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FACULDADE PRESBITERIANA MACKENZIE RIO

ALUNO- CAIO MATTOSO RIOS


CURSO- CIÊNCIAS ECONÔMICAS
PROF- GLORIA MORAES

A IMPORTÂNCIA DOS BRICS PARA UMA FUTURA MULTIPOLARIDADE

A GLOBALIZAÇÃO FINANCEIRA E GLOBALIZAÇÃO PRODUTIVA


NORTE-AMERICANA

RIO DE JANEIRO/2022
NOVEMBRO
Introdução

Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - são integrantes de um grupo de países
econômicos que estão em profunda ancessão desde 2010, anteriormente chamados
somente de BRIC, em 2011 foi integrado ao grupo a África do sul e assim surgiu o
atual BRICS.

O que os BRICS influenciam na economia mundial ? Qual o seu papel na


multipolaridade entre as nações ?

Neste trabalho iremos entender a relação desses países com o mundo e suas
contribuições para que cada vez mais a economia se difunda de fato, sabemos que
o mundo depende dessas economias emergentes, e as suas transformações ao
longo dos anos

Parte 1- O que são as BRICS e qual a sua influência na economia mundial e


qual o impacto da globalização nesses aspectos?

Ao contrário do que algumas pessoas pensam, estes países não compõem um


bloco econômico, apenas compartilham de uma situação econômica com índices de
desenvolvimento e situações econômicas parecidas. Em Dezembro de 2010, a Bric
convidou formalmente a África do Sul para se unir ao grupo. O convite foi feito por
Yang Jiechi, que ocupa a Presidência rotatória do grupo. E a sigla ganhou um S,
para África do Sul.

Dentre os seus objetivos temos: Institucionalização do grupo BRICS, criação de um


banco de reservas emergenciais para eventuais socorros econômicos, fortalecer as
economias dos países, estabelecer cooperação nas áreas técnica, científica, cultural
e no setor acadêmico.

Atualmente, os BRICS são detentores de mais de 21% do PIB mundial, formando o


grupo de países que mais crescem no planeta. Além disso, representam 42% da
população mundial, 45% da força de trabalho e o maior poder de consumo do
mundo. Destacam-se também pela abundância de suas riquezas nacionais e as
condições favoráveis que atualmente apresentam para explorá-las.

Os países lutam por influência no cenário global. Todo mundo quer crescer bem e
fornecer à sua população os serviços necessários, mas as conexões geopolíticas
complicam significativamente a situação. É bem reconhecido que existem nações
ricas e pobres, mas o que constitui suas distinções conceituais? As nações ricas ou
desenvolvidas são aquelas com forte crescimento econômico e altos índices de
qualidade de vida determinados pelo IDH, ou índice de desenvolvimento humano.
Baixos níveis de desenvolvimento econômico e baixo índice de qualidade de vida
são características das nações periféricas. Além disso, existem as nações
semiperiféricas, que estão progredindo, avançando e se desenvolvendo.

Então, como uma economia em desenvolvimento apareceria?

São nações com IDH baixo ou médio que estão fazendo melhorias econômicas que
estão se acelerando. A alta concentração de riqueza e uma camada de
desigualdade são características altamente típicas das nações emergentes. Os
EUA, a Europa e a Ásia constituíam o triângulo do capitalismo na estrutura de poder
mundial; essas três regiões dominaram a política global. O G7, que atualmente
consiste nos EUA, Canadá, Inglaterra, França, Alemanha, Itália e Japão, é um grupo
crescente de nações poderosas.

Então, um novo crescimento ocorreu, levando à formação do G20, um grupo


formado pelas principais economias centrais, países de mercados emergentes e
estados membros da UE. Os benefícios do G20 para seus países membros incluem
a facilitação de laços comerciais de negócios para o desenvolvimento de fóruns de
discussão para a tomada de decisões em grupo. Um economista chamado Antoine
Van Agtmael cunhou a expressão "mercados emergentes" em 1981, em um esforço
para persuadir as corporações financeiras a participar do mercado asiático em
rápida expansão. Esse investimento inicial em mercados em desenvolvimento foi
um sucesso retumbante que durou toda a década de 1980.

Esses mercados eram mais lucrativos no longo e no curto prazo. A explicação para
o sucesso retumbante dessas nações despertou o interesse de economistas
curiosos sobre estatísticas e critérios econômicos reais (como produção industrial,
consumo interno, PIB e políticas econômicas). O termo "economia emergente"
ganhou popularidade por volta do final da década de 1990, portanto, apenas em
termos de suas características financeiras, mas principalmente em termos de
dinamismo e perspectivas de desenvolvimento. Este termo foi empregado pelas
duas principais instituições financeiras internacionais, o Banco Mundial e o FMI,
para todas as nações. No entanto, a academia acabou por definir e detalhar quais
seriam os requisitos para uma nação ter a chamada economia emergente. Estes
são os quatro primeiros:

Renda intermediária: A renda per capita precisaria ser justa, situando-se entre as
nações menos desenvolvidas e as mais ricas em termos de valor. principalmente em
termos de poder de consumo. Por exemplo, a Índia goza de paridade de poder de
compra e tem uma renda média quatro vezes menor do que a de muitas outras
nações em ascensão (principalmente as da Europa Oriental).
A dinâmica de recuperação que ocorreu recentemente, prova que a ascensão
dessas nações trouxe as economias emergentes a um patamar comparável às
economias desenvolvidas. Para se qualificar, o crescimento do PIB deve ser maior
ou igual à média global dos dez anos anteriores à abertura e transformações: Nos
últimos anos, várias nações passaram por mudanças institucionais e estruturais que
ajudaram-na de uma forma nunca antes vista na economia global. Essas economias
se envolvem mais no comércio internacional e lucram com investimentos na
indústria e serviços prestados por corporações multinacionais. Algumas empresas –
mencionaremos especificamente as empreiteiras brasileiras – desenvolvem sua
própria capacidade de investimento (ou recebem apoio do governo na forma de
empréstimos com juros mais baixos, como aconteceu mais uma vez com o Brasil) e
trabalham no exterior, contribuindo significativamente à globalização.

O maior desafio interno é o de atingir, sem solavancos maiores, um patamar de


entendimento que permita a construção de um banco de desenvolvimento comum.
Isso é uma necessidade –sobretudo para Índia, África do Sul e até a Rússia. Para a
China, que faz um papel de coringa maior em várias frentes, essa seria mais uma
frente para jogar com seus trilhões de reservas em qualquer moeda. Para o Brasil,
que tem o BNDES – um banco maior que o Banco Mundial atrás de si, seria uma
nova frente de investimento internacional. Seria muito eficaz se aliada à prática, que
parece avançar, de se comerciar em moedas outras que não o dólar. Mas isso
também é um desafio, pois o desequilíbrio interno dos Brics é muito grande: talvez a
sigla devesse ser escrita briCs, se me entendem.

Mas há os desafios externos. O mais imediato é implementar a sua reivindicação de


que a estrutura do FMI seja reformulada, sem falar em outros mecanismos e
espaços internacionais. A proposta atualmente em debate elevaria o poder de voto
(o poder de poder, simplesmente falando) a 16% das cotas do Fundo – igual a dos
Estados Unidos. Para quem representa hoje um pouco mais do que um quarto da
economia mundial, e em ascensão, é pouco. Mas é muito, dados os seus atuais
10% das cotas de voto. E deve-se levar em conta que o FMI é uma instituição
extremamente conservadora, embora a atual administração, de Christine Lagarde,
pareça dar continuidade aos planos de reforma do infeliz Dominique Strauss-Kahn.
Mas o maior desafio é o da credibilidade. Não faltam coveiros da ideia de que um
parceiro internacional à altura da dupla EUA – União Europeia possa se constituir.
Apontam para a diversidade de interesses (que é real), a diferença de estruturas
políticas (que é real), a diferença na situação de “global players” – entre nações que
são, três, membros do clube nuclear e envoltas em atritos bélicos externos e/ou
internos, uma, sem vocação militar, e mais uma, sem vocação militar, embora nos
tempos apartheid tenha participado de uma aventura nuclear conjunta com Israel,
que mais parece, no grupo, uma subsidiária da China.

Sim, como apontei, todas as diferenças são reais. Porém, os analistas que se
querem coveiros daquela ideia esquecem, sistematicamente, que os Brics agem na
periferia – feliz e infelizmente – de um sistema ocidental que naufragou na sua
própria crise financeira e – mais significativo – na inadimplência de seu ideário, de
sua imaginação, para enfrentá-la.

Tem razão a presidenta Dilma Rousseff quando critica os países do bloco central do
ocidente pelo seu comportamento – tanto o que levou à crise, pelaas várias
irresponsabilidades de governos e de agentes financeiros – como pelas saídas
propostas – derramando dinheiro na burra dos burros – os bancos que se atolaram
– e ao mesmo tempo esmagando o poder aquisitivo e o de participação democrática
de seus trabalhadores e população em geral. Tais atitudes vêm ameaçando o
mundo inteiro com uma recessão que pode levar a regressões políticas de grande
monta, como atesta o contínuo aceno de soluções de extrema direita na Europa.

E há ainda o desafio maior de promoverem-se os Brics como porta-vozes de um


mundo terceiro que está sôfrego por representatividade – sem voz no cassino em
que, com a conivência dos governantes europeus e dos EUA, as finanças
transformaram o universo do investimento econômico. É o desafio de não se
constituírem apenas como os valetes de uma nova elite que continuará a cortejar os
reis e rainhas do baralho.
A globalização financeira pode ser definida como um processo de interligação dos
mercados de capitais aos níveis nacionais e internacionais, conduzindo ao
aparecimento dum mercado unificado do dinheiro à escala planetária.

A globalização financeira ocorre a cada vez que é feita alguma ação dentro do
mercado financeiro mundial. ... Quando ocorre a compra e venda de ações, de
matéria-prima, de commodities ou troca de moeda já está acontecendo a
globalização dentro do cenário econômico-financeiro.

É claro que o que pode ser considerado como vantagem ou desvantagem da


globalização depende da abordagem realizada e também, de certa forma, da
ideologia empregada em sua análise. Não é objetivo, portanto, deste texto entrar no
mérito da discussão em dizer se esse processo é benéfico ou prejudicial para a
sociedade e para o planeta.

BRICS e a multipolaridade.

O globo passou da unipolaridade para a bipolaridade e agora para a


multipolaridade. Os EUA não estão em declínio, mas à medida que a China e a
Índia crescem, também aumenta a influência dos EUA. Não apenas as economias
em ascensão exibem multipolaridade, mas também as organizações criadas por
atores estatais e não estatais.
Ajustes estruturais são necessários por causa dessa multiplicidade heterogênea.

Muitos acadêmicos recomendam ajustes estruturais. Uma organização uni


multipolar foi proposta por Samuel Huntington, que teria os EUA no centro com
outras nações apoiando suas atividades nas frentes diplomática, econômica e
militar. As crises na Líbia e na Síria demonstram claramente como essa estrutura
fundamental é insustentável a longo prazo.

As divergências entre os EUA e seus aliados ficaram mais aparentes com Donald
Trump na Casa Branca, e a introspecção como Trump indica que os EUA, assim
como seus parceiros, continuarão descomprometidos em influenciar o futuro da
ordem global. Uma dúzia de nações, dentre elas as BRICS, poderiam"exercer
poderes distintos", de acordo com Richard Haass, que defendeu a postura de
"não-polaridade". Giovanni Grevi contesta essa afirmação afirmando que uma
"multipolaridade na era da interdependência" está ocorrendo como resultado de o
globo se tornar cada vez mais "interpolar".
Conclusão

Portanto nota-se as BRICS como partes fundamentais do cenário econômico


mundial fazendo com que seus próximos passos passos sejam fundamentais para
as relações mundiais,pois ainda são economias que vão interferir em todos os
processos econômicos dos próximos 50 anos ou mais e que de fato ocuparam as
maiores economias mundiais, destituindo os presentes nos postos.
A Globalização tem um papel importante nesse presente trabalho uma vez que faz
com que os seus estudos sejam cada vez mais ampliados por sintetizar aqui
pensamentos do mundo todo.

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