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Humeid Jussub Ibraimo

Administração e Gestão Aduaneira


2º Ano, Laboral
O Mercado de Câmbio

Universidade Alberto Chipande


Faculdade de Ciências de Saúde
Novembro de 2022
Humeid Jussub Ibraimo

Administração e gestão Aduaneira


2º Ano, Laboral
O Mercado de Câmbio

Docente:
Dr. Lucas Arnaldo

Universidade Alberto Chipande


Faculdade de Ciências de Saúde
Novembro de 2022

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Índice

1. Resumo ............................................................................................................................... 4

1.1. Introdução ....................................................................................................................... 5

1.2. Objectivos ....................................................................................................................... 6

1.2.1. Objectivo Geral ........................................................................................................... 6

1.2.2. Objectivos Específicos ................................................................................................ 6

2. O Câmbio ............................................................................................................................ 7

2.1. O Mercado de Câmbio .................................................................................................... 7

2.2. Funcionalização do Mercado de Câmbio ........................................................................ 8

2.3. As operações do Mercado ............................................................................................... 9

2.4. Legalidade das operações de Câmbio no Mercado ....................................................... 10

3. Conclusão ......................................................................................................................... 13

Referências Bibliográficas ....................................................................................................... 14

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1. Resumo

O activo transacionado são ”divisas” ou moeda estrangeira, compreendendo todas as moedas


dos diferentes países com os quais uma economia tem contactos comerciais, sejam elas o dólar
americano, a libra inglesa, o marco alemão, o dólar australiano, sendo a compra de uma unidade
de moeda estrangeira uma transação de natureza económica, os agentes têm que suportar um
custo no sentido de adquirir uma daquelas moedas. Iremos ver que este custo pode ser expresso
de duas formas diferentes: em termos monetários nacionais é dado pela taxa de câmbio
nominal; o mesmo custo pode também ser expresso em termos internacionais (ou em termos
do poder de compra de uma moeda a nível internacional), dado pela taxa de câmbio real. Por
exemplo, o preço em termos monetários nacionais (taxa de câmbio nominal) que um agente
tem de pagar por deter uma libra inglesa é de cerca de 330 escudos, enquanto o preço de um
dólar americano é perto de 180 escudos.

Como existem muitas moedas estrangeiras e, consequentemente, muitas taxas de câmbio


(nominal e real), seria praticamente impossível analisar o funcionamento do mercado cambial
levando em consideração todas as diferentes moedas estrangeiras bem como as suas respectivas
taxas de câmbio.

Do mesmo modo que já simplificamos a análise do mercado de bens e serviços para que este
incluísse apenas um bem ou serviço e, consequentemente, um único preço, vamos estender este
tipo de simplificação ao mercado cambial.

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1.1. Introdução

O mercado de câmbio é um ambiente global onde ocorre a comercialização de moedas


estrangeiras. É uma das principais formas de aplicar em ativos ligados a exterior e ter resultados
positivos, como mercado internacional aquecido, a variação no valor de uma moeda estrangeira
devido a diversas influências pode ser uma oportunidade para ter lucratividade. Nesse sentido,
definir estratégias e entender melhor o mercado cambial é fundamental. Assim pode se dizer
que o Mercado de câmbio é um ambiente onde são negociadas moedas entre países,
basicamente um comércio monetário global, os agentes econômicos se referenciam em regras
cambiais para vendedores e compradores que realizam a troca das moedas, chamadas de divisas
e muitas operações são realizadas no mercado cambial, como pagamentos e recebimentos em
moeda estrangeira, especulações, participação em processos e investimentos.

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1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo Geral

 Conhecer, Caracterizar e analisar o Mercado do Cambio.

1.2.2. Objectivos Específicos

 Identificar a legalidade das operações de Câmbio;


 Saber como é feita a troca de moeda Estrangeira;
 Ilustrar a importância do Mercado do Câmbio.

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2. O Câmbio

O câmbio nada mais é que uma operação financeira para se fazer a troca da moeda de um país
pela moeda de outro país. Ele faz parte do sistema monetário internacional e tem por objetivo
facilitar transações feitas entre países. Existem diversas formas de regimes cambiais,
entretanto, quem determina a taxa é o país, ou seja, a taxa de câmbio do Brasil quem determina
é o próprio país, os modelos de taxa mais usados são o fixo e o flutuante. No primeiro modelo,
o Banco Central compra e vende a moeda estrangeira, que na maioria das vezes é o dólar, a um
preço fixo da moeda nacional.( ARIDA, 1999).

No regime flutuante a taxa de câmbio sofre oscilações decorrentes da oferta e procura do


mercado, a taxa de câmbio do Brasil até o ano de 1999 era fixo. Naquela época, US$ 1 valia
R$ 1,00. Já hoje em dia o regime de câmbio do país é flutuante, ou seja, o preço do dólar vária
conforme as oscilações do mercado.

2.1. O Mercado de Câmbio

É o conjunto de operações de câmbio, ajustadas entre operador e cliente, ou entre operadores,


situados na mesma cidade, país e países diferentes.

As operações de câmbio decorrem da diversidade das moedas dos países, aliada à


internacionalização das operações comerciais e financeiras. se o mundo todo utilizasse uma só
moeda, ou se não existissem operações internacionais, não haveria razão para a existência dos
mercados de câmbio

De cordo com (CARNEIRO 2010), O mercado de câmbio, assim como o financeiro, pode
se apresentar com determinadas características, dependendo das condições sociais, econômicas
ou climáticas dos países envolvidos. De acordo com as condições, podemos ter:

 Mercado calmo ( estável ) ;


 Mercado nervoso ( sujeito a oscilações que podem ocorrer a intervalos de poucos
segundos );
 Mercado oferecido ( grande oferta de moeda );
 Mercado procurado ( grande procura de moeda ), etc.

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De acordo com as características das operações, temos :

 Mercado pronto;
 Mercado futuro;
 Mercado intercâmbio; etc.

Cabe aos operadores manterem-se informados sobre certos dados relativos aos países
cujas moedas são internacionalmente transacionadas, como :

 Medidas adotadas pelas autoridades monetárias;


 Balanço de pagamentos;
 Cotações do ouro;
 Alterações acentuadas nas condições climáticas;
 Resultado de eleições presidenciais;e conflitos entre nações etc.

Dependendo da situação, temos muitas vezes a intervenção de governo no mercado,


geralmente através de seus bancos centrais, comprando a moeda nacional, para tentar conter
sua queda, ou vendendo-a, para evitar que fique supervalorizada, prejudicando a
competitividade de seus produtos de exportação (ibdm).

2.2. Funcionalização do Mercado de Câmbio

As operações no mercado cambial acontecem em pares, ou seja, quando é decidido comprar


uma moeda é necessário entregar outra. O funcionamento do mercado acontece durante 24
horas, 5 dias por semana.

Dessa forma, compreende quase todos os fusos horários, começa no domingo, quando as
operações asiáticas são iniciadas e fecha na sexta-feira, junto com o encerramento do mercado
dos Estados Unidos. Como uma moeda é base e a outra contada para as negociações, possibilita
as flutuações de câmbio. Uma característica do funcionamento do mercado de câmbio é que
as operações acontecem de forma descentralizada e eletrônica, sendo que as partes negociam
diretamente apenas com intermediação de instituições financeiras (LLUSSÁ, Fernanda, 2015).

Participam do mercado, os chamados Traders, com funções distintas, que são:

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 Bancos centrais;
 Instituições financeiras;
 Especuladores;
 Hedges cambiais;
 Investidores

Estruturado o Mercado de Câmbio


O mercado de câmbio tem a sua estrutura da seguinte forma: o mercado primário e o mercado
secundário.
 Mercado primário
Esse tipo de mercado é referente a entrada e saída da moeda do território nacional, ou seja, ele
é referente às transações que os viajantes, exportadores e importadores realizam.

 Mercado secundário
Já nesse tipo de mercado não existe uma movimentação de moeda, seja para dentro ou para
fora do país.
Aqui a operação se realiza de um banco com o outro, por isso também pode ser chamado de
mercado interbancário.
Ou seja, as instituições financeiras que são autorizadas pelo Banco Central do Brasil é quem
negocia a moeda para entrar no sistema financeiro do país.
O mercado brasileiro de câmbio é regulado e supervisionado pelo Banco Central (BC) e pelo
Conselho Monetário Nacional (CMN). O BC é responsável por autorizar o funcionamento de
instituições financeiras para que elas possam operar ou intermediar as operações cambiais.

2.3. As operações do Mercado


A troca de moedas é a operação básica do mercado de câmbio, que é feita por um agente
autorizado pelo Banco Central do Brasil. As demais operações realizadas no mercado são as
seguintes:

 Transferências, pagamentos e recebimentos com cartões internacionais;


 Transferências financeiras internacionais;
 Compra e venda de moedas estrangeiras;
 Investimentos em moedas estrangeiras.

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De acordo com o Banco Central, as operações podem ser feitas por pessoa física e jurídica.
Entretanto, é exigido que uma das partes sejam autorizadas pelo Banco Central para atuar
dentro da legalidade.

 Operações FOREX

Um dos mercados com maior volume de negociações, o Foreign Exchange Market – FOREX
é um mercado descentralizado e bastante especulativo. Nele, investidores de todo o mundo
comercializam moedas estrangeiras de forma eletrônica.

Muitas corretoras internacionais oferecem investimentos no FOREX, porém, no Brasil ainda


não existem instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central para atuar nesse mercado.

 A taxa Cambial

A taxa cambial é um fator relevante e muito acompanhado por todos que desejam investir,
comprar ou vender uma moeda estrangeira. De forma simples, a taxa de câmbio é o valor de
uma moeda estrangeira em relação à moeda nacional.

Dependendo da política cambial do Banco Central de cada país, a taxa de câmbio pode ser
flutuante, híbrida ou fixa. O Banco Central do Brasil adotou a taxa cambial flutuante, isso
significa que os valores da moeda são definidos pela lei da oferta e procura, de forma livre.

2.4. Legalidade das operações de Câmbio no Mercado


Os princípios básicos das operações de câmbio., são apenas 3, mas de importância sem tamanho
para quem atua no mercado internacional.

Eles estão todos dispostos na Circular 3.691 de 16 de dezembro de 2013, do Banco Central do
Brasil e regem todas as operações de câmbio realizadas no país, vamos logo a eles:

1. Comprovação documental: para toda operação de câmbio que seja realizada entre uma
pessoa física ou jurídica e uma instituição financeira autorizada a trabalhar no mercado
de câmbio há a obrigatoriedade de apresentar documentos que comprovem a origem da
transação.

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2. Legalidade da transação: as operações de câmbio devem estar amparadas nas
Circulares vigentes do Banco Central, que versem sobre o assunto. Além destas,
também deve observar a legislação que trata da questão tributária (imposto de renda -
IR e imposto sobre operações financeira- IOF) e demais normas competentes.
3. Fundamentação econômica: as transações realizadas por pessoas ou empresas devem
ser compatíveis com sua capacidade e atividade econômica.

Com base nos documentos é que será verificada a necessidade do pagamento de impostos e do
adequado enquadramento da natureza da operação (assunto para um próximo texto).

Na legislação brasileira não há limitação de valor para as transferências internacionais, porém,


essas transações precisam ter embasamento econômico e estarem relacionadas com a atividade
da empresa. Ou seja, o faturamento da empresa e sua atividade precisam ser compatíveis com
o contrato de câmbio, para os casos de pessoa física é necessário que seja condizente com seus
rendimentos e atividade profissional. Este princípio está intimamente ligado com a prevenção
e combate à lavagem de dinheiro, evitando evasão de divisas do país (MENDONÇA, 1997).

Entrega, Compra e venda de Moeda Estrangeira


As operações de câmbio são processos de negociação centrados na troca de moeda
estrangeira entre países. Com vários tipos de transações, o câmbio é utilizado para importação
e exportação, viagens ao exterior, remessas internacionais, entre outras finalidades.

A compra e venda de moeda estrangeira é um dos principais tipos de operações de câmbio no


mercado. No caso da aquisição da moeda, normalmente a operação é realizada por pessoas que
vão viajar ou importar produtos do exterior. Já na venda o papel se inverte e o cliente se
encontra na posição de receber recursos do estrangeiro. Assim, ele vende a moeda estrangeira
(BACHA, Edmar L. 2018).

Como já mencionado, essa quantia, tanto na compra quanto na venda, é definida pela taxa de
câmbio, vale ressaltar que o BC não fixa um montante específico para o câmbio. Dessa maneira,
com base na cotação atual, as instituições podem negociar os valores com os clientes.

Ao mesmo tempo, as empresas e os setores exportadores são beneficiados. Isso porque


comercializam seus produtos ou serviços na moeda estrangeira. Desse modo, tende a diminuir
o desemprego, aumentar o consumo e o poder de compra da população, e aumentar o PIB.

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Existe uma moeda estrangeira que pode ser chamada de ”representativa”, a qual é
transacionada a uma taxa de câmbio que também é tida como ”representativa”.

Em outras palavras, vamos supor que existe apenas uma única moeda estrangeira e uma única
taxa de câmbio que os agentes económicos têm que pagar para deter essa mesma divisa. A
terceira pergunta importante está relacionada com os fatores que determinam a taxa de câmbio
(nominal e real) neste mercado. Isto é:

De que depende a taxa de câmbio nominal (ou seja, E) numa economia? E de que depende o
nível da taxa de câmbio real.

O nível da taxa nominal de câmbio depende de duas forças fundamentais: da procura de divisas
(Dd), e da oferta de divisas (Ds): E como iremos ver, a taxa de câmbio nominal é determinada
pelo equilíbrio entre aquelas duas forças.

Por outro lado, a taxa real de câmbio depende daquelas duas forças bem como da relação entre
os níveis gerais de preços interno e externo. Se, no sentido de simplificar a análise do
funcionamento do mercado cambial, assumirmos por agora que estes níveis gerais de preços
são mantidos como constantes, então os níveis das duas taxas de câmbio serão inteiramente
explicadas pelas forças que determinam a oferta e a procura de divisas numa economia.

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3. Conclusão
O mercado de câmbio é um tipo de comércio monetário usado em todo o mundo, pois nele é
possível fazer a negociação de moedas estrangeiras, se você quer uma chance de obter lucros,
vale a pena conhecer esse mercado de comercialização de diversos tipos de moedas.Afinal, se
o mercado internacional estiver em alta, com o mercado de câmbio é possível aproveitar essa
variação de valor que as moedas têm para se fazer bons negócios, entretanto, antes de começar
a investir no mercado de câmbio, é preciso que você saiba como fazer as suas estratégias para
não ter prejuízos futuros.

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Referências Bibliográficas

ARIDA, Pérsio. Do pretérito ao futuro. O Estado de São Paulo, São Paulo, 21 jan. 1999.

AZEVEDO, André, PORTUGAL, Marcelo. Abertura comercial e política econômica no Plano


Real: 1994 – 1999. Porto Alegre: UFRS. IEPE, jul. 1999. (Texto para Discussão, n. 11).

BACHA, Edmar L. O Plano Real: uma avaliação. In: MERCADANTE, Aloísio (Org.). O
Brasil pós-Real: a política econômica em debate. Campinas: UNICAMP. IE, 2018.

CARNEIRO, Dionísio D. Flutuação em xeque. O Estado de São Paulo, São Paulo, 26 ago.
2010.

FRANCO, Gustavo. A inserção externa e o desenvolvimento. Revista de Economia Política,


v. 18, n. 3, jul./set. 1998.

LLUSSÁ, Fernanda A. Credibilidade e administração da dívida pública: um estudo para o


Brasil. Rio de Janeiro: BNDES, 2015.

MENDONÇA DE BARROS, José Roberto, GOLDENSTEIN, Lídia. Avaliação do processo


de reestruturação industrial brasileiro. Revista de Economia Política, n. 66, abr./jun. 1997.

OBSTFELD, Maurice. Floating exchange rates: experience and prospects. Brookings Papers
on Economic Activity, n. 2, 2014.

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