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PND

O PROJETO PARA
UM NOVO BRASIL

RESUMO EXECUTIVO DO PND


VERSÃO.22.08.16
Prólogo

Ciro Gomes e seu time de especialistas


elaboraram o PND com o objetivo
de transformar o Brasil num país capaz
de gerar emprego e renda, superar a
fome e a miséria, e oferecer serviços
públicos de qualidade, incluindo uma
das melhores educações do mundo.
Enfim, retomar o caminho da
prosperidade e voltar a crescer
no campo social e econômico.

Mas por que um Projeto Nacional de


Desenvolvimento? É simples. Sem
planejamento, não há rumo. Isso vale
para a sua vida, para um pequeno ou
grande negócio e, claro, também para
o país. O PND é esse planejamento.
Ele define metas, métodos, prazos
e as fontes de recursos das propostas
de Ciro.

Se quiser aprofundar o seu


conhecimento sobre o PND,
procure o livro “Projeto Nacional:
o Dever da Esperança”, que Ciro
lançou em 2020. Mas nesse resumo,
você já vai conhecer as principais
linhas do projeto e as atualizações
que ele recebeu de lá para cá,
lembrando que o PND continua sendo
enriquecido com a colaboração
de especialistas e de profissionais
dos mais diversos segmentos.

Leia, compartilhe e fique à vontade para


enviar críticas, comentários e sugestões
se inscrevendo na seção “Ideias para
o Brasil” do site:

cirogomes.com.br
Capítulo.01

Primeiro, crescimento lento, e, nos


últimos onze anos, crescimento
praticamente zero, pela primeira vez nos
últimos 120 anos. O resultado é que
chegamos ao ponto mais dramático da
nossa história recente. A crise é
gravíssima e exige urgência nas soluções.

O Projeto Nacional de Desenvolvimento


não só aponta os caminhos que o Brasil
deve seguir como também faz um
diagnóstico dos problemas que nos
jogaram no fundo do poço, porque só
conhecendo a origem do mal podemos
receitar o remédio certo.

A primeira coisa a saber é que a principal


causa de nossos problemas é um modelo
político e econômico que começou a ser
implantado por Collor e, com exceção de
Itamar Franco, foi seguido por todos os
presidentes desde Fernando Henrique
Cardoso. Claro que ele, Lula, Dilma, Temer
e Bolsonaro são pessoas muito diferentes.
Mas todos são iguaizinhos na fidelidade
canina a esse modelo.
Capítulo.02

• Em busca de apoio político e


financeiro para a reeleição, o presidente
cede a interesses de grupos políticos e
financeiros, medidas urgentes são
adiadas, as de longo prazo nunca são
tomadas, e criam-se rombos financeiros
que vão sendo empurrados com a
barriga até que uma hora estouram nas
costas do povo, gerando desemprego,
inflação e pobreza.

Em resumo, com a reeleição os nossos


presidentes se tornaram,
simultaneamente, reféns e cúmplices de
um sistema que detém o poder no
Congresso, financia pesquisas e
campanhas, controla o sistema
financeiro, boa parte da mídia, enfim,
dita as regras do país.

É a submissão aos interesses dessa elite


que explica por que, entra governo, sai
governo, nada muda no modelo de
governança política e econômica. O
Por isso, há muito tempo somos um dos sistema é sempre o mesmo.
países com maior concentração de
renda e desigualdade social do mundo. Com Ciro, é diferente. Ele já assumiu o
compromisso: se eleito, acaba com a
Essa elite sempre encontra meios para reeleição. Cumpre o seu mandato e
se financiar através do Estado e renovar tchau. Mas Ciro vai além. Ele também vai
o seu poder e influência. Por isso, nada romper esse sistema que condena o
lhe caiu tão bem como a emenda que Brasil ao eterno fracasso, mas funciona
aprovou a reeleição para a presidência, como um paraíso terrestre para o
em 1997, durante o governo FHC. Desde mercado financeiro.
então, os primeiros quatro anos de um
presidente transformaram-se numa
eterna campanha, o que trouxe graves
consequências à vida dos brasileiros.

• Ao invés do interesse da Nação,


o que guia o primeiro mandato
presidencial é o cálculo eleitoral, a
busca pelo aumento da popularidade
custe o que custar, visando a reeleição.
Capítulo.03

Meta de inflação, câmbio flutuante e


superávit primário – que, com Temer,
ganhou outro instrumento nefasto –
o chamado teto de gastos. Na prática,
tudo isso desestimula o setor produtivo
e favorece o rentismo. Mas o que é
rentismo?

De forma simplificada, podemos dizer


que é um jeito de ganhar dinheiro sem
produzir nada, apenas emprestando
dinheiro e cobrando juros altíssimos de
volta. Em outras palavras, é uma espécie
de agiotagem que o mercado financeiro
pratica com o Brasil e com os brasileiros.
Basta ver que:

• Cerca de 25% de tudo que o governo


arrecada é gasto para pagar os juros do
dinheiro que toma emprestado de
bancos e outros organismos financeiros
– e, repare, para pagar apenas os juros,
não para abater a dívida.

• Milhões de brasileiros vivem


pendurados em dívidas astronômicas
porque pagam os juros mais altos do
mundo em crediários, cheques especiais
e cartões de crédito.

• Não por acaso, quatro bancos


brasileiros estão entre os dez mais
rentáveis do mundo.
Capítulo.03

• Os cinco brasileiros mais ricos


acumulam uma fortuna equivalente
a toda a renda dos 100 milhões de
brasileiros mais pobres;

• Apenas cinco bancos concentram


84% de todas as transações financeiras
do país, criando um cartel que acumula
os maiores lucros do planeta, destrói
empresas e empregos e arruína as
finanças públicas. Tudo isso sem pagar
um centavo de imposto sobre os lucros e
dividendos que distribui aos seus donos
e acionistas. Só o Brasil, a Estônia e a
Colômbia mantém esse privilégio;

• Os juros do crédito pessoal, do


cheque especial e do cartão de crédito
são os maiores do mundo há décadas,
chegando até a 327% ao ano. Os
mesmos cartões de crédito nos Estados
Unidos cobram 17% de juros ao ano;

• Uma pessoa pobre ou de classe média


compromete quase 40% de sua renda
pagando impostos de serviços básicos,
como telefonia, energia elétrica e
remédios. Já um milionário compromete
menos de 6% de sua renda com
impostos;

• Quem tem moto ou carro paga IPVA e,


se atrasar, tem o veículo apreendido e é
multado. Já os donos de jatinhos, iates,
lanchas e helicópteros estão
dispensados de pagar o IPVA;

• Mesmo sendo a maior economia da


América do Sul, o Brasil paga o segundo
pior salário-mínimo da região, só
perdendo para a Venezuela.
Capítulo.04

Mas o sonho durou pouco. Assim que


chegou ao fim o ciclo de prosperidade
mundial puxado pelo crescimento da
China e por bolhas de especulação
financeira espalhadas pelo mundo,
apareceu uma conta altíssima a pagar.
O peso foi maior sobre alguns países
de economia e contas públicas
desestruturadas, como o Brasil.

De fato, como Lula não fez nenhuma


das reformas estruturais que o país
tanto precisava - as reformas tributária,
trabalhista, previdenciária e política,
para citar as mais importantes – não
havia fórmula capaz de conter a crise
econômica que se desenhava no
horizonte.

A bomba foi estourar no colo de Dilma.


Seu governo foi o desastre que foi
porque não teve competência para
reverter a herança econômica e política
que recebeu de Lula, incluindo os
maiores esquemas de corrupção da
Eles governaram com o mesmo centrão história – o mensalão e o petrolão.
que agora está ao lado de Bolsonaro e
durante 11 desses quase 14 anos de • Os escândalos, somados a crise
poder pagaram aos bancos os juros econômica que Dilma herdou e
mais altos do planeta. Ou seja, com o PT administrou desastrosamente, revelaram
o mercado financeiro teve alguns ao Brasil que a ética do PT era uma farsa
dos maiores lucros da sua história. e que os supostos avanços do governo
Lula não passavam de um voo de galinha
• Só no seu governo, Lula transferiu – curto, rápido e desengonçado. Uma
R$ 4,88 trilhões aos bancos com decepção que fez brotar o ovo da
o pagamento de juros. Já para o Bolsa serpente do bolsonarismo.
Família, foram R$ 332 bilhões.
Mas, entre o impeachment de Dilma
Como o Brasil sempre beneficiou os e a eleição de Bolsonaro, tivemos
ricos, ninguém percebeu ou estranhou dois anos de Temer.
que um governo dito de esquerda
fizesse isto também. E como o Brasil
estava tão pouco acostumado a cuidar
dos pobres, as migalhas que Lula deu
pareceram muito.
Capítulo.05

O teto de gastos impôs um limite aos


investimentos do governo em áreas
sociais (educação, saúde, segurança
etc.) e em infraestrutura (estradas,
saneamento, energia, etc.). Mas esse
limite não vale para o pagamento de
dívidas e juros ao mercado financeiro.

• Na prática, o teto de gastos impede


o Brasil de crescer, mas segue
engordando o caixa de seus agiotas.

A outra aberração de Temer foi criar


a atual política de preços dos
combustíveis, que Ciro vai mudar
já no seu primeiro dia de governo.
Atualmente, ela é baseada no PPI, sigla
de Preço Paritário de Importação, um
modelo que obriga o Brasil a comprar
combustíveis com base no preço
internacional do barril do petróleo,
cotado em dólar.

O resultado é trágico para a população,


mas uma festa para os acionistas
da Petrobras, verdadeiros tubarões
do mercado financeiro nacional
e internacional.

• Só no ano passado, esses tubarões


receberam mais de 100 bilhões de reais
em lucros e dividendos da Petrobras.
E não tiveram que pagar um só centavo
de imposto por essa montanha de
dinheiro porque essa tributação foi
extinta após o mandato de Ciro como
ministro da Fazenda de Itamar Franco.
Capítulo.06

Mas ele foi além, acrescentando uma


marca muito pessoal ao caos
generalizado que é seu governo:
a crueldade. Basta ver a sua oposição
à vacinação contra a Covid e os
esquemas de corrupção que marcaram
a compra de vacinas quando já estava
mais que comprovado que a cloroquina
não resolvia coisa alguma.

• Não por acaso, o Brasil, que tem 3%


da população mundial, concentra 11%
de todas as mortes causadas pela
pandemia ao redor do planeta.

O saque e a insensibilidade em um setor


tão vital para a população como a saúde
se repetiram na área da educação, com
escândalos de cortes e desvios de
verbas que não param de se repetir.
E sua submissão ao centrão permitiu
o surgimento de uma aberração com
o orçamento secreto.

Reparem o absurdo: o orçamento da


União é de 4 trilhões e 800 bilhões,
mas, pagas todas as despesas para
a manutenção da máquina federal,
sobram menos de 26 bilhões para
investir. Desse total, 16,5 bilhões
são reservados pra pagar as emendas
do orçamento secreto, que não tem
nenhuma transparência.
Capítulo.06

• 10,1 milhões de trabalhadores estão


desempregados. Outros 4,6 milhões
são desalentados – pessoas que já
desistiram de procurar emprego;

• 40% dos trabalhadores estão na


informalidade, sem direito a 13º salário,
férias, FGTS e aposentadoria, entre
outros direitos;

• 40 mil indústrias e mais de 350 mil


comércios fecharam as portas do
governo Dilma para cá;

• Mais de 66 milhões de brasileiros


estão com nome sujo no SPC e no
Somos um povo cada vez mais pobre Serasa, e mais de seis milhões de
vivendo em um país que tem uma das empresas com o nome no Serasa,
maiores economias do mundo, é o antessala da falência.
segundo maior produtor de alimentos
e possui imensas riquezas naturais. Toda essa tragédia, é certo, foi agravada
Como então podemos ficar passivos pelo governo Bolsonaro, mas já estava
diante desses fatos e números? em andamento há muito tempo, como
você pôde ver nesse breve histórico
• Mais de 125 milhões de brasileiros sobre o modelo político e econômico
convivem com algum tipo de que o Brasil adota há quase 30 anos.
insegurança alimentar (comer menos
do que é necessário e não saber se
haverá comida no dia seguinte);

• 33,1 milhões passam fome;

• Apenas uma em cada quatro crianças


consegue fazer as três refeições diárias;

• 38% dos trabalhadores ganham


apenas um salário-mínimo, que, como
já foi dito, é o segundo pior da América
do Sul, só ganhando da destroçada
Venezuela;

• Metade da população tem uma


remuneração média de R$ 421 por mês –
um terço do salário-mínimo;
Capítulo.07

Nunca produziu um dia sequer de déficit


fiscal, nunca foi processado por
corrupção e nunca participou de
negociatas e conchavos. É um
democrata convicto, que defende
as instituições, e não se deixa seduzir
por radicalismos da extrema esquerda
ou da extrema direita.

Defende o capitalismo e o livre mercado,


mas tem a convicção de que o Brasil não
conseguirá sair da crise profunda em
que se encontra se não tiver um estado
vigoroso, indutor de crescimento
econômico e justiça social. Capaz de
estimular a formação de uma forte
poupança nacional, de desenvolver
novas tecnologias e de capacitar as
pessoas pela educação.

Portanto, quando fala em mudar o


modelo político e econômico, Ciro
não está sendo ingênuo, irresponsável
ou radical, e, sim, manifestando
a experiência de quem tem 40 anos
de uma vida pública totalmente limpa
e marcada por êxitos administrativos.

Suas gestões como prefeito e


governador foram avaliadas à época
como as melhores do Brasil e seu
comando do Ministério da Fazenda, no
governo Itamar Franco, salvou o Plano
Real do fracasso que vitimou os outros
planos econômicos anteriores a ele.
Capítulo.07

• O fim da reeleição presidencial;

• Uma ampla reforma tributária


que fará o rico pagar mais impostos
e a classe média e o pobre pagarem
menos. Só assim o Brasil poderá
diminuir a desigualdade social,
distribuir renda e alcançar a justiça
social que tanto aguarda e nunca viu;

• Um novo pacto federativo para


renegociar as dívidas dos estados
brasileiros, pois 23 dos 27 deles
estão financeiramente quebrados;

Essas e outras reformas serão


negociadas com o Congresso,
governadores e prefeitos.

Os pontos de impasse serão submetidos


a referendos populares, instrumento
previsto na Constituição, mas quase
nunca utilizado, o que tem limitado a
participação popular nos rumos do país
apenas às eleições. E isso não é bom
para a vitalidade da nossa democracia.

É por esse caminho que Ciro vai criar


um novo modelo econômico e político
para o Brasil, e fortalecer e modernizar
a nossa democracia e a nossa economia.

Esse novo modelo será baseado não


mais no favorecimento dos mais ricos
e nem em conchavos e esquemas
de corrupção, mas sim na ampla
mobilização popular e no diálogo
transparente e honesto com todas
as forças produtivas e políticas
empenhadas em mudar o Brasil
de verdade.
Capítulo.08

Ao longo de seu governo, Ciro pretende


transformar radicalmente a forma como
a economia foi conduzida nas últimas
décadas porque já não resta nenhuma
dúvida de que o modelo atual paralisa o
desenvolvimento, destrói o setor
produtivo, privilegia a concentração de
renda e condena a grande maioria da
população à pobreza.

O novo modelo que Ciro propõe está


baseado na produção - e não mais na
especulação -, numa nova política de
juros e numa reforma tributária que vai
corrigir as distorções que permitem ao
rico pagar menos imposto do que a
classe média e o pobre.

O Estado voltará a ter estratégias de


desenvolvimento e irá conduzi-las
através de maciços investimentos em
infraestrutura e em áreas sociais,
livrando-se da mitologia de que nosso
crescimento virá somente de
investimentos privados ou estrangeiros,
mito que nos condenou ao fracasso,
especialmente nos últimos onze anos.
Capítulo.08

• Ciro vai cortar cerca de 20% de todas • Ciro vai retomar a cobrança sobre os
as renúncias fiscais (isenções de lucros e dividendos empresariais, que só
impostos a determinados setores) que, ele cobrou quando foi ministro da
hoje, somam mais de R$ 340 bilhões Fazenda de Itamar Franco. Hoje, apenas
por ano e não exigem nenhuma o Brasil, a Estônia e a Colômbia não
contrapartida dos seus beneficiários. cobram esse imposto, que garantiria ao
Só aí, o governo poderá arrecadar governo uma arrecadação superior a R$
R$ 70 bilhões anuais, três vezes mais 50 bilhões por ano;
que o total de investimentos
governamentais previstos para 2022; • Ciro vai fazer mais. Ele não permitirá
que o presidente do Banco Central
• Ciro também vai acabar com a continue sendo um representante dos
mamata que permitiu a inclusão de 36 interesses do mercado financeiro, como
produtos de luxo na cesta básica, entre vem acontecendo há tempos, medida
eles filé mignon, salmão e queijo suíço. fundamental para baixar os juros;
A cobrança de imposto sobre esses
produtos garantiria outros R$ 8 bilhões • Ciro também não permitirá o
por ano, dinheiro suficiente para colocar desperdício de dinheiro público, a falta
um milhão de crianças em creches de de planejamento, e aberrações como o
tempo integral; teto de gastos e o orçamento secreto do
relator.
• Ciro vai taxar grandes fortunas,
superiores a 20 milhões de reais.
Ainda que feita em bases muito
moderadas – 50 centavos a cada
100 reais – essa taxação faria
o governo arrecadar cerca
de R$ 60 bilhões por ano;
Capítulo.09

Essa medida, associada aos programas


de geração de emprego e renda, será
decisiva para combater a fome e a
miséria no país.

Lei Anti Usura:

Enquanto Lula e Bolsonaro enchem os


bancos de dinheiro, Ciro vai combater os
juros abusivos praticados por eles. Para
isso, vai criar a Lei Anti Usura. Ela vai
proibir os bancos e comércios de
Programa de Renda Mínima : cobrarem mais de duas vezes o valor de
um financiamento. Só Ciro pode assumir
Ciro vai fazer o que nem os governos do esse compromisso porque não tem
PT nem o de Bolsonaro tiveram a medo dos bancos e vai olhar pra quem
competência e a coragem para fazer: tem pouco.
implantar o maior programa de
transferência de renda da nossa história Crédito popular:
- o Programa de Renda Mínima Eduardo
Suplicy, que vai pagar R$ 1 mil, em O consumo das famílias responde por
média, para cerca de 24,2 milhões de 60% do PIB nacional. Se elas estão sem
famílias. Ele irá englobar o Auxílio Brasil, crédito, renda ou emprego é impossível
a Aposentadoria Rural e o BPC – o reativar a economia e é exatamente isso
Benefício de Prestação Continuada –, o que está acontecendo: mais de 66
além de recursos oriundos da reforma milhões de brasileiros estão com o nome
tributária que Ciro irá fazer para que sujo no SPC e quase 80% das famílias
uma pequena parte da fortuna dos super não estão conseguindo pagar as suas
ricos ajude os mais pobres. contas no final do mês.
Capítulo.09

No caso do SPC, a dívida média das Mudança na política


pessoas é de pouco mais de R$ 4,2 mil de preços dos combustíveis:
por pessoa - e mais de 80% desse valor
corresponde a multas e a juros sobre Ciro também já se comprometeu a
juros. mudar a política de preços da Petrobras
no primeiro dia de seu governo para
• A ideia é o governo estimular os que o brasileiro volte a pagar em real
credores a dar um desconto de 70%, o combustível que hoje compra com
reduzindo essa dívida pra cerca de R$ base na cotação do dólar no mercado
1.400. Esse valor seria financiado pela internacional de petróleo. Ele vai
Caixa Econômica e o Banco do Brasil interromper, também, a criminosa
em 36 vezes. Assim, em média, as tentativa de privatizarem a Petrobras.
prestações cairiam pra cerca de Estas medidas na área do petróleo
40 reais por mês. e gás vão impactar todos os setores
da economia, além do bolso de toda
• Nos leilões do SPC e do Serasa, esse a população, em especial motoristas
abatimento de dívida chegaria até 90%; de aplicativos, caminhoneiros e taxistas.

• Um programa nos mesmos moldes Plano Emergencial de Empregos:


também ajudaria as mais de seis
milhões de empresas que estão Com esse plano, Ciro planeja gerar
com o nome no Serasa. 5 milhões de vagas já nos dois primeiros
anos de governo. A ideia é ampliar os
investimentos públicos e dar um novo
impulso à construção civil. Para isso,
serão retomadas, em articulação com
governos estaduais e prefeituras, as
obras já licitadas que foram paralisadas
ou não iniciadas – cerca de 14 mil em
todo o Brasil -, especialmente as de
habitação, saneamento, transporte
público e mobilidade urbana, que geram
emprego e renda mais rapidamente
e impactam diretamente a qualidade
de vida da população.
Afinal, ninguém precisa ser economista
para entender que se as famílias
consomem mais, o comércio vende
mais. Se o comércio vende mais,
contrata mais e faz mais encomendas
junto às indústrias. Se as indústrias
recebem mais pedidos, também
contratam mais e ampliam a encomenda
de matérias-primas. Enfim, cria-se
o chamado círculo virtuoso.
Capítulo.10

Ciro pretende enfrentar esse problema


fortalecendo e ampliando quatro
grandes complexos industriais:
o da Saúde, o da Defesa, o do
Agronegócio e o do Petróleo, Gás
e Bioenergia. Cada um deles vai
cumprir as seguintes funções:

Saúde:
A meta é reduzir ao máximo a
importação de equipamentos que
podem ser fabricados numa escala bem
maior no próprio Brasil, como próteses,
muletas, respiradores artificiais,
cadeiras de rodas e camas hospitalares.
Isso vale também para milhares de
medicamentos importados, até porque
80% deles já estão com a patente
vencida e outros milhares só esperam
um OK do INPI, o Instituto Nacional
de Propriedade Industrial, pra serem
fabricados no Brasil. Com o Complexo
Industrial da Saúde, o Brasil vai
economizar bilhões de dólares que serão
investidos no fortalecimento do SUS,
além de gerar milhares de empregos,
estimular a pesquisa e desenvolver
tecnologias próprias.

Agronegócio:
Mesmo sendo o setor mais próspero do
Brasil, o agronegócio também importa
muita coisa que poderia ser feita aqui
mesmo. Um exemplo são os fertilizantes:
80% deles são importados, a maioria da
Rússia, e dobraram de preço com
a guerra na Ucrânia. O Complexo do
Agronegócio vai articular produtores
e a Embrapa para suprir essa deficiência,
além de desenvolver outros potenciais,
como uma indústria de processamento
de cereais e frutas, que hoje vendemos
em estado bruto.
Capítulo.10

Defesa:
O Brasil não pode depender de
tecnologias de potências estrangeiras
para defender seu território e suas
riquezas. Mas é isso o que acontece hoje
em dia. O querosene de aviação dos
nossos caças e o GPS das nossas Forças
Armadas, por exemplo, vêm dos Estados
Unidos. A criação do Complexo
Industrial de Defesa vai reduzir essa
dependência, estimulando o Brasil a
desenvolver tecnologias próprias para
afirmar a sua soberania.

Petróleo, Gás e Bioenergia:


A primeira meta desse Complexo
Industrial será reativar as refinarias
que estão com parte de sua produção
criminosamente paralisada. Será um
primeiro passo para tornar o Brasil
autossuficiente não apenas na produção
de petróleo, mas também na sua
transformação em combustíveis e outros
derivados. Outra função desse complexo
será preparar a Petrobras para a
transição que a tornará a maior
e mais moderna empresa de energia
renovável do mundo.
Capítulo.11

Por isso, ele vai convergir para dar


suporte ao mais revolucionário
programa de educação pública
da história brasileira.

Ciro já ajudou a provar que um estado


pobre, como o Ceará, pode ter a melhor
educação pública do país. Agora, com
o PND, ele quer ajudar a provar que o
Brasil também pode, no médio e longo
prazo, ter um dos melhores sistemas
de educação pública do mundo.

A meta é colocar a educação brasileira


entre as dez melhores do mundo no
espaço de 15 anos.

Esse esforço deverá envolver toda


a sociedade, cabendo ao governo
federal liderar e articular, junto com
governadores e prefeitos, um corpo
técnico de excelência, conteúdo
teórico de qualidade, novas formas
de financiamento e uso de novas
tecnologias de ensino.
Capítulo.11

• O assessoramento das escolas


que apresentam melhor desempenho
àquelas que apresentam resultados
mais baixos;

• O uso efetivo das avaliações de


aprendizagem, de acompanhamento
escolar e do ambiente familiar, incluindo
a busca ativa pelos alunos faltosos
e aulas de reforço;

• O desenvolvimento de competências
socioemocionais e atividades de cultura
e lazer;

• A constante valorização e
capacitação não só dos professores,
Para isso, é necessário adotar um amplo mas também dos diretores escolares
programa de formação e capacitação de e outros profissionais da educação.
professores. E, ao mesmo tempo, criar
uma estrutura de incentivos para que os Partindo dessas premissas, o Ensino
estados e municípios, no âmbito do Fundamental deve ser progressivamente
pacto federativo, adotem práticas integral ao longo dos próximos quatro
didáticas e de gestão bem-sucedidas. anos, com ênfase imediata na
Entre elas, destacamos as seguintes: eliminação do atraso escolar provocado
pela pandemia.
• A adoção do Programa de
Alfabetização na Idade Certa; O bem-sucedido programa cearense
“Mais Primeira Infância” deverá ser
• A definição de metas de disseminado em todo o país, incluindo
aprendizagem em cada ciclo de ensino; atividades de saúde, educação,
assistência social, lazer e esporte.
• O reconhecimento e a qualificação
contínua de professores e gestores Também deverá ser disseminado o
escolares, e a adoção do processo Ensino Médio profissionalizante em
seletivo, através de concurso público, tempo integral, com o suporte técnico
para ambos; e administrativo do governo federal
para a sua implementação. Nesse
• A criação de incentivos financeiros sentido, será adotado o modelo “Minha
para as escolas que alcançam bom Escola, Meu Emprego, Meu Negócio”,
desempenho, bem como para seus que, além de ensino profissionalizante,
professores, além da prática de bons oferece aos seus alunos estágios
salários; remunerados pelo governo.
Capítulo.12

Há diferentes graus de desenvolvimento, Potenciais enormes que estão sendo


há carências e potenciais muito desperdiçados por um extrativismo
específicos. Para atender o que cada predatório, sem escala, sem tecnologia,
região tem de particular, Ciro quer sem base na ciência e, portanto, sem
estimular o que chama de “economia do nenhum futuro.
conhecimento”. E o que seria isso?
É preciso substituir esse modelo por
• Um forte investimento num processo outro, que aproveite o potencial da
de inovação permanente, sintonizado Amazônia de forma sustentável através
com a economia e a vocação de cada de uma ação coordenada entre bancos
região. públicos de desenvolvimento e
instituições exemplares como a
Entre todas as regiões beneficiadas pela Embrapa, o Sebrae, o Senai e o Senac.
economia do conhecimento, a mais Por essa via, que inclui investimento,
estratégica é a Amazônia, que concentra tecnologia e capacitação, seria possível
a maior floresta, a maior reserva de água integrar todo o potencial do complexo
doce e a maior biodiversidade do verde da floresta ao complexo industrial
planeta. urbano, provando que a floresta de pé é
muito mais valiosa do que a floresta
derrubada.
Prólogo

Não podemos continuar achando que


é normal lideramos as estatísticas
mundiais de concentração de renda
e desigualdade social. Ou que tenhamos
um sistema político baseado na
corrupção, na truculência e em
ameaças cotidianas à democracia.

Uma mudança rebelde e consequente


pede passagem. Tenho a maior fé que
essa mudança é perfeitamente possível.
E vem daí a minha esperança.

Tenho um projeto de país e não um


projeto de poder. Ele está impresso
num livro – Projeto Nacional: O Dever
da Esperança – para que todos tenham
oportunidade de conhecer, debater e
questionar as minhas ideias. Elas são
fruto de uma vida pública de 40 anos
absolutamente limpa e dedicada a
melhorar a vida do povo brasileiro.
Fui deputado estadual e federal, prefeito
de Fortaleza, governador do Ceará
e duas vezes ministro – da Fazenda
e da Integração Nacional.

Sei o que fazer e como fazer para


transformar o Brasil no país que ele pode
ser. Mais feliz, próspero e moderno.
Estou convidando você para caminhar
ao meu lado. Com rebeldia, mas sem
perder a esperança. E vice-versa.
Vamos nessa? Vamos mudar o Brasil?

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