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Esta integração pode ocorrer a nível comercial ou estender-se a níveis mais profundos. Uma integração mais
profunda será acompanhada pela criação de autoridades supranacionais (soberania comum) às quais caberá
tomar decisões para todos os Estados, o que traduz a perda de parte das soberanias nacionais – é o que
acontece na União Europeia.
Vantagens
• Aumento da produção, em resultado da especialização económica
• Obtenção de economias de escala, decorrentes do alargamento do mercado interno de cada país
• Acréscimo dos fluxos de capitais, nomeadamente do investimento direto
• Melhoria dos termos de troca no comércio externo, atendendo ao aumento da competitividade externa e
crescimento das trocas intrarregionais
• Crescimento do emprego, do rendimento, do consumo e do bem-estar
• Eliminação de tensões e conflitos, em resultado da maior cooperação entre os países
Inconvenientes
• Quebra de receitas, por eliminação dos direitos alfandegários (direitos aduaneiros)
• Perda de instrumentos de política económica nacional (a nível orçamental, monetário e cambial)
• Perda de soberania em favor de autoridades supranacionais
Formas de integração
Mercado Comum
• Livre circulação de bens, serviços, pessoas e capitais
• Aplicação de uma pauta aduaneira comum
• Adoção de políticas comuns
Ex.: CEE – mercado único, co o Ato Único Europeu.
União Económica
• Livre circulação de bens, serviços, pessoas e capitais
• Aplicação de uma pauta exterior comum
• Adoção de políticas económicas e sociais comuns, com vista a alcançar uma convergência económica e uma
maior coesão social.
• Harmonização das políticas económicas, monetárias e sociais, de forma a construir uma união económica e
monetária – implica a adoção de uma moeda única e de órgãos supranacionais que façam a sua gestão.
Ex.: UE – adoção da moeda única no Tratado de Maastricht
Objetivos:
• Criação de um mercado comum do carvão e do aço (matérias-primas para a reconstrução europeia)
• Gestão comum da produção do carvão e do aço por uma entidade supranacional
• Promoção da Paz, através da cooperação entre países vencedores e vencidos, e do desenvolvimento da
Europa
Comunidade Económica Europeia (CEE)
Criação: 1957 – Tratado de Roma
Foi criada a Comunidade Económica Europeia (CEE) e a EURATOM ou CEEA (Comunidade Europeia da
Energia Atómica), pelos mesmos países fundadores da CECA.
Objetivos:
• criação de uma união aduaneira para todos os bens (concluída em 1968), eliminando as barreiras
alfandegárias entre os países membros e introduzindo uma pauta aduaneira comum, aplicável às mercadorias
provenientes dos países terceiros;
• construção de um mercado comum;
• adoção de políticas comuns.
Objetivos:
• Supressão das barreiras alfandegárias e físicas à livre circulação (1 de janeiro de 1993)
• Mercado único com quatro liberdades: livre circulação de bens, serviços, pessoas e capitais.
• Reforço da coesão económica e social para reduzir as disparidades entre regiões (criação dos fundos
comunitários);
• Reforço da cooperação em matéria monetária.
União Europeia
Criação: 1992 - Tratado da União Europeia, Maastricht
Objetivos: Criar uma união política e uma união económica e monetária.
A cidadania europeia
É cidadão europeu todo o indivíduo que tenha nacionalidade de um dos Estados membros.
A criação da UEM é mais um passo no processo de integração na União Europeia, promovendo o seu
aprofundamento, ao definir a convergência das políticas económicas e a adoção de uma política monetária única,
com vista ao surgimento do euro.
Assim, o Conselho Europeu aprovou a criação de uma moeda única e a definição de uma política monetária
comum.
A criação de uma política monetária comum, definida pelo Banco Central Europeu, válida para todos os Estados
da Zona Euro, fez com que Portugal perdesse a sua autonomia na definição: do valor da moeda, da taxa de
câmbio, da taxa de juro de referência e de valorização e desvalorização da moeda.
Órgãos da UEM: SEBC (Sistema Europeu de Bancos Centrais), Eurossistema, BCE, Eurogrupo.
Objetivo: eliminar o último obstáculo à livre circulação, que era a existência de moedas nacionais.
Impõe:
• Uma moeda única;
• Uma política monetária comum;
• O Banco Central Europeu (BCE);
• Os critérios de convergência nominal ou de Maastricht (a cumprir pelos Estados que desejem aderir à moeda
única).
Zona Euro
Conjunto de países da União Europeia cuja moeda oficial é o euro (19 países).
1999 - Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Áustria, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Finlândia, Irlanda
2001 – Grécia
2007 – Eslovénia
2008 – Malta e Chipre
2009 – Eslováquia
2011 – Estónia
2014 – Letónia
2015 – Lituânia
Países que não adotaram o euro porque não cumpriam os critérios de convergência: República Checa,
Hungria, Polónia, Bulgária, Roménia e Croácia.
Países que não adotaram o euro através de uma clausula de autoexclusão, prevista no Tratado de
Maastricht: Suécia, Reino Unido e Dinamarca.
➢ Política orçamental
Cabe aos Estados da Zona Euro, mas está condicionada pelos critérios de convergência nominal de Maastricht.
A exigência de controlo dos défices orçamentais dos Estados, na zona euro (limite de 3% do PIB) e da dívida
pública (limite de 60% do PIB) colocou às instituições europeias a necessidade de supervisão das políticas
orçamentais dos Estados, que se traduziu na aprovação do Pacto de Estabilidade e Crescimento pelo Conselho
Europeu de Amesterdão, em 1997.
1957 – Países Fundadores: França, Alemanha (RFA), Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo
1973 – Alargamento a Norte: Reino Unido, Irlanda e Dinamarca
1981 – Alargamento a Sul: Grécia
1986 – Alargamento a Sul: Portugal e Espanha
1995 – Alargamento aos países da EFTA: Áustria, Finlândia e Suécia
2004– Alargamento aos PECO (países da Europa central e oriental) e aos países do Mediterrâneo: Estónia,
Letónia, Lituânia, Eslovénia, Polónia, República Checa, Eslováquia, Hungria, Malta e Chipre
2007 – Bulgária e Roménia
2013 – Croácia
• Para além da concorrência das grandes potencias, os EUA e o Japão, evidenciam-se também as economias
emergentes, como a China, o Brasil e a Índia cujos preços são muito competitivos, dada a diferença de custos -
salários mais baixos, facilidade no aceso ao crédito (dumping) e menos restrições ambientais.
• Como as economias se tornam mais interdependentes e como existe uma total liberdade de circulação de
capitais no mundo, tem-se verificado a transferência de empresas da Europa para outros espaços geográficos,
que ofereçam custos de produção mais baixos (baixos salários, menor proteção social do trabalho e inexistência
de leis há proteção do ambiente).
1) Ao nível do ORÇAMENTO DA UE: aumentar as despesas orçamentais da UE, em particular as que apoiam a
coesão económica e social.
Receitas Despesas
Direitos cobrados nas importações de produtos Financiamento da PAC;
provenientes de países terceiros; Fundos estruturais e de coesão;
Contribuição proveniente do IVA de todos os estados Ações humanitárias e ajuda ao desenvolvimento;
membros; Redes europeias de transportes, telecomunicações
Contribuição de cada estado membro baseada no seu e energia;
RNB (rendimento nacional bruto); Investigação e desenvolvimento;
Coimas aplicadas pela comissão; Ajudas de parcerias de pré-adesão com vista ao
Impostos pagos pelo pessoal das instituições europeias. alargamento da EU.
Para a execução das suas políticas, a UE utiliza verbas disponibilizadas pelo seu orçamento que são
canalizadas através dos fundos europeus.
Foi necessário:
• reforçar os fundos comunitários destinados à coesão (FSE, FEDER e Fundo de Coesão) e reajustar as políticas
de desenvolvimento regional, favorecendo principalmente estes novos países, por serem mais carenciados;
• garantir o princípio da coesão económica e social - as populações dos novos Estados-membro devem ter as
mesmas oportunidades e os mesmos níveis de bem-estar que as restantes populações da UE.
3) Ao nível dos FUNDOS COMUNITÁRIOS: reajustar os fundos estruturais e de coesão
FEDER
FSE
estruturais
Fundos
FEAGA/FEADER
europeus
de coesão
FEP
FEDER
Aumentar a coesão económica, social e territorial na União Europeia, diminuindo as assimetrias e desequilíbrios
de desenvolvimento das regiões.
• investigação, inovação e TIC, para modernização das economias
• eficiência energética e energias renováveis
•infraestruturas de telecomunicações, energia e transportes
• desenvolvimento urbano sustentável
FSE
Promover a educação e a aprendizagem ao longo da vida, aumentar as oportunidades de emprego, promover
a inclusão social e combater a pobreza.
• melhoria dos sistemas de formação profissional;
• qualificação dos trabalhadores, nos domínios da ciência e da tecnologia;
• prestação de assistência às pessoas em risco de exclusão;
• diminuição das desigualdades entre homens e mulheres, no mercado de trabalho.
FEAGA/FEADER
• modernização das estruturas agrícolas
• apoio financeiro aos agricultores
• promoção do desenvolvimento rural
• promoção de uma agricultura compatível com a proteção do ambiente
Fundo de coesão
Financiar o desenvolvimento de infraestruturas de transporte (redes transeuropeias) e projetos ambientais nos
Estados-Membros da UE, com um RNB per capita inferior a 90% da média europeia
4) Ao nível das INSTITUIÇÕES COMUNITÁRIAS: reforma das instituições da EU
O Tratado de Nice e o Tratado de Lisboa vieram introduzir as alterações necessárias quanto à composição,
funcionamento e tomada de decisões das Instituições comunitárias.
Conceitos importantes
Coesão económica e social
Princípio orientador que promove o desenvolvimento harmonioso através da redução das desigualdades de
desenvolvimento entre as regiões da UE, da sua convergência com o Estados-Membros mais prósperos e da
melhoria da qualidade de vida das populações.
Convergência real
Progressiva aproximação dos níveis de rendimento médio entre os países da UE. Utiliza-se, muitas vezes, o
indicador PIB per capital, a preços constantes.
Este conceito pode ser usado em qualquer indicador que avalie a aproximação ou afastamento de um país face
à média da união.