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A contabilidade nacional surge como uma forma de sistematizar as contas de uma nação,
sendo como um instrumento que permite quantificar a realidade económica, ou seja, é uma
representação quantificada e simplificada da economia de um país ( medir, registar os valores
das grandezas económicas, como o produto, rendimento, despesa, consumo, investimento,
importações, etc.)
Cada ramo de atividade apenas pode ser associado a um único produto, independentemente
das formas pelas quais ele
se possa concretizar. No entanto, uma única unidade produtiva pode produzir mais do que um
produto, inscrevendo-se, nesse caso, em mais do que um ramo de atividade. Ex: empresas
agro-industriais que produzam produtos pertencentes a ramos de actividade diferentes ou que
se dediquem ao turismo de habitação.
Território económico: espaço coberto pelo sistema de Contabilidade Nacional que inclui o
espaço delimitado pela sua fronteira geográfica (território terrestre, espaço aéreo e aguas
territoriais nacionais), são também incluídos os enclaves territoriais no estrangeiro
(embaixadas, consulados, bases militares, etc.) e outras instituições que o país possui (ex.:
jazigos geológicos situados em águas internacionais).
Unidades institucionais não residentes: unidades que exercem operações económicas fora do
território económico do seu país de origem por um período inferior a um ano, ou seja,
continuam a ser unidades residentes do seu país. É o caso dos turistas e homens de negócios
que são unidades residentes no país em que vivem, visto que as operações económicas que
realizam fora do território são por um período inferior a um ano.
O conceito de residência não coincide com o de nacionalidade pois não é necessário ter a
nacionalidade de um determinado país para ser considerado residente – a residência mede-se
pelo tempo de permanência no país.
9.3 – Óticas do cálculo do valor da produção
Existem bens e serviços que, ao contrário dos bens de consumo final (utilizados na satisfação
direta das necessidades humanas), são utilizados na produção de outros, designando-se por
bens de consumo intermédio.
O problema da múltipla contagem pode ocorrer se, ao contabilizarmos os bens que são
incorporados no processo produtivo de outros bens (bens de consumo intermédio), os
incluirmos mais do que uma vez na contagem da produção. Assim, o problema da múltipla
contagem consiste em registar várias vezes o valor do mesmo bem ou processo de
transformação ao longo do calculo do valor do Produto.
Para evitar o problema da múltipla contagem o Produto pode ser calculado utilizando dois
métodos: o método dos valores acrescentados ou o método dos produtos finais.
Método dos produtos finais: determina-se o valor do Produto através dos valores das vens de
bens e serviços de consumo final, ou seja, não são considerados neste método os bens de
consumo intermédio.
Produção e Produto
Valor da produção: corresponde ao valor das vendas dos bens e serviços produzidos durante
um determinado período de tempo.
Valor da produçao= Valor das vendas
Valor do Produto: valor da riqueza criada por todas as unidas institucionais num determinado
período de tempo.
Valor do Produto= Valor das vendas-Valor dos consumos intermédios
Consumo de capital fixo (CCF) ou amortização: custo associado aos encargos com reparações,
desatualizações e envelhecimento de equipamentos e infraestruturas.
PL= PB-Amortizações
Produto Interno (PI): valor do Produto que tem por base a riqueza obtida pelas unidades
institucionais situadas no seu território económico.
Produto Nacional (PN): valor do Produto que tem por base a riqueza obtida pelas unidades
institucionais residentes, independentemente do território económico onde foi gerada essa
riqueza.
O preço à saída das unidades produtora é designado por custo de fatores (cf) e o preço pago
pelo consumidor é designado por preço de mercado (pm).
Produto pm = Produto cf+impostos indirectos-subsídos (produção,exploração,etc.)
Produto a preços correntes e a preços constantes
Produto a preços correntes (nominal): Produto valorizado a preços nominais, isto é, aos preços
em vigor no ano a que se refere e que incluem o valor da inflação. A evolução deste
corresponde à evolução das quantidades produzidas e à evolução dos preços (inflação) desses
mesmos produtos, permitindo a medição da taxa de crescimento do PIB em termos nominais
ou monetários.
Produto a preços constantes (real): Produto contabilizado aos preços de um ano-base, tomado
como referencia, e que serve para efeitos de cálculo da evolução real da economia, permitindo
retirar o efeito da inflação. A evolução deste corresponde à evolução das quantidades
produzidas, eliminando a interferência dos preços, podendo assim ser medida a taxa de
crescimento do PIB em termos reais ou em volume.
Nesta ótica considera-se que que o valor do Produto é igual às somas das remunerações do
trabalho e do capital.
Componentes da Despesa
Consumo (CT)
Privado (C): conjunto das despesas das famílias realizadas na satisfação das suas
necessidades (alimentação; vestuário; transporte).
Público (G): gastos do Estado, necessários ao funcionamento da Administração Pública
e à satisfação das necessidades coletivas (saúde; educação; defesa e segurança nacionais).
Investimento (I)
Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF): despesas efetuadas pelas empresas e pelo
Estado na aquisição de maios de trabalho como equipamentos, instalações ou máquinas e
aquisição de habitação pelas famílias.
Variação de Existências (VE): alterações no valor das existências em armazém de
produtos acabados, de produtos em curso de fabrico e de matérias-primas e subsidiárias.
E-M=Exportações Líquidas
Procura Interna: corresponde ao total das despesas realizadas por todos os residentes.
Procura Interna=C+G+I
Procura Global: corresponde à despesa efetuada por todos os residentes e não residentes em
relação aos bens e serviços nacionais.
Procura Global=PI+E
DI=PG-M
9.4 – Limitações da Contabilidade Nacional