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A integração económica e monetária na UE

Administração e Políticas da UE
A integração económica e monetária na
UE
• 1. A União Económica e Monetária na UE

• 1.1. História da cooperação monetária na Europa:

• 1.1.1. A cooperação pré-moeda única


• 1.1.2. O enquadramento da introdução da moeda
única
A integração económica e monetária na UE
• 1.1.1. A cooperação pré moeda única

• “L’ Europe se fera par la monnaie ou ne se fera pas”


• Jacques Rueff (1949)

• A) Sistema de Bretton Woods (1944 – 1971) e FMI/BIRD (1945): predominância do dólar como moeda de
referência no sistema financeiro internacional (primeira ordem monetária internacional /convertibilidade
do dólar em ouro);

• B) 1969 / Cimeira da Haia: Relatório Werner (1970) – 3 objetivos


• 1. Mercado interno sem distorções de concorrência;
• 2. Coordenação gradual de políticas económicas nacionais e fixação de taxas de câmbio;
• 3. Transferência de poderes dos estados para as instituições europeias no campo monetário e económico;

• C) Década de 1970 (crise financeira e instabilidade monetária/1971/”Nixon Shock”): da união monetária à


estabilidade monetária (Sistema Monetário Europeu: 1979);
• 1. Fixação de taxas de câmbio por relação com o ECU (European Currency Unit /Unidade de Conta
Europeia/1979)
• 2. Fixação de uma taxa de variação fixa: 2,25% (serpente europeia)
• 3. Papel dos Banco Centrais Nacionais no controlo coletivo das taxas de câmbio.
A integração económica e monetária na
UE
• D) Década de 1980 / Relatório Delors (1989): a questão da centralização e a construção
faseada da UEM;
• E) Tratado de Maastricht (1993): estabelecimento da União Económica e Monetária

• 1.1.2. O enquadramento da introdução da moeda única

• A) AUE: Articulação entre mercado interno e união monetária


• B) Fim da guerra fria e (re)unificação alemã (1990);
• C) Dimensão política da UEM:
• 1.1.2.1) “Timing” da introdução do euro;
• 1.1.2.2) Composição da zona euro;
• 1.1.2.3) Enquadramento legal da moeda única.
A integração económica e monetária na
UE
• 1.1.2.1. “Timing” da introdução do euro (1 Janeiro de 1999): perspetiva
economicista (plena convergência económica / Holanda, Alemanha) vs
perspectiva monetarista (plena convergência económica desnecessária /
Comissão Europeia, França, Itália, Bélgica) ;

• 1.1.2.1.1. Tratado de Maastricht (compromisso entre as duas correntes):


definição de uma data fixa para a introdução do euro (perspectiva
monetarista) e definição de 3 fases da UEM

• A) 1ª fase (1 de Julho de 1990 / Tratado de Maastricht: 1993): intensificação


da coordenação política e da cooperação entre bancos centrais (livre
circulação de capitais);
• B) 2ª fase (1 Janeiro de 1994/1999): Introdução do Banco Central Europeu
[1998] / Coordenação da política monetária dos estados-membros;
• C) 3ª fase (1 Janeiro de 1999): Fixação das taxas de câmbio, transferência de
soberania sobre a política monetária (BCE) e introdução do euro (2002).
A integração económica e monetária na UE
• 1.1.2.2. Perspetiva economicista: definição dos critérios de convergência da UEM (2
dimensões)

• - Dimensão legal: alteração das legislações nacionais (independência Bancos Centrais Nacionais)

• - Dimensão económica: grau elevado de convergência sustentável / 4 critérios:

• 1. Estabilidade do preços: taxa de inflação anual indexada às três melhores taxas dos EM (
2018:0.73%/ Zona euro);

• 2. Quadro orçamental estável: eliminação dos défices excessivos(+3% PIB) e sustentabilidade das
finanças públicas (dívida pública inferior a 60% PIB);

• 3. Estabilidade cambial aferida por relação com as taxas de câmbio do sistema monetário europeu;

• 4. Estabilidade das taxas de juro por relação com as três melhores taxas dos EM
(2019,Abril):-0.3 % / Zona euro).
A integração económica e monetária na
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3 de Maio de 1998: 11 dos então 15 estados-membros atingem critérios de convergência / Bélgica, Holanda, Luxemburgo,
Alemanha, Áustria, Espanha, França, Itália, Irlanda, Portugal, Finlândia

INTRODUÇÃO DA MOEDA ÚNICA


1 JANEIRO 1999

Regimes especiais: Dinamarca (“opting-out”);


Suécia (rejeição em referendo /2003).

Zona Euro (19 EM): Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia,
Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal

1.1.2.3) Enquadramento legal da moeda única

-Dimensão política:
-A) distinção entre política monetária (transferência de soberania / BCE) e política económica (sem transferência de
soberania);
-B) principal objetivos da UEM: estabilidade dos preços (objetivo político).
A integração económica na UE

• 1.1.3.Primeira década (1999-2009): estabilidade dos preços, desenvolvimento económico e


expansão da zona euro (19 EM);

• 1.1.4.Segunda década: discussão sobre estrutura de governação e crise financeira (2007 / 2008).

• A) Distinção entre componente monetária e económica: União ECONÓMICA E MONETÁRIA;


• B) Política Monetária: competência exclusiva da UE (BCE/ Sistema Europeu de Bancos Centrais);
• C) Política Económica: quadro de coordenação das políticas económicas / Método Aberto de
Coordenação
• D) Importância das políticas fiscais: artigo 126º TFUE / PROIBIÇÃO de défices governamentais
excessivos e procedimento por défices excessivos .
• E) Pacto de Estabilidade e Crescimento: coordenação das políticas económicas (1997) +
procedimento por défices excessivos (1999).
A integração económica na UE
Política Monetária
Sistema Europeu de Bancos Centrais Banco Central Europeu + Bancos
centrais de 27 Estados-Membros
Eurosistema Banco Central Europeu + Bancos
centrais dos 19 Estados-Membros da
zona euro

Banco Central Europeu Órgão orientador da política monetária


e da supervisão bancária:
Comissão Executiva
Conselho de Governadores
Conselho Geral
Bancos Centrais Competências de execução
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UEM
Base Jurídica
Artigo 123º TFUE Proibição de concessão directa de créditos pelo BCE e/ou
Bancos Centrais aos estados (“Bond buying programme”);
Proibição de compra directa de títulos de dívida

Artigo 124º TFUE Proibição de acesso privilegiado às instituições


financeiras
Artigo 125º TFUE Desresponsabilização da União pelas responsabilidades
financeiras dos estados-membros (“no bail-out clause”)

Artigo 122º TFUE Derrogação sob condições excepcionais e fora de


controlo
Mecanismos pós-crise / Semestre Europeu ( 1. Sistema de monitorização das políticas económicas
mecanismo de coordenação das políticas económicas da em sentido lato, de modo a detetar problemas
UE / Sistema anual de coordenação das políticas económicos de forma precoce;
económicas e orçamentais na UE em que é prestada 2. Institucionalização de um ciclo de monitorização para
orientação aos países da UE antes de estes tomarem a área do euro, com a apresentação, por parte dos
decisões políticas a nível nacional. estados-membros dos seus projetos de planos
orçamentais à Comissão Europeia;
3. Tratado de 2012 sobre Estabilidade, Coordenação e
Governação (Pacto Orçamental) que introduz
disposições de natureza orçamental
Referências
• BRUNKHORST. Hauke, GAITANIDES Charlotte, GRÖZINGER Gerd (eds).
Europe at a crossroad: from currency union to political and economic
governance? Baden-Baden: Nomos, 2015
• CORNELIS, Ludo (ed.). Finance and law: twins in trouble. Cambridge:
Intersentia, 2015.
• EL-AGRAA, Ali. The European Union illuminated: its nature, importance
and future. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2015.
• FABBRINI, Sergio. Which European Union?: Europe after the euro crisis.
Cambridge: Cambridge University Press, 2015.
• KENEALY, Daniel, PETERSON John, CORBETT Richard (eds). The European
Union: how does it work? Oxford: Oxford University Press, 2015.
• MATTHIJS, Matthias, BLYTH Mark (eds). The future of the euro. New York,
NY: Oxford University Press, 2015.

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