como terras, mão de obra ou recursos financeiros, passam a não ser recursos que
garantam sua vantagem competitiva.
Fator de sinergia: argumento adicional que se apoia no fato que uma empresa pode possuir
certas unidades que trabalham com um grande desempenho mas que globalmente possui um
desempenho medíocre. Isto se explica através de dois aspectos facilmente verificáveis:
• O desempenho global de uma empresa é imposto pelo seu elo mais frágil. As empresas
deveriam identificar suas ligações mais frágeis ao invés de intensificar investimento em pontos
onde elas já são bastante eficazes.
• O desempenho de uma empresa é condicionado pela qualidade das ligações e relações
entre as unidades que a constituem. Cada unidade, cada elo da cadeia produtiva de valor adicionado
pode ter isoladamente excelente desempenho, mas as relações e a coordenação entre estas unidades
podem ser tão ineficientes que a empresa é percebida pelos seus clientes como uma empresa de
baixo desempenho, especialmente no que diz respeito à qualidade dos serviços prestados ao cliente.
Segundo este ponto de vista, as empresas deveriam então estar bastante atentas ao modo
como suas atividades são coordenadas e à eficácia dos fluxos de informação através dos quais se
realizam as interdependências organizacionais. Fator determinante de comportamento: este
argumento é bastante conhecido mas mal compreendido e muito pouco explorado. Segundo este
prisma a informação no meio social tem por sentido exercer influência sobre o comportamento dos
indivíduos e dos grupos seja dentro da empresa, seja externamente:
• internamente à empresa, a informação tem por objetivo influenciar o comportamento dos
indivíduos a fim de que suas ações sejam condizentes com os objetivos da empresa. Isto quer dizer
que a informação é um vetor estratégico da maior importância pois ele pode tanto multiplicar a
sinergia dos esforços quanto anular o resultado do conjunto dos esforços. É desta forma que certas
empresas gastam uma enorme energia em recursos humanos, obtendo no entanto resultados
paupérrimos no mercado.
• externamente à empresa a informação tem por interesse influenciar o comportamento dos
"atores" externos de modo favorável aos seus objetivos: clientes atuais ou potenciais, fornecedores,
governo, grupos de influência, etc. A informação é também por esta razão um vetor estratégico da
maior importância.
Podemos observar a importância da informação se levamos em conta a transformação
radical pela qual tem passado o perfil do trabalho exercido pela mão de obra dentro das diversas
atividades produtivas em um país. Nos últimos 120 anos, ganhos de produtividade foram obtidos
através da mecanização de processos de produção e de transporte, seja nas atividades de
manufatura, de agricultura, ou de serviços (observa-se um crescimento médio anual de 3 a 4% nos
países desenvolvidos durante este período). O trabalho intensivo da mão de obra foi substituído pela
mecanização crescente das tarefas que consistem em produzir e transportar coisas. Se observarmos
o perfil da mão de obra existente nos países desenvolvidos, apenas 20 % do seu total se dedica
diretamente a este tipo de tarefa. Os outros 80% são trabalhadores intelectuais e de serviços cujo
elemento de trabalho é a informação. A eficácia do tratamento da informação é o elemento crítico
da atividade deste trabalhador. Se consideramos o trabalho de um dirigente de empresa,
constatamos que a troca de informação é um elemento primordial de seu trabalho. MINTZBERG
(1989) constatou que um alto executivo gasta nada menos que 40% do tempo seu tempo em
atividades dedicadas exclusivamente a transmitir informação.

3 GANHOS ESPERADOS DA ADMINISTRAÇÃO DA INFORMAÇÃO DA EMPRESA


PARA FINS DE OBTENÇÃO DE VANTAGEM COMPETITIVA.

Se a empresa optou por uma estratégia de dominação global por custos ou por qualidade, a
administração global da informação poderá lhe permitir detectar tarefas custosas e inúteis do
trabalho administrativo que podem estar diminuindo sensivelmente sua produtividade.
Se a empresa optou por uma estratégia de reação ela terá condições de obter vantagens
significativas na gestão rigorosa dos fluxos transversais de informação. Atualmente a negligência da
gestão deste tipo de informação pode gerar prazos de entrega do produto ou serviço eventualmente
consideráveis provocando assim a inquietude dos clientes mais fieis.
Se a empresa escolheu uma estratégia de dominação pela inovação, ela tem interesse em
administrar seu fluxo interno de informação ligando as unidades que se incluem no processo de
inovação. Mas a empresa tem a ganhar igualmente com a gestão eficaz dos processos de informação
relacionados com o meio externo à empresa e principalmente com a identificação de oportunidades
de ações estratégicas.

4 FERRAMENTAS PARA A ADMINISTRAÇÃO DOS FLUXO DE INFORMAÇÃO DA


EMPRESA.

As ideias que acabamos de apresentar conduzem-nos à proposição de um conjunto de


instrumentos destinados a despertar a direção de empresas a respeito da administração estratégica
da informação naquelas empresas onde ainda não houve uma sensibilização quanto a sua
importância, mas também visa permitir o desenvolvimento da administração estratégica da
informação nas empresas mais avançadas. De qualquer forma estes instrumentos são destinados à
direção das empresas e em conseqüência devem se limitar a elementos essenciais.

5 CONCLUSÃO

A administração da informação sob uma orientação estratégica é um debate cuja importância


começa a ser percebida por algumas empresas. Continuamos trabalhando no sentido de identificar
formas adequadas para levar uma empresa a melhor distinguir e administrar os fluxos de
informação existentes segundo orientação estratégica.
Vale a pena neste momento ressaltar que a tecnologia de informática exerce papel
fundamental no apoio à uma administração estratégica da informação. Neste sentido, processos de
reengenharia isto é, reestruturação dos processos de negócio suportados pela tecnologia de
informática (HAMMER 1990), são coerentes com os princípios de administração estratégica da
informação. A nosso ver os processos de reengenharia dizem respeito mais especificamente ao tipo
de informação que chamamos informação de atividade.

6 REFERÊNCIAS

http://www.fae.edu/graduacao/adm/disciplinas

http://www.admtoday.com

Você também pode gostar