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ECONOMIA A

Ensino Secundário Regular – 11º ano

Unidade letiva 9 – A Contabilidade Nacional

Noção de Contabilidade Nacional


É o conjunto de técnicas, operações e metodologias que se traduzem no registo e quantificação dos
agregados macroeconómicos de um país, num determinado período.

Objetivos da contabilidade nacional:


➢ Medir/avaliar a atividade económica: fornece informações que permitem avaliar a situação presente (ex.:
período de expansão ou de recessão);
➢ Estabelecer comparações no tempo e no espaço: permite analisar a evolução de um país ao longo do
tempo e estabelecer comparações com outros países;
➢ Analisar circuitos económicos e antever as consequências das tomadas de decisão;
➢ Fazer previsões económicas e definir políticas, ou seja, planificar.

“A Contabilidade Nacional surge como uma fotografia da realidade e como um instrumento que serve para
modificar diretamente a realidade.”

Conceitos necessários à Contabilidade Nacional

1. Território económico
Corresponde ao espaço onde a atividade económica é medida, ou seja, é o território onde os agentes
económicos residentes e não residentes desenvolvem operações económicas. Inclui:
• território terrestre, delimitado pelas suas fronteiras
• subsolo
• espaço aéreo
• águas territoriais nacionais
• enclaves territoriais no estrangeiro (Embaixadas e Consulados, bases militares, navios, aeronaves,
…)

PI (Produto Interno) - critério do território económico


A atividade económica realizada no território económico de um país é registada no PI, quer seja produzida
por unidades residentes ou não residentes.

2. Unidade residente e unidade não residente


Todo o individuo ou instituição que habita ou está localizada num território económico e aí exerce operações
económicas há pelos menos um ano, independentemente da sua nacionalidade, é considerado uma unidade
residente.
Qualquer individuo ou instituição que estabeleça operações económicas, mas que esteja localizado fora do
território económico, é uma unidade não residente.
PN (Produto Nacional) – critério da unidade residente
A atividade económica realizada por uma unidade residente regista-se no PN, quer seja desenvolvida no
território económico de um país ou fora desse território económico.

3. Unidade institucional e setor institucional


Unidade institucional é toda a unidade económica que goza de autonomia de decisão no exercício da sua
função principal e participa em operações económicas com outras unidades institucionais.
Setor institucional é o conjunto de unidades institucionais com comportamento económico semelhante.

Critério Funcional (consoante a sua principal Critério institucional (consoante a sua principal função
função) e os principais recursos)
Micro e macroagentes Unidades institucionais e setores institucionais
Empresas não financeiras Sociedades não financeiras
Famílias Famílias
Instituições financeiras Sociedades financeiras
Estado/Administração Pública Administração Pública
Resto do Mundo Resto do Mundo
Instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias -
ISFLSF

Setor Composição Principais funções Principais recursos


institucional
Sociedades Empresas públicas ou - Produzir e comercializar Venda de bens e serviços
não privadas (mais do que um bens e serviços não
financeiras * proprietário) financeiros
Sociedades -Banco de Portugal -Prestar serviços de Serviços financeiros que
financeiras -Instituições financeiras intermediação financeira: prestam (depósitos, juros
monetárias captar poupanças, conceder de empréstimos, prémios
-Seguradoras créditos, cobrir riscos, e de seguros e comissões).
-Outros intermediários atividades financeiras
financeiros (ex: sociedades auxiliares (corretagem,
de leasing) leasing e factoring)
Administração -Administração central -Produzir bens e prestar -Pagamentos obrigatórios
Pública -Administração local e serviços não comercializáveis
dos outros agentes
regional -Redistribuir rendimento (impostos, taxas,
-Segurança social contribuições sociais)
Famílias -Particulares -Consumir -Salários
-Empresas de pequena -Produzir para utilização -Rendas, lucros e juros de
dimensão própria (autoconsumo) depósitos
-Profissionais liberais -Transferências de outros
-Trabalhadores setores, como a
independentes administração publica
(ex.: subsídios)
Resto do -Unidades não residentes -Trocar bens, serviços e -Receitas provenientes
Mundo (Países, organizações capitais das trocas de bens,
internacionais) -Escoar excedentes serviços e capitais
ISFLSF -Associações, fundações -Fornecer bens e serviços às -Contribuições
cooperativas, sindicatos, famílias sem fins lucrativos voluntarias das famílias
IPSS… (gratuitos ou abaixo custo) -Rendimentos próprios
-Subsídios do estado
*quase sociedades não financeiras – empresas com um só proprietário, mas têm grande dimensão.
4. Ramo de atividade, unidade de produção homogénea e produto
Produto: conjunto homogéneo de produtos/ bens resultantes de um processo de produção semelhante
(produtos agrícolas, têxteis, …)
Unidade de produção homogénea: unidade de produção que produz bens e serviços semelhantes, utilizando
processos produtivos com características semelhantes. Estas unidades exercem a sua atividade exclusiva
sobre um só produto.
Ramo de atividade: conjunto de unidades de produção homogénea, que exercem a sua atividade sobre um
mesmo produto/ bem (Ex.: agricultura, pescas, eletricidade, lacticínios…)
Os ramos de atividade inserem-se num setor de atividade (primário, secundário ou terciário).

Relação biunívoca ramo/ produto


Cada ramo de atividade produz um só produto e cada produto é produzido por um só ramo.
Se uma mesma empresa produzir vários produtos diferentes, utilizando diferentes processos de produção,
constitui diferentes unidades de produção, pelo que se inscreverá em diferentes ramos de atividade.

Exemplo: todas as empresas produtoras de peças de vidro utilizam o mesmo processo de produção e obtém
um produto idêntico, peças de decoração. Assim, estamos perante o mesmo ramo de atividade económico,
independentemente, de uma empresa produzir candeeiros, copos e garrafas, etc.

Exemplo: se a mesma fábrica de compotas produzir dois produtos diferentes – a compota e o frasco – estamos
em presença de dois produtos, duas unidades de produção homogénea e dois ramos de atividade; o valor da
produção do frasco é registado num ramo, enquanto, o valor das compotas é registado noutro ramo de
atividade.
Óticas de cálculo do valor do produto
• Ótica da produção = produção; informa sobre a natureza e a origem do produto.
• Ótica do rendimento = repartição dos rendimentos; informa sobre a repartição do rendimento criado
durante o processo produtivo.
• Ótica da despesa = utilização dos rendimentos; informa sobre o modo como o produto foi utilizado.

ÓTICA DA PRODUÇÃO

Problema da múltipla contagem


O problema da múltipla contagem é o erro de contabilização do produto que resulta da soma da totalidade do
valor das vendas/produção numa economia, sem contabilizar/subtrair o valor das compras/consumos
intermédios necessários para produzir os bens finais.
Assim, consiste em contabilizar mais do que uma vez o valor da venda do mesmo bem intermédio ao longo
do cálculo do valor do produto, sobrevalorizando o valor desse produto.

Nota:
Bens de consumo intermédio são bens usados no processo de produção dos bens de consumo final, sofrendo, portanto,
mais transformações.
Bens de consumo final são bens que satisfazem diretamente necessidades e não sofrem mais transformações.

Para calcular o valor da riqueza criada numa economia, é necessário evitar contabilizar várias vezes os
mesmos bens e serviços utilizados no processo produtivo. Assim, podemos recorrer a dois métodos de cálculo
do Produto – o método dos valores acrescentados e o método dos produtos finais.

Método dos valores acrescentados


Determina-se o valor acrescentado por cada unidade produtiva, calculado a partir da diferença entre o valor
das vendas/produção e o valor das compras/consumos intermédios necessários para produzir o bem final.

Exemplo
A empresa piscatória A fornece o peixe à empresa conserveira B, por 4000 u.m.;
A empresa conserveira B fabrica as conservas de peixe e vende-as por 10000 u.m.

Unidades institucionais Valor das vendas/ Valor das compras/ VAB (valor acrescentado
produção consumos intermédios bruto) = produção – consumo
intermédio
Empresa Piscatória 4 000 u.m. 0 4 000 – 0 = 4 000 u.m.
Empresa Conserveira 10 000 u.m. 4 000 u.m. 10 000 – 4 000 = 6 000 u.m.

O produto é igual ao somatório dos valores acrescentados de todas as unidades institucionais.


Produto (PIB pb) = ΣVAB = 4000 + 6000
ΣVAB = 10 000 u.m.
Método dos produtos finais
Determina-se o valor do produto identificando os bens de consumo final e o seu valor de venda. Se houver
mais do que um bem de consumo final, somam-se todos os valores de venda desses bens.

Produto (PIB pb) = valor da venda do(s) bem(s) de consumo final.

No exemplo anterior, o Produto (PIBpb) corresponde ao valor da venda das conservas de peixe. Logo,
Produto (PIBpb) = 10 000 u.m.

Nota: distinção entre Produção e Produto


Produção: atividade económica organizada com o objetivo de obter bens e serviços através da combinação
dos fatores de produção. (valor da venda ou output)

Produto: é a medida da riqueza criada num país e calcula-se através da soma dos valores acrescentados de
todas as unidades institucionais. (valor acrescentado)

NOÇÕES DE PRODUTO

Produto bruto: é o produto avaliado sem o desconto do desgaste de capital fixo ocorrido no processo
produtivo.
Produto líquido: calcula-se subtraindo ao produto bruto o consumo de capital fixo/amortizações necessárias
para o processo produtivo.
Amortizações / Consumo de Capital Fixo (CCF): custos associados ao desgaste do capital fixo usado na
produção.
PB= PL + CCF/amortizações
PL= PB – CCF/amortizações

Produto interno: avalia a riqueza gerada no território económico por todas as unidades produtivas,
independentemente de serem unidades residentes ou não.
Produto nacional: avalia a riqueza obtida pelas unidades residentes de um país, independentemente do
território económico onde a riqueza é produzida.
Saldo dos rendimentos com o resto do mundo (SRRM): resulta da diferença entre os rendimentos do
trabalho (salários) e do capital (rendas, juros e lucros) recebidos do resto do mundo e os rendimentos do
trabalho e do capital pagos ao resto do mundo.
SRRM = Rendimentos recebidos do resto do mundo – Recebimentos pagos ao resto do mundo

PI = PN – SRRM
PN = PI + SRRM
Produto a preço de base: Avalia a riqueza gerada à saída da unidade produtiva. Inclui as matérias-primas e
subsidiárias, as remunerações dos fatores produtivos trabalho e capital e inclui os custos de produção.
Produto a preços de mercado: Avalia a riqueza gerada no mercado, ou seja, o valor que é pago pelos
utilizadores finais. Inclui o IVA e todos os impostos sobre os produtos.
Impostos indiretos – incidem sobre o consumo ou a despesa
Subsídios à produção – apoios atribuídos às empresas pelo Estado

Ppb = Ppm – impostos indiretos + subsídios à produção (apoios de Estado à produção de bens)
Ppm = Ppb + impostos indiretos – subsídios à produção
Nota: impostos líquidos ou impostos líquidos de subsídios = impostos indiretos – subsídios à produção

Produto a preços correntes: os bens e serviços são valorizados aos preços que se verificam no ano em
causa, obtendo-se o produto nominal.
Produto a preços constantes: os bens e serviços são valorizados aos preços de um ano base, ou seja, um
ano que serve de referência para medir a variação da grandeza. Compara a evolução registada na quantidade
produzida ou consumida no país, eliminando a evolução ocorrida nos preços durante o período em análise.
Assim, o aumento do produto verificado entre dois períodos resulta do aumento da quantidade produzida ou
consumida. Permite obter o produto real e é indicador do volume físico da produção.

PIB a preços constantes a partir do PIB a preços correntes e o deflator


Exemplo:
Taxa de inflação = IPC – 100 (índice do ano base)
IPC = 110
Taxa de inflação= 110 – 100 = 10%

Deflator – índice que permite avaliar o nível médio de preços na economia

Deflator = PIB nominal (preços correntes) X 100


PIB real (preços constantes)

PIB a preços constantes (real) = PIB a preços correntes (nominal) X 100


Deflator

PIB a preços correntes (nominal) = PIB a preços constantes (real) X Deflator


100
Exemplo:
Preços correntes Preços constantes
Ano t-1 202 000 202 000
Ano t 205 000 200 980

Produto nominal aumentou de t-1 para t. Não sabemos se aumentaram


as quantidades produzidas, os preços ou ambos.
As quantidades produzidas diminuíram de t-1 para t
A evolução da atividade económica (crescimento real e nominal)
Quando as taxas de crescimento do PIB, quer em termos nominais (monetários), quer em termos reais, são
negativas, o PIB decresce, em termos monetários e em volume, respetivamente, relativamente ao ano
anterior.
Quando as taxas de crescimento do PIB em termos nominais são positivas e a taxa de crescimento em termos
reais é negativa ou inferior à taxa de crescimento nominal, o PIB cresceu em termos monetários, mas
decresceu em volume, relativamente ao ano anterior.

ÓTICA DO RENDIMENTO
Nesta ótica estuda-se a forma como o valor criado pela produção é utilizado na remuneração dos fatores de
produção (trabalho e capital).
O rendimento divide-se em duas componentes:
• Remunerações do trabalho – salários, vencimentos incluindo as contribuições sociais
• Remunerações do capital – excedente bruto de exploração (EBE) ou rendimentos da empresa e
propriedade: lucros, juros e rendas

Rendimento Interno (RI)


RI = remunerações do trabalho + remunerações do capital (rendimentos primários)
RI = PIBpb = ΣVAB

PIBpm = RI + impostos indiretos – subsídios à produção


OU
PIBpm = remunerações do trabalho + remunerações do capital + impostos indiretos- subsídios à produção

Rendimento Nacional (RN)


RN = remunerações do trabalho + remunerações do capital (EBE) + impostos indiretos líquidos de subsídios
+ SRRM
RN = PNBpm

Na ótica do rendimento também se analisa o rendimento pessoal e o rendimento disponível dos particulares.

Rendimento pessoal dos particulares: total dos rendimentos que os particulares têm direito a receber.

Rendimento pessoal = remunerações do trabalho (salários e vencimentos) + remunerações do capital/EBE


(lucros, juros e rendas) + transferências internas (prestações sociais do Estado + transferências externas
(remessas dos emigrantes…)
Rendimento disponível dos particulares (RDP): rendimento com que os particulares ficam, depois de
retirado o valor dos impostos diretos e das contribuições sociais.

RDP = remunerações do trabalho + remunerações do capital/EBE + transferências internas + transferências


externas – impostos diretos (incidem sobre o rendimento ou o património, como o IRS, o IRC e o IMI) –
contribuições sociais (pagamentos à Segurança Social)
OU
RDP = RP – impostos diretos – contribuições sociais
OU
RDP = Consumo + Poupança

ÓTICA DA DESPESA

Esta ótica indica-nos a utilização dada ao produto repartido pelos diferentes setores, isto é, como cada agente
utiliza a parcela de rendimento que lhe coube.

Componentes da ótica da despesa


• Consumo privado: consumo das famílias para satisfação das suas necessidades
• Consumo público: gastos correntes do Estado necessários ao bom funcionamento da administração
pública e à satisfação de necessidades coletivas

Consumo privado + consumo público = consumo total (CT)

• Investimento ou Formação Bruta de Capital (FBC): todos os bens que não apresentam uma utilização
final (despesas com equipamentos, matérias-primas, habitações, …) e asseguram a produção futura.
É composto por:
FBCF (formação bruta de capital fixo): componente da despesa de um país que faz aumentar a capacidade
de produção da economia. Engloba despesas das empresas e do Estado na aquisição de equipamentos,
instalações, máquinas, … e despesas das famílias com a aquisição de habitação.
VE (variação de existências – stocks): traduz as alterações no valor das existências em armazém; é
calculado pela diferença entre as existências no final do período em causa e no início do mesmo período (VE
= variação final – variação inicial); pode ser um valor positivo ou negativo.

FBCF + VE = Investimento

Exportações: vendas ao exterior de bens e serviços produzidos internamente; representam a entrada de


divisas.
Importações: despesas com a aquisição de bens e serviços ao exterior; representam saída e divisas.

Exportações – importações = exportações líquidas


Assim, com base nestas componentes, calcula-se a Despesa Interna (DI)
DI = consumo privado + consumo público + FBCF + VE + exportações – importações
ou
DI = consumo total + investimento + exportações líquidas

DI = PIBpm

Despesa Nacional (DN): corresponde à despesa interna acrescida do SRRM, ou seja,


DN = consumo privado + consumo público + FBCF + VE + exportações – importações + SRRM
OU
DN = consumo total + investimento + exportações líquidas + SRRM
OU
DN = DI + SRRM

DN = PNBpm

Na ótica da despesa pode também calcular-se a procura interna e a procura global.


Procura Interna (PI): corresponde aos gastos realizados no território económico, ou seja, os gastos em
consumo e em investimento.

PI = consumo total (consumo privado + consumo público) + investimento (FBCF + VE)

Procura externa (PE): corresponde às exportações.

Procura Global (PG): à procura interna (dentro do território económico) acrescentamos a procura efetuada
pelos não residentes em relação aos bens e serviços nacionais – exportações.
PG = consumo total + investimento + exportações
ou
PG = PI + exportações (PE)

Limitações da Contabilidade Nacional


A contabilidade nacional proporciona um conjunto de informações indispensáveis, à gestão económica e
social do país pelo que é fundamental que os valores obtidos sejam fidedignos. Apesar do conjunto abundante
de dados que a contabilidade nacional fornece, nem todas as situações são registadas. A ausência de registo
falseia o valor do produto, pelo que se pode afirmar que a contabilidade nacional apresenta limitações.
• O produto mede a atividade económica, regista o valor dos bens produzidos, mas não a sua natureza
ou interesse social.
• A contabilidade nacional não avalia o bem-estar da população.
• A contabilidade nacional não avalia as condições em que o trabalho é prestado.
• A contabilidade nacional não contabiliza as externalidades, ou seja, regista o valor da produção, mas
não as suas consequências.
• A contabilidade nacional não regista as atividades do setor informal da economia.
• A contabilidade nacional não regista as atividades resultantes da economia subterrânea, de base
legal ou ilegal.
Externalidades
A Contabilidade Nacional regista o valor da produção, mas não regista os impactos positivos ou negativos
dessa produção no bem-estar da comunidade. As externalidades são efeitos externos do processo de
produção e podem ser:

Positivas: consequências do processo de produção que se traduzem em benefícios para a comunidade. Ex.:
construção de um hospital investigação científica, construção de uma estrada…

Negativas: consequências do processo de produção prejudiciais para a comunidade ou para o ambiente. Ex.:
descargas poluentes nos rios, lançamento de gases para a atmosfera …

A economia não registada

Economia paralela: atividades que escapam à Contabilidade Nacional porque se encontram fora do sistema
estatístico e fiscal. Composta pela produção legal não declarada; pela produção de bens e serviços ilegais e
pela produção de bens e serviços para autoconsumo.

Economia subterrânea: atividades de interesse económico que escapam intencionalmente à contabilização


oficial, porque:
• Evitam o pagamento de impostos e contribuições sociais
• Fogem ao cumprimento de requisitos legais e a procedimentos administrativos como o preenchimento de
questionários estatísticos.
• Não declaram a totalidade do produto ou pagam salários muito baixos aos trabalhadores
Este tipo de economia tem uma variante ilegal como o tráfico de droga, a contrafação e a prática ilegal de
atividades.

Economia informal: famílias ou empresas de reduzidas dimensões que não se encontram registadas, não
para fugir ao fisco, mas porque preferem poupar custos nas formalidades. As atividades desenvolvidas não
são declaradas, mas não há intenção deliberada de fraude.
Ex.: produção de bens para autoconsumo, trabalho doméstico, costurar para fora, babysitting…

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